4.2.2. Direito Constitucional - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5º, I A IX
4.2.2. Direito Constitucional - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5º, I A IX
4.2.2. Direito Constitucional - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5º, I A IX
Revisão do tópico “Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: parte I (caput e incisos I a IX)”
e resolução de 10 questões.
Art. 5º Caput. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: (...)
O direito à vida não abrange apenas a vida extrauterina, mas também a vida intrauterina. Trata-
se um direito que não é absoluto (a) o STF já garantiu o direito à gestante de “submeter-se a
antecipação terapêutica de parto na hipótese de feto anencéfalo” e (b) a CF/88 admite a pena
de morte em caso de guerra declarada
Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Esse inciso traduz o Princípio da Igualdade ou seja, tratamento igual aos que estão em
condições equivalentes e desigual aos que estão em condições diversas, dentro de suas
desigualdades. Pode ser visto sob dois aspectos:
a) Igualdade na lei: destina-se ao legislador que, no processo de sua formação, nela não poderá
incluir fatores de discriminação.
b) Igualdade perante a lei: com a lei já elaborada, se impõe aos demais poderes estatais, que,
na aplicação da norma legal, não poderão subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo
ou discriminatório.
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Esse inciso trata do Princípio da Legalidade que se aplica de maneira diferenciada aos
particulares e ao Poder Público:
a) Particulares: têm a garantia de que só podem ser obrigados a agirem ou a se omitirem por
lei.
b) Poder Público: consagra a ideia de que este só pode fazer o que é permitido pela lei.
Princípio da Legalidade (lei em sentido amplo) Princípio da Reserva Legal (lei formal)
Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Foco na literalidade.
Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
Essa norma se aplica tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, o direito de resposta é
aplicável em relação a todas as ofensas, independentemente de serem infrações penais. A
resposta deverá ser sempre proporcional, ou seja, no mesmo meio de comunicação, com o
mesmo destaque, tamanho e duração. Lembre-se que as indenizações material, moral e à
imagem são cumuláveis.
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;
Esses dois incisos consagram a liberdade religiosa Lembre-se que o Brasil é um Estado laico
logo a administração pública está impedida de exercer tal função.
Algumas decisões do STF sobre o tema:
b) O STF decidiu que: “é constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a
liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religião de matriz africana”.
No conflito entre bens jurídicos, prevaleceu a liberdade religiosa.
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O inciso consagra a chamada “escusa de consciência” que estabelece que, em regra, ninguém
será privado de direitos por não cumprir obrigação legal a todos imposta devido a suas crenças
religiosas ou convicções filosóficas ou políticas.
Porém, no descumprimento da obrigação legal, o Estado poderá impor, à pessoa que recorrer a
esse direito, prestação alternativa fixada em lei. Na recusa de cumprir essa prestação alternativa,
poderá haver, excepcionalmente, restrições de direito, até a efetivação da prestação alternativa.
O inciso consagra a vedação à censura Porém a liberdade de expressão, como qualquer direito
fundamental, é relativa.
Segundo o STF, a liberdade de manifestação de pensamento não pode ser restringida pelo
exercício ilegítimo da censura estatal, ainda que praticada em sede jurisdicional.
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