Professor Guia Lingua Portuguesa Edicao2 2023
Professor Guia Lingua Portuguesa Edicao2 2023
Professor Guia Lingua Portuguesa Edicao2 2023
LÍNGUA PORTUGUESA
Prezado professor,
TÓPICOS DESCRITORES
I - Procedimentos de Leitura
D01 - Localizar informações explícitas em um texto.
D04 - Inferir uma informação implícita em um texto.
D05 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,
II - Implicações do Suporte,
quadrinhos, foto etc.).
Gênero e/ou Enunciador na
D09 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
Compreensão do Texto
D23 - Identificar um gênero de um texto.
D02 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições
IV – Coerência e coesão no ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
processamento do texto. D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas
por conjunções, advérbios etc.
V- Relações entre Recursos D13 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
Expressivos e Efeitos de D14 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
Sentido notações.
D10 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor
VI - Variação Linguística
de um texto.
TÓPICOS
O tópico I - Procedimentos de leitura - diz respeito a habilidades fundamentais no ato de ler tanto no que
se refere a informações explícitas como implícitas, e podem ir desde a simples localização das palavras e
expressões, até informações mais gerais para a compreensão global dos textos, identificando tema, distinguindo
informações, opiniões e resgatando outras por meio das pistas textuais.
Diante de um texto, essas são as primeiras habilidades a serem mobilizadas para o processo dialógico de
leitura na construção do conhecimento: leitor – texto.
D05 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)
D09 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
D23 - Identificar o gênero de um texto.
O tópico II – trata exatamente da “embalagem” do texto, são habilidades de reconhecimento do que está
acompanhando o texto, onde ele está sendo veiculado, como ele se estrutura, sua forma composicional, seu
suporte e sua finalidade enquanto gênero discursivo na sociedade. Dessa forma, os elementos não verbais
também significam e produzem sentidos aos textos e são eles que funcionam como pistas para se trabalhar a
interpretação, uma das fases do processo leitor.
D02 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios
etc.
O tópico IV – traz as habilidades de reconhecer como o texto se estrutura em nível linguístico e discursivo,
verificando como os recursos gramaticais estabelecem as ligações para a continuidade do texto e as produções
de sentidos, ou seja, suas relações semânticas.
Este tópico trabalha com habilidades relacionadas ao uso dos recursos quer lexicais(vocabulário), quer
fonológicos (relação entre letra e som), quer notacionais (pontuação e de outros sinais gráficos), e o efeito de seu
uso, de sua escolha no texto.
Considerando a heterogeneidade da língua (as diferenças de cada falante no uso da língua), e partindo de
uma concepção de língua que varia no tempo, no espaço, socialmente, nas diferentes formas de falar das
pessoas, homens, mulheres, crianças, idosos, este tópico visa à identificação das marcas que caracterizam os
interlocutores do texto. Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o estudante identificar quem fala
no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas linguísticas (o tipo de
vocabulário, o assunto etc.) evidenciando, também, a importância do domínio das variações linguísticas que estão
presentes na nossa sociedade.
Encaminhamentos metodológicos para:
Para trabalhar com esse descritor, o professor(a) pode trazer diferentes gêneros
discursivos como conto, piada, notícia, reportagem, quadrinhos, crônicas, poemas, receita,
diagrama, infográfico, entre outros, e solicitar a localização de informações no texto. Assim,
trazemos, na sequência, um recorte de uma página de internet - Portal Domínio Público sobre o
Machado de Assis, em que são apresentados os motivos desse autor estar sendo homenageado.
O professor(a) poderá realizar a leitura dessa apresentação com os alunos e explorar as
informações da página, além disso, é importante trazer outras informações como quem foi Machado
de Assis para que os estudantes compreendam sua importância desde cedo e amplie o horizonte
de expectativa desses.
Para explorar a habilidade de localizar informações no texto, foram construídas cinco
questões para serem trabalhadas logo após a leitura do texto, entretanto, como se trata de uma
habilidade simples, deixe os estudantes responder às questões sozinhos e, na sequência, faz-se a
correção observando se eles conseguiram localizar todas as informações solicitadas.
Texto:
APRESENTAÇÃO
O propósito desta homenagem a Machado de Assis, mais que lembrar o centenário de sua
morte, é fazer com que a sua obra completa chegue a qualquer usuário internet, em edições
confiáveis e gratuitas. Resultado de uma parceria entre o Portal Domínio Público - a biblioteca
digital do MEC - e o Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística (NUPILL), da
Universidade Federal de Santa Catarina, o projeto teve como propósito organizar, sistematizar,
complementar e revisar as edições digitais até então existentes na rede, gerando o que se pode
chamar de Coleção Digital Machado de Assis.
É fato que não tardarão a surgir questionamentos quanto à completude do material aqui
apresentado, o que é amplamente desejável. Cada vez mais, a internet tem se constituído como
canal para o desenvolvimento e o aprimoramento colaborativo de projetos os mais diversos, sendo
este também o caso da obra completa de Machado. Pesquisadores e especialistas da obra do
grande escritor podem contribuir apontando possíveis omissões, sugerindo novas abordagens e
mesmo enviando materiais para publicação no portal. Quanto ao público em geral, pode interagir
por meio de mensagens eletrônicas, a serem publicadas na seção Postagens.
Acompanham o “prato principal” das obras completas, além dos vídeos produzidos pela TV
Escola, informações introdutórias sobre a vida e a obra do autor, adaptadas de fontes confiáveis,
como a cronologia preparada por Galante de Souza para a Revista do Livro (INL/MEC), em 1958,
e a página eletrônica da Academia Brasileira de Letras. Necessário observar que o propósito das
seções Cronologia e Bibliografia não é trazer informações novas ou exaustivas sobre o autor, mas
possibilitar ao usuário acesso a informações básicas sem precisar recorrer de imediato a outras
fontes.
Já a seção “O autor e a obra” procura conjugar momentos distintos da interpretação da
obra machadiana, ao publicar fragmentos de autores contemporâneos de Machado e ao viabilizar
o acesso a uma amostra significativa da atual produção acadêmica sobre o tema. As teses e
dissertações relacionadas nessa seção estão publicadas no Portal Domínio Público. Para ter
acesso gratuito ao conteúdo completo, é só fazer um cadastro no sistema. Complementa a
homenagem uma relação de endereços de outras páginas na internet com materiais de qualidade
relativos a Machado e sua obra. Disponível: http://machado.mec.gov.br/
Questões:
1. Onde as teses e dissertações utilizadas neste projeto estão publicadas?
Publicadas no Portal Domínio Público.
3. Por que Machado de Assis está sendo homenageado pelo Portal Domínio Público?
Porque mais que lembrar o centenário de sua morte, é fazer com que a sua obra completa
chegue a qualquer usuário internet, em edições confiáveis e gratuitas.
4. De acordo com o texto, como pesquisadores e especialistas podem contribuir com o projeto?
Eles podem apontar possíveis omissões, sugerindo novas abordagens e mesmo enviando
materiais para publicação no portal.
ITENS:
1. (SAEB 2013). Leia o texto abaixo e responda.
Hierarquia
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha
acabado de brigar com a mulher e esta lhe disse poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já
tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente pra escapar, o leão gritava:
"Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e
nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe
disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!" E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: "Será que
V. Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço
e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!".
Diz que um leão andava chateado, sentia-se “não muito rei dos animais” porque
Os ratos resolveram organizar um conselho para decidir qual seria a melhor alternativa
para que eles pudessem saber, com antecedência, quando o inimigo deles, o gato, estava por
perto. Dentre as muitas ideias apresentadas, uma delas, que logo foi aprovada por todos,
considerava que um sino deveria ser pendurado no pescoço do gato. Assim, ao escutarem o tilintar
do mesmo, todos poderiam correr a tempo para seus buracos. Além de gostarem do plano, todos
ficaram extasiados* com tão criativa solução.
E um velho rato então perguntou: “Meus amigos, percebo que o plano é realmente muito
bom. Mas, quem dentre nós prenderá o sino no pescoço do gato?” E nenhum voluntário se fez
presente.
Disponível: http://sitededicas.uol.com.br/conselho_dos_ratos.htm
Vocabulário:
*Extasiados: forte sentimento de alegria.
O impedimento para que o plano dos ratos fosse realizado foi
3. Leia.
O Sol é considerado uma estrela pequena, comparado com as grandes estrelas que são
milhares de vezes maiores que ele. Como uma grande esfera de gases a altíssimas temperaturas,
o Sol é formado principalmente por hidrogênio e hélio, e está bem longe da Terra: cerca de 150
milhões de quilômetros. Sua luz leva pouco mais de oito minutos para atingir a superfície terrestre.
A radiação emitida pelo Sol é fonte de vida e de energia essencial para a Terra. A energia
solar impulsiona as correntes atmosféricas e marítimas, faz evaporar a água (que depois cai como
chuva e neve) e estimula o processo de fotossíntese das plantas (que fornece a energia para a
sobrevivência dos organismos vivos).
Disponível: http://www.canalkids.com.br/cultura/ciencias/astronomia/sol.htm
A) coragem.
B) esperança.
C) humildade.
D) tolerância.
A orquestra
A) A chuva.
B) A orquestra.
C) O maestro.
D) O mar.
Encaminhamentos metodológicos para:
Conteúdo:
Inferência do sentido de uma palavra ou expressão em textos.
Habilidade:
Inferir, com a mediação do professor, o sentido de palavras ou expressões
desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto, de modo a aprimorar essa
capacidade de atribuir sentidos significativos fazendo o uso de conhecimentos prévios.
Para esse conteúdo, trazemos para trabalhar com os estudantes quatro textos com
diferentes complexidades e, na sequência, mais alguns itens retirados de outras avaliações
externas.
Professor(a), quando for trabalhar com os estudantes, procure instigar os alunos para os
gêneros textuais trabalhados, trazendo informações sobre os temas e sobre a linguagem de cada
um, mostrando principalmente as diferenças entre esses textos e suas principais características.
Note que são feitas outras questões antes de chegar ao objetivo de perguntar sobre o processo de
inferência de alguma informação, isso é importante fazer para que os estudantes tenham mais
elementos para se chegar à resposta da questão. Nas avaliações externas isso não ocorre, pois
cada item avalia apenas um conteúdo.
No último texto, Mercado do Tempo, por se tratar de um recorte de um texto de opinião
será necessária a sua ajuda na compreensão do texto e o do processo de inferência. Vamos para
as atividades.
1. Atividade – Leia a tirinha e responda às perguntas:
Recreio. São Paulo: Abril, ano 10, n.479, p. 24,14 maio de 2009.
c) Como Antoninho ficou após a mamãe avisá-lo que estava vindo um predador?
Antoninho ficou com muito medo e entrou na água o mais rápido possível.
O LEÃO E O MOSQUITO
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça,
mas o mosquito não deu a mínima. — Você está achando que vou ficar com medo de você, só
porque você pensa que é rei? - disse ele altivo e em seguida voou para o leão e deu uma picada
ardida no seu focinho. Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que
conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que
começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por
seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu.
O mosquito foi embora zumbindo, para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas
entrou direto numa teia de aranha. Ali, o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim,
comido por uma aranha minúscula.
Disponível: http://www.brinquedoteca.ded.ufla.br/recursos-para-pais-e-profissionais/fabulas-e-lendas/o-leao-e-o-mosquito/
d) Qual a moral* que nós leitores podemos inferir/deduzir deste texto, considerando o final da
história?
(Moral* - mensagem educativa a ser apreendida com a história dos animais)
O menor inimigo pode ser o mais terrível.
Saiu o Leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas.
[...] Assim, o Leão encontrou o Macaco e perguntou: “Hei, você aí, Macaco – quem é o rei
dos animais?”. O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando
respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: “Claro que é você, Leão,
claro que é você!”. *
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao Papagaio: “Currupaco, Papagaio.
Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?”. E como aos Papagaios não
é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o Papagaio: “Currupaco... não é o
Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?”.
Cheio de si, o Leão prosseguiu em busca de novas afirmações de sua personalidade.
Encontrou a Coruja e perguntou: “Coruja, não sou eu o maioral da mata?”. “Sim, és tu”, disse a
Coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais lato de
cabeça. Encontrou o Tigre. “Tigre – disse em voz de estentor –, eu sou o rei da floresta. Certo?”. O
Tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e
disse, rugindo contrafeito: “Sim”. E rugiu ainda mais mal-humorado e já arrependido, quando o Leão
se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o Elefante. Perguntou:
“Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor
de árvores e de seres, dentro da mata?”. O Elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele
pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no
chão, tonto e ensanguentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: “Que diabo, só
porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado”.
a) Por que o macaco respondeu à pergunta do Leão já no galho mais alto da árvore?
Porque ele tinha medo do Leão.
Mercado do tempo
Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é
pouco – precisava um dia maior para pôr tudo em dia.
Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de
priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a
ciência tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar
seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para
outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de
cumprir planos.
Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é
influenciada por fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação
temporal, uma fórmula pessoal de encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para
todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando você.
ITENS:
1. Leia o texto para responder à questão abaixo:
“Para muita gente, sapos, rãs e pererecas podem lá não ter graça. Mas os anfíbios são
essenciais à vida de florestas, restingas e lagoas, só para citar alguns ambientes. E o problema é
que estão desaparecendo sem que cientistas saibam explicar o porquê. O fenômeno é conhecido
há anos, mas tem se agravado muito. Sobram explicações — vírus, redução de habitat e mudanças
climáticas, por exemplo — mas ainda não há resposta para o mistério, cuja consequência é o
aumento do desequilíbrio ambiental. Para tentar encontrar uma solução, cientistas começaram a
se reunir no Rio.”
O Globo. Rio de Janeiro, 23/06/2003.
Ao se referir ao desaparecimento de sapos, rãs e pererecas, o texto alerta para
Quando captura uma presa esse passarinho a espeta com seu bico num espinho de um
arbusto.
Arrasador, ele também atravessa insetos sobre arames farpados. Desse modo, cria sua
própria despensa, recorrendo a ela para se abastecer de acordo com a sua necessidade.
CUNHA, M. Recordes dos animais – fatos e curiosidades. São Paulo: Girassol. p. 101, 2009.
O Burro e a Cachorrinha
Um Burro, vendo que o seu dono brincava com uma Cachorrinha e se alegrava com ela, e a
tinha à mesa, dando-lhe de comer, e que ela se entusiasmava quando ele chegava, e lhe saltava
para o colo, pensou magoado que se fizesse o mesmo seria mais estimado.
Então, quando chegou o dono, pôs-lhe as patas nos ombros e começou a querer lamber-lhe
o rosto com a língua. Espantado, o dono começou a gritar e acudiram os criados que, a poder de
muito trabalho, tornaram a meter o Burro na estrebaria.
Moral da história: Ninguém se meta a mostrar habilidades que a natureza lhe negou.
A) preguiçoso.
B) orgulhoso.
C) medroso.
D) invejoso.
Berto
Berto era um abominável homem das Neves. Ele gostava tanto das montanhas nevadas,
quanto das distantes florestas. Certo dia, Berto estava perseguindo duas borboletas quando elas
pousaram em uma pedra. Silenciosamente, ele rastejou para perto delas. Mas do outro lado da
pedra havia um garotinho. Que susto! Ele nunca havia visto nada igual! Berto mergulhou na moita
para se esconder. Mas ... AAAAIIII ! Os galhos tinham vários espinhos!
O garotinho andou até Berto:
– Desculpe-me – ele disse. Eu não quis assustá-lo. Meu nome é Tom. Quem é você?
– Eu sou Berto, um abominável homem das neves!
BUCKINGHAM, M. O não tão abominável homem das Neves. São Paulo: Ciranda Cultural, 2005. s/p.
Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma gansa muito especial. De vez em
quando, quase todo dia, ela botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em pouco tempo
eles começaram a achar que podiam ficar muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por
hora, ou a todo momento que eles quisessem. Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam
com tanto ouro.
— Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela
deve ter dentro dela um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente precisava.
— Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho, alguma coisa assim. Se a gente
pegar pra nós, não precisa mais de gansa.
— É... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico. E resolveram matar a gansa para
pegar todo o ouro. Mas dentro não tinha nada diferente das outras gansas que eles já tinham visto
– só carne, tripa, gordura... E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam um ovo de ouro,
nunca mais.
MACHADO, Ana Maria. O Tesouro das Virtudes para Crianças . Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.
D05 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,
foto etc.)
Considera-se parte constitutiva da habilidade de leitura a construção da estrutura textual
e de que forma esta estrutura traz implicações na compreensão de texto. Por isso, entende-se
que este descritor requer a construção de uma “armação” sustentadora do assunto, ligada ao
texto. Neste caso, o material gráfico pode levar o leitor a entender as relações mais abstratas. A
informação focada no material gráfico pode preparar para a leitura verbal do texto, porque as
imagens também significam discursivamente e são parte integrante para produzir o sentido. Para
aprender a ler o não verbal, deve-se desenvolver uma intimidade com esse tipo de linguagem
que visa à articulação dessas duas formas - verbal e não verbal.
Conteúdo:
Leitura de textos multissemióticos;
Habilidade:
Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos, para que compreenda de forma
gradativa a relação existente entre os textos imagéticos e os textos escritos.
Texto 01
Texto 02:
Disponível: http://paposdejuventude.blogspot.com
De acordo com a charge, podemos afirmar que o autor faz uma crítica a quem?
As pessoas que são contrárias às medidas de prevenção contra a dengue.
Texto 04:
Disponível: https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/distribuicao-da-populacao-brasileira
O Brasil possui uma população de 190 755 799 habitantes e de acordo com o texto qual é a região
que possui mais habitantes?
A região de São Paulo.
ITENS:
1. (SAEMI - PE) Leia o texto abaixo.
SOUSA, Maurício de. Disponível em: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira113.htm. Acesso em: 31 out. 2011.
A) cansado.
B) nervoso.
C) surpreso.
D) triste.
5. (SAEMI - PE) Leia o texto abaixo.
A) concerta as cadeiras.
B) cria uma forma de dormir.
C) inventa uma brincadeira.
D) limpa as cadeiras.
Encaminhamentos metodológicos para:
Habilidade: Identificar a função social de diferentes gêneros discursivos que circulam em campo
da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas
mídias impressa e oral, de massa e digital, de modo a reconhecer, progressivamente, seu
contexto de produção: para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu, e a quem
se destinam e a intencionalidade do autor, desenvolvendo o senso crítico.
Leia os textos e responda.
Texto 01
Texto 02
Rayssa Leal é campeã mundial de Skate Street nos Emirados Árabes Unidos
“Fadinha” superou outras sete skatistas, entre elas as brasileiras Gabriela Mazetto e Pamela Rosa
Texto 03
Uma nova pesquisa resultou num ranking dos alimentos mais consumidos pelas crianças
brasileiras na hora do lanche. Conclusão: eles não primam pelo alto valor nutricional. Ao
contrário. O levantamento, que envolveu uma detalhada investigação da lancheira de 800
estudantes do ensino fundamental em escolas particulares, revelou excesso de gorduras e açúcar
– e falta de vitaminas, fibras e sais minerais. As nutricionistas Eliana Zacarelli e Hellen Coelho, da
Universidade de São Paulo, conduziram o estudo. Elas avaliaram cada um dos alimentos trazidos
pelas crianças às escolas. Para se ter uma ideia, o campeão da lista, a bisnaguinha, tem o dobro
de gorduras de um pão de forma comum. Com base em vários desses cálculos, as especialistas
sugerem "trocas realistas" (leia-se: um tipo de pão por outro – e não por chuchu). Isso pode ajudar
a melhorar hábitos alimentares – e a deixar as crianças longe da faixa do sobrepeso, caso de 10%
delas no Brasil.
Revista Veja, fevereiro de 2009.
A) criticar.
B) divertir.
C) informar.
D) denunciar.
ITENS:
1. (SAEP 2013) Leia o texto abaixo e responda.
O terremoto do gelo
O tão falado aumento da temperatura do planeta não produz somente ondas de calor na Índia
ou secas na África: também provoca terremotos no Alasca. Pelo menos é o que diz um estudo de
cientistas da Nasa e do Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS). De
acordo com a pesquisa, conforme as geleiras derretem, diminui a pressão sobre a crosta. Dessa
forma, as placas tectônicas daquela região podem se mover com maior liberdade. [...]
Terra, set. 2004, p.12
2. (SAEP 2013) Faça a leitura do texto a seguir retirado da revista Ciência Hoje.
Cientistas desenvolveram uma mão artificial que pode ser movida com o pensamento
Nós usamos as mãos para pegar coisas, digitar no computador, atender o celular e um monte
de outras atividades. Por isso, você pode imaginar como é difícil a adaptação de alguém que perde
a mão, por exemplo, em um acidente. Graças aos esforços de cientistas, porém, essa situação
pode ficar um pouco mais fácil.
Vários estudos trabalham no desenvolvimento de membros mecânicos que possam ser
controlados apenas pelo pensamento. O engenheiro biomédico Silvestro Micera, da Escola
Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, é responsável por um deles: ele desenvolveu uma mão
biônica que pode ser ligada aos nervos do braço.
Os nervos são responsáveis por enviar para os nossos membros os comandos do cérebro.
Assim, quando o paciente pensar no movimento que deseja fazer, os sinais transmitidos pelo
cérebro serão enviados pelos nervos e captados pela máquina, que os transformará em movimento.
A prótese também faz com que o paciente tenha a sensação de tocar os objetos, graças à presença
de sensores nos dedos e na palma da mão artificial.
[...] a nova mão biônica, que poderá ser usada o tempo todo, deve ser implantada em um
paciente ainda este ano como teste. Se tudo der certo, quem sabe ela não estará disponível para
muitas outras pessoas no futuro?
Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças Online – Ed. 243.
A finalidade deste texto é
3. (SAEP 2013) Observe os quadrinhos abaixo e veja a mensagem que ele transmite.
A finalidade do texto é
Vou de ônibus
Ridícula a matéria sobre os jovens que nunca andaram de ônibus. Não faz parte do cotidiano
da maioria das pessoas que leem o jornal e sim de uma minoria elitista que parece viver num
universo paralelo.
P.G.C.
A) relatar um fato.
B) provocar risos.
C) fazer uma crítica.
D) informar um acontecimento.
Uma turista pega um táxi no aeroporto para ir ao hotel. O motorista parece mudo, pois não diz
uma palavra sequer. Então a mulher toca nas costas dele para pedir uma informação:
— Por favor...
Ele leva um grande susto, perde o controle do carro e quase provoca um acidente. A turista
se desculpa:
— Sinceramente, não sabia que o senhor ficaria tão assustado!
— Desculpa senhora. É minha primeira viagem com taxista.
— E o senhor fazia antes?
— Por 20 anos fui motorista de carro funerário
A finalidade do texto é
A) divertir.
B) Informar.
C) descrever.
D) denunciar.
ROSEANA MURRAY
Roseana Murray nasceu no Rio de Janeiro, onde vive até hoje. É casada, tem dois filhos e
mais de quarenta livros publicados. Roseana gosta de animais e de viajar pelo mundo, olhando as
coisas e as pessoas. Além de escrever poemas para gente de todas as idades, ela visita feiras de
livros e escolas, onde trabalha junto com professores e alunos. Suas poesias falam de coisas
simples como amor, peixes e flores. Em seu livro Receitas de Olhar, encontramos sugestões
poéticas para sermos felizes. Recentemente, Roseana fez uma grande descoberta, a Internet; ela
está adorando trabalhar em sua página http://www.docedeletra.com.br/murray, onde responde
carinhosamente a todos que lhe escrevem.
Fonte: http://www.edukbr.com.br/leituraeescrita/setembro02/iautores.asp
Esse texto é
A) uma receita.
B) uma biografia.
C) um poema.
D) um aviso.
Brigadeirão Branco
INGREDIENTES
200 gramas de chocolate branco picado
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
4 ovos
MODO DE PREPARAR
Picar o chocolate branco e levar ao micro-ondas para derreter em potência média por 3 minutos.
Retirar do forno e misturar bem para acabar de derreter. Juntar todos os ingredientes no
liquidificador. Bater bem e despejar em uma forma untada com manteiga. Cozinhar em potência
alta de 7 a 8 minutos. Depois que amornar, deixar na geladeira até o momento de servir.
Esse texto é
A) um poema.
B) um bilhete.
C) uma receita.
D) uma lista.
Encaminhamentos metodológicos para:
Habilidade: Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de
substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto, a fim de utilizar e
reconhecer os elementos coesivos.
1) Atividade – Leia o texto e responda quais são os referentes das palavras em destaques no texto:
Suplementos como o whey protein são feitos da proteína do soro do leite. Ele é vendido
em pó e o consumidor o mistura a uma certa quantidade de água ou leite antes de beber.
De acordo com Ricardo Oliveira, membro do departamento de endocrinologia do esporte e
exercício, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), essa é uma proteína
de alto valor biológico devido à quantidade e composição dos aminoácidos contidos nela. [...]
Disponível: https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/05/22/whey-protein-nao-e-po-magico-especialistas-explicam-quando-a-suplementacao-e-recomendada.ghtml
A) No primeiro parágrafo o pronome de tratamento “ele” está retomando qual palavra no texto?
whey protein – ele.
B) No segundo parágrafo temos as palavras “essa” e “nela” em destaque, a quem essas palavras
estão se referindo no texto?
whey protein – essa e nela. (Compreendo que o whey protein é um tipo de proteína).
D) No item três – qual é a versão que o pronome demonstrativo “essa” está retomando?
Versão Hidrolisado.
E) Na última parte do texto estão sendo utilizados como elementos coesivos o pronome pessoal
“ele” e o pronome demonstrativo “esse”, qual palavra no texto eles estão retomando?
Whey – ele.
Whey – esse.
ITENS:
1. (SAERJ) Leia o texto abaixo.
Toda vez que mamãe vai tomar banho e me esquece aqui fora, fico deitado bem juntinho
à porta, esperando ela acabar. Fecho os olhos, mas não durmo, só finjo. Assim, quando minha irmã
passa, ela não esfrega a minha cabeça nem aperta as minhas bochechas, e olha que nem as tenho.
Pra falar a verdade, nunca vi um cãozinho ter bochechas, mas a doida da minha irmã sempre diz
que tenho, e que nada é melhor do que apertá-las. Isso tudo me confunde um pouco, mas tudo
bem. Enquanto fico quietinho aqui, posso ouvir o barulhinho da água do chuveiro, de que eu tanto
gosto. Isso não quer dizer que eu goste de tomar banho. Aquele tanque e a água gelada em nada
me atraem. Mas confesso, tenho vontade de experimentar um banho quentinho, de chuveiro.
Papai chegou, já ouvi o barulho que o carro dele faz quando entra na garagem. Mas vou
continuar aqui, não saio daqui por nada, afinal, mamãe é mamãe. É ela quem cuida de mim.
Me leva na rua todos os dias à tarde, põe a minha comida no pratinho onde colou uma foto
minha, me leva pra cortar todos estes pelos que me enchem de calor. Tenho que confessar uma
coisa daquele lugar. Eles cortam os pelos, dão banho, cortam as unhas e ainda me enchem de
talco. Sempre antes que mamãe chegue para me buscar, botam uma gravatinha escrita “Binho”.
[...]
Disponível em: http://www.qdivertido.com.br/vercronica.php?codigo=2. Acesso em: 12 mar. 2011. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
No trecho “... esperando ela acabar.” (1° parágrafo), a palavra destacada substitui
A) mamãe.
B) irmã.
C) água.
D) comida.
Ainda não há provas que o incriminem definitivamente pelo atual surto de gripe que atingiu
11 países. Mesmo assim, o porco já vem sendo julgado culpado por autoridades mundo afora, que
determinam até a morte de criações inteiras.
Na última segunda-feira (27), a OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) reiterou
que ainda não foi comprovada a relação entre o vírus e os animais e pediu que a gripe suína seja
denominada gripe da América do Norte.
Mas, para algumas pessoas, pouco importa se a culpa é ou não do porco. Para elas, o
animal não é um inimigo, e sim um companheiro para todas as horas.
“Para elas, o animal não é um inimigo, e sim um companheiro para todas as horas.”. Nessa frase,
a palavra elas refere-se
A) a algumas pessoas.
B) a criações inteiras.
C) às autoridades.
D) às horas.
3. (PROEB) Leia o texto abaixo.
Bambolê
No trecho “... que serve para fortalecê-los.”, a palavra destacada pode ser substituída por
A) açúcares.
B) corantes.
C) dentes.
D) ingredientes.
5. (SAEP) Leia o texto abaixo.
A MENINA CORAJOSA
Esta história aconteceu com a minha bisavó paterna e foi contada pela filha dela, que é
minha avó. Quando criança, minha bisavó morava num sítio. Seu pai sustentava a família
trabalhando na roça. Todos os dias, ela ia levar comida para o pai no roçado, um lugar longe de
casa. Sua cachorrinha sempre ia com ela.
Um dia, quando levava a marmita para o pai, andando bem tranquila pela trilheira, num
lugar onde a mata era fechada, viu que a cachorrinha começou a choramingar e a se enrolar nas
próprias pernas. A menina percebeu que alguma coisa estranha estava acontecendo.
Olhou para os lados e viu uma onça bem grande, com o bote armado, a ponto de pular do
capinzeiro em cima dela.
No que viu a onça, a menina ficou encarando a danada. Pouco a pouco, sempre olhando
para o bicho, ela foi se afastando para trás sem se virar. Quando pegou uma boa distância, a
menina correu em disparada até se sentir segura.
Quando chegou em casa, estava sem voz. Depois de muito tempo é que conseguiu falar.
Os homens da fazenda pegaram as armas e foram procurar a onça. Mas não a
encontraram. Minha bisavó foi muito corajosa, porque na hora em que ela viu a onça, conseguiu
lembrar do que o povo dizia: “Onça não ataca de frente, porque tem medo do rosto da pessoa.
Quem quiser se ver livre dela basta encarar a danada e não lhe dar as costas”.
Na frase “Quem quiser se ver livre dela basta encarar a danada e não lhe dar as costas”, a palavra
destacada se refere à
A) bisavó.
B) cachorrinha.
C) menina.
D) onça.
6. (SAEMI - PE) Leia o texto abaixo.
A lebre e a tartaruga
Um dia uma tartaruga começou a contar vantagem dizendo que corria muito depressa, que
a lebre era muito mole e, enquanto falava, a tartaruga ria e ria da lebre. Mas a lebre ficou mesmo
impressionada foi quando a tartaruga resolveu apostar uma corrida com ela.
“Deve ser só de brincadeira!”, pensou a lebre.
A raposa era o juiz e recebia as apostas. A corrida começou e, na mesma hora, claro, a
lebre passou à frente da tartaruga. O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre
teve a ideia de brincar um pouco. Depois de brincar, resolveu tirar uma soneca à sombra fresquinha
de uma árvore.
“Se por acaso a tartaruga me passar, é só correr um pouco e fico na frente de novo”,
pensou.
A lebre achava que não ia perder aquela corrida de jeito nenhum. Enquanto isso, lá vinha
a tartaruga com seu jeitão, arrastando os pés, sempre na mesma velocidade, sem descansar nem
uma vez, só pensando na chegada. Ora, a lebre dormiu tanto que esqueceu de prestar atenção na
tartaruga. Quando ela acordou, cadê a tartaruga? Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo, mas
nem adiantava! De longe ela viu a tartaruga esperando por ela na linha de chegada.
No trecho “... a tartaruga ria e ria da lebre.” (1° parágrafo), a repetição da expressão em destaque
reforça
A) a lerdeza da tartaruga.
B) a provocação da tartaruga.
C) o esforço da tartaruga.
D) o nervosismo da tartaruga.
Encaminhamentos metodológicos para:
Habilidade: Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de
substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto, a fim de utilizar e
reconhecer os elementos coesivos.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitada ao aluno a
identificação de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, principalmente, por
locuções adverbiais e conjunções, por vezes, a identificação dos elementos que explicam essa
relação. Por exemplo, pede-se que o aluno indique a expressão que dá uma ideia de lugar, ou
vice-versa, dá-se uma expressão e pede ao aluno que reconheça qual a ideia é estabelecida por
ela.
1. Leia o texto:
O que é bullying?
Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa. “Bully” significa “valentão”, e o
sufixo “ing” representa uma ação contínua. A palavra bullying designa um quadro de agressões
contínuas, repetitivas, com características de perseguição do agressor contra a vítima, não
podendo caracterizar uma agressão isolada, resultante de uma briga.
As agressões podem ser de ordem verbal, física e psicológica, comumente acontecendo
as três ao mesmo tempo. As vítimas são intimidadas, expostas e ridicularizadas porque são
chamadas por apelidos vexatórios e sofrem variados quadros de agressão com base em suas
características físicas, seus hábitos, sua sexualidade e sua maneira de ser.
As vítimas de bullying podem sofrer agressões de uma pessoa isolada ou de um grupo.
Entretanto, o grupo pode atuar apenas como “espectadores inertes” da violência, que
indiretamente contribuem para a continuidade da agressão.
O bullying consiste em agressões e intimidações constantes. Normalmente, chamamos de
bullying o comportamento agressivo sistemático cometido por crianças e adolescentes. Quando
um comportamento parecido acontece entre adultos, geralmente no ambiente de trabalho,
classificamos o ato como assédio moral.
As discussões sobre o bullying são relativamente recentes, chamando a profunda atenção
dos especialistas em comportamento humano apenas nas últimas duas décadas. Até a década de
1970, não se falava sobre bullying. O comportamento agressivo e a perseguição sistemática de
algumas crianças contra outras era visto como um traço comportamental natural, afirma Cleo Fante,
especialista no assunto. Portanto, o bullying é uma prática injusta, visto que os agressores ou
agem em grupo (ou com o apoio do grupo) ou agem contra indivíduos que não conseguem se
defender das agressões. Apesar de considerarmos o sofrimento da vítima, também devemos tentar
entender o comportamento dos agressores. Muitas vezes, são jovens que passam por problemas
psicológicos ou que sofrem agressões no ambiente familiar e na própria escola, e tentam transferir
os seus traumas por meio da agressividade contra os outros.
O bullying pode acontecer no condomínio, na vizinhança, em grupos ou agremiações
esportivas etc., mas o local onde mais acontece esse tipo de crime é na escola. Fatores
sociológicos e psicológicos explicam esse fenômeno: é na escola onde os jovens passam grande
parte de seu tempo e interagem com um número maior de pessoas.
Também é na escola o lugar onde os reflexos da sociedade fazem com que se crie uma
espécie de micro-organismo social, que tende a recriar a sociedade em um espaço menor e isolado.
Se a sociedade em geral é agressiva e excludente, esses fatores tendem a se repetir entre os
jovens no âmbito escolar. Na escola, os cruéis padrões de beleza e comportamento ditados pela
sociedade aparecem como normas. Em geral, um grupo dominante reafirma e dita esses padrões
dentro do âmbito escolar, fazendo com que se estabeleça uma regra (a normalidade) e tudo aquilo
que fuja dessa regra seja considerado como inferior e digno de sofrimento e exclusão. O grau de
popularidade dos que se consideram superiores e a sua maior aceitação pelo grupo fazem com
que eles se sintam no direito de tratar mal aqueles que não são populares e não se enquadram no
padrão do grupo.
Além da intimidação, da perseguição e da violência psicológica, o bullying pode levar à
violência física com consequências devastadoras e irreversíveis para a vítima. Os primeiros
sintomas são o isolamento social da vítima, que não se vê como alguém que pertence àquele grupo.
A partir daí, pode haver uma queda no rendimento escolar, queda na autoestima, quadros de
depressão, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psíquicos. Quando
não tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio. Se os traumas não forem
tratados, a vítima pode guardar aquele sofrimento em seu subconsciente, que virá a se manifestar
diversas vezes em sua vida adulta, dificultando as relações pessoais, a vida em sociedade,
afetando a sua carreira profissional e até levando ao desenvolvimento de vícios em drogas e álcool.
Adaptado de: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm
Professor(a), prepare os alunos para o texto: apresente o tema do texto que será lido
“O que é bullying?”, e questione se eles sabem o que é Bullying? Se a resposta for positiva,
questione se eles já viram alguém sofrer Bullying? Se a resposta for positiva novamente,
explique que esse tipo de ação não é legal e pode ser considerada crime, com
consequências não só dentro da escola, mas também na sociedade, com responsabilização
do agressor e dos seus responsáveis. Na sequência, passe para a leitura do texto. Solicite
aos estudantes que localizem no texto lido pelo menos cinco conjunções, caso eles ainda
não tenham trabalhado com esse conteúdo, faça a leitura e marque no texto as palavras (e,
porque, entretanto, normalmente, quando, portanto, mas, se), dessas palavras aponte quais
são conjunções e os sentidos delas aplicadas no texto. Pergunte se eles conhecem as
palavras – normalmente e quando aparecem no texto. Se a resposta for positiva, qual o
sentido empregado por elas?
A) Localize no texto pelo menos cinco conjunções e explique os sentidos delas aplicadas no texto:
E – adição; porque – explicação; entretanto – oposição; portanto – conclusão; mas – oposição; se – condição.
Regras:
Os estudantes devem sentar-se em uma roda e passar a “batata quente”, que pode ser qualquer
objeto, cantando a música:
No centro da roda fica outro estudante com os olhos fechados e quando ele/ela falar queimou,
todos param de cantar e aquele que estiver com a batata na mão sofre as consequências.
Para nossa “brincadeira” será utilizado um saquinho plástico ou uma caixinha com as seguintes
frases:
Professor(a) recorte as frases para o jogo e durante as rodadas, apresente aos
estudantes outras conjunções de mesmo sentido, principalmente as mais comuns como as
adversativas – mas = porém, todavia, entretanto, contudo etc.
Inicia-se o jogo passando o saquinho de mão em mão pela direita e quem estiver com o
saquinho na mão quando o estudante do centro da roda dizer queimou e música parar, deverá
retirar uma frase e completá-la, observando a conjunção e o sentido que ela introduz na frase a ser
elaborada. As frases abordarão o tema do texto lido em sala de aula.
Professor(a), no final desta aula tente criar com os estudantes uma definição de
conjunção e alguns exemplos. Elabore coletivamente essa definição, fazendo perguntas
como: para que servem as conjunções? Quando são usadas no texto? Quais exemplos de
conjunções você conheceu na atividade de hoje?
Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que as conjunções são palavras
que ligam partes de uma frase ou de um texto, estabelecendo diferentes relações de sentido
entre essas partes.
ITENS:
1. (SPAECE) Leia o texto abaixo.
Da AFP
Em Varsóvia (Polônia)
Robótica
No Texto, no trecho “Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs.” (3° parágrafo), a expressão
destacada indica uma ideia de
A) afirmação.
B) dúvida.
C) modo.
D) tempo.
3. (SAERJ) Leia o texto abaixo.
Xô, micróbios!
O sabonete não quer saber. A gente pode até estar bem distraído, lavando as mãos, tomando
banho. Mas com o sabonete não tem distração. Ele entra na área e mostra quem manda no pedaço,
deixando a pele limpa.
E como a gente precisa dessa limpeza! Enquanto a gente brinca e anda por aí, vai pegando
em tanta coisa, que as mãos acabam “hospedando” sem querer um monte de bichinhos muito
pequenos, tão pequenos que são invisíveis: os micróbios.
Nem todos os micróbios são prejudiciais, mas alguns tipos, como as bactérias e os vírus,
podem causar uma série de doenças. Esses são “hóspedes” muito indesejáveis!
Para livrar a pele dos micróbios, a água sozinha não dá conta do recado. Por isso é preciso
usar sempre sabão ou sabonete para limpar as mãos, principalmente antes das refeições [...].
Além de ajudar a retirar as sujeiras mais teimosas, como gordura e terra, o sabonete funciona
como um verdadeiro desinfetante contra as bactérias. Se você for comer com as mãos sujas, pode
estar engolindo, junto com a comida, certas bactérias que não foram convidadas. Argh! [...]
No trecho “A gente pode até estar bem distraído, ...” (1° parágrafo), a expressão destacada dá
ideia de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
A capital do Brasil seria o Rio de Janeiro, e isso faria uma grande diferença para a história do
país. Brasília era um projeto antigo: a ideia de construir uma capital no interior, num local mais
seguro de ataques estrangeiros e que ajudasse a garantir a integração nacional, já vinha do
Marquês de Pombal, em 1751, quando ainda éramos colônia de Portugal. Em 1823, o patriarca da
Independência, José Bonifácio, já chamava a futura cidade de Brasília. Quando Juscelino
Kubitschek foi eleito presidente, os planos de construção já estavam em andamento. Mas, se ele
não tivesse dado o início às obras, pode ser que a novidade nunca saísse do papel. [...]
Mundo estranho, São Paulo: Abril, ed. 125, jun. 2012. Fragmento.
Criançando
E quando mudamos para a Epitácio Pessoa, de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas, ganhei
um livro de Monteiro Lobato! Ai, que maravilha maravilhosamente maravilhosa!
Era o meu primeiro livro com história em português... e minha casa tinha um quintal comprido,
como eram os quintais de antes... e ali brinquei de ser Emília.
No quintal, as três mangueiras: manga-espada, manga-rosa e a manga-carlotinha.
Eu brincava com as mangas caídas no chão. A manga-carlotinha tinha um jeito de Emília. A
manga-rosa, imponente, era a Dona Benta. [...] A manga-espada era minha mãe, cortando meu
brinquedo: espada, faca. Eu odiava ter que tomar banho e vestir meu vestido formal para o jantar!
Naquele tempo, as crianças pareciam que estavam endomingadas, só para jantar. E minha avó,
Clara, usava vestidos de crepe negro, imponentes.
ORTHOF, Sylvia. Livro aberto: confissões de uma inventadeira de palco e de escrita. 3ª ed. São Paulo: Atual, 1996.
No trecho “No quintal, as três mangueiras: ...” (3° parágrafo), o termo destacado indica
A) afirmação.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
Encaminhamentos metodológicos para:
Habilidade: Ler e compreender anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do Campo da
Vida Cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa
e a finalidade do texto, a fim de identificar o humor, a crítica e/ou a ironia presentes nesses
gêneros.
Texto 01
- Mamãe, os meninos na escola estão me chamando de distraído!
- Joãozinho, você mora na casa da frente...
Disponível: https://www.dicionariopopular.com/piadas-infantis-para-a-criancada-rir-e-se-divertir/
Disponível: https://www.dicionariopopular.com/piadas-infantis-para-a-criancada-rir-e-se-divertir/
Texto 3
Joãozinho chegou em casa e seu pai perguntou:
- Como foi a prova, filho?
- Foi igual ao Polo Norte, pai.
- Como assim?
- Tudo abaixo de zero.
Disponível: https://www.dicionariopopular.com/piadas-infantis-para-a-criancada-rir-e-se-divertir/
Texto 04
Joãozinho e os pronomes
Na escola:– Joãozinho! – Sim, professora! – Por favor, diga-me dois pronomes. - Quem, eu?
– Muito bem, garoto!
Disponível em: http://recantodacronica.blogspot.com.br/2011/11/joaozinho-e-os-pronomes-historias.html. Acesso em: 3 dez. 2015.
AS DUAS NOIVAS
O ônibus parou e ela subiu. Ele se encolheu, separando-se da outra, as mãos enfiadas entre
os joelhos e olhando para o lado – como se adiantasse, já tinha sido visto. A noiva sorriu,
agradavelmente surpreendida:
Mas que coincidência!
E sentou-se a seu lado. Você ainda não viu nada – pensou ele, sentindo-se perdido, ali entre
as duas. Queria sumir, evaporar-se no ar. Num gesto meio vago, que se dirigia tanto a uma como
a outra, fez a apresentação com voz sumida:
— Esta é minha noiva...
— Muito prazer – disseram ambas.
Fonte: Sabino, Fernando. Obra Reunida. Volume III, Editora Nova Aguilar S.A. – Rio de Janeiro, 1996, p. 148.Com cortes.
Texto 06
O cabo e o soldado
ITENS:
(Prova Brasil) Leia o texto abaixo.
A Vassoura
A vassoura de uma bruxa é uma das mais importantes peças de seu equipamento. Pode ser
utilizada em casa, mas também constitui um meio de transporte muito barato.
BIRD, M. Manual prático de bruxaria. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1997. p. 25.
1. No texto, uma PASSAGEM ENGRAÇADA é
O ELEFANTE
O Juquinha e outros dois garotos foram levados ao diretor do zoológico por causa de uma
baita briga.
O diretor começa o interrogatório:
— Quem é você e por que está aqui?
— Eu sou Juquinha e joguei amendoim nos elefantes.
Então o diretor perguntou ao segundo:
— Quem é você e por que está aqui?
— Eu sou Joãozinho e joguei amendoim nos elefantes.
Então o diretor perguntou ao terceiro menino, que estava todo machucado:
— Quem é você e por que está aqui?
Fonte: DOMENICO, Guca; SARRUMOR, Laert. O elefante. In: Um campeonato de piadas. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.
LOROTAS DE PESCADOR
João e José, dois velhos amigos que gostavam de pescar, comparavam suas proezas
esportivas, como sempre um procurando superar o outro.
— Outro dia eu pesquei um bagre — disse João —, e nem queira saber, era o maior bagre
que olhos mortais já viram. Pesava pelo menos duzentos quilos.
— Isso não é nada — respondeu José. — Outro dia eu estava pescando, e adivinhe o que
veio pendurado no meu anzol? Uma lâmpada de navio, com uma data gravada nela: A.D. 1392!
Imagine só: cem anos antes da descoberta da América por Cristóvão Colombo. E não é só isso:
dentro da lâmpada havia uma luz, e ela ainda estava acesa!
João olhou para a cara de José e ficou calado por um momento. Mas logo sorriu e disse:
— Olhe aqui, José, vamos entrar num acordo. Eu abato 198 quilos do meu bagre. E você
apaga a luz da sua lâmpada, está bem?
Fonte: BELINKY, Tatiana. Lorotas de Pescador. In: ___. Mentiras... e Mentiras. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas. 2005, p. 23.
O efeito de humor desse texto é produzido especialmente pelo fato de
Tarefa difícil
Ainda é cedo quando um jovem entra na fazenda à procura de serviço. Logo é atendido pelo
fazendeiro, que lhe dá a primeira tarefa.
— Tome este banquinho e este balde. Vá ali naquele galpão e tire o leite da Malhada.
É minha vaquinha leiteira.
— Certamente, senhor! Vou agora mesmo!
Bastante animado, lá vai o rapaz.
Não demora muito e ouvem-se mugidos e gritaria. O rapaz sai apressadamente do galpão
segurando o banquinho em uma mão e o balde, sem nenhuma gota de leite, na outra.
— O que houve? - Perguntou o fazendeiro.
— Senhor, tirar leite da vaca até que é fácil, mas fazer ela sentar no banquinho, não dá mesmo!
Professor(a), para avançar nesta habilidade, ao ler com os estudantes algum gênero
textual, procure explorar ao máximo as pontuações e outras notações que se fizerem
presentes nos textos.
Por exemplo, veja como é trabalhado o sinal de parênteses neste panfleto publicitário. Você
pode utilizá-lo para abordar essa habilidade na aula.
Atividade 01 – Leia o texto e responda às questões:
b) Por que o anúncio traz como referência de resposta à pergunta “O que você faz quando seu
intestino não funciona?” os parênteses da opção 01 no formato de uma fatia de pão?
Ao fazer essa alusão ao pão, o anúncio produz o sentido de que o pão da marca que está
sendo anunciada é composto por produtos naturais - fibras que fazem parte de uma
alimentação equilibrada e saudável, melhor opção de escolha aos consumidores que
queiram que seu intestino funcione adequadamente.
O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como ele
é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando: “Sou tão
bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...] Quem sabe eu
sou gente?”.
E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não.
[...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho. E
dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão.
Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de bonito,
acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo dia alguém
arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]
– Então como é que você sabe falar?
– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.
– Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um pato
mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]
De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele tinha
sonhado. Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:
– Eu sou um pato... eu sou um pato...
E seus pais disseram:
– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]
E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na lagoa,
do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”. E dava um
suspiro de alívio.
A) admiração.
B) alívio.
C) deboche.
D) dúvida.
Na toca do coelho
Alice estava começando a cansar-se de ficar sentada sobre o barranco, sem nada para fazer.
Uma vez ou duas tinha dado uma olhada no livro que sua irmã estava lendo.
– Para que pode servir um livro sem figuras nem conversas? – pensava, aborrecida.
O calor daquele dia estava deixando Alice com sono. Ela perguntava a si mesma se o prazer
de fazer uma guirlanda de margaridas valia o esforço de ir colher as margaridas. Foi quando um
coelho branco de olhos cor-de-rosa passou correndo bem pertinho dali.
Não havia nada de extraordinário nisso. Alice não achou verdadeiramente notável, nem
mesmo quando o Coelho Branco disse para si mesmo:
– Meu Deus! Meu Deus! Vou chegar atrasado! – mas quando ele tirou um relógio do bolso do
colete, olhou as horas e depois continuou seu caminho a toda pressa, Alice levantou-se. Teve a
impressão que nunca em sua vida tinha visto um coelho que tivesse um colete com bolso e muito
menos um relógio para tirar do bolso. Ardendo em curiosidade, correu atrás do coelho através do
campo e, por sorte, chegou justo a tempo de vê-lo mergulhar na abertura de uma grande toca, perto
da cerca.
Num instante Alice estava descendo também, sem se perguntar nem por um momento como
faria depois para voltar.
A toca continuava reta como um túnel durante um bom pedaço, depois afundava de repente,
tão de repente que Alice não teve nem tempo de pensar em parar, antes de perceber que estava
caindo num poço muito profundo.
O poço era de fato muito profundo ou ela é que caía muito devagar? A verdade é que,
enquanto caía, Alice tinha tempo de olhar ao redor e até de refletir sobre o que iria acontecer [...].
CARROL, Lewis. In: Alice no país das maravilhas. São Paulo: Ática, s/d. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “O poço era de fato muito profundo ou ela é que caía muito devagar?” (último
parágrafo), o ponto de interrogação indica
A) admiração.
B) dúvida.
C) medo.
D) preocupação.
O bicho Folharal
Havia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um pouco de
água. Todos os animais selvagens eram obrigados a beber ali. A onça ficou à espera da raposa,
junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao fim de três dias já não
aguentava mais. Resolveu ir beber, usando duma astúcia qualquer.
Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou todo o seu corpo.
Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e cobriram-na toda.
Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou:
– Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi?
– Sou o bicho Folharal. – respondeu a raposa.
– Podes beber.
A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na água, bebendo-a com delícia e a onça
lá em cima, desconfiada, vendo-a beber demais, como quem trazia uma sede de vários dias, dizia:
– Quanto bebês, Folharal!
Quando já havia bebido o suficiente, a última folha caíra, a onça reconhecera a inimiga esperta
e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir.
Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/ct02a.htm. Acesso em: 02 jul. 09. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
A) admiração.
B) curiosidade.
C) desconfiança.
D) preocupação.
4. (SPAECE) Leia o texto baixo.
O macaco e o gato
Simão, o macaco, e Bichano, o gato, moram juntos na mesma casa. E pintam o sete. Um [...]
remexe gavetas, esconde tesourinhas, atormenta o papagaio; outro arranha os tapetes, esfiapa as
almofadas e bebe o leite das crianças.
Mas, apesar de amigos e sócios, o macaco sabe agir com tal maromba que é quem sai
ganhando sempre. Foi assim no caso das castanhas.
A cozinheira pusera a assar nas brasas umas castanhas e fora à horta colher temperos. Vendo
a cozinha vazia, [...] se aproximaram. Disse o macaco:
– Amigo Bichano, você que tem uma pata jeitosa, tire as castanhas do fogo.
O gato não se fez insistir e com muita arte começou a tirar as castanhas.
– Pronto, uma…
– Agora aquela lá… Isso. Agora aquela gorducha… Isso. E mais a da esquerda, que estalou…
O gato as tirava, mas quem as comia, gulosamente, piscando o olho, era o macaco… De
repente, eis que surge a cozinheira, furiosa, de vara na mão.
– Espere aí!…
Os dois [...] sumiram-se aos pinotes.
– Boa peça, hem? — disse o macaco lá longe.
O gato suspirou:
– Para você, que comeu as castanhas. Para mim foi péssima, pois arrisquei o pelo e fiquei
em jejum, sem saber que gosto tem uma castanha assada…
Moral: O bom-bocado não é para quem o faz, é para quem o come.LOBATO, Monteiro. Disponível em: http://zip.net/bsqLYm.
Acesso em: 7 out. 2015. Fragmento.
5. No trecho “— Boa peça, hem?” (11° parágrafo), o travessão foi usado para
Futebol de bichos
Jogo de futebol entre os bichos? E por que não? Pois era isso mesmo que ia acontecer na
floresta! Estava tudo mais ou menos organizado para o início do jogo, quando veio de lá a tartaruga,
bem devagarzinho, reclamando:
– Eu também tenho o direito de entrar nesse jogo. Sou um bicho como outro qualquer. [...]
Tanto a tartaruga reclamou que acabaram tendo de colocá-la em um dos times. [...]
Um dos goleiros era o elefante e não sobrava quase nenhum espaço para marcar gol. O outro
goleiro era o leão... E faltava coragem para chutar contra ele. Além disso, toda hora o jogo parava,
pois sempre que o leão agarrava uma bola tinham de arranjar outra, porque o couro ficava em tiras.
[...]
De um lado, o zagueiro central era a girafa e não passava bola alta por ali. [...] Do outro lado
tinha a lebre e não havia quem conseguisse alcançá-la na corrida! [...]
Logo que o jogo começou, a raposa chutou uma bola para frente, dando um passe [...] para a
tartaruga. E ela tratou de correr... Só que, quando já estava no final do segundo tempo e a partida
estava empatada com dois gols para cada lado, [...] a tartaruga estava quase chegando...
Foi aí que a bola veio alta para a área do time do leão. A zebra cabeceou e a bola caiu perto
da tartaruga... O rinoceronte [...] correu e chutou. Só que ele não viu direito e foi dar um tremendo
chute na pobre da tartaruga! Coitada! Ela era igualzinha a uma bola de couro!
O juiz Armandinho Corujão apitou pênalti na hora!
– Priiiii! Pênalti! É pênalti! Não pode chutar o adversário dentro da área!
E foi assim, com um pênalti arranjado pela tartaruga, que o time do elefante foi campeão do
grande torneio de futebol da floresta!
Disponível em: http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/pdfs/contos/futebol_de_bichos.pdf. Acesso em: 8 jul. 2013. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “— Eu também tenho o direito de entrar nesse jogo.” (2° parágrafo), o
travessão foi utilizado para marcar
A) a fala da personagem.
B) a opinião do narrador.
C) uma explicação do narrador.
D) uma informação importante.
Encaminhamentos metodológicos para:
Professor(a), para este descritor, trouxemos apenas itens que já trabalham com recortes de textos,
em sala de aula você pode explorar diferentes gêneros textuais (piadas, crônicas, contos,
reportagens etc.) trazendo também recortes para desenvolver essa habilidade de verificar e
reconhecer a linguagem utilizada nos textos.
ITENS:
1. (Prova Brasil) Leia o texto abaixo.
Carta
Lorelai:
Era tão bom quando eu morava lá na roça. A casa tinha um quintal com milhões de coisas,
tinha até um galinheiro. Eu conversava com tudo quanto era galinha, cachorro, gato, lagartixa, eu
conversava com tanta gente que você nem imagina, Lorelai. Tinha árvore para subir, rio passando
no fundo, tinha cada esconderijo tão bom que a gente podia ficar escondida a vida toda que
ninguém achava. Meu pai e minha mãe viviam rindo, andavam de mão dada, era uma coisa muito
legal da gente ver. Agora, tá tudo diferente: eles vivem de cara fechada, brigam à toa, discutem por
qualquer coisa. E depois, toca todo mundo a ficar emburrando. Outro dia eu perguntei: o que é que
tá acontecendo que toda hora tem briga? Sabe o que é que eles falaram? Que não era assunto
para criança. E o pior é que esse negócio de emburramento em casa me dá uma aflição danada.
Eu queria tanto achar um jeito de não dar mais bola pra briga e pra cara amarrada. Será que você
não acha um jeito pra mim?
Um beijo da Raquel.
(...)
NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela – 31ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1998.
TELEVISÃO
PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever.1. ed. São Paulo, Ática, 2001, p. 26-27.
O trecho em que se percebe que o narrador é uma criança é:
A) “Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas
telenovelas.”
B) “Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade...”
C) “Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à televisão.”
D) “Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma...”
Coisas da idade
Acne, infelizmente, tem tudo a ver com a fase pela qual você está passando (e em alguns
casos, ela segue na idade adulta). Nessa fase da puberdade, os hormônios deixam a pele mais
oleosa e, caso não tome algumas providências, espinhas e cravos vão pipocar no seu rosto.
Além da higiene, comer bem (menos doces, frituras e refrigerantes, mais frutas e verduras)
ajuda a pele a ficar mais bonita, embora a relação entre o consumo de alimentos como chocolate
e o aumento da acne não tenha sido comprovada pelos cientistas. Apesar dos cuidados, uma ou
outra espinha sempre aparece, não tem jeito. Daí, a dica é escondê-la com a maquiagem. Ah, e
nada de ficar cutucando o rosto, o que é muito comum nessa fase de tantas transformações.
O ideal é que você não espere cravos e espinhas aparecerem para cuidar da pele.
Quando se fala de acne, prevenção é “a” palavra!
A) idosos.
B) crianças.
C) adultos.
D) adolescentes.
4. (SAERS) Leia o texto abaixo.
Só serei feliz
Se tiver grana, roupas legais e puder gastar com o que bem entender.
A gente não vai aqui repetir o velho ditado dizendo que “dinheiro não traz felicidade”, como se
isso fosse um consolo para quem está sem grana. Mas também não dá para bancar a cínica e
rebater afirmando que “trazer, não traz, mas compra”. Brincadeiras à parte, a verdade é que a
felicidade é um estado que não se compra, mas pode ser encontrada nas coisas mais simples da
vida. Você pode experimentar, por exemplo:
Tomar um picolé; Levar seus olhos para passear e ver quanta coisa bonita existe na natureza
para ser apreciada; Dividir uma pizza com os amigos; Andar de mãos dadas com o namorado;
Surpreender seu pai que chegou cansado do trabalho com um beijo carinhoso; Sair para passear
com seu cachorrinho; Tomar conta da filhinha da vizinha e brincar de fazer bolinhas de sabão.
Enfim, dá para resumir em poucas palavras: encontrar a felicidade é bem mais fácil do que
você
imaginava, não é mesmo?
Revista. Atrevida.Número161. janeiro/2008. pág.32. Fragmento adaptado
A) idosos.
B) namorados.
C) garotas.
D) pais.
4. Leia o texto abaixo.
No 2º quadrinho, a frase ― “Num sei pru causo di quê!” foi escrita dessa forma para mostrar que o
Chico Bento:
A pérola não é uma pedra preciosa. Ela nasce dentro de uma ostra (um molusco que vive no mar)
como resultado de uma reação natural desse bicho contra invasores. Quando um grão de areia,
plâncton ou pedaço de coral entra na concha da ostra, o organismo dela parte para o ataque!
1. A ostra se irrita
O invasor entra na concha e segue direto para a região do manto, uma pele fina que protege todos
os órgãos internos da ostra. Isso causa um tipo de irritação no bicho.
2. Hora da imobilização
O manto reage dobrando-se sobre o invasor como se fizesse um embrulho. Assim, isola o que
entrou e mantém o corpo e os órgãos do molusco bem protegidos.
3. Defesa em ação
A ostra libera uma substância brilhante (o nácar ou madrepérola), que endurece bem rápido e forma
uma camada protetora ao redor do intruso. É a defesa da ostra!
4. Em camadas
O bicho continua a liberar mais e mais substância, formando uma bolota dura, que é a pérola. Como
a ostra não para de mandar nácar, a pérola cresce cada vez mais.
Formatos diferentes de pérolas
A pérola pode ter formas muito variadas. Por exemplo: se o invasor gruda no manto do molusco,
ela fica irregular. Se ele for envolvido pelo manto, a pérola se forma bem redonda.
Por que as pérolas têm cores diferentes?
Esta joia pode ser branca, rosa, preta, dourada... A cor muda de acordo com o tipo de ostra e com
a região em que ela vive: minerais e proteínas presentes na água podem dar cores diferentes à
pérola.
Disponível em: http://migre.me/fW5bF. Acesso em: 3 set. 2013.
Nesse texto, palavras como “molusco” (1° parágrafo), “plâncton” (1° parágrafo), “manto” (3°
parágrafo) e “nácar” (7° parágrafo) são geralmente utilizadas
A Biblioteca Britânica e o Google anunciaram nesta semana uma parceria para digitalizar 250 mil
livros do acervo da biblioteca. Os artigos que serão digitalizados não possuem restrições relativas
a direitos autorais. Os títulos abrangem um total de 40 milhões de páginas datadas de 1700 a 1870.
Entre os primeiros itens a serem digitalizados estão panfletos feministas a respeito da rainha Maria
Antonieta, de 1791, um documento sobre o primeiro submarino movido por um motor de
combustão, de 1858, e um texto que oferece um relato detalhado de um hipopótamo empalhado
do príncipe de Orange, de 1775. Uma vez digitalizados, os textos poderão ser consultados na
íntegra, baixados e lidos por meio do programa Google Books.
A GAZETA, 22 jun. 2011.
A) científica.
B) formal.
C) jurídica.
D) literária.
Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater
um fio para o Zeca.
— E ai, cara? Vamos ao cinema?
— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....
— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos,
o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a
próxima sessão.
Saímos de lá, comentando:
— Que filme massa!
— Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é
de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu
agitar um pouco mais.
CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com
A) adultos.
B) crianças.
C) idosos.
D) jovens.
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