A Ação Pedagógica e A Transposição Didática
A Ação Pedagógica e A Transposição Didática
A Ação Pedagógica e A Transposição Didática
A TRANSPOSIÇÃO
DIDÁTICA
PROFA LARISSA RODRIGUES MATTOS
OBJETIVOS
• Como vocês acham que podemos reduzir as dificuldades que interferem no processo de
ensino-aprendizagem no ensino formal e nas ações de saúde antes que as mesmas virem
grandes problemas?
• Como diminuir as fragilidades identificadas nos processos de transmissão de
informações? E como isso se torna um processo intencional?
PERGUNTAS
SABER
SABER ENSINAR
LEITURA EM SALA:
A PRÁTICA PEDAGÓGICA
DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE A TRANSPOSIÇÃO
DOS ENFERMEIROS DAS DIDÁTICA DO
“UNIDADES DE SAÚDE DA CONHECIMENTO
FAMÍLIA” DO MUNICIPIO CIENTÍFICO
DE MACEIÓ-AL-BRASIL
ESTRUTURANDO CONCEITOS...
O QUE É
O QUE É O QUE É NECESSÁRIO
ENSINAR? APRENDER? PARA APRENDER
E ENSINAR?
ENSINO E APRENDIZAGEM: DOIS PROCESSOS BÁSICOS
DA DIDÁTICA
Eles fornecem subsídios para que o professor possa atuar em sala de aula e preparar
os seus alunos para viverem numa sociedade balizada pelo aprender — não só na
escola e durante a infância, mas em todos os campos sociais e ao longo de toda a vida.
O ser humano tem se dedicado a compreender como ocorre o ensino desde a Antiguidade Clássica, procurando
maneiras, formatos, técnicas e métodos mais eficazes para fazer com que os conhecimentos produzidos e
acumulados da cultura humana possam ser transmitidos, repassados e ensinados aos demais membros da
sociedade.
Piletti (2010, p. 23) reforça que “[...] o ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto a própria humanidade”,
referindo--se à necessidade de as tribos primitivas ensinarem os seus filhos a caçar e sobreviver num ambiente
hostil.
Fazer com que esse acúmulo de informações e conhecimentos se perpetue através do tempo passa a ser
entendido, então, a partir da ideia de ensinar, ou seja, da ação de transmitir ao outro esses saberes.
PERSPECTIVA TRADICIONAL DE ENSINO
• Segundo as concepções pedagógicas e psicológicas que circulam na atualidade, envolve aspectos que fogem do ambiente escolar. Por
exemplo, a partir da realidade social que os alunos vivenciam, da sua estrutura de vida, da classe social que ocupam, tanto poderão ter
maior dificuldade em aprender quanto ser mais favorecidos.
• Os aspectos nutricionais (desde a gestação) proporcionarão o desenvolvimento neuronal pleno e, assim, a capacidade para aprender
ocorrerá de forma tranquila. Já crianças que tiveram uma nutrição precária na gestação e na infância poderão apresentar maiores
dificuldades de aprendizagem. O ambiente familiar no qual a criança passa a viver a sua infância e a sua escolarização inicial também afeta
a maneira como aprende. Pais ou responsáveis que se preocupam com um ambiente harmônico, não violento e pautado no diálogo, por
exemplo, produzem melhores condições psicológicas para que essa criança possa aprender em casa e na escola.
• Da mesma forma, crianças que vivenciaram ambientes familiares agressivos e violentos tendem a ter maiores dificuldades no aprender. Os
aspectos culturais — e até mesmo étnicos — que envolvem as experiências e vivências nos grupos sociais que as crianças participam
desde o seu nascimento também serão importantes para que possam desenvolver a sua visão de mundo e valorizar ou não o aprender
escolar.
• Nesse sentido, a didática utilizada pelo professor e os estímulos que este adota para ensinar vão motivar e interferir diretamente na
aprendizagem de seus alunos. Podemos admitir uma relação muito estreita entre a motivação para aprender ou o interesse pela
aprendizagem com a maneira como o professor procura planejar e desenvolver as suas aulas.
MUDANÇAS NA FORMA DE OLHAR A
APRENDIZAGEM
• Há outras situações, além das didáticas, que poderão proporcionar a aprendizagem e aponta algo muito importante, que atesta
que algo foi aprendido: a mudança de comportamento.
• [...] aprendizagem não é somente um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são
importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem signifi-cativos para a vida das
pessoas (PILETTI, 2010, p. 29).
• É nesse processamento complexo citado pelo autor que se encontram as capacidades individuais e as questões afetivas e
motoras existentes naquele que aprende.
• A aprendizagem também tem sido muito enfatizada na atualidade, uma vez que vivemos numa sociedade que se encontra com
grande profusão de informações advindas do universo digital e que contribui para que o seu conceito se reconfigure. Embora
seja contestável que as informações disponíveis na internet possam sempre traduzir-se em qualidade de aprendizagem, ainda
assim sabe-se que é possível aprender de forma autônoma a partir da rede.
• Essas possibilidades de aprendizagem que surgiram a partir da globalização das novas formas de comunicação também
modificam o papel do professor nas instituições de ensino: é visto agora como mediador do conhecimento.
PROFESSOR COMO MEDIADOR
• Conforme Moran (1997 p. 151): [...] precisamos de mediadores, de pessoas que saibam escolher o que é
mais importante para cada um de nós em todas as áreas da nossa vida, que garimpem o essencial, que
nos orientem sobre as suas consequências, que traduzam os dados técnicos em linguagem acessível e
contextualizada.
• Dessa forma, podemos entender que, na atualidade, o:
[...] aprender não pode aludir, nunca, a uma tarefa completa, a um procedimento acabado ou a uma
pretensão totalmente realizada; ao contrário, indica vivamente, à dinâmica da realidade complexa, a finitude
das soluções e a incompletude do conhecimento (DEMO, 2000, p. 49).
OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO
• É necessário que os indivíduos tenham acesso e aprendam sobre determinada cultura geral, sobre uma
base cultural relacionada a tudo o que foi desenvolvido nos aspectos científicos.
• Esses conhecimentos devem ser suficientemente amplos, fornecendo capacidade intelectual e permitindo
que essas pessoas possam ter condições de selecionar os que mais lhe interessar e, assim, planejar seus
estudos no decorrer da vida.
• Aqui percebemos que a escolarização inicial é de importância fundamental, pois pelo sucesso no alcance
de seus objetivos educacionais, estará proporcionando que os seus alunos adquiram essa base de
conhecimentos que darão suporte às suas aprendizagens posteriores.
• Aqui cabe ressaltar que vivemos na atualidade a emergência de uma Base Nacional Comum Curricular,
construída a partir de um esforço do Ministério da Educação e com a participação popular, que propõe
um nivelamento de conteúdos a serem adquiridos por todos os que frequentam as escolas brasileiras.
APRENDER A FAZER
• Esse pilar vai destacar o quanto o respeito pelo outro é necessário e deve ser constante
nos processos de ensino e aprendizagem da escola.
• Propõe que se conheçam a história, as tradições e até mesmo as questões espirituais que
fazem parte da vida dos diversos grupos culturais que convivem na sociedade. Visa-se
assim uma convivência social menos conflituosa.
• Podemos entender, a partir desse pilar, como os temas que envolvem o multiculturalismo,
a diversidade e a própria inclusão escolar vão fazendo parte dos projetos de trabalho
realizados nas escolas na última década, buscando construir uma sociedade mais
tolerante e pacífica.
APRENDER A SER
• Esse pilar reforça os compromissos individuais que pos-suímos em nos tornarmos melhores,
no desenvolvimento pleno de nossas capacidades, visando o benefício da coletividade.
• Aqui são apontadas algumas das capacidades necessárias: “[...] a memória, o raciocínio, a
imaginação, as capacidades físicas, o sentido estético, a facilidade de comunicar-se com os
outros” (UNESCO, 2010, p. 14).
• Também aponta a necessidade de autoconhecimento.
• Partindo desse pilar, ao frequentar a escola, os alunos devem conseguir expandir ao máximo
as suas habilidades ou os seus talentos, como refere o documento, pois assim também estarão
contribuindo para uma sociedade melhor no futuro.
CONCLUSÃO SOBRE OS QUATROS PILARES DA
EDUCAÇÃO
• Entende-se que, a partir delas, será possível a construção de um projeto de sociedade
capaz de viver em harmonia e enfrentar os seus problemas, as desigualdades e os
conflitos de forma sustentável. Para isso, é preciso que se aprenda na escola a ser o
melhor que puder, que se adquiram capacidades ou competências profissionais e que se
entenda a importância do convívio com os seus semelhantes. Além disso, é necessário ter
o conhecimento cultural produzido pela sociedade que o capacite a viver e projetar
novos estudos de seu interesse no futuro, uma vez que a educação será a sua
acompanhante durante toda a vida.
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
• Assim, todo projeto social de ensino e de aprendizagem se constitui dialeticamente com a identificação da designação dos conteúdos dos saberes com os
conteúdos a serem ensinados.
• No processo de sucessivas adaptações, muitas vezes tais conteúdos são verdadeiras criações didáticas, que se fazem necessárias pelas exigências do
funcionamento didático, suprindo uma necessidade do ensino. Recebe esse nome, justamente, por não existir quando da produção do saber científico original.
São estabelecidas como artifícios para favorecer a apropriação, pelos alunos, do conhecimento em questão.
• Para que um conteúdo do saber possa ocupar um lugar entre os objetos de ensino, em geral, é necessário passar por transformações para, então, ser designado
como saber a ser ensinado.
• Uma constante análise desse objeto de ensino é essencial, pois se percebe, muitas vezes, que a distância entre o objeto do saber e o objeto de ensino é imensa.
Com a análise da teoria apresentada, entendemos que, ao transformar um saber em saber a ser ensinado, é necessário um olhar crítico, mediante a construção
de novas possibilidades educacionais, oportunizando e amenizando as relações de poder estabelecidas entre professor e aluno.
• Nessa ótica, as relações de poder sempre acontecerão, todavia, elas podem ser estabelecidas num patamar de acordos e diálogos entre professor e aluno.
REFERÊNCIAS