2006 - Alexon Braga Dantas-Desbloqueado
2006 - Alexon Braga Dantas-Desbloqueado
2006 - Alexon Braga Dantas-Desbloqueado
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
APROVADA POR:
_________________________________________________
Prof. Yosiaki Nagato, D.Sc. (ENC-UnB)
(Co-Orientador)
_________________________________________________
Prof. Luciano Mendes Bezerra, PhD (ENC-UnB)
(Examinador Interno)
_________________________________________________
Profa Kristiane Mattar Accetti Holanda, D.Sc. (CNPq)
(Examinadora Externa)
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
DANTAS, ALEXON BRAGA
Estudo de Pilares de Concreto Armado Submetidos à Flexão Composta Reta.
[Distrito Federal] 2006.
xxiii, 180p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Estruturas e Construção Civil, 2006).
Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de
Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.
1.Pilar 2.Concreto armado
3.Flexão composta reta 4.Análise via CACODI
I. ENC/FT/UnB II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DANTAS, A. B. (2006). Estudo de Pilares de Concreto Armado Submetidos à Flexão
Composta Reta. Dissertação de Mestrado em Estruturas e Construção Civil. Publicação
E.DM-006 A/06, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de
Brasília, Brasília, DF, 180p.
CESSÃO DE DIREITOS
AUTOR: Alexon Braga Dantas.
TÍTULO: Estudo de Pilares de Concreto Armado Submetidos à Flexão Composta Reta.
_________________________________
Alexon Braga Dantas
Rua Joaquim Pinheiro no 334, Centro
48.760-000 Araci – BA – Brasil
E-mail: [email protected]
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo Dom da vida, por ser o Senhor de minha vida e, por estar presente
em todos os meus caminhos.
Aos meus pais: José Reinaldo Dantas e Isabel Braga Dantas pelo amor, carinho, pela
educação e por tudo que eles me propiciaram durantes todos esses anos; amo muito vocês.
Aos meus irmãos: Robson Braga Dantas e Thiago Braga Dantas pelo amor, carinho,
companheirismo, incentivos demonstrados ao longo de todos esses anos; vocês fazem parte
de mim, estão em meu coração.
Aos meus familiares e, em especial ao meu avô Ramiro Dantas que sempre demonstrou
carinho, amor e incentivo à busca de um horizonte cada vez melhor.
Ao professor José Humberto Matias de Paula pelo projeto do pórtico metálico usado nos
ensaios.
iv
Barbán. Muito obrigado pela ajuda imensurável que me deram durante essa jornada de
trabalho.
Aos amigos da Geotecnia e em especial a Elza Conrado. Obrigado por sua atenção e
amizade.
Aos amigos: Ítalo Fitizola, Taciano Oliveira, Thales Moreira, e Sidcley Freitas. Obrigado
pelo incentivo.
Às amigas: Andréa Lima, Débora Zoccoli, Edna Teodoro, Eliete Solano e Glauce
Medeiros. Obrigado pela amizade de vocês.
À amiga Maria Edneide Torres Pinho pelo incentivo a mim conferido com o propósito de
realizar esse objetivo.
Ao amigo especial Antonio Boness por ser a pessoa que sempre me incentivou e acreditou
na realização dessa meta. Muitíssimo obrigado.
v
DEDICATÓRIA
vi
RESUMO
ESTUDO DE PILARES DE CONCRETO ARMADO SUBMETIDOS À FLEXÃO
COMPOSTA RETA
Este trabalho apresenta um estudo sobre pilares esbeltos de concreto armado submetidos à
flexão composta reta. Seis pilares foram ensaiados sob carregamento axial com diferentes
excentricidades visando contribuir para uma melhor compreensão do comportamento
desses pilares e ao mesmo tempo verificar a eficiência de um programa computacional na
previsão de tal comportamento. A geometria dos pilares (comprimento total de 3000 mm,
extremidades com consolos simétricos e região central com 2020 mm de comprimento e
seção transversal constante com 250 mm de base e 120 mm de altura) e a taxa geométrica
de armadura longitudinal (1,57%) são fixas. O concreto foi especificado para ter resistência
à compressão de 40 MPa aos 28 dias de idade, e o aço foi especificado como CA-50. Os
resultados indicaram que o pilar com carga centrada teve ruptura brusca com esmagamento
do concreto e os demais pilares ruptura por flexo-compressão na região central. A carga
última e a evolução dos resultados experimentais das flechas, deformações no aço e no
concreto dos pilares sob carregamento excêntrico deste trabalho foram confrontadas com
os valores teóricos calculados pelo programa CACODI (Campo de Compressão Diagonal)
em conjunto com a planilha Excel, que consideram a não-linearidade física e a não-
linearidade geométrica. Os resultados teóricos se aproximaram bem dos resultados
experimentais. A excentricidade da carga teve grande influência sobre a carga última, e o
efeito de segunda ordem foi significativo. Uma curva de tendência de forma exponencial
para a carga última relativa em função da excentricidade relativa da carga foi encontrada,
mas novos ensaios são necessários para melhor definí-la. Os resultados deste trabalho
comparados com os de um trabalho anterior com pilares curtos similares comprovou a
grande influência do índice de esbeltez na resistência e no comportamento geral dos
pilares.
vii
ABSTRACT
REINFORCED CONCRETE COLUMNS UNDER COMBINED AXIAL LOADING
AND BENDING
This work presents a study on slender reinforced concrete columns under combined axial
loading and bending. Six reinforced concrete columns were tested with different
eccentricities of the axial loading, aiming to contribute for a better understanding of the
behavior of these columns and at the same time to verify the effectiveness of a computer
program in anticipating this behavior. The column geometry and its reinforcement rate are
constant: total column height of 3000 mm with symmetric brackets at the extremities,
intermediate height of 2020 mm with constant cross section (width of 250 mm and height
of 120 mm) and reinforcement rate of 1.57%. Concrete with compression strength of 40
MPa and reinforcement bars of CA-50 steel were specified in the project. The results
indicate that the column under centered axial loading failed in concrete compression. The
columns with eccentric loading had failures with combined axial and bending stresses at
the mid-height section. The ultimate load and the evolution of experimental displacements
and concrete and steel strains in the columns under eccentric loading were compared with
analytical results obtained with a program based on the Compression Field Theory named
CACODI and used in parallel with the Excel spreadsheet to calculate the transverse
displacements, taking into account both geometrical and physical nonlinearities. These
results were very close to those obtained experimentally. Eccentricity of loading proved to
have strong influence on the failure load, and the second order effect was significant. An
exponential curve relating the relative ultimate load and the relative eccentricity of the load
was obtained, but more tests are necessary to improve the curve. The results of this work
when compared with others of a previous work with similar but short columns confirmed
the great influence of the slenderness ratio on the column capacity and on the overall
behavior of the columns.
viii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS...........................................................................1
1.2 OBJETIVO ...........................................................................................................1
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................2
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................5
2.1 ALGUNS ESTUDOS ANTERIORES ................................................................5
2.1.1 HOGNESTAD (1951)……...........................................................................5
2.1.2 NAGATO (1987)……………………………………………….…………..7
2.1.3 LIMA (1997) …………………………………….........................................9
2.1.4 VALLADARES (1997)…………………….…………………..…………13
2.1.5 VANDERLEI (1999) ……………………………………………..............16
2.1.6 MELLO (2003) ...........................................................................................18
2.1.7 ADORNO (2004).........................................................................................20
2.1.8 ARAÚJO (2004)..........................................................................................25
2.2 PRESCRIÇÕES DA NBR-6118 (2003) ............................................................30
2.2.1 Introdução...................................................................................................30
2.2.2 Disposições Construtivas dos Pilares........................................................31
ix
4.2 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DOS MATERIAIS ............................51
4.2.1 Aço ...............................................................................................................51
4.2.2 Concreto ......................................................................................................52
4.3 COMPORTAMENTO DOS PILARES ATÉ A RUPTURA..........................53
4.3.1 Fissuração, carga última e modos de ruptura .........................................53
4.3.2 Deformações na armadura ........................................................................57
4.3.3 Deformações médias na armadura ...........................................................62
4.3.4 Deformações no concreto...........................................................................64
4.3.5 Deformações médias no concreto..............................................................69
4.3.6 Deslocamentos horizontais do pilar..........................................................70
4.3.7 Deslocamentos verticais das extremidades do pilar ................................76
4.3.8 Rotações nas extremidades dos pilares ensaiados ...................................81
4.3.9 Deslocamento horizontal dos apoios.........................................................82
4.3.10 Deslocamento vertical da base do pórtico................................................85
x
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 119
APÊNDICES
A - RESULTADOS EXPERIMENTAIS DAS DEFORMAÇÕES NAS ARMADURAS
LONGITUDINAIS ..........................................................................................................123
B - RESULTADOS EXPERIMENTAIS DAS DEFORMAÇÕES DO CONCRETO.....
............................................................................................................................................130
C - CORREÇÃO DAS LEITURAS DOS DEFLETÔMETROS HORIZONTAIS E
DA RÉGUA CENTRAL..................................................................................................136
D - RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS
E VERTICAIS DOS PILARES.......................................................................................138
E – DETERMINAÇÃO DO ENCURTAMENTO E DA ROTAÇÃO NAS
EXTREMIDADES DOS PILARES................................................................................146
F – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS DESLOCAMENTOS DOS
APARELHOS DE APOIO E DA BASE DO PÓRTICO..............................................153
G – RESULTADOS TEÓRICOS DAS FLECHAS OU DESLOCAMENTOS
HORIZONTAIS...............................................................................................................159
H – RESULTADOS TEÓRICOS DAS DEFORMAÇÕES NAS ARMADURAS
LONGITUDINAIS E NO CONCRETO........................................................................164
I - RESULTADOS TEÓRICOS DAS DEFORMADAS NOS PILARES...................168
J – CÁLCULO DA CARGA DE FISSURAÇÃO DOS PILARES ENSAIADOS......172
K – CÁLCULO DA CARGA ÚLTIMA DOS PILARES ENSAIADOS.....................173
L – RESULTADOS TEÓRICOS DAS ROTAÇÕES NAS EXTREMIDADES DOS
PILARES..........................................................................................................................178
xi
LISTA DE TABELAS
xii
Tabela B.2 - Deformações no concreto – PFN15-3 (10-6).................................................132
Tabela B.3 - Deformações no concreto – PFN15-3 (Re-ensaio) (10-6).............................132
Tabela B.4 - Deformações no concreto – PFN30-3 (10-6).................................................133
Tabela B.5 - Deformações no concreto – PFN40-3 (10-6).................................................133
Tabela B.6 - Deformações no concreto – PFN50-3 (10-6).................................................134
Tabela B.7 - Deformações no concreto – PFN60-3 (10-6).................................................135
Tabela D.1 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN0-3 (mm)................................139
Tabela D.2 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN15-3(mm)...............................140
Tabela D.3 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN15-3 (Re-ensaio) (mm)..........140
Tabela D.4 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN30-3 (mm)..............................141
Tabela D.5 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN40-3 (mm)..............................141
Tabela D.6 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN50-3 (mm)..............................142
Tabela D.7 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN60-3 (mm)..............................143
Tabela D.8 - Régua de medição central – PFN15-3 e Re-ensaio (mm).............................144
Tabela D.9 - Régua de medição central – PFN30-3 e PFN40-3(mm)...............................144
Tabela D.10 - Régua de medição central – PFN50-3 e PFN60-3 (mm)............................145
Tabela E.1 – Rotações nas extremidades do pilar PFN0-3 (rad).......................................148
Tabela E.2 – Rotações nas extremidades do pilar PFN15-3 (rad).....................................149
Tabela E.3 – Rotações nas extremidades do pilar PFN30-3 (rad).....................................149
Tabela E.4 – Rotações nas extremidades do pilar PFN40-3 (rad).....................................150
Tabela E.5 – Rotações nas extremidades do pilar PFN50-3 (rad).....................................151
Tabela E.6 – Rotações nas extremidades do pilar PFN60-3 (rad).....................................152
Tabela F.1 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico – PFN0-
3 (mm)................................................................................................................................154
Tabela F.2 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN15-3 (mm)...................................................................................................................155
Tabela F.3 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN15-3 (Re-ensaio) (mm)................................................................................................155
Tabela F.4 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN30-3(mm)....................................................................................................................156
Tabela F.5 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN40-3(mm)....................................................................................................................156
Tabela F.6 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN50-3(mm)....................................................................................................................157
xiii
Tabela F.7 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN60-3(mm)....................................................................................................................158
Tabela G.1 - Deslocamentos horizontais teóricos – PFN15-3 e PFN30-3 (mm)..............162
Tabela G.2 - Deslocamentos horizontais teóricos – PFN40-3 e PFN50-3 (mm)..............162
Tabela G.3 - Deslocamentos horizontais teóricos – PFN60-3 (mm).................................163
Tabela H.1 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN15-3 (10-6).....................165
Tabela H.2 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN30-3 (10-6)....................165
Tabela H.3 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN40-3 (10-6).....................166
Tabela H.4 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN50-3 (10-6).....................166
Tabela H.5 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN60-3 (10-6).....................167
Tabela I.1 - Valores das flechas ao longo do pilar – PFN15-3 (mm)................................169
Tabela I.2 - Valores das flechas ao longo do pilar – PFN30-3 (mm)................................169
Tabela I.3 - Valores das flechas ao longo do pilar – PFN40-3 (mm)................................170
Tabela I.4 - Valores das flechas ao longo do pilar – PFN50-3(mm).................................170
Tabela I.5 - Valores das flechas ao longo do pilar – PFN60-3(mm).................................171
Tabela K.1 – Combinações de N e M que levam o pilar à ruptura obtidas com o programa
CACODI e deformações e deslocamentos transversais correspondentes para diferentes
excentricidades de carga.....................................................................................................177
Tabela L.1 – Rotações teóricas nas extremidades do pilar – PFN15-3 (rad).....................179
Tabela L.2 – Rotações teóricas nas extremidades do pilar – PFN30-3 (rad).....................179
Tabela L.3 – Rotações teóricas nas extremidades do pilar – PFN40-3 (rad).....................179
Tabela L.4 – Rotações teóricas nas extremidades do pilar – PFN50-3 (rad).....................180
Tabela L.5 – Rotações teóricas nas extremidades do pilar – PFN60-3 (rad).....................180
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Características geométricas das peças ensaiadas por HOGNESTAD (1951).... 5
Figura 2.2 – Esquema de ensaio utilizado por HOGNESTAD (1951) ..................................6
Figura 2.3 – Detalhes da armadura e do esquema de ensaio usados por LIMA (1997).......11
Figura 2.4 – Características das peças ensaiadas por VALLADARES (1997) ...................15
Figura 2.5 – Sistema de ensaio utilizado por VANDERLEI (1999) ...................................17
Figura 2.6 - Esquema de forças nas armaduras ...................................................................19
Figura 2.7 – Características das peças ensaiadas por ADORNO (2004) .............................21
Figura 2.8 – Detalhe das armaduras dos pilares da Série PSA (ADORNO, 2004) . ............23
Figura 2.9 – Detalhe das armaduras dos pilares da Série PCA4 (ADORNO, 2004). ..........23
Figura 2.10 – Características geométricas do pilar e detalhamento dos consolos - ARAÚJO
(2004) ...........................................................................................................................25
Figura 2.11 – Detalhamento de armaduras do grupo PCS ..................................................26
Figura 2.12 – Detalhamento de armaduras do grupo PCA4 ................................................27
Figura 2.13 – Detalhamento de armaduras do grupo PCA6 ................................................27
Figura 2.14 - Número mínimo de barras .............................................................................31
Figura 2.15 - Espaçamento entre barras longitudinais .........................................................31
Figura 2.16 - Espaçamento do estribo poligonal..................................................................32
Figura 2.17 - Armadura transversal......................................................................................32
xv
Figura 3.14 – Detalhe dos EER’s colados no pilar ..............................................................43
Figura 3.15 – Posição dos defletômetros nos modelos ensaiados .......................................44
Figura 3.16 – Detalhe do defletômetro central e da régua de medição ...............................44
Figura 3.17 – Disposição dos defletômetros na base do pilar e no aparelho de apoio inferior
......................................................................................................................................45
Figura 3.18 - Defletômetro elétrico no aparelho de apoio superior. ....................................45
Figura 3.19 – Detalhe do defletômetro no pórtico ...............................................................46
Figura 3.20 – Fixação do aparelho de apoio ........................................................................47
Figura 3.21 – Detalhe do aparelho de apoio ........................................................................47
Figura 3.22 – Transporte do modelo para o pórtico ............................................................47
Figura 3.23 – Detalhe da base de apoio................................................................................48
Figura 3.24 – Atuador hidráulico A.................................................................................... 48
Figura 3.25 – Atuador hidráulico B………………………………………………………..48
Figura 3.26 – Bomba Elétrica...............................................................................................49
Figura 3.27 – Bomba Manual……………………………………………………………...49
Figura 3.28 – Sistema de aquisição de dados durante o ensaio........................................... 49
Figura 3.29 – Caixa comutadora e Indicador de deformações.............................................50
xvi
Figura 4.17 - Força atuante x Deformação na armadura – Pilar PFN30-3 ..........................60
Figura 4.18 - Força atuante x Deformação na armadura – Pilar PFN40-3 ..........................60
Figura 4.19 - Força atuante x Deformação na armadura – Pilar PFN50-3 ..........................61
Figura 4.20 - Força atuante x Deformação na armadura – Pilar PFN60-3 ..........................61
Figura 4.21 – Média ímpar das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados. ...........63
Figura 4.22 – Média par das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados ................64
Figura 4.23 – Média das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados.......................64
Figura 4.24 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN0-3 .............................65
Figura 4.25 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN15-3 ...........................65
Figura 4.26 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN15-3(Re-ensaio) ........66
Figura 4.27 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN30-3 ...........................66
Figura 4.28 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN40-3 ...........................67
Figura 4.29 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN50-3 ...........................67
Figura 4.30 - Força atuante x Deformação do concreto – Pilar PFN60-3 ...........................68
Figura 4.31 – Média das deformações no concreto dos pilares ensaiados ..........................70
Figura 4.32 – Média das deformações ímpar no aço e no concreto comprimido dos pilares
ensaiados ......................................................................................................................70
Figura 4.33 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN0-3 ..........................71
Figura 4.34 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN15-3 .......................72
Figura 4.35 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN15-3(Re-ensaio) .....72
Figura 4.36 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN30-3 ........................73
Figura 4.37 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN40-3 .......................73
Figura 4.38 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN50-3 .......................74
Figura 4.39 - Força atuante x Deslocamentos horizontais – Pilar PFN60-3 .......................74
Figura 4.40 - Flechas na seção central dos pilares ...............................................................75
Figura 4.41 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN0-3 ..............................76
Figura 4.42 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN15-3 ............................77
Figura 4.43 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN15-3(Re-ensaio) .........77
Figura 4.44 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN30-3 ............................78
Figura 4.45 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN40-3 ............................78
Figura 4.46 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN50-3 ............................79
Figura 4.47 - Força atuante x Deslocamentos verticais – Pilar PFN60-3 ............................79
Figura 4.48 - Medição do deslocamento vertical do modelo ...............................................80
Figura 4.49 – Rotações das extremidades dos pilares......................................................... 81
xvii
Figura 4.50 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN0-3....82
Figura 4.51 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN15-3..83
Figura 4.52 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN15-3
(Re-ensaio) ...................................................................................................................83
Figura 4.53 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN30-3..84
Figura 4.54 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN40-3..84
Figura 4.55 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN50-3. 85
Figura 4.56 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN60-3. 85
Figura 4.57 – Deslocamento vertical da base do pórtico – Pilar PFN15-3(Re-ensaio)........86
Figura 4.58 – Deslocamento vertical da base do pórtico – Pilar PFN30-3 ..........................86
Figura 4.59 – Deslocamento vertical da base do pórtico – Pilar PFN40-3 ..........................87
Figura 4.60 – Deslocamento vertical da base do pórtico – Pilar PFN50-3 ..........................87
Figura 4.61 – Deslocamento vertical da base do pórtico – Pilar PFN60-3 ..........................88
xviii
Figura 5.15 - Deformada teórica do pilar PFN15-3 ...........................................................102
Figura 5.16 - Deformada teórica do pilar PFN30-3 ...........................................................103
Figura 5.17 - Deformada teórica do pilar PFN40-3 ...........................................................103
Figura 5.18 - Deformada teórica do pilar PFN50-3 ...........................................................104
Figura 5.19 - Deformada teórica do pilar PFN60-3 ...........................................................104
Figura 5.20 – Disposição das seções localizadas no pilar .................................................105
Figura 5.21 – Valores das flechas experimentais e teóricas no pilar PFN15-3 .................105
Figura 5.22 – Valores das flechas experimentais e teóricas no pilar PFN30-3................. 106
Figura 5.23 – Valores das flechas experimentais e teóricas no pilar PFN40-3................. 106
Figura 5.24 – Valores das flechas experimentais e teóricas no pilar PFN50-3 .................107
Figura 5.25 – Valores das flechas experimentais e teóricas no pilar PFN60-3 .................107
Figura 5.26 – Valores das rotações teóricas e experimentais nas extremidades do pilar ..110
Figura 5.27 - Carga última relativa µd x Excentricidade relativa e/h ................................112
Figura 5.28 – Deslocamentos horizontais medidos com defletômetros na região central do
pilar (DANTAS, 2006 e ARAÚJO, 2004) ................................................................112
Figura 5.29 – Deslocamentos horizontais medidos com régua na região central do pilar
(DANTAS, 2006 e ARAÚJO, 2004) .........................................................................113
xix
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES
Ac Área de concreto.
Ace Área de concreto equivalente.
Ac,hom Área de concreto homogeneizada.
As Área da armadura de tração.
As´ Área da armadura de compressão.
As1 Área de armadura na face tracionada.
As2 Área de armadura na face comprimida.
a0 Abscissa da armadura na face comprimida.
a1 Abscissa da armadura na face tracionada.
b Largura da seção transversal do pilar.
C Face comprimida do pilar
d Altura útil da peça.
d´ Altura da seção transversal menos a altura útil.
D Defletômetro.
DS5 Medida teórica da flecha na seção S5.
DS7 Medida teórica da flecha na seção S7 (meio do pilar).
e Excentricidade de aplicação da força.
e/h Relação entre a excentricidade de aplicação da força e a altura da peça.
efinal Excentricidade final.
einicial Excentricidade inicial.
E Extensômetro no aço.
EC Extensômetro no concreto comprimido.
ET Extensômetro no concreto tracionado.
Ec Módulo de deformação longitudinal do concreto.
Es Módulo de deformação longitudinal do aço.
F Força normal.
fc Resistência à compressão do concreto.
Fr Tensão de ruptura do aço.
ftc Resistência à tração do concreto.
Fexp Força normal experimental.
Ffis,exp Carga de fissuração experimental.
xx
Ffis,teo Carga de fissuração estimada.
Fteo Força normal estimada.
Fu Força última experimental.
Fν(α) Função resistente à solicitação normal relativa de cálculo νd.
Fµ(α) Função de resistência do concreto ao momento fletor relativo de cálculo µd .
fy Resistência de escoamento da armadura de tração.
G0 Posição da armadura na face comprimida.
G1 Posição da armadura na face tracionada.
h Altura da seção transversal do pilar.
I Momento de inércia.
Ix,hom Momento de inércia da seção homogeneizada.
i Raio de giração.
k M / EI
kz Relação adimensional do braço de alavanca.
L Comprimento.
le Comprimento de flambagem do pilar.
MCC Média das deformações no concreto comprimido.
MCT Média das deformações no concreto tracionado.
MI Média ímpar das deformações no aço.
MP Média ímpar das deformações no aço.
Mexp Momento fletor experimental.
Mteo Momento fletor teórico.
N Esforço normal.
Nd Esforço normal de cálculo.
n Relação entre o módulo de elasticidade do aço e do concreto.
Pu,exp Força última experimental.
Pu,CACODI Força última estimada.
T Face tracionada do pilar.
xp Abscissa de um ponto P na seção transversal.
z Braço de alavanca.
α0 Relação adimensional da abscissa da armadura na face comprimida.
α1 Relação adimensional da abscissa da armadura na face tracionada.
β Coeficiente usado na definição do diagrama tensão x deformação.
xxi
β1 Coeficiente usado na norma modelo CEB – FIB para levar em
conta o esforço normal de compressão.
∆s Encurtamento na extremidade superior do pilar.
∆i Encurtamento na extremidade inferior do pilar.
∆p Encurtamento total do pilar.
δD5 Deslocamento horizontal na seção central medido pelo defletômetro D5.
δrég Deslocamento horizontal na seção central medido pela régua.
η Relação | εc / ε0 |.
λ Índice de esbeltez.
ε0 Deformação específica correspondente à tensão máxima do diagrama tensão
x deformação do concreto.
ε2 Deformação específica principal de compressão.
ε1 Deformação específica principal de tração.
εu Deformação específica última do concreto à compressão.
εs1 Deformação média medida na armadura menos comprimida.
εs2 Deformação média na armadura mais comprimida.
εy Deformação específica de escoamento do aço.
εAço,Exp1 Média da deformação experimental do aço.na face comprimida.
εAço,Exp2 Média da deformação experimental do aço.na face tracionada.
εConc,Exp Média da deformação experimental do concreto na face comprimida.
εConc,CACODI Deformação teórica do concreto na face comprimida.
µd Momento fletor solicitante relativo de cálculo.
νd Esforço normal relativo de cálculo.
θs Rotação, em radianos, no extremo superior do pilar.
θi Rotação, em radianos, no extremo inferior do pilar.
θA Rotação, em radianos, do apoio em A.
θC1A Ângulo entre as tangentes no ponto C1 e no ponto A.
ρ Taxa geométrica de armadura longitudinal.
ρw Taxa de armadura transversal.
σcd Tensão de compressão do concreto.
σs0 Tensão normal na armadura comprimida.
σs1 Tensão normal na armadura tracionada.
xxii
σs2 Tensão normal na armadura comprimida.
σ2 Tensão normal principal de compressão.
xcg Distância do centróide da área hachurada em relação à vertical em C1.
CCI Cabo de comunicação interna.
EBOTF Deformação teórica na armadura tracionada.
EER Extensômetros elétricos de resistência.
ETOPF Deformação teórica no concreto.
HBM Hottinger Baldwin Messtechnk.
PCA Pilar de concreto armado.
PCS Pilar de concreto simples.
PFN Pilar Flexão Normal.
PSA Pilar sem armadura.
PHI Curvatura teórica.
ROT-INF Rotação na extremidade inferior do pilar.
ROT-SUP Rotação na extremidade superior do pilar.
BR-PE01 Pilar 1 de baixa resistência e pequena excentricidade.
BR-PE02 Pilar 2 de baixa resistência e pequena excentricidade.
MR-PE01 Pilar 1 de média resistência e pequena excentricidade.
MR-PE02 Pilar 2 de média resistência e pequena excentricidade.
AR-PE01 Pilar 1 de alta resistência e pequena excentricidade.
AR-PE02 Pilar 2 de alta resistência e pequena excentricidade.
AR-PE03 Pilar 3 de alta resistência e pequena excentricidade.
AR-PE04 Pilar 4 de alta resistência e pequena excentricidade.
xxiii
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVO
1
diferentes excentricidades e a comparação dos resultados experimentais com resultados
teóricos, visando contribuir para uma melhor compreensão do comportamento de pilares de
concreto armado submetidos à flexão composta reta. Este trabalho difere dos estudos
anteriores em dois aspectos principais: o índice de esbeltez é maior e é feita uma análise
teórico-numérica do efeito de segunda ordem buscando avaliar o desempenho de um
programa denominado CACODI.
O método de Mello não será utilizado neste trabalho, cujos dados servirão também como
base para outras pesquisas sobre o comportamento de pilares de concreto armado
submetidos à flexão composta reta ou oblíqua a serem desenvolvidas na UnB.
1.3 METODOLOGIA
Foram ensaiados 6 pilares de concreto armado com a mesma geometria (comprimento total
de 3.000 mm com consolos simétricos nas extremidades e região central com 2.020 mm de
comprimento e seção transversal com 250 mm de base e 120 mm de altura) e a mesma taxa
de armadura longitudinal na região central (1,57%).
O concreto foi especificado para ter resistência à compressão de 40 MPa aos 28 dias de
idade, e o aço foi especificado como CA 50.
2
deformação dos materiais) e fornece a curvatura da seção e as deformações no concreto e
no aço para uma dada combinação de esforços solicitantes.
O presente trabalho foi desenvolvido em seis capítulos que estão descritos, sumariamente,
a seguir.
O capítulo dois descreve a revisão bibliográfica onde são mostrados estudos anteriores
acerca de pilares de concreto armado, bem como as prescrições da NBR6118: 2003.
No capítulo quatro são apresentados os resultados dos ensaios dos pilares submetidos à
flexo-compressão reta. São apresentadas as características mecânicas dos materiais (aço e
concreto); as fissuras e os modos de ruptura; as deformações nas armaduras longitudinais e
no concreto; os deslocamentos horizontais (no modelo e nos apoios inferior e superior) e os
deslocamentos verticais (no modelo e na base do pórtico).
No capítulo cinco é realizada a análise dos resultados experimentais e sua comparação com
resultados teóricos. Por meio do CACODI em conjunto com a planilha Excel é feita a
análise dos deslocamentos horizontais, das rotações nas extremidades, das deformações na
armadura longitudinal e no concreto para uma carga qualquer, bem como é determinada a
3
carga última de cada pilar. As cargas de fissuração de ensaio foram determinadas com as
estimadas segundo a NBR6118: 2003.
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 ALGUNS ESTUDOS ANTERIORES
191
127 355
220 220 215 127
254
Grupo IV
8 φ 22 mm
Grupo I Grupo II Grupo III
4 φ 16 mm, 8 φ 16 mm 8 φ 22 mm
2 φ 9,5 mm
(medidas em mm)
Figura 2.1 - Características geométricas das peças ensaiadas por HOGNESTAD (1951)
5
Tabela 2.1 - Características das armaduras das peças de HOGNESTAD (1951)
As As´ fy fy Es Armadura
Grupo (mm2) (mm2) (MPa) (MPa) (GPa) transversal
800 142 φ 6,3 a cada 203
I (4 φ 16 mm) (2 φ 9,5 mm) 301 414 193 mm
800 800 φ 6,3 a cada 203
II (4 φ 16 mm) (4 φ 16 mm) 301 301 193 mm
1548 1548 φ 6,3 a cada 203
III (4 φ 22 mm) (4 φ 22 mm) 301 301 200 mm
1548 1548 espirais a cada
IV (4 φ 22 mm) (4 φ 22 mm) 301 301 200 38 mm
A Figura 2.2 apresenta o esquema de ensaio com o uso de aparelhos de aplicação de carga
articulados (“knife edges”), utilizado por HOGNESTAD.
Nivelamento
durante os
Couro com 63,5 mm ensaios
espessura de
6,4 mm Suspensão
das cabeças
Reforço auxiliar
254 mm 254 mm
Ponte de deflectômetros
1600 mm
1270 mm
Placa de Aço
Macaco 305mm x 330mm x 89 mm
hidráulico
temporário
Placa de 6,4 mm
Base do mecanismo de ensaio
utilizada durante os ensaios
HOGNESTAD (1951) verificou que a ruptura das peças ocorreu segundo dois modos
distintos, dependentes da excentricidade da carga: 1) Por compressão, com esmagamento
do concreto da face comprimida e tensões na armadura tracionada menores que a tensão de
6
escoamento, nas peças carregadas com pequena excentricidade; 2) Por tração, com grandes
deformações e movimentos da posição da linha neutra antes da ruptura do concreto e
escoamento das armaduras tracionadas, nas peças carregadas com grande excentricidade.
A ruptura dos pilares ocorreu acima da metade de sua altura. Esse comportamento foi
explicado pela variação da resistência do concreto da extremidade superior das peças até a
inferior, resultado de diferentes graus de compactação durante a moldagem. Essa
diferenciação na compactação foi constatada pelas leituras das deformações e deflexões.
Nas peças carregadas com pequena excentricidade a ruptura deu-se pelo esmagamento do
concreto e deformações últimas com cerca de 3,8 mm/m. A armadura longitudinal de
compressão, após o esmagamento do concreto, flambou, resultando na redução súbita da
capacidade de carga das peças. Alguns modelos apresentaram escoamento da armadura
longitudinal.
Nas peças ensaiadas com pequena excentricidade as cargas últimas foram influenciadas
pela resistência à compressão do concreto, o que não se deu nas peças com grande
excentricidade em virtude da preponderância da ruptura por tração.
A alteração da quantidade de armadura de compressão (As´) de 142 mm2 para 800 mm2
nas rupturas por compressão foi significativa, para qualquer resistência do concreto. Nas
peças com ruptura à tração, o aumento da armadura de tração (As) de 800 mm2 para 1548
mm2 propiciou um ganho de até duas vezes nas cargas últimas.
7
fletor, dividindo a seção transversal em fatias de concreto e camadas de armadura. O
concreto armado fissurado foi analisado com base na teoria do campo de compressão
diagonal (VECCHIO e COLLINS, 1986), o que deu origem ao nome do programa:
CACODI. A análise é simplificada quando se ignora o efeito do esforço cortante.
f cd βη
σ2 = − × (2.1)
β1 β −1 +η β
1
β= −1
(2.2)
⎛ ⎞
⎜ ⎟
⎜ Ec × ε 0 ⎟
1−
⎜ f cd ⎟
⎜ ⎟
⎝ β1 ⎠
ε2
η= (2.3)
ε0
ε1 γ
β1 = 0,85 − 0,27 = 0,58 − 0,27 m ≥ 1 (2.4)
ε2 ε2
A lei exposta acima tem validade no intervalo − ε u ≤ ε 2 ≤ 0 , para concreto tipo 1 (CT=1),
− f cd
ou para − ε 0 ≤ ε 2 ≤ 0 para concreto tipo 2 (CT=2) para o qual σ 2 = para
β1
− ε u ≤ ε 2 ≤ −ε 0 .
O programa CACODI será usado para analisar os pilares da presente pesquisa, uma vez
que fornece para uma dada combinação de esforço normal e momento fletor a curvatura da
seção e as deformações no concreto e nas armaduras. Com a curvatura calculada em
8
diversas seções ao longo do comprimento do pilar, é possível calcular o deslocamento
transversal do pilar nas respectivas seções com auxílio de uma planilha Excel ou de uma
programação específica.
Foi utilizado um atuador hidráulico com capacidade nominal de 5000 kN para aplicação da
carga, acionado por bomba hidráulica de ação manual ou elétrica, de mesma capacidade. O
atuador foi colocado na parte inferior do modelo, sobre a laje de reação, devido à sua
grande massa. Uma célula de carga com capacidade nominal de 5000 kN foi utilizada para
monitorar a força aplicada, fixada nas vigas centrais da grelha por meio de uma placa de
aço parafusada nas mesmas. Entre a célula de carga e a face superior do pilar foi colocado
um aparelho de apoio industrial baseado em deformação de elastômero confinado e uma
placa de aço para distribuição da carga.
9
Tabela 2.2 – Características e identificação das peças ensaiadas por LIMA (1997)
B h l As ρ fy ρw e
Pilar (mm) (mm) (cm) (mm2) (%) (MPa) (%) (mm)
982 2,52
(6,3 c/
P5/1 300 150 174 (8φ12,5mm) 2,26 543,3 50 mm) 15
982 2,52
(6,3 c/
P5/2 300 150 174 (8 φ 12,5mm) 2,26 543,3 50 mm) 15
1608 2,52
(6,3 c/
P6/1 300 150 174 (8 φ 16mm) 3,45 710,5 50 mm) 15
1608 2,52
(6,3 c/
P6/2 300 150 174 (8 φ 16mm) 3,45 710,5 50 mm) 15
628 1,68
(6,3 c/
P7/1 300 150 174 (8 φ 10mm) 1,26 681,2 75 mm) 15
628 1,68
(6,3 c/
P7/2 300 150 174 (8 φ 10mm) 1,26 681,2 75 mm) 15
628 1,68
(6,3 c/
P8/1 300 150 174 (8 φ 10mm) 1,26 681,7 75 mm) 25
628 1,68
(6,3 c/
P8/2 300 150 174 (8 φ 10mm) 1,26 681,2 75 mm) 25
628 2,73
(6,3 c/
P9/1 300 120 247 (8 φ 10mm) 1,67 676,4 60 mm) 30
628 1,32
(6,3 c/
120
P9/2 300 120 247 (8 φ 10mm) 1,67 676,4 mm) 30
10
A Figura 2.3 apresenta detalhes da armadura e do esquema de ensaio.
Aparelho de
apoio
Chapa de aço
colada com
argamassa à
base de epóxi
Figura 2.3 – Detalhes da armadura e do esquema de ensaio usados por LIMA (1997)
11
Com os valores de deformações registrados em uma dada seção e as características
mecânicas do aço e do concreto determinou-se a força e o momento resistentes, para os
pilares submetidos à compressão excêntrica, e comparou-se com os valores experimentais.
Admitiu-se, por hipótese, que as seções planas permaneciam planas depois de deformadas.
Assim, conhecidos os valores das deformações nas faces 1, mais comprimida, e 2, menos
comprimida ou tracionada, determinou-se a variação da deformação ao longo da altura h da
seção transversal do pilar.
Com os valores médios das deformações do concreto medidas nas faces dos pilares
determinou-se a variação das deformações pela expressão (2.5). A expressão (2.6) foi
determinada considerando-se apenas as medições feitas nas armaduras, admitindo-se que
estas eram mais confiáveis que as medições no concreto.
⎛ εc −εc ⎞
ε(x) = ⎜ 1 2 ⎟
*x + εc (2.5)
⎜ h ⎟ 2
⎝ ⎠
⎛ εs −εs2 ⎞ ε d - ε s 2 d´
ε(x) = ⎜ 1 ⎟*x + s2 (2.6)
⎜ d - d´ ⎟ d - d´
⎝ ⎠
onde,
Tendo a variação das deformações ao longo da seção transversal e assumindo uma relação
tensão-deformação para o concreto definida pela equação (2.7), estabeleceu-se a variação
12
da tensão normal ao longo da altura da seção em estudo do pilar, obtendo-se, por operação
matemática de integração, o esforço normal resistente (equação 2.8) e o momento fletor
resistente (equação 2.9) calculados a partir das deformações medidas.
− 2 fc + Ecε c 3 f c − 2E c ε c
σc = 0
ε c3 + 0
ε c2 + Ecε c (2.7)
εc 3 εc 2
0 0
⎛h ⎞
( ⎛h
)⎞
M u = b ∫0h σ c (x) ⎜ - x ⎟ dx + As1 σs1 − As 2 σs 2 ⎜ - d´⎟ (2.9)
⎝2 ⎠ ⎝2 ⎠
A situação de apoio rotulado fixo no extremo inferior considerada no modelo teórico não
ocorreu ao longo dos ensaios realizados, em virtude de ter ocorrido engaste parcial do
pilar, na face inferior junto ao atuador hidráulico. Tanto na face inferior como na face
superior do pilar próximo à célula de carga o atrito das chapas comprimidas para aplicação
das ações excêntricas introduziu esforços horizontais.
LIMA (1997) na série 9 utilizou modelos de 2470 mm de altura e de seção transversal 120
mm x 300 mm, tendo índice de esbeltez igual a 71. Teve por objetivo, nessa série,
identificar algum efeito de segunda ordem. Os efeitos de segunda ordem não provocaram
tração em uma das faces e a ruptura foi explosiva em ambos os modelos.
13
A única variável na análise de VALLADARES (1997) foi a resistência à compressão do
concreto, variando entre 30 MPa e 82 MPa. As peças foram submetidas a carregamentos
axiais com excentricidade moderada (relação e/h = 1/3), predeterminando rupturas por
esmagamento do concreto comprimido, com presença de fissuração.
A Figura 2.4 apresenta as características das peças ensaiadas por VALLADARES (1997).
14
10 15 10
10 15 10
35
35
I I I I
60
60
130
130
60
60
5 5
10 15 10
10 15 10
35
35
10101010 1010
60 20
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
15
2 11 2
15 2,5
2
20
φ 5,0 c/12
22,5 15 22,5
11
15
60
2
VISTAS
SUPERIOR / INFERIOR 4 φ 10.0mm
SEÇÃO I-I
15
flambagem das barras longitudinais nas regiões expostas. Os exemplares de baixa
resistência apresentaram rupturas tipicamente dúcteis e menos concentradas.
A Tabela 2.4 apresenta as características dos modelos ensaiados por VANDERLEI (1999).
O sistema de ensaio utilizado, com duas forças independentes, uma centrada e a outra com
excentricidade bem definida em relação ao eixo longitudinal do pilar, está mostrado na
Figura 2.5. A excentricidade da segunda força foi de 380 mm, com momento atuando
paralelamente ao menor lado.
Dois consolos, um no topo e outro na base do pilar, foram criados para a atuação das
forças, idéia indicada em IBRAHIM & MAC GREGOR (1996) e AZIZINAMINI &
KEBRAEI (1996).
Foram adotados na base e no topo do pilar aparelhos de apoio esféricos usados comumente
para apoios de pontes, com capacidade de 4000 kN, com o propósito de tornar a base e o
16
topo do modelo articulado. As forças foram aplicadas gradualmente, e em cada etapa a
força excêntrica aplicada era 5% do valor da força centrada.
Ancoragem da
Célula de Carga Cordoalha
5000KN
Aparelho de Apoio
4000KN
Cordoalha
Ø12,5mm
Aparelho de Apoio
4000KN Atuador Hidráulico
300KN
Atuador Hidráulico Célula de Carga
5000KN
300KN
A variação das taxas de armaduras mostrou que a ductilidade da seção transversal é função
das taxas de armadura transversal e longitudinal. Os pilares com maior taxa de armadura
transversal apresentaram ruptura com boa ductilidade e esmagamento do concreto do lado
mais comprimido. Os pilares com menor taxa de armadura transversal tiveram ruptura
frágil da seção transversal central, com flambagem das barras das armaduras longitudinais.
As relações Fexp / Fteo deram próximas da unidade, na análise dos esforços resistentes, tanto
para a relação tensão x deformação proposta por LIMA (1997), quanto para a proposta por
COLLINS et al. (1993).
17
As relações Mexp / Mteo ficaram acima da unidade. Constatação essa justificada pelo fato da
excentricidade geométrica, que era responsável pelos momentos experimentais atuantes
nas seções transversais de meia altura dos pilares, não ter ocorrido na sua integridade,
podendo existir também excentricidades acidentais ou restrições de montagem que
geravam momentos contrários ao aplicado pela força excêntrica. Também, o aparelho de
apoio, funcionando pelo princípio da deformabilidade do neoprene confinado, pode ter
ocasionado uma rigidez significativa e alterado o valor do momento supostamente
aplicado.
No estado limite último, a resistência de uma peça de concreto armado com seção
transversal retangular sob flexão normal composta pode ser determinada a partir da Figura
2.6. Figura 2.6-a mostra a seção transversal com armadura distribuída simetricamente, e a
Figura 2.6-b mostra as forças resultantes no concreto para o diagrama retangular
equivalente e as forças resultantes na armadura.
18
h
G0 Nd G1
b u
Md
a0 z a0
a1
Md
Nd
0 G0 G1 h
q
RN RN
z
RM RM
19
Apenas um dos parâmetros relativos é independente. Logo, define-se o arranjo das
armaduras com qualquer um deles.
Na Figura 2.6-b a seção transversal é representada por uma viga rígida apoiada em G0 e G1,
com extremidades em balanço. A contribuição das armaduras na resistência às solicitações
de cálculo Nd e Md é representada pelas forças RN e RM, respectivamente, e a contribuição
do concreto é representada pelo diagrama retangular de tensões com resultante Rc.
Além da solução analítica para o caso geral, MELLO apresenta soluções para diversos
casos particulares e tabelas para o dimensionamento e a verificação de seções retangulares
de concreto armado baseadas em seu método.
O programa experimental foi dividido em duas séries de ensaios. A primeira, Série PSA,
com o objetivo de estudar a parcela de contribuição do concreto na capacidade resistente à
flexão composta normal, compreendeu ensaios à ruína de pilares em concreto simples, sem
20
armaduras longitudinal e transversal. Os pilares desta série apresentavam armação apenas
em suas extremidades, no intuito de evitar ruptura localizada destas regiões. A Série PCA4
envolveu o estudo de seções em concreto armado, com armadura longitudinal composta de
quatro barras retas nervuradas de 10 mm de diâmetro. Ao total foram ensaiados doze
pilares, quatro na Série PSA e oito na Série PCA4.
O comportamento das peças foi analisado por meio de medições de deformações nas barras
da armadura e no concreto, de deslocamentos verticais e horizontais, de desenvolvimento
de fissuras e de resistência última.
Foi adotada a seção transversal retangular de 250 mm de base por 120 mm de altura, e pilar
com altura total de 2000 mm para os modelos ensaiados, em virtude da intensidade das
forças atuantes, restrições da estrutura de reação e da preocupação com a utilização de
pilares com dimensões que representassem os usados nos edifícios de concreto armado.
Os modelos possuíam dois consolos, um na base e outro no topo, para permitir a aplicação
e transmissão da força excêntrica para o pilar, provocando momento fletor ao longo do
pilar. A Figura 2.7 apresenta as características geométricas dos modelos ensaiados.
500
120100 280
B B
100 200
500
250
CORTE B-B
A A
2000
1400
120
250
CORTE A-A
200 100
21
A Tabela 2.5 apresenta as características construtivas e de ensaio das peças ensaiadas por
ADORNO (2004).
Tabela 2.5 – Características e identificação das peças ensaiadas por ADORNO (2004)
excentricidade As Armadura
Série Denominação
(mm) (mm2) Transversal
PSA-15a 15 0 -
PSA-15b 15 0 -
PSA
PSA-20 20 0 -
PSA-30 30 0 -
22
N7 N1
N3 500
N4
N4 N2 2x4 N1 - φ 10
N1
N1
70 70
50
50
200
2x11 N2 - φ 5 c. 50 2x11 N3 - φ 5 c. 50
LT = 640 mm LT = 650 mm
70 440
50
140
28
0
2x4 N5 - φ 5
500
2x4 N4 - φ 10
LT = 550 mm
LT = 1080 mm
450
N2 200
N5 50
200
50
150
2x3 N6 - φ 5 2x7 N7 - φ 5
N6 LT = 1400 mm LT = 800 mm
Figura 2.8 – Detalhe das armaduras dos pilares da Série PSA (ADORNO, 2004)
N8
N1
N5 70
N4 50
200
B B N6 N2 N5
N3
N1 9 N2 - φ 5 c. 100
N1 LT = 640 mm
CORTE A-A CORTE B-B
440
4 N1 - φ 10 LT = 1950mm
N1 70 70
140
50
50
200
A A N2
500
28 200
0
N3 2x7 N8 - φ 5
N6 2x4 N6 - φ 5 2x3 N7 - φ 5
LT = 550 mm LT = 800 mm
LT = 1400 mm
N7
Figura 2.9 – Detalhe das armaduras dos pilares da Série PCA4 (ADORNO, 2004)
23
No decorrer dos ensaios efetuou-se o registro das deformações do aço e do concreto,
leitura dos deslocamentos e marcação de fissuras. A excentricidade final foi calculada a
partir da correção da excentricidade inicial, considerando as leituras de deslocamento
realizadas. A Tabela 2.6 apresenta os resultados dos ensaios de ADORNO (2004).
ADORNO (2004), a partir dos resultados obtidos, analisou a evolução das deformações do
concreto e das armaduras, evolução dos deslocamentos vertical e horizontal dos modelos,
evolução de fissuras, relações momento-curvatura, esforços solicitantes últimos e modos
de ruptura.
24
2.1.8 ARAÚJO (2004)
O programa experimental foi dividido em três grupos, dados pela variação da taxa de
armadura longitudinal, variando-se em cada grupo a excentricidade. Com isso, conforme a
alteração de ρ verificou-se a ruptura que ocorreu no pilar, bem como a variação da
capacidade resistente em função da excentricidade.
ARAÚJO (2004) utilizou modelos de seção transversal constante com 250 mm de base por
120 mm de altura, e pilar com altura limitada a 2000 mm em razão da altura do pórtico de
reação e do coeficiente de flambagem requerido. Uma armadura de fretagem foi utilizada
nas extremidades dos pilares para reduzir o risco de uma ruptura naquela região.
Foram utilizados dois consolos nas extremidades do pilar com o objetivo de transmitir as
forças excêntricas para o pilar. As características geométricas do pilar e o detalhamento
dos consolos são mostrados na Figura 2.10.
500
N8
120100 280 450
200
50
B B 50 150 200
200
N5
100 N6 2x7N8- φ5.0 2x3N7- φ5.0
L=800 mm L=1400 mm
A A
500
70 70
250 N4 50 50
N5 200
N3
CORTE B-B 2x5N3- φ5.0 c.50 2x5N4- φ5.0 c.50
Seção A-A L=640 mm L=650 mm
A A B B
2000 1400
440 70
120
50 280
140
250 500
2x4N6- φ5.0
2x4N5- φ10.0 L=550 mm
N3
CORTE A-A L=1080 mm
100
200
N7
25
Os modelos de ARAÚJO (2004) foram identificados de acordo com a taxa de armadura
longitudinal:
Cada grupo foi ensaiado com três excentricidades de aplicação da carga, 40, 50 e 60 mm.
A descrição de cada grupo está apresentada na Tabela 2.7 e suas respectivas seções
transversais e detalhamentos de armadura estão nas Figuras 2.11 a 2.13.
N8
70 70
N4 50 50
N5 200
N5
N3
N6 2x5N3- φ5.0 c.50 2x5N4- φ5.0 c.50
A Seção A-A L=640 mm L=650 mm
A
450
200
50
50 150 200
440 70
140 50 280
N3 500
2x4N6- φ5.0
2x4N5- φ10.0 L=550 mm
L=1080 mm
N7
26
70 70
N8 N4 50 50
N5 200
N3
2x5N3- φ5.0 c.50 2x5N4- φ5.0 c.50
N5 Seção A-A L=640 mm L=650 mm
N6
A A
70
50
N1 N2 200
11N2- φ5.0 c.50
L=640 mm
4 N1 - φ 10, L=1950 mm
B B 450
200
50
50 150 200
N3
440 70
140 50 280
500
N7 2x4N6- φ5.0
2x4N5- φ10.0 L=550 mm
L=1080 mm
70 70
N8 N4 50 50
N5 200
N3
2x5N3- φ5.0 c.50 2x5N4- φ5.0 c.50
N5 Seção A-A L=640 mm L=650 mm
N6
A A
70
50
N1 N2 200
11N2- φ5.0 c.50
L=640 mm
6 N1 - φ 10, L=1950 mm
B B 450
200
50
50 150 200
N3
440 70
140 50 280
500
N7 2x4N6- φ5.0
2x4N5- φ10.0 L=550 mm
L=1080 mm
27
Tabela 2.7 – Descrição dos grupos de ensaio. ARAÚJO (2004)
As e Nome Descrição
40 PCA4-40 Pilar em Concreto Armado, com 4 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 40 mm.
2
As = 314 mm
50 PCA4-50 Pilar em Concreto Armado, com 4 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 50 mm.
ρ = 1,05%
60 PCA4-60 Pilar em Concreto Armado, com 4 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 60 mm.
40 PCA6-40 Pilar em Concreto Armado, com 6 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 40 mm.
2
As = 471 mm
50 PCA6-50 Pilar em Concreto Armado, com 6 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 50 mm.
ρ = 1,57%
60 PCA6-60 Pilar em Concreto Armado, com 6 barras longitudinais e excentricidade de aplicação de carga de 60 mm.
28
ARAUJO (2004) estudou o desenvolvimento das deformações das armaduras longitudinais
dos pilares, bem como os deslocamentos, a curvatura da seção transversal, taxa de
armadura, mecanismos de fissuração e esforços calculados.
ARAÚJO (2004) verificou, a partir das análises das deformações, que nas séries de pilares
de concreto armado, as deformações da armadura longitudinal na face tracionada
aumentaram consideravelmente com o aumento da excentricidade, para o mesmo estágio
de carregamento. As deformações do concreto na face comprimida aumentaram com o
aumento da excentricidade para todas as séries de ensaio, no mesmo estágio de
carregamento.
29
No tocante ao objetivo de ARAÚJO (2004) de contribuir com a formulação matemática do
método de MELLO (2003), para diferentes excentricidades de aplicação da carga e taxas
de armadura, destacaram-se as seguintes conclusões:
• Alguns pontos, nas séries PCA6 e PCA4, aproximaram-se das curvas teóricas de
MELLO (2003) enquanto a maioria dos pontos ficou distante dos valores teóricos.
Os pilares da série PCS apresentaram os valores mais próximos das curvas
teóricas.
Cabe aqui uma observação: uma análise detalhada dos trabalhos de ADORNO (2004) e
ARAÚJO (2004) mostra que parece ter havido um equívoco na abordagem do método de
MELLO (2003), sendo comparados resultados de cada pilar para as diversas etapas de
carregamento, quando a comparação deveria ter sido feita apenas para a carga de ruptura
uma vez que o método de MELLO se aplica ao estado limite último. Algumas conclusões
desses trabalhos, assim, devem ser vistas com ressalvas, sendo necessária uma reflexão
maior sobre o assunto.
2.2.1 Introdução
Pilares são elementos lineares de eixos retos, usualmente dispostos na vertical, em que são
preponderantes as forças normais de compressão, conforme a NBR 6118: 2003.
30
Os pilares extremos serão, obrigatoriamente, calculados a flexo-compressão normal, ou
seja, tem-se um momento fletor atuando num dos eixos principais. Para os pilares de canto
deve-se dimensionar a flexo-compressão oblíqua, ou seja, ocorre uma solicitação
concomitante de uma força normal e de dois momentos fletores atuando sobre os eixos
principais da seção.
A armadura longitudinal de diâmetro Фl dos pilares deve ter como valor mínimo 10 mm
(3/8”), para obter uma rigidez suficiente para mantê-la na posição vertical.
O número mínimo de barras nmin deve ser suficiente para que se possa posicionar e amarrar
os estribos, conforme a seção transversal, como mostra a Figura 2.14.
(sl)m in
(sl)m ax
31
A distância entre barras longitudinais máxima, (sl)max, deve ser de 40cm.
2 cm
Para S1 (min) ≥ Фl
1,2 . (Фmax)agregado
Фe
≤ 20.Фe ≤ 20.Фe
Фe
32
2.2.2.2 Armadura Transversal
30 cm
menor dimensão externa da peça
st ≤
21 . Фl para armadura longitudinal com aços CA-25,32
12 . Фl para armadura longitudinal com aços CA-40,50,60
Para os estribos nas extremidades dos pilares recomenda-se para os pilares em geral e nos
pré-moldados, colocar em suas extremidades, 2 a 3 estribos espaçados de st / 2 a st / 4.
Considera-se como menor dimensão do pilar o valor de 20 cm, permitindo-se uma redução
para 12 cm para os pilares retangulares e para 10 cm nos pilares compostos de retângulos
(L, T, etc.) desde que o coeficiente de segurança γn seja 1,8 e a outra dimensão não
ultrapasse 60 cm.
33
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O programa experimental foi composto por seis pilares de concreto armado submetidos à
flexão composta reta. A variável considerada no estudo foi a excentricidade de aplicação
da carga. Os demais parâmetros de ensaio, notadamente a resistência à compressão do
concreto, a taxa de armadura longitudinal e as dimensões das peças foram mantidos
constantes, dentro do possível.
Os pilares possuem seção transversal constante na região central, com base de 250 mm,
altura de 120 mm e comprimento de 2020 mm, e seção variável nas extremidades, com 490
mm de comprimento cada, conforme mostra a Figura 3.1.
A carga excêntrica foi aplicada usando aparelhos de apoio constituídos por um cilindro de
aço de 50 mm de diâmetro colocado entre duas placas de aço de 50 mm de espessura,
soldado a uma delas. Um pilar foi ensaiado com carga centrada, e os demais foram
ensaiados com excentricidade de 15 mm, 30 mm, 40 mm, 50 mm e 60 mm.
34
ensaiar os modelos dessa linha de pesquisa. A Figura 3.2 ilustra como os modelos foram
ensaiados no pórtico.
F e
250 mm
F e 150 mm
250 mm
880 mm
Vista de topo
2020 mm
3000 mm
120 mm
230 mm
Detalhe da
240 mm
aplicação da carga
F e
Vista lateral
35
Pórtico
Célula de carga
Atuador
hidráulico
Aparelho de
apoio
Modelo
Defletômetro Régua de
medição central
Bloco de apoio
Laje de reação
36
N8
70 mm 70 mm
50
200 mm
40 mm
N5
200 mm
21N2- f5.0 c. 50
Seção BB L=640 mm
B B
N2
28
2,
84
70 mm 200 mm
m
830 mm
m
200 mm
50 mm
2x4N5- f10.0
140 mm
L=1080 mm
2x4N6- f5.0
L=550 mm
L=3000 mm
830 mm
200 mm
50
200 mm
150 mm
50
2x7N8- f10.0
2x3N7- f5.0
L=800 mm
L=2160 mm
N3 N4
N7
25 mm 25 mm
35 mm 35 mm
250 mm
120 mm
37
3.3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
38
Utilizou-se concreto usinado transportado até o laboratório por caminhão betoneira e com
carrinhos-de-mão até as fôrmas onde foi colocado manualmente com o uso de pás e
adensado mecanicamente com vibrador de agulha de 35 mm de diâmetro (Figura 3.8).
Após a moldagem procedeu-se ao remate da superfície dos pilares com colher de pedreiro
para deixar a face externa lisa, facilitando subsequentemente à colagem dos extensômetros
do concreto.
Com o início da pega do concreto os pilares foram cobertos inicialmente com tecidos
umedecidos e em seguida com lonas plásticas. Realizou-se a cura molhando-os duas vezes
ao dia, durante os sete dias seguintes à concretagem. A desmoldagem ocorreu no oitavo dia
(Figura 3.9).
39
Figura 3.9 – Pilares desmoldados
3.3.3 Materiais
3.3.3.1 Concreto
Utilizou-se concreto usinado dosado para 40 MPa de resistência à compressão aos 28 dias;
o ensaio de abatimento do cone, feito minutos antes da concretagem, evidenciou um
abatimento de 110 mm (Figura 3.10). Todos os seis pilares foram moldados numa única
etapa, sendo extraídos 27 corpos-de-prova cilíndricos de dimensões 150 mm x 300 mm,
para ensaios de caracterização do concreto (Figura 3.11). Realizaram-se ensaios de
resistência à compressão, de tração por compressão diametral e de determinação do
módulo de elasticidade longitudinal. Os resultados são apresentados no Capítulo 4.
40
Figura 3.11 - Corpos-de-prova sendo moldados
3.3.3.2 Aço
3.3.4 Instrumentação
- remoção das mossas por meio de rebolo de desbaste, constituído de agregado vítreo e
óxido de alumínio;
41
fios, retirados de cabo telefônico multipar CCI (Cabo de comunicação interna), aos
extensômetros isolando-se seus terminais elétricos com fita elétrica isolante comum e
posterior isolamento com fita isolante de auto-fusão, propiciando assim a proteção da
instrumentação das armaduras. A Figura 3.13 mostra detalhes dos pontos de
instrumentação.
5 6
C e T
3 4
1 2
42
- verificação da resistência do EER (deve ter 120Ω);
- soldagem de seus terminais aos fios que os ligarão ao sistema de aquisição de dados.
43
75 mm
505 mm
505 mm
505 mm
505 mm
Para uma leitura complementar dos deslocamentos até o momento da ruptura, devido ao
curso limitado do defletômetro central, foi utilizada uma régua de medição de aço
inoxidável. A posição do defletômetro central e da régua encontra-se na Figura 3.16.
44
Além dos defletômetros supracitados utilizados para leituras diretas do modelo ensaiado,
foram dispostos defletômetros nos aparelhos de apoio, com o objetivo de monitorar
possíveis deslocamentos horizontais dos mesmos. A Figura 3.17 mostra o defletômetro do
aparelho de apoio inferior e os dois defletômetros de medida de deslocamento vertical que
fornecem também a rotação do extremo inferior do pilar.
Figura 3.17 – Disposição dos defletômetros na base do pilar e no aparelho de apoio inferior
45
O pórtico também foi monitorado com dois defletômetros, um em cada base de coluna. Ver
Figura 3.19.
Defletômetro
acoplado ao
pórtico
Inicialmente, procedeu-se à fixação dos aparelhos de apoio nas extremidades do pilar, por
meio de parafusos, ilustrado na Figura 3.20. Como medida preventiva, soldou-se argolas de
aço no aparelho de apoio superior para impedir sua queda quando da ruptura do pilar.
46
Figura 3.20 – Fixação do aparelho de apoio
Um pórtico rolante com talha móvel de capacidade de 50 kN foi utilizado para posicionar
os modelos no pórtico de ensaios conforme Figura 3.22.
47
Posteriormente, os modelos eram posicionados verticalmente, com o aparelho de apoio
inferior apoiado sobre a laje de reação por intermédio de uma placa de aço de dimensões
500 mm x 500 mm x 50 mm e um bloco de concreto armado de 750 mm x 750 mm x 250
mm. A Figura 3.23 mostra detalhe do apoio do modelo sobre a laje de reação.
48
Figura 3.26 – Bomba elétrica Figura 3.27 – Bomba manual
As leituras dos extensômetros das armaduras e do concreto foram coletadas por uma
unidade de medida eletrônica multicanal, Spider8-30; o processamento de dados, no
computador, foi propiciado pelo software Catman 4.5. Ambos, aparelho e software, foram
produzidos pela Hottinger Baldwin Messtechnik – HBM. (Figura 3.28).
Em alguns ensaios foi utilizada, concomitante ao Spider8-30, uma caixa comutadora SS-
24R para ligar alguns EER’s ao Indicador de deformações SM – 60D da Kyowa Electronic
Instruments Co. Ltd. (Figura 3.29)
49
Figura 3.29 – Caixa comutadora e Indicador de deformações
50
4 APRESENTAÇÕES DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS
4.2.1 Aço
Foram ensaiadas duas amostras do aço utilizado na armadura longitudinal dos modelos.
Para cada amostra foram registradas as deformações da barra por meio de um par de
extensômetros removíveis desenvolvidos no Laboratório de Estruturas da UnB. Próximo à
ruptura o equipamento era retirado para se evitar possíveis danos.
Diâmetro fy εy εy* fr Es
onde:
51
Es: módulo de elasticidade do aço
A Figura 4.1 mostra a curva tensão versus deformação da armadura longitudinal de uma
das amostras ensaiadas.
700
600
500
Tensão em MPa
400
Def. Média
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Deformação em mm/m
4.2.2 Concreto
52
Tabela 4.2 – Propriedades mecânicas do concreto
O modelo PFN0-3 apresentou sua primeira fissura para a carga de 700 kN na região central
do consolo inferior. Os demais modelos apresentaram fissuras iniciais em sua região
central, na face tracionada, que se propagaram para as demais faces.
Cabe lembrar que os ensaios de PFN0-3 e PFN15-3 foram realizados com a bomba
elétrica, cujo controle de pressão é um pouco precário e o modo de ruptura pode ter sido
afetado por esta característica do equipamento. A bomba manual usada nos outros ensaios,
por outro lado, não era adequada para o ensaio do pilar com carga centrada cuja carga de
ruptura era muito alta. No ensaio do pilar PFN15-3 a bomba foi desligada antes que
ocorresse a ruptura do concreto. Decidiu-se então reensaiar o pilar, o que foi feito com a
bomba manual.
53
A Tabela 4.3 mostra a carga última e o modo de ruptura observados nos ensaios.
As Figuras 4.2 a 4.13 apresentam o mapeamento de fissuras nos modelos e seu modo de
ruptura.
54
Figura 4.4 – Fissuras do pilar PFN15-3 Figura 4.5 – Ruptura do pilar PFN15-3
Figura 4.6 – Fissuras do pilar PFN30-3 Figura 4.7 – Ruptura do pilar PFN30-3
55
Figura 4.8 – Fissuras do pilar
PFN40-3 Figura 4.9 – Ruptura do pilar PFN40-3
Figura 4.10 – Fissuras do pilar PFN50-3 Figura 4.11 – Ruptura do pilar PFN50-3
56
Figura 4.13 – Ruptura do pilar PFN60-3
As Figuras 4.14 a 4.20 apresentam os gráficos das deformações ocorridas nas armaduras
longitudinais dos modelos durante os ensaios e as forças de início de fissuração e de
ruptura. Ao lado de cada gráfico tem-se a identificação das armaduras na seção.
57
valores de deformações de compressão. Verifica-se no gráfico da Figura 4.14 que as
leituras nos extensômetros E3, E5 e E6 apresentaram maiores valores em relação aos
demais extensômetros o que evidenciou o surgimento de excentricidade nas duas direções.
No modelo PFN15-3 apenas um dos dois extensômetros colados em cada face da armadura
nas posições E1, E2, E4 e E5 funcionou. Esse modelo também apresentou todos os seus
extensômetros com valores de deformações de compressão até a ruptura. Os extensômetros
da face comprimida apresentaram maiores valores de deformação em relação aos da face
tracionada. No re-ensaio do PFN15-3 os extensômetros do lado comprimido indicaram
pequenas deformações de compressão, enquanto que os do lado tracionado registraram
reduzidos valores de deformação de tração.
1200
800
C e T
600
3 4
400 1 2
200 PFN0-3
Fu = 1053 kN
0
-2.500 -2.000 -1.500 -1.000 -500 0
Compressão
Deformação (xE -06)
58
1ª Fissura Visível e Ruptura 500
=> 447 kN E5
450
E3 E1 E2 E4
E6 400
350
5 6
250
C e T
200 3 4
150
1 2
100
50 PFN15-3
0 Fu = 447 kN
-1000 -800 -600 -400 -200 0
Compressão
Deformação (xE -06)
300
200
5 6
C e T
150 3 4
1 2
100
PFN15-3
50 (Re-ensaio)
Fu = 249 kN
0
-750 -500 Compressão -250 0 250 Tração 500
Deformação (xE -06)
59
220
1ª Fissura Visível => 200 kN E6
E2 E4
200
E5
180
160
E3
140 E1 5 6
Força atuante (kN)
120
C e T
100 3 4
80 1 2
60
40
PFN30-3
Fu = 255 kN
20
0
-500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500
Compressão Tração
Deformação (xE -06)
180 E4
E1 E3 E6 E2
E5 Ruptura => 170 kN
160
140
1ª Fissura Visível => 125 kN
120 5 6
Força atuante (kN)
100
C e T
3 4
80
60
1 2
40 PFN40-3
20
Fu = 170 kN
0 εy
-3000 -1000 1000 3000 5000 7000 9000 11000 13000 15000
Compressão Tração
Deformação (xE -06)
60
180
160 E1 E3 E5 E2 E4 E6
Ruptura
140 =>155 kN
120 5 6
Força atuante (kN)
140
E1 E5 E3 E6 E4
E2
Ruptura => 131 kN
120
100
5 6
Força atuante (kN)
80
C e T
60 3 4
1ª Fissura Visível => 40 kN
40 1 2
20
PFN60-3
0
Fu = 131 kN
ε
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 y 4000
Compressão Deformação (x E-06) Tração
O modelo PFN40-3 em sua face tracionada apresentou os extensômetros E2, E4 e E6, com
deformações últimas de 12‰, 8‰ e 6‰, indicando escoamento da armadura. Em sua face
comprimida os extensômetros E1, E3 e E5 apresentaram valores de deformações últimos
muito próximos entre sí, ou seja, -1,2‰, -1,2‰ e -1,6‰, respectivamente.
61
O pilar PFN50-3 também apresentou a perda de um dos extensômetros em E1, E2, E4 e
E5. No modelo o extensômetro E6 efetuou leituras com apenas um dos dois extensômetros.
Esse pilar apresentou em sua face tracionada o extensômetro E6 com deformação de 3,2‰
na ruptura, indicando o escoamento dessa armadura. O extensômetro E5, na face
comprimida, apresentou deformações de compressão até a primeira fissura visível
passando então a registrar valores de deformações de tração até a ruptura.
Nos gráficos das Figuras 4.21, 4.22 e 4.23 chamou-se de média par, MP, a média
aritmética das deformações nas armaduras 2, 4 e 6 (lado tracionado para os pilares com
excentricidade). A média ímpar, MI, é a média aritmética das deformações nas armaduras
1, 3 e 5 (lado comprimido para os pilares com excentricidade).
62
Verifica-se na Figura 4.21 que o pilar PFN0-3 obteve maiores deformações de compressão
nas armaduras (-1,9‰), enquanto que os pilares PFN30-3 e PFN40-3 tiveram deformações
de compressão reduzidas (-0,3‰).
1000 MI0
MI15
MI15-RE
MI30
MI40
800
MI50
5 6
MI60
Força atuante (kN)
600
C e T
400 3 4
1 2
200
0
Compressão
-2000 -1500 -1000 -500 0
Deformações (xE-06)
Figura 4.21 – Média ímpar das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados
Na Figura 4.22 a média par das deformações nas armaduras 2, 4 e 6 para os modelos
PFN0-3 e PFN15-3 apresentou deformações de compressão, sendo que no PFN0-3 a média
da deformação foi de -1,2‰. A partir do re-ensaio do PFN15-3 a média par das
deformações nas armaduras 2, 4 e 6, apresentou valores positivos evidenciando
deformações de tração nessas armaduras. O modelo PFN60-3 apresentou valores médios
de deformações na armadura de +3‰, próximos do escoamento do aço, ou seja, 3,14‰.
63
1000
MP0
MP15
MP15-RE
MP30
800 MP40
MP50
Força atuante (kN)
MP60
5 6
600
C e T
400
3 4
1 2
200
0
-2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Compressão Tração
Deformações (xE-06)
Figura 4.22 – Média par das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados
A Figura 4.10 mostra uma superposição dos dois gráficos vistos anteriormente.
MI0
1000 MP0
MI15
MP15
MI15-RE
800 MP15-RE
MI30
5 6
Força atuante (kN)
MP30
MI40
MP40
600 MI50
MP50
MI60 C e T
400
MP60
3 4
1 2
200
0
-2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000
Compressão Tração
Deformações (xE-06)
Figura 4.23 – Média das deformações nas armaduras dos pilares ensaiados
64
1200
800 5 6
Força atuante (kN)
EC1 ET1
600
e
3 4
EC2 ET2
400 1 2
200 PFN0-3
Fu = 1053 kN
0
-2.500 -2.000 -1.500 -1.000 -500 0
Compressão
Deformação (xE -06)
500
1ª Fissura Visível e Ruptura
Média C EC1 => 447 kN
450
EC2 Média T
ET2 400
ET1
350
Força atuante (kN)
5 6
300
EC1 ET1
250 e
3 4
200 EC2 ET2
150 1 2
100
PFN15-3
50 Fu = 447 kN
0
εc
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000
Compressão Tração
Deformação (xE-06)
65
300
PFN15-3
50 (Re-ensaio)
Fu = 249 kN
0
-1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0
Deformação (xE -06) Compressão
250
5 6
Força atuante (kN)
150
EC1
e
3 4
100 EC2
1 2
50
PFN30-3
Fu = 255 kN
0
-1000 -800 -600 -400 -200 0
Compressão
Deformação (xE -06)
66
180
Ruptura => 170 kN EC1 Média C EC2
160
140
1ª Fissura Visível => 125 kN
120 5 6
Força atuante (kN)
EC1
100 e
80
3 4
EC2
60 1 2
40
PFN40-3
20 Fu = 170 kN
0
ε
-4000 c = -3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0
Compressão
Deformação (xE -06)
180
120
1ª fissura visível => 100 kN
EC1
100 e
80 3 4
EC2
60
1 2
40
20 PFN50-3
0
Fu = 155 kN
εc
-4000 -3000 -2000 -1000 0
Compressão Deformação (x E-06)
67
140
Ruptura => 131 kN Média C EC2
EC1 120
100
20
PFN60-3
Fu = 131 kN
0
εc
-4000 -3000 -2000 -1000 0
Compressão
Deformação (x E-06)
68
4.3.5 Deformações médias no concreto
Assim como foi feito para as armaduras, decidiu-se apresentar as médias das deformações
medidas no concreto de modo a minimizar o efeito da excentricidade acidental verificada
na direção paralela ao lado maior da seção transversal.
Nos gráficos das Figuras 4.31 e 4.32 chamou-se de MCC a média aritmética das
deformações nos extensômetros afixados no concreto no lado comprimido e MCT a média
aritmética das deformações nos extensômetros afixados no concreto no lado tracionado,
para os pilares em que tal medição foi feita.
A Figura 4.31 mostra a média das deformações no concreto dos pilares ensaiados.
Como se pode ver o pilar PFN0-3 apresentou somente deformações de compressão, com
valor máximo de -1,9 ‰ na ruptura.
No pilar PFN30-3 a última medição foi efetuada para a carga de 200 kN, ainda distante da
ruptura que ocorreu com 255 kN. A deformação média medida máxima foi de -0,55 ‰.
69
MCC0
1000 MCT0
MCC15
MCT15
MCC15-RE
MCC30
800 MCC40
MCC50
Força atuante (kN)
MCC60
5 6
600
EC1 ET1
e
400
3 4
EC2 ET2
1 2
200
0
-3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000
Deformações (xE-06)
A Figura 4.32 mostra a média das deformações ímpar no aço e no concreto comprimido
dos pilares ensaiados.
1000
MI0
MCC0
MI15
MCC15
800 MI15-RE
MCC15-RE
5 6
Força atuante (kN)
MI30
MCC30
MI40
600
MCC40
MI50
MCC50 C e T
400
MI60
MCC60 3 4
1 2
200
0
-2000 -1500 -1000 -500 0
Compressão
Deformações (xE-06)
Figura 4.32 – Média das deformações ímpar no aço e no concreto comprimido dos pilares
ensaiados
70
da flecha na seção central, uma régua de aço inoxidável devido à limitação do curso do
defletômetro central D5.
Os valores das flechas obtidas nos ensaios, para cada etapa de carregamento, foram
corrigidos por meio de leituras feitas pelos defletômetros D1 e D9 instalados,
respectivamente, nos aparelhos de apoio inferior e superior, conforme procedimento
descrito no Apêndice C. Os deslocamentos corrigidos são mostrados nas Figuras 4.33 a
4.39. O Apêndice D apresenta as tabelas com os deslocamentos horizontais e verticais.
1200
D5 D4 D6
1000
800
Força atuante (kN)
505 mm
600
505 mm
400
505 mm
200
505 mm
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Flecha (mm)
O pilar PFN0-3, com carga centrada, apresentou tendência a fletir num dado sentido com
deslocamentos crescentes até a carga de 803 kN, a partir da qual ocorreu a inversão do
sentido de flexão até a ruptura. Na carga de 803 kN os deslocamentos corrigidos de D4, D5
e D6 eram, respectivamente, 5,83 mm, 5,99 mm e 6,59 mm, e na última leitura antes da
ruptura, na carga de 1026 kN, eram 4,37 mm, 3,84 mm e 4,64 mm.
71
450
D4 D6 D5 Régua
400
350
300
Força atuante (kN)
505 mm
250
505 mm
200
150
505 mm
100
505 mm
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Flecha (mm)
300
D6 D4 D5 Régua
250
200
Força atuante (kN)
505 mm
150
505 mm
100
505 mm
505 mm
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Flecha (mm)
72
300
Régua
250
D4
200 D6
Força atuante (kN)
505 mm
D5
150
505 mm
100
505 mm
505 mm
50
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Flecha (mm)
180
D6
160 D5 Régua
D4
140
120
Força atuante (kN)
505 mm
100 505 mm
80
505 mm
60
40
505 mm
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Flecha (mm)
No pilar PFN30-3 os deslocamentos foram medidos com D4, D5 e D6 até a carga de 200
kN, sendo os valores corrigidos 8,83 mm, 9,13 mm e 8,20 mm. A carga de ruptura foi de
255 kN. Já no pilar PFN40-3 as últimas leituras (34,20 mm, 38,16 mm e 32,80 mm)
ocorreram na carga de ruptura de 170 kN.
73
180
D4 D6 Régua
160
D5
140
120
Força atuante (kN)
505 mm
100
80
505 mm
60
505 mm
40
505 mm
20
0
0 10 20 30 40 50 60
Flecha (mm)
140
Régua
120
D6 D4 D5
100
Força atuante (kN)
505 mm
80
60 505 mm
505 mm
40
505 mm
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Flecha (mm)
As Figuras 4.34 a 4.39 mostram que a régua colocada na seção central não registrou os
mesmos deslocamentos medidos com o defletômetro D5 colocado na mesma posição. Isto
74
se deve à referência visual, uma vez que a régua estava próxima ao pilar mas não “colada”
ao mesmo, e o objetivo da medição com a mesma era a de se ter pelo menos um valor
razoavelmente aproximado da flecha naquele ponto após o fim de curso do defletômetro
D5.
A Figura 4.40 apresenta as flechas na região central de todos os pilares, medidas com o
defletômetro D5.
1100
700
Carga (kN)
600
500
400
300
200
100
0
-10 0 10 20 30 40 50 60
Flecha (mm)
A Tabela 4.4 mostra um resumo dos deslocamentos experimentais últimos medidos com o
defletômetro D5 e com a régua de medição central. Note-se o aumento significativo do
deslocamento entre a última medição feita com o defletômetro e a medição final feita com
a régua, comprovando a importância da mesma. O ideal seria dispor de defletômetros
elétricos com curso suficiente para a medição dos deslocamentos até a ruptura do pilar.
Tabela 4.4 – Deslocamento horizontal na seção central medido com D5 e com a régua.
75
Foi feito o monitoramento da flecha do modelo PFN0-3 para cada passo de carga por
intermédio dos defletômetros D4, D5 e D6. Verificou-se, que o pilar tendia a fletir num
dado sentido com os deslocamentos, crescentes no gráfico, até a carga de 500 kN, quando
iniciou-se uma inversão de sentido até a ruptura. Os defletômetros D4, D5 e D6
registraram as flechas de 4,37 mm, 3,84 mm e 4,64 mm, respectivamente, próximo da
ruptura do pilar.
Foram feitas medidas das flechas para o pilar PFN50-3 até a carga de ruptura de 155 kN.
Os defletômetros D4, D5 e D6 efetuaram as respectivas leituras de 47,28 mm, 55,38 mm e
50,15.
O modelo PFN60-3 teve suas flechas medidas até a carga de 110 kN com as leituras de
20,83 mm, 23,43 mm e 19,74 mm, respectivamente para D4, D5 e D6.
1200
75 mm
D7 D8 D3 D2
1000
800
Força atuante (kN)
600
400
200
0
-16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0
Deslocamento (mm)
350
300
Força atuante (kN)
250
200
150
100
50
0
-12 -10 -8 -6 -4 -2 0
Deslocamento (mm)
300
D7 D3 75 mm
D8 D2
250
200
Força atuante (kN)
150
100
50
0
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Deslocamento (mm)
77
250
75 mm
D3 D2 D8
200 D7
Força atuante (kN)
150
100
50
0
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Deslocamento (mm)
180
D3 D2
160 75 mm
D7 D8
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10
Deslocamento (mm)
78
180
D3 D2
75 mm
160
D7 D8
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
140
D3 D8 D2
75 mm
D7
120
100
Força atuante (kN)
80
60
40
20
0
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
79
Tabela 4.5 – Encurtamento dos modelos
Força Carga
Modelo Encurtamento atuante última
(mm) (kN) (kN)
PFN0-3 3,54 1026 1053
PFN15-3 1,99 404 447
PFN15-3(Re-ensaio) 2,65 249 249
PFN30-3 0,17 200 255
PFN40-3 0,10 150 170
PFN50-3 3,20 141 155
PFN60-3 -0,10 110 131
Os resultados experimentais da Tabela 4.5 mostram que o pilar PFN0-3 na carga de 1053
kN atingiu maior encurtamento, justificado por esse modelo ter sido submetido a carga
axial centrada e ter atingido carga de ruptura superior em relação aos demais.
A Figura 4.48-A ilustra a posição inicial de ensaio do pilar. A Figura 4.48-B apresenta a
posição na ruptura dos pilares ensaiados.
A B
Os valores lidos nos defletômetros verticais da base do pórtico, apresentados nos gráficos
das Figuras 4.41 a 4.47 não foram utilizados como meio de correção das leituras dos
defletômetros verticais dos pilares em função de alguns percalços. Inicialmente, no pilar
PFN0-3 foi instrumentado apenas um dos lados da base do pórtico. Nos demais a
instrumentação deu-se por dois defletômetros, D10 e D11, colocados um em cada lado da
base do pórtico. Porém, surgiram problemas de leituras dos defletômetros que muitas vezes
ficavam presos tornando as leituras não confiáveis.
As leituras dos defletômetros D2, D3, D7 e D8 também propiciaram o cálculo das rotações
nos extremos de cada modelo. A Figura 4.49 apresenta o gráfico das rotações nas
extremidades dos pilares ensaiados.
1200
PFN0-INF
PFN0-SUP
1000 PFN15-INF
PFN15-SUP
PFN30-INF
PILAR e (mm) Pu kN)
PFN30-SUP
800 PFN0-3 0 1053
PFN40-INF
PFN15-3 15 447
PFN30-3 30 255 PFN40-SUP
Carga (kN)
400
200
0
-0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0,00 0,02 0,04 0,06
Rotações (rad)
81
A Tabela 4.6 apresenta os valores de rotação em radianos e em graus nos extremos dos
pilares. O procedimento de cálculo da rotação dos pilares encontra-se no Apêndice E.2.
Rotação inf. Rot. inf. Carga Rotação sup. Rot. sup. Carga
Pilar
(10-3 rad) (graus) (kN) (10-3 rad) (graus) (kN)
PFN0-3 0,23 0,013 1026 5,95 0,341 1026
PFN15-3 -12,70 -0,728 404 10,52 0,603 404
PFN15-3(Re) -2,21 -0,127 249 8,47 0,485 249
PFN30-3 -12,42 -0,712 200 12,42 0,712 200
PFN40-3 -8,62 -0,494 150 11,63 0,666 150
PFN50-3 -11,34 -0,650 155 10,22 0,586 141
PFN60-3 -11,36 -0,651 130 7,40 0,424 110
1200
D9
D1
1000
800
Força atuante (kN)
600
400
200
0
0 1 2 3 4 5 6
Deslocamento (mm)
Figura 4.50 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN0-3
82
450
D1 D9
400
350
300
Força atuante (kN)
250
200
150
100
50
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
Deslocamento (mm)
Figura 4.51 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN15-3
300
D1 D9
250
200
Força atuante (kN)
150
100
50
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
Deslocamento (mm)
Figura 4.52 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN15-3
(Re-ensaio)
83
250
D1 D9
200
Força atuante (kN)
150
100
50
0
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Deslocamento (mm)
Figura 4.53 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN30-3
160
D1 D9
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
Deslocamento (mm)
Figura 4.54 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN40-3
84
180
160 D1 D9
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5
Deslocamento (mm)
Figura 4.55 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN50-3
140
D9
D1
120
100
Força atuante (kN)
80
60
40
20
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
Deslocamento (mm)
Figura 4.56 – Deslocamento dos aparelhos de apoio inferior e superior – Pilar PFN60-3
85
deslocamentos foram mínimos, causados pela acomodação do sistema de fixação do
pórtico na placa de reação quando da aplicação da carga.
160
D11
D10
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Deslocamento (mm)
250
D11 D10
200
Força atuante (kN)
150
100
50
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Deslocamento (mm)
86
160
D11
D10
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Deslocamento (mm)
180
D10 D11
160
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Deslocamento (mm)
87
140
D10 D11
120
100
Força atuante (kN)
80
60
40
20
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Deslocamento (mm)
88
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS E SUA
COMPARAÇÃO COM RESULTADOS TEÓRICOS
Este capítulo visa analisar a evolução dos resultados experimentais das flechas,
deformações no aço e no concreto, carga de fissuração e carga de ruptura dos pilares
ensaiados sob carregamento centrado e com diversas excentricidades, e comparar tais
resultados com os valores teóricos calculados com o programa CACODI (Campo de
Compressão Diagonal) desenvolvido pelo professor Yosiaki Nagato em sua tese de
doutorado (NAGATO, 1987).
O programa CACODI foi desenvolvido para analisar uma seção genérica de uma viga de
concreto armado sob flexão composta. Fornece a curvatura e as deformações na seção para
uma combinação fixa de esforço normal e momento fletor ou uma seqüência com esforço
normal fixo e momento fletor variável até a ruptura. Com as curvaturas calculadas com o
programa CACODI efetuou-se o cálculo dos deslocamentos transversais do pilar usando o
método da área de momentos fletores reduzidos (M/EI) da Resistência dos Materiais ou
Mecânica dos Corpos Deformáveis, com auxílio da planilha Excel, em procedimento
iterativo. O procedimento está descrito no Apêndice G.
89
foi considerado o efeito de segunda ordem, o qual levaria a uma carga de fissuração menor
que a calculada sem sua consideração).
A Tabela 5.1 mostra os valores das cargas de fissuração experimentais e teóricas para cada
excentricidade.
O pilar PFN0-3, submetido a carga axial centrada, não apresentou fissuração de flexão, e o
pilar PFN15-3 encontra-se totalmente comprimido segundo a análise de fissuração feita,
sendo indicada apenas a sua carga de fissuração experimental. Os pilares com
excentricidade de 30, 40 e 50 mm apresentaram cargas de fissuração experimentais
superiores aos valores teóricos. O pilar PFN60-3 apresentou carga de fissuração
experimental inferior ao valor teórico. Cabe ressaltar que a carga correspondente à
visualização da primeira fissura é geralmente superior à carga de fissuração teórica. No
caso do pilar PFN60-3 o efeito de segunda ordem pode ter reduzido a carga de fissuração.
A Figura 5.1 apresenta o gráfico das cargas de fissuração teóricas e experimentais para os
pilares com excentricidade igual ou superior a 30 mm.
90
250
Ffis,ex
Ffis,te
200
Ffis,exp
150
Ffis,exp/Ffis,teo
Ffis,exp
Ffis,teo
100
Ffis,teo
Ffis,teo
Ffis,exp
50
0
30 40 50 60
Excentricidade (mm)
Neste tópico procurou-se comparar a capacidade resistente dos pilares, obtidas nos ensaios,
com a carga última obtida com o uso conjunto do programa CACODI para análise de
seções sob flexo-compressão e da planilha Excel para o cálculo de deslocamentos
transversais considerando o efeito de segunda ordem. O procedimento encontra-se descrito
no Apêndice K. Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 5.2 que mostra também a
variação do parâmetro adimensional νd,exp = Pu,exp/bhσcd em função da excentricidade
relativa e/h, sendo σcd = 0,95 fc conforme foi definido em (ARAÚJO, 2004).
91
Observações relativas à Tabela 5.2:
+
A carga última teórica foi calculada para o pilar com carga centrada. Qualquer pequena
excentricidade acidental reduz a carga última do pilar. Foi feita uma análise com o
programa CACODI e obteve-se carga última de 1160 kN com excentricidade total de 1,20
mm no meio do pilar, e carga última de 1053 kN com excentricidade total de 4,93 mm no
meio do pilar.
* O ensaio do pilar PFN15-3 foi interrompido com a carga de 447 kN (a bomba elétrica foi
desligada quando se considerou que o pilar iria se romper, sem que tivesse rompido), sendo
re-ensaiado com o uso de bomba manual. No re-ensaio, devido à deformação residual do
primeiro ensaio, a ruptura ocorreu com uma carga menor, igual a 249 kN.
Com relação ao modo de ruptura o programa CACODI não chegou a confirmar com
clareza os resultados experimentais, uma vez que apresentou problemas de não
convergência nas proximidades da carga última. Há necessidade de estudar o problema de
convergência do programa CACODI.
Para a análise das deformações das armaduras longitudinais foi considerada a média das
deformações nos extensômetros E1, E3, e E5, para a face comprimida, e dos extensômetros
E2, E4 e E6, para a face tracionada (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
5 6
ε1 + ε 3 + ε 5 e ε2 + ε4 + ε6
ε aço ,exp1 = ε aço ,exp 2 =
3 3 4 3
1 2
92
pode ser o não paralelismo entre as faces extremas do pilar ou entre algumas das
superfícies horizontais desde a laje de reação até o fundo da viga superior do pórtico de
ensaios (bloco de concreto, chapas de aço, pilar, célula de carga, cilindro hidráulico), não
havendo rótula nessa direção. A média em cada face minimiza o efeito dessa
excentricidade imprevista.
450
ε Aço,Cacodi_1 ε Aço,Cacodi_2
ε Aço,Exp_1 ε Aço,Exp_2
400
350
300
Força atuante (kN)
250
200
150
100
50
0
-800 -700 -600 -500 -400 -300 -200 -100 0
Compressão
Deformação (xE-06)
93
250
150
100
50
0
-500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300
Compressão Tração
Deformação (xE-06)
180
ε Aço,Exp_1 ε Aço,Cacodi_1 ε Aço,Cacodi_2 ε Aço,Exp_2
160
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000
Compressão Tração
Deformações (xE-06)
94
180
140
ε Aço,Cacodi_2
ε Aço,Cacodi_1
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-500 0 500 1000 1500 2000 2500
Compressão Tração
Deformações (xE-06)
140
ε Aço,Exp_1 ε Aço,Exp_2
120 ε Aço,Cacodi_1
ε Aço,Cacodi_2
100
Força atuante (kN)
80
60
40
20
0
-800 -300 200 700 1200 1700 2200 2700 3200
Compressão Tração
Deformação (xE-06)
95
Pilar PFN15-3:
Do gráfico do pilar PFN15-3, da Figura 5.3, verifica-se que toda a seção do pilar estava
comprimida. A evolução das deformações nas armaduras longitudinais seguiu uma
tendência similar àquela apresentada pelo CACODI, mas com valores menores de
deformação que os teóricos.
Na face mais comprimida, o valor da deformação experimental foi de 0,56‰, para o passo
de carga de 404 kN. Para esse mesmo passo de carga o valor teórico foi 21% maior. Na
face menos comprimida o valor da deformação de ensaio, para a carga de 404 kN, foi de -
0,12‰; o resultado teórico foi de 0,15‰.
Pilar PFN30-3:
A Figura 5.4 mostra que o pilar PFN30-3 apresentou uma das faces tracionada a partir da
carga de 150,4 kN. As curvas de deformações experimentais seguiram a tendência de suas
respectivas curvas teóricas.
Pilar PFN40-3:
Pelo gráfico do pilar PFN40-3, Figura 5.5, percebe-se que a partir da carga de 75,2 kN
surgiram deformações de tração experimentais e teóricas. As deformações experimentais
para a carga de 150,2 kN, nas duas faces, tiveram valores muito próximos dos apresentados
pelo CACODI.
Para a carga de 168,0 kN os valores mais expressivos deram-se na face tracionada do pilar,
com a deformação experimental atingindo 1,6‰ enquanto o valor teórico foi de 0,6‰. Na
face comprimida a deformação experimental de -0,3‰, valor esse próximo do teórico que
foi de -0,4‰.
96
Pilar PFN50-3:
As curvas dos resultados obtidos no ensaio ficaram superpostas às teóricos até a etapa de
carregamento de 100,0 kN. A partir dessa etapa as deformações de tração experimentais
cresceram significativamente até o valor de 2,1‰ na ruptura com a carga de 155 kN. Na
face comprimida o valor da deformação atingiu -0,3‰, na ruptura.
Pilar PFN60-3:
O pilar PFN60-3, mostrado na Figura 5.7, teve em sua face tracionada uma curva com
valores de deformações experimentais superposta à dos resultados teóricos na maior parte
do ensaio. Entre os passos de carga de 50,0 kN e 100,0 kN, os resultados de ensaio
divergiram dos apresentados pelo CACODI. Entre as etapas de carga de 100,0 kN e 115,0
kN os valores voltaram a se aproximar. O ensaio mostrou que a armadura longitudinal
escoou na ruptura, com a carga de 131 kN.
Para a face comprimida os valores de ensaio foram muito próximos dos de cálculo até o
passo de carga de 85,0 kN. Daí em diante a tendência da curva experimental distanciou da
curva teórica. Na ruptura a deformação de ensaio foi de -0,41‰.
Para a análise das deformações no concreto foi considerada a média das deformações nos
extensômetros EC1 e EC2, para a face comprimida. (Figura 5.8).
5 6
EC1
EC1 + EC 2 e
ε conc ,exp =
2 3 4
EC2
1 2
97
As Figuras 5.9 a 5.13 apresentam os diagramas de deformações experimentais e teóricas no
concreto dos pilares ensaiados em função da força atuante.
450
ε Conc,Exp ε Conc,CACODI
400
350
300
Força atuante (kN)
250
200
150
100
50
0
-1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0
Compressão
Deformação (xE-06)
250
ε Conc,Cacodi ε Conc,Exp
200
Força atuante (kN)
150
100
50
0
-800 -700 -600 -500 -400 -300 -200 -100 0
Deformação (xE-06) Compressão
98
180 ε Conc,Exp ε Conc,Cacodi
160
140
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-1800 -1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0
Compressão
Deformações (xE-06)
180
160 ε Conc,Exp
140
ε Conc,Cacodi
120
Força atuante (kN)
100
80
60
40
20
0
-3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0
Compressão
Deformações (xE-06)
99
140
ε Conc,Exp
120 ε Conc,CACODI
100
Força atuante (kN)
80
60
40
20
0
-3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0
Compressão
Deformação (xE-06)
Pilar PFN15-3:
A Figura 5.9 mostra que a evolução das deformações experimentais no concreto do pilar
PFN15-3 ao longo das etapas de carregamento teve um desempenho similar aos previstos
pelo CACODI. Para a carga de 404,0 kN o valor de ensaio foi de -1,3 ‰, enquanto que o
seu respectivo valor teórico foi -1,1 ‰. A ruptura deu-se por esmagamento do concreto, na
face comprimida, com a deformação atingindo -3,9 ‰.
Pilar PFN30-3:
Na Figura 5.10, que representa o pilar PFN30-3, verifica-se que a curva dos resultados
teóricos apresentou maiores valores de deformações comparados com os de ensaio. Entre
os passos de carga de 51,2 kN e 150,4 kN ocorreu uma mudança de tendência da curva dos
valores de ensaio. Para a carga de 200,2 kN a deformação experimental foi de -0,6 ‰,
enquanto que o seu respectivo valor teórico foi -0,7 ‰.
100
Pilar PFN40-3:
No gráfico da Figura 5.11, pilar PFN40-3, percebe-se que até a carga de 150,2 kN as
curvas das deformações apresentaram-se próximas, sendo os valores teóricos pouco
maiores que os experimentais. A partir daí os valores experimentais cresceram rapidamente
até a ruptura com a carga de 170 kN, com deformação de -1,7 ‰.
Pilar PFN50-3:
Para o pilar PFN50-3, a Figura 5.12 mostra que as duas curvas seguem a mesma tendência
com valores de deformações muito próximos até o passo de carga de 100 kN. Para o último
valor calculado de deformação, ou seja, -0,7 ‰ para a carga de 120,8 kN, o seu
correspondente experimental foi de -0,9 ‰. Na ruptura a deformação de ensaio no
concreto foi de -2,7 ‰ para uma carga de 155 kN.
Pilar PFN60-3:
No pilar PFN60-3, apresentado na Figura 5.13, verifica-se que pouco depois do surgimento
da primeira fissura há uma superposição das curvas experimentais e teóricas. No intervalo
de 50 kN a 100 kN os resultados experimentais se afastam dos teóricos. Para a carga de
115 kN a deformação experimental no concreto foi de -1,3 ‰ enquanto que a teórica foi de
-1,2 ‰. Na ruptura com a carga de 131 kN a deformação experimental no concreto foi de -
2,4 ‰.
Para a análise comparativa entre as diversas deformadas teóricas dos pilares ensaiados sob
carregamento excêntrico foi considerada a Figura 5.14, onde é mostrada a disposição das
seções ao longo do pilar.
101
S1 S1
S2 S2
S3 S3
S4 S4
S5 S5
S6 S6
S7 S7
S8 S8
S9 S9
S10 S10
S11 S11
S12 S12
S13 S13
3500
2500
S9
D6
Ordenadas (mm)
2000
D5 Régua
S7
1500
D4
1000
S5
500
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Flecha (mm)
102
3500
2500
S9
Ordenadas (mm)
D6
2000
S7
D5
Régua
1500
D4
1000 S5
500
0
0 2 4 6 8 10 12
Flechas (mm)
3500
2500
S9
Ordenadas (mm)
2000 D6
Régua S7 D5
1500
D4
1000 S5
500
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Flechas (mm)
103
3500
2500
D6
Ordenadas (mm)
2000 S9
S7
Régua
1500 D5
D4
1000 S5
500
0
0 5 10 15 20 25 30
Flecha (mm)
3500
2500
Ordenadas (mm)
D6 S9
2000
D5 Régua
S7
1500
D4
1000 S5
500
0
0 5 10 15 20 25
Flecha (mm)
104
5.7 DESLOCAMENTOS TRANSVERSAIS
Por simetria foi analisada apenas metade do pilar. A Figura 5.20 mostra a disposição das
seções localizadas no pilar. Entre as seções S1 e S2 o intervalo foi de 325 mm, a partir da
seção S2 os intervalos entre seções correspondiam a 253 mm.
500
300
250
505 mm
200
150
505 mm
100
505 mm
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Flecha (mm)
105
300
D6 D4 Régua
200
505 mm
Força atuante (kN)
D5
150
505 mm
100
505 mm
50
505 mm
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Flecha (mm)
180
DS5 DS7 D6 D4 D5
160 Régua
140
120
Força atuante (kN)
505 mm
100
80 505 mm
60
505 mm
40
20
505 mm
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Flechas (mm)
106
180
160 D6 D5
D4
DS5 Régua
140
DS7
120
505 mm
Força atuante (kN)
100
505 mm
80
60
505 mm
40
505 mm
20
0
0 10 20 30 40 50 60
Flecha (mm)
140
505 mm
80
505 mm
60
505 mm
40
20
505 mm
0
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
Flecha (mm)
Pilar PFN15-3:
107
correspondeu a 11,10 mm. Ou seja, para o valor médio de D4 e D6, que corresponde a 9,59
mm, ocorre uma diferença de -14% em relação ao teórico.
Percebe-se do diagrama que a partir da carga de 101 kN os valores lidos pela régua de
medição central aproximaram-se dos teóricos, apesar de os resultados do defletômetro
serem mais precisos. Para a carga de 404 kN o defletômetro D5 registrou 11,31 mm,
enquanto que na régua obteve-se 13 mm, valor esse próximo ao teórico de 12,51 mm para
a mesma carga na seção S7. O defletômetro e a régua apresentaram, para a carga de 404
kN, um diferença de 10 % abaixo e 6 % acima, respectivamente, em relação ao previsto
pelo CACODI.
Pilar PFN30-3:
No pilar PFN30-3, apresentado na Figura 5.22, a evolução dos valores experimentais lidos
pelos defletômetros D4 e D6 evidenciam que próximo do passo de carga de 200 kN os
resultados teóricos tornaram-se intermediários aos experimentais. Assim, para a carga de
200 kN os defletômetros D4 e D6 apresentaram, respectivamente, 8,83 mm e 8,20 mm.
Para essa mesma carga o valor teórico foi de 8,52 mm. Isto é, igual ao valor experimental
médio entre D4 e D6.
Para a carga de 200 kN o valor lido pela régua, foi muito próximo do teórico. Na ruptura a
régua registrou 29 mm de flecha, conforme indicado na Figura 4.25 do capítulo anterior.
Pilar PFN40-3:
No pilar PFN40-3, cujo gráfico está representado na Figura 5.23, os valores de flechas
teóricas na seção S5 estiveram entre as curvas experimentais dos defletômetros D4 e D6
entre os passos de carga de 75 kN e 125 kN. Para a carga de 170 kN os deslocamentos em
D4 e D6 foram de 34,20 mm e 32,80 mm, respectivamente. O valor teórico foi de 24,89
mm. Para o valor médio entre D4 e D6 de 33,50 mm tem-se uma diferença percentual de
+3,5 % em relação ao valor teórico.
108
A curva representada pelos resultados experimentais de D5 teve comportamento análogo à
curva teórica até o passo de cargo de 150 kN. A régua de medição central apresentou um
comportamento irregular, ao longo de todas as etapas de carregamento em relação aos
valores de D5 e os apresentados pelo CACODI. Para a carga 170 kN, carga de ruptura, o
defletômetro D5 apresentou deslocamento de 38,16 mm, próximo ao teórico, que foi de
24,89 mm, ou seja, uma diferença relativa de -6,5 %. A régua de medição central, para essa
mesma carga, registrou 40,0 mm, isto é, uma diferença relativa de +60,7%.
Pilar PFN50-3:
Pilar PFN60-3:
A régua apresentou uma não uniformidade em seus valores registrados até a carga de 65
kN. A partir dessa carga sua curva teve a mesma tendência da teórica.
109
Para a carga de 100 kN os defletômetros D4 e D6 apresentaram os valores de 13,92 mm e
12,92 mm, respectivamente, sendo o valor médio de D4 e D6 igual a 13,42 mm. Para o
mesmo passo de carga o CACODI obteve 14,91 mm, havendo uma diferença percentual de
-9,99 % da média experimental em relação ao valor teórico.
A Figura 5.26 apresenta os valores das rotações teóricas nas extremidades dos pilares,
comparados com os experimentais.
450
PFN15-INF
400 PFN30-INF
PFN40-INF
350 PFN50-INF
PFN60-INF
300
Força atuante (kN)
PFN15-3_CACODI
PFN30-3_CACODI
250
PFN40-3_CACODI
PFN50-3_CACODI
200
PFN60-3_CACODI
150
100
50
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
Rotações (rad)
Figura 5.26 – Valores das rotações teóricas e experimentais nas extremidades do pilar
O Apêndice L apresenta as tabelas com os resultados teóricos das rotações nos pilares
ensaiados.
110
A Tabela 5.3 apresenta os valores das rotações teóricas nas extremidades dos pilares,
comparados com os das experimentais.
Tabela 5.3 – Rotações teóricas nas extremidades dos pilares, comparadas com as
experimentais
Pexp
PILAR θA (rad) P (kN) (kN) θinf (rad) θsup (rad)
PFN0-3 - - - - -
PFN15-3 0,01357 404 404 0,01270 -0,01052
PFN30-3 0,01054 200 200 0,00941 -0,00851
PFN40-3 0,01990 170 170 0,03448 -0,03553
PFN50-3 0,02947 140 140 0,02301 -0,02910
PFN60-3 0,02923 110 110 0,02240 -0,02241
Os resultados teóricos das rotações nos extremos dos pilares foram obtidos por meio do
programa CACODI e com o uso de planilha Excel. Os valores experimentais das rotações
nas extremidades dos pilares resultam dos deslocamentos verticais nos modelos conforme
o Apêndice E.
Verifica-se da Figura 5.26 e da Tabela 5.3 que os valores teóricos das rotações cresceram
com o aumento da excentricidade, para a mesma carga, e se aproximaram bem dos
resultados experimentais. Nas proximidades da ruptura o aumento da rotação é rápido e
podem ocorrer diferenças aparentemente significativas entre os resultados experimentais e
teóricos como no caso do pilar PFN40-3 (0,03448 rad contra 0,01990 rad), mas a Figura
5.26 mostra que as curvas se aproximam bastante uma da outra.
111
de 2 m, enquanto que neste trabalho (DANTAS, 2006) a altura total foi de 3m. Foram
traçados os gráficos mostrados nas Figuras 5.27, 5.28 e 5.29.
1,20
(DANTAS, 2006)
1,00 (ARAÚJO, 2004)
Expon. ((DANTAS, 2006))
Expon. ((ARAÚJO, 2004))
Carga última relativa nd
0,80
0,60 y = 0,8421e-4,2517x
R2 = 0,9619
y = 0,6215e-2,5063x
0,40
R2 = 0,9572
0,20
0,00
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
Excentricidade relativa e/h
250
200
Força atuante (kN)
150
0
-10 0 10 20 30 40 50 60
Deslocamentos (mm)
112
350
PCA6-40 Pilar Pu (kN) Lpilar (m)
PCA6-50 PCA6-40 320 2
300 PCA6-50 280 2
PCA6-60
PCA6-60 210 2
PFN40-3
PFN40-3 170 3
PFN50-3 PFN50-3 155 3
250
PFN60-3 PFN60-3 131 3
Força atuante (kN)
200
150
100
50
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Flechas (mm)
Figura 5.29 – Deslocamentos horizontais medidos com régua na região central do pilar
(DANTAS, 2006 e ARAÚJO, 2004)
A Figura 5.27 mostra que o índice de esbeltez influi bastante na carga última relativa que
para os pilares com 3m de altura total ficou entre 30 e 38% abaixo do valor correspondente
para os pilares com 2m de altura total.
A Figura 5.27 mostra ainda que a excentricidade de aplicação da carga tem grande
influência sobre a carga última relativa do pilar que variou de 1,026 a 0,121 quando e/h
variou de 0 a 0,5. Pelos pontos do gráfico obtidos dos ensaios, a influência parece tender a
um patamar para e/h maior que 0,5 para os pilares deste trabalho. A curva de tendência de
forma exponencial de (DANTAS, 2006) não mostra isto, provavelmente porque ela se
adaptou a poucos pontos no trecho inicial. Vê-se que a curva poderia ser melhorada se
houvessem mais pontos experimentais para as excentricidades entre 0,00 e 0,25. No caso
de (ARAÚJO, 2004) a curva de tendência exponencial é ainda menos representativa, uma
vez que envolve apenas os três pontos da Série PCA6. Mais ensaios são necessários para a
obtenção de curvas de tendência mais confiáveis.
As Figuras 5.28 e 5.29 mostram que para uma mesma excentricidade da carga os pilares
mais esbeltos (DANTAS, 2006) apresentam carga última menor e deslocamento horizontal
bem maior que os pilares menos esbeltos (ARAÚJO, 2004). Cabe observar que no trabalho
113
de ARAÚJO (2004) os defletômetros foram retirados muito antes da ruptura do pilar (as
carga últimas estão indicadas nas figuras), por medida de segurança, ficando a medição do
deslocamento a partir daí restrita à da régua. As figuras mostram ainda que para os pilares
mais esbeltos o deslocamento horizontal máximo cresce com o aumento da excentricidade,
o que não ocorreu com os pilares menos esbeltos.
114
6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
6.1 CONCLUSÕES
Esta pesquisa tem como objetivo o estudo experimental de pilares esbeltos de concreto
armado submetidos a carregamento axial com diferentes excentricidades e a comparação
dos resultados experimentais com resultados teóricos, visando contribuir para uma melhor
compreensão do comportamento de pilares de concreto armado submetidos a flexão
composta reta. Este trabalho difere dos estudos anteriores em dois aspectos principais: o
índice de esbeltez é maior e é feita uma análise teórico-numérica do efeito de segunda
ordem buscando avaliar o desempenho de um programa denominado CACODI. O estudo
permitiu o estabelecimento de algumas conclusões que serão apresentadas a seguir.
A excentricidade da carga foi a única variável nesta série de ensaios e mostrou ter grande
influência sobre a capacidade de carga dos pilares. A carga última experimental variou de
1053 kN para o pilar com excentricidade relativa e/h = 0 a 131 kN para o pilar com a maior
excentricidade relativa, e/h = 0,5. Como os pilares eram esbeltos, o efeito de segunda
ordem foi importante, tendo sido registrado um deslocamento transversal superior à
excentricidade da carga no pilar com a maior excentricidade, para a carga última. No pilar
com carga centrada parece ter ocorrido alguma excentricidade acidental, uma vez que a
carga última experimental desse pilar foi inferior à carga última teórica, ao contrário dos
pilares com carga excêntrica que tiveram carga última experimental em média 8% superior
à carga última teórica.
Uma curva de tendência exponencial para a relação entre a carga última relativa νd =
Fu,exp/(bhσcd) e a excentricidade relativa e/h foi obtida, mas ficou evidente que ela não
representa adequadamente a relação porque faltaram pontos experimentais na região de
pequena excentricidade relativa, onde a taxa de redução da carga última com o aumento da
excentricidade é maior. Além dos ensaios realizados com e/h = 0,125, 0,25, 0,333, 0,417 e
0,50 será conveniente realizar ensaios com e/h = 0,05, 0,10, 0,15, 0,20 e 0,60.
115
Como esperado, para um mesmo valor de carga, quanto maior a excentricidade maior o
valor de cada um desses parâmetros.
Quanto à fissuração de flexão na região central do pilar houve boa correspondência entre
os resultados teóricos e os experimentais calculados sem a consideração do efeito de
segunda ordem.
A comparação dos resultados dos pilares desta pesquisa que tiveram correspondência com
os pilares ensaiados por ARAÚJO (2004) mostrou que o índice de esbeltez tem grande
influência na carga de ruptura. A carga última relativa para os pilares com 3m de altura
total ficou entre 30 e 38% abaixo do valor correspondente para os pilares com 2m de altura
total.
A carga de ruptura experimental dos pilares com carga excêntrica ficou em média 8%
acima do valor teórico, com a diferença variando entre 3 e 12%. Isto mostra que o
programa CACODI pode ser usado com segurança para a previsão da carga última de
pilares sob flexo-compressão do tipo ensaiado nesta pesquisa. Para o pilar com carga
centrada o valor experimental ficou em torno de 16% abaixo da previsão teórica que ficou,
nesse caso, contra a segurança. Entretanto, a análise teórica para esse pilar considerando
116
excentricidade acidental mostrou carga de ruptura igual à experimental para uma
excentricidade de 4,93 mm no centro do pilar, valor este próximo do deslocamento
horizontal máximo medido no ensaio.
Além da previsão da carga última, o uso do programa CACODI se mostra importante para
o planejamento das etapas de carga e para a escolha dos defletômetros para a medição dos
deslocamentos. Tanto nos ensaios deste trabalho como nos de ARAÚJO (2004) os
deslocamentos máximos foram medidos com régua metálica ou trena, porque o curso dos
defletômetros era inferior ao deslocamento ocorrido. Sem uma previsão da carga última e
dos deslocamentos máximos a condução do ensaio pode ficar prejudicada, com os
aparelhos sendo retirados muito antes da carga última como ocorreu com os ensaios de
ARAÚJO (2004).
O pórtico metálico fixado na laje de reação do Laboratório de Estruturas foi utilizado pela
primeira vez nesta série de ensaios. Notou-se a necessidade de melhorar a fixação do
pórtico na laje, com reaperto dos parafusos de fixação, preferencialmente com a aplicação
de tensão inicial. Há necessidade também de uso de rótulas esféricas nas extremidades do
pilar de modo a eliminar excentricidades acidentais devidas ao não paralelismo entre as
faces das extremidades opostas do pilar. Na montagem usada nesta pesquisa foram usados
apoios cilíndricos que garantiram a excentricidade numa direção, mas na outra direção a
excentricidade, assumida como nula, acabou ocorrendo em virtude da referida falta de
paralelismo. As rótulas esféricas serão necessárias também para os ensaios de flexão
oblíqua previstos na linha de pesquisa da qual este trabalho faz parte. Quanto à
instrumentação, é desejável que sejam adquiridos defletômetros com curso suficiente para
a medição dos deslocamentos transversais dos pilares até a ruptura e preferencialmente
com leitura elétrica, uma vez que a régua usada para a medição desses deslocamentos não
oferece precisão adequada.
117
complementar o gráfico da Figura 5.27 tendo, por conseguinte, uma melhor condição de se
avaliar a influência da excentricidade para pilares com o índice de esbeltez adotado nesta
pesquisa.
Realizar ensaios com outros tipos de vinculação das extremidades, ou seja, bi-engastado,
engastado e apoiado, engastado e livre.
Estudar pilares com diversas dimensões da seção transversal, desde a seção quadrada até a
seção limite proposta pela NBR6118: 2003 (h = 5b) com o propósito verificar a influência
da forma da seção no comportamento estrutural e na capacidade resistente das peças.
Procurar melhorar o esquema de montagem do ensaio para que se garanta com melhor
precisão a excentricidade aplicada e para que se possam obter deslocamentos simétricos.
118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
119
CEB, Code – Modèle CEB – FIP pour les Structures en Béton, Bulletin d’Information no.
124 / 125 – f, Vol. II, avril 1980, apud NAGATO, 1987.
FUSCO, P.B. A investigação experimental de estruturas. Editora EPUSP. 10p. São Paulo
1997.
FUSCO, P.B. Estruturas de concreto: solicitações normais. Ed. Guanabara Dois, Rio de
Janeiro, 1981.
MELLO, E.L. Resistência limite à flexão composta normal e oblíqua. 224p. FINATEC,
Brasília, 2003.
120
SOUZA, A. V. L. Reforço de Pilares Curtos de Concreto Armado de Seção Quadrada com
Mantas de Polímeros Reforçados com Fibras de Carbono. 133p. Dissertação (Mestrado) -
Universidade de Brasília, 2001.
SUSSEKIND, J. C., 1991 – Curso de concreto: concreto armado. 280p. Editora Globo
S.A., 3ª edição, V.2, São Paulo.
TIMONSHENKO, S. P. Mecânica dos Sólidos. 256p. Editora LTC S. A., 1а edição, V1.
Rio de Janeiro 1984.
TIMONSHENKO, S. P. Mecânica dos Sólidos. 193p. Editora LTC S. A., 1а edição, V2.
Rio de Janeiro, 1984.
121
APÊNDICES
122
APÊNDICE A – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DAS
DEFORMAÇÕES NAS ARMADURAS LONGITUDINAIS
Além da média (ou um valor único quando um dos extensômetros não funcionou) em cada
ponto de medição, as tabelas mostram a média das medições efetuadas nas armaduras da
face tracionada e da face comprimida.
123
Tabela A.1 - Deformações da Armadura Longitudinal - PFN0-3 (10-6)
124
Tabela A.2 - Deformações da Armadura Longitudinal - PFN15-3 (10-6)
125
Tabela A.3 - Deformações da Armadura Longitudinal - PFN15-3 (Re-ensaio) (10-6)
126
Tabela A.5 - Deformações da Armadura Longitudinal – PFN40-3 (10-6)
127
Tabela A.7 - Deformações da Armadura Longitudinal – PFN50-3 (10-6)
128
Tabela A.7 - Deformações da Armadura Longitudinal – PFN60-3 (10-6)
129
APÊNDICE B – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DAS
DEFORMAÇÕES DO CONCRETO
130
Tabela B.1 - Deformações no concreto – PFN0-3 (10-6)
Fu = 1053 kN
131
Tabela B.2 - Deformações no concreto – PFN15-3 (10-6)
Fu = 447 kN
Fu = 248 kN
132
Tabela B.4 - Deformações no concreto – PFN30-3 (10-6)
133
Tabela B.6 - Deformações no concreto – PFN50-3 (10-6)
Fu = 155 kN
134
Tabela B.7 - Deformações no concreto – PFN60-3 (10-6)
135
APÊNDICE C – CORREÇÃO DAS LEITURAS DOS
DEFLETÔMETROS HORIZONTAIS E DA RÉGUA CENTRAL
A
505 mm
c
505 mm
b
3150 mm
505 mm
a
2125 mm
1620 mm
505 mm
1115 mm
A'
A B
136
onde,
a = D1 +
(D9 − D1) ×1115 (C.1)
3150
b = D1 +
(D9 − D1) ×1620 (C.2)
3150
c = D1 +
(D9 − D1) × 2125 (C.3)
3150
portanto,
137
APÊNDICE D – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS
DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS E VERTICAIS DOS PILARES
138
Tabela D.1 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN0-3 (mm)
PFN0-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
139
Tabela D.2 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN15-3 (mm)
PFN15-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
Fu = 447 kN
PFN15-3(Re-ensaio)
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
Fu = 249 kN
140
Tabela D.4 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN30-3 (mm)
PFN30-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
PFN40-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
141
Tabela D.6 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN50-3 (mm)
PFN50-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
142
Tabela D.7 - Deslocamentos horizontais e verticais – PFN60-3 (mm)
PFN60-3
Força (kN) D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8
Fu = 131 kN
143
Tabela D.8 - Régua de medição central – PFN15-3 e Re-ensaio (mm)
Fu = 447 kN
PFN30-3 PFN40-3
Régua de medição central Régua de medição central
Fu = 255 kN Fu = 170 kN
144
Tabela D.10 - Régua de medição central – PFN50-3 e PFN60-3 (mm)
PFN50-3 PFN60-3
Régua de medição central Régua de medição central
Fu = 155 kN
145
APÊNDICE E - DETERMINAÇÃO DO ENCURTAMENTO E DA
ROTAÇÃO NAS EXTREMIDADES DOS PILARES
a+b c+d
∆s = (E.1) ∆i = (E.2) ∆ p = ∆ s − ∆i (E.3)
2 2
onde,
A partir das leituras efetuadas pelos defletômetros D2, D3, D7 e D8 foram obtidas as
rotações nos extremos de cada modelo.
146
Chamando de θ s e θ i , respectivamente, as rotações, em radianos, nos extremos superior
θS =
(a − b ) (E.4) θi =
(c − d ) (E.5)
2 × 365 2 × 365
75 mm
147
As tabelas seguintes apresentam as rotações nas extremidades inferior (ROT-INF)e
superior (ROT-SUP) dos pilares. As rotações foram mostradas em radianos e as forças
atuantes em kN.
PFN0-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
27 -0,00103 -0,00022
50 -0,00114 -0,00029
77 -0,00266 -0,00067
101 -0,00278 -0,00093
152 -0,00259 -0,00108
201 -0,00249 -0,00103
301 -0,00219 -0,00071
401 -0,00204 -0,00060
500 -0,00195 -0,00075
602 -0,00179 -0,00105
701 -0,00166 -0,00197
803 -0,00127 -0,00241
902 -0,00074 -0,00307
954 -0,00030 -0,00368
1003 0,00051 -0,00488
1026 0,00114 -0,00595
Fu = 1053 kN
148
Tabela E.2 – Rotações nas extremidades do pilar PFN15-3 (rad)
PFN15-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
29 0,00058 -0,00062
50 0,00084 -0,00115
75 0,00130 -0,00164
101 0,00174 -0,00238
161 0,00314 -0,00358
201 0,00430 -0,00427
300 0,00708 -0,00684
350 0,00941 -0,00874
404 0,01270 -0,01052
Fu = 447 kN
PFN30-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
26 0,00079 -0,00081
51 0,00162 -0,00179
71 0,00238 -0,00251
100 0,00353 -0,00364
150 0,00586 -0,00588
200 0,00941 -0,00851
Fu = 255 kN
149
Tabela E.4 – Rotações nas extremidades do pilar PFN40-3 (rad)
PFN40-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
25 0,00104 -0,00126
50 0,00196 -0,00267
75 0,00330 -0,00384
100 0,00503 -0,00573
125 0,00745 -0,00796
150 0,01167 -0,01237
170 0,03448 -0,03553
Fu = 170 kN
150
Tabela E.5 – Rotações nas extremidades do pilar PFN50-3 (rad)
PFN50-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
5 0,00004 -0,00034
10 0,00022 -0,00074
15 0,00042 -0,00101
20 0,00062 -0,00130
25 0,00078 -0,00166
30 0,00095 -0,00204
35 0,00118 -0,00237
40 0,00133 -0,00277
45 0,00148 -0,00312
50 0,00164 -0,00347
55 0,00185 -0,00386
61 0,00211 -0,00425
65 0,00244 -0,00466
70 0,00273 -0,00501
75 0,00315 -0,00553
80 0,00366 -0,00612
85 0,00425 -0,00674
90 0,00493 -0,00762
95 0,00560 -0,00844
100 0,00653 -0,00951
105 0,00768 -0,01093
110 0,00878 -0,01260
115 0,01048 -0,01452
121 0,01190 -0,01637
126 0,01404 -0,01878
130 0,01638 -0,02159
135 0,01899 -0,02447
141 0,02301 -0,02910
145 0,02747 -0,03405
151 0,03463 -0,04247
155 0,04767 -0,05596
Fu = 155 kN
151
Tabela E.6 – Rotações nas extremidades do pilar PFN60-3 (rad)
PFN60-3
Força (kN) ROT-INF ROT-SUP
(rad) (rad)
0 0,00000 0,00000
5 0,00012 -0,00044
11 0,00008 -0,00111
15 0,00033 -0,00134
20 0,00058 -0,00158
25 0,00085 -0,00186
30 0,00122 -0,00214
35 0,00155 -0,00244
40 0,00185 -0,00273
45 0,00222 -0,00305
50 0,00258 -0,00342
55 0,00293 -0,00377
60 0,00333 -0,00411
65 0,00374 -0,00449
70 0,00436 -0,00492
75 0,00521 -0,00564
80 0,00644 -0,00671
85 0,00825 -0,00853
90 0,00997 -0,01019
95 0,01216 -0,01234
100 0,01514 -0,01516
105 0,01914 -0,01916
110 0,02240 -0,02241
115 0,02755 -0,02681
121 0,03004 -0,03121
125 0,04037 -0,03830
130 0,05215 -0,04940
Fu = 131 kN
152
APÊNDICE F – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS
DESLOCAMENTOS DOS APARELHOS DE APOIO E DA BASE DO
PÓRTICO
153
Tabela F.1 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN0-3 (mm)
Fu = 1053 kN
154
Tabela F.2 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN15-3 (mm)
Fu = 447 kN
Fu =249 kN
155
Tabela F.4 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN30-3 (mm)
Fu = 255 kN
Fu = 170 kN
156
Tabela F.6 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN50-3 (mm)
Fu = 155 kN
157
Tabela F.7 - Deslocamentos dos aparelhos de apoio e verticais da base do pórtico –
PFN60-3 (mm)
Fu = 131 kN
158
APÊNDICE G – RESULTADOS TEÓRICOS DAS FLECHAS OU
DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS
Considere-se o pilar mostrado na Figura G.1, submetido a uma força normal N e aos
momentos M aplicados nos seus extremos.
M M
N A C B N
θA C1
θ C1A
C2
xcg
k=
M/EI
159
Com as curvaturas calculadas nas sete seções transversais pelo programa CACODI,
tem-se o diagrama de momentos fletores reduzidos (M/EI = curvatura) ao longo do
pilar.
CC2 = θA x AC
O cálculo dos deslocamentos nas 6 seções entre o apoio A e o meio do pilar (seção C,
inclusive), foi feito com auxílio da planilha Excel para a qual foram transportadas as
curvaturas calculadas com o programa CACODI. O procedimento é iterativo, uma vez
que a partir de um dado diagrama de k = M/EI calculam-se os deslocamentos
transversais que conduzem a novos valores de M ao longo do pilar. Com esses novos
160
valores recalculam-se as curvaturas que conduzem a novos deslocamentos transversais.
O processo é considerado convergente quando a diferença entre o deslocamento
máximo (na seção C ou S7) de iterações sucessivas vai diminuindo até um valor muito
pequeno. O processo é considerado não convergente quando se nota uma inversão no
sentido da evolução dessa diferença, de diminuição para aumento entre iterações
sucessivas.
161
Tabela G.1 - Deslocamentos horizontais teóricos – PFN15-3 e PFN30-3 (mm)
PFN15-3 PFN30-3
Força (kN) S5 S7 Força (kN) S5 S7
0 0,00 0,00 0 0 0
29 0,45 0,50 26 0,72 0,80
50 0,79 0,89 51 1,47 1,64
75 1,22 1,36 71 2,07 2,32
101 1,67 1,87 100 3,01 3,37
161 2,84 3,18 150 5,12 5,74
201 3,74 4,19 200 8,52 9,58
300 6,44 7,23 255 - -
350 8,23 9,24
404 11,10 12,51
435 14,73 16,70
PFN40-3 PFN50-3
Força (kN) S5 S7 Força (kN) S5 S7
0 0 0 0 0,00 0,00
25 0,93 1,04 5 0,24 0,27
50 1,92 2,14 10 0,48 0,53
75 3,04 3,40 15 0,70 0,79
100 4,54 5,08 20 0,93 1,04
125 6,71 7,53 25 1,17 1,30
150 10,38 11,69 30 1,42 1,58
168 18,35 20,82 35 1,65 1,84
170 21,88 24,89 40 1,89 2,11
45 2,16 2,41
50 2,46 2,75
55 2,78 3,10
61 3,19 3,57
65 3,55 3,97
70 4,00 4,47
80 4,95 5,54
90 6,16 6,91
100 7,57 8,49
121 12,72 14,34
141 24,95 28,28
162
Tabela G.3 - Deslocamentos horizontais teóricos – PFN60-3 (mm)
PFN60-3
Força (kN) S5 S7
0 0,00 0,00
5 0,29 0,33
11 0,61 0,69
20 1,15 1,28
30 1,74 1,94
50 3,28 3,67
70 5,99 6,71
90 11,12 12,51
100 14,91 16,79
115 27,58 31,20
125 - -
163
APÊNDICE H – RESULTADOS TEÓRICOS DAS DEFORMAÇÕES
NAS ARMADURAS LONGITUDINAIS E NO CONCRETO
As tabelas seguintes apresentam os valores das deformações, obtidas pelo CACODI, nas
armaduras longitudinais. Chamou-se de εAço,Cacodi_1 a deformação teórica na armadura da
164
Tabela H.1 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN15-3 (10-6)
S5 S7
Força
(kN) εConc,Cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2 εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2
0 0 0 0 0 0 0
29 -55 -40 20 -55 -41 -20
50 -96 -71 -34 -97 -71 -34
75 -146 -107 -51 -146 -107 -50
101 -197 -143 -67 -198 -144 -66
161 -325 -233 -102 -328 -235 -101
201 -419 -297 -124 -424 -300 -122
300 -679 -468 -167 -693 -474 -161
350 -838 -567 -180 -860 -577 -172
404 -1067 -698 -171 -1113 -716 -149
420 - - - -1255 -770 -78
435 -1309 -814 -107 -1409 -849 -480
S5 S7
Força
(kN) εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2 εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2
0 0 0 0 0 0 0
26 -64 -41 -8 -64 -41 -8
51 -130 -82 -15 -130 -83 -15
71 -182 -115 -20 -183 -116 -20
100 -262 -165 -27 -264 -166 -26
150 -425 -256 -21 -432 -261 -16
200 -649 -367 34 -669 -373 50
240 -1063 -398 310 -1154 -512 405
255 -1257 -553 452 -1398 -569 615
165
Tabela H.3 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN40-3 (10-6)
S5 S7
Força
(kN) εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2 εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2
0 0 0 0 0 0 0
25 -75 -45 -3 -75 -45 -2
50 -153 -92 -4 -154 -92 -4
75 -238 -140 0 -240 -141 1
100 -338 -191 18 -343 -192 22
125 -466 -247 65 -477 -249 76
150 -654 -309 183 -681 -312 216
168 -987 -362 532 -1066 -365 635
170 - - - -1172 -372 772
S5 S7
Força
(kN) εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2 εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2
0 0 0 0 0 0 0
5 -18 -10 1 -18 -10 1
10 -36 -21 1 -36 -21 1
15 -53 -31 2 -53 -31 2
20 -70 -40 2 -70 -40 2
25 -88 -51 3 -88 -51 3
30 -107 -61 4 -107 -61 4
35 -124 -71 4 -124 -71 4
40 -142 -82 5 -143 -82 5
45 -161 -92 7 -162 -92 7
50 -182 -103 10 -183 -103 10
55 -203 -114 14 -204 -114 15
61 -229 -126 21 -231 -127 22
65 -251 -137 26 -253 -138 28
70 -281 -152 33 -284 -152 35
80 -335 -174 55 -339 -176 58
90 -399 -198 88 -406 -200 95
100 -469 -222 131 -479 -223 142
121 -692 -269 335 -722 -268 380
141 -1138 -288 926 -1226 -281 1069
166
Tabela H.5 - Deformações teóricas no aço e no concreto – PFN60-3 (10-6)
S5 S7
Força
(kN) εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2 εconc,cacodi εAço,Cacodi_1 εAço,Cacodi_2
0 0 0 0 0 0 0
5 -21 -12 2 -21 -12 2
11 -44 -25 4 -44 -25 4
20 -83 -46 7 -83 -46 7
30 -125 -69 10 -125 -69 11
50 -224 -118 33 -225 -118 34
70 -363 -168 109 -368 -169 115
90 -580 -213 312 -599 -212 341
100 -723 -228 480 -754 -226 528
115 -1154 -228 1114 -1235 -211 1253
118 - - - -2310 -234 2731
167
APÊNDICE I – RESULTADOS TEÓRICOS DAS DEFORMADAS
DOS PILARES
168
Tabela I.1 - Valores das flechas teóricas ao longo do pilar – PFN15-3 (mm)
PFN15-3
Seção Ordenada Flechas
mm mm
S1 0 0,00
S2 325 4,41
S3 565 7,01
S4 818 9,36
S5 1070 11,10
S6 1323 12,15
S7 1575 12,51
S8 1827 12,15
S9 2080 11,10
S10 2333 9,36
S11 2585 7,01
S12 2825 4,41
S13 3150 0,00
F = 404 kN
Tabela I.2 - Valores das flechas teóricas ao longo do pilar – PFN30-3 (mm)
PFN30-3
Seção Ordenada Flechas
mm mm
S1 0 0,00
S2 325 3,43
S3 565 5,42
S4 818 7,21
S5 1070 8,52
S6 1323 9,31
S7 1575 9,58
S8 1827 9,31
S9 2080 8,52
S10 2333 7,21
S11 2585 5,42
S12 2825 3,43
S13 3150 0,00
F = 200 kN
169
Tabela I.3 - Valores das flechas teóricas ao longo do pilar – PFN40-3 (mm)
PFN40-3
Seção Ordenada Flechas
mm mm
S1 0 0,00
S2 325 4,14
S3 565 6,57
S4 818 8,76
S5 1070 10,38
S6 1323 11,36
S7 1575 11,69
S8 1827 11,36
S9 2080 10,38
S10 2333 8,76
S11 2585 6,57
S12 2825 4,14
S13 3150 0,00
F = 168 kN
Tabela I.4 - Valores das flechas teóricas ao longo do pilar – PFN50-3 (mm)
PFN50-3
Seção Ordenada Flechas
mm mm
S1 0 0,00
S2 325 5,06
S3 565 8,04
S4 818 10,73
S5 1070 12,72
S6 1323 13,93
S7 1575 14,34
S8 1827 13,93
S9 2080 12,72
S10 2333 10,73
S11 2585 8,04
S12 2825 5,06
S13 3150 0,00
F = 121 kN
170
Tabela I.5 - Valores das flechas teóricas ao longo do pilar – PFN60-3 (mm)
PFN60-3
Seção Ordenada Flechas
mm mm
S1 0 0,00
S2 325 8,15
S3 565 13,08
S4 818 17,55
S5 1070 20,91
S6 1323 22,94
S7 1575 23,64
S8 1827 22,94
S9 2080 20,91
S10 2333 17,55
S11 2585 13,08
S12 2825 8,15
S13 3150 0,00
F = 105 kN
171
APÊNDICE J - CÁLCULO DA CARGA DE FISSURAÇÃO DOS
PILARES ENSAIADOS
Da resistência dos materiais foi utilizada a expressão abaixo para o cálculo da carga de
fissuração:
b
F fis ,teo F fis ,teo × e ×
σ t= − + 2 (J.1)
Ac ,hom I hom
onde,
e ->excentricidade, mm.
172
APÊNDICE K - CÁLCULO DA CARGA ÚLTIMA DOS PILARES
ENSAIADOS
I - momento de inércia (em relação ao eixo que gera seu menor valor).
A - Área da seção transversal do pilar.
Ea
n= (K.2)
Ec
Posteriormente, obteve-se a área de concreto equivalente, Ace:
As
Ace = n × (K.3)
2
onde:
173
120 mm
250 mm
35 mm
25 mm
Ace = 1.449 mm2 cada
As
Ac ,hom = (h × b) − ( × 2) + (2 × Ace ) (K.4)
2
onde,
b = 250 mm
h = 120 mm
174
h3 × b A
I x ,hom =( ) + (2 × Ace × 25 2 ) − (2 × s × 25 2 ) (K.5)
12 2
Obteve-se:
Ac,hom = 32.428 mm2
Ix,hom = 3752 x 104 mm4
i = 34,0 mm
O índice de esbeltez mede a capacidade do pilar flambar. É tomado sempre com seu
valor máximo, assim deve-se calcular em relação ao eixo da seção em que a peça está
mais propícia a flambar, eixo x-x, na Figura K.1.
λ = le / i = 3.150/34,0 = 92,6
Com esse valor de λ temos que os pilares ensaiados classificam-se como PILARES
ESBELTOS, pois:
90 ≤ λ ⇒ PILARES ESBELTOS
Como os pilares são esbeltos, a determinação da carga última foi feita com o uso de um
programa para análise de seções de concreto armado sob flexo-compressão
considerando a influência do esforço cortante, denominado CACODI (NAGATO,
1987), baseado na teoria do Campo de Compressão Diagonal (VECCHIO & COLLINS,
1986). O programa fornece a curvatura e as deformações na seção para uma combinação
fixa de esforço normal e momento fletor ou uma seqüência com esforço normal fixo e
momento fletor variável até a ruptura. Com as curvaturas calculadas com o programa
CACODI efetuou-se o cálculo dos deslocamentos transversais do pilar usando o método
da área de momentos fletores reduzidos (M/EI) da Resistência dos Materiais ou
175
Mecânica dos Corpos Deformáveis com auxílio da planilha Excel em procedimento
iterativo.
A carga última é obtida a partir de análises sucessivas com carga axial crescente a partir
do limite inferior mostrado na Tabela K.1, até que não se consiga convergência com um
pequeno acréscimo de carga.
176
Tabela K.1 – Combinações de N e M que levam o pilar à ruptura obtidas com o programa CACODI e deformações e deslocamentos transversais
correspondentes para diferentes excentricidades de carga
e= e= e= e= e=
e = 0mm 15mm 30mm 40mm 50mm 60mm
N M (e + d) ETOPF EBOTF PHI d d d d d d
(kN) (kN.m) (mm) (mm/m) (mm/m) (1/m) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
-50 12,92 258,40 -2,235 3,328 0,06544 258,40 243,40 228,40 218,40 208,40 198,40
-100 14,45 144,50 -2,711 3,472 0,07274 144,50 129,50 114,50 104,50 94,50 84,50
-200 16,67 83,35 -3,500 3,000 0,07647 83,35 68,35 53,35 43,35 33,35 23,35
-300 17,06 56,87 -3,500 2,134 0,06628 56,87 41,87 26,87 16,87 6,87
-400 17,32 43,30 -3,500 1,405 0,05771 43,30 28,30 13,30 3,30
-500 17,3 34,60 -3,459 0,753 0,04955 34,60 19,60 4,60
-600 16,78 27,97 -3,209 0,165 0,03970 27,97 12,97
-700 15,61 22,30 -3,242 -0,232 0,03541 22,30 7,30
-800 13,64 17,05 -3,169 -0,567 0,03061 17,05 2,05
-900 10,79 11,99 -3,463 -0,859 0,03062 11,99
-1000 7,13 7,13 -3,259 -1,083 0,02560 7,13
-1050 5,3 5,05 -3,084 -1,206 0,02210 5,05
-1053 5,19 4,93 -3,027 -1,208 0,02139 4,93
-1100 3,48 3,16 -2,922 -1,357 0,01841 3,16
-1110 3,13 2,82 -2,869 -1,390 0,01740 2,82
-1120 2,76 2,46 -2,744 -1,418 0,01559 2,46
-1130 2,42 2,14 -2,831 -1,471 0,01600 2,14
-1140 2,07 1,82 -2,750 -1,510 0,01458 1,82
-1150 1,73 1,50 -2,756 -1,563 0,01404 1,50
-1160 1,39 1,20 -2,756 -1,621 0,01336 1,20
-1170 Não convergiu
177
APÊNDICE L – RESULTADOS TEÓRICOS DAS ROTAÇÕES NAS
EXTREMIDADES DOS PILARES
As tabelas seguintes apresentam os valores das rotações, obtidas pelo CACODI, nas
extremidades dos pilares submetidos à carga excêntrica. As rotações são mostradas em
radiano e as forças atuantes em kN.
178
Tabela L.1 - Rotações teóricas nas extremidades do pilar– PFN15-3 (rad)
PFN 15-3
Força atuante (kN) θteórico (rad)
0 0
29 0,00058
50 0,00102
75 0,00156
101 0,00213
161 0,00361
201 0,00473
300 0,00804
350 0,01021
404 0,01357
PFN 30-3
Força atuante (kN) θteórico (rad)
0 0
26 0,00092
51 0,00188
71 0,00266
100 0,00385
150 0,00647
200 0,01054
PFN 40-3
Força atuante (kN) θteórico (rad)
0 0
25 0,00120
50 0,00246
75 0,00389
100 0,00576
125 0,00841
150 0,01273
170 0,01990
179
Tabela L.4 - Rotações teóricas nas extremidades do pilar– PFN50-3 (rad)
PFN 50-3
Força atuante (kN) θteórico (rad)
0 0
5 0,00031
10 0,00062
15 0,00091
20 0,00120
25 0,00150
30 0,00182
35 0,00212
40 0,00243
45 0,00277
50 0,00315
55 0,00355
61 0,00408
65 0,00453
70 0,00509
80 0,00628
90 0,00776
100 0,00949
121 0,01556
141 0,02947
PFN 60-3
Força atuante (kN) θteórico (rad)
0 0
5 0,00038
11 0,00079
20 0,00148
30 0,00224
50 0,00420
70 0,00757
90 0,01375
100 0,01824
110 0,02923
115 0,03286
180