Administração Geral E Pública

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ADMINISTRAÇÃO

GERAL E PÚBLICA
EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL E NOVAS LIDERANÇAS NO
SETOR PÚBLICO. CONVERGÊNCIAS E DIFERENÇAS ENTRE A GESTÃO
PÚBLICA E A GESTÃO PRIVADA

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Empreendedorismo Governamental e Novas Lideranças no Setor Público.
Convergências e Diferenças entre a Gestão Pública e a Gestão Privada

Prof. Adriel Sá

SUMÁRIO
Administração Pública..................................................................................3
1. Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público...........3
1.1 Conceitos..............................................................................................3
1.2 Concepção pública de empreendedorismo..................................................5
1.3 O empreendedorismo governamental no contexto brasileiro.........................9
1.4 Atuação conjunta do empreendedorismo privado e público........................ 10
2. Processos participativos de gestão pública: Conselhos de Gestão, Orçamento
Participativo, parceria entre governo e sociedade........................................... 12
2.1 Conselhos........................................................................................... 13
2.2 Orçamento Participativo........................................................................ 16
2.3 Ouvidorias.......................................................................................... 17
2.4 Entidades do Terceiro Setor................................................................... 18
3. Transparência da Administração Pública. Controle social e cidadania.
Accountability........................................................................................... 22
3.1 Conceitos............................................................................................ 22
3.2 Formas de Accountability...................................................................... 24
3.3 Parceria para Governo Aberto................................................................ 28
Resumo.................................................................................................... 30
Questões de Concurso................................................................................ 35
Gabarito................................................................................................... 49
Gabarito Comentado.................................................................................. 50

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público. Proces-


sos participativos de gestão pública: conselhos de gestão, orçamento participativo,
parceria entre governo e sociedade. Transparência da Administração Pública. Con-
trole social e cidadania. Accountability.

1. Empreendedorismo governamental e novas lideranças no


setor público

1.1 Conceitos

Inicialmente, é importante destacar a diferença entre o que vem a ser “públi-


co” e o que vem a ser “governamental”. Dizer que algo é “público” é considerá-lo
pertencente ao Estado e à coletividade (sociedade em geral); dizer que algo é “go-
vernamental” é considerar a abrangência do exercício do poder político nos níveis
federal, estadual e municipal.
Ainda, o estudo do tema “empreendedorismo governamental” leva em conta a
participação de organizações não governamentais e de cidadãos que atuam como
agentes empreendedores, a exemplo do orçamento participativo e de outras práti-
cas que envolvem a presença popular na formulação das políticas públicas. Assim,
para uma melhor compreensão, consideraremos a abordagem “empreendedorismo
público e governamental”.
A palavra “empreendedor” deriva da expressão francesa “entrepreneur”, surgi-
da entre os séculos XVII e XVIII. O termo era utilizado para denominar pessoas
ousadas, que estimulavam o progresso econômico mediante formas inovadoras de
pensar e, principalmente, de realizar seus intentos.

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Atualmente, associamos um indivíduo empreendedor às características com-


portamentais de atitudes inovadoras. Portanto, empreendedorismo é a ação;
empreendedor é o agente que pratica a ação. O conceito de empreendedor,
portanto, está associado à ideia de criar e de inovar; ou seja, de fazer coisas novas
ou de fazer coisas velhas de novas maneiras.
Para Dornelas (2003)1, o empreendedorismo significa fazer algo novo, diferen-
te, mudar a situação atual e buscar novas oportunidades de negócio, tendo como
foco a inovação e a criação de valor. O autor diz que as definições para empreen-
dedorismo são várias, mas que é possível resumir sua essência nos conceitos de:
• fazer diferente;
• empregar recursos disponíveis de forma criativa;
• assumir riscos calculados;
• buscar oportunidades e inovar, sendo sempre um processo de criação de valor.

Ainda, Birley e Muzyka (2001) 2, ao abordarem o tema de empreendedoris-


mo corporativo, enfatizam crenças e processos que caracterizam as lideran-
ças empreendedoras. Para os autores, duas importantes crenças permeiam
as organizações empreendedoras:
1. Reconhecimento de que ser empreendedor algumas vezes signifi-
ca fracassar: é permitido aos indivíduos fracassar sem comprometer a sua
posição na organização. Fracasso é sinônimo de tentativa e sem tentativa não
há aproveitamento de oportunidades.
2. Gerenciamento do risco: o risco calculado é apoiado e encorajado. Há
mecanismos que podem limitar as perdas gerais com as oportunidades arris-
cadas, sem que se impeça a aceitação do risco.

1
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se
diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
2
BIRLEY, S.; MUZYKA, D. F. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo: Makron
Books, 2001.

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1.2 Concepção pública de empreendedorismo

A maioria dos economistas atribui a Joseph Schumpeter3 tal expressão, ainda

que Karl Marx4 e Jean Baptiste Say5 já elogiassem os empreendedores como agen-

tes de mudanças capazes de movimentar a economia.

A concepção pública de empreendedorismo tem suas bases lançadas pela obra

“Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o

setor público”, de David Osborne e Ted Gaebler. Para os autores, é preciso redefi-

nir a atividade governamental, oferecendo a flexibilidade necessária para reagir às

condições complexas que mudam rapidamente.

O empreendedorismo governamental ou governo empreendedor propõe a interven-

ção do governo na ordem econômica de um Estado, como por exemplo, a participa-

ção societária em setores econômicos ou o retorno à estatização. Osborne e Gaebler

(1998)6 organizaram uma lista com 10 itens que fomentam a transformação de uma

organização pública burocrática em uma organização pública racional e eficaz7:

• Governo catalisador – os governos não devem assumir o papel de imple-

mentador de políticas públicas sozinhos, mas harmonizar a ação de diferentes

agentes sociais na solução de problemas coletivos;

3
JOSEPH SCHUMPETER (1883–1950), nascido na atual República Tcheca, afirmava que a razão para a Econo-
mia sair de um processo de equilíbrio e entrar em um processo de expansão era a inovação.
4
KARL MARX (1818–1883), nascido em Tréveris, Alemanha, é considerado um dos maiores filósofos de todos
os tempos. Dentre as causas que defendia, pregava a tomada do poder pela classe proletária pelo fato de a
burguesia representar a classe opressora.
5
JEAN BAPTISTE SAY (1767–1832), nascido em Lyon, na França, ficou famoso pela frase “a oferta cria sua
própria demanda”, que foi um dos pilares da economia ortodoxa até a grande depressão dos anos 1930.
6
OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está
transformando o setor público. Brasília: MH Comunicação, 1998.
7
Conforme citação de Leonardo Secchi no artigo “Modelos organizacionais e reformas da administração
pública”, Revista da Administração Pública, v. 43, n. 2, Rio de Janeiro, mar/abr. 2009.

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• Governo que pertence à comunidade – os governos devem abrir-se à par-

ticipação dos cidadãos no momento de tomada de decisão;

• Governo competitivo – os governos devem criar mecanismos de competição

dentro das organizações públicas e entre organizações públicas e privadas;

• Governo orientado por missões – os governos devem deixar de lado a ob-

sessão pelo seguimento de normativas formais e migrar a atenção na direção

da sua verdadeira missão;

• Governo de resultados – os governos devem substituir o foco no controle

de inputs para o controle de outputs e impactos de suas ações, e para isso

adotar a administração por objetivos;

• Governo orientado ao cliente – os governos devem substituir a autorre-

ferencialidade pela lógica de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos;

• Governo empreendedor – os governos devem esforçar-se a aumentar seus

ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação de serviços;

• Governo preventivo – os governos devem abandonar comportamentos re-

ativos na solução de problemas pela ação proativa, elaborando planejamento

estratégico de modo a antever problemas potenciais;

• Governo descentralizado – os governos devem envolver os funcio-

nários nos processos deliberativos, aproveitando o seu conhecimento e

capacidade inovadora;

• Governo orientado para o mercado – os governos devem promover e

adentrar na lógica competitiva de mercado.

Para cada uma dessas características, desenvolveram-se “slogans” e atitudes

dos empreendedores públicos. Observe:

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CARACTERÍSTICA ATITUDE DOS EMPREENDE-


“SLOGAN”
DO GOVERNO DORES PÚBLICOS

Não focam em apenas um


único objetivo; reconhecem
Catalisador Melhor dirigir do que remar as múltiplas possibilidades e
buscam equilíbrio entre recur-
sos e necessidades.

Transferem a responsabilidade
Melhor empoderar os atores
Próprio da comunidade de trazer as soluções públicas
que servi-los
para a comunidade.

Fomentam a competição
Inculcar competição entre os para alcançar maior eficiên-
Competitivo
prestadores de serviços cia, melhor responsividade e
ambiente propício à inovação.

Focam a missão para definir o


Transformar organizações
Movido por missão orçamento, recursos humanos
movidas por regras
e outros sistemas.

Orientam os sistemas para os


Melhor financiar resultados
Orientado para resultados resultados; não enfatizam o
que recursos
controle de gastos.

Melhor satisfazer as necessi-


Focam o consumidor e não a
Voltado ao cliente dades do consumidor que as
estrutura.
da burocracia

Agregam valor e garantem


Melhor gerar receitas que des- resultados com a instituição
Empreendedor
pesas do conceito de lucro no setor
público.

Buscam barrar os problemas


Preventivo Melhor prevenir que remediar
na origem.

Compartilham a tomada de
Da hierarquia à participação e decisão utilizando-se dos recur-
Descentralizado
ao trabalho em equipe sos da tecnologia e da melhor
formação dos trabalhadores.

Reestruturam o ambiente para


que o mercado possa atuar de
Alavancar mudanças
Orientado para o mercado forma eficaz como objetivo de
via mercado
propiciar qualidade de vida e
oportunidade econômica.

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Vale citar, também, um relatório apresentado pela General Accountability Office

(GAO), agência vinculada ao Congresso norte-americano que realiza estudos sobre

programas e gastos do governo. Segundo o documento, datado de março de 2003,

existem nove práticas-chave para a criação de uma cultura empreendedora:

• alinhar as expectativas de desempenho individuais com os objetivos

organizacionais;

• conectar as expectativas de desempenho com os objetivos transversais;

• prover e utilizar rotineiramente informação sobre desempenho para identifi-

car prioridades organizacionais;

• desenvolver ações de seguimento para estabelecer prioridades organizacionais;

• usar competências para obter uma avaliação mais objetiva do desempenho;

• vincular remuneração individual com o desempenho organizacional;

• fazer distinção entre o bom e o mau desempenho;

• envolver os empregados e “stakeholders” com os objetivos dos sistemas de

gestão do desempenho;

• manter continuidade durante as transações.

Perceba que a noção de empreendedorismo governamental denota uma postu-

ra estratégica proativa de organizações públicas e do próprio Estado como um

empreendedor seletivo (baseando-se nos critérios de mercado para a escolha de

melhores alternativas de ação).

Esclarecendo!

Proatividade é um estilo de resposta (atitude) que podemos adotar diante de estí-

mulos, dificuldades e desafios a que somos diariamente submetidos.

O Estado exerce essa proatividade quando busca aproveitamento de oportunidades.

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É o que ocorre, por exemplo, nas políticas de equilíbrio fiscal e controle da inflação,

quando implementadas sobre experiências ocorridas em outros países ou situações

de oscilações das exigências do mercado interno.

1.3 O empreendedorismo governamental no contexto brasileiro

A Administração Pública Gerencial no Brasil, que teve início na década de 1990

e foi capitaneada pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado

(MARE), propôs uma resposta de redesenho das funções econômicas e sociais do

Estado, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial.

Essa reforma se constituiu numa mudança na história da concepção da Adminis-

tração Pública, focando aspectos de eficiência (que enfatiza os recursos) e eficácia

(que enfatiza os resultados), além da necessidade de reduzir o custo da máquina

do Estado e de melhorar a qualidade dos serviços públicos.

Alicerçada nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exigiu

formas flexíveis de gestão, incentivos à criatividade e definição de maiores estru-

turas de especialização.

O modelo de gestão gerencial acentua que precisa ser avaliado para conhecer e

dar resposta ao cidadão comum. Isso quer dizer que o grau de adequação e coerên-

cia existente entre as decisões dos gestores e a eficácia, eficiência e economicidade

com que foram administrados os recursos públicos contribuem para o controle dos

objetivos e metas da organização.

Logo, é possível se afirmar que deve haver uma substituição do foco no controle

dos “inputs” pelo controle dos “outputs” e seus impactos. Essa ideia não condiz com

estruturas amplas de controle, sendo necessário reduzir a amplitude dos níveis de

controle e conferir maior autonomia aos gestores públicos de forma individualizada

e, por isso, novas formas de controle ou responsabilização devem ser adotadas.

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Segundo discorre José Matias-Pereira (2010)8, o esforço para criar uma cultura

empreendedora na administração pública se apresenta como um fator-chave para a

elevação da gestão pública no Brasil, em termos de resultados e qualidade dos

serviços públicos ofertados. Por isso, as decisões governamentais não podem

ser regidas pelo improviso, pela pressão das necessidades e pelas mudanças con-

junturais. Cada vez mais, é papel do Estado definir rumos sustentáveis, em médio

e longo prazo, para atender às necessidades coletivas, buscando caminhos e opor-

tunidades, aglutinando e coordenando atores.

Indo mais fundo!

Serviço público é toda atividade prestada pelo Estado ou por quem lhe faça as

vezes, regida predominantemente por normas de direito público, destinando-se a

necessidades coletivas essenciais ou secundárias, usufruídas diretamente ou não

pelos usuários, remunerados por taxas ou tarifas, conforme o caso.

Ainda considerando os autores Osborne e Gaebler (1998), o serviço público

prestado deve gerar benefícios individuais a seus beneficiários e devem ser exe-

cutados de forma eficiente e eficaz. Ainda, dizem os autores que as taxas de uti-

lização ajudam a estabilizar os orçamentos públicos ao gerar recursos e reduzir a

demanda por serviços públicos. No entanto, a cobrança de taxa é viável quando é

possível excluir dos beneficiários aqueles que não pagam pelos serviços.

1.4 Atuação conjunta do empreendedorismo privado e público

O setor público caminha junto com o setor privado quando o assunto é empre-

endedorismo. É o caso, por exemplo, das instituições pertencentes ao chamado

8
MATIAS-PEREIRA, J. Manual de gestão pública contemporânea. 3. ed. Brasília: Atlas, 2010.

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Sistema “S” (SEBRAE, SENAC, SENAI, SESC, SESI etc.), que apoiam e fomentam

ações das iniciativas privadas.

Outro exemplo são os contratos de gestão, que, segundo Paludo (2016)9, re-

presentam formas descentralizadas e desconcentradas de execução, baseadas em

compromissos recíprocos, com objetivos, metas e responsabilidade previamente

definidos, e avaliação precisa dos resultados efetivamente obtidos.

Nesse contexto, também se destacam as parcerias público-privadas (Lei n.

11.079/2004). Sobre essa norma, vejamos alguns trechos da mensagem que

acompanhou o projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional:

3. A parceria público-privada constitui modalidade de contratação em que os entes


públicos e as organizações privadas, mediante o compartilhamento de riscos e com
financiamento obtido pelo setor privado, assumem a realização de serviços ou empre-
endimentos públicos. Tal procedimento, em pouco tempo, alcançou grande sucesso em
diversos países, como a Inglaterra, Irlanda, Portugal, Espanha e África do Sul, como
sistema de contratação pelo Poder Público ante a falta de disponibilidade de recursos
financeiros e aproveitamento da eficiência de gestão do setor privado. 4. No caso do
Brasil, representa uma alternativa indispensável para o crescimento econômico, em
face das enormes carências sociais e econômicas do país, a serem supridas mediante a
colaboração positiva do setor público e privado.

A parte extraída é para enfatizar que um dos objetivos da lei é suprir a falta de

recursos financeiros por parte do Estado na realização de obras de infraestrutura.

Para o autor Diógenes Gasparini10, a PPP é:

(…) um contrato administrativo de concessão de serviço ou de obra pública, por prazo


certo e compatível com o retorno do investimento, celebrado pela Administração Pública
com certa entidade privada, remunerando-se o parceiro privado conforme a modalidade
adotada, destinado a regular a implantação ou gestão de serviços mesmo com a execu-
ção de obras, empreendimentos ou outras atividades de interesse público.

9
PALUDO, A. V. Administração pública. 5. ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: Método, 2016.
10
GASPARINI, D. Direito Administrativo. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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Já a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro11 define a parceria público-privada como:

(…) um contrato administrativo de concessão que tem por objeto (a) a execução de serviço
público, precedida ou não de obra pública, remunerada mediante tarifa paga pelo usuário
e contraprestação pecuniária do parceiro público, ou (b) a prestação de serviço de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, com ou sem execução de obra e fi-
nanciamento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público.

Assim, as parcerias público-privadas são modalidades especiais de concessão

de serviços públicos, em que o Estado delega aos particulares a execução indireta

de tais serviços.

2. Processos participativos de gestão pública: Conselhos de Gestão,


Orçamento Participativo, parceria entre governo e sociedade

O processo de democratização vivenciado pelo Brasil após a década de

1980 alterou a configuração dos processos de gestão pública. Inúmeras orga-

nizações surgem nesse contexto de desenvolvimento da cidadania, como por

exemplo, as organizações sociais, as associações, os movimentos, os conse-

lhos, os fóruns, dentre outros.

O poder entre Estado e sociedade, que antes era visto de forma vertical, tende

a ser substituído e complementado por relações mais horizontais, privilegiando o

diálogo e a negociação.

A democracia, no sentido etimológico da palavra, significa o “governo do povo”,

o “governo da maioria”. Ou seja, governo democrático requer participação popular!

Trazemos à tona, novamente, o conceito de “governo empreendedor”, si-

nalizando o deslocamento dos centros decisórios do domínio da burocracia para

estruturas envolvendo a participação da sociedade, essa influenciando de maneira


11
DI PIETRO, M. S, Z. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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mais prática nas escolhas e decisões e, consequentemente, na ampliação do que

podemos chamar de “espaço público” ou “espaço participativo”.

2.1 Conselhos

As autoras Maria das Graças Rua e Roberta Romanini 12, com maestria,

apresentam-nos um estudo direto e didático sobre essas formas de partici-

pação social. Vejamos.

No cenário brasileiro, os conselhos de participação social têm sua origem com os

Conselhos Institucionalizados da década de 1990, que se destinavam a disciplinar os

preceitos constitucionais da CF/1988. Portanto, compreendem nessa conceituação:

• Conselhos Temáticos Institucionalizados;

• Conselhos Tutelares; e

• Conselhos Gestores de Políticas Públicas.

Vamos especificar e detalhar cada uma dessas modalidades de conselhos, se-

gundo as lições das autoras citadas.

2.1.1 Conselhos Temáticos Institucionalizados

Os Conselhos Temáticos Institucionalizados possuem a função de exercer o con-

trole e a fiscalização do Poder Executivo e a participação no planejamento das

políticas de gestão de bens públicos.

Fazem parte desse tipo os conselhos de categorias sociais (idosos, indígenas,

mulheres etc.), os conselhos de áreas – também chamados “Conselhos de Gestão”

12
RUA, M. G.; ROMANINI, R. Para aprender políticas públicas. Brasília: IGEPP, 2013.

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ou “Conselhos Gestores” (saúde, transporte, educação etc.) e os conselhos tarifá-

rios (atuam no âmbito das agências regulatórias e em outras instituições).

Ainda, podemos destacar nessa modalidade o “Conselho da República”, o “Con-

selho de Defesa Nacional”, o “Conselho de Governo”, dentre outros. Especifica-

mente na área econômica e de regulação, encontram-se o “Conselho Monetário

Nacional (CMN)”, o “Comitê de Política Monetária (COPOM)”, o “Conselho Diretor

das Agências Reguladoras”.

Com relação à área de administração de empresas estatais, empresas públicas

e sociedades de economia mista, os “Conselhos de Administração e Deliberação”,

os “Conselhos de Administração” e os “Conselhos Fiscais”.

Vinculados ao Poder Judiciário e Ministério Público, o “Conselho Nacional

de Justiça (CNJ)”, o “Conselho da Justiça Federal (CJF)” e o “Conselho Nacional do

Ministério Público (CNMP)”.

Vinculados ao Poder Legislativo, os “Conselhos de Ética e Decoro Parlamen-

tar” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Ainda, temos os “Conselhos Profissionais”, também chamados de “Conselhos

Corporativos” e “Conselhos de Classe”. Possuem natureza jurídica de “autarquias

corporativas” ou “autarquias profissionais”, regidos em parte pelo Direito Público e

em parte pelo Direito Privado (CRM, CREA, OAB etc.).

2.1.2 Conselhos Tutelares

Voltam-se para a proteção de crianças, adolescentes, idosos e incapazes. São

instâncias encarregadas pela comunidade de zelar, no âmbito dos Municípios, pelo

cumprimento dos direitos a essas pessoas.

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2.1.3 Conselhos Gestores de Políticas Públicas

Esse tipo de conselho é o que, comumente, é cobrado em provas.

Os conselhos de gestores de políticas públicas correspondem à novidade mais

substantiva das políticas públicas ao longo da década de 1990. Dotados de caráter

interinstitucional, esses conselhos são instrumentos mediadores da relação Estado-

-sociedade, sendo compostos tanto por representantes (os conselheiros) do poder

público quanto da sociedade civil organizada. Portanto, são instâncias instituciona-

lizadas de expressão, de representação e de participação social.

Os conselhos gestores viabilizam a participação de segmentos sociais na for-

mulação, na implementação e na avaliação de políticas públicas e possibilitam à

população o acesso aos espaços nos quais se tomam as decisões políticas.

A banca Cespe/Cebraspe, em especial, já enfatizou, várias vezes, aspectos do

Conselho de Gestão Fiscal (CGF), previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei

Complementar 101/2000):

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da ope-


racionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, consti-
tuído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Minis-
tério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:
I – harmonização e coordenação entre os entes da Federação;
II – disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução
do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na trans-
parência da gestão fiscal;
III – adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das presta-
ções de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei
Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como
outros, necessários ao controle social;
IV – divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconheci-
mento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas
políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal
pautada pelas normas desta Lei Complementar.
§ 2º Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho (grifo meu).

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Salienta-se que, apesar de o Conselho de Gestão Fiscal (CGF) estar previsto na


Lei de Responsabilidade Fiscal, até o momento não houve a sua implementação.

2.2 Orçamento Participativo

O orçamento participativo surge no país ainda na fase do regime militar, instalado


em 1964; no final dos anos 70, experimentos em Lages (SC), Vila Velha (ES) e Pelotas
(RS) tiveram pouca visibilidade, dadas as condições restritivas do contexto político.
A previsão constitucional mais evidente desse tipo de participação social está no
art. 29, inciso XII, da CF/1988:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstí-
cio mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Consti-
tuição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(…)
XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
(Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992)
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, por meio de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) (grifo meu)

A partir da promulgação da Constituição de 88, a experiência mais incisiva des-


se modelo foi a registrada no Município de Porto Alegre (RS), a partir de 1989.
Em síntese, o Orçamento Participativo possui como pauta a participação aberta
a todos os cidadãos do Município, na implementação de assembleias onde a atua-
ção da sociedade civil ocorre de forma direta e, em outro momento, por meio da
forma de representação.
Logo, a decisão de alocação de recurso municipal estará sob poder dos indivíduos
participantes da sociedade, mas tal decisão estará firmada junto a critérios técnicos e
gerais, ou seja, a alocação do investimento municipal terá como suporte as diretrizes

estabelecidas pelos técnicos e respeitado os limites financeiros do Município.

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O Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001) foi editado para regulamentar os


arts. 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, que dispõe, respectivamente, so-
bre a função social da propriedade urbana e sobre a função social da propriedade
rural. No entanto, temos diversos dispositivos que se relacionam com o orçamen-
to participativo. Vejamos:

Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
(…)
II  – gestão democrática por meio da participação da população e de asso-
ciações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação,
execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvi-
mento urbano;
(…)
Art. 4º Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
(…)
III – planejamento municipal, em especial:
(…)
f) gestão orçamentária participativa;
(…)
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
outros, os seguintes instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e
municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvol-
vimento urbano;
V – (VETADO)
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea
f do inciso III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consul-
tas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e
do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara
Municipal (grifo meu).

2.3 Ouvidorias

As ouvidorias são canais de comunicação entre o cidadão e a administração pública,


objetivando receber manifestações, sugestões, reclamações, denúncias e elogios. É um

instrumento que se baseia na gestão ética, democrática e transparente.

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Como exemplo, citamos a ouvidoria do Ministério Público Federal (MPF), a

quem compete receber, analisar e dar o encaminhamento devido às manifesta-

ções acerca das atividades desenvolvidas pelos órgãos, membros, servidores e

serviços auxiliares do MPF.

2.4 Entidades do Terceiro Setor

A denominação Terceiro Setor é conferida às entidades não estatais sem fins

lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse público. Nesse universo de

pessoas jurídicas de direito privado, destacam-se as entidades paraestatais. Etimo-

logicamente, paraestatal é quem se coloca ao lado do Estado, mas não o integra.

O surgimento do Terceiro Setor possui relação direta com o aumento das ca-

rências e das ameaças de falência do Estado, com a consequente preocupação da

iniciativa privada com essas questões sociais.

As mais importantes entidades paraestatais são:

• Serviços Sociais Autônomos;

• Organizações Sociais; e

• Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.

2.4.1 Serviços Sociais Autônomos (Pessoas de Cooperação


Governamental)

Hely Lopes Meirelles13 conceitua os Serviços Sociais Autônomos ou Entidades

de Cooperação Governamental como “aqueles instituídos mediante autorização le-

gislativa, com personalidade jurídica de direito privado, para ministrar assistência

ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos,

sendo mantidos por dotações orçamentárias ou contribuições parafiscais”.

13
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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Essas entidades paraestatais são criadas mediante autorização legislativa para

atuarem ao lado do Estado na realização de atividades que lhes são atribuídas.

São exemplos de entidades tradicionais dessa categoria:

• SESI (Serviço Social da Indústria), destinado à assistência social a emprega-

dos do setor industrial;

• SESC (Serviço Social do Comércio), destinado à assistência social a empre-

gados do setor comercial;

• SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), destinado à formação

profissional e educação para o trabalho no setor industrial;

• SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), destinado à formação

profissional e educação para o trabalho no setor comercial;

• SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que se

destina à execução de programas de auxílio e orientação a empresas de pe-

queno porte;

• SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com o objetivo de organi-

zar, administrar e executar o ensino da formação profissional rural e a promo-

ção social do trabalhador rural;

• SEST (Serviço Social do Transporte) e SENAT (Serviço Nacional de Aprendiza-

gem do Transporte), que visam a fins dirigidos especificamente aos serviços

de transporte, seja como empresa, seja como trabalhador autônomo;

• APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportações do Brasil), com o objetivo

de promover e fomentar a execução de políticas relacionadas a exportações,

em cooperação com o Poder Público;

• ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), destinada a promo-

ver a execução de políticas de desenvolvimento do setor industrial; e

• REDE SARAH, como centro especializado em neurorreabilitação.

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2.4.2 Organizações Sociais (OS)

No âmbito federal, as Organizações Sociais (OS), disciplinadas pela Lei n.

9.637/1998, são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, insti-

tuídas, em regra, por iniciativa de particulares, qualificadas pelo Poder Executivo

como OS e cujas atividades se destinem taxativamente às seguintes atividades:

ensino; pesquisa científica; desenvolvimento tecnológico; cultura; proteção e con-

servação do meio ambiente e saúde.

Vejamos as principais características da Organização Social:

• é pessoa jurídica de direito privado, criada por particulares sem fins lucrativos;

• habilita-se perante a Administração Pública para obter a qualificação de

organização social;

• uma vez declarada como OS, intitula-se “entidade de interesse social

e utilidade pública”;

• pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecno-

lógico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde;

• possui órgão de deliberação superior, com a necessidade da composição por

representantes do Poder Público e membros da comunidade, de notória capa-

cidade profissional e idoneidade moral;

• o contrato de gestão é o instrumento que declara as atribuições, responsabi-

lidades e obrigações do Poder Público e da organização social, especificando,

ainda, o programa de trabalho proposto pela organização social, as metas a

serem atingidas, os respectivos prazos de execução, bem como os critérios

objetivos de avaliação de desempenho, inclusive mediante indicadores de

qualidade e produtividade;

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• supervisão do contrato de gestão pelo órgão ou entidade supervisora da área

de atuação correspondente à atividade desenvolvida (controle de resultado);

• recebe recursos orçamentários e bens necessários ao cumprimento da atividade; e

• aloca servidores públicos, com ônus para o órgão de origem.

2.4.3 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público


(OSCIPs)

As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), disciplinadas

pela Lei n. 9.790/1999, regulamentada pelo Decreto 3.100/1999, são constituídas

por iniciativa de particulares, sob o regime jurídico de direito privado e sem o in-

tuito de lucro. São prestadoras de serviços sociais não exclusivos do Estado, com

incentivo e fiscalização do Poder Público e com vínculo jurídico por meio de Termo

de Parceria.

Como se pode observar, as OSs e as OSCIPs são entidades de muitas semelhan-

ças, mas com características específicas entre si. A despeito dessas similaridades,

organizamos um quadro que traça esses paralelos, e extremamente válido nos

concursos públicos:

PONTOS OS OSCIP
Diploma legal Lei n. 9.637/1998 Lei n. 9.790/1999
Personalidade Direito privado Direito privado
Acordo Contrato de Gestão Termo de Parceria
Natureza do acordo Convênio Convênio
Finalidade Entidade sem fins lucrativos Entidade sem fins lucrativos
Qualificação Decreto do Executivo Portaria Ministerial

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PONTOS OS OSCIP
Cessão de servidores, per-
Prerrogativas missão de uso de bens e Não há previsão legal
repasses orçamentários
Vedada Garantida
Remuneração de dirigentes
(inc. VII do art. 3º) (inc. VI do art. 4º)
Participação do Poder
Público no Conselho Obrigatória Facultativa
de Administração
Ensino, cultura, saúde, pes- Promoção: educação gratuita,
quisa científica, desenvolvi- saúde gratuita, cultura, assis-
Área de atuação
mento tecnológico e preser- tência social, assistência jurí-
vação do meio ambiente dica complementar e outras
Não é proveniente de órgãos da
Podem provir da extinção
Criação Administração, pois é entidade
de instituições públicas
com patrimônio preexistente
Controle pelo Tribunal
Processos específicos Processos específicos
de Contas
Responsabilidade Solidária Solidária
Licitação Regulamento próprio Regulamento próprio

3. Transparência da Administração Pública. Controle social e ci-


dadania. Accountability.

3.1 Conceitos

A expressão “accountability” se refere à capacidade de se prestar contas, de

se fazer transparente. Logo, podemos entender como sinônimos as duas expres-

sões: “accountability” e “transparência”.

Na gestão pública, por exemplo, o termo “accountability” possui uma perspectiva

ampla, surgindo como um instrumento a serviço da manutenção dos ideais democráti-

cos de um país, controlando tanto os processos como os resultados a serem alcançados.

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Um dos pressupostos da reforma gerencial de 1995 era a afirmação de que a

governabilidade nos regimes democráticos dependeria, dentre outros fatores, da

existência de mecanismos de responsabilização (Accountability) dos políticos e bu-

rocratas perante a sociedade.

Nessa mesma esteira, sendo a governança um conjunto de procedimentos que

se relacionam com a dimensão participativa da sociedade, uma alta Accountability

afeta, positivamente, a capacidade de governança. Isso porque o grau de gover-

nança democrática de um Estado depende, diretamente, do “quantum” de accou-

ntability existente na sociedade e da natureza e abrangência do controle público

sobre a ação governamental.14

A accountability pode ser analisada sob três dimensões: informação (transpa-

rência), justificação (responsividade) e punição (sanção e coerção).

• A informação (transparência) destaca a obrigação dos administradores de

prestar contas de sua atuação aos administrados.

• A justificação (responsividade) é a obrigação legal de responder a ques-

tionamentos e pedidos de informações, com responsabilização pelos próprios

atos.

• A punição (sanção e coerção) é a capacidade legal e institucional de o

agente que exige as informações e contas de outro agente fazer valer essa

exigência, tornando-a obrigatória, por meio de sanções e incentivos.

Ainda, segundo O’Donnell (1998)15, a accountability pressupõe, de um lado,

a conformidade da organização às leis que regulam suas atividades e, de outro

14
CARNEIRO, C. B. L. Governança e accountability: algumas notas introdutórias. Disponível em: <http://
www.ceas.sc.gov.br/downloads/accountability_1.doc>. Acesso em: 15 fev. 2014.
15
O’DONNELL, G. Accountability horizontal e novas poliarquias. Revista de Cultura e Política,
CEDEC, n. 4. São Paulo: Lua Nova, 1998.

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lado, o desempenho ou performance aderente às expectativas e aos desejos da

sociedade como um todo.

Ou seja, pelo instrumento da accountability, tem-se a obrigação de o governan-

te prestar contas dos seus atos com transparência suficiente para que a sociedade,

sob a análise da conformidade e do desempenho, possa avaliar a sua gestão e, em

razão disso, ratificá-la ou refutá-la.

3.2 Formas de Accountability

A literatura aponta que a accountability pode assumir três formas básicas:

vertical e horizontal, consagradas pelo autor O’Donnell (2011)16; e a societal, de-

senvolvida por concepções de diversos autores.

• A accountability vertical ocorre quando os cidadãos controlam os políticos e

governos por meio de plebiscito, referendo, voto, ação popular, ou mediante

o exercício do controle social, pressupondo uma ação entre desiguais. As elei-

ções e o voto são seus mecanismos mais expressivos. Em suma, a accounta-

bility vertical corresponde aos mecanismos institucionais que possibilitam ao

cidadão e à sociedade civil exigir a prestação de contas dos agentes públicos.

• A accountability horizontal ocorre por meio da mútua fiscalização e con-

trole existente entre os Poderes do Estado (os freios e contrapesos) ou en-

tre os órgãos, por meio dos Tribunais de Contas ou Controladorias Gerais e

agências fiscalizadoras. A accountability horizontal pressupõe, portanto, uma

ação entre iguais (entre os Poderes) ou uma ação entre autônomos (órgãos

e agências fiscalizadoras). Pressupõe órgãos próprios de Estado, detentores


16
O’DONNELL, G. Accountability horizontal: la institucionalización legal de la desconfiança política. Buenos
Aires: Revista de Reflexión y análisis político, 2011.

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de poder e capacidade, legal e de fato, para realizar ações, tanto de monito-

ramento de rotina quanto de imposição de sanções criminais ou de impeach-

ment, em relação a ações ou omissões ilegais exercidas por outros órgãos ou

agentes do Estado.

• A accountability societal se origina da sociedade e atinge as estruturas do Es-

tado, a exemplo da atuação da sociedade em ações de associações de cidadãos,

movimentos sociais, Conselhos Temáticos Institucionalizados ou, ainda, a atua-

ção da mídia. É um mecanismo de controle não eleitoral, que utiliza ferramentas

institucionais e não institucionais. Esse tipo de accountability não aplica sanções

contra os agentes públicos em casos de transgressões, pois não possui compe-

tência ou poder legal para isso.17 Pressupõe a existência de liberdade de expres-

são para denunciar os erros e falhas dos governos e gestores públicos.

Esquematizando!

vertical

Por fim, vale destacar as excelentes lições dos autores Fernando Luiz Abrucio e

17
Note que o controle social consta tanto na accountability vertical quanto no societal. A diferença é que
uma envolve a capacidade de punição diretamente pelo cidadão (accountability vertical), enquanto
que na outra inexiste essa capacidade (accountability societal), dependendo essa capacidade da ação
de um órgão de controle (Ministério Público, Tribunal de Contas ou o eleitorado, por exemplo).

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Maria Rita Loureiro (2005)18, que destacam diversos instrumentos e condições para

que o modelo de accountability democrática se desenvolva:

FORMAS DE
INSTRUMENTOS CONDIÇÕES
ACCOUNTABILITY
• Sistema eleitoral e par- • Direitos políticos bási-
tidário; cos de associação, de
• Debates e formas de votar e ser votado;
disseminação da infor- • Pluralismo de ideias
Processo eleitoral mação; (crenças ideológicas e
• Regras de financiamen- religiosas);
to de campanhas; • Imprensa livre e possibi-
• Justiça Eleitoral. lidade de se obter diver-
sidade de informações.

18
ABRUCIO, F. L.; LOUREIRO, M. R. Finanças públicas, democracia e accountability. In: BIDERMAN, Ciro;
ARVATE, Paulo (Orgs.). Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

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FORMAS DE
INSTRUMENTOS CONDIÇÕES
ACCOUNTABILITY
• Controle Parlamentar • Independência e con-
(controles mútuos entre trole mútuo entre os
os Poderes, CPI, argui- Poderes;
ção e aprovação de al- • Transparência e fidedig-
tos dirigentes públicos, nidade das informações
fiscalização orçamen- públicas;
tária e de desempenho • Burocracia regida pelo
das agências governa- princípio do mérito (me-
mentais, audiências pú- ritocracia);
blicas etc.); • Predomínio do império
• Controle Judicial (con- da lei;
trole da constitucio- • Existência de mecanis-
nalidade, ações civis mos institucionalizados
Controle institucional públicas, garantia dos que garantam a parti-
durante o mandato direitos fundamentais cipação e o controle da
etc.) sociedade sobre o Poder
• Controle Administrativo Público;
Procedimental (Tribunal • Criação de instâncias
de Contas e/ou Audito- que busquem o maior
ria Financeira); compartilhamento pos-
• Controle do Desempe- sível das decisões (con-
nho dos Programas Go- sensualismo).
vernamentais;
• Controle Social (Con-
selho de usuários dos
serviços públicos, ple-
biscito, orçamento par-
ticipativo etc.).

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FORMAS DE
INSTRUMENTOS CONDIÇÕES
ACCOUNTABILITY
• Garantias de direitos • Predomínio do império
básicos pela Constitui- da lei;
ção (cláusulas pétreas); • Eficácia dos mecanis-
• Segurança contratual mos judiciais;
individual e coletiva; • Definição de assuntos e
• Limitação legal do po- regras que valham para
der dos administradores o Estado, independen-
Regras estatais públicos; temente dos governos
intertemporais • Acesso prioritário aos de ocasião.
cargos administrativos
por concursos ou equi-
valentes;
• Mecanismos de restri-
ção orçamentária;
• Defesa de direitos inter-
geracionais.

3.3 Parceria para Governo Aberto19

A Parceria para Governo Aberto ou OGP (do inglês Open Government Partner-

ship) é uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente

práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à

informação pública e à participação social.

A OGP foi lançada em 20 de setembro de 2011, quando os oito países fundado-

res da Parceria (África do Sul, Brasil, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, México,

Noruega e Reino Unido) assinaram a Declaração de Governo Aberto e apresenta-

ram seus Planos de Ação. Atualmente, 75 países integram a Parceria.

Congregando nações e organizações da sociedade civil, líderes em transparên-

cia e governo aberto, a OGP é um veículo para se avançar mundialmente no forta-

lecimento das democracias, na luta contra a corrupção e no fomento a inovações e


19
http://www.governoaberto.cgu.gov.br/a-ogp/o-que-e-a-iniciativa

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tecnologias para transformar a governança do século XXI. No total, os países inte-


grantes da OGP assumiram até agora cerca de mil compromissos para tornar seus
governos mais transparentes.
A OGP define o conceito de governo aberto por meio de quatro princípios es-
tabelecidos, a saber:
• Transparência – As informações sobre as atividades de governo são aber-
tas, compreensíveis, tempestivas, livremente acessíveis e atendem ao padrão
básico de dados abertos.
• Prestação de Contas e Responsabilização (accountability) – Existem regras
e mecanismos que estabelecem como os atores justificam suas ações, atuam so-
bre críticas e exigências e aceitam as responsabilidades que lhes são incumbidas.
• Participação Cidadã – O governo procura mobilizar a sociedade para
debater, colaborar e propor contribuições que levam a um governo mais
efetivo e responsivo.
• Tecnologia e Inovação – O governo reconhece a importância das novas
tecnologias no fomento à inovação provendo acesso à tecnologia e ampliando
a capacidade da sociedade de utilizá-la.

Portanto, um governo é considerado aberto se sua gestão, ações, projetos e


programas refletem os quatro Princípios de Governo Aberto.
Outro documento também aborda o tema. Segundo a Declaração de Governo
Aberto da OGP, para um governo ser considerado aberto, ele deve buscar alcançar
quatro objetivos:
• aumentar a disponibilidade de informações sobre atividades governamentais;
• apoiar a participação social;
• implementar os padrões mais altos de integridade profissional na Administração; e
• ampliar o acesso a novas tecnologias para fins de abertura e prestação de contas.

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RESUMO

• A concepção de empreendedorismo busca redefinir a atividade governamen-

tal, oferecendo a flexibilidade necessária para reagir às condições complexas

que mudam rapidamente.

• 10 itens que fomentam uma organização pública empreendedora:

− Governo catalisador – os governos não devem assumir o papel de imple-

mentador de políticas públicas sozinhos, mas harmonizar a ação de dife-

rentes agentes sociais na solução de problemas coletivos;

− Governo que pertence à comunidade – os governos devem abrir-se à

participação dos cidadãos no momento de tomada de decisão;

− Governo competitivo – os governos devem criar mecanismos de

competição dentro das organizações públicas e entre organizações

públicas e privadas;

− Governo orientado por missões – os governos devem deixar de lado a

obsessão pelo seguimento de normativas formais e migrar a atenção na

direção da sua verdadeira missão;

− Governo de resultados – os governos devem substituir o foco no controle

de inputs para o controle de outputs e impactos de suas ações, e para isso

adotar a administração por objetivos;

− Governo orientado ao cliente – os governos devem substituir a autorrefe-

rencialidade pela lógica de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos;

− Governo empreendedor – os governos devem esforçar-se a aumentar

seus ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação

de serviços;

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− Governo preventivo – os governos devem abandonar comportamentos

reativos na solução de problemas pela ação proativa, elaborando planeja-

mento estratégico de modo a antever problemas potenciais;

− Governo descentralizado – os governos devem envolver os funcionários

nos processos deliberativos, aproveitando o seu conhecimento e capacida-

de inovadora;

− Governo orientado para o mercado – os governos devem promover e

adentrar na lógica competitiva de mercado.

• Processos participativos de gestão pública incluem inúmeras organiza-

ções e a sociedade como um todo que se relacionam com o Estado, influen-

ciando de maneira mais prática nas escolhas e decisões públicas.

• Os conselhos de gestão são instrumentos mediadores da relação Estado-

-sociedade, sendo compostos tanto por representantes (os conselheiros) do

poder público quanto da sociedade civil organizada. Viabilizam a participação

de segmentos sociais na formulação, na implementação e na avaliação

de políticas públicas.

• O orçamento participativo possui como pauta a participação aberta a todos

os cidadãos do Município, na implementação de assembleias onde a atuação

da sociedade civil ocorre de forma direta e, em outro momento, por meio da

forma de representação.

• As ouvidorias são canais de comunicação entre o cidadão e a administra-

ção pública, objetivando receber manifestações, sugestões, reclamações,

denúncias e elogios. É um instrumento que se baseia na gestão ética, de-

mocrática e transparente.

• A denominação Terceiro Setor é conferida às entidades não estatais sem

fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse público.

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• Os Serviços Sociais Autônomos ou Entidades de Cooperação Governa-


mental são instituídos mediante autorização legislativa, com personalidade
jurídica de direito privado, para ministrar assistência ou ensino a certas ca-
tegorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, sendo mantidos
por dotações orçamentárias ou contribuições parafiscais.
• As Organizações Sociais (OS), disciplinadas pela Lei n. 9.637/1998, são
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas, em regra,
por iniciativa de particulares, qualificadas pelo Poder Executivo como OS e
cujas atividades se destinem taxativamente às seguintes atividades: ensino;
pesquisa científica; desenvolvimento tecnológico; cultura; proteção e conser-
vação do meio ambiente e saúde.
• As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), dis-
ciplinadas pela Lei n. 9.790/1999, regulamentada pelo Decreto 3.100/1999,
são constituídas por iniciativa de particulares, sob o regime jurídico de direi-
to privado e sem o intuito de lucro. São prestadoras de serviços sociais não
exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização do Poder Público e com
vínculo jurídico por meio de Termo de Parceria.
• A expressão “accountability” se refere à capacidade de se prestar contas,
de se fazer transparente.
• A accountability pode ser analisada sob três dimensões:
− A informação (transparência) destaca a obrigação dos administradores
de prestar contas de sua atuação aos administrados.
− A justificação (responsividade) é a obrigação legal de responder
a questionamentos e pedidos de informações, com responsabilização
pelos próprios atos.
− A punição (sanção e coerção) é a capacidade legal e institucional de o
agente que exige as informações e contas de outro agente fazer valer essa
exigência, tornando-a obrigatória, por meio de sanções e incentivos.

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• A literatura aponta que a accountability pode assumir três formas básicas:

− A accountability vertical ocorre quando os cidadãos controlam os polí-

ticos e governos por meio de plebiscito, referendo, voto, ação popular, ou

mediante o exercício do controle social, pressupondo uma ação entre desi-

guais. As eleições e o voto são seus mecanismos mais expressivos.

− A accountability horizontal ocorre por meio da mútua fiscalização e con-

trole existente entre os Poderes do Estado (os freios e contrapesos) ou

entre os órgãos, por meio dos Tribunais de Contas ou Controladorias Gerais

e agências fiscalizadoras.

− A accountability societal se origina da sociedade e atinge as estruturas

do Estado, a exemplo da atuação da sociedade em ações de associações de

cidadãos, movimentos sociais, Conselhos Temáticos Institucionalizados ou,

ainda, a atuação da mídia.

• A Parceria para Governo Aberto ou OGP (do inglês Open Government Part-

nership) define o conceito de governo aberto por meio de quatro princípios

estabelecidos:

− Transparência – As informações sobre as atividades de governo são aber-

tas, compreensíveis, tempestivas, livremente acessíveis e atendem ao pa-

drão básico de dados abertos.

− Prestação de Contas e Responsabilização (accountability) – Exis-

tem regras e mecanismos que estabelecem como os atores justificam suas

ações, atuam sobre críticas e exigências e aceitam as responsabilidades

que lhes são incumbidas.

− Participação Cidadã – O governo procura mobilizar a sociedade para de-

bater, colaborar e propor contribuições que levam a um governo mais efe-

tivo e responsivo.

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− Tecnologia e Inovação – O governo reconhece a importância das novas

tecnologias no fomento à inovação provendo acesso à tecnologia e am-

pliando a capacidade da sociedade de utilizá-la.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002) O New

Public Management (NPM) é um conjunto de argumentos e filosofias administrativas

aceitas em determinados contextos e propostas como novo paradigma de gestão

pública a partir da emergência dos temas crise e reforma do Estado, nos anos 80.

Julgue o item a seguir, referente ao NPM.

A noção de empreendedorismo público denota uma postura estratégica proativa de

organizações públicas e do próprio Estado como um empreendedor seletivo.

2. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/2011) A propósito da

administração pública, julgue o item que se segue.

De acordo com a visão empreendedora da gestão pública pautada em pressupostos

da administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado só serão con-

siderados bons se atenderem às necessidades do cidadão-cliente.

3. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/CONTABILIDADE/2011)

No que se refere à administração pública, julgue o item a seguir.

Alcançar lucro por meio de contratos de desenvolvimento constitui um dos mais

agressivos métodos utilizados pelos governos empreendedores.

4. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/JUDICIÁRIA/2011) Julgue o item, rela-

tivo à administração pública.

Em uma visão empreendedora da gestão pública, que se pauta em pressupostos da

administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado são considerados

bons se os processos administrativos estão sob controle e são seguros.

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5. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-RJ/JUDICIÁRIA/2012) Julgue o item a se-

guir, que versa acerca de noções de administração pública.

A adoção de um paradigma empreendedor nas organizações públicas depende, em

grande monta, da mudança da cultura organizacional, composta, entre outros ele-

mentos, pelo herói, que consiste em uma figura viva ou morta, real ou imaginária,

que representa valores positivos e virtuosos valorizados pela sociedade em geral.

6. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CNJ/JUDICIÁRIA/2013) Acerca dos aspectos es-

truturais e organizacionais da administração pública, julgue o item a seguir.

Empreender, para o governo, significa mobilizar competências individuais e organi-

zacionais para provocar inovações e mudanças tecnológicas nos sistemas informa-

tizados nos modelos de gestão, exceto nas políticas públicas.

7. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 10ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013) Julgue

o item subsecutivo, referente ao empreendedorismo governamental e às novas li-

deranças no setor público.

A gestão pública empreendedora implica a busca por resultados, visando atender

às necessidades dos cidadãos e não aos interesses da burocracia mediante o estí-

mulo da sua parceria com sociedade.

8. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 10ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013) Julgue

o item subsecutivo, referente ao empreendedorismo governamental e às novas li-

deranças no setor público.

Aproximando-se do modelo tradicional burocrático, o governo empreendedor visa es-

timular a ação e a parceria da sociedade, exercendo forte controle sobre a economia.

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9. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item subsecuti-


vo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.
O governo empreendedor visa atender aos interesses da sociedade e da burocracia,
controlando a economia e se orientando por missões e objetivos.

10. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item


subsecutivo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideranças
no setor público.
A gestão empreendedora no setor público pressupõe a autonomia de decisão
e a responsabilização.

11. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item


subsecutivo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideran-
ças no setor público.
Na visão de eficácia das políticas governamentais, o governo empreendedor é vol-
tado para a consecução de metas otimizadas e resultados.

12. (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E


AUDIOVISUAL/ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ECONOMIA/2005) A re-
forma do Estado, particularmente no aspecto gerencial, é mais uma reforma insti-
tucional que uma reforma de gestão. Está baseada na criação de instituições nor-
mativas e organizacionais que viabilizem a gestão.
Luiz Carlos Bresser Pereira. Reforma do estado para a cidadania. Brasília: ENAP,
1998, p. 22 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o item a seguir, acerca da administração pública.


Um governo empreendedor caracteriza-se, entre outros aspectos, por executar
atividades que venham a gerar receitas com os serviços oferecidos, podendo até

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cobrar taxas como penalidades para cidadãos que cometeram pequenas infrações
que envolvem o bem-estar da comunidade.

13. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) Julgue o seguinte item, a


respeito de empreendedorismo governamental, convergências e diferenças entre a
gestão pública e a gestão privada, excelência nos serviços públicos e paradigma do
cliente na gestão pública.
O modelo de empreendedorismo governamental preconiza a reforma no sistema
público, de modo que o cidadão seja chamado a participar do governo, na definição
do destino da sua comunidade.

14. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) Julgue o seguinte item, a


respeito de empreendedorismo governamental, convergências e diferenças entre a
gestão pública e a gestão privada, excelência nos serviços públicos e paradigma do
cliente na gestão pública.
O governo que prioriza o empreendedorismo governamental deve assumir seu pa-
pel de comando, buscando maior centralização da autoridade.

15. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-


gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.
O Estado empreendedor é aquele que assume o controle da economia do país e
administra as empresas públicas para gerar riqueza.

16. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item


a seguir, referente a aspectos diversos da administração pública moderna.
O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendi-

mento, em vez de servi-lo, dá-lhe responsabilidades.

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17. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item


a seguir, referente a aspectos diversos da administração pública moderna.
Com o objetivo de alcançar a excelência em seus serviços, a gestão pública empre-
endedora deve ter como base a avaliação contínua de suas estratégias, seus planos
e suas metas pela sociedade.

18. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a se-


guir, relativo à evolução da administração pública.
O modelo de governo empreendedor se aproxima do modelo tradicional burocráti-
co quando aquele pretende controlar a economia, possuir empresas e, ao mesmo
tempo, estimular a ação e a parceria da sociedade.

19. (CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/DPU/2016) Acerca da admi-


nistração pública contemporânea, julgue o item subsecutivo.
A gestão pública empreendedora fundamenta-se no aumento da produtividade e do
rendimento das empresas públicas, de modo a gerar maior receita para o Estado.

20. (CESPE/AUDITOR/TCE-PR/2016) No exercício do empreendedorismo governa-


mental, estão previstos diversos princípios que devem nortear a atuação das novas
lideranças do setor público. O princípio que nasce da necessidade de um gerencia-
mento amplo de opções disponíveis, em contraste com a administração concentra-
da em um único objetivo, é o princípio do governo
a) previdente.
b) orientado para o mercado.
c) catalisador.
d) competitivo.

e) movido por missão.

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21. (CESPE/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/TELEBRAS/ANA-


LISTA SUPERIOR/ADMINISTRATIVO/2015) Com relação à evolução da administra-
ção e a seu papel no contexto público, julgue o item que se segue.
As últimas mudanças percebidas na gestão pública consistem na presença de um
governo empreendedor, que se distancia do modelo burocrático tradicional ao esti-
mular a ação e a parceria com a sociedade.

22. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
O Conselho de Gestão Fiscal (CGF), nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), ao institucionalizar a participação da sociedade civil na avaliação da gestão
fiscal, constitui espaço de interseção entre o aparelho administrativo estatal e o
público não estatal, como um instrumento de controle social do Estado.

23. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
São preceitos constitucionais, a serem atendidos nas leis orgânicas municipais, a
cooperação das chamadas associações representativas no planejamento municipal
e a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico não só do Município,
como também da cidade ou mesmo de bairros, requerendo-se, entretanto, para
tais projetos, participação percentual mínima do eleitorado.

24. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
Como forma de redução das despesas públicas dos Municípios com menos de 50 mil
habitantes, estão os mesmos desobrigados da divulgação dos relatórios de gestão
fiscal resumidos da execução orçamentária.

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25. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos

de gestão pública, julgue o próximo item.

A adoção de normas e padrões simplificados para prestação e consolidação de

contas para os pequenos Municípios, prevista na LRF, sem prejuízo do acompanha-

mento e avaliação da atuação das respectivas administrações públicas, constitui

atribuição específica do recém-implementado CGF.

26. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos

de gestão pública, julgue o próximo item.

Algumas das críticas relacionadas às experiências com o orçamento participativo

dizem respeito às restrições aos poderes do Legislativo, à falta de cumprimento das

decisões adotadas e às distorções na legitimidade dos instrumentos e processos

referentes às assembleias populares.

27. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

A educação e a participação popular nas decisões do Estado contribuem para a ge-

ração e para o fortalecimento de uma cultura democrática.

28. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

Os conselhos de gestão podem sugerir e deliberar acerca das políticas públicas do

Estado, porém não possuem poder de fiscalização.

29. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

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As conferências públicas destinam-se a críticas, sugestões, reclamações e denún-

cias individuais em relação às ações do Estado.

30. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação

aos processos participativos de gestão pública, assinale a opção correta.

a) A dificuldade de a administração pública viabilizar soluções para problemas so-

ciais diversos é um fator que justifica a abertura da participação social, a formação

de coalizações com segmentos da sociedade e(ou) o estabelecimento de parcerias

que culminem na implantação de políticas que atendam às demandas públicas.

b) O sucesso do orçamento participativo depende de os recursos públicos serem apli-

cados no que for considerado prioridade pelas entidades representativas dos segmen-

tos sociais, independentemente da capacidade de organização da sociedade.

c) Os conselhos gestores, de natureza deliberativa e consultiva, representam a concre-

ta participação da sociedade na formulação e execução de políticas públicas, motivo por

que devem ser integralmente compostos de representantes da sociedade civil.

d) O empreendedorismo governamental é um modelo de administração pública

fundamentado no estabelecimento de objetivos e metas que visem à qualidade do

serviço prestado pelos entes públicos, com avaliação permanente de resultados,

sem transferência de poder aos cidadãos e sem sua participação, em razão da res-

ponsabilidade institucional prevista no modelo.

e) Os entes da Federação devem disponibilizar, no mínimo, 10% de seus recursos

para a aplicação em programas de investimento definidos em decisão participativa

e em audiências públicas.

31. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚ-

BLICAS/2017) Acerca dos processos participativos de gestão, julgue o item a seguir.

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Embora debates, audiências e consultas públicas acerca de propostas de planos

plurianuais, de lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual devam ser

incluídos em uma gestão orçamentária participativa, sua realização não representa

condição obrigatória para a aprovação desses dispositivos na câmara municipal.

32. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚ-

BLICAS/2017) Acerca dos processos participativos de gestão, julgue o item a seguir.

A composição dos conselhos de gestão não é definida pela Constituição Federal

de 1988, mas por lei complementar, podendo variar de caso a caso e receber

características próprias.

33. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TC-DF/2012) Mudanças na or-

ganização pública Alfa estão sendo implementadas para propiciar o alcance de

resultados, seguindo modelos adotados por organizações privadas. A Alfa tam-

bém facilitará o acesso do cidadão aos seus atos, resultados, processos, custos

operacionais e administrativos por meio de portal na Internet, o que elevará

suas despesas com investimentos em TI.

Com respeito a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Infere-se da situação apresentada que a Alfa está se alinhando com os pressupos-

tos de accountability.

34. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO E AD-

MINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e

situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação

brasileira nesse setor, julgue os itens.

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A chamada accountability horizontal implica a existência de agências e instituições

estatais com poder legal e efetivo para realizar ações de controle preventivo, con-

comitante e a posteriori. Entre os diversos tipos, os denominados controles exter-

nos – legislativos e judiciários – têm caráter eminentemente técnico, e os internos

– administrativos – têm caráter eminentemente político.

35. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/

AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2015) Considerando aspectos diversos relacionados

à administração pública, julgue o item.

accountability consiste no dever do cidadão de realizar o controle social da admi-

nistração pública.

36. (CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTROLE EX-

TERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da transparência na administração pública,

julgue o item a seguir.

Na administração pública, o termo accountability inclui a obrigação de os agentes

públicos prestarem contas, a utilização de boas práticas de gestão e a responsabi-

lização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos.

37. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PI/JUDICIÁRIA/2016) A respeito dos ele-

mentos que caracterizam governabilidade, governança e accountability na adminis-

tração pública, assinale a opção correta.

a) A governança pública é caracterizada pelo atendimento dos interesses dos ci-

dadãos por meio da implantação de políticas públicas, preservando-se o equilíbrio

financeiro e os interesses do governo.

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b) Governabilidade refere-se à capacidade de governar, à eficiência na gestão da


máquina pública e à implantação das políticas públicas.
c) O termo accountability está relacionado aos lançamentos contábeis das receitas
e despesas de um órgão público para controle orçamentário, cuja finalidade primor-
dial é a elaboração de demonstrações financeiras.
d) As câmaras setoriais existentes no Brasil, por possuírem integrantes de sindica-
tos e empresariados, são exemplos de corporativismo e visam reforçar a governa-
bilidade, embora representem ameaça para a governança do país.
e) As entidades sindicais, legitimadas pelo governo, retratam um exemplo típico de
clientelismo, uma vez que possuem poderes para representar classes trabalhistas
e defender os interesses governamentais.

38. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-


CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-
blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.
Denomina-se accountable a pessoa ou instituição que assume a responsabilidade
por decisões tomadas e pelas consequências de suas ações e inações, mantendo a
sua integridade e resguardando a sua reputação.

39. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Com respeito a administração pública, julgue
o item a seguir.
Processos de accountability, tanto política quanto democrática, são formas escolhi-
das pelos governos eleitos para estruturar o Poder Executivo.

40. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Com rela-


ção às práticas recentes da administração pública no Brasil, julgue o item que se segue.

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A prestação de contas dos resultados das ações pela administração pública diz res-
peito ao conceito de governança.

41. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-


gue o item subsequente, relativo à gestão pública.
Uma forma de promover a transparência na administração pública consiste no in-
vestimento e na profissionalização dos serviços públicos.

42. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a se-


guir, relativo à evolução da administração pública.
A transparência, referente à possibilidade de acesso do cidadão às informações
governamentais, é um elemento essencial para o controle do aparelho do Es-
tado pela sociedade.

43. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-RS/ADMINISTRATIVA/2015) Assinale a op-


ção correta de acordo com os princípios de governo aberto, segundo a OGP (Open
Government Partnership).
a) Accountability refere-se à credibilidade usufruída por determinado governo
junto à sociedade.
b) O governo que implementa padrões éticos mínimos na administração é conside-
rado aberto, conforme a OGP.
c) O acesso às tecnologias já existentes deve ser garantido para que se
proponham inovações.
d) A mobilização social com vista a estimular contribuições para um governo mais
efetivo deve ser meta de um governo aberto.
e) A transparência pressupõe acesso facilitado às informações governamentais,
com o estabelecimento de requisitos mínimos a ser atendidos pelo requerente.

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44. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PE/ADMINISTRATIVA/2017) A respeito


da divulgação de conteúdos e dos controles referentes à transparência na adminis-
tração pública, assinale a opção correta.
a) Informações relativas à execução orçamentária e financeira, licitações e contra-
tos, nas páginas de transparência pública, devem ser atualizadas quinzenalmente.
b) Os órgãos e entidades da administração pública federal devem divulgar a rela-
ção nominal das empresas que tenham sido declaradas impedidas de contratar com
a administração pública federal.
c) Informações relativas a execução orçamentária e financeira, licitações, contra-
tações, convênios, diárias e passagens prescindem de sigilo.
d) Para a correta interpretação das informações, cabe ao cidadão pesquisar em
fontes fidedignas a definição dos termos técnicos utilizados nas páginas de trans-
parência pública.
e) Informações relativas a convênios que envolvam a transferência de recursos
públicos federais celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública
federal devem ser mantidas nas páginas de transparência pública por até cento e
oitenta dias após o encerramento da vigência do contrato.

45. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS


PÚBLICAS/2017) Acerca do conceito de Accountability aplicado à administração
pública, julgue o item.
Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são cons-
trangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade.

46. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE


CONTAS PÚBLICAS/2017) Acerca do conceito de Accountability aplicado à
administração pública, julgue o item.

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Em um estado de direito, a Accountability vertical ou democrática, entendida como

a que ocorre entre os diversos níveis de poder e sujeita à possibilidade de controle

mútuo, é profícua no fortalecimento de ações contra a corrupção.

47. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/JULGAMENTO/2017) No que diz respei-

to à administração pública brasileira contemporânea, julgue o item subsequente.

Transparência e controle social são características de um modelo de Estado autori-

tário e burocrático.

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GABARITO

1. C 25. E

2. C 26. C

3. C 27. C

4. E 28. C

5. E 29. E

6. E 30. a

7. C 31. E

8. E 32. C

9. E 33. C

10. C 34. E

11. C 35. E

12. C 36. C

13. C. 37. a

14. E 38. C

15. E 39. E

16. C 40. E

17. C 41. C

18. E 42. C

19. E 43. d

20. c 44. b

21. C 45. C

22. C 46. E

23. C 47. E

24. E

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GABARITO COMENTADO

1. (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002) O New

Public Management (NPM) é um conjunto de argumentos e filosofias administrativas

aceitas em determinados contextos e propostas como novo paradigma de gestão

pública a partir da emergência dos temas crise e reforma do Estado, nos anos 80.

Julgue o item a seguir, referente ao NPM.

A noção de empreendedorismo público denota uma postura estratégica proativa de

organizações públicas e do próprio Estado como um empreendedor seletivo.

Certo.

Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG, 2000), atual

Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, empreender significa obter

resultados. Assim, uma gestão empreendedora significa gestão voltada para resul-

tados, pressupondo agilidade, dinamismo, flexibilidade, dentre outros.

A proatividade exige inovar para obter uma administração mais eficiente e

que satisfaça os interesses da sociedade.

2. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/2011) A propósito da

administração pública, julgue o item que se segue.

De acordo com a visão empreendedora da gestão pública pautada em pressupostos

da administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado só serão con-

siderados bons se atenderem às necessidades do cidadão-cliente.

Certo.

Um dos itens do governo empreendedor: governo orientado ao cliente, ou seja,

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os governos devem substituir a autorreferencialidade (característica vigente no

modelo burocrático) pela lógica de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos.

3. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/CONTABILIDADE/2011)

No que se refere à administração pública, julgue o item a seguir.

Alcançar lucro por meio de contratos de desenvolvimento constitui um dos mais

agressivos métodos utilizados pelos governos empreendedores.

Certo.

Questão que gerou muita polêmica.

No contexto do governo empreendedor, obter lucro significa gerar mais receitas

do que despesas. Muitas vezes, as dotações orçamentárias são baseadas nos

gastos do ano anterior. É muito comum, em órgãos públicos, a correria de fim de

ano para utilizar os créditos recebidos e não os perder e, com isso, receber mais

recursos no ano seguinte.

Nas ideias empreendedoras, recomenda-se o financiamento de resultados, não de

gastos. Além disso, a administração deve buscar alternativas que gerem receitas

ao invés de gastos.

4. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/JUDICIÁRIA/2011) Julgue o item, rela-

tivo à administração pública.

Em uma visão empreendedora da gestão pública, que se pauta em pressupostos da

administração pública gerencial, os resultados da ação do Estado são considerados

bons se os processos administrativos estão sob controle e são seguros.

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Errado.

Vimos que um dos itens do governo empreendedor é o governo orientado ao

cliente, e não para os processos.

Para reforçar, Bresser-Pereira (1996)20 destaca que a administração pública geren-

cial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços.

Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos

administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administra-

ção pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente

estão sendo atendidas.

5. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-RJ/JUDICIÁRIA/2012) Julgue o item a se-

guir, que versa acerca de noções de administração pública.

A adoção de um paradigma empreendedor nas organizações públicas depende, em

grande monta, da mudança da cultura organizacional, composta, entre outros ele-

mentos, pelo herói, que consiste em uma figura viva ou morta, real ou imaginária,

que representa valores positivos e virtuosos valorizados pela sociedade em geral.

Errado.

A questão faz uma miscelânea de proposições. Vamos realizar uma dissecação da afirmação.

A adoção de um paradigma empreendedor nas organizações públicas depende, em


grande monta, da mudança da cultura organizacional…

Não há erro na afirmação. O empreendedorismo governamental significa fazer

algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar novas oportunidades de

20
PEREIRA, L. C. B. Administração pública gerencial: estratégia e estrutura para um novo
Estado. Brasília: MARE/ENAP, 1996.

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negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor. Isso é uma concepção

recente dentro da gestão pública, e por si só requer uma mudança na cultura

organizacional das organizações públicas, principalmente no tocante à inovação

e flexibilidade de conceitos e ações.

… cultura organizacional, composta, entre outros elementos, pelo herói, que consiste
em uma figura viva ou morta, real ou imaginária, que representa valores positivos e
virtuosos valorizados pela sociedade em geral.

De fato, o herói é um dos componentes da cultura organizacional. Para o conceito

de herói, podemos adotar aquelas pessoas que corporificam os valores e o caráter

da organização e de sua cultura. Ora, se temos a cultura com sinônimo de “identi-

dade” organizacional, é lógico que esse herói é evidenciado pela própria organi-

zação, e não pela sociedade em geral. Daí o erro do item!

6. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CNJ/JUDICIÁRIA/2013) Acerca dos aspectos es-

truturais e organizacionais da administração pública, julgue o item a seguir.

Empreender, para o governo, significa mobilizar competências individuais e organi-

zacionais para provocar inovações e mudanças tecnológicas nos sistemas informa-

tizados nos modelos de gestão, exceto nas políticas públicas.

Errado.

O empreendedorismo pode e deve acontecer também no setor público e não re-

pousa apenas nos sistemas informatizados. O setor público empreendedor

gera crescimento e desenvolvimento. E é claro que esse desenvolvimento não

se dissocia das políticas públicas!

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7. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 10ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013)

Julgue o item subsecutivo, referente ao empreendedorismo governamental e

às novas lideranças no setor público.

A gestão pública empreendedora implica a busca por resultados, visando atender

às necessidades dos cidadãos e não aos interesses da burocracia mediante o estí-

mulo da sua parceria com sociedade.

Certo.

Um dos princípios que orientam os governos empreendedores é o de governo

orientado por missões, que significa uma gestão voltada para resultados,

com características de agilidade, dinamismo, flexibilidade, dentre outras. Assim,

empreender é inovar para obter uma administração mais eficiente e que satisfaça

os interesses da sociedade.

8. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 10ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013) Julgue

o item subsecutivo, referente ao empreendedorismo governamental e às novas li-

deranças no setor público.

Aproximando-se do modelo tradicional burocrático, o governo empreendedor visa es-

timular a ação e a parceria da sociedade, exercendo forte controle sobre a economia.

Errado.

Governo empreendedor que se aproxima do modelo tradicional burocrático? Im-

possível! O modelo tradicional burocrático é gestão rígida, centralizada, ou

seja, o oposto dos pressupostos do empreendedorismo governamental.

Nessa proposta, o Estado quer estimular a ação e a parceria da sociedade.

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9. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item subsecuti-

vo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.

O governo empreendedor visa atender aos interesses da sociedade e da burocracia,

controlando a economia e se orientando por missões e objetivos.

Errado.

O Governo Empreendedor é voltado para a perspectiva do cidadão como cliente,

buscando estabelecer padrões de eficiência e eficácia, com ética e transparência.

Não há esse objetivo de controle da economia.

Ainda, um dos princípios do governo empreendedor se caracteriza como um

governo que pertence à comunidade, dando responsabilidade ao cidadão em

vez de servi-lo, e visa a atender aos cidadãos como clientes, e não aos

interesses da burocracia.

10. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item

subsecutivo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideranças

no setor público.

A gestão empreendedora no setor público pressupõe a autonomia de decisão

e a responsabilização.

Certo.

O empreendedorismo governamental ocorre pela responsabilização dos colabo-

radores, principalmente no tocante a criatividade, motivação e aprendizado.

Essa autonomia e responsabilidade é voltada para que os servidores tornem a

administração pública focalizada para o cidadão-cliente.

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11. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MIN/2013) Julgue o item subsecu-

tivo, referente a empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.

Na visão de eficácia das políticas governamentais, o governo empreendedor é vol-

tado para a consecução de metas otimizadas e resultados.

Certo.

Enquanto a eficiência se refere a processos (custos, prazo, procedimentos), a efi-

cácia é um termo que se vincula a resultados e metas atingidas. Daí a cor-

reção do item!

O governo empreendedor deriva do controle orientado por missões, metas e objeti-

vos, tornando-se expressivamente diferente e maior que o do governo burocrático.

12. (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E

AUDIOVISUAL/ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ECONOMIA/2005) A re-

forma do Estado, particularmente no aspecto gerencial, é mais uma reforma insti-

tucional que uma reforma de gestão. Está baseada na criação de instituições nor-

mativas e organizacionais que viabilizem a gestão.

Luiz Carlos Bresser Pereira. Reforma do estado para a cidadania. Brasília: ENAP,

1998, p. 22 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o item a seguir, acerca da administração pública.

Um governo empreendedor caracteriza-se, entre outros aspectos, por executar

atividades que venham a gerar receitas com os serviços oferecidos, podendo até

cobrar taxas como penalidades para cidadãos que cometeram pequenas infrações

que envolvem o bem-estar da comunidade.

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Certo.

O governo empreendedor, segundo Osborne e Gaebler (1994)21, deve gerar recei-

tas, ao invés de despesas, e instituir o conceito de lucro no setor público, por meio

de tarifas ou taxas cobradas pelos serviços públicos e investimentos para financiar

atividades futuras, segundo o qual os empreendedores públicos conseguem agre-

gar valor e garantir resultados, mesmo em tempos de restrições financeiras.

13. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) Julgue o seguinte item, a

respeito de empreendedorismo governamental, convergências e diferenças entre a

gestão pública e a gestão privada, excelência nos serviços públicos e paradigma do

cliente na gestão pública.

O modelo de empreendedorismo governamental preconiza a reforma no sistema

público, de modo que o cidadão seja chamado a participar do governo, na definição

do destino da sua comunidade.

Certo.

Trata-se do princípio “governo pertence à comunidade”, segundo o qual os gover-

nos devem abrir-se à participação dos cidadãos no momento de tomada de decisão.

14. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) Julgue o seguinte item, a

respeito de empreendedorismo governamental, convergências e diferenças entre a

gestão pública e a gestão privada, excelência nos serviços públicos e paradigma do

cliente na gestão pública.

21
OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está
transformando o setor público. 2. ed. Brasília: MH Comunicação, 1994.

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O governo que prioriza o empreendedorismo governamental deve assumir seu pa-


pel de comando, buscando maior centralização da autoridade.

Errado.
O item é uma afirmação contrária a dois princípios do empreendedorismo go-
vernamental. Vejamos.
• O governo deve ser catalisador, ou seja, não deve assumir o papel de
implementador de políticas públicas sozinho, mas sim harmonizar a ação de
diferentes agentes sociais na solução de problemas coletivos; e
• O governo deve pertencer à comunidade, abrindo-se à participação dos
cidadãos no momento de tomada de decisão.

15. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-


gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.
O Estado empreendedor é aquele que assume o controle da economia do país e
administra as empresas públicas para gerar riqueza.

Errado.
A ideia de governo empreendedor é justamente a oposição a monopólios
estatais. O Estado deve abrir-se à participação de outros atores na implementação
de políticas públicas.

16. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item


a seguir, referente a aspectos diversos da administração pública moderna.
O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendi-

mento, em vez de servi-lo, dá-lhe responsabilidades.

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Certo.
A questão se refere a dois itens do governo empreendedor:
• Governo orientado ao cliente, substituindo a autorreferencialidade pela lógica
de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos; e
• O governo pertence à comunidade, onde o governo dá responsabilidade ao
cidadão, em vez de simplesmente servi-lo.

17. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item


a seguir, referente a aspectos diversos da administração pública moderna.
Com o objetivo de alcançar a excelência em seus serviços, a gestão pública empre-
endedora deve ter como base a avaliação contínua de suas estratégias, seus planos
e suas metas pela sociedade.

Certo.
O governo empreendedor está voltado para o cidadão, buscando padrões de efi-
ciência e eficácia numa gestão pública por resultados, orientada por processos de
avaliação contínua e de legitimação pela sociedade.
O estímulo à avaliação constante do desempenho da gestão pública vem reque-
rendo cada vez mais a mensuração dos objetivos, metas e resultados alcançados,
tanto em relação ao que foi proposto e planejado.

18. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a se-


guir, relativo à evolução da administração pública.
O modelo de governo empreendedor se aproxima do modelo tradicional burocráti-
co quando aquele pretende controlar a economia, possuir empresas e, ao mesmo
tempo, estimular a ação e a parceria da sociedade.

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Errado.

“Nananinanão”!

O modelo de governo empreendedor, na verdade, distancia-se do modelo

tradicional burocrático.

Segundo o princípio do governo orientado por missões, os governos devem deixar de

lado a obsessão pelo seguimento de normativas formais e migrar a atenção na

direção da sua verdadeira missão, ou seja, ser um governo de resultados!

19. (CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/DPU/2016) Acerca da admi-

nistração pública contemporânea, julgue o item subsecutivo.

A gestão pública empreendedora fundamenta-se no aumento da produtividade e do

rendimento das empresas públicas, de modo a gerar maior receita para o Estado.

Errado.

A gestão pública empreendedora não se fundamenta em aumento da produti-

vidade e rendimento das empresas públicas, mas em buscar a excelência dos

serviços públicos e resultados por toda a organização direta e indireta!

20. (CESPE/AUDITOR/TCE-PR/2016) No exercício do empreendedorismo governa-

mental, estão previstos diversos princípios que devem nortear a atuação das novas

lideranças do setor público. O princípio que nasce da necessidade de um gerencia-

mento amplo de opções disponíveis, em contraste com a administração concentra-

da em um único objetivo, é o princípio do governo

a) previdente.

b) orientado para o mercado.

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c) catalisador.

d) competitivo.

e) movido por missão.

Letra c.

Pelo princípio do governo catalisador, os governos não devem assumir o papel

de implementador de políticas públicas sozinhos, mas harmonizar a ação de

diferentes agentes sociais na solução de problemas coletivos.

a) Errada. Trata do princípio governo preventivo, em que os governos devem

abandonar comportamentos reativos na solução de problemas pela ação proativa,

elaborando planejamento estratégico de modo a antever problemas potenciais.

b) Errada. Trata do princípio do governo de resultados, em que os governos devem

substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos de

suas ações, e para isso, adotar a administração por objetivos.

d) Errada. Trata do princípio do governo competitivo, no qual os governos de-

vem criar mecanismos de competição dentro das organizações públicas e entre

organizações públicas e privadas, buscando fomentar a melhora da qualidade dos

serviços prestados. Essa prescrição vai contra os monopólios governamentais na

prestação de certos serviços públicos.

e) Errada. Trata do princípio do governo orientado por missões, em que os go-

vernos devem deixar de lado a obsessão pelo seguimento de normativas formais e

migrar a atenção na direção da sua verdadeira missão.

21. (CESPE/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/TELEBRAS/ANA-

LISTA SUPERIOR/ADMINISTRATIVO/2015) Com relação à evolução da administra-

ção e a seu papel no contexto público, julgue o item que se segue.

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As últimas mudanças percebidas na gestão pública consistem na presença de um


governo empreendedor, que se distancia do modelo burocrático tradicional ao esti-
mular a ação e a parceria com a sociedade.

Certo.
O gestor empreendedor busca se distanciar de práticas burocráticas e estimula a
parceria com a sociedade. Trata-se do princípio do governo que pertence à
comunidade, dando responsabilidade ao cidadão em vez de servi-lo, visando a
atender aos cidadãos como clientes, e não aos interesses da burocracia, estimulan-
do a ação e a parceria da sociedade.

22. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
O Conselho de Gestão Fiscal (CGF), nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), ao institucionalizar a participação da sociedade civil na avaliação da gestão
fiscal, constitui espaço de interseção entre o aparelho administrativo estatal e o
público não estatal, como um instrumento de controle social do Estado.

Certo.
Ainda que não tenha sido implementado até o momento, o Conselho de Gestão
Fiscal (CGF) está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Todavia, a questão
não entrou nesse mérito, solicitando apenas informações sobre o que está previsto.
Então, segundo a LRF (Lei Complementar 101/2000), temos:

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da ope-


racionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, consti-
tuído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Minis-
tério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:
I – harmonização e coordenação entre os entes da Federação;

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II – disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução


do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na trans-
parência da gestão fiscal;
III – adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das presta-
ções de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei
Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como
outros, necessários ao controle social;
IV – divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimen-
to público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas
de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pe-
las normas desta Lei Complementar.
§ 2º Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho (grifo meu).

Nesse sentido, o CGF é um espaço de interseção entre:


• Aparelho administrativo estatal: “(…) representantes de todos os Poderes
e esferas de Governo, do Ministério Público (…)”; e
• Público não estatal: “(…) entidades técnicas representativas da sociedade”.

23. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
São preceitos constitucionais, a serem atendidos nas leis orgânicas municipais, a
cooperação das chamadas associações representativas no planejamento municipal
e a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico não só do Município,
como também da cidade ou mesmo de bairros, requerendo-se, entretanto, para
tais projetos, participação percentual mínima do eleitorado.

Certo.
A resposta está na Constituição Federal de 1988 (CF/1988):

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstí-
cio mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Consti-
tuição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

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(…)
XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
(Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992)
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, por meio de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitora-
do;(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) (grifo meu)

24. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos

de gestão pública, julgue o próximo item.

Como forma de redução das despesas públicas dos Municípios com menos de 50 mil

habitantes, estão os mesmos desobrigados da divulgação dos relatórios de gestão

fiscal resumidos da execução orçamentária.

Errado.

O enunciado fez uma mistura “nojenta” entre o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e

o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO).

O RGF é publicado a cada quadrimestre e versa sobre alguns limites estabelecidos

na Lei de Responsabilidade Fiscal, como despesas com pessoal, dívidas consolidada

e mobiliária, concessões de garantia, operações de crédito etc.

Já o RREO é bimestral, está previsto na Constituição Federal e, também, é regu-

lado pela LRF. Vejamos:

CF/1988:

Art. 165, § 3º – O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de


cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (grifo meu)

O RREO trará, dentre outras informações, balanço orçamentária, demonstrativos

da execução de receitas e despesas etc.

Por fim, a LRF dispõe o seguinte:

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Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habi-
tantes optar por:
I – aplicar o disposto no art. 22 e no § 4º do art. 30 ao final do semestre;
II – divulgar semestralmente:
a) (VETADO)
b) o Relatório de Gestão Fiscal;
c) os demonstrativos de que trata o art. 53;
III – elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o
Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I
do art. 5º a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.
§ 1º A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta
dias após o encerramento do semestre.

O artigo 53 mencionado trata de alguns demonstrativos do RREO. Perceba, então,

que os Municípios com menos de 50 mil habitantes não estão dispensados de publi-

car o RGF e o RREO, apenas podem optar por divulgar o primeiro e alguns demons-

trativos do segundo, semestralmente. Veja que, de forma geral, o RREO continua

bimestral, seguindo as determinações do § 3º, art. 165, CF/1988.

Logo, percebe-se que o enunciado está todo incorreto!

25. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos

de gestão pública, julgue o próximo item.

A adoção de normas e padrões simplificados para prestação e consolidação de

contas para os pequenos Municípios, prevista na LRF, sem prejuízo do acompanha-

mento e avaliação da atuação das respectivas administrações públicas, constitui

atribuição específica do recém-implementado CGF.

Errado.

Perceba como nesse certame a banca insistiu em tópicos da LRF.

O Conselho de Gestão Fiscal (CGF) está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal,

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como já sabemos. No entanto, o erro do item está no fato de que esse conse-

lho ainda não foi implementado!

26. (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos

de gestão pública, julgue o próximo item.

Algumas das críticas relacionadas às experiências com o orçamento participativo

dizem respeito às restrições aos poderes do Legislativo, à falta de cumprimento das

decisões adotadas e às distorções na legitimidade dos instrumentos e processos

referentes às assembleias populares.

Certo.

A questão traz algumas críticas recorrentes ao processo de orçamento par-

ticipativo.

A despeito de esses instrumentos proporcionarem maior transparência da atuação

dos governos e maior participação da população na administração estatal, eles ain-

da possuem deficiências que impedem sua plena eficácia.

27. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

A educação e a participação popular nas decisões do Estado contribuem para a ge-

ração e para o fortalecimento de uma cultura democrática.

Certo.

Sabemos que um governo democrático requer participação popular. O fato é que

essa participação envolve conhecimento ou educação social. A sociedade

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deve ter ciência do que dispõe, de suas liberdades de práticas políticas, e liberdade

na participação de todos nos assuntos públicos.

28. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

Os conselhos de gestão podem sugerir e deliberar acerca das políticas públicas do

Estado, porém não possuem poder de fiscalização.

Certo.

Os conselhos de gestão pública sugerem, deliberam e fiscalizam a efetividade

das políticas públicas. Daí o erro do item!

Vejamos, como exemplo, uma das competências do Conselho Nacional de Saúde,

conforme consta no artigo 2º do Decreto 5.839/2006:

Art. 2º Ao CNS compete:


I – atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da Política Nacional
de Saúde, na esfera do Governo Federal, inclusive nos aspectos econômicos e financei-
ros (grifo meu);

Impende destacar, ainda, que esses órgãos possuem amparo constitucional e nor-

mas legais que regem suas criações e atuações.

29. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o

item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.

As conferências públicas destinam-se a críticas, sugestões, reclamações e denún-

cias individuais em relação às ações do Estado.

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Errado.

O item apresenta, na verdade, o conceito de ouvidorias, e não de con-

ferências públicas.

30. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação

aos processos participativos de gestão pública, assinale a opção correta.

a) A dificuldade de a administração pública viabilizar soluções para problemas so-

ciais diversos é um fator que justifica a abertura da participação social, a formação

de coalizações com segmentos da sociedade e(ou) o estabelecimento de parcerias

que culminem na implantação de políticas que atendam às demandas públicas.

b) O sucesso do orçamento participativo depende de os recursos públicos serem apli-

cados no que for considerado prioridade pelas entidades representativas dos segmen-

tos sociais, independentemente da capacidade de organização da sociedade.

c) Os conselhos gestores, de natureza deliberativa e consultiva, representam a con-

creta participação da sociedade na formulação e execução de políticas públicas, moti-

vo por que devem ser integralmente compostos de representantes da sociedade civil.

d) O empreendedorismo governamental é um modelo de administração pública

fundamentado no estabelecimento de objetivos e metas que visem à qualidade do

serviço prestado pelos entes públicos, com avaliação permanente de resultados,

sem transferência de poder aos cidadãos e sem sua participação, em razão da res-

ponsabilidade institucional prevista no modelo.

e) Os entes da Federação devem disponibilizar, no mínimo, 10% de seus recursos

para a aplicação em programas de investimento definidos em decisão participativa

e em audiências públicas.

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Letra a.

A participação popular é um importante instrumento de complementação da demo-

cracia representativa, pois permite que a sociedade debata e opine diretamente so-

bre a gestão. Assim, a dificuldade de a administração pública implementar soluções

para problemas sociais diversos é um fator que justifica a abertura da participação

social, a formação de coalizações com segmentos da sociedade, bem como o esta-

belecimento de parcerias que culminem na implantação de políticas que atendam

às demandas públicas.

b) Errada. O orçamento participativo é um processo pelo qual a sociedade decide,

de forma direta, a aplicação dos recursos em obras e serviços que serão executa-

dos pela administração pública. Começa com reuniões, quando o ente presta con-

tas do exercício anterior, apresenta um plano de investimentos e serviços para pos-

sível execução no ano seguinte. Logo, o erro da alternativa é dizer que o sucesso

do orçamento participativo independe da capacidade de organização da sociedade.

c) Errada. Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas são canais institucionais,

plurais, permanentes, autônomos, formados por representantes da sociedade civil

e poder público. O erro da alternativa, portanto, é citar que esses conselhos são

formados integralmente por representantes da sociedade civil.

d) Errada. O empreendedorismo governamental é um governo de resultados, que

deve substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos

de suas ações, e para isso adotar a administração por objetivos. O erro da alter-

nativa está em dizer que não há transferência de poder aos cidadãos e nem a sua

participação. Isso porque, na verdade, empreendedorismo governamental envolve

a ideia de governo que pertence à comunidade, ou seja, os governos devem abrir-

-se à participação dos cidadãos no momento de tomada de decisão.

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e) Errada. Invenção da banca! Não existe isso de previsão de destinação mínima de

recursos para investimentos. O foco do orçamento participativo é tornar assuntos buro-

cráticos mais claros para a população, permitindo o controle social, a transparência, a

prestação de contas pública e o monitoramento das ações governamentais.

31. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚ-

BLICAS/2017) Acerca dos processos participativos de gestão, julgue o item a seguir.

Embora debates, audiências e consultas públicas acerca de propostas de planos

plurianuais, de lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual devam ser

incluídos em uma gestão orçamentária participativa, sua realização não representa

condição obrigatória para a aprovação desses dispositivos na câmara municipal.

Errado.

A questão trata do princípio participativo que consta na Lei n. 10.257/2001 (Esta-

tuto da Cidade):

Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea


f do inciso III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consul-
tas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e
do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara
Municipal (grifo meu).

Logo, a realização de debates, audiências e consultas públicas acerca de propos-

tas de planos plurianuais, de lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual

devem ser incluídos em uma gestão orçamentária participativa, e sua realização

representa condição obrigatória para a aprovação desses dispositivos na

câmara municipal.

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32. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚ-

BLICAS/2017) Acerca dos processos participativos de gestão, julgue o item a seguir.

A composição dos conselhos de gestão não é definida pela Constituição Federal

de 1988, mas por lei complementar, podendo variar de caso a caso e receber

características próprias.

Certo.

A banca considerou a afirmação correta.

De fato, os conselhos de gestão estão previstos na Constituição Federal de 1988

como instrumentos de expressão, representação e participação da população.

No entanto, não são todos os conselhos que têm sua composição tratada

por lei complementar. Por exemplo, o Conselho Nacional de Educação, o Con-

selho Nacional de Saúde, dentre inúmeros outros, são regidos por leis ordiná-

rias. Já o Conselho de Gestão Fiscal é regido pela Lei Complementar 101/2000

(LRF), em seu art. 67.

Por esse motivo, a questão merecia ser anulada. Mas isso não ocorreu! Fique atento(a)!

33. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TC-DF/2012) Mudanças na or-

ganização pública Alfa estão sendo implementadas para propiciar o alcance de

resultados, seguindo modelos adotados por organizações privadas. A Alfa tam-

bém facilitará o acesso do cidadão aos seus atos, resultados, processos, custos

operacionais e administrativos por meio de portal na Internet, o que elevará

suas despesas com investimentos em TI.

Com respeito a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Infere-se da situação apresentada que a Alfa está se alinhando com os pressu-

postos de accountability.

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Certo.

A descrição das últimas ações da organização pública ALFA sugere um foco no

alcance de objetivos, com preocupação em divulgar para o cidadão, por meio da

internet, o que é feito, os recursos que são consumidos e os resultados alcançados.

Esse esforço em prestar contas à sociedade e assegurar a transparência dos seus

atos é um dos pressupostos da accountability, o que torna o item correto.

34. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO E AD-

MINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e

situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação

brasileira nesse setor, julgue os itens.

A chamada accountability horizontal implica a existência de agências e insti-

tuições estatais com poder legal e efetivo para realizar ações de controle pre-

ventivo, concomitante e a posteriori. Entre os diversos tipos, os denominados

controles externos – legislativos e judiciários – têm caráter eminentemente

técnico, e os internos – administrativos – têm caráter eminentemente político.

Errado.

De fato, o controle exercido por agências e instituições estatais com poder legal e

efetivo para realizar ações de controle preventivo, concomitante e a posteriori re-

presenta a accountability horizontal.

No entanto, em regra, o Poder Legislativo exerce um controle político, en-

quanto os controles internos administrativos exercem o controle técnico.

Daí o erro do item!

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35. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2015) Considerando aspectos diversos relacionados
à administração pública, julgue o item.
Accountability consiste no dever do cidadão de realizar o controle social da admi-
nistração pública.

Errado.
A accountability consiste no dever de o Estado ser transparente, possibilitando ao
cidadão de realizar o controle social da administração pública. Assim, accountabi-
lity é dever do Estado e direito dos cidadãos.

36. (CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTROLE EX-


TERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da transparência na administração pública,
julgue o item a seguir.
Na administração pública, o termo accountability inclui a obrigação de os agentes
públicos prestarem contas, a utilização de boas práticas de gestão e a responsabi-
lização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos.

Certo.
A accountability pode ser entendida como a responsabilização democrática dos
agentes públicos. Assim, o termo accountability está associado à prestação de con-
tas, responsabilização do gestor público e transparência.

37. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PI/JUDICIÁRIA/2016) A respeito dos ele-


mentos que caracterizam governabilidade, governança e accountability na adminis-
tração pública, assinale a opção correta.

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a) A governança pública é caracterizada pelo atendimento dos interesses dos ci-

dadãos por meio da implantação de políticas públicas, preservando-se o equilíbrio

financeiro e os interesses do governo.

b) Governabilidade refere-se à capacidade de governar, à eficiência na gestão da

máquina pública e à implantação das políticas públicas.

c) O termo accountability está relacionado aos lançamentos contábeis das receitas

e despesas de um órgão público para controle orçamentário, cuja finalidade primor-

dial é a elaboração de demonstrações financeiras.

d) As câmaras setoriais existentes no Brasil, por possuírem integrantes de sindica-

tos e empresariados, são exemplos de corporativismo e visam reforçar a governa-

bilidade, embora representem ameaça para a governança do país.

e) As entidades sindicais, legitimadas pelo governo, retratam um exemplo típico de

clientelismo, uma vez que possuem poderes para representar classes trabalhistas

e defender os interesses governamentais.

Letra a.

A governança pública é a capacidade de o governo implementar políticas públicas.

A alternativa apresenta características da governança, como atendimento dos inte-

resses dos cidadãos, respeitando o equilíbrio financeiro e os interesses do governo.

b) Errada. O conceito apresentado é o de governança. A governabilidade refere-se

ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com o apoio da população e

de seus representantes.

c) Errada. Accountability inclui a obrigação de prestar contas, a utilização de boas

práticas de gestão e a responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da

utilização dos recursos públicos.

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d) Errada. As câmaras setoriais se constituem num fórum composto por entidades


representativas, que têm por finalidade propor, apoiar e acompanhar ações para o de-
senvolvimento de atividades, além de servir como órgão consultivo do governo. Não é
correto afirmar, portanto, que representam uma ameaça para a governança do país.
e) Errada. O clientelismo é um tipo de relação entre atores políticos que envolve
concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isen-
ções, em troca de apoio político, sobretudo, na forma de voto. As entidades sindi-
cais retratam corporativismo com base em entidades representativas de interesses
das categorias profissionais, e não exemplo de clientelismo.

38. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-


CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-
blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.
Denomina-se accountable a pessoa ou instituição que assume a responsabilidade
por decisões tomadas e pelas consequências de suas ações e inações, mantendo a
sua integridade e resguardando a sua reputação.

Certo.
Traduzindo ao “pé da letra”, accountable é o mesmo que responsabilidade, ou seja,
uma pessoa que assume a responsabilidade por seus atos e pelas consequências
de suas ações (aspecto positivo – fazer) e inações (aspecto negativa – deixar de
fazer). Com isso, o agente irá manter sua integridade e resguardar a reputação.

39. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Com respeito a administração pública, jul-
gue o item a seguir.

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Processos de accountability, tanto política quanto democrática, são formas escolhi-

das pelos governos eleitos para estruturar o Poder Executivo.

Errado.

O princípio da soberania popular pressupõe não apenas o governo do povo e para o

povo, mas também pelo povo. Esse ponto coloca diretamente a questão da accou-

ntability no mesmo centro da prática democrática.

Nesse contexto, merece destaque a seguinte classificação: a accountability política

e a accountability democrática.

A accountability política (perspectiva da sociedade – cidadãos) é uma avaliação

retrospectiva, principalmente quando se trata de representantes eleitos que não

podem ser forçados a cumprir as promessas e programas enquanto estiverem no

cargo, mas podem ser punidos por seus atos e omissões nas próximas eleições.

Já a accountability democrática (perspectiva dos governantes) não é opcional;

ela é uma característica essencial de qualquer abordagem para a estruturação do

Poder Executivo. Governos devem ser responsáveis perante todo o Estado, e não

só perante alguns poucos stakeholders interessados.

Assim, em relação ao item, destacamos que é a abordagem democrática, por

ser uma perspectiva dos governantes, a considerada para fins de estrutu-

ração do Poder Executivo.

40. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Com rela-

ção às práticas recentes da administração pública no Brasil, julgue o item que se segue.

A prestação de contas dos resultados das ações pela administração pública diz res-

peito ao conceito de governança.

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Errado.

Na verdade, é a governabilidade, e não a accountability, que se refere às con-

dições de um Estado para uso de sua autoridade política na proposição de políticas

públicas.

A governabilidade refere-se a condições sistêmicas e institucionais sob as quais se

dá o exercício do poder.

Portanto, além das questões político-institucionais de tomada de decisões, a gover-

nabilidade envolveria, também, o sistema de intermediação de interesses – formas

de participação dos grupos organizados da sociedade no processo de definição,

acompanhamento e implementação de políticas públicas.

41. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item subsequente, relativo à gestão pública.

Uma forma de promover a transparência na administração pública consiste no in-

vestimento e na profissionalização dos serviços públicos.

Certo.

A transparência exige tanto a conformidade da organização às leis que regulam

suas atividades quanto o desempenho ou performance segundo as expectativas e

aos desejos da sociedade como um todo.

Sem dúvida de que essa operacionalização depende do nível de profissio-

nalismo existente nos serviços públicos. Sobre isso, a Reforma Administrativa

bem enfatizava. O PDRAE, por exemplo, possuía a intenção de ajudar o Governo a

funcionar melhor, ao menor custo possível, promovendo a administração gerencial,

transparente e profissional, em benefício do cidadão.

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42. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a se-

guir, relativo à evolução da administração pública.

A transparência, referente à possibilidade de acesso do cidadão às informações

governamentais, é um elemento essencial para o controle do aparelho do Esta-

do pela sociedade.

Certo.

O princípio da transparência da gestão pública surgiu a partir da necessidade de a

sociedade conhecer como foram utilizados os recursos que ela transferiu ao Estado

para que este gerisse a máquina pública. A expressão transparência possui sonori-

dade de límpido, claro, visível, sem mácula.

Os pressupostos que dizem respeito à evolução e consecução do controle

social se encontram intimamente relacionados às atividades desenvolvi-

das pelo Estado em prol da transparência pública.

43. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-RS/ADMINISTRATIVA/2015) Assinale a op-

ção correta de acordo com os princípios de governo aberto, segundo a OGP (Open

Government Partnership).

a) Accountability refere-se à credibilidade usufruída por determinado governo

junto à sociedade.

b) O governo que implementa padrões éticos mínimos na administração é conside-

rado aberto, conforme a OGP.

c) O acesso às tecnologias já existentes deve ser garantido para que se

proponham inovações.

d) A mobilização social com vista a estimular contribuições para um governo mais

efetivo deve ser meta de um governo aberto.

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e) A transparência pressupõe acesso facilitado às informações governamentais,


com o estabelecimento de requisitos mínimos a ser atendidos pelo requerente.

Letra d.
A Parceria para Governo Aberto ou OGP (do inglês Open Government Partnership) é
uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente práticas
governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à informa-
ção pública e à participação social.
A OGP define o conceito de governo aberto por meio de quatro princípios esta-
belecidos, a saber:
• Transparência – As informações sobre as atividades de governo são aber-
tas, compreensíveis, tempestivas, livremente acessíveis e atendem ao padrão
básico de dados abertos.
• Prestação de Contas e Responsabilização (accountability) – Existem
regras e mecanismos que estabelecem como os atores justificam suas ações,
atuam sobre críticas e exigências e aceitam as responsabilidades que lhes são
incumbidas.
• Participação Cidadã – O governo procura mobilizar a sociedade para deba-
ter, colaborar e propor contribuições que levam a um governo mais efetivo e
responsivo.
• Tecnologia e Inovação – O governo reconhece a importância das novas
tecnologias no fomento à inovação provendo acesso à tecnologia e ampliando
a capacidade da sociedade de utilizá-la.
Analisando as alternativas, temos que:
d) Certa. Pois pelo princípio da participação cidadã, o governo procura mobilizar a
sociedade para debater, colaborar e propor contribuições que levam a um governo
mais efetivo e responsivo.

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a) Errada. Pois accountability é responsabilidade que tem os gestores públicos de

prestar contas à sociedade.

b) Errada. Pois um governo é considerado aberto se sua gestão, ações, projetos e

programas refletem os quatro princípios de Governo Aberto.

c) Errada. Pois pelo princípio da tecnologia e inovação, o governo reconhece a im-

portância das novas tecnologias no fomento à inovação, provendo acesso à tecno-

logia e ampliando a capacidade de a sociedade utilizá-la. A alternativa fala apenas

em tecnologias existentes, de onde temos o erro da afirmação.

e) Errada. Pois o princípio da transparência em Governo Aberto pressupõe que

as informações sobre as atividades de governo são abertas, compreensíveis, tem-

pestivas, livremente acessíveis e atendem ao padrão básico de dados abertos. Não

ocorre, então, como informado na segunda parte da alternativa: “com o estabele-

cimento de requisitos mínimos a ser atendidos pelo requerente.”.

44. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO /TRE-PE/ADMINISTRATIVA/2017) A respeito

da divulgação de conteúdos e dos controles referentes à transparência na adminis-

tração pública, assinale a opção correta.

a) Informações relativas à execução orçamentária e financeira, licitações e contra-

tos, nas páginas de transparência pública, devem ser atualizadas quinzenalmente.

b) Os órgãos e entidades da administração pública federal devem divulgar a rela-

ção nominal das empresas que tenham sido declaradas impedidas de contratar com

a administração pública federal.

c) Informações relativas a execução orçamentária e financeira, licitações, contra-

tações, convênios, diárias e passagens prescindem de sigilo.

d) Para a correta interpretação das informações, cabe ao cidadão pesquisar em fontes

fidedignas a definição dos termos técnicos utilizados nas páginas de transparência pública.

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e) Informações relativas a convênios que envolvam a transferência de recursos

públicos federais celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública

federal devem ser mantidas nas páginas de transparência pública por até cento e

oitenta dias após o encerramento da vigência do contrato.

Letra b.

A questão trata da Portaria Interministerial n. 140, de 16 de março de 2006, que

disciplina a divulgação de dados e informações pelos órgãos e entidades da Admi-

nistração Pública Federal, por meio da rede mundial de computadores – internet.

Analisando as alternativas, temos o seguinte:

b) Certa. Os órgãos e entidades da administração pública federal devem divulgar a

relação nominal das empresas que tenham sido declaradas impedidas de contratar

com a administração pública federal.

Art. 12. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal divulgarão, com atuali-


zação quinzenal, nas respectivas páginas de Transparência Pública, relação de empresas
que, por ato seu, tenham sido declaradas suspensas do direito de participar de licitação
ou impedidas de contratar com a Administração Pública Federal em razão de descumpri-
mento de contrato consigo, fazendo-se constar: (…)

a) Errada. Informações relativas à execução orçamentária e financeira,

licitações e contratos, nas páginas de transparência pública, devem ser

atualizadas quinzenalmente.

Art. 9º As seguintes informações, relativas à execução orçamentária e financeira dos


órgãos e entidades da Administração Pública Federal, serão divulgadas e atualizadas
mensalmente nas páginas de Transparência Pública: (…)

c) Errada. Informações relativas a execução orçamentária e financeira, licitações,

contratações, convênios, diárias e passagens prescindem de sigilo.

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Art. 23. As informações classificadas como sigilosas, nos termos da legislação


sobre a matéria, terão sua divulgação restrita, tendo em vista o que dispõe o art. 4º do
Decreto n. 5.482, de 30 de junho de 2005.

Assim, poderá haver informações presentes na execução orçamentária e financei-

ra, licitações, contratações, convênios, diárias e passagens que sejam classificadas

como sigilosas.

d) Errada. Para a correta interpretação das informações, cabe ao cidadão pesqui-

sar em fontes fidedignas a definição dos termos técnicos utilizados nas páginas de

transparência pública.

Art. 20. As páginas de Transparência Pública conterão glossário com as definições, em


linguagem acessível ao cidadão, de todos os termos técnicos empregados na apre-
sentação das informações.

e) Errada. Informações relativas a convênios que envolvam a transferência de

recursos públicos federais celebrados pelos órgãos e entidades da administração

pública federal devem ser mantidas nas páginas de transparência pública por até

cento e oitenta dias após o encerramento da vigência do contrato.

Art. 13. As seguintes informações relativas aos convênios ou instrumentos congêneres


que envolvam transferência de recursos públicos federais celebrados pelos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal serão divulgadas e atualizadas quinzenal-
mente nas páginas de Transparência Pública:
(…)
§ 2º Os dados a que se refere o caput deste artigo permanecerão nas páginas de Trans-
parência Pública pelo prazo mínimo de quatro anos após o encerramento da vigên-
cia do convênio.

45. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS

PÚBLICAS/2017) Acerca do conceito de accountability aplicado à administração

pública, julgue o item.

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Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são cons-

trangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade.

Certo.

Constranger significa obrigar, sujeitar. Logo, afirmação correta!

A accountability democrática ou responsabilização política é definida por Fernando

Luiz Abrucio e Maria Rita Loureiro22 como “a construção de mecanismos institucio-

nais pelos quais os governantes são constrangidos a responder, ininterruptamente,

por seus atos ou omissões perante os governados”.

46. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS

PÚBLICAS/2017) Acerca do conceito de accountability aplicado à administração

pública, julgue o item.

Em um estado de direito, a accountability vertical ou democrática, entendida como

a que ocorre entre os diversos níveis de poder e sujeita à possibilidade de controle

mútuo, é profícua no fortalecimento de ações contra a corrupção.

Errado.

A accountability que ocorre entre os diversos níveis de poder e sujeita à possibili-

dade de controle mútuo é a horizontal, e não a vertical!

A accountability horizontal ocorre por meio da mútua fiscalização e controle exis-

tente entre os Poderes do Estado (os freios e contrapesos) ou entre os órgãos, por

meio dos Tribunais de Contas ou Controladorias Gerais e agências fiscalizadoras.

22
ABRUCIO, F. L.; LOUREIRO, M. R. Finanças públicas, democracia e accountability. In: ARVATE,
Paulo Roberto; BIDERMAN, Ciro. Economia do setor público no Brasil. Rio de Janeiro: Else-
vier/Campus, 2004.

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47. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/JULGAMENTO/2017) No que diz respei-

to à administração pública brasileira contemporânea, julgue o item subsequente.

Transparência e controle social são características de um modelo de Estado

autoritário e burocrático.

Errado.

Transparência e controle social são características de um modelo de Estado demo-

crático e gerencial, e não autoritário e burocrático!

Um dos pressupostos da reforma gerencial de 1995, por exemplo, era a afirma-

ção de que a governabilidade nos regimes democráticos dependeria, dentre outros

fatores, da existência de mecanismos de responsabilização (accountability)

dos políticos e burocratas perante a sociedade.

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