Dizimos
Dizimos
Dizimos
Antes que você tenha de ler todo o estudo, talvez seja bom adiantar aqui, logo no início, que esse estudo
mostrará que não existem dízimos na vigência da fé em que nos encontramos.
Para começarmos a tratar desse assunto, sobre o qual existem tantas discussões, é preciso que
verifiquemos todas as menções a dízimos nas escrituras, bem como à décima parte, porque são sinônimos.
Dízimo significa exatamente isso: a décima parte ou um décimo. Algo menor do que a décima parte não era
dízimo, e algo maior do que a décima parte também não era dízimo.
Onde há referências a dízimos?
Há referências a dízimos anteriores à lei, referências na lei, e algumas referências após a vigência da lei,
contudo essas últimas somente fazendo referência às duas anteriores.
Mostraremos também que existem ofertas na vigência da fé, e como elas devem ser feitas para evitar toda
aparência do mal, bem como o mal em si.
Analisemos então as três situações, distintamente, colocando cada coisa no seu devido tempo e com o seu
devido motivo e forma. Antes da lei, na lei e após a lei.
ANTES DA LEI
O dízimo de Abruham.
Aqui importa que sejamos extremamente cuidadosos com as palavras que escrevemos para não induzir
entendimentos tendenciosos aos leitores.
Na língua portuguesa, como em qualquer outra língua, as palavras têm um significado que precisa ser
usado com correção e adequação para transmitirmos corretamente um conceito ou uma informação,
porque o uso errado das palavras pode, e certamente levará, a entendimentos incorretos.
Seria passada uma idéia falsa e errônea aos leitores se usássemos expressões como "prática de dizimar", ou
"Abruham dizimava" ou ainda "Abruham entregava seus dízimos".
Isso não é fiel à verdade e muito tendencioso, porque "prática de dizimar", "Abruham dizimava" e
"Abruham entregava seus dízimos" indica um procedimento contínuo e não ÚNICO, como as escrituras
revelam.
Redigido desta forma, estaria levando o leitor a entender que "Abruham dizimou muitas vezes" ou que
"Abruham dizimava constantemente".
A própria expressão "prática de dizimar" passa uma idéia errônea de que tal coisa acontecia sempre, o que
não é fato escritural.
As escrituras mostram um ato isolado, ainda que verdadeiro e sincero, mas isolado, de Abruham em
relação a Molkhitzaodoq (corrompido como Melquizedeque).
As escrituras mostram uma, e somente uma, entrega de dízimo (singular) de Abruham, e não mostra mais
nenhuma, pelo que qualquer afirmação no sentido de que pode ser ou talvez seja ou ainda quem sabe? em
relação a Abruham ter dizimado mais do que uma única vez, não passam de conjecturas, suposições,
afirmações não escriturais, ou pior, adições às escrituras de forma corruptiva, pois não podemos achar,
supor ou conjecturar sobre o que as escrituras não mostram.
Como já entramos na questão do dízimo de Abruham, seria melhor abordar todo o assunto em
profundidade, mesmo que abaixo seja necessário fazer referência novamente ao que abordamos aqui.
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Para abordarmos o assunto, precisamos considerar alguns aspectos ordenadamente:
Isto é muito simples de entender, não somente porque tal pagamento só é relatado uma única vez, em
Bereshiyt (Gênesis) 14:20, como, e principalmente, tal pagamento foi feito sobre os despojos de guerra,
conforme Hebreus 7:4 nos afirma: "Considerai, pois, como era grande este a quem Abruham, o patriarca,
pagou o dízimo tirado dos melhores despojos". Como não consta que Abruham tenha participado de mais
de uma matança de reis, nem que tenha se encontrado com Molkhitzaodoq em cada matança, é correto
entendermos que houve um só despojo sobre o qual Abruham pagou o dízimo (singular) UMA ÚNICA VEZ.
É, pois, incorreto e tendencioso afirmar que Abruham praticava o dízimo, como se fosse coisa costumeira,
ou mesmo que Abruham entregava seus dízimos (plural), como se ele tivesse entregue mais de uma vez. É
correto, sim, afirmar que Abruham pagou dízimo uma única vez sobre os despojos de guerra da matança
dos reis, quando Molkhitzaodoq foi ao seu encontro.
É também importante perceber que Abruham não entregou dízimo sobre absolutamente nada de sua
renda, dos seus próprios bens, mas sim dos despojos de guerra, bens esses que foram tomados dos
vencidos. Abruham não entregou dízimo de suas colheitas, nem de seu rebanho, e muito menos de
dinheiro. Entregou dízimo sobre os despojos de guerra, que ele tomou dos vencidos.
2) O povo yaohudi (judaico) considerava Abruham como o superior a todos, como patriarca da nação,
sendo muito difícil reconhecerem que havia alguém superior a Abruham, principalmente YAOHUSHUA.
Memorizem, por favor, este fato, pois o mencionaremos adiante e veremos sua importância.
Manyaohu 3:8-9 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos:
Temos por pai a Abruham; porque Eu vos afirmo que destas pedras ULHIM pode suscitar filhos a Abruham.
Yaohukhánan 8:56-58 - Abruham, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se.
Perguntaram-Lhe, pois, os yaohudim: Ainda não tens cinqüenta anos e viste a Abruham? Respondeu-lhes
YAOHUSHUA: Em verdade Eu vos digo, antes que Abruham existisse, Eu sou. Então pegaram em pedras
para atirarem nEle; mas YAOHUSHUA Se ocultou e saiu do templo.
Note que YAOHUSHUA se refere a Abruham como pai deles, e não como Seu pai, ainda que Ele tenha toda
uma genealogia que passa por Abruham.
Note também que a simples revelação da verdade acerca da diferença de estatura entre Abruham e
YAOHUSHUA foi suficiente para que os yaohudim pegassem pedras para atirarem nele.
3) O pagamento do dízimo de Abruham não é mencionado nas escrituras como um ato de fé, mas sim como
um ato de reconhecimento de superioridade de Molkhitzaodoq.
Lendo a carta aos Hebreus, no capítulo 11, acerca dos exemplos de fé, vemos os seguintes exemplos da
parte de Abruham:
Como vemos, o pagamento do dízimo a Molkhitzaodoq não é contado entre os atos de fé de Abruham, e
como tal, os que argumentam que pagam dízimos por fé estão errando em seus entendimentos, visto que o
dízimo do pai da fé, Abruham, não está contado como um ato de fé. O dízimo pago por Abruham é contado
como um reconhecimento da superioridade de Molkhitzaodoq, tipo de YAOHUSHUA, sobre o próprio
Abruham, quando a escritura diz: Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abruham
deu o dízimo dentre os melhores despojos. O pagamento de dízimo ÚNICO de Abruham visava tão somente
estabelecer a superioridade de YAOHUSHUA, figurado por Molkhitzaodoq, sobre Abruham. Por isso, um
ÚNICO pagamento de dízimo foi suficiente, não havendo necessidade de um segundo, ou outros
posteriores.
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4) Abruham é o pai da fé, e as escrituras afirmam que fomos enxertados no povo yaohudi, o qual YAOHUH
UL considera como sendo o da fé, e não da consanguinidade. Assim, pela fé, podemos nos considerar (e
somos) filhos de Abruham legitimamente, como seus descendentes.
Romanos 4:1-17 - Que diremos, pois, ter alcançado Abruham, nosso pai segundo a carne? Porque, se
Abruham foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de ULHIM. Pois, que diz a
Escritura? Creu Abruham em ULHIM, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, ao que trabalha não se lhe
conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele que
justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça; assim também Daud declara bem-aventurado o
homem a quem ULHIM atribui a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades
são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem YAOHUH não imputará o
pecado. Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão?
Porque dizemos: A Abruham foi imputada a fé como justiça. Como, pois, lhe foi imputada? Estando na
circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas sim na incircuncisão. E recebeu o sinal da
circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos
os que crêem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada, bem como fosse pai
dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que
teve nosso pai Abruham, antes de ser circuncidado. Porque não foi pela lei que veio a Abruham, ou à sua
descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé. Pois, se os que
são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada. Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei
também não há transgressão. Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim
de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé
que teve Abruham, o qual é pai de todos nós. (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí)
perante aquele no Qual creu, a saber, ULHIM, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como
se já fossem.
Nossa descendência em Abruham fica extremamente clara neste texto, sendo ele o pai (com "p"
minúsculo) de todos os que crêem. Abruham é, pois, o nosso pai, com "p" minúsculo, segundo as
escrituras.
5) A carta aos Hebreus, foi, obviamente dirigida a este povo, com o objetivo de tratar das Boas Novas numa
ótica judaica, abordando todo o conhecimento que eles já possuíam das escrituras e esclarecendo pontos
de fundamental importância para eles em relação ao que se fez novo.
6) A carta aos Hebreus, no capítulo 7, dos versos 1 ao 28 que abaixo transcrevo, possui um contexto muito
claro de evidenciar algumas coisas que falarei após lermos o texto (por favor, atentem para as partes em
destaque):
Hebreus 7:1-10 - Porque este Molkhitzaodoq, rei de Shuaoleym, sacerdote do UL ULYON, que saiu ao
encontro de Abruham quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou, a quem também
Abruham separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e
depois também rei de Shuaoleym, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio
de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de ULHIM), permanece sacerdote para sempre.
Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abruham deu o dízimo dentre os melhores
despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar os
dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abruham;
mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abruham, e abençoou ao que tinha
as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente
recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica que vive. E, por
assim dizer, por meio de Abruham, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, porquanto ele estava
ainda nos lombos de seu pai quando Molkhitzaodoq saiu ao encontro deste. De sorte que, se a perfeição
fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro
sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Molkhitzaodoq, e que não fosse contado segundo a ordem de
Aharon? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele,
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de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar, visto ser
manifesto que nosso Maor procedeu de Yaohudah, tribo da qual Mehushua nada falou acerca de
sacerdotes. E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Molkhitzaodoq se levanta outro
sacerdote, que não foi feito conforme a lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder duma vida
indissolúvel. Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Molkhitzaodoq. Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e
inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela
qual nos aproximamos de ULHIM. E visto como não foi sem prestar juramento (porque, na verdade, aqueles,
sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou YAOHUH, e
não Se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre), de tanto melhor pacto YAOHUSHUA foi feito fiador. E,
na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de
permanecer, mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode
também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a ULHIM, porquanto vive sempre para interceder
por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e
feito mais sublime que os céus; que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia
sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez
por todas, quando Se ofereceu a Si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm
fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
Uma outra tradução ainda é mais enfática quando diz com outras palavras: E, por assim dizer, também
Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abruham. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por
seu pai, quando Molkhitzaodoq saiu ao encontro deste. Ou seja, Levi ainda estava em Abruham, e na
pessoa de Abruham pagou dízimo quando Abruham pagou o dízimo.
a) Provar escrituralmente que Molkhitzaodoq é tipo de YAOHUSHUA, e como tal, superior a Abruham. Isto
é provado com um ÚNICO ato de reconhecimento de Abruham, pagando o dízimo sobre o melhor dos
despojos. É também evidenciada a superioridade de YAOHUSHUA sobre Abruham quando o texto ensina
que sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E Abruham foi abençoado por
Molkhitzaodoq, tipo de YAOHUSHUA. Um ÚNICO pagamento de dízimo foi necessário e foi suficiente para
estabelecer esta superioridade de YAOHUSHUA, não sendo necessário nenhum pagamento de dízimo
posterior, como realmente não houve.
b) Provar que o antigo sacerdócio levítico foi substituído pelo novo sacerdócio. De Levi o sacerdócio passou
para Yaohudah, em YAOHUSHUA.
c) Provar que os filhos de Abruham, mesmo antes de existirem, estavam nele, e pagaram o dízimo ÚNICO a
Molkhitzaodoq, na pessoa de seu pai Abruham. E, por assim dizer, por meio de Abruham, até Levi, que
recebe dízimos, pagou dízimo, porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Molkhitzaodoq
saiu ao encontro deste. Um dízimo ÚNICO de reconhecimento, e não de tributo contínuo. Note com
atenção o que o texto diz em relação a todo o povo que pagava dízimos sob o regime da lei: ainda que
estes também tenham saído dos lombos de Abruham como que dizendo: Pagavam dízimos, embora seu
pai Abruham já tivesse pago por todos eles; pagavam por força de lei, no regime da lei, e não da fé.
É muito importante que tenhamos compreensão espiritual sobre este conceito escritural de estarmos em
alguém.
As escrituras afirmam que pelo pecado de um homem, todos pecaram. Esta é a primeira evidência do
conceito de que pecamos porque estávamos no primeiro homem que pecou, ha-adam (que as escrituras
traduzidas nomeiam erroneamente de Adão).
As escrituras são enfáticas quando se trata de nossa salvação pelo fato de passarmos a estar em
YAOHUSHUA, e não mais estarmos em ha-adam. Fomos pregados no madeiro em YAOHUSHUA, morremos
em YAOHUSHUA, ressuscitamos em YAOHUSHUA e vivemos em YAOHUSHUA. Por estarmos em
YAOHUSHUA, Sua vitória é a nossa vitória, Sua santidade é a nossa santidade, Seu esplendor é o nosso
esplendor, Sua herança é a nossa herança, Sua justiça é a nossa justiça e Sua filiação de YAOHUH UL é nossa
filiação de YAOHUH UL. As escrituras dizem até que estamos assentados em lugares celestiais por estarmos
em YAOHUSHUA.
As escrituras também afirmam que estávamos em Abruham, como seus filhos, do mesmo modo que os
levitas e todo o povo de Yaoshorul, e que, por estarmos em Abruham, praticamos nele os atos de fé que ele
praticou, e PAGAMOS O DÍZIMO ÚNICO QUE ELE PAGOU. Somos, como filhos legítimos de Abruham, co-
participantes de sua fé e de seu pagamento de dízimo ÚNICO a YAOHUSHUA na pessoa de Molkhitzaodoq.
1) Nos atribuem pecado e perdição pelo simples fato de estarmos em ha-adam quando ele pecou. Nós
estávamos em ha-adam muito antes de nascermos, pois todos descendemos dele no natural, carnal.
2) Nos atribuem salvação e herança por termos saído de ha-adam e entrado em YAOHUSHUA. Fomos foitos
novas criaturas, e portanto, criados de novo, em YAOHUSHUA.
3) E também, do mesmo modo, nos atribuem quitação de dízimos por estarmos em Abruham, quando este
pagou o dízimo ÚNICO, quando então todos pagamos na pessoa dele.
Assim, não depende do que nós efetivamente fizemos, mas sim, de em quem estamos. Se permanecemos
em ha-adam, estamos perdidos. Se permanecemos em YAOHUSHUA estamos salvos. Se permanecemos na
fé, somos filhos de Abruham, e temos em Abruham a total quitação de dízimo. Se voltamos para a lei, não
somos filhos de Abruham e nem estaremos mais em YAOHUSHUA, então devemos pagar dízimos e
obedecer toda a lei, sem esperança de salvação, porque pela lei ninguém é justificado.
YAOHUSHUA disse: Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto
de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim
nada podeis fazer. - Yaohukhánan 15:4,5.
Ora, se YAOHUSHUA nos manda permanecermos nEle, é porque nEle já estamos. Fora dEle não temos
mérito algum, mas nEle, temos todos os Seus méritos e herança. A nós são atribuídos todos os atos de
justiça de YAOHUSHUA porque estamos nEle.
Notem que YAOHUSHUA não nos manda dar frutos de nós mesmos, porque Ele mesmo diz que isso é
impossível, mas manda, sim, que permaneçamos nEle para então darmos muito fruto.
Permaneçamos, pois, na fé, para que continuemos filhos de Abruham e tenhamos quitado nosso dízimo
ÚNICO nele, e permaneçamos na fé em YAOHUSHUA para que tenhamos a filiação de YAOHUH UL que Ele
tem!
Ainda, antes da lei, vemos um voto feito por Yaohukaf (Jacó), prometendo a YAOHUH UL Lhe dar o dízimo,
caso YAOHUH UL o abençoasse.
Em primeiro lugar, um voto é uma ação pessoal e isolada de alguém para com YAOHUH UL, não se
constituindo em doutrina.
Em segundo lugar, mas não menos importante, é que esse voto foi uma negociação de Yaohukaf para com
YAOHUH UL, como se YAOHUH UL não pudesse abençoá-lo gratuitamente. Não lemos em nenhum verso
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escritural que Yaohukaf tenha cumprido tal voto, embora YAOHUH UL realmente o tenha abençoado com
os filhos e netos que viriam a ser os cabeças das doze tribos de Yaoshorul.
DURANTE A LEI
Embora não tenha nenhuma relação com a nossa realidade do tempo presente, quando não mais estamos
na vigência da lei, mas sim da fé, é sempre bom esclarecermos os aspectos relacionados a dízimos na
vigência da lei, porque os que ainda insistem em dizimar por conta da lei, perceberão o quanto estão
enganados quanto às suas práticas, forma, lugares, etc., em especial aos que são viciados em citar Malaokiy
(Malaquias), cuja vigência está debaixo da lei, e não na vigência da fé. Será útil também para abrir os olhos
daqueles que estão sendo iludidos por pregações de dízimos com base nos dízimos da lei.
O dízimo na vigência da lei nunca foi entregue mensalmente e nunca foi entregue em dinheiro. Este é um
primeiro aspecto bem relevante para os que hoje insistem em pagar dízimos em dinheiro e mensalmente,
baseados na lei.
Mostraremos aqui que, na vigência da lei, o dízimo só podia ser entregue no lugar determinado por
YAOHUH UL, não podia ser entregue em dinheiro e deveria ser consumido pelos próprios dizimistas, diante
dos levitas e com a participação dos levitas, que eram os sacerdotes segundo a ordem de Levi.
Os que hoje entregam dízimos com qualquer base na lei, estão errando enormemente, pelas seguintes
razões:
a) O sacerdócio levítico mudou para Yaohudah em YAOHUSHUA, e não há mais levitas diante dos quais
entregarmos dízimos da lei. Nos tornamos um reino de sacerdotes segundo YAOHUSHUA, mas não mais
segundo o sacerdócio levítico.
b) O dízimo da lei não pode ser entregue no Brasil, nem na Europa e nem em nenhum lugar que não seja o
lugar indicado, conforme veremos a seguir.
c) O dízimo da lei não podia ser entregue em dinheiro, pois devia ser consumido pelos dizimistas na
presença dos levitas e com participação dos levitas (que já não são mais nossos sacerdotes).
d) O dízimo da lei não era entregue mensalmente. Era anual e trianual.
e) E o mais importante de todos os pontos: Nós não estamos mais debaixo da lei, pois estamos mortos para
a lei e vivos em YAOHUSHUA. Quem paga dízimos da lei está negando a fé, porque ou vivemos na vigência
da lei ou vivemos na vigência da fé. Assim, não devemos retornar ao jugo de lei, de forma alguma, estando
já lavados e purificados pelo sangue de YAOHUSHUA, por meio da fé e não da lei, porque ninguém é
justificado pelas obras da lei, senão somente pela fé em YAOHUSHUA.
Com que frequência e em que lugar os dízimos eram apresentados sob a vigência da lei? E o que era feito
com eles?
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em todo lugar que vires; mas, no lugar que YAOHUH escolher numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus
holocaustos e ali farás tudo o que te ordeno.
Embora não nos afetem hoje, na Nova Aliança, as escrituras mostram as seguintes verdades acerca dos
dízimos sob o regime da lei, conforme os textos acima:
Assim, que ninguém seja enganado por pregações de dízimos em dinheiro, mensalmente, ou que fique com
medo de ameaças caso não paguem, porque não estamos mais nem debaixo da lei e nem debaixo do
sacerdócio levítico. Os enganadores são especialistas em conseguir seus objetivos por meio de impor medo
nas pessoas, escravizando-as pelo medo, em especial por meio da péssima interpretação de Malaokiy
(Malaquias).
Importante observação: É muito importante notar quem pagava dízimos como quem recebia dízimos.
Aqui, quem pagava era o povo (homens chefes de suas casas) e quem participava conjuntamente eram os
levitas.
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APÓS A VIGÊNCIA DA LEI
Não existe nenhum ensino sobre dízimos da parte dos emissários que foram preparados por YAOHUSHUA
para pregar as Boas Novas. Não lemos nenhum ensino ou recomendação sobre dízimos na vigência da fé.
Pelo contrário.
Vejamos alguns textos bastante relevantes sobre o assunto na Nova Aliança:
Palavras de Kafos no Concílio de Yaohushuaoleym: Ora, ULHIM, que conhece os corações, lhes deu
testemunho, concedendo a eles o RUKHA ULHIM, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu
distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Agora, pois, por que tentais a ULHIM,
pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos
que fomos salvos pela graça do Molkhiul YAOHUSHUA, como também aqueles o foram. - Atos 15:8-11
A prática de dizimar foi abolida junto com a Lei, e não pelo Concílio de Yaohushuaoleym. O concílio de
Yaohushuaoleym apenas endossou a revogação de toda a Lei, tanto para os gentios (goym) como para os
judaicos (yaohudim).
Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-
los e determinar-lhes que observem a Lei de Mehushua. - Atos 15:5
Note que, havia fariseus que haviam crido, como hoje creio que há fariseus dos tempos modernos que
dizem crer, e com relação e esses foi escrito esse alerta por carta:
Os irmãos, tanto os emissários como os anciãos, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia,
saudações. Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos tem
perturbado com palavras, transtornando a vossa alma, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger
alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Shaúl, homens que têm exposto a
vida pelo Nome de nosso Molkhiul YAOHUSHUA. Enviamos, portanto, Yaohudah e Silas, os quais
pessoalmente vos dirão também estas coisas. Pois pareceu bem ao RUKHA ULHIM e a nós não vos impor
maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem
como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se
vos guardardes. Saúde". - Atos 15:23:29
Além da fidelidade à verdade, meus ensinamentos aqui expostos visam também este conforto a todos
vocês, no qual os irmãos de Antioquia muito se alegraram, por não terem mais de carregar pesado jugo de
lei sobre seus ombros.
Importante observação: É muito importante notar ninguém deve pagar dízimos como ninguém deve
receber dízimos na vigência da fé. Aqui, não pode haver quem receba dízimos, pelo simples fato de não
haver quem os tenha de pagar. Os que recebem dízimos estão enganando aos que pagam, de modo que
erram eles e erram também os que são por eles orientados a pagar dízimos.
Sobre ofertas
Muito pouco temos a falar sobre ofertas, porque elas não têm valor determinado, é algo entre você e
YAOHUH UL somente, ninguém deve saber o que você oferta, a sua mão direita não deve saber o que faz a
sua mão esquerda, enfim, a oferta só é medida pelo amor ao próximo. Ninguém possui essa medida senão
apenas YAOHUH UL, e como tal, ninguém deve saber da oferta de ninguém, e também não deve cobrar
oferta de ninguém.
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Para evitar, não só o mal mas também toda aparência do mal, sempre temos recomendado que as ofertas
sejam enviadas dos ofertantes diretamente aos necessitados, sem passarem pelas mãos de intermediários.
Certamente temos entre nós pessoas suficientemente confiáveis para levar oferta a algum necessitado que
não possua conta bancária ou que por algum motivo não possa se locomover, contudo, somente nesses
casos isso deve ser aplicado, de modo que ninguém seja centralizador de ofertas ou cobrador de ofertas em
nosso meio.
Dar é fruto do amor, e por isso, é algo que devemos muito incentivar, e me refiro ao amor, porque o dar é
só consequência do amor. E como todas as coisas em nossas vidas devem ser feitas sob a direção do RUKHA
ULHIM, porque "aquele que é guiado pelo RUKHA ULHIM esse é filho de YAOHUH UL", até o quanto dar,
quando dar, a quem dar, também devem estar sob a orientação do RUKHA ULHIM, pois se por um lado
devemos dar a quem o RUKHA deseja abençoar, por outro lado não devemos dar a quem o RUKHA quer
reter. E que ninguém confunda, jamais, "avareza" com "o RUKHA quer reter", porque essa desculpa servirá
só para você, e para ninguém mais. E também não dê para tentar se justificar por obras, porque por obras
ninguém é justificado. DAR e AMAR são inseparáveis, e a segunda é a causa da primeira. Dar por qualquer
outra razão (outro "porque") não é aceitável aos olhos de YAOHUH UL.
RESUMO E CONCLUSÃO:
a) Antes da lei - Os dízimos entregues antes da lei não foram obra de fé, pois o dízimo de Abruham foi um
ato de reconhecimento, e não está mencionado entre os seus atos de fé, e o dízimo de Yaohukaf foi um
voto pessoal isolado que não sabemos se foi cumprido. Portanto, não se constituem em doutrina para que
hoje, na vigência da fé, o pratiquemos.
b) Na vigência da lei - Os dízimos da lei eram para ser COMIDOS e BEBIDOS, anualmente, no Templo. Se
alguém quer viver sob a lei e entregar dízimos, terá de esperar o Templo ser reconstruído, pois os dízimos
não podiam ser entregues em nenhum outro lugar. Contudo, recomendo firmemente que ninguém se
mantenha hoje sob o regime da lei, pois ao faze-lo estará abandonando YAOHUSHUA e a Salvação que só a
fé pode promover. A lei jamais trará salvação a ninguém.
c) Na vigência da fé - Não há nenhum ensino sobre dízimos por parte de YAOHUSHUA, em primeiro lugar,
bem como não há ensino sobre dízimos por parte de nenhum dos emissários em suas epístolas. Não se vê
ninguém recolhendo dízimos no livro de Atos, além do Concílio de Yaohushuaoleym ter endossado o fim da
vigência da lei. Não foi o Concílio que finalizou a vigência da lei, pois foi a morte de YAOHUSHUA que o fez,
mas o Concílio reconheceu isso, e não incluiu o dízimo entre as quatro recomendações aos gentios (goym) e
nem aos próprios judaicos (yaohudim).