Vanguarda Histórica Antimodernismo II

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Nova Objetividade (1924/25 – Alemanha)

• Exposição Nova Objetividade – 1925. Após a Primeira Guerra Mundial, as circunstâncias


exigiam um estilo de pintura antiidealista e socialmente engajado.

• Os artistas da Nova Objetividade não formaram grupos, trabalharam individualmente e em


diferentes estilos, mas tinham muitos temas em comum: os horrores da guerra, a hipocrisia
social e a decadência moral, o desespero dos pobres e a ascensão do nazismo.

• A ascensão do nazismo mudou tudo no início dos anos 30 e os artistas foram demitidos dos
cargos oficiais que ocupavam, seus trabalhos foram confiscados e expostos ao ridículo, na
notória exposição Arte Degenerada, realizada em 1937.
Käthe Kollwitz – Mulher pensando
– 1920 – 29 x 26,4 cm – litografia
Käthe Kollwitz – Memorial para Karl Liebknecht – 1920 – 35,6 x 50,2 cm – xilogravura
Käthe Kollwitz – A viúva II – 1922 – 30 x 52,5 cm – xilogravura
Otto Dix – Veteranos de guerra
aleijados jogando cartaz – 1920 – 110
x 87 cm – óleo e montagem/tela
Otto Dix – Três mulheres – 1926
– 181 x 105,5 cm – óleo/tela
Otto Dix – A jornalista Sylvia von
Harden – 1926 – 120 x 88 cm –
óleo/tela
Otto Dix – Os notívagos – 1927/28 – 181 x 200 cm – técnica mista/madeira
George Grosz – A
cidade – c.1917 – 100
x 102 cm – óleo/tela
George Grosz – Alemanha, um
conto de inverno – 1917/19 –
dimensões e paradeiro
desconhecidos – óleo/tela
George Grosz – Às cinco da manhã! –
1921 – 50 x 38 cm – nanquim/papel
George Grosz – Ecce Homo – 1921 –
37 x 26 cm – gravura
George Grosz – Retrato
do escritor Max
Hermann-Meisse –
1925 – 100 x 101,5 cm
– óleo/tela
George Grosz – O poeta Max Hermann-Meisse – 1927 – 23 x 29 cm – óleo/tela
Georg Grosz – Um casal – 1930 – 66 x
47,3 cm – aquarela/papel

George Grosz – Pilares da comunidade –


1926 – 200 x 108 cm – óleo/tela
Rudolf Schlichter –
Retrato de um
jornalista do oriente –
1923/24 – 73,5 x 50,5
cm – óleo/tela
Rudolf Schlichter –
Clube de mulheres:
decadência e sátira –
c.1925 – óleo/tela
Rudolf Schlichter – Retrato de
Bertolt Brecht – c.1926 – 76 x 46
cm – óleo/tela
John Heartfield – Adolf, o superhomem: engole
ouro e espalha lixo – 1932 – fotomontagem
John Heartfield – Milhões me apóiam! –
16/10/1932 – fotomontagem – capa de AIZ
(jornal ilustrado dos trabalhadores)
Max Beckman – O sonho – 1921 – 182 x 91 cm –
óleo/tela
Max Beckman – Os argonautas (tríptico) – 1950 – 189 x 84 cm (paineis laterais) e 203 x 122
cm (painel central) – óleo/tela
Max Beckman – A partida (tríptico) – 1932/33 – 215,1 x 99,5 cm (paineis laterais) e 215,1 x 115 cm
(central) – óleo/tela
Conrad Felixmüller – Autorretrato –
1919/20 – 38,3 x 24,3 cm – xilogravura
Conrad Felixmüller – Homem solitário na
floresta – 1920 – 57,6 x 44,6 cm –
xilogravura colorida
Conrad Felixmüller – Mineiro de carvão –
1920 – 58,5 x 43 cm – xilogravura
colorida
Christian Schad – Conde São Genois
d’Anneaucourt – 1927 – 103 x 80,5 cm –
óleo/madeira
Christian Schad – Autorretrato – 1925 –
óleo/tela
Surrealismo foi lançado pelo poeta francês André Breton (1896-1966) em 1924, em Paris/França.
• O Marxismo, a psicanálise e as filosofias ocultistas, foram influencias importantes para Breton, e o seu modelo
do artista como um visionário em revolta contra a sociedade.

• Foi um movimento extremamente organizado e com teorias doutrinárias. Os Surrealistas pretendiam a total
transformação do modo de pensar das pessoas, ao derrubar barreiras entre os mundos interiores e
exteriores, ao modificar o modo como elas percebiam a realidade. O Surrealismo libertaria o inconsciente,
reconciliando-o com o consciente, e também libertaria a humanidade dos grilhões da lógica e da razão.

• A influência mais importante exercida sobre o Surrealismo talvez tenha sido a de Freud. O inconsciente, os
sonhos, e outras teorias freudianas, foram usados pelos surrealistas como repertório de imagens reprimidas.
Eles se interessavam pelas ideias de Freud relativas ao medo da castração, aos fetiches e ao sinistro.
Inspiravam-se nessas ideias de muitas maneiras. Tentavam criar estranheza quanto ao que era familiar, em
suas experiências com a escrita e o desenho automático (automatismo psíquico), em seu uso do acaso, das
alucinações, do delírio e de estranhas justaposições. Conde de Lautrémont: “Tão belo como o encontro
ocasional, em uma mesa onde se pratica a dissecação, de uma máquina de costura com um guarda-chuvas”.

• A maior parte das obras aborda sentimentos inquietantes, tais como, medo, desejo e erotização. O Movimento
explodiu no cenário internacional na década de 1930 tornando-se um fenômeno mundial. As estranhas
justaposições, o imaginário extravagante e o onírico encontraram espaço em tudo, do cinema ao design de alta
costura. E os conceitos e técnicas surrealistas imprimiram sua marca em muitos movimentos artísticos
posteriores.
Surrealismo e Automatismo psíquico: realização de signos criados a partir de verdadeiros gestos do automatismo
psíquico, mais imediato e espontâneo na execução. Automatismo psíquico: ausência do controle exercido pela razão,
com exclusão de toda preocupação estética e moral. Revela também os impulsos profundos, os elementos primários
que é fonte de criação artística.

Joan Miró – O belo


pássaro revelando o
desconhecido a um
casal –
Surrealismo e a atividade crítica paranóica: associação de objetos diferentes organizados num contexto
ilógico e/ou aleatório. Exploração da figuração fantástica e imaginária. Uma das funções da arte surrealista é a
de desorganizar o cotidiano, propondo o insólito, o estranhamento e a retificação da lei e da ordem. Em alguns
casos, existe o paradoxo entre a liberdade de criação do inconsciente e a execução técnica consciente.

Salvador Dalí – Canibalismo


outonal – óleo/tela
Surrealismo e Metalinguagem: resultante de uma atitude crítica e consciente que relaciona às operações de um
meio ou linguagem empregada em prol da construção de conhecimento. Há uma justaposição de duas linguagens, a
linguagem-verbal e a linguagem-forma. Essa operação leva ao questionamento do estatuto da imagem figurativa e sua
forma de representação ou produção do visível.

René Magritte – A condição humana


I – 1933 – óleo/tela
Max Ernst – O encontro dos amigos – 1922 – 130 x 193 cm – óleo/tela
Max Ernst – E as borboletas
começam a cantar – 1930 –
colagem
Max Ernst – Uma semana de bondade ou
os sete elementos capitais – 1930 –
colagem
Joan Miró – A mesa ou natureza
morta com coelho – 1920 – 130 x
110 cm – óleo/tela
Joan Miró – A fazenda – 1921/22 – 132 x 147 cm – óleo/tela
Joan Miró – Carnaval de Arlequim – 1924/25 – 66 x 93 cm – óleo/tela
Joan Miró – Interior holandês I –
1928 – 92 x 73 cm – óleo/tela
Joan Miró – Três mulheres
– 1935 – 106 x 75 cm –
óleo/cartão
Joan Miró – A poetisa – 1940 – 38,1 x 45,7 cm – guache e tinta de terebentina/papel
Joan Miró – Objeto poético
– 1936 – 81 x 30 x 26 cm –
montagem
André Masson – Figura – 1926/27 – 46
x 27 cm – óleo e areia/tela
Oscar dominguez – Sem título –
1936 – 35,9 x 29,2 cm –
gratagem ou decalcomania
Ives Tanguy – Extinção das luzes inúteis
– 1927 – 92,1 x 65,4 cm – óleo/tela
Yves Tanguy – Do outro lado da ponte – 1936 – 12 x 21 x 47 cm – objeto: madeira pintada e pano
cheio de areia
Paul Delvaux – Pigmaleão – 1936 – 139 x 160 cm – óleo/tela
Paul Delvaux – Crepúsculo – 1937 – 118 x 148 cm – óleo/tela
Paul Delvaux – O chamado da noite – 1938 – 111 x 131,5 cm – óleo/tela
Paul Delvaux – Vênus adormecida – 1944 – 173 x 199 cm – óleo/tela
Salvador Dali – O jogo lúgubre –
1929 – 44 x 30 cm – óleo e
colagem/cartão
Salvador Dalí – A persistência da memória (relógios moles) – 1931 – 24,1 x 33 cm – óleo/tela
Salvador Dalí –
Fotografia interpretada
de comunição: rosto
paranóico – O
surrealismo a serviço da
revolução, n° 3 – 1931
Salvador Dalí – Rosto de Mae West que pode
ser utilizado como apartamento surrealista
– 1934/35 – 31 x 17 cm – guache sobre
jornal
Salvador Dalí – O sonho – 1937 – 50,8 x 78,2 cm – óleo/tela
Salvador Dalí – Busto
feminino retrospectivo
– 1933 – 72 cm/alt. –
gesso, metal e baguete
Salvador Dalí – Telefone-lagosta – c.1936 – 18 x 12,5 x 30,5 cm – assemblagem
René Magritte – Tempo ameaçador – 1928 – 54 x 73 cm – óleo/tela
René Magritte – A traição das imagens – 1928/29 – 62,2 x 81 cm – óleo/tela
René Magritte – Na ante-sala da liberdade – 1930 – 115 x 146 cm – óleo/tela
René Magritte – A condição humana II
– 1935 – 100 x 81 cm – óleo/tela
René Magritte – Invenção coletiva – 1934 – 75 x 116 cm – óleo/tela
René Magritte – O modelo
vermelho – 1937 – 183 x
136 cm – óleo/tela
René Magritte – Sabor
das lágrimas – 1948 –
59,5 x 50 cm – óleo/tela
René Magritte – O reino das luzes –
1954 – 146 x 113,7 cm – óleo/tela
René Magritte – As graças
naturais – 1967 – 107 cm –
bronze
René Magritte – A raça branca – 1967
– 58 cm – bronze
Alberto Giacometti – Bola
suspensa – 1930/31 – 61 x 36
x 33,5 cm – gesso e metal
Alberto Giacometti – Mão presa – 1932 – 57,9 cm/larg. – madeira e metal
Alberto Giacometti – Mesa surrealista –
1932/33 – 143 x 103 x 43 cm – bronze
Alberto Giacometti – Cabeça
de Diego – 1957 – 38,8 cm –
bronze
Alberto Giacometti – Homem
andando – 1960 – 192 x 28 x
111 cm – bronze
Meret Oppenheim – Objeto: desjejum em pele – 1936 – 7,3 cm – colher, pires e xicará forrados com
pele de animal
Meret Oppenheim – Minha ama-seca – 1936 – 14 x 21 x 33 cm – sapato com enfeite de papel em
bandeja
Hans Bellmer – A boneca – 1934
– fotografia
Hans Bellmer – A boneca – 1935
– 48,3 x 48,3 cm – fotografia
Hans Bellmer – A boneca – 1936 – 48,5 x
26,9 x 37,6 cm – alumínio pintado e base
em latão
Hans Bellmer – Pião – 1938-68 –
52 (largura) e 32,20
(profundidade) cm – bronze
pintado
Hans Bellmer – Jogos
de boneca – 1939 –
23 x 23 cm –
fotografia
Hans Bellmer – A boneca – fotografia
Dora Maar – Nú sentado – c.1930 –
fotografia
Dora Maar – Boneco pendurado em uma paliçada – 1934 – fotografia
Dora Maar – Sem título (Concha de
mão) – 1934 – fotografia
Dora Maar – Os anos que lhe restam –
1934 – fotografia
Dora Maar – Sem título (homem
olhando dentro de uma porta de
inspecções da calçada, Londres) –
c.1935 – fotografia
Dora Maar – Retrato duplo com
chapéu – 1936/37 – fotografia

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