BODERLINE
BODERLINE
Personalidade pode ser definido como um conjunto de traços emocionais e comportamentais que
caracterizam o indivíduo em sua vida cotidiana do dia a dia; em situações normais, estes traços são
relativamente estáveis e previsíveis. Um transtorno de personalidade representa uma variação desses
traços de caráter que vão além da faixa encontrada na maioria dos indivíduos.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser, de sentir, se
perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado "normal" ou saudável. Ou seja,
causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar um indivíduo em uma categoria
não é fácil --cada pessoa é um universo, com características próprias.
Boderline
O termo Boderline que em inglês significa "fronteiriço", teve origem na psicanálise: esses pacientes não
podiam ser classificados como neuróticos (ansiosos e exagerados), nem como psicóticos (que enxergam a
realidade de forma distorcida), mas estariam em um estado intermediário entre esses dois espectros. O
primeiro autor a usar o termo foi o psicanalista norte-americano Adolph Stern, em 1938, que descreveu o
transtorno como um tipo de "hemorragia psíquica" diante das frustrações.
Pessoas com esse transtorno tendem a ter uma visão distorcida de si mesmos e de seus afetos. Como
consequência disso, vivem 'nas bordas' ou ' nos limites' da neurose (sentimentos mais relacionados à
ansiedade e obsessão) e da psicose (sintomas de distorção da realidade) .
Pode ocorrer uma perturbação da identidade, caracterizada por instabilidade acentuada e persistente da
imagem ou da percepção de si mesmo (Critério 3). Há mudanças súbitas e dramáticas na autoimagem,
caracterizadas por metas, valores e aspirações vocacionais inconstantes. Podem ocorrer mudanças súbitas
em opiniões e planos sobre carreira profissional, identidade sexual, valores e tipos de amigos. Esses
indivíduos podem repentinamente mudar de um papel de suplicantes necessitados de ajuda para o papel
de vingadores justos de maus-tratos passados. Embora costumem ter uma autoimagem baseada em serem
maus, indivíduos com esse transtorno podem por vezes apresentar sentimentos de que eles mesmos não
existem. Tais experiências ocorrem geralmente em situações nas quais o indivíduo sente falta de relações
significativas, de cuidado e de apoio.
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de
substâncias e agressões físicas.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) dos pacientes diagnosticados
em nosso país, 10% deles acaba por cometer suicídio, o que remete a importância que a atenção a
esse transtorno merece.
Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende a
enxergar a si mesmo e aos outros na base do "tudo ou nada", o que torna as relações familiares,
amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
A palavra Boderline significa aquele que está no limite, que está na fronteira ou limítrofe, àquele que é
incerto, essa definição se encaixa muito no padrão da pessoa que é acometida por esse transtorno e por
isso que assim foi nomeado.
A forma como eles interage com alguém e até mesmo a imagem que tem dela pode mudar de modo
rápido, de um instante para o outro, eles são frequentemente descritos como imprevisíveis, isso acontece
por conta do pensamento maniqueísta, onde as coisas são sempre divididas em bem e mal, bom e ruim.
Pessoas com esses transtornos mais desenvolvidos podem alternar de um estado mais calmo e estável para
um estado de surto psicótico, assim como momentos de descontrole emocional e comportamental.
Podem ocorrer:
No comportamento: agressão, automutilação, comportamento antissocial, comportamento
autodestrutivo, comportamento compulsivo, comportamentos de risco, hostilidade, impulsividade,
irritabilidade, isolamento social ou falta de moderação
No humor: ansiedade, culpa, descontentamento geral, gama limitada de emoções, mudanças de humor,
perda de interesse ou prazer nas atividades, raiva, solidão ou tristeza
Alterações no cérebro
Algumas alterações cerebrais podem estar ligadas ao desenvolvimento dessa doença; problemas nas
funções que regulam as emoções e comportamentos no cérebro, uma vez visto que essas partes são
menores nos cérebros de quem possui o transtorno de Boderline.
Não se sabe ao certo se são essas alterações cerebrais que iniciam o desenvolvimento da doença ou se
acontecem justamente por conta de as pessoas desenvolverem o Boderline, o fato é que essas alterações
existem nos portadores da doença e podem de fato ser uma das causas.
Estudos têm demonstrado que pacientes com pais com o transtorno Boderline possuem mais chances de
desenvolverem o transtorno de personalidade, assim como outras pessoas podem ter uma predisposição
genética ao desenvolvimento da doença sem causa aparente.
Ainda não foram encontrados nenhum gene ou genes que possuam relação com o desenvolvimento do
Boderline.
Porém com estudos clínicos tem se visto que pessoas com parentes próximos que já tiveram a doença,
possuem muitas mais chances de desenvolvê-la.
O que já o diferencia do transtorno bipolar com quem é muito confundido, porém no transtorno bipolar as
alterações de humor não são tão frequentes e não é tão súbita a mudança.
Aqueles que possuem o transtorno de Boderline costumam se empenhar e serem determinados em não
serem abandonados, geralmente possuem uma autoimagem que muda conforme seu humor, com isso sua
autoestima varia bastante.
Em momentos de estresse os portadores do transtorno de borderline apresentam pensamentos paranóicos,
que podem gerar sintomas dissociativos e comprometer a consciência da pessoa temporariamente.
Por conta das diversas alternâncias de humor e dos outros sintomas citados acima, é possível que se
manifestem também sinais de automutilação, auto sabotagem em sua vida pessoal, profissional e
interpessoal; assim como tentativas de tirar a própria vida e se não for identificado e tratado pode chegar a
cometer o suicídio.
Esses são alguns sinais que podem ajudar a reconhecer alguém com Boderline.
É importante que, em caso de suspeita, se leve a pessoa até um médico psiquiatra e um psicólogo, para
que averigue a situação e informem como proceder.
Boderline Convencional
Também chamado pela autora de Boderline de funcionamento baixo, pessoas com esse tipo de transtorno
possuem uma tendência autodestrutiva, possuindo uma maior incidência de comportamentos suicidas e de
automutilação.
Frequentemente são internados ou hospitalizados por conta de seus comportamentos, pois procuram
aliviar sua dor emocional descarregando em si mesmos.
Também costumam tomar decisões precipitadas, colocando em risco seu futuro pessoal e profissional por
conta de suas escolhas.
Boderline invisível
Também chamado de Borderline de funcionamento alto, pois permite que a pessoa realize suas funções
normalmente, como trabalhar e estudar, muitas vezes a pessoa nem sabe que o possui, justamente por não
ter sintomas muito visíveis.
Pessoas com esse tipo de transtorno Boderline possuem um comportamento autodestrutivo menos
característico, porém ao contrário do Boderline convencional ele não desconta suas frustrações e sua dor
emocional em si mesmo e sim nos outros.
Frequentemente cometendo abusos e insultos verbais, comportamento de raiva extrema podendo incluir
agressividade e violência física.
Esse tipo de comportamento costuma acontecer com amigos próximos e/ou familiares na grande maioria
das vezes, esses tipos de casos demoram mais e são mais difíceis de serem diagnosticados.
Boderline impulsivo
A classificação de Theodor Millon também é uma das mais conhecidas. Dentre os tipos classificados por
ele, falaremos de Boderline impulsivo, petulante e autodestrutivo.
Segundo o autor, o portador do transtorno de Boderline poderia manifestar comportamentos baseado em
nenhuma ou várias dessas características.
Os do tipo impulsivo compartilham características em comum com os portadores do transtorno de
personalidade histriônica e do transtorno de personalidade antissocial.
De forma que tendem a ser muitos sedutores, vaidosos, caprichosos, energéticos e impulsivos, podem
apresentar indecisão nas horas em que precisam escolher e se focam em coisas superficiais, possuem
também um grande potencial suicida e não suportam a perda e o abandono, tornando se mais sombrios e
facilmente irritáveis.
Boderline petulante
Agora falaremos sobre o tipo Boderline petulante que, segundo a classificação de Millon, são conhecidos
por serem mais pessimistas e negativistas, guardam rancor com mais facilidade que os outros tipos,
costumam ter comportamento de se desafiar e desafiar aos outros, pois é bastante inquieto e impaciente.
Manifesta comportamento passivo-agressivo, que se caracteriza por uma oposição interna entre o que lhe
é passado e o que sente e formas de negações indiretas, de modo que o levam a procrastinação,
vitimização, esquecimentos frequentes, atrasos, justificação excessiva dentre vários outros.
Boderline autodestrutivo
Esse tipo de Borderline é principalmente caracterizada por sua raiva direcionada a si mesmo como forma
de punição, costuma ser uma pessoa mais introvertida tendo características depressivas e masoquistas
como pontos centrais.
Casos de automutilação são comuns dentro dessa classificação, assim sendo potencialmente suicidas, sua
tensão interna está quase sempre elevada e reclama com certa frequência, porém se conforma rapidamente
e não realiza nenhuma ação que contribua para mudança.
É comum?
Instáveis e intensos, caracterizados pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização:
é o típico "tudo ou nada", "amo ou odeio". O outro tem que ser perfeito e se errar, passa a ser depreciado.
Assim, ao desmarcar uma consulta, o "melhor psiquiatra do mundo" se transforma em "lixo" e a mãe, que
foi sempre um porto seguro, deixa de ser procurada, porque não atendeu a um capricho, só para citar
alguns exemplos. Também é comum o "border" ficar íntimo rapidamente de alguém, alimentar um monte
de expectativas e, logo depois, cair em frustração.
Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas: para aplacar as sensações
de vazio ou de rejeição, é comum recorrer a comportamentos que trazem alívio imediato. Eles podem se
traduzir em compras compulsivas, abuso de álcool ou drogas, comportamentos sexuais de risco, direção
perigosa, compulsão alimentar ou dietas restritivas demais. Os próprios relacionamentos (ou a sensação
de ser amado e aceito que eles proporcionam) podem ser um vício, aliás.
Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor: em português claro, o borderline é
como uma montanha-russa e a pessoa pode ir do céu ao inferno em algumas horas. Momentos de prazer
e alegria podem dar lugar a sintomas depressivos ou ansiosos num mesmo dia. E a paixão intensa
pode virar indiferença ou desprezo em uma semana.
Sentimentos crônicos de vazio: é comum estar sempre em busca de "algo diferente" para fazer na
tentativa de aliviar o tédio e isso pode ser perigoso. O vazio existencial também pode ser manifestado
como desinteresse ou falta de propósito e não é incomum a pessoa largar cursos, empregos e
relacionamentos.
Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la: a pessoa se irrita com muita facilidade,
com reações desproporcionais ao estímulo, por isso é bem comum se envolver em agressões físicas com o
parceiro amoroso, a mãe, o filho ou até um desconhecido. Depois, em geral, vem a culpa esmagadora, que
só reforça a autoimagem negativa.
Ideação paranoide ou sintomas dissociativos transitórios: em situações de estresse intenso, pode
acontecer de a pessoa achar que é alvo de conspirações (paranoia), ou então sair de si, perdendo contato
com a realidade (distúrbio dissociativo). Mas esses sintomas são transitórios, diferente do observado em
transtornos como a esquizofrenia, por exemplo.
Já no borderline, as oscilações de humor são muito mais rápidas, como estados flutuantes. Se o
bipolar pode ter alguns períodos de relativa estabilidade, no borderline as questões relativas à autoimagem
e aos relacionamentos, bem as outras características, estão sempre presentes. É importante que o
psiquiatra saiba distinguir os transtornos, pois os antidepressivos, que ajudam a aliviar os sintomas do
borderline, podem deflagrar um episódio grave de mania no bipolar, de consequências desastrosas.
Causas do borderline
Assim como ocorre com outros transtornos de personalidade, não existe uma causa única para o
borderline. Os especialistas falam mais em fatores de risco, ou seja, condições que aumentam a
vulnerabilidade, mas nem sempre são determinantes para o surgimento do quadro. São eles:
Familiar: o transtorno é cerca de cinco vezes mais comum em parentes biológicos de primeiro grau de
pessoas que sofrem com o transtorno. Também existe um risco familiar conhecido para abuso de
substâncias e outras doenças mentais
Fisiológico: certas alterações cerebrais estão associadas a falhas no controle dos impulsos e alterações de
humor
Ambiental: abuso físico ou sexual, negligência, conflitos e morte prematura de parentes próximos são
comuns quando se analisa a infância de indivíduos com transtornos de personalidade. O uso de
substâncias, como álcool e drogas, pode exacerbar os sintomas em quem já tem traços fora da média.
Lesões cerebrais também podem aumentar a predisposição.
Jovens adultos sofrem mais.
Pessoas com esse transtorno são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer momento. Elas
apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e as relações interpessoais são intensas e instáveis,
sendo muito difícil o convívio próximo com elas.
Reconhecido com o um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abuso de
substâncias e agressões físicas. Cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio.
O termo foi usado pela primeira vez em 1884 e passou por diversos conceitos ao longo dos anos.
Originalmente, designava um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade, ou seja, na fronteira
(borderline, em inglês) entre a neurose e a psicose. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença
se tornou mais preciso.
A situação é complicada para as pessoas próximas, porque uma só palavra mal colocada, pode levar do
amor ao ódio em instantes. Além disso, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração
pode levar o paciente a um acesso de raiva.
Além de medo de situações de abandono e perda, o paciente com transtorno de personalidade borderline
também não sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam alvos e metas justamente
quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima.
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adulta. Há
situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações porque o paciente coloca
sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos, a maioria dos "borders" melhora
bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no tratamento.
Tratamento
Se uma pessoa com transtorno bipolar está num episódio de depressão ou de hipomania (alteração de
humor), ela vai voltar ao estado normal com o tratamento adequado. Já em um transtorno de
personalidade, os sintomas estão mais arraigados, digamos assim.
A personalidade envolve não só aspectos herdados, mas também aprendidos, por isso a melhora é
possível, ainda que seja difícil de acreditar no início. Se a psicoterapia é importante para ajudar o bipolar
a identificar uma virada e evitar perdas, no transtorno de personalidade ela é o carro-chefe do tratamento.
Medicamentos ajudam a aliviar os sintomas depressivos, a agressividade e o perfeccionismo exagerado, e
são ainda mais importantes quando existe um transtorno mental associado. Os fármacos mais utilizados
são os antidepressivos (flluoxetina, escitalopram, venlafaxina etc), os estabilizadores de humor (lítio,
lamotrigina, ácido valproico etc), os antipsicóticos (olanzapina, risperidona, quietiapina etc) e, em
situações pontuais, sedativos ou remédios para dormir (clonazepan, diazepan, alprazolan etc). Esses
últimos costumam ser até solicitados pelos pacientes, mas devem ser evitados ao máximo, porque podem
afrouxar o controle dos impulsos, assim como o álcool, além de causarem dependência.
Nas crises, o paciente deve contar com uma equipe multidisciplinar, montada de acordo com cada caso e
eventuais comorbidades. Ela pode incluir, além do terapeuta individual e/ou do psiquiatra, profissionais
como acompanhante terapêutico, enfermeiro e até nutricionista.
Terapia focada em transferência: é um tipo de terapia psicodinâmica (de inspiração psicanalítica, que
leva em conta a existência do inconsciente). Paciente e terapeuta conversam sobre tudo: acontecimentos
recentes, antigos, a infância, os sonhos, tudo é assunto para estimular a fala e a reflexão. A automutilação
é entendida como uma forma de usar o corpo para comunicar o sofrimento, por isso nomear os
sentimentos é importante. Identificar os comportamentos destrutivos como uma forma de autoboicote é
outro objetivo. O ideal é que as sessões ocorram duas ou três vezes por semana. Um modelo adaptado
desse tipo de terapia é adotado em instituições como o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP para pacientes borderline.
Terapia familiar ou de casal: o foco principal é resolver conflitos no relacionamento que podem agravar
os sintomas do borderline, melhorar a comunicação e ajudar os parentes ou o parceiro (a) a compreender
melhor o transtorno, para melhorar o suporte ao paciente.
Auto boicote
Embora este não seja um critério diagnóstico, é comum o borderline sabotar a si próprio. Por exemplo, ele
abandona a faculdade a poucos meses de se formar, termina o namoro que parecia ter finalmente
emplacado, e, claro, abandona o tratamento que podia dar certo.
O próprio rótulo de borderline pode ser usado como um limitador. Os casos mais graves envolvem
medicação pesada, pelo menos nas fases mais críticas, e os efeitos colaterais são outra razão para fugir do
psiquiatra.
Fazer o paciente se engajar no tratamento é um dos maiores desafios dos profissionais de saúde que
tratam o borderline, uma vez que a culpa pelo sofrimento é atribuída aos outros. É comum o psiquiatra ou
psicólogo ter de ir atrás ou pedir ajuda dos familiares para entender o que gerou o problema e tratá-lo
durante as consultas ou sessões. Isso quando o próprio profissional não acaba desistindo, porque o
paciente falta sem avisar ou é extremamente agressivo.
Medicamentos
Os remédios usados para tratar os pacientes com Borderline geralmente focam em sintomas isolados.
Entre os medicamentos mais utilizados, estão:
Antidepressivos: para comorbidades como a depressão
Estabilizadores de humor: para problemas interpessoais e de raiva
Antipsicóticos: para impulsividade.
Objetivos do tratamento
No início, o tratamento pode aliviar alguns sintomas, principalmente aqueles que mais perturbam os
pacientes. Porém, ao pensar no desenvolvimento da personalidade, o tratamento deverá ser de médio a
longo prazo.
O objetivo é ir além dos sintomas, buscando o desenvolvimento duradouro das capacidades psíquicas do
paciente.
Os tratamentos, especialmente a psicoterapia, também podem ser breves, com duração de 20 sessões ou
de longo prazo, de dois a três anos. Pesquisas atuais têm apontado que tratamentos de longo prazo
produzem resultados mais duradouros no decorrer da vida.
Conclusão
O transtorno de Boderline ainda necessita de mais estudo e compreensão, pois vem crescendo bastante
com o tempo e assim como suas causas ainda são incertas.
Porém o pouco de informação que se tem não é tão difundido assim, dessa maneira quanto mais se
conhece mais informada e preparada as pessoas estariam para combater e para que os familiares e amigos
possam saber como eles podem ajudar.
No Brasil acontecem cerca de 2 milhões de casos de transtorno de personalidade Boderline, o indicado
em caso de suspeita é procurar um médico clínico ou um psiquiatra para que ele possa realizar o
diagnóstico.
Após o diagnóstico é preciso prosseguir para tratamentos adequados, os mais indicados são as
psicoterapias e o uso de medicamentos caso sejam necessários, em alguns casos são recomendados
hospitalizações, no caso de sintomas graves, surtos e tentativas de suicídio.