Informatizacao de Ambientes de Informacao Crop
Informatizacao de Ambientes de Informacao Crop
Informatizacao de Ambientes de Informacao Crop
na Modalidade a Distância
Informatização de Ambientes
de Informação
Semestre
6
Brasília, DF Rio de Janeiro
Faculdade de Administração
e Ciências Contábeis
Departamento
de Biblioteconomia
2022
Permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não
comerciais, desde que atribuam o devido crédito ao autor e que licenciem as novas
criações sob termos idênticos.
Coordenação de
Desenvolvimento Instrucional
Cristine Costa Barreto
Desenvolvimento instrucional
Marcelo Lustosa
Diagramação
André Guimarães de Souza
Normalização
Lamas Consultoria
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-85229-92-4 (brochura)
ISBN 978-85-85229-95-5 (e-book)
CDD 53.285
CDD 53.285
AI Arquitetura da Informação
RA Realidade Aumentada
RD Repositório Digital
TI Tecnologia da Informação
UX User Experience
1
PIXABAY. Aprender, treinamento, livros. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/
aprender-treinamento-livros-4226965/. Acesso em: 1 dez. 2021.
Explicativo
2
Fonte da imagem: PIXABAY. Computador portátil, filme, pipoca. Disponível em: https://pixabay.
com/pt/photos/computador-port%c3%a1til-filme-pipoca-6002099/. Acesso em: 1 dez. 2021.
1.4 PRINCIPAIS
APLICAÇÕES
Com o aprimoramento das técnicas de organização bibliográfica e
as inúmeras possibilidades dos computadores, a ideia de automatizar
o processamento técnico e as rotinas administrativas ressignificou
a infraestrutura das bibliotecas. Um exemplo disso é a capacidade de
processar grande volume de dados, facilitando a consulta e a geração
de indicadores que auxiliam o trabalho do bibliotecário. Elementos como
a facilidade de pesquisa por diversos pontos de acesso tornaram mais
dinâmicos os sistemas de recuperação da informação.
Os dispositivos de conectividade de dados criaram outras potencialida-
des, uma vez que a formação de redes distribuídas tornaram as bibliote-
cas acessíveis on-line e modificaram a forma de registro e de intercâmbio
de dados bibliográficos e documentais. A internet nas bibliotecas possibi-
lita a exposição de suas atividades e canais de comunicação, ferramenta
fundamental para interagir com diversos usuários e oferecer conteúdo
personalizado.
Muitas discussões que giram em torno da tecnologia na Bibliotecono-
mia e na Ciência da Informação destacam a relação entre a introdução de
computadores no tratamento da informação em diversos suportes. Com
base nessas acepções, o bibliotecário necessita de instruções para que
possa administrar e realizar configurações básicas em alguns softwares
para gerenciamento de dados bibliográficos, documentos digitais e pro-
dução de conteúdo na web.
Para configurar e administrar sistemas informatizados em bibliotecas e
outras instituições e organizações, deve-se possuir uma fundamentação
teórica sobre os requisitos, funcionalidades e métodos de avaliação de
recursos de TI. Sobre essas questões, Russo (2010, p. 71) explica que:
Curiosidade
As tecnologias da informação
tornam-se obsoletas muito rapida-
mente, razão pela qual qualquer
profissional que lide com tecnologia
precisa de uma constante atualiza-
ção. Lembra do Fax? Era uma tecno-
logia que permitia a transferência de
documentos via rede telefônica. Na
época, foi considerada uma inovação
incrível, mas rapidamente se tornou
obsoleta porque, pouco tempo depois, surgiu o e-mail. O publici-
tário Washington Olivetto declarou, certa vez, jocosamente, que o
Fax foi a “coisa mais moderna do planeta durante 15 minutos”.3
Explicativo
Automação de bibliotecas
De acordo com Ortega (2002),
a automação de bibliotecas (library
automation) é uma área reconhecida
no idioma inglês, tanto nos Estados
Unidos como no Reino Unido, que
é também tratada pelos termos
computers in libraries, computers for
libraries, automation for librarians
e library technology. O termo é
amplamente adotado no Brasil e muitas vezes utilizado para
fazer referência ao uso de qualquer tecnologia no âmbito das
bibliotecas; contudo, o conceito é mais direcionado aos aspectos
administrativos de bibliotecas físicas.5
5
Fonte da imagem: PIXABAY. Biblioteca eletrônica, e-book e livro. Disponível em: https://
pixabay.com/pt/illustrations/biblioteca-eletr%C3%B4nica-ebook-e-livro-1666703/. Acesso em: 1
dez. 2021.
Figura 5 – Uma característica fundamental da cultura digital é a produção descentralizada e colaborativa do conhecimento
Multimídia
Para mais informação sobre as plataformas de CMS mais utili-
zadas, basta consultar as estatísticas de uso no site da W3Techs.,
disponível em: https://w3techs.com/
Outra fonte relevante, que disponibiliza documentação e lista
das principais plataformas para testes, além de servir de referência
para a tomada de decisão na escolha de um CMS, é o site Open
Source CMS., disponível em: https://www.opensourcecms.com/
7 Tradução de “Information architecture is the practice of deciding how to arrange the parts of
something to be understandable”.
11
Disponível no site: https://www.zotero.org/
12
Disponível no site: https://duraspace.org/vivo
13
Disponível no site: https://vufind.org/vufind/
14
Disponível no site: https://projectblacklight.org/
15
PIXABAY. Estudante digitando teclado, texto. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/
estudante-digita%c3%a7%c3%a3o-teclado-texto-849826/. Acesso em: 1 dez. 2021.
PIXABAY. Tablet, iPad, leitura. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/tablet-ipad-leitura-
tela-furto-1075790/. Acesso em: 1 dez. 2021.
PIXABAY. A mulher mantém o smartphone. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/a-
mulher-mant%c3%a9m-o-smartphone-3168797/. Acesso em: 1 dez. 2021.
16
WIKIMEDIA. Biblioteca Parque Estadual. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Biblioteca_Parque_Estadual_01.jpg. Acesso em: 1 dez. 2021.
Resposta comentada
As redes de computadores são fundamentais para facilitar a
conexão entre vários equipamentos e sistemas, o compartilhamento
de recursos digitais com mais velocidade e praticidade e,
consequentemente, ampliar a comunicação e a interação entre os
usuários e as bibliotecas, já que possibilitam o acesso, a troca, a
cooperação, o compartilhamento e a preservação de informações.
Com as redes de computadores, as bibliotecas passaram a trabalhar
de forma conectada, oferecendo serviços e produtos mais interativos
e colaborativos, reconfigurando as rotinas administrativas e o
atendimento à comunidade.
1.4.6 Atividade
Quais recursos da internet podem ser aplicados no contexto do
serviço de referência virtual da biblioteca?
Resposta comentada
O serviço de referência virtual pode ser dinamizado a partir da
aplicação de recursos como aplicativos de mensagens instantâneas,
chats, e-mail, mídias sociais e tecnologias baseadas na web. As
tecnologias da internet proporcionam o atendimento personalizado;
atividades de divulgação, como o alerta de novas aquisições,
podem incorporar sistemas de recomendação de informação.
As orientações de trabalhos acadêmicos e pesquisas podem ser
mediadas por videoconferência e ferramentas de comunicação
assíncrona. Os websites institucionais e perfis em redes sociais
funcionam como espaços de divulgação de atividades e canais de
comunicação direta entre usuário e biblioteca. Convém ressaltar
que a aplicação de recursos digitais no serviço de referência requer
um planejamento conforme sua infraestrutura, as demandas da
comunidade e profissionais engajados na comunicação institucional.
REFERÊNCIAS
ABADAL, Ernest; ANGLADA, Luís. TIC e Bibliotecas: situação
atual e perspectivas. In: RIBEIRO, Anna Carolina Mendonça
Lemos; FERREIRA, Pedro Cavalcanti Gonçalves (orgs.).
Biblioteca do século XXI: desafios e perspectivas. Brasília:
Ipea, 2017. p. 301-326.
Sugestão de Leitura
CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a
internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
Multimídia
Uma lista de bibliotecas que disponibilizam o endereço de seus
servidores está disponível em: http://www.loc.gov/z3950/. Basta
configurar o sistema de gerenciamento de bibliotecas ou um siste-
ma de descoberta para poder recuperar informações nas bases de
dados, independentemente de plataforma de software.
Machado (2003) relata que o MARC passou a interessar outros países que,
com as alterações devidas a cada um deles, adotaram-no na compilação de
suas bibliografias nacionais e serviços centralizados na catalogação. No Brasil,
em 1972, o então Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD)
começou a usar essa catalogação legível por computador pelo chamado
Projeto CALCO (Projeto de Catalogação Cooperativa Automatizado), que
se baseava no formato MARC e contemplava as necessidades brasileiras.
O projeto MARC possibilita que um livro seja catalogado uma única vez em
seu país de origem, proporcionando, entre outras facilidades, uma rápida
troca de informações.
Apesar das inúmeras variações de tecnologias para armazenamento
de dados, interfaces para consulta e intercâmbio de informações, o for-
mato MARC 21 ainda é o principal padrão para a troca de dados entre
acervos bibliográficos e documentais. O MARC foi criado para a busca,
a rapidez e a acessibilidade da informação. Para os bibliotecários, é uma
Explicativo
Entenda o que é Acesso Aberto
Talvez você já tenha ouvido falar de acesso
aberto, mas você sabe do que se trata? O
movimento Acesso Aberto surgiu em 1971,
por meio do Projeto Gutenberg, que viabilizou
a distribuição digital gratuita de livros. A partir
dessa iniciativa, o debate em torno de promover
acesso a conteúdo científico foi sendo
consolidado no cenário mundial. Atualmente,
Acesso Aberto, também conhecido como Open
Access, em inglês, é a viabilização on-line de qualquer produto que
proporcionará conhecimento a um indivíduo. A principal ressalva
do movimento é quanto à autoria do trabalho, que deve ser
colocada de maneira bem nítida nas referências daquilo que está
sendo disponibilizado.17
17
PERIÓDICOS DE MINAS. Entenda o que é acesso aberto. Disponível em: https://www.
periodicosdeminas.ufmg.br/entenda-o-que-e-acesso-aberto/. Acesso em: 1 dez. 2021.
WIKIPEDIA. Open Access logo. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Acesso_aberto#/
media/Ficheiro:Open_Access_logo_PLoS_white.svg. Acesso em: 1 dez. 2021.
Fonte: Captura de tela do sistema Omeka Classic, realizada pelo autor (2019).
25
Disponível em: https://pkp.sfu.ca/ojs/
26
Disponível em: http://www.ibict.br/tecnologias-para-informacao/seer
27
Disponível em: https://www.folio.org/
Explicativo
O impacto da RDA
Chris Oliver
2.4.1 Atividade
De acordo com a NISO (National Information Standards
Organization, ou Organização Nacional de Padrões da Informação,
em português – http://www.niso.org/), quais são os principais tipos
de metadados?
Resposta comentada
Conforme a NISO, os principais tipos de metadados são:
Metadados descritivos – descrevem um recurso, permitem a
descoberta ou a identificação; incluem elementos como título,
autor, assunto e data de publicação.
Metadados administrativos – fornecem informações que auxiliam
no gerenciamento de um recurso; são utilizados na decodificação
e na renderização de arquivos e no gerenciamento de arquivos a
longo prazo. São destinados à interoperabilidade, à preservação e ao
gerenciamento de direitos de propriedade intelectual associados
ao conteúdo. Dividem-se em metadados técnicos, metadados
de preservação e metadados de direitos. Os metadados técnicos
incluem o tipo de arquivo, o tamanho do arquivo, a data/hora de
criação, o esquema de compressão. Os metadados de preservação
permitem a verificação de integridade e eventos de preservação. Os
metadados de direitos contemplam o status de direitos autorais, os
termos de licença e o detentor de direitos.
Metadados estruturais – indicam as relações de partes de
recursos entre si, como a sequência e a navegação.
Linguagens de marcação – integram metadados e sinalizadores
estruturais ou recursos semânticos de conteúdo, como marcação
de parágrafo, cabeçalho, lista e data.
Resposta comentada
RESUMO
A Unidade 2 apresentou as iniciativas para a padronização e o uso
de ferramentas para a informatização de ambientes de informação
e processos documentários. Destacamos as principais iniciativas
nacionais e internacionais de informatização de ambientes de
informação, além de apresentar ferramentas que permitem a criação
de redes compartilhadas e o desenvolvimento de soluções inovadoras
em diferentes ambientes informacionais.
REFERÊNCIAS
BLATTMANN, Ursula. Informatização de bibliotecas.
Florianópolis: CIN/CED/UFSC, 2010.
Técnica Descrição
Aplicação de entrevistas estruturadas e
Entrevista semiestruturadas para coletar expectativas dos
usuários.
“Tempestade de ideias” – consiste em coletar ideias,
Brainstorming
não descartar ou desprezar qualquer tipo de ideia.
Questionários com perguntas fechadas e abertas a
Questionários e pesquisas
fim de capturar as atividades e possíveis problemas.
Utilização da etnografia para observar as atividades
do usuário, a fim de identificar como este utiliza o
Observação
sistema e como se comporta diante de situações
problemáticas. Reuniões de grupo.
Observação de sistemas que possuem as mesmas
Análise de sistemas similares
funcionalidades do sistema a ser concebido.
Exemplos reais de como um sistema pode ser usado
Cenários
em um determinado contexto.
Técnica baseada em cenários que identificam os
Casos de uso agentes em uma interação e que descrevem a
interação em si.
Fonte: Adaptado de Pressman (2002).
3.4.1 Atividade
Como a Análise de Sistemas pode contribuir para a inserção de
TI em bibliotecas?
Resposta Comentada
A Análise de Sistemas como disciplina tecnocientífica possibilita
compreender a interação entre o sistema e os atores envolvidos
no processo de informatização. Ela permite que se avaliem os
fluxos de trabalho; se especifiquem as funções do sistema; se
identifiquem os requisitos conforme os objetivos da instituição; e,
se entendam as demandas para a implantação e a manutenção de
uma infraestrutura de Tecnologia de Informação na biblioteca.
RESUMO
Esta seção tratou de estratégias e condições para o planejamento de
informatização de ambientes de informação, com foco na análise de re-
quisitos funcionais e não funcionais de sistemas de informação aplicados
à Biblioteconomia. O texto destaca o bibliotecário como o profissional
que planeja, pesquisa, coordena e avalia projetos de informatização de
ambientes informacionais, evidencia ainda as estratégias e metodologias
que auxiliam na especificação de um modelo conceitual de requisitos
com base nos fluxos de trabalhos e processos de representação docu-
mental. Dessa forma, os tópicos apresentados estabeleceram um diálogo
entre os campos da Análise de Sistemas e da Biblioteconomia, a fim de
demonstrar a necessidade de se compreender pressupostos teóricos e
metodológicos para a fundamentação do processo de planejamento de
informatização de ambientes de informação.
4.4.1 Atividade
Quais são os elementos necessários à elaboração de um plano
para a automação de bibliotecas?
Resposta comentada
Um plano de automação de bibliotecas, também conhecido
como plano diretor de bibliotecas ou projeto de automação
de bibliotecas, envolve a elaboração de um documento formal
que especifica as diretrizes, as etapas e os recursos para a
informatização da biblioteca conforme a missão, os valores, o
plano de metas, o custo-benefício e a avaliação. Esse plano pode
seguir os seguintes elementos: dados de identificação, introdução,
justificativa, objetivos gerais e específicos, metas, metodologias,
resultados esperados, recursos materiais e humanos, orçamento,
cronograma de atividades e referências utilizadas para a elaboração
do documento.
Resposta comentada
Requisitos funcionais representam as funcionalidades específicas
de um sistema de informação. Exemplos de cinco requisitos
funcionais para um sistema de gerenciamento de bibliotecas são:
1. O sistema deve permitir a catalogação de documentos em
formato AACR2, RDA e MARC 21;
2. O sistema deve permitir a importação e a exportação de
metadados em formatos abertos;
3. O sistema deve ser compatível com os protocolos de
interoperabilidade;
4. O sistema funcionará totalmente baseado na web;
5. A interface do sistema precisa seguir as recomendações de
acessibilidade na web.
RESUMO
Esta unidade enfatizou os impactos decorridos da informatização e
os problemas ligados à automação de bibliotecas. A cultura, a missão, os
objetivos, os serviços e os produtos oferecidos, assim como as
necessidades de informação dos usuários são aspectos que devem ser
considerados no planejamento da automação. Diante desse cenário, a
escolha de software e hardware requer um estudo sistemático para que
se identifique o sistema de gerenciamento de bibliotecas que melhor
atende às necessidades da instituição, tomando como parâmetros
a relação custo/benefício, o tempo de execução e a infraestrutura
disponível. Assim, apontamos a elaboração de um projeto de automação
de bibliotecas com base nas atividades relacionadas à especificação de
requisitos. Apresentamos, ainda, uma proposta para a especificação
dos requisitos funcionais de um Sistema de Gerenciamento de Bibliotecas.
Com base nessas abordagens, acreditamos que a metodologia
apresentada será útil para que se fundamentem e se sistematizem ações
efetivas para a automação de rotinas administrativas de uma biblioteca.
REFERÊNCIAS
CÔRTE, Adelaide Ramos e et al. Avaliação de softwares para
bibliotecas. 2. ed. São Paulo: Polis: APB, 2002.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALBUQUERQUE, Ana Cristina de; SIMIONATO. Ana Carolina
(orgs.). Recursos Audiovisuais: sua contemporaneidade
na organização e representação da informação e do
conhecimento. Rio de Janeiro: Interciência, 2017.
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
CORREIA NETO, Jocildo Figueiredo; LEITE, Jaci Corrêa.
Decisões de investimentos em Tecnologia da Informação:
vencendo os desafios da avaliação de projetos em TI. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015.