Estudos Livro de Gênesis
Estudos Livro de Gênesis
Estudos Livro de Gênesis
Estas lições foram produzidas por um pastor muito ocupado. Elas foram escritas
semanalmente e com o propósito de serem utilizadas pelos professores da escola
dominical de nossa igreja (Primeira Igreja Batista em Independence, Kentucky). As
anotações foram posteriormente colocadas em forma de livro, com a esperança de serem
utilizadas por outros professores da Bíblia.
O leitor não deve esperar grande originalidade nas lições. Eu colhi informações de vários
autores. Aqueles que utilizarem os livros que serão recomendados na próxima página
poderão ver de onde muitos pensamentos foram emprestados.
Permita-me encorajar a cada professor a colocar todo o esforço que o tempo permitir em
estudar suas lições. A lista dos livros recomendados será de grande ajuda. Quanto mais
você conhecer sobre um assunto, melhor professor você será.
Finalmente, devo mencionar que as lições não têm a mesma duração. Os pastores que têm
várias classes ao mesmo tempo estudando Gênesis, devem determinar de antemão quantas
semanas são necessárias para cobrir cada lição.
INTRODUÇÃO
Gênesis pode muito bem ser considerado o livro mais importante que já foi escrito. Aqui
nós temos o fundamento da Bíblia toda e o berço da doutrina bíblica. O livro de Gênesis
sozinho nos dá o relato da criação, da origem humana e da queda do homem. Este livro
traça o fundamento para toda profecia bíblica. Quando os homens rejeitam a autoridade
de Gênesis, perdem a base de toda verdade espiritual. Eles literalmente não sabem de
onde vêm e nem para onde vão.
I. O TÍTULO.
A palavra Gênesis significa origem. Gênesis, sem dúvida nenhuma, é o livro das origens.
Em Gênesis nós temos a origem do universo, do nosso sistema solar, da vida, do homem,
do pecado, do casamento, dos idiomas, da indústria, do governo, da religião e da nação
de Israel.
Dez vezes no livro de Gênesis somos dados a história de várias gerações. A palavra
“geração” basicamente significa origem, ou no contexto, o relato da origem.
II. O AUTOR.
Moisés foi o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia. Eles são chamados de Pentateuco.
Os judeus geralmente se referem aos autores do Velho Testamento como “Moisés e os
profetas” [Lucas 24:27 e 44].
Toda doutrina bíblica tem seu fundamento no livro de Gênesis. Este livro é mencionado
mais de duzentas vezes no Novo Testamento. Sem o livro de Gênesis seria impossível
entendermos a Bíblia.
Três coisas podem ser ditas a respeito de Gênesis como uma revelação de Deus:
A. É uma grande revelação – Gênesis revela o que o homem nunca poderia aprender por
ele mesmo [Jó 38:1-6]. Gênesis é o único livro da história da criação e dos primeiros dois
mil e quinhentos anos da existência humana.
Exemplo: Gênesis 3:15 – Nesta primeira promessa evangélica, temos as sementes de toda
a história da redenção. O restante da Bíblia é realmente uma exposição deste versículo.
C. É uma revelação da história da salvação – Note que em Gênesis há somente dois
capítulos descrevendo a história do universo, e apenas nove capítulos relatando a história
das nações. O livro é constantemente estreito em seu escopo. Trinta e nove capítulos
tratam da história de Abraão, Isaque e Jacó. O livro termina com os filhos de Jacó no
Egito. Estes homens eram os “Pais” das tribos de Israel. No Egito eles se tornaram uma
grande nação. É claro que o livro de Gênesis nos conduz a pessoa de Cristo. Esta não é
apenas uma mera história da humanidade, mas o plano de salvação de Deus na história.
CONCLUSÃO
Que nosso estudo no livro de Gênesis possa nos ajudar a perceber uma vez mais a unidade
da Bíblia. Os sessenta e seis livros da Escritura formam um único livro cujo tema é Jesus
Cristo [João 5:39].
INTRODUÇÃO
Em Gênesis 1:1 nós temos o começo da grande revelação de Deus para o homem mortal,
através de Sua Palavra Escrita. Fé na Palavra de Deus nos dá um entendimento da criação
que não poderíamos obter de outra maneira [Hebreus 11:3].
I. A GRANDE REVELAÇÃO.
Os seguintes erros têm escravizado milhões, mas em apenas um versículo Deus contradiz
todos eles:
D. Panteísmo – Esta filosofia afirma que Deus e o universo são um. A maioria das
religiões orientais são baseadas em tais conceitos. Gênesis 1:1 ensina que Deus é separado
e transcende o universo. Ele é um Deus pessoal, e não apenas uma força universal.
F. Dualismo – Os dualistas ensinam que o universo foi criado e é controlado por duas
forças opostas: uma boa e a outra má. Gênesis 1:1 ensina que existe um Deus, vivo e
verdadeiro, que evidentemente é supremo.
Estes e uma multidão de outros “ismos” são destruídos por uma simples declaração de
Deus. O homem sem uma revelação inspirada é como um navio sem bússola.
Versículo 1 – Na língua hebraica este versículo tem apenas sete palavras. O quanto o
Senhor pode dizer com poucas palavras.
“No princípio” – Se refere ao princípio do universo: a origem do tempo e matéria. Não é
o mesmo “princípio” de João 1:1, o qual se refere a eterna existência do Filho de Deus.
O Senhor Jesus não foi criado, mas é co-eterno com o Pai. No “princípio” de Gênesis 1:1
Deus criou o universo, mas no “princípio” de João 1:1 Jesus “era”.
A palavra traduzida como DEUS, é Elohim na língua hebraica. Esta é uma palavra
particularmente misteriosa, pois ela é ao mesmo tempo singular e plural. Cristãos sempre
têm visto nela uma implicação ou indicação da doutrina da trindade. Ela é mais implícita
no uso dos pronomes plurais [Gênesis 1:26; 11:7]. O restante da Bíblia esclarece a
verdade da Trindade tão obscuramente vista na palavra Elohim.
Em outras partes da Bíblia, nós somos ensinados que a criação foi um trabalho de todas
as três pessoas da Trindade Divina. Isto prova que os todos os três são Elohim.
“Criou” – Esta palavra significa criar do nada. É usada somente com referência a Deus.
Versículo 2 – Aqui Deus começa a explicar exatamente como Ele criou o universo.
Primeiramente uma massa de matéria foi criada. Ela era “sem forma e vazia”. Esta
expressão significa que a terra não tinha formato e só havia vácuo. Nos dias que se
seguiram a criação, Deus deu forma a massa que hoje nós conhecemos por Terra. Ele
então a encheu com plantas e animais.
É muito interessante notar que neste verso o Espírito Santo é mencionado. Ele trabalhou
no desenho e embelezamento do universo [Jó 26:13]. Nos é dito que “Ele movia-se sobre
a face das águas” pois naquele momento a água cobria tudo [vers. 9].
CONCLUSÃO
A. Somente o pecado pode impedir alguém de ver Deus revelado na criação. A Bíblia
assume que a existência de Deus é fato auto-evidente.
B. Como é glorioso o relato bíblico da criação. Que contraste com os mitos do paganismo
ou as teorias da falsa ciência. Quão profundo é o pensamento de que o universo foi criado
por um Deus onisciente e onipotente, mas, no entanto, um Deus pessoal.
C. Como é maravilhosa a unidade da Bíblia. Embora ela tenha sido escrita por mais de
quarenta autores, num período de mil e quinhentos anos, ela é um livro só. Pense como o
mistério da tri-unidade de Deus é gradualmente revelado e está implícita desde o começo
das Escrituras.
Introdução
Nesta porção das Escrituras nós temos os seis dias da criação. Durante estes dias Deus
deu forma e trouxe ordem para o universo, e encheu a terra com plantas e animais. A
criação do homem no sexto dia será estudada mais tarde em outra lição.
I. Informações Fundamentais.
Antes de iniciarmos nosso estudo dos seis dias da criação, há muitas coisas que devemos
notar:
A. Observe que a obra da criação foi feita pela Palavra de Deus [vers. 3, 6, 9, 11, 14, 20,
e 24; Hebreus 11:3]. As Suas grandes obras foram todas realizadas desta maneira. Almas
são salvas [I Coríntios 1:21; Romanos 10:17], Cristãos são limpos [João 17:17], e o
julgamento vem sobre os ímpios [Apocalipse 19:15], tudo através da instrumentalidade
da Palavra de Deus. Os teólogos referem-se a Palavra de Deus falada, Sua Palavra escrita,
e a Jesus Cristo como a Palavra encarnada [João 1:1 e 14].
Considere o seguinte:
1. Onde quer que a palavra hebraica yom apareça junto com um número (primeiro,
segundo, etc.) ela sempre se refere a um dia literal.
2. Estes dias estão em conexão com a rotação ordinária da terra [vers. 16]. Cada dia tinha
manhã e tarde [vers. 8].
Há ainda muitas outras provas, mas estas são óbvias e deveriam ser suficientes. Não há
razão para interpretarmos a Bíblia de outra maneira.
C. Na cultura hebraica dar nome a alguma coisa era afirmar domínio sobre ela. Quando
Deus nomeou as partes do universo, estava revelando Seu soberano poder sobre ele [vers.
5, 8, e outros]. Enquanto esta verdade é facilmente entendida por nós, ela é uma grande
revelação para aquelas pessoas que adoram uma multidão de deuses, que crêem governar
cada um, uma parte do universo.
A primeira coisa criada por Deus foi a luz. A luz em muitos aspectos é como Deus [Tiago
1:17; I João 1:5]. Ela é usada para representar a santidade, o conhecimento, e o poder
criador de Deus. A criação da luz é também usada como uma figura do Novo Nascimento
[II Coríntios 4:6]. Na salvação, Cristo traz luz a alma que estava em trevas [I João 5:20].
No terceiro dia Deus separou a terra ou porção seca, das águas [Jó 38:11]. Antes disso, a
terra era coberta de água. Também neste dia, foram criadas todas as formas de vegetação.
Note que junto com a criação da vida, é mencionado que ela iria se propagar segundo a
sua espécie [vers. 12]. Isto foi sem dúvida deixado claro, para antecipadamente
contradizer toda falsa doutrina (criação espontânea, evolução e outras teorias falsas).
No quarto dia Deus fez os corpos celestes, como nós os conhecemos hoje. Possivelmente
eles já existiam [vers. 1], mas não brilhavam ou executavam suas funções ainda. De
qualquer modo, no quarto dia, o sol, a lua, os planetas e as estrelas começaram a brilhar.
O propósito disso nos é dado no versículo 14.
No quinto dia Deus criou os animais que vivem nas águas e também os pássaros. Perceba
novamente, que cada um se reproduz segundo a sua espécie.
No sexto dia Deus criou todos os animais terrestres e os insetos. Note que a cada dia da
criação, Deus demonstra Sua satisfação pela Sua obra [vers. 25]. Cada parte era boa e
tudo era muito bom [vers. 31]. Isso tudo foi antes da maldição deturpou a criação de Deus
por causa do pecado. Mesmo hoje, com o estrago que o pecado produz, nós nos
maravilhamos com o poder, sabedoria e bondade de Deus na criação. Que beleza,
variedade e complexidade são manifestas. A criação ainda revela Deus [Salmo 19:1-3].
Conclusão: Somente Deus pode criar um mundo. Da mesma maneira, somente Deus
pode fazer um Cristão. A criação física serve para ilustrar a graça salvadora de Deus
manifestada no Novo Nascimento [II Coríntios 5:17]. A palavra criatura é uma velha
palavra inglesa para “criação” ou “alguma coisa criada”.