Instrução Suplementar - Is: ISN º 21-021 Revisão B
Instrução Suplementar - Is: ISN º 21-021 Revisão B
Instrução Suplementar - Is: ISN º 21-021 Revisão B
IS Nº 21-021
Revisão B
Aprovação: Portaria nº 1.515/SAR, de 9 de junho de 2020, publicada no Diário Oficial da
União de 15 de junho de 2020, Seção 1, página, 128.
Assunto: Apresentação de Dados Requeridos para Certificação Origem: SAR
Suplementar de Tipo
1. OBJETIVO
Esta Instrução Suplementar – IS tem por objetivo fornecer informações acerca de como os
dados requeridos para a certificação de grande modificação em aeronave, motor ou hélice
devem ser descritos, identificados, organizados, apresentados e submetidos pelo requerente
à Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, para análise e aprovação. Esta Instrução
complementa a IS 21-004, a CI 21-012 e a IS 21-013, em suas últimas revisões, conforme
aplicável.
2. REVOGAÇÃO
3. FUNDAMENTOS
3.1 O Art. 68 da Lei Federal nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, prevê que a autoridade
aeronáutica emitirá certificado de tipo para aeronaves, motores e hélices que satisfizerem
os requisitos aplicáveis dos Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil – RBAC.
3.2 O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil – RBAC 21, Subparte E, estabelece requisitos
para a emissão de um certificado suplementar de tipo para aprovação de grandes
modificações.
3.4 A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, em seu artigo 14, estabelece que a ANAC pode
emitir IS para esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito existente em RBAC.
Com isso, o administrado que pretenda, para qualquer finalidade, demonstrar o
cumprimento de requisito previsto em RBAC, poderá adotar os meios e procedimentos
previamente especificados em IS ou apresentar meio ou procedimento alternativo
devidamente justificado, exigindo-se, nesse caso, a análise e concordância expressa do
órgão competente da ANAC.
4. DEFINIÇÕES
Vigência 1º de julho de 2020 IS nº 21-021
Revisão B
4.3 Documentação Técnica: São os documentos que apresentam os dados técnicos referentes
ao projeto de uma grande modificação. Uma lista contendo os documentos técnicos
requeridos é apresentada no Apêndice C da IS 21-004 em sua última revisão, conforme
aplicável.
5. DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
5.1 Geral
Qualquer documento técnico produzido pelo requerente deve possuir, conforme aplicável:
a) Identificação do requerente;
b) Título, número, data e identificação da revisão;
c) Identificação e assinatura do autor (aplicável também a documentos apresentados em
formato eletrônico);
d) Aprovação do engenheiro responsável pelo projeto, devendo constar sua
identificação, a assinatura e o número do registro no CREA. O engenheiro que assina
deve verificar se suas atribuições definidas pelo CREA permitem se responsabilizar
pela aprovação do documento em questão;
e) Lista de páginas efetivas;
f) Sumário;
g) Controle de revisões, incluindo o motivo da revisão (aplicável também a desenhos);
h) Identificação das alterações ou acréscimos efetuados na última revisão, através de
marcas de revisão de documento (barras laterais, por exemplo).
O processo deve conter uma lista mestra de documentos (ou equivalente) listando todos os
relatórios constantes na documentação técnica e a lista mestra de desenhos, indicando suas
respectivas revisões. Ela deve ser enviada à ANAC impressa e assinada pelo engenheiro
responsável pelo projeto. Quando houver a revisão de qualquer um dos documentos
listados, a lista mestra de documentos deverá ser atualizada e reapresentada.
d) Especificações de Processo:
I- As especificações de processo necessárias para produção de partes devem ser
incluídas no pacote de dados descritivos. Estas especificações devem incluir
todos os procedimentos sobre materiais, fabricação e montagem. São
exemplos de especificações:
i- Normas e especificações industriais, como ABNT, MIL, NAS, SAE,
ASTM e AWS;
ii- Especificações não padronizadas, as quais devem incluir uma definição
clara e completa dos materiais a serem usados, procedimentos detalhados,
processos críticos e/ou especiais (em termos de temperatura, tempos,
parâmetros adotados etc.), critérios de inspeção, limites de retrabalho etc.
É necessário que pelo menos um dos relatórios apresentados contenha a análise estrutural.
Esta análise deverá incluir, quando aplicável:
b) Determinar o efeito dos itens propostos no peso da aeronave e seu CG, usando os
dados certificados e constantes da especificação de tipo;
NOTA – Se o envelope de peso e CG forem expandidos além dos limites certificados, todas
as seções do RBAC aplicável, referentes à estrutura, desempenho e qualidade de voo
devem ser revistas.
c) Determinar os fatores de carga limite requeridos para manobra e rajada, bem como
os fatores de carga no solo e de acelerações angulares (seções 23.471 a 23.479 e seus
equivalentes no RBAC 25, 27, 29 ou equivalentes), para encontrar os máximos;
NOTA – Essa demonstração pode ser apresentada, em alguns casos, no formato de tabela.
Este método é aplicável quando houver troca de um equipamento por outro similar.
Proceder aos cálculos para o equipamento original e depois para o item proposto. Mostrar
que as cargas críticas produzidas pelo item proposto são iguais ou próximas às do item
original. (troca de motor e troca de câmara de foto, por exemplo).
É essencial que um corpo de prova para ensaio estrutural sofra uma Inspeção de
Conformidade antes de ser submetido a qualquer ensaio, bem como deverá haver uma
proposta de ensaio no solo e/ou em voo aprovada. Os ensaios devem ser testemunhados
por pela autoridade ou profissional credenciado. O projeto final da modificação estrutural
deverá refletir o mesmo desenho usado na fabricação do item ensaiado.
É necessário que pelo menos um dos relatórios apresentados contenha a análise elétrica.
Esta análise deverá incluir, quando aplicável:
NOTA – Em geral, a análise elétrica deve ser feita através de cálculos analíticos baseados
nos dados dos manuais da aeronave e dos equipamentos instalados. Para alguns casos é
aceitável que a substanciação seja feita através da realização de medições diretas,
conforme requisitos aplicáveis (seções 23.1351 e 27.1351 dos respectivos RBACs, ou
equivalentes);
c) Cálculos ou ensaios demonstrando que a carga elétrica contínua total não excede a
capacidade de geração da aeronave, conforme a norma ASTM F2490-05e1, a AC
43.13-1 e a norma MIL-E-7016 em suas últimas revisões, ou outro meio aceitável de
cumprimento;
5.7.1 É necessário que pelo menos um dos relatórios apresentados contenha a análise de falhas
(safety assessment).
5.7.2 O objetivo da análise de falhas (safety assessment) é avaliar os efeitos de falhas previsíveis
de sistemas, equipamentos e estrutura da aeronave. A profundidade e o nível de
detalhamento são dependentes da consequência das condições de falha, a severidade e
probabilidade da falha (matriz de risco), das funções desempenhadas, da complexidade e
de novas tecnologias empregadas na aeronave.
5.7.3 Para a elaboração da análise de falhas (safety assessment), sugere-se adotar os critérios da
AC 23.1309-1, AC 25.1309-1, AC 27-1, AC 29-2 em suas últimas revisões, conforme
aplicável, ou outro meio aceitável de cumprimento.
5.7.4 Metodologia
Devem ser informadas as ações necessárias para corrigir condições inseguras encontradas
na análise de falhas, tais como reprojeto do sistema, criação de procedimentos de
Origem: SAR 9/37
Vigência 1º de julho de 2020 IS nº 21-021
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manutenção, inspeção ou testes de funcionamento, entre outros. Pode ser necessário incluir
essas ações na ICA, nos suplementos ao manual de voo, ou outro documento aplicável.
Para a análise de resultados recomenda-se adotar os critérios contidos na ARP4761 em sua
última revisão, conforme aplicável.
5.8.2 As seguintes informações devem estar contidas nas propostas de ensaios e relatórios de
resultados de ensaios:
a) Objetivo do ensaio;
b) Requisitos aplicáveis;
c) Condições relevantes para realização dos ensaios (condições ambientais,
dispositivos, equipamentos, instrumentação, etc);
d) Relação dos ensaios propostos;
e) Procedimentos de ensaio;
f) Execução do ensaio proposto;
g) Resultados esperados e obtidos;
h) Conclusões e recomendações para cada ensaio;
i) Outros, conforme aplicável.
Devem ser apresentados, quando aplicável, os procedimentos para a realização dos ensaios
em voo. Estes procedimentos devem adequar-se ao que está estabelecido nas IS 23--001,
AC 23-8, AC 25-7, AC 27-1, AC 29-2 em suas últimas revisões , ou outros documentos
equivalentes.
É necessária a elaboração de uma proposta de ICA, conforme a seção 21.50 do RBAC 21.
A elaboração da ICA deve contemplar o conteúdo dos Apêndices “Instructions for
Continued Airworthiness” referentes aos respectivos RBAC (RBAC 23, 25, 27, 29, 33 e
35), conforme aplicável à modificação proposta. Recomenda-se utilizar, como referência,
os modelos disponibilizados pelos fabricantes dos equipamentos a serem instalados na
modificação proposta.
5.12 Desenhos
O projeto deve conter uma lista mestra de desenhos (ou equivalente) listando todos os
desenhos e diagramas constantes no projeto e suas respectivas revisões. Quando houver
revisão de qualquer um dos desenhos listados, a lista mestra de desenhos deverá ser
atualizada e reapresentada (ver exemplo no Apêndice F desta IS).
a) Diagramas de blocos
Os diagramas de blocos devem apresentar, de forma simplificada, a interconexão
entre os equipamentos instalados e os demais sistemas da aeronave, incluindo
displays, anunciadores etc. (ver exemplo no Apêndice G desta IS).
c) Diagramas elétricos:
Origem: SAR 13/37
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Devem ser incluídos no projeto desenhos que indiquem claramente a localização, posição e
fixação dos sistemas, equipamentos, partes e peças (ver exemplos no Apêndice G desta IS).
5.13.1 Dados existentes de um CST ou STC podem ser utilizados, quando aplicável, desde que
autorizados pelo detentor do certificado. Cópias desses dados e da autorização deverão ser
apresentadas à ANAC.
6. APÊNDICES
7. DISPOSIÇÕES FINAIS
7.3 Devido à extensão da revisão do conteúdo desta IS, em relação à sua versão anterior (CI
21-021A), optou-se por não utilizar marcação de revisão no texto.
APÊNDICE B – REFERÊNCIAS
RELATÓRIO Nº ABX-XY-001
PLANO DE CERTIFICAÇÃO
Este documento contém informações originais que são de propriedade da ABX Aeronaves
Ltda. É permitido o seu uso somente para fins específicos de certificação por órgão go-
vernamental constituído legalmente para este fim. É proibida a sua divulgação ou repro-
dução por qualquer meio, inclusive eletrônico, de todo ou parte, sem uma autorização por
escrito da ABX Aeronaves Ltda.
CREA Nº:_____________________
REVISÕES
Rev. Data Páginas afetadas Observações APROVAÇÃO
EI 10 ago. 2013 Todas Emissão Inicial <Assinatura>
SUMÁRIO
1. Descrição da Modificação............................................................... 4
2. Resumo da Modificação.................................................................. 4
3. Base de Certificação........................................................................ 4
14. Referências...................................................................................... 7
15. Abreviaturas.................................................................................... 7
1. DESCRIÇÃO DA MODIFICAÇÃO
O objetivo desta modificação é converter aeronaves de passageiros em cargueira, com
capacidade de carga até 3 ton. operando nas mesmas altitudes. Nesta modificação, a porta de
carga fica em local diferente da porta da tripulação. O compartimento resultante será
classificado como B, podendo utilizar redes ou containers para o transporte das cargas.
Este relatório traz informações objetivas de como será tratado o projeto da modificação
proposta para aprovação por CST.
2. RESUMO DA MODIFICAÇÃO
A seguinte lista define a modificação pretendida:
2.1. Instalação da estrutura da porta de carga;
2.2. Instalação do sistema para a porta de carga:
a) Sistema de abertura, fechamento, tranca, trava e ventilação de emergência;
b) Sistema hidráulico;
c) Sistema de alarme e aviso;
d) Instalação do painel de controle;
e) Instalação de cortina contra fumaça;
f) Instalação do sistema de detecção de fumaça e fogo;
g) Instalação do piso reforçado;
h) Instalação do sistema de descompressão;
i) Modificação no sistema de oxigênio;
j) Modificação no equipamento de emergência.
2.3. A empresa ABX, detentora do Certificado de Organização de Manutenção nº <XXXX-
XX/ANAC>, projetou e irá fabricar e fornecer o equipamento e componentes necessários
à instalação da modificação nas aeronaves elegíveis.
3. BASE DE CERTIFICAÇÃO
A Base de Certificação é definida pela especificação <EA-XXXXXXX>, emitida pela ANAC.
Este modelo de aeronave foi certificado no Brasil em <dd/mmm/aaaa> com a emissão pela
ANAC da especificação <EA-XXXXXX>.
Como a modificação foi considerada SIGNIFICANTE (conforme AC 21.101-1<inserir a
última revisão aplicável>), a base de certificação será atualizada conforme a emenda da data do
pedido da certificação da modificação: <dd/mmm/aaaa>.
14. REFERÊNCIAS
- IS 21-004B – Aprovação de Grandes Modificações em aeronaves com marcas brasileiras, ou
que venham a ter marcas brasileiras;
- AC 21.101-1A – Establishing the Certification Basis of Changed Aeronautical Products;
- AC 25.783-1A – Fuselage Doors and Hatches;
- AC 25-9A – Smoke Detection, Penetration, and Evacuation Tests and Related Flight
Manual Emergency Procedures;
- AC 25-18 – Transport Category Airplanes Modified for Cargo Service;
- TSO-C90d – Cargo Pallets, Nets and Containers (Unit Load Devices).
15. ABREVIATURAS
- AC: Advisory Circular
- CST: Certificado Suplementar de Tipo.
- IS: Instrução Suplementar
- EI: Emissão Inicial
- FAA: Federal Aviation Administration
- Fom. F-400-04. Formulário Registro de Grande Modificação/Reparo
- AFMS: Airplane Flight Manual Supplement (Suplemento ao Manual de Voo)
<NOTA: Esta lista de abreviaturas é um exemplo, assim não contempla siglas utilizadas nestes apêndices.>
ESTE RELATÓRIO E SEUS COMPLEMENTOS SÃO PROPRIEDADE DA ABX-AERONAVES LTDA. E É PROIBIDO SUA
REPRODUÇÃO OU USO SEM UMA PERMISSÃO ESCRITA DA ABX.
RELATÓRIO Nº ABX-XY-002
Este documento contém informações originais que são de propriedade da ABX Aeronaves
Ltda. É permitido o seu uso somente para fins específicos de certificação por órgão go-
vernamental constituído legalmente para este fim. É proibida a sua divulgação ou repro-
dução por qualquer meio, inclusive eletrônico, de todo ou parte, sem uma autorização por
escrito da ABX Aeronaves Ltda.
CREA Nº:_____________________
REVISÕES
Rev. Data Páginas afetadas Observações APROVAÇÃO
EI 10 ago. 2013 Todas Emissão Inicial <Assinatura>
SUMÁRIO
1. Objetivo e Descrição Geral da Modificação.................................. 4
3. Piso Reforçado................................................................................. 5
4. Instalação do Liner.......................................................................... 5
3. PISO REFORÇADO
O piso da aeronave será projetado para que o seu reforço seja capaz de suportar cerca de 3 ton.
de carga distribuída. O compartimento de carga ficará preparado para ser utilizado com redes
de carga ou containers. Esse reforço de piso será dimensionado para fixar os diversos tipos de
unidades de carga, de modo que não seja necessário construir uma barreira de carga de 9G, bem
como para a instalação de painéis com roletes para o manuseio da carga tipo container.
4. INSTALAÇÃO DO LINER
Será instalada uma proteção nas paredes laterais ao longo da fuselagem, com painéis tipo
“sanduíche” de alumínio. Serão montados aproveitando-se das cavernas originais da estrutura
da fuselagem. Esses painéis devem cumprir com os requisitos de inflamabilidade, bem como
terão superposição para isolar a estrutura e sistemas originais do avião de qualquer fogo no
compartimento de carga.
RELATÓRIO Nº ABX-XY-004
INSTALAÇÃO DE FLAP.
Este documento contém informações originais que são de propriedade da ABX Aeronaves
Ltda. É permitido o seu uso somente para fins específicos de certificação por órgão go-
vernamental constituído legalmente para este fim. É proibida a sua divulgação ou repro-
dução por qualquer meio, inclusive eletrônico, de todo ou parte, sem uma autorização por
escrito da ABX Aeronaves Ltda.
CREA Nº:_____________________
REVISÕES
Rev. Data Páginas afetadas Observações APROVAÇÃO
EI 10 ago. 2013 Todas Emissão Inicial <Assinatura>
60101 Suporte - EI
(1 pág.) - A
1 B
A. Desenho de Instalação:
B. Desenho de Subconjunto:
D. Esquemas/Diagramas:
ITEM
ALTERAÇÃO REALIZADA
ALTERADO
Apêndices C, D Remoção do campo para o Registro ANAC da página de rosto, visto que este registro não é mais
eF utilizado.