Responsabilidade Do Homem Na Saude Sexual Reprodutiva

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Indice

1. Introdução..........................................................................................................................................2
2. Responsabilidade partilhada do homem e a promoção do seu envolvimento activo no
comportamento sexual reprodutivo e de paternidade responsável............................................................3
2.1. Saúde sexual reprodutiva...........................................................................................................3
2.2. Responsabilidade do homem na saúde sexual reprodutiva........................................................3
2.3. Promoção do homem na saúde sexual reprodutiva....................................................................3
2.4. Envolvimento do homem na saúde sexual reprodutiva.............................................................3
2.5. Paternidade responsável.............................................................................................................5
3. Conclusão...........................................................................................................................................7
4. Bibliografia........................................................................................................................................8
1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da disciplina curricular antropologia e sociologia, o mesmo aborda
sobre a responsabilidade partilhada do homem e a promoção do seu envolvimento activo no
comportamento sexual reprodutivo e de paternidade responsável.

Em termos textuais, a saúde sexual reprodutiva é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e
não somente ausência da doença ou enfermidades, em torno do sistema reprodutivo e as suas funções.

Deste modo, o trabalho tem, como objectivo geral, a análise da responsabilidade do homem no
comportamento sexual e como objectivos específicos; i) identificar o envolvimento do homem na saúde
sexual reprodutiva; ii) mencionar os pontos mais pertinentes do envolvimento do homem na saúde sexual
reprodutiva; iii) descrever os princípios da paternidade e mostrar com exercer uma paternidade
responsável.

Estruturalmente, o trabalho apresenta-se da seguinte maneira: em primeiro lugar, retrata da saúde sexual
reprodutiva, de seguida temos a responsabilidade do homem na saúde sexual reprodutiva, promoção do
homem na saúde sexual reprodutiva, onde farei a menção das actividades realizadas para a promoção do
homem, seguindo a mesma sequencia temos o envolvimento do homem na saúde sexual, mencionando os
aspectos pertinentes, de seguida temos a paternidade e como exercer uma boa paternidade e por fim temos
a conclusão e a bibliografia.

Contudo, a elaboração deste trabalho não foi fácil, baseie-me na recolha, hermenêutica e análise de várias
obras literárias porém não tive sucesso. Entretanto com ajuda de alguns docentes, tive acesso à
informações contundentes, li alguns artigos da internet relacionados com o tema e pude recolher todos os
dados presentes neste trabalho.

2. Responsabilidade partilhada do homem e a promoção do seu envolvimento activo no


comportamento sexual reprodutivo e de paternidade responsável

2.1. Saúde sexual reprodutiva


“É um estado completo de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência da doença ou
enfermidades, em tudo o que se relaciona com o sistema reprodutivo, as suas funções” ( Cf OMS).
De acordo com a definição, a saúde reprodutiva implica que as pessoas sejam capazes de ter uma vida
sexual reprodutiva saudável e satisfatória, que tenham a capacidade de se reproduzir e a liberdade
suficiente para decidir quando e como o fazer (Idem).

2.2. Responsabilidade do homem na saúde sexual reprodutiva


O papel do homem é construído culturalmente e muda conforme a
sociedade e o tempo. Começa a ser construído desde que o bebé esta na
barriga da mãe, quando a família de acordo com expectativa, começa a
preparar o enxoval de acordo com o sexo (CARMO, Hermano 2008).

2.3. Promoção do homem na saúde sexual reprodutiva


O MISAU vem actuando em diversas frentes para assegurar que as políticas estejam na consonância com
as directrizes de promoção da saúde sexual reprodutiva.

Actividades realizadas:

 Assistência mútua;
 Aconselhamento;
 Actividades educacionais;
 Actividades clinicas;

2.4. Envolvimento do homem na saúde sexual reprodutiva


Segundo (DIAS, Aguiar 2003) a inclusão dos homens nas acções de saúde reprodutiva encontra-se
implícita e claramente apresentados nos princípios e directrizes do Sistema Unido de Saúde (SUS),
quanto a universalidade, equidade e integridade.

São eles, alguns pontos do envolvimento do homem:

 Planeamento familiar;
 Gravidez;
 Parto;
 Prevenção das violências;

2.4.1. Planeamento familiar


“Ter uma família e uma relação feliz é um desejo de ambos os parceiros. O planeamento familiar
contribui para uma vida sexual reprodutiva feliz e saudável, e por isso não é só um assunto de mulheres,
é um assunto do casal” (LAISSONE, Elton; TENGLER, Hemma 2016).

Existem métodos de PF só para homens, onde este pode ajudar a mulher a descansar do uso dos métodos
de PF (Idem).
 Abstinência;
 Preservativo;
 Vasectomia;

2.4.2. Gravidez
Segundo (TORRES, Juliana) logo após a notícia da paternidade o homem é atingido por uma bomba de
emoções. Esses sentimentos fazem parte da demonstração natural de amor pela mulher e pela nova
perspectiva que se abre para ele.

São muitas responsabilidades que surgem ao se tornar pai, preocupações com dinheiro, mudança de
hábitos, entre outras.

O homem pode apresentar sintomas similares aos que a mulher sente durante a gravidez, “síndrome de
Couver”. Isso mostra o grande envolvimento do marido na gravidez, e não um problema de saúde.

a) Aumento do desejo de contacto íntimo: geralmente o homem tende a se sentir mais atraído pela
parceira. Isso porque há o aumento da circulação na região pélvica, tornando a mulher mais
sensível e lubrificada. Ela se sente mais atraente, sem se preocupar com a barriga.
b) Preocupação com a saúde da mulher: o momento do parto esta chegando, então a realidade fica
mais nítida e surge um maior interesse pelos procedimentos médicos e pelos detalhes, como o
panejamento do caminho até a maternidade, conferência de plano de saúde e medico, etc.

2.4.3. Parto
“O parto como evento fisiológico ou no caso que haja risco à saúde dos envolvidos, é acompanhado de
muita ansiedade e emoção. É um momento marcante na vida de uma mulher” (GALASTRO, Fonseca).

A assistência ao parto, priva nãos só a mulher como o seu companheiro e familiares de mais participação.

2.4.4. Aborto
Segundo (GALASTRO, Fonseca) o aborto é complexo e reflexo de contradições e duvidas, envolve
princípios morais e religiosos.

A participação do homem é menor. Podemos chegar ao hospital e vermos uma mulher que esta se
submetendo a uma curetagem, são poucas as mulheres que têm um acompanhante. Espaço existe, tem, só
que não é ocupado.

2.4.5. Prevenção das violações


Os homens estão na raiz da violência mas a prevenção deve se concentrar neles. A violação masculina
contra mulheres está ligada à violência contra as crianças de forma profunda e perigosa.
Crianças que viram suas mães serem vítimas de violência praticada pelos parceiros masculinos, têm risco
aumentado de se tornarem perpetradores ou vítimas quando adultos.

2.5. Paternidade responsável


“A paternidade responsável diz respeito à presença dos pais na criação dos filhos de forma a realizar as
principais medidas para que os pequenos possam ter uma formação humanizada, proporcionando o
melhor desenvolvimento das competências socioemocionais” (REAL, Miguel, 2002).

2.5.1. Princípios da paternidade


 Estar presente e ser participativo activamente na vida dos filhos em todos os âmbitos (educação,
vida emocional, lazer, etc);
 Acolher a criança;
 Ser complacente com os filhos, educando de forma adequada em vez de aplicar punições
desproporcionais ao problema;
 Equilibrar uma boa proximidade sem perder a autoridade;
 Assumir responsabilidades, inclusive jurídicas, em relação à guarda da criança;
 Respeitar o desenvolvimento emocional e de aprendizagem da criança.

2.5.2. Como exercer uma boa paternidade


a) Ser um bom exemplo: crianças aprendem facilmente, elas conseguem de acordo com o seu
desenvolvimento, perceber quando há uma diferença entre o que é ensinado e aquilo que vê seus
pais fazendo na prática.
b) Participar activamente na vida da criança: a paternidade responsável esta muito além do
fornecimento de uma estrutura financeira para que a criança possa sobreviver, é preciso que o pai
ou a mãe participem activamente na sua vida.
c) Planejar o futuro: oferecer uma educação de qualidade desde o começo da vida poderá
influenciar em possibilidades de conseguir entrar nas melhores universidades e construir um
futuro de sucesso.
d) Oferecer acolhimento e suporte: as crianças, por estarem em formações, precisam estar em
ambientes seguros e, quando não, deve encontrar na figura dos cuidadores um porte seguro para
suas necessidades.
 Identificar as demandas da criança: a criança é um ser vulnerável. Nela devemos identificar o
seguinte:
 Segurança física e emocional;
 Necessidade de diversão;
 Proximidade com a família.
a) Fornecer seus direitos básicos: proporcionar para a criança os seus direitos básicos.
 Direito a vida e saúde (vacinação);
 Direito a liberdade e dignidade;
 Direito a cultura, suporte, lazer;
 Direito a convivência familiar e comunitária;
 Direito a protecção.

“O homem da família é o provedor, profissional competente, que não deixa faltar nada à sua família, a
não ser a sua presença” (REALE, Miguel, 2002).

3. Conclusão
Após a leitura do presente tema, conclui que falar da responsabilidade do homem e a promoção do seu
envolvimento no comportamento sexual reprodutivo e de paternidade responsável, não é simplesmente
enumerar as suas responsabilidades mas sim é falar de um tema complexo, abrangente, pertinente e
relevante.

Existem vários aspectos fundamentais a se levar em conta pois, este, é um tema muito amplo e deve-se
fazer a desconstrução do mesmo.

Falar da saúde sexual reprodutiva é falar de um completo bem-estar, físico, mental assim como social em
torno do sistema reprodutor e das suas funções. Para que haja saúde neste sistema, é preciso cuidados de
higiene, cuidados físicos, mentais pois caso haja alguma alteração no físico assim como psíquico do
individuo, pode também haver problemas na saúde sexual reprodutiva.

O homem esta directamente envolvido na vida sexual reprodutiva de forma directa ou indirecta, tanto no
parto, na gravidez, assim como o aborto. Ele, juntamente com a mulher decidem juntos quando e como ter
filhos, através do planeamento familiar, onde o homem para ajudar a mulher no uso dos métodos
contraceptivos é submetido a um processo denominado vasectomia ou é encorajado ao uso do
preservativo assim como a abstinência ao sexo.

Este mesmo homem deve exercer uma paternidade responsável, na medida em que respeita os princípios
da paternidade, sendo um bom exemplo para os filhos, participando activamente na vida dos filhos,
fornecendo os seus direitos e identificando a demanda do filho.
4. Bibliografia
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20ed., Editora Saraiva, São Paulo, 2002.

AGUIAR, Dias. Da responsabilidade civil. 10ed., Editora Farence, Rio de Janeiro, 2003.

TORRES, Juliana. Ginecologia Infanto Puberal (GIP). Sem ed., Sem editora, São Paulo, 2011.

GALVAO L. Saúde sexual e reprodutiva, saúde da mulher e saúde materna: a evolução dos conceitos no
mundo. 8ed., editora Houcitec, São Paulo, 2004.

ARILHA, Manuel. Homens, saúde reprodutiva e género: o desafio da inclusão. Sem edição, Friocruz
editora, Rio de Janeiro, 1999.

RAUEN, Fabio Jose. Saúde reprodutiva. Brasil, v.18, n.3. disponível em: <https:// conceito. De /saude
reprodutiva// org/10.17006/ijodaep. 1999> acesso em 16 de Outubro de 2023.

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