02 Investimentos Internacionais Financial Guide Ibmec 1eb6176588

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O que é:

Um guia prático e digital para ajudar as pessoas a aplicarem melhor


os conceitos de finanças em suas vidas pessoais e profissionais.
Idealizado pela curadoria do corpo acadêmico Ibmec.

Pra quem é este guia?

Pessoas que desejam gerir melhor suas finanças.

Alunos de graduação e pós-graduação do Ibmec.

Pessoas interessadas em aprender mais sobre


investimentos internacionais.

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1 Por que investir no exterior?

Os mercados financeiro e de capitais no Brasil são bem desenvolvi-


dos, seguros e eficientes, apresentando um leque amplo de ativos
disponíveis para investimentos. Então, por que investir no exterior?

A primeira vantagem é o aumento do número de opções de investi-


mento. Somente nos Estados Unidos, existem mais de 6 mil empre-
sas listadas nas duas maiores bolsas de valores americanas, o que
representa mais de 13 vezes o número de companhias listadas atual-
mente na B3.

Além do tamanho dos mercados internacionais, os ativos elegíveis


para investimento no exterior apresentam fatores de risco distintos
dos encontrados em ativos brasileiros.

Por exemplo: ao investir em ações do Bank of America (BAC) na New


York Stock Exchange - NYSE, um investidor assume riscos bem dis-
tintos do que assumiria ao investir em ações de um banco brasileiro
na B3, tais como estar posicionado em dólar, o fato de estar operan-
do no mercado americano, exposição a riscos econômicos e políticos
distintos do Brasil e estar investindo em uma instituição financeira
transnacional com liderança global.

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Com mais opções de ativos para investir, e com fatores de risco dis-
tintos dos típicos encontrados no mercado brasileiro, um investidor
consegue otimizar substancialmente a relação retorno/risco da sua
carteira de investimentos. Isso por conta de uma melhor seleção de
ativos, baseada em um universo de ativos elegíveis muito maior e
mais diversificada.

De olho no exemplo de como montar


uma carteira diversificada!

Carteira de investi-
mentos distribuída
em renda fixa +
Azul 4%
MRV 4%
ações de setores e
Amazon 5%
Renda Fixa 12% países diferentes.
Vivo 5%

Renner 6%

Ambev 6% Itau 12%

Petrobras 6%

CVC 9%
Disney 6%
Apple 6% Vale 8%

Contudo, existem outras vantagens que devem ser consideradas:


uma maior liquidez dos mercados internacionais em países desen-
volvidos, o menor risco de perda por desvalorização cambial e os me-
nores custos transacionais aplicáveis às operações de investimento.

Todos estes fatores podem maximizar o retorno líquido do investidor,


quando comparado a um ambiente de investimento restrito a um
mercado de capitais local.

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2 Quais são as principais opções
de investimento de ativos
internacionais?
Ao promover a alocação de ativos em uma carteira, os
investidores buscam selecionar as melhores opções nos
mercados de renda fixa e variável.

Nos mercados de renda fixa, destacam-se as opções de títulos públi-


cos e privados com grande diversidade de prazos de vencimento,
sistemas de remuneração de juros (ex: zero-cupom bonds , que ao
contrário dos títulos regulares, não efetua pagamentos periódicos de
juros nem possui os chamados cupons, daí o termo título de cupom
zero), tipo de taxa de juros (fixa ou flutuante), risco-país, risco de
crédito e moeda referencial, dentre outros aspectos. Tal diversidade
permite o desenvolvimento de estratégias de investimento mais so-
fisticadas e efetivas, na medida que objetivos definidos a partir de
duration e convexidade das carteiras podem ser planejados e execu-
tados com maior nível de precisão e a um custo transacional menor
em termos relativos.

Outro ponto a ser considerado é que, de forma geral, os mercados


secundários de ativos de renda fixa nos EUA e União Europeia pos-
suem liquidez bem superior à que encontramos no Brasil. Desta
forma, o custo de saída do investimento em renda fixa associado ao
bid-ask spread tende a ser menor.

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Nos mercados de renda variável, destacam-se as ações de compa-
nhias transnacionais líderes globais em seus segmentos de atuação.

Exemplos:

Amazon Apple Exxon British Petroleum

Também se destacam os denominados Exchanged Traded Funds –


ETFs, que são fundos de investimento que captam recursos para
aplicação em uma determinada carteira de ativos, como as atreladas
a um índice de uma bolsa internacional. (ex: S&P 500, para ações, ou
o Nasdaq Crypto Index – NCI, para criptomoedas)

De olho Confira como você pode


no passo investir em ações via ETFs:
a passo

Entenda o passo a passo

1º Ter conta 2º Escolher 3º Verificar o 4º Buscar o seu


em uma um índice de investimento respectivo ETF
corretora investimentos mínimo

8º Acompanhar os 7º Começar a 6º Atentar-se aos 5º Acompanhar


investimentos investir custos e impostos esse índice

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Outras opções de renda variável disponíveis são:
Os Depositary Receipts – DRs, que são certificados que
representam ações de uma companhia estrangeira em
um dado mercado local.

Exemplos: American Depositary Receipts - ADRs, para em-


presas não americanas negociadas nos mercados dos
EUA, ou os Brazilian Depositary Receipts-BDRs, para em-
presas não brasileiras negociadas na B3.

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE ADRs e BDRs?

ADRs BDRs

ONDE SÃO
NEGOCIADAS?
EUA BRASIL

QUAL MOEDA?
DOLÁR REAL

EXEMPLOS

Os Real Estate Investment Trusts – REITs, equivalente aos


fundos de investimento imobiliário no mercado dos EUA.

Derivativos plain-vanilla e exóticos, incluindo os negocia-


dos em bolsa para ativos digitais .
Exemplos: opções e contratos futuros de Bitcoin
na Chicago Mercantile Exchange – CME

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3 O que considerar para
investir no exterior?
O investimento no exterior pode ser viabilizado de diversas
formas. Uma possibilidade é abrir uma conta em moeda
estrangeira diretamente no exterior e realizar as opera-
ções com uma corretora estrangeira.

Outra é abrir uma conta internacional em uma corretora brasileira.


As contas são denominadas em moeda estrangeira e permitem que o
investidor residente no Brasil realize suas aplicações diretamente
nos ativos internacionais, tal como é feito para quem compra ações
na B3 ou títulos públicos no Tesouro Direto.

Uma terceira opção é investir no exterior a partir de ativos emitidos


no Brasil. Neste caso, o investidor pode utilizar uma conta denomi-
nada em reais em uma corretora no Brasil para realizar aplicações
em BDRs ou ETFs representativos de ativos existentes nos mercados
internacionais.

Brasil

Internacional

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Além da operacionalização eficiente do processo de investimento no
exterior, o investidor precisa ficar atento a diversas outras questões,
tais como o risco cambial, o regime jurídico tributário e regulatório
aplicável a seus investimentos, os custos relacionados às transfe-
rências internacionais (ex: IOF, spreads) e a maior complexidade no
processo de alocação e seleção de ativos, dada a maior diversidade
de fatores de risco inerentes a cada ativo, emissor, mercado e juris-
dição competente.
Desta forma, a alocação e seleção de ativos considerando as oportu-
nidades existentes nos mercados internacionais representam uma
excelente opção para aumentar a relação entre retorno e risco de
portfólios de investidores residentes no Brasil, mas que deve ser pra-
ticada com a devida cautela e diligência pelo investidor, tendo em
vista suas particularidades e complexidade.

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Esse material foi elaborado por:
Fabio Coelho
MSc em Administração (Coppead-UFRJ), Micro-
Master in Finance (MIT), Graduate Diploma
in Finance (Universidade de Londres), Pós-Gradu-
ação Lato Sensu em Regulação do Mercado de
Capitais (Ibmec RJ), BSc em Administração (UFRJ),
BSc em Direito (UERJ).

Possui mais de 10 anos de experiência profissional como executivo C-Level em


grandes organizações. Atualmente trabalha como Chefe de Gestão da Estraté-
gia e Desempenho Institucional da CVM*.

Também leciona em MBAs, como Gestão de Riscos Financeiros, Value at Risk -


VaR, Estratégias com Opções, Derivativos e Mercados Futuros, Gestão de Car-
teiras e Fundos de Investimento, dentre outras na área de finanças.

*O conteúdo e opiniões expressas no texto representam a posição pessoal como


professor do Ibmec, não devendo ser interpretada, sob qualquer hipótese,
como posicionamento institucional da Comissão de Valores Mobiliários.

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