Língua Portuguesa

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Matéria: Língua Portuguesa

Professora: Andréia

10/03/2010

1. Acentuação

- Oxítona: última sílaba mais forte (ex: calor – nem todas as oxítonas tem
acento).

- Paroxítona: é a palavra que a sílaba tônica é a anterior à última (ex:


parede, Vênus, caneta)

- Proparoxítona: é a palavra que a sílaba tônica é a terceira (todas as


proparoxítonas são acentuadas).

- Monossílabos: apenas os terminados em “a”, “e” e”o” tem acento (ex:


pá, fé, vô).

- Oxítonas: apenas as terminadas em “a”, “e”, “o”, “em” e “ens” têm


acento (ex: parabéns, pivô, amém)

- Paroxítonas: têm acento as terminadas em ditongo crescente (semi-


vogal e vogal – ex: família, cerimônia, patrimônio – quando a segunda letra,
considerando-se de traz para frente, for “i ou “u” haverá semi-vogal).

- Paroxítonas: têm acento as terminadas em ã(s), l, i(s), n, u(s), ao(s),


um(s), r, ei(s), ps.

Ex: órfã, órfãs, júri, tênis, pólen, bônus, tórax, automóvel, álbum, órgãos,
revólver, jóquei, móveis, bíceps.

Questão: contrário – paroxítona terminada em ditongo crescente.


Questão: verossímil – paroxítona terminada em “l”.

- “i” e ‘u” apenas terão acento quando estiverem sozinhos na sílaba ou


acompanhados do “s” (ex: Ba-ú, sa-ú-de, pa-ís, sa-í-da) – hiato tônico – é
quando as vogais se separam.

A palavra feiúra, por essa regra, leva acento. De acordo com a nova
ortografia, contudo, essa palavra não leva acento, pois antes o “u” tem um
ditongo (esse ditongo é decrescente).

- Acentos diferenciais: com a nova reforma, que será implantada até


2012, a maioria dos acentos diferenciais estão caindo. Irão permanecer,
contudo: pára (para diferenciar de para), pôde (para diferenciar de pode).

- Hiatos “oo” e “ee”: quando temos hiato com a mesma vogal separada
temos acentos (ex: vô-o, dê-em, a-ben-çô-o)

Pela nova regra gramatical, essas palavras (de “ee” e “oo”) não tem mais
acento.

- Verbos “ter” e “vir”, bem como os derivados

Ex: ele tem medo do escuro; eles têm medo do escuro.

Ex: o homem vem chegando; os homens vêm chegando.

Ex: ele detém o poder; eles detêm o poder.

- Proparoxítonas; todas têm acento (ex: drástico, acúmulo).

2. Crase

Ex; eu fui à praia (quem vai, vai a alguém lugar – tem uma preposição /
praia é palavra feminina, a qual exige um “a”).
Ex; Nós compramos a casa (quem compra, compra alguma coisa, logo
não tem proposição).

Ex: Nos referimos a ela (quem se refere, se refere à alguém – ocorre,


contudo, que pronome pessoal não admite crase – não é possível iniciar a
frase com um verbo antes do pronome pessoal).

Ex: Não devo nada a ninguém (quem deve, deve à alguém – ocorre,
contudo, que nãos e usa crase antes de pronome indefinido – não é possível
iniciar a frase com um verbo antes do pronome indefinido).

Ex; Eu me dirigi à escola.

Regras sobre crase:

- Antes de pronome demonstrativo (ex: esta) não há crase.

- Em locução adverbial feminina sempre haverá crase (ex: fez tudo às


presas – locução adverbial de modo)

Ex: Ele foi morto a tiro (aqui não tem crase, pois a locução adverbial de
modo é masculina).

Ex: À noite eu saio com os meus amigos (locução adverbial de tempo


feminina).

Ex: Estava à beira da piscina (locução adverbial feminina de lugar).

Ex; Amor à primeira vista (locução adverbial de modo feminina).

Ex: Andei à procura de um amigo (locução adverbial de modo feminino).

Ex: Comprei à vista e a prazo (locução adverbial feminina).


Ex: Fogão a gás e à lenha.

A palavra casa só terá crase se estiver especificada (ex: vou à casa dos
meus pais / a casa dos meus pais e velha – não tem crase / voltei a casa).

- Expressão “a moda”

Ex; fez um gol à Pelo (estilo Pele).

Ex: vestiu-se à moda Clodovil.

- Palavra “terra” (planeta ou terra natal)

Ex: Voltei à terra em que nasci.

Ex: Os astronautas voltaram à Terra.

Não terra crase se a palavra terra se referir ao chão (ex; os pescadores


voltaram a terra).

- Não se usa crase:

a) Antes de palavra masculina.

b) Antes de verbos.

c) Antes de pronomes pessoais.

d) Antes de pronomes indefinidos (ninguém, alguém, tudo, nada,


muitos, poucos) e demonstrativos (aquilo, esta, isto).

Nas hipóteses de “aquele”, “aquilo” e “aquela”, as vezes tem crase.


Ex: vou àquela padaria (a palavra aquela complemente a palavra
padaria).

Ex; comprei aquela casa.

Ex: ninguém sabe aquilo.

e) Em palavras repetidas (ex: gota a gota, cara a cara, etc.).

f) Diante de pronome de tratamento, com exceção de senhora


senhorita e dona (Ex: irei recorrer à dona da casa; irei recorrer a
Vossa Excelência).

g) Antes do que e do quem (ex: o assunto a que me refiro è importante;


a pessoa a quem recorri é competente).

Cuidado com “a qual” e “as quais”. O “a qual” é um pronome relativo que


as vezes vai ter crase e as vezes não.

Ex: a casa a qual comprei é grande (quem compra, compra alguma


coisa).

Ex: a casa à qual me refiro é grande (quem se refere, refere-se a alguma


coisa).

Ex: a aluna à qual me dirigi é educada.

Ex: a conversa a qual interrompi era desagradável.

Ex: comprei as roupas as quais me interessavam (quem compra, compra


alguma coisa).

Ex: as pessoas às quais perdoei me enganaram (quem perdoa, perdoa a


alguém).
Ex; as cidades mais bonitas são as quais me indicaste (quem indica,
indica alguma coisa).

Ex: esta bolsa é semelhante à que tens (o “a”, na verdade, não está
diante do “que”, mas sim da palavra “bolsa”, que está subentendida).

- Casos onde a crase é facultativa:

a) Antes de nomes de mulheres (ex: direito a Maria o que eu penso).

b) Depois da palavra “até” (ex: Fui até a praia).

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TESTE ORAL

Assisti à cessão das duas.

Não deram atenção a nossas queixas (“a” singular).

Ficamos frente a frente.

Atendemos de segunda a sábado (antes de palavra masculina não vai


crase).

A aula começa às oito horas (quando for horas sempre vai crase).

A aluna continuou a reclamar (antes de verbo não tem crase).

Obs: lugares.

Fui à Bélgica (vim da Bélgica); fui a Porto Alegre (vim de Porto Alegre);
iremos à Alemanha (vim da Alemanha).
3. Discurso direto e indireto

Discurso direto - O homem perguntou: qual a tua idade? (presente)

Discurso indireto – O homem perguntou qual era a minha idade.


(pretérito imperfeito)

Discurso direto – Não devo nada a ninguém, disse o vendedor


(presnete).

Discurso indireto – O vendedor disse que não devia nada a ninguém


(pretérito imperfeito).

Discurso direto – Não estou disposto hoje, disse o filho (presente).

Discurso indireto – O filho disse que não estava disposto naquele dia
(pretérito imperfeito).

Discurso direto – Prestem atenção, ordenou o professor. (imperativo)

Discurso indireto – O professor ordenou que prestassem atenção


(pretérito imperfeito do subj.)

Discurso direto – Não brigue com o meu colega, disse Flávio.


(imperativo)

Discurso indireto – Flávio disse que não brigasse com o seu colega.
(pretérito imperfeito do subjuntivo)

Discurso direto – Meu pai comentou: farei a reforma desta casa ainda
este ano. (futuro do presente)

Discurso indireto – Meu pai comentou que faria a reforma daquela casa
ainda naquele ano. (futuro do pretérito)
Discurso direto – Distribuirei presentes de Natal no final do ano, afirmou
o empresário. (futuro do presente)

Discurso indireto – O empresário afirmou que distribuiria presentes de


Natal no final do ano. (futuro do pretérito)

A conversão para discurso indireto implica a modificação de verbos e


pronomes.

4. Conotação e denotação

Ex: plantei uma flor. (denotativo – sentido real)

Ex: essa garota é uma flor. (conotativo – sentido figurado)

Exemplos de expressões conotativas; todos devem ter um lugar ao sol,


abrir mão de alguma coisa, dar o braço a torcer.

5. Concordância verbal

O verbo fazer, o haver e o ser são verbos com os quais temos que ter
muito cuidado.

O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, sempre deve ficar no


singular (ex: faz dois meses que não o vejo; faz quatro semanas que não
estudo).

O verbo haver, quando tiver sentido de existir, sempre ficará no singular


(ex: houve vários terremotos; haverá guerras pelo mundo).

O verbo ser concorda com o sujeito (Ex; são duas horas; daqui a pouco
serão duas horas).
O verbo existir normalmente irá concordar (ex: existem muitas razões
para isso).

O verbo haver sempre será no singular (ex: há muitas razões para isso).

Quando o verbo que acompanha o “haver também fica no singular (ex:


não deveria haver muitas injustiças; deve haver muitas razões para isto).

Caso seja o verbo existir que esteja acompanhado de outro verbo daí
muda (ex; devem existir muitas razões; não deveriam existir tantas injustiças –
dois verbos não podem ficar lado a lado no plural).

Quando o verbo “ser” estiver indicando peso, quantidade, acompanhado


de é muito, é pouco, é bastante.

Ex: Cem quilos é muito.

Ex: Duzentos ovos é bastante.

Quando se trata de percentual;

Ex: 80 % dos trabalhadores fizeram greve.

Ex: 1 % dos trabalhadores fez greve.

Ex: 50 % da produção foi perdida (está certo também: 50 % da produção


foram perdidas)

Quando se tratar de sujeito composto depois do verbo:

Ex: Consertaram o carro meu irmão e meu cunhado (também está certo:
consertou o carro meu irmão e meu cunhado).

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