Tharcis Dal Moro-Web Services WS - Versus Web Services REST

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36 REIC - Revista de Iniciação Cientı́fica, volume 11, número 1, 2011

Web services WS-* versus Web Services REST


Tharcis Dal Moro, Carina F. Dorneles, Marcelo Trindade Rebonatto

Instituto de Ciências Exatas e Geociências – Universidade de Passo Fundo (UPF)


Passo Fundo – RS – Brasil

[email protected],[email protected],[email protected]

Resumo. Este artigo apresenta um estudo sobre Web services utilizando a


arquitetura WS-* e a arquitetura ROA (RESTful), bem como um detalhamento
das principais tecnologias envolvidas. Este artigo também apresenta um
estudo de caso desenvolvido na plataforma Java a fim de demonstrar o
funcionamento e principais diferenças em se trabalhar com Web services que
utilizam as duas metodologias citadas.
Abstract. This paper presents a study about Web services using the WS-*
architecture and the ROA architecture (RESTful), as well as some details of
the main technologies involved. This paper also presents a case study
developed on Java platform for the purpose of demonstrate the functionality
and main differences in working with Web services using WS-* and ROA.

1 Introdução
A necessidade da integração entre aplicações, a utilização unificada de processos
encontrados em diferentes sistemas e escritos em diferentes linguagens são alguns
exemplos de carências encontradas em empresas nos dias de hoje. A fim de sanar estas
questões, a tecnologia dos Web services foi criada, permitindo assim, disponibilizar
formas de integrar sistemas distintos, modularizar serviços e capacitar a integração e
consumo de informações [Menéndez 2002].
Empresas e corporações empregam abordagens de Web services dependendo de
suas necessidades. A escolha de se utilizar SOAP, RPC, HTTP puro (RESTful) deve ser
realizada com base em estudos e comparações para que a melhor solução seja aplicada.
Como cada abordagem possui suas vantagens e desvantagens, deve-se levar em conta a
opção que melhor atende os requisitos da aplicação.
Problemas complexos exigem soluções mais bem elaboradas. A utilização de
meios complexos para solucionar questões triviais, além de trazer gastos desnecessários
às empresas, se torna lento e custoso em termos de infraestrutura. Foi com o intuito de
esclarecer o real potencial e aplicabilidade das abordagens WS-*1 e REST que a
elaboração deste trabalho foi impulsionada.
Este artigo apresenta um estudo sobre Web services utilizando a arquitetura
WS-* e Web services que seguem o estilo de arquitetura REST (ROA), bem como um
estudo de caso para demonstrar as duas abordagens e servir de instrumento no processo
de comparação entre ambas. A principal contribuição do estudo realizado é

1
O termo WS-* foi definido neste artigo para indicar Web services que utilizam SOAP e demais
especificações como WSDL e UDDIs

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proporcionar um embasamento macro da tecnologia e destacar as principais


características das arquiteturas em questão.
O artigo está dividido como segue. A Seção 2 apresenta alguns trabalhos
relacionados a este artigo. A Seção 3 introduz a tecnologia de Web Services, mostrando
conceitos importantes das tecnologias WS-* e REST. A Seção 4 apresenta um estudo de
caso de serviços utilizando a plataforma Java, seguido de uma análise comparativa na
Seção 5. As conclusões e os trabalhos futuros são descritos na Seção 6.

2 Trabalhos relacionados
A maioria dos trabalhos na literatura, que compara características de Web services
REST e WS-*, normalmente foca em aspectos técnicos teóricos [Newmarch 2005; Shi
2006; Pautasso 2007; Chinthaka 2007; Pautasso 2009]. O trabalho descrito em
[Chinthaka 2007] apresenta uma comparação teórica entre Web services REST e WS-*,
focando em como REST pode ser utilizado com a WSDL 2.0. Já o trabalho descrito em
[Prescod 2002] apresenta métodos para padronizar os protocolos usados para transferir
documentos XML que procuram minimizar as fraquezas e maximizar pontos fortes de
cada protocolo. O trabalho descreve os métodos de forma teórica, sem experimentos que
possam validar as idéias apresentadas.
Em [Newmarch 2005], o autor enfatizou o uso de ambas as abordagens na
arquitetura UPnP, o qual é um middleware projetado para rede plug and play. O
trabalho dá ênfase a pontos negativos do SOAP, já apresentados em outros trabalhos, e
mostra como estes pontos negativos se refletem também em ambientes UPnP. O autor
mostra como mecanismos construídos em princípios REST podem produzir sistemas
UPnP menores, mais rápidos e mais simples.
A abordagem apresentada em [Shi 2006] foca em Web services semânticos.
Combina as melhores características provenientes de Web services SOAP e REST e
explora o que eles têm em comum. Apresenta um estudo que relaciona os Web services
e a Web semântica, ambas sobre HTTP e sem a utilização de frameworks extra, tais
como SOAP ou WSDL. Segundo o autor, este método permite aos usuários utilizar e
compartilhar serviços fazendo uso de computação distribuída.
Um estudo de caso, na área de cross-organization workflow, comparando REST
e WS-* é apresentado em [MUEHLEN et. al 2005]. O trabalho apresenta uma extensa
comparação teórica entre as duas abordagens, apontando vantagens e desvantagens em
cada um dos casos. O estudo de caso é feito com serviços baseados em SOAP, com
projetos estritamente similares às chamadas de procedimento remoto, e os baseados em
REST, com projetos de baixo acoplamento, semelhante à navegação de links da web.
Os testes e a análise final foram definidos e observados sob os pontos de vista de
clientes e vendedores de uma aplicação Web.
O que se observa nos trabalhos da literatura é que grande parte deles apresenta
relatos teóricos quanto a vantagens de um ou de outro formato de Web services, sem
apresentar dados conclusivos reais sobre o uso prático de cada um deles. Desta forma, o
ponto fraco dos trabalhos existentes, consiste na falta de relatos que mostrem
comparações efetuadas durante o uso de ambas as arquiteturas para Web services. O
presente trabalho se distingue dos demais por apresentar um relato de experimentos
executados com um estudo de caso projetado em ambas as arquiteturas, a fim de que se
pudesse comparar questões práticas de uso.

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3 Conceitos Básicos
Um Web Service é um sistema de software desenvolvido para suportar
interoperabilidade entre máquinas sobre uma rede, o qual pode apresentar uma interface
que o descreve (WSDL, WADL). Outros sistemas interagem com os Web services por
meio de mensagens SOAP, geralmente usando HTTP com serialização XML em
conjunto com outros padrões relacionados a Web [W3C 2004].
Com esta tecnologia, torna-se possível que aplicações diferentes interajam entre si e
sistemas desenvolvidos em plataformas diferentes se tornem compatíveis. Os Web
services são componentes que permitem que aplicações enviem e recebam dados em
formatos variados. Cada aplicação pode ter a sua própria "linguagem", que é traduzida
para uma linguagem universal, como é o caso do formato XML.
Uma característica fundamental dos Web services, diz respeito à possibilidade de
utilização de diferentes formas de transmissão de dados pela rede. Logo, a arquitetura
de Web services pode trabalhar com protocolos, tais como HTTP, SMTP, FTP,
RMI/IIOP ou protocolos de mensagem proprietários [W3C 2004].
As primeiras versões das especificações de Web services ofereciam apenas o
HTTP como meio de transporte de dados (mensagens SOAP XML) e comunicação
entre clientes e serviços, sendo ainda o mais utilizado atualmente.

3.1 Web Services WS-*


No final da década de 90, milhares de pessoas estavam desenvolvendo sistemas de e-
commerce baseados em HTTP e XML. Cada qual com sua própria maneira de
implementar segurança, confiabilidade, gerenciamento de transações. Com isso, um
caos começou a ser formado: incompatibilidades entre sistemas, dificuldade na
manutenção e em contrapartida, a necessidade de se criar uma maneira comum de
realizar estas tarefas. Estes fatos impulsionaram o surgimento dos padrões WS-*. Hoje
mantidos pela W3C e OASIS [Weerawarana, et al. 2007].
Atualmente, a arquitetura WS-* é composta por mais de 20 especificações. Sendo as
especificações base deste conjunto a SOAP, WSDL e UDDI. Além dos citados, existem
também os padrões WS-Notification, WS-Addressing, WS-Transfer, WS-Policy, WS-
Security, WS-Trust, WS-ReliableMessaging, WS-Transaction, WS-AtomicTransaction,
WS-I Basic Profile entre outros. Uma das principais reclamações em relação a esse
formato diz respeito a esse grande número de especificações que o torna complexo e
burocrático, difícil de ser dominado por uma só pessoa.

3.1.1 SOAP (Simple Object Access Protocol)


Nos padrões WS-*, as mensagens trocadas entre serviço e cliente consumidor devem ser
armazenadas em envelopes SOAP. Este protocolo de comunicação dita um formato de
envio de mensagens entre aplicações, o qual é descentralizado e distribuído, ou seja,
qualquer plataforma de comunicação pode ser utilizada, seja ela proprietária ou não
[W3C 2000].
Segundo Streibel (2005), este protocolo define uma estrutura para interoperabilidade
entre sistemas através de mensagens XML. Um envelope SOAP é um documento XML,
o formato deste documento é definido por um XML schema, que, por sua vez, faz uso
de XML namespaces para garantir extensibilidade. Um documento SOAP é

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basicamente constituído de um elemento raiz Envelope, o qual identifica o arquivo


XML como sendo uma mensagem SOAP. Um elemento Header que possui dados de
cabeçalho. Um elemento Body responsável por armazenar informações de chamadas e
respostas e um elemento Fault utilizado para manter informações e status de possíveis
erros. A Figura 1 exemplifica a estrutura de um documento SOAP.
<?xml version="1.0"?>
<soap:Envelope
xmlns:soap="http://www.w3.org/2001/12/soap-envelope"
soap:encodingStyle="http://www.w3.org/2001/12/soap-encoding">
<soap:Header>
...
</soap:Header>
<soap:Body>
...
<soap:Fault>
...
</soap:Fault>
</soap:Body>
</soap:Envelope>

Figura 1: Estrutura de um documento SOAP

3.1.2 WSDL
Quando se cria um serviço, geralmente se espera que outras pessoas o utilizem. Para que
isso seja possível, o consumidor do serviço deve conhecer quais as informações devem
ser enviadas ao serviço, que informações são retornadas por ele e onde encontrá-lo. Ter
um formato padronizado para essas informações torna o consumo de um serviço mais
simples. Foi para este fim que a WSDL (Web Service Description Language) foi
adotada.
Conforme Weerawarana, et al. (2005), esta linguagem de descrição foi criada no ano
2000, originada da combinação de duas linguagens: NASSL (Network Application
Service Specification) da IBM e SDL (Service Description Language) da Microsoft. No
ano seguinte a versão 1.1 foi enviada como nota para W3C e em 2007 tornou-se
recomendação em sua versão 2.0. A linguagem WSDL é considerada um vocabulário
XML utilizado para descrever e localizar Web services. Permite que desenvolvedores de
serviços disponibilizem informações importantes para a utilização dos mesmos. É
altamente adaptável e extensível, o que permite a descrição de serviços que se
comunicam por diferentes meios, tais como SOAP, RMI/IIOP.
Segundo Potts (2003), o documento WSDL é dividido logicamente em duas áreas,
as descrições abstratas e as concretas, ilustrado pela Figura 2. A parte abstrata descreve
a capacidade do Web service, como mensagens recebidas e enviadas pelo mesmo. Na
parte concreta são descritos os elementos utilizados para vincular fisicamente o cliente
ao serviço.

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Figura 2. Divisão lógica de um documento WSDL 1.1


Na versão 2.0 da especificação WSDL, algumas mudanças foram feitas em relação à
versão 1.1. Uma das principais mudanças foi a retirada do elemento message. Sem
este elemento, a referência ao tipo de dado enviado ou recebido em uma mensagem fica
no elemento operation, o qual referencia diretamente um tipo de dado no elemento
type. Outras mudanças na estrutura da linguagem dizem respeito a renomeação de
elementos: definitions para description; portType para interface e;
port para endpoint [Weerawarana 2006].

3.1.3 UDDI
Description, Discovery, and Integration (UDDI) é um protocolo que disponibiliza
métodos padrões para publicação e localização de informações sobre Web services,
funcionando como um repositório de metadados com informações úteis para a utilização
destes serviços. Em um cenário onde uma empresa utiliza somente seus próprios Web
services para a execução de diferentes processos, ou compartilha serviços entre poucas
companhias, o gerenciamento destes não envolve muita complexidade. Com o passar do
tempo, a gama de parceiros de uma empresa pode vir a crescer e mais serviços em
comum serão utilizados pelas mesmas. No processo de uma venda via comércio
eletrônico, onde companhias utilizam não somente os seus serviços, mas o de outras
companhias para realizar uma transação bancária ou a atualização de um estoque, a
necessidade de um registro de serviços universal, padronizado, se torna fundamental
para a busca e cadastro dos mesmos [CHAPPELL 2002]. Este registro é
conceitualmente único, mas fisicamente dividido em diferentes nodos, os quais replicam
seus dados sincronizando uns com os outros. Estes nodos ficam hospedados em
empresas como Microsoft e IBM ligadas à internet.

3.2 Web Services REST


REST (Representational State Transfer) é um termo que foi utilizado pela primeira vez
por Roy Fielding (um dos criadores do protocolo HTTP), em sua tese de doutorado
publicada no ano 2000. Este estilo de arquitetura de software para sistemas distribuídos
(como a World Wide Web) não se torna aplicável somente no desenvolvimento de Web
services.
O termo é geralmente usado para descrever qualquer interface que transmita dados
de um domínio específico sobre HTTP sem uma camada adicional de mensagem como
SOAP ou session tracking via cookies HTTP. Estes dois conceitos podem entrar tanto

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em conflito como em sobreposição. É possível desenvolver um sistema de software de


acordo com as restrições impostas pelo estilo arquitetural REST sem usar HTTP e sem
interagir com a Web. Também se torna possível projetar interfaces HTTP + XML que
não condizem com os princípios REST de Fielding [Fielding 2000]. Sistemas que
seguem os princípios REST são referenciados também como “RESTful”.

3.2.1 Princípios do estilo REST


Segundo [Fielding 2000], para que os princípios deste estilo sejam respeitados, um
conjunto de restrições deve ser seguido, os quais são abordados em detalhes a seguir.
• Cliente-Servidor: esta característica é mais comumente encontrada em aplicações
Web. Um servidor, com um conjunto de serviços disponíveis, escuta requisições a estes
serviços. Um cliente, que deseja que um serviço disponível no servidor seja executado,
envia uma requisição para o servidor. O servidor então pode tanto rejeitar como
executar o serviço solicitado, e retornar uma resposta ao cliente.
• Stateless (Sem estado): outra restrição imposta pelo estilo REST diz respeito à
interação entre cliente e servidor. A comunicação deve ser feita sem o armazenamento
de qualquer tipo de estado no servidor, ou seja, cada requisição do cliente para o
servidor deve conter todas as informações necessárias para que ela seja entendida.
Portanto, estados de sessão, quando necessários, devem ser totalmente mantidos no
cliente.
• Cache: uma forma de diminuir o impacto da desvantagem trazida pela redução de
desempenho é a utilização de cache. O mesmo exige que os dados de uma resposta,
vindos de uma requisição ao servidor, sejam marcados como cacheable ou
noncacheable (passíveis ou não de utilização da cache). Se uma resposta é setada como
cacheable, então ela será reutilizada como resposta para as futuras requisições
equivalentes.
• Interface Uniforme: a característica central que diferencia o estilo arquitetural REST
de outros estilos baseados em rede é sua ênfase em uma interface uniforme entre os
componentes (cliente, servidor). Com o objetivo de obter uma interface uniforme,
REST define quatro requisitos de interface: (i) identificação de recursos; (ii)
manipulação de recursos através de representações; (iii) mensagens auto-descritivas e;
(iv) hipermídia como mecanismo de estado da aplicação. A Figura 3 ilustra as interfaces
em ambas as abordagens (serviços RESTful e WS-*).

Fonte: Snell, 2004.


Figura 3. Abordagem orientada a recursos (ROA) e abordagem orientada a
serviços (SOA)

Atualmente, o HTTP é o protocolo chave, sendo o mais indicado para trabalhar


com Web services REST. O mesmo provê uma interface uniforme com quatro métodos
básicos para as quatro operações mais comuns. GET para recuperar uma representação

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de um recurso, PUT para criar um novo recurso ou modificar um existente, DELETE


para deletar um recurso e POST comumente utilizado para criação de um novo recurso.
• Multicamada: com o intuito de aperfeiçoar o requisito de escalabilidade da Internet,
foi adicionado ao estilo REST a característica de divisão em camadas. Sistemas
multicamada utilizam camadas para separar diferentes unidades de funcionalidade. A
principal desvantagem deste modelo está na adição de overhead e latência nos dados
processados, reduzindo a performance. Para um sistema baseado em rede que suporte
cache, esta desvantagem pode ser amenizada.
• Code-On-Demand: o último item do conjunto proposto pelo estilo REST é uma
característica opcional. REST permite que clientes tenham a funcionalidade de baixar e
executar diretamente código no lado cliente. Deste modo, prima pela simplificação da
parte cliente e foca na extensibilidade, em contrapartida, reduz a visibilidade. Um
exemplo prático conhecido de Code-On-Demand é o Adobe Flash: Um usuário (cliente)
solicita uma página Web a qual contém um link para um SWF usando um web browser.
Após a requisição, a página Web é transportada para a máquina do cliente juntamente
com um SWF e o mesmo é executado.

3.2.2 Troca de Mensagens


Uma das idéias centrais na troca de mensagens é a utilização de um URI de
identificação única para cada recurso. Dependendo do método utilizado para invocá-lo e
dos dados na requisição HTTP, este URI terá um funcionamento diferenciado. Para
melhor contextualizar pode-se tomar como exemplo um Web service de uma loja virtual
qualquer, onde existam serviços para gerenciamento de produtos (Figura 4), com
funções básicas como cadastro, alteração, exclusão e listagem de produtos. Para invocar
um destes serviços REST identificados por URIs, utiliza-se o formato genérico de
mensagem HTTP. Caso seja feita uma solicitação a um serviço de exclusão ou listagem
de produto (DELETE, GET), apenas a requisição para o identificador do serviço é
necessário, pois o método HTTP já indica qual a operação a ser realizada e o recurso
solicitado. Caso seja solicitada uma requisição de cadastro de produto ou de alteração
do mesmo (POST, PUT), serão enviados no corpo da requisição, os dados do produto,
como: nome, descrição e marca.

Figura 4. Retorno XML de um Web Service RESTful

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Como protocolo do exemplo, foi definido que, para buscar os dados de um produto,
seria necessário passar o seu ID como parâmetro. Não informando este ID, todos os
produtos seriam listados. Um exemplo de retorno XML de uma chamada a um destes
serviços pode ser visto na Figura 4.
Outra característica do protocolo HTTP, muito útil na troca de mensagens nos
serviços REST, é o retorno de códigos de status na resposta a uma requisição. Voltando
ao exemplo do cadastro de um produto, pode-se ter como retorno um “HTTP/1.1 201
Created” para a chamada ao serviço de cadastro caso o serviço seja executado com
sucesso, ou um “HTTP/1.1 404 Not Found” para a busca de um produto específico que
não foi encontrado. O HTTP é simples e de baixo overhead e sabendo utilizar bem suas
características, o desenvolvimento de Web services REST se torna ainda mais simples
[Silva 2008].

3.2.3 Representações
Quando uma aplicação é dividida em recursos, conforme pregado pelo estilo REST, as
necessidades do usuário de um serviço podem ser sanadas de uma forma mais dinâmica.
O usuário pode construir uma URI apropriada e acessá-la para que o serviço desejado
seja alcançado. Trabalhando com a idéia de recursos torna-se possível oferecer
representações em diferentes formatos e linguagens. Um usuário que acessa um serviço
da Itália, por exemplo, pode receber uma representação de um recurso em italiano,
como um americano, que acessa o mesmo serviço dos EUA, pode ter como resultado a
representação na língua inglesa.
Um recurso é uma fonte de representações, e uma representação são apenas dados
sobre o estado do recurso corrente. A maioria dos recursos na Web são itens de dados
próprios, como uma lista de produtos, logo uma representação óbvia de um recurso são
seus dados em si. O servidor pode então oferecer uma lista de produtos como um
documento XML, uma página Web ou em formato texto separado por vírgula.
Caso o servidor ofereça múltiplas representações de um recurso, o cliente do
serviço deve decidir pela representação desejada. Existem diferentes maneiras RESTful
de passar essa informação ao servidor. Uma das formas mais simples propõe a criação
de URIs distintas para cada representação de um recurso. Na analogia de um Web
service que lista produtos de uma loja, pode-se consumir o serviço tendo como retorno
uma representação em XML pela URI http://www.loja.com.br/produtos/lista.xml e
uma representação em formato JSON pela URI
http://www.loja.com.br/produtos/lista.json.
Uma segunda alternativa é chamada de content negociation. Neste cenário, existiria
somente uma URI para representar a lista de produtos,
http://www.loja.com.br/produtos/lista, no momento que um cliente fizesse uma
requisição ao serviço, juntamente a requisição, seriam enviados dados no cabeçalho
HTTP, o qual sinalizaria o tipo de representação que o cliente espera receber. As
informações no cabeçalho HTTP podem tanto originar do browser do cliente como
também serem setadas na criação do request, pelo cliente consumidor do serviço. O
campo Accept-Language do cabeçalho HTTP pode ser usado pelo servidor para
identificar em que formato o cliente espera o retorno da requisição ou o campo Content-
Type para fins de identificação do formato solicitado.

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3.2.4 Descritores de Web services REST


Existem opiniões variadas sobre as interfaces de descrição de serviços REST. Há quem
julgue que elas não são necessárias. Outros acham válido possuir um descritor de
serviços, semelhante ao WSDL dos serviços WS-*. Atualmente, os frameworks e
ferramentas voltadas ao desenvolvimento de serviços REST estão se preocupando em
incluir o suporte a uma linguagem de descrição. Umas das linguagens mais difundidas
disponíveis para isso é a WADL. Com a liberação da WSDL 2.0 tornou-se possível
também utilizá-la para descrever um serviço REST.

4 Estudo de Caso
Nesta seção, é apresentado um estudo de caso do desenvolvimento de serviços de uma
loja virtual fictícia, a qual possui Web services para a manipulação de informações
básicas de uma loja, como: produtos, categorias e marcas. Estes Web services realizam
manipulações de informações como inserção, edição, exclusão e consulta. Os mesmos
serviços foram implementados em duas arquiteturas diferentes, uma utilizando WS-* e
outra no estilo REST (ROA).
4.1 Ambiente e Configurações
Ambos os projetos foram desenvolvidos utilizando Java 6 na IDE Eclipse Ganymede
3.4.1, em que acessam uma base de dados em comum que utiliza como SGBD a versão
5 do MySQL. A estrutura de dados da base utilizada é apresentada na Figura 5. A
camada de persistência dos Web services foi desenvolvida utilizando o framework
Hibernate versão 3, o qual possibilita o mapeamento das entidades da base de dados em
objetos Java. O servidor Web Java utilizado foi o Tomcat versão 6.

Figura 5. Estrutura de tabelas do estudo de caso


Para a criação dos Web services WS-* foi utilizada a API Java JAX-WS 2.0
(Java API for XML Web Services) a qual é baseada em annotations introduzidos na Java
SE 5. Esta API faz parte da plataforma Java EE da Sun Microsystems e facilita o
desenvolvimento e organização dos serviços.
Na criação dos Web services REST, foi empregada a API JAX-RS (Java API
RESTful Web Services) que dispõe de suporte na criação de serviços de acordo com os
princípios do estilo de arquitetura REST. Esta API também faz uso de annotations Java.
Após o deploy das aplicações no servidor Tomcat são disponibilizados arquivos de
descrição dos serviços oferecidos (WSDL, WADL), conforme Figura 6.

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Figura 6. Fluxograma do estudo de caso


Para a criação do lado cliente, foi utilizada a ferramenta SoapUI versão 3. Esta
ferramenta possibilita a criação dos consumidores dos serviços através de seus arquivos
de descrição (WSDL/WADL). O preenchimento de um header HTTP ou o
preenchimento de um envelope SOAP também é facilmente realizado.
4.2 Funcionamento
O fluxo de funcionamento dos serviços WS-* inicia com a requisição de um cliente.
Esta requisição é encapsulada em um envelope SOAP que por sua vez é transportada até
o Web service desejado em um pacote HTTP. Todos os dados que o serviço espera
receber de um cliente estão descritos no arquivo WSDL, disponibilizado pelo Web
service. A requisição de um cliente chega ao serviço através de um Servlet Java que
serve como Listener de requisições e pertence ao JAX-WS.
O Web service, após receber a requisição que contém o envelope SOAP, o
processa, executa a regra de negócio contida no corpo do serviço e monta um envelope
SOAP de resposta. Esta resposta é enviada através do dispatcher presente na estrutura
do framework JAX-WS para o cliente consumidor do serviço. Por fim, o cliente
desmembra o SOAP retornado e analisa os dados de retorno. Eventuais falhas na
execução do serviço são relatadas ao consumidor do serviço através do envelope SOAP,
campo fault.
Nos serviços REST, o fluxo de funcionamento se diferencia em alguns pontos
importantes. O cliente consumidor do Web service RESTful estrutura sua requisição em
uma mensagem HTTP. Esta mensagem HTTP pode conter um corpo de dados que são
enviados juntamente aos dados do cabeçalho. No cabeçalho pode ser informado através
do campo Content-Type, o tipo de dado que se deseja receber do serviço (XML, JSON),
caso o mesmo seja um serviço de listagem de dados. Para indicar que serviço se deseja
chamar em um Web service, utiliza-se as URIs dos serviços invocadas utilizando um
dos métodos HTTP.
A requisição do cliente chega ao Web service através de um Servlet Java (JAX-RS)
que age como um Listener configurado no projeto REST. A partir daí, a requisição é
processada, endereçada ao método solicitado, onde executa a regra de negócio contida

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nesse método. Após o término da execução do método, é enviada a resposta ao cliente


consumidor do serviço. Caso alguma falha tenha ocorrido na execução do método, são
utilizados os códigos de erro do protocolo HTTP para informar o cliente do acontecido.

5 Análise Comparativa
No processo de análise, foi visto que algumas características estão presentes em ambas
as partes. Dentre elas está a possibilidade de uso de cache e a propriedade de dividir o
sistema em camadas, fortalecendo a reusabilidade de código. A Tabela 1 apresenta itens
da comparação entre serviços WS-* e serviços RESTful.
Tabela 1. Análise Comparativa entre Web Services WS-* e Web services REST
Fator de Comparação Web services WS-* Web services REST

WS lista produtos por


584 bytes 399 bytes
categoria
Tamanho
de Pacote WS lista produtos 1567 bytes 1412 bytes
HTTP WS lista fabricantes 572 bytes 431 bytes

WS lista categorias 864 bytes 747 bytes

Armazenamento de estados Permite Stateless

Baseado em operações Baseado em recursos ou


Abordagem de design
ou verbos substantivos (URIs)

Interface uniforme – GET,


Interface Interface não uniforme
POST, UPDATE, DELETE.

Permite que código originado


Code on demand (COD) Não é voltado a COD da requisição ao Servidor seja
executado no lado Cliente.

Representação de dados XML Aberto

Descritor WSDL WSDL/WADL/Nenhum

5.1 Fatores de comparação


Os fatores de comparação utilizados para a análise do estudo de caso foram:
• Tamanho do pacote HTTP: indica a dimensão das mensagens trocadas entre um
Web service e seu consumidor, ou seja, esboça uma amostra do tráfego gerado na
conversa entre os dois pontos. O protocolo HTTP foi escolhido como um dos itens
de comparação, pois é bastante difundido, utilizado como protocolo de transporte
em serviços WS-* e base no funcionamento dos serviços REST.
• Armazenamento de estados: reflete como as abordagens se comportam em relação
à possibilidade de guardar estados. Este fator, quando presente, possibilita um ganho
de desempenho, pois mantêm estados para serem utilizados em requisições
posteriores.

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• Abordagem de design: indica de que forma são vistos os serviços, de que maneira
estão dispostos os serviços para o consumidor.
• Interface: especifica a forma de iteração com os serviços, a maneira a qual é
requisitada uma determinada operação oferecida por um serviço.
• Code on demand: quando presente, indica a possibilidade de se estender
características ou funcionalidades de um cliente, recebendo códigos que serão
executados no mesmo.
• Representação de dados: trata dos formatos que um serviço pode prover ao
requisitante. Possibilita fazer a escolha de uma das abordagens com base no
ambiente em que os serviços estarão engajados.
• Descritor: especifica as possíveis linguagens de descrição que um serviço pode
oferecer. Este fator comparativo é de suma importância, pois através de um arquivo
de descrição torna-se possível automatizar etapas no desenvolvimento e consumo de
serviços.
5.2 Análise
Os pacotes utilizados na comparação foram pacotes de resposta a serviços de listagem
de produtos, produtos por categorias, fabricantes de produtos e categorias de produtos.
Foi utilizado o formato XML como retorno das chamadas em ambas as abordagens de
serviços, sendo seus tamanhos calculados pela ferramenta SoapUI 3. Nesse aspecto,
REST leva vantagem, uma vez que, se utiliza somente do HTTP para transportar as
informações, diferente dos serviços WS-* que trabalham com envelopes SOAP
envolvidos por pacotes HTTP. Com isso o desempenho também é afetado, pois os
pacotes SOAP devem sofrer um parse antes de os dados serem utilizados. A Figura 7
apresenta um gráfico com os resultados obtidos na comparação.
As diferenças variaram de 117 a 185 bytes em virtude da quantidade de dados
identificados no retorno dos Web services, porém, sempre vai haver acréscimos em
virtude do protocolo SOAP.

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Figura 7. Tamanho de pacote HTTP em Web services WS-* e REST

Na comunicação Cliente/Servidor, nenhum tipo de estado é mantido (stateless)


no uso de RESTful. Esta característica prima pela escalabilidade e simplicidade dos
serviços e da infra-estrutura envolvida. Nos testes tanto os Web services RESTful quanto
os WS-* foram desenvolvidos sem armazenamento de estados, mas os serviços WS-*
podem ser desenvolvidos visando esta característica. Por exemplo, em uma aplicação
que necessite de autenticação, a qual solicite um usuário e uma senha, o cliente do
serviço RESTful deve enviar os dados de autenticação a cada requisição. Nos serviços
WS-* é possível solicitar os dados de autenticação somente na primeira requisição,
salvando os mesmos em sessão no servidor. Nesta abordagem, pode-se ganhar em
desempenho, pois estes dados não precisarão ser enviados e validados a cada requisição.
Por outro lado, a questão da escalabilidade se torna mais complexa e custosa onde o
armazenamento de estado de múltiplos clientes acarretará o aumento na demanda de
recursos como memória e processamento no servidor.
Enquanto a abordagem dos serviços WS-* disponibiliza operações tais como
getCategoria(), setCategoria(), deleteCategoria(), os serviços RESTful se baseiam em
recursos representados por URIs. Para requisitar os métodos REST equivalentes citados
acima é necessário requisitar a URI “http://localhost:8888/categorias/[nomeCategoria]”
requisitada juntamente com os verbos da interface uniforme do HTTP, ou seja, uma
requisição HTTP/GET para esta URI busca os dados dessa categoria, uma requisição
POST cria uma nova categoria e uma requisição DELETE a deleta.
Os verbos do HTTP caracterizam a interface uniforme presente no estilo REST.
Sendo que nos serviços WS-* a interface não é uniforme e é definida pelo
desenvolvedor quando nomeia as atividades do serviço (nome dos métodos). Com uma
interface uniforme o desenvolvimento fica mais claro e padronizado, entretanto, as

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URIs podem não ter o mesmo poder de descrição de um nome de método bem
elaborado. Outro ponto negativo em possuir uma interface uniforme está na diminuição
da eficiência, pois a transmissão dos dados se dá de uma forma padronizada ao invés de
ser otimizada para as necessidades de uma aplicação específica.
A possibilidade de baixar scripts/Applets para execução no cliente não tem
nenhuma restrição de ser feita através de serviços RESTful ou WS-*. É possível baixar
código Javascript ou um Applet fazendo requisições SOAP, embora isso seja bastante
incomum, sendo mais factível ocorrer com REST do que com WS-*. REST é
freqüentemente associado a Web, onde o navegador é fortemente utilizado, provendo
um melhor suporte a Code on Demand, comparado aos serviços SOAP que são mais
associados a Desktop. Os navegadores possibilitam que um servidor retorne código para
ser executado no lado cliente. Essa execução adicional de código permite estender ou
até mesmo customizar a capacidade de um cliente sem a necessidade de instalações ou
alterações. Sendo um exemplo prático o objeto XmlHttpRequest do Javascript (AJAX).
Com base no Code on Demand desenvolvido no estudo de caso dos serviços REST
pode-se notar que apesar de trazer vantagens como as citadas acima, esta prática
encobre o que está sendo recebido e executado no cliente, logo, deve-se confiar na fonte
do serviço.
A possibilidade de retornar dados em diferentes representações torna os serviços
mais dinâmicos e oferece diferentes opções ao cliente requisitante. Esta característica
dos serviços REST não é encontrada nativamente nos serviços WS-*, os quais
trabalham com representação XML por padrão. Nos serviços desenvolvidos no estudo
de caso, o retorno dos Web services no estilo REST podem ser requisitados nas
representações XML ou JSON, sendo que em serviços WS-*, representações diferentes
da XML não são possíveis sem serem parte do conteúdo do pacote SOAP.
A utilização de um arquivo descritor de Web service é de fundamental
importância para serviços WS-*. Através dele, ferramentas de desenvolvimento e até
mesmo os próprios programadores têm acesso a informações úteis sobre os Web
services. Estes descritores podem auxiliar no consumo dos serviços, tornando este mais
viável. Os Web services RESTful podem ser descritos através de WSDLs ou WADLs,
mas seu uso não é um requisito imposto pelo estilo REST. Esta flexibilidade garante
que um serviço RESTful funcione normalmente sem um arquivo descritor. No estudo de
caso descrito no artigo, foi utilizada WSDL para descrever os serviços WS-* e WADL
para os RESTful, com isso o consumo dos serviços através da ferramenta SoapUI se
tornou prática e fácil. Sem a utilização de um descritor o consumo de um serviço ou
criação de um cliente para este serviço se tornaria mais demorado, tendo que o
desenvolvedor buscar manualmente as informações necessárias. Ferramentas como a
IDE JDeveloper da Oracle, NetBeans da Sun Microsystem e Eclipse inicialmente
desenvolvido pela IBM, utilizam dos descritores para a geração de serviços ou clientes
de forma automatizada.

6 Conclusões
Este artigo apresentou uma análise comparativa prática e conceitual entre Web services
RESTful e WS-*. Também apresentou um estudo de caso para demonstrar as duas
abordagens e servir de instrumento no processo de comparação. No decorrer dos
estudos, constatou-se que as duas abordagens têm suas vantagens e desvantagens,

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demonstrando que cada uma tem sua área de especialidade e, portanto, o dever de
coexistir.
Os serviços WS-* têm a vantagem de serem bastante difundidos atualmente nas
empresas e organizações de grande porte, ideais em circunstâncias que envolvam
diferentes protocolos de comunicação; em ferramentas middleware utilizadas na
integração de sistemas complexos e de diferentes arquiteturas (BPEL, ESB). Serviços
RESTful, por outro lado, têm uma boa resposta em aplicações que envolvam
manipulações de dados onde resgatam as características da Web. Recomenda-se em
aplicações mobile, onde o custo na troca de mensagens é bastante elevado; em blogs e
sites de relacionamento, os quais são baseados em recursos e demandam de chamadas
RSS ou Atom; em serviços de busca na internet, que trabalham com um alto tráfego de
informações.
Como trabalhos futuros, têm-se em vista a avaliação de ferramentas para o
desenvolvimento de Web services que suportem ambos os tipos de serviços, bem como
o detalhamento e aprofundamento de metodologias para implementar segurança em
serviços de ambas as abordagens.
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