05 +Anita+Prestes
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Resumo: No artigo é feita uma análise sucinta do golpe civil-militar de 1964 no Brasil, da ditadura militar que
se estabeleceu no país e de sua evolução para um regime de tipo fascista. É abordada a crise do regime ditatorial
e a sua institucionalização iniciada nos anos 1970 e concluída com a promulgação da Constituição de 1988. São
examinadas as causas e as consequências do regime de democracia tutelada pelos militares que se formou no
país como resultado da institucionalização promovida sob a égide do Alto Comando do Exército. Registram-se
a permanência dessa democracia tutelada nos governos do PT e os seus desdobramentos: a deposição do
governo Dilma Rousseff pelo golpe jurídico-parlamentar de 2016, a eleição de Jair Bolsonaro e as dificuldades
para o avanço da luta antifascista no país.
Palavras-chave: Golpe civil-militar; ditadura militar; fascismo; tutela militar; poder militar.
Abstract: In this article is presented a brief analysis of the civil-military coup of 1964 in Brazil, the military
dictatorship then established in the country and its evolution to a fascist-type regime. It discusses also the later
crisis of the dictatorial regime and its institutionalization begun in the 1970s and concluded with the
promulgation of the 1988 Constitution. The causes and consequences of the military-protected democracy
regime, established in the country after the institutionalization promoted under the guardianship of the Army
High Command, are examined. It also refers to the permanence of this military-protected democracy in the
PT’s presidencies and its consequences: the deposition of the Dilma Rousseff government by the legal-
parliamentary coup of 2016, the election of Jair Bolsonaro and the difficulties for the strenghtening of the anti-
fascist struggle in the country.
Keywords: Civil-military coup; military dictatorship; fascism; military tutelage; military power.
Parecia que, depois de 1964 e de 1968, as esquerdas aprenderam as lições dos fatos
e que haveria um esforço mais maduro na linha de recuperação da ótica comunista,
que já foi explorada e recomendada no século passado por Marx e Engels. No
entanto, não é isso que acontece. A tragédia não se repete como comédia: a comédia
continua...Voltamos a erros mais ou menos antigos e mais ou menos recentes.
Florestan Fernandes, Poder e contrapoder na América Latina (1981).
1Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense e professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. <[email protected]>
Dada a composição dessas forças que desfecharam o golpe, podemos afirmar que ele teve
caráter civil-militar – uma coalização civil-militar, que contou com a participação do grande
empresariado nacional e estrangeiro e de políticos civis de direita (DREIFUSS, 1981; NAPOLITANO,
2014, p.9) O êxito dessa ação golpista resultou, entretanto, no estabelecimento de uma ditadura
militar, “ainda que tenha tido entre os seus sócios e beneficiários amplos setores sociais que vinham
de fora da caserna, pois os militares sempre se mantiveram no centro decisório do poder”
(NAPOLITANO, 2014, p.11), tese confirmada pela pesquisa realizada por Maud Chirio (CHIRIO,
2012). Foram os generais do Alto Comando do Exército que durante o regime ditatorial se
mantiveram à frente do Poder Executivo nacional (Idem).
Uma vez consolidado o poder militar, o regime político estabelecido passou durante alguns
anos por um processo de fascistização que, a partir do Ato Institucional N°5 (AI-5), decretado em 13
de dezembro de 1968 no governo do general Costa e Silva, transitou para uma ditadura de caráter
fascista - ditadura terrorista dos setores mais reacionários do capital financeiro internacionalizado,
exercida fundamentalmente através do Alto Comando do Exército (CHIRIO, 2012; DIMITROV,
1969; PRESTES, 2019).
Historicamente a grande burguesia recorre ao estabelecimento de um regime de tipo fascista
quando se depara com uma “ameaça revolucionária”. A partir dos anos 1960 os efeitos da Revolução
Cubana na América Latina, e em particular no Brasil, levaram o grande capital internacionalizado,
especialmente o de origem estadunidense, a adotar medidas de caráter preventivo. Em nosso
continente, os regimes fascistas constituíram uma resposta à Revolução Cubana, uma vez que “o
fascismo é acima tudo uma contrarrevolução” (HANDAL, 1976, pp.124, 142).
O dirigente comunista salvadorenho Shafik Jorge Handal mostrava-se favorável a atribuir o
título de fascismo ao modelo brasileiro, uma vez que “expressa em essência o fascismo de hoje nas
condições da América Latina” (Ibidem, p.142), acrescentando:
A função histórica do fascismo na América Latina consiste em salvar o capitalismo
dependente, modernizando-o, promovendo-o a passar a fase de capitalismo
monopolista dependente e, onde existam condições para isso, ao capitalismo
monopolista de Estado dependente. (Ibidem, p.132; destaques do autor).
É inegável que as medidas adotadas pela ditadura militar no Brasil permitiram que a
articulação do capital financeiro internacionalizado – com a participação dos monopólios brasileiros
dele dependentes e a ele associados – e o Estado nacional assumisse grande importância na
economia brasileira, tornando-se fator decisivo na economia e em toda a vida da Nação. Sem um
regime de tipo fascista, nas condições então existentes no país, não teria sido possível implantar tais
medidas, dadas as resistências reveladas pelo nível atingido das contradições sociais então presentes:
... A função do fascismo é salvar o capitalismo dependente frente à revolução e
modernizá-lo, favorecendo os consórcios transnacionais e os burgueses locais seus
associados, salvar e consolidar a hegemonia política e militar do imperialismo ianque
ameaçada de colapso na nossa região. (Ibidem, p.141; destaques do autor).
S. J. Handal destacava que o fascismo possui “fundamentos econômicos e sociais” e “um
programa a ser realizado nesses terrenos”, enfatizando que o “fascismo é antes de tudo um fenômeno
superestrutural, um fenômeno político dentro do capitalismo, próprio da época do seu declínio
histórico” (Ibidem, p.129). Uma especificidade do fascismo na América Latina apontada pelo mesmo
autor é o papel do exército em substituição ao partido, ainda que, ao desempenhar essa função,
pudesse facilitar sua derrota (Ibidem, pp.144-45).
Historicamente o estabelecimento de ditaduras fascistas resultou da incapacidade das forças
progressistas e/ou revolucionárias apresentarem uma alternativa que pudesse ser vitoriosa, fator
que as levaria ao descrédito perante amplos setores populares, como fora registrado ao seu tempo
pela dirigente comunista alemã Clara Zetkin (AYCOBERRY, 1979, pp.77-8), abrindo caminho para a
ascensão de grupos fascistas representativos dos interesses mais reacionários do capital financeiro.
Contrariamente àqueles que buscam nas experiências fascistas que vigoraram na América
Latina as mobilizações de massas verificadas durante os anos 1920/30 nos regimes fascistas da
Alemanha e da Itália, o sociólogo Florestan Fernandes, ao abordar as características do fascismo na
América Latina, aponta para “uma forma de fascismo de menor refinamento ideológico, que envolve
menor ‘orquestração de massa’ e um aparato de propaganda mais rudimentar”, destacando que essa
espécie de fascismo “pressupõe mais uma exacerbação do uso autoritário e totalitário da luta de
classes, da opressão social e de repressão política pelo Estado, do que doutrinação de massa e
movimentos de massa” (FERNANDES, 1981, pp.16-7; destaques meus).
2 PRESTES, Luiz Carlos. Entrevista concedida a Cristina Serra. Resistência, Belém, n. 56, 1°-15/6/1983, p. 6; grifos meus.
do seu currículo e determinou que 1/3 dos senadores seriam indicados pelo Presidente da República
e eleitos pelo voto indireto. Esses senadores ficariam conhecidos como “senadores biônicos”, por
figurarem como “agentes do governo”, garantindo a hegemonia dos militares através do quórum
majoritário.
As altas esferas do regime trataram de dialogar com os setores da oposição presentes na
cúpula do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) – o único partido da oposição consentida
criado pela ditadura em 1965 – tendo em vista promover a proclamada “distensão”, ou seja, a
institucionalização do regime. Assim, o senador Petrônio Portela, uma das principais lideranças da
ARENA, tornou-se o condutor da chamada “Missão Portela”, destinada a promover essa
institucionalização ainda no governo Geisel e no início do governo Figueiredo. Na qualidade de
presidente do Senado Federal de 1977 a 1979, Portela, cuja capacidade de articulação política seria
amplamente reconhecida, foi um dos principais interlocutores de Tancredo Neves e Ulysses
Guimarães – os mais destacados líderes do MDB e da oposição liberal à época.
Desses entendimentos resultou, em outubro de 1978, a decisão de revogar o AI-5 e de
restaurar o habeas corpus, embora fossem adotadas as chamadas salvaguardas constitucionais (o
Estado de Emergência e as Medidas de Emergência), que na prática representaram a continuidade
da vigência das restrições às normas democráticas presentes no AI-5. Foi restaurado o
pluripartidarismo, embora persistisse a proibição à organização do Partido Comunista, e, em agosto
de 1979, decretada a Lei da Anistia, concedida não só aos presos e perseguidos políticos como
também aos agentes da ditadura envolvidos na prática da repressão e da tortura.
Ao mesmo tempo, permanecia em vigor a Lei de Segurança Nacional, que Luiz Carlos Prestes
definiu como “código anticomunista imposto ao povo pelo opressor estrangeiro” 3, acrescentando
que ela “exprime a essência do regime fascista, sendo na verdade, e apenas isso, um código de
perseguição aos comunistas, imposto ao nosso povo pelo imperialismo americano” 4.
Enquanto tinham curso os entendimentos entre os políticos governistas envolvidos no
projeto de “distensão” e os líderes do MDB, tomava vulto a tese de uma “Constituinte com
Figueiredo”, o general que assumira a Presidência em março de 1979. Essa posição seria adotada por
amplos setores oposicionistas, inclusive da direção do PCB5, mas combatida por L.C. Prestes, cujo
rompimento público com esse partido teria lugar em março de 1980. Segundo Prestes,
O perigo de uma campanha, nas condições atuais, pela convocação de uma
Assembleia Constituinte reside em que, ao apresentar-se a Constituinte como uma
panaceia, o sr. Figueiredo será o primeiro a tomar a iniciativa de convocá-la, antes
da revogação da legislação fascista e com o objetivo de consolidar o atual regime, de,
mais uma vez, ludibriar a opinião pública com um “nova” Constituição que consagre
o mesmo regime sob o qual vivemos hoje.6
Conforme fora previsto no projeto governista da “distensão”, seu ritmo seria lento e sob o
controle permanente do Alto Comando do Exército, ou seja, sob a tutela militar, denunciada por L.C.
Prestes, durante todo aquele período, marcado pelo entusiasmo da campanha pelas eleições diretas
e sua derrota em abril de 1984, pela eleição indireta de Tancredo Neves para a Presidência da
República, sua morte inesperada e a posse de José Sarney em abril de 1985, e pelo processo
constituinte coroado com a promulgação da Constituição em 5/10/1988.7.
Com a aprovação da Constituição de 1988, ficaria consagrada a tutela militar ou, em outras
palavras, o poder militar acima dos três poderes da República. Nas palavras de L.C. Prestes,
referindo-se ao artigo 142 dessa Carta, às Forças Armadas foram atribuídas “funções evidentemente
incompatíveis com um regime democrático”, acrescentando:
Em nome da salvaguarda da lei e da ordem (...) estarão as Forças Armadas colocadas
acima dos três poderes do Estado. Com a nova Constituição, prosseguirá, assim, o
predomínio das Forças Armadas na direção da Nação, podendo
constitucionalmente, tanto depor o presidente da República quanto os três poderes
3 PRESTES, Luiz Carlos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24/10/1979. In: MORAES (1997: 233-7).
4 PRESTES, Luiz Carlos. Pasquim, Rio de Janeiro, n. 542, 2-8/11/1979, p. 4-9. In: MORAES (1997: 233-7)
5 Ver, por exemplo, Pasquim, Rio de Janeiro, n. 542, 2-8/11/1979, p. 4-9. In: MORAES (1997: 233-7).
6 PRESTES, Luiz Carlos. Carta ao sr. diretor da Folha de S. Paulo (29/11/1980). Folha de S. Paulo, São Paulo, 4/12/1980.
7 Ver PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes, a Constituinte e a Constituição de 1988. Fil -Encontros com a Filosofia, Revista
8 PRESTES, Luiz Carlos. Um ‘poder’ acima dos outros. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 28/9/1988; grifos meus.
9 Bloco histórico – conceito gramsciano, de acordo com o qual “sua constituição está assentada em classes ou grupos sociais concretos
definidos pela sua situação na sociedade, mas as ideias cumprem um papel fundamental no que se refere à sua coesão.”. (BIGNAMI, s.d.,
p.27).
10 Ver PRESTES (2015, pp. 349-85).
desencadeada com a vitória dos golpistas, aumentariam as dificuldades para levar adiante as
atividades de mobilização e de organização dos setores populares.
Enquanto setores da esquerda advindos principalmente do movimento estudantil recorriam,
em atitude claramente voluntarista, ao apelo à luta armada pela derrubada da ditadura e, na
ausência de condições objetivas para tal, eram tragicamente derrotados e em grande parte dizimados
pela repressão ditatorial, os comunistas filiados ao PCB persistiam na fidelidade à concepção tática
de aglutinar amplas forças sociais e políticas, incluindo uma suposta burguesia nacional, na luta não
pela derrubada da ditadura, mas pela acumulação de forças que pudessem levar à derrota do regime
ditatorial. Essa tática, embora no fundamental correta nas circunstâncias então presentes, era
prejudicada pela permanência, tanto no PCB quanto na maior parte das esquerdas envolvidas na luta
armada, da concepção etapista da revolução, voltada à conquista de um capitalismo autônomo no
Brasil. Tratava-se de uma orientação política, que seria reafirmada pelo 6º Congresso do PCB,
realizado em 1967 nas condições de rigorosa clandestinidade, não obstante as restrições que lhe
foram então contrapostas por Luiz Carlos Prestes, então secretário-geral do partido (PRESTES, 2015,
pp.412-15).
Uma vez que a partir de 1965 o MDB passara a ser o único partido legal da oposição,
consentida pelo regime, o PCB orientaria seus militantes, amigos e simpatizantes e atuarem em suas
fileiras e agirem no sentido de aglutinar as forças democráticas do país e mobilizar amplas massas
contra a ditadura, sendo a meta principal desse partido a derrota eleitoral do regime, o que foi
alcançado com inegável sucesso em novembro de 1974, conforme registramos acima. Nesse processo
o PCB ficaria a reboque da direção exercida no MDB pelos elementos liberais da burguesia, que em
maior ou menor grau revelavam insatisfação com a ditadura.
Tal situação de subordinação da política do PCB aos ditames dos liberais no comando do
MDB seria denunciada por Prestes a partir da realização do referido 6º Congresso e durante todo o
período subsequente, incluindo os anos de exílio de 1971 a 1979. (PRESTES, 2015, pp.415-24; cap.
XVI-XVII)
Dentre as numerosas declarações feitas por Luiz Carlos Prestes naquele período, vale a pena
destacar seu depoimento ao jornalista Getúlio Bittencourt, do jornal Folha de S. Paulo, em que o
secretário-geral do PCB esclarecia mais uma vez o tipo de democracia pela qual os comunistas
deveriam lutar:
À classe operária, aos trabalhadores e seus aliados, quer dizer, à grande maioria da
população, interessa construir no Brasil uma democracia que permita o avanço em
direção a profundas transformações econômicas, sociais e políticas de caráter
antimonopolista, o que, por sua vez, abrirá caminho para que essa democracia possa
se desenvolver até a democracia socialista. É tendo sempre presente essa meta que
nosso partido, como partido revolucionário da classe operária, luta pela democracia
e pela unidade da classe operária, de todos os trabalhadores e demais forças sociais
que se colocam em oposição ao fascismo e aspiram ao progresso social.11.
Como se sabe, as posições de Prestes foram derrotadas no Comitê Central do PCB, o que levou
o secretário-geral do partido por cerca de 40 anos a romper com essa direção em março de 1980,
com o lançamento de sua Carta aos comunistas (PRESTES, L.C., 1980). A orientação política
adotada pelo PCB durante o período ditatorial esteve voltada prioritariamente para os
entendimentos de cúpula com as lideranças da burguesia liberal em detrimento do trabalho de
organização, mobilização e conscientização dos trabalhadores. Repetiam-se os erros e as falhas
anteriores ao golpe: pouco se investia na organização das massas populares na luta pela conquista
de um regime democrático mais avançado, que pudesse abrir caminho para transformações
profundas da sociedade brasileira. (PRESTES, 2015, cap. XVI-XVII).
A transição democrática que resultou do tipo de “distensão” promovida sob a égide dos
generais do Alto Comando do Exército com o estabelecimento de um pacto com os representantes
da burguesia liberal se inscreve na tradição das classes dominantes brasileiras de encontrar soluções
para as situações de crise do sistema econômico-político através dos entendimentos entre elas
mesmas, desprezando qualquer participação dos setores populares. Trata-se da prática tradicional
da conciliação, que sempre vigorou entre as elites brasileiras quando se sentem ameaçadas pelo
11PRESTES, Luiz Carlos. Entrevista: O panorama visto do exílio. In: BITTENCOURT, Getúlio. A quinta estrela: como se tenta fazer um
presidente no Brasil. São Paulo, Ciências Humanas: 1978, p.40; grifos meus.
“populacho”. Como afirmou Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, presidente do estado de Minas
Gerais em 1930, “façamos a revolução antes que o povo a faça”.
A partir de 1989, com a introdução das eleições diretas para a presidência da República e a
concomitante derrota do socialismo real (queda do Muro de Berlim e contrarrevolução capitalista na
União Soviética), a era do chamado neoliberalismo se estenderia à América Latina e ao Brasil, com
os governos de Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, período marcado pela
redução de investimentos públicos e a privatização de empresas estatais, assim como pelas brutais
consequências de tal política para a grande maioria do povo brasileiro.
12 Leia íntegra da carta de Lula para acalmar o mercado financeiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 24/06/2002;
<https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u33908.shtml>
13 FIGUEIREDO, Lucas. Olho por olho (os livros secretos da ditadura). Rio de Janeiro: Record, 2007 (207 p.), apud Perseu, Nº 4, Ano 3,
2009; ORVIL (documento secreto, versão fac-similar, 953 p.).
14 ROCHA, João Cesar de Castro. Entrevista: É hora de se proteger. Jornal Opção, 8/3/2020, p. 5, 6.
15 Ver PINTO, Eduardo Costa. Bolsonaro e os quartéis: a loucura como método. (Texto para discussão 006/ 2019, Instituto de Economia
da UFRJ, p. 5, 9.)
política se tornara insatisfatória para atender aos interesses do capital financeiro internacionalizado
numa situação de crise econômica e grande descontentamento popular. Para o grande capital
assegurar a continuidade dos seus lucros fabulosos era necessário adotar medidas drásticas de
contenção de despesas orçamentárias, penalizando ainda mais as massas trabalhadoras.
16MARTINS FILHO, João Roberto. Entrevista: Gosto pelo poder mantém militares passivos a Bolsonaro, avalia cientista político. Brasil
de Fato, São Paulo, 30/04/2020.
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MORAES, Dênis de. A esquerda e o golpe de 64: vinte e cinco anos depois, as forças populares repensam seus
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__________________ (org.). Prestes com a palavra: uma seleção das principais entrevistas do líder
comunista. Campo Grande: Letra Livre, 1997.
NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime militar brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014.
PRESTES, Luiz Carlos. Carta aos comunistas. São Paulo, Alfa-Omega, 1980.
PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro. São Paulo: Boitempo, 2015.
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(1937-1945), a ditadura militar (1964-1985) e o regime atual (a partir do golpe de 2016). Revista de História
Comparada. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, 2019, p. 108-129.
Recebido em 30-03-2021
Aprovado em 05-05-2021