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Professora catarina SIMÕES

Saúde Pública: estado de saúde de um determinado grupo de pessoas e das atividades e condições governamentais
(asseguradas pelo Estado), com vista à promoção, proteção ou preservação da sua saúde, tem o objetivo de prolongar
a vida e melhorar a saúde e a eficiência mental e física dos indivíduos, por meio dos esforços organizados da
comunidade como a luta contra doenças, ensino, organização de serviços de saúde com finalidade de diagnostico
precoce e tratamento preventivo e medidas sociais para manutenção da saúde.

Declaração de Alma-Ata

A justificação chocante desigualdade existente no estado de saúde dos povos, entre e dentro dos países

A finalidade promover e proteger a saúde nos países em desenvolvimento e que o espirito de desenvolvimento
deve basear-se na justiça social tendo em vista a paz mundial

A estratégia direito e dever de participação

O objetivo aumentar a participação para sugerir que o empoderamento é uma componente necessária aos CSP

Os temas das metas regionais da alma ata são: Equidade, promoção da saúde, prevenção de saúde, participação ativa
das populações, cooperação multissetorial e internacional.

Declaração de Alma Ata VS Declaração de Munique

Declaração de alma ata: define CSP e enuncia os elementos essenciais para o seu desenvolvimento.

Declaração de Munique: Reforça o conceito de CSP como cuidados prioritários e essenciais para enfatizar o papel dos
enfermeiros na comunidade.

Carta de Otawa

Reforça a função dos promotores de saúde e identifica os requisitos e recursos fundamentais para atingir a saúde,
como paz, abrigo, educação, alimentação, justiça e equidade. Define educação para a saúde, que tem como finalidade
desenvolver a capacidade do autocuidado e facilitar os elementos suficientes para que assumam essa
responsabilidade.

Áreas de ação para promover a saúde:


Construir políticas públicas saudáveis;
Criar ambientes favoráveis;
Reforçar a ação comunitária;
Desenvolver competências pessoais;
Reorientar os serviços de saúde.

Funções dos promotores da saúde: advogar, capacitar e medir.

Finalidade: Reforçar a promoção de saúde e clarificar o conceito de educação para a saúde.

Cuidados de Saúde Primários

Elementos essenciais para que estes se desenvolvem são: educação sanitária, nutrição adequada, saneamento, cuidados
materno-infantis, vacinação, prevenção e controlo de doenças endémicas, tratamento apropriado de doenças e
ferimentos correntes e abastecimento em medicamentos essenciais.

INÊS LEÃO 1
Características dos CSP: contínuos, acessíveis, integrais, integrados, ativos, participativos, permanentes e comunitários.
Devem acompanhar o individuo em todas as etapas e ser acessíveis a todas as famílias, atuando na vertente
biopsicossocial do utente. Devem também colaborar ativamente na saúde e na prevenção de doença.

Conferencias e principais finalidades:

ADELAIDE criação de um ambiente favorável.

DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL ambientes favoráveis à saúde através da capacitação das pessoas e da participação
comunitária.

DECLARAÇÃO DE JACARTA Consolidar a saúde como um direito humano básico. Através de responsabilidade social;
reforçar os investimentos; expandir as parcerias; aumentar a capacitação da comunidade e do indivíduo; garantir
infraestruturas.

DECLARAÇÃO MINISTERIAL DO MÉXICO valorizam a eficácia da saúde, rumo a uma maior equidade.

CARTA DE BANGKOK promoção da saúde num mundo globalizado.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE BANCOQUE Completa e desenvolve os valores, princípios e estratégias da carta de Otawa.

VANCOUVER Conferir avanços da promoção da saúde desde a carta de Otawa.

Determinantes da saúde

Conjunto de múltiplos fatores inter-relacionados, como pessoais e sociais económicos e ambientais que determinam
o estado de saúde de indivíduos ou populações.

Biológicos relacionados com os processos não intencionais das pessoas (idade, história, genética

Sociais e económicos relacionados com os processos de interação das pessoas com o ambiente (pobreza,
emprego, exclusão social,

Ambientais relacionados com os processos de interação das pessoas com o ambiente (habitat, qualidade do
ar, qualidade da água, ambiente social

De acessibilidade relacionados com os processos de interação das pessoas com o ambiente (educação, saúde,
serviços sociais, transportes

Estilos de vida relacionados com os processos internacionais das pessoas (alimentação, atividade física,
consumo de substâncias, comportamentos sexuais).

Intervir sobre os determinantes da Saúde é uma estratégia promotora da Saúde que permitirá ganhos significativos
na Saúde Individual e Comunitária.

Níveis de prevenção

PRIMORDIAL: Conjunto de atividades que visam evitar o aparecimento e estabelecimento de padrões de vida social,
económica ou cultural que se sabe estarem relacionadas com elevado risco de doença.

PRIMÁRIA: Conjunto de atividades que visam evitar a doença da população, removendo os fatores causais, ou seja,
visam a diminuição da incidência da doença. Ex: vacinação, tratamento de águas, medidas de desinfeção e
desinfestação, ações para prevenção HIV.

INÊS LEÃO 2
SECUNDÁRIA: Conjunto de ações que visam identificar e corrigir, o mais precocemente possível, qualquer desvio da
normalidade. Ex: rastreio cancro colo do útero.

TERCIÁRIA: Conjunto de ações que visam reduzir a incapacidade de forma a permitir uma rápida integração do
indivíduo na sociedade. Ex: aceitação de indivíduo com HIV na comunidade, ajuste de funções de um indivíduo no
contexto laboral.

QUATERNÁRIA: conjunto de ações que visam evitar a iatrogenia.

Literacia em Saúde

competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos para acederem à compreensão e ao


uso da informação, de forma a promover e manter uma boa saúde

-a-dia, em casa, na comunidade, local


de trabalho, na

Educação para a Saúde

Essencial em Enfermagem.

Os clientes (indivíduos, família, comunidades e populações) precisam de informação compreensível relacionada com
a saúde.

É fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-se para todos os estádios do
seu desenvolvimento e para lutarem contra as doenças crónicas e incapacitantes.

Estas intervenções devem ter lugar em vários contextos, como escolas, o trabalho e as organizações comunitárias e
ser realizadas por organismos educacionais, profissionais e de solidariedade social.

Todo o enfermeiro é, por inerência das suas funções , um educador para a saúde, já que cuidar é também ensinar ,
uma das componentes do processo de cuidar.

Contribui para a operacionalização do conceito de Promoção da Saúde da Carta de Ottawa (1986), como o processo
que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a
melhorar.

Capacita os indivíduos / famílias / grupos / comunidade para:

Atingir níveis ótimos de saúde;


Prevenir problemas de saúde;
Identificar e tratar precocemente problemas de saúde;
Minimizar a incapacidade;
Tomar decisões relacionadas com a saúde, assumir pessoalmente a responsabilidade pela sua saúde e lidar
efetivamente com as alterações na sua saúde e estilo de vida.

Andragogia arte e ciência de orientar adultos no sentido da aprendizagem.

Empowerment das famílias

A abordagem deve focar-se no empoderamento e não em fornecer ajuda. O não reconhecimento das competências
da família e a ausência de definição de um papel ativo das famílias pode conduzir a família à dependência e à falta de
crescimento. Para que as famílias se tornem participantes ativos precisam ter um sentido de competência pessoal e
um desejo e vontade de agir.

Resultados esperados do empoderamento: Autoestima positiva; Capacidade de fixar e atingir objetivos; Sentido de
controlo sobre a vida e os processos de mudança; Sentido de esperança no futuro; A abordagem deve ser focada em
competências e não em problemas ou deficiências.

INÊS LEÃO 3
Empoderamento comunitário

Delegação de autoridade na comunidade para tomar decisões e resolver os seus próprios problemas. Processo de
aloca as decisões sobre os problemas nas pessoas e não nos decisores políticos e nos profissionais de saúde. Os
projetos comunitários devem ter uma abordagem bottom up, ou seja, das pessoas para os decisores.

Planeamento em Saúde

Procura um estado de Saúde, através da sua promoção, prevenção de doenças, cura e reabilitação, incluindo
mudanças no comportamento das populações.

Plano: Conjunto de programas ou projetos que contribuem para alcançar os objetivos de uma instituição.

Programa: Conjunto de projetos que decorrem num período bem limitado (superior ao projeto) que visa obter um
resultado específico, contribuindo para a execução da estratégia de um plano.

Projeto: Conjunto de atividades que decorrem num período de tempo limitado, que visa obter um resultado específico
e contribui para a execução de um programa.

Plano Nacional de Saúde

É um instrumento estratégico, adotado por cada vez mais países, que permite o alinhamento das políticas de saúde,
de forma coerente e fundamentada, com o objetivo da maximização dos ganhos em saúde para a população desse
país.

VISÃO Proteger e melhorar a saúde e bem-estar dos cidadãos, garantindo que, através da qualidade, da segurança
e da redução de iniquidades em saúde, todos atinjam o seu potencial de saúde.

VALORES equidade e universalidade no acesso à saúde, rigor científico e ético nas decisões em saúde,
profissionalismo, flexibilidade e colaboração, transparência e responsabilidade.

MISSÃO:
Afirmar os valores e os princípios que suportam a identidade do Sistema de Saúde, nomeadamente o Serviço
Nacional de Saúde, e reforçar a coerência do sistema em torno destes;
Clarificar e consolidar entendimentos comuns que facilitam a integração de esforços e a valorização dos agentes
na obtenção de ganhos e valor em saúde;
Enquadrar e articular os vários níveis de decisão estratégica e operacional em torno dos objetivos do Sistema
de Saúde;
Criar e sustentar uma expectativa de desenvolvimento do Sistema de Saúde através de orientações e propostas
de ação;
Ser referencia e permitir a monitorização e avaliação da adequação, desempenho e desenvolvimento do
Sistema de Saúde.

CARACTERÍSTICAS:
Resultar de uma análise crítica do estado de saúde da população, com identificação das suas necessidades em
saúde, dos recursos sociais existentes e do sistema de saúde aplicado como resposta às necessidades;
Identificar os principais determinantes de saúde, fazendo corresponder intervenções de promoção da saúde,
prevenção da doença, diagnóstico precoce, minimização e controlo da doença e reabilitação adequada;
Ser um instrumento para identificação de responsabilidades dos vários atores e responsáveis de saúde, de
alinhamento de políticas, de rentabilização de recursos, de monitorização do impacto e de avaliação das suas
atividades;
Ser a base para uma linguagem e um referencial comum de planeamento, monitorização e avaliação em Saúde.

INÊS LEÃO 4
Quatro eixos estratégicos:

Cidadania em Saúde;
Equidade e Acesso adequado aos Cuidados de Saúde como a ausência de diferenças evitáveis, injustas e
passíveis de modificação do estado de saúde de grupos populacionais de contextos sociais, geográficos ou
demográficos diversos;
Qualidade em Saúde;
Políticas Saudáveis.

A promoção do acesso em saúde é feita através da:

Utilização de sistemas de informação e monitorização;


Implementação de projetos específicos dirigidos a ganhos adicionais em saúde através da redução das
desigualdades em saúde, de forma transversal ou focada a grupos vulneráveis.

Programa Nacional de vacinação

É um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal. Tem por objetivo proteger
os indivíduos e a população em geral contra as doenças com maior potencial para constituírem ameaças à saúde
pública e individual e para as quais há proteção eficaz por vacinação.

Princípios básicos:
Universalidade;
Acessibilidade;
Equidade;
Aproveitamento de todas as oportunidades.

Administração Regional de Saúde (ARS)

Regiões de saúde:

Norte;
Centro;
Lisboa e Vale do Tejo;
Alentejo;
Algarve.

Agrupamentos de centros de saúde (ACES)

UCC unidade de cuidados na comunidade ECCI -

CDP centros de diagnóstico pneumológico;

USP unidades de saúde pública;

CAD centros de atenção e deteção precoce de VIH/sida;

UCSP unidades de cuidados de saúde personalizados;

USF unidades de saúde familiar;

URAP unidade de recursos assistenciais partilhados.

UMDR Unidade de Média Duração e Reabilitação;

ULDM Unidade de Longa Duração e Manutenção;

ECCI Equipas de Cuidados continuados integrados;

RNCP Unidades de Cuidados Paliativos.

INÊS LEÃO 5
ACES

Serviços de saúde com autonomia administrativa, constituídos por várias unidades funcionais, que agrupam um ou
mais centros de saúde, cuja missão é garantir a prestação de cuidados de saúde primários, à população de
determinada área geográfica.

USP

Unidade de saúde pública. À USP compete, na área geodemográfica do ACES em que se integra, designadamente,
elaborar informação e planos em domínios da saúde pública, proceder à vigilância epidemiológica, gerir programas
de intervenção no âmbito da prevenção, promoção e proteção de saúde da população em geral ou de grupos
específicos e colaborar, de acordo com a legislação respetiva, no exercício das funções de autoridade de saúde.

RNCCI Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

Têm direito a cuidados continuados integrados:

Dependência funcional temporária;


Dependência funcional prolongada;
Idosos com critérios de fragilidade (dependência e doença);
Incapacidade grave, com impacto psicológico ou social;
Doença severa avançada ou terminal.

UC Unidades de convalescença

Internamentos até 30 dias de pessoas que estiveram internadas por doença súbita ou agravamento de doença crónica.
Já não necessitam de internamento hospitalar, mas requerem cuidados de saúde que, pela sua complexidade, não
podem ser em contexto domiciliário.

UMDR Unidade de média duração e reabilitação

Internamento entre 30 até 90 dias de pessoas que perderam temporariamente a sua autonomia, mas podem
recuperá-la. Necessitam de cuidados de saúde, apoio social e reabilitação que, pela sua frequência ou duração, não
podem ser prestados no domicílio.

ECCI Equipas de Cuidados continuados integrados

Pessoas em situação de dependência funcional transitória ou prolongada, que não se podem deslocar de forma
autónoma, cujo critério de referenciação assenta na fragilidade, limitação funcional grave, condicionada por motivos
ambientais, com doença severa, em fase avançada ou terminal, ao longo da vida.

Rede Nacional de Cuidados Paliativos

Cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no
domicílio a doentes em situação de sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançada e
progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de
vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com base na identificação
precoce e no tratamento rigoroso da dor e outros sintomas físicos, mas também psicossociais e espirituais.

UCSP Unidade de cuidados de saúde personalizados

Missão garantir a prestação de cuidados de saúde personalizados à população inscrita de uma determinada área
geográfica.

INÊS LEÃO 6
USF Unidade de saúde familiar

Missão manter e melhorar o estado de saúde das pessoas por ela abrangidas, através da prestação de cuidados de
saúde gerais, de forma personalizada, com boa acessibilidade e continuidade, abrangendo os contextos
sociofamiliares dos utentes, incluindo os cuidadores informais.

Consulta de enfermagem:

Intervenção visando a realização de uma avaliação, o estabelecer de plano de cuidados de enfermagem, no sentido
de ajudar o indivíduo a atingir a máximo capacidade de autocuidado.

Família

Enfermagem de Família: Campo da disciplina de enfermagem com um corpo de conhecimento específico.

Cuidados de Enfermagem à Família: Centram-se na interação entre enfermeiro e família, implicando um processo
interpessoal, significativo e terapêutico. O processo de cuidados é desenvolvido colaborativamente com a família,
promovendo a participação dos seu membros em todas as suas etapas.

Os cuidados de enfermagem têm por finalidade a capacitação da família a partir da maximização do seu potencial de
saúde ajudando-a a ser proactiva na consecução do seu projeto de saúde.

Pressupostos

1. A família é um sistema constituído por subsistemas e integrado em vários sistemas. É única;

2. Tem competência necessária para se manter em continuidade, pelo equilíbrio dinâmico entre a mudança e a
estabilidade;

3. As mudanças são contextuais e evolutivas;

4. As famílias são mais confiantes face ao futuro quando enfatizam o melhor do seu passado;

5. A saúde familiar é co construída em torno do desenvolvimento e crescimento da família, enquanto sistema aberto
e num contexto e num tempo direcionado à concretização das suas funções, mobilizando recursos internos e
externos face aos seus processos de transição;

6. O sistema familiar é alvo dos cuidados de enfermagem, que se focam tanto na família como um todo, como nos
seus membros individualmente;

7. Os cuidados de enfermagem enfatizam as interações entre os membros da família, e entre esta e o ambiente com
enfoque nas competências co construídas pelos processos vivenciados em contexto familiar;

8. Os cuidados de enfermagem prestados à família são regidos por um paradigma sistémico;

9. A finalidade dos cuidados centra-se na potencialização das forças, recursos e competências da família;

10. As etapas do processo de enfermagem vão ao encontro das caraterísticas auto-organizadoras do sistema familiar.

Perspetiva sistémica da família

Microssistema;
Mesosistema (comunidade próxima);
Exossitema (contexto comunitário);
Macrosistema (sociedade);
Cronossistema (dimensão temporal).

INÊS LEÃO 7
Subsistemas familiares

Subsistema conjugal constituído pelos membros do casal;

Subsistema parental constituído por pais e filho(s), podendo incluir outros elementos (para além dos pais);

Subsistema fraternal constituído pelos irmãos.

Ciclo Vital da Família

Sequência previsível de transformações na organização familiar com tarefas definidas


em cada uma das etapas. O desenvolvimento familiar origina mudanças funcionais,
estruturais e internacionais.

Transições: podem ser de dois tipos Normativas e não normativas.

Os enfermeiros têm uma longa experiência em colocar perguntas às pessoas acerca dos
seus problemas (fatores de stress), mas frequentemente não identificam os pontos
fortes, nem os recursos que a família tem para lidar com os seus problemas.

Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar (MDAIF)

Este modelo é um referencial para a intervenção de enfermagem junto das famílias e é constituído por uma estrutura
de organização sistémica com 3 dimensões (estrutural, de desenvolvimento e funcional).

O modelo aborda 3 áreas:

1. Promoção da saúde: atividades saudáveis, identificação do problema, fatores familiares na linha de defesa e
resistência;

2. Reação da família e instabilidade nas linhas de defesa e resistência;

3. Restauração da estabilidade da família e do funcionamento desta ao nível da prevenção e intervenção.

Instrumentos de Avaliação Familiar:

Genograma;
Ecomapa;
Escala de Graffar Adaptada.

Genograma

Formato para um desenho de uma árvore genealógica, que regista informação acerca dos membros da família e das
suas relações ao longo de pelo menos 3 gerações.

Mostra a estrutura das relações entre várias gerações. Permite planear estratégias de intervenção, proporcionando
uma visão geral rápida das complexidades de família.

Mapa Ecológico ou Ecomapa

Representação visual da unidade familiar. Avalia a família no seu contexto ecológico. Mostra a natureza das relações
entre os membros da família e entre estes e o mundo que os rodeia. Perceção mais integrada da situação da família.
Retratam o presente e o futuro (pode ser usado para estabelecer objetivos).

INÊS LEÃO 8
Escala de Graffar (adaptado)
Avalia as condições socioeconómicas da família com base em 5 domínios:
1. Profissão;
2. Nível de instrução;
3. Origem do rendimento familiar;
4. Tipo de habitação;
5. Local de residência;
Mediante o score: classe alta, média alta, média, média baixa e baixa.

Escala de Readaptação Social de Holmes e Rahe

Avalia e correlaciona os acontecimentos de vida geradores de stress com a probabilidade de desenvolver doença
(psicossomática). Relaciona-se com os acontecimentos pessoais ocorridos no último ano. É um questionário de
autopreenchimento.

Faces II

Avalia a adaptabilidade e coesão de uma família ou de um casal.

Adaptabilidade: capacidade da família adaptar a sua estrutura de poder, regras e papéis.

Coesão: ligações emocionais entre os membros da família e nível de autonomia.

Questionário destinado aos membros da família ou ao casal.

Apgar Familiar

Adaptação partilha de recursos e satisfação relativamente à assistência que recebe por parte da família.
Participação modo como as decisões são partilhadas e satisfação sobre a reciprocidades da comunicação.
Crescimento perceção sobre a flexibilidade familiar relativa à mudança de papéis e concretização de crescimento
individual.
Afeição satisfação sobre a partilha de experiências emocionais , intimidade e interação.
Decisão satisfação da partilha do tempo, espaço e recursos.

Visitação Domiciliária

Conjunto de atividades que surgem no contexto de uma planificação prévia, desempenhadas por uma equipa
multidisciplinar, com o objetivo de proporcionar cuidados de saúde através de atividades de promoção, proteção e
corresponsabilização, com plena participação do indivíduo e família no seu domicílio.

É uma oportunidade de identificar barreiras e apoios para atingir os objetivos de promoção de saúde da família.

O enfermeiro pode trabalhar diretamente com o cliente / família para adaptar as intervenções associadas aos recursos.

Vantagens:
Facilita planeamento;
Maior liberdade de colocar questões;
Melhor relacionamento;
Educação para a saúde no domicílio;
Permite avaliar a existência de outros problemas de saúde;
Permite reduzir os gastos em cuidados hospitalares;
Fortalecer o vínculo entre o enfermeiro e a família;
Potenciar a autonomia do indivíduo e família.

INÊS LEÃO 9
Desvantagens:
Demorada e mais dispendiosa;
Equidade;
Dificulta a partilha com outras famílias;
Contratempos (ex. não estar ninguém em casa ou alteração da morada)

Objetivos:
Prestar cuidados de enfermagem no domicílio, quando conveniente;
Conhecer o ambiente familiar, ampliando o nível de informações e conhecimentos referentes ao autocuidado,
aos recursos sociais, ação política em saúde ou como atitude complementar às vigilâncias em saúde;
Supervisionar os cuidados delegados à família;
Reforçar ensino à família;
Colher informações sobre as condições sócio-sanitárias da família, por meio de entrevista e observação.

Tipos de visita domiciliaria


VD preventiva:
Saúde materna e infantil;
Pessoa dependente;
Situação vacinal irregular, quando a convocatória não é bem sucedida.
VD para diagnostico, tratamento e reabilitação (acompanhar situações crónicas ou curativas):
Tratamento de feridas;
Otimizar sonda nasogástrica, cateter vesical;
Reabilitação/ melhorar qualidade de vida.

Entrevista familiar

Acolhimento;
Avaliação identificação do problema, relacionamento entre interações familiares e problemas de saúde, soluções
já experimentadas e exploração do objetivo.
Intervenção;
Finalização Avaliação de resultados; Desenvolvimento de habilidades percetuais / concetuais e executivas de
acordo com as situações.

Entrevista à Família 15 min:


1. Boas Maneiras;
2. Conversação terapêutica;
3. Genograma e Ecomapa da Família;
4. Perguntas terapêuticas (Temas: partilha de informação, expectativas, principais preocupações);
5. Elogiar as forças da família e do indivíduo.

Contratos

Fazer um contrato com a família: Mudar ou iniciar uma atividade para fortalecer a saúde da família, aumenta a
probabilidade de alcançar objetivos desejados.

Contrato enfermeiro cliente;


Contrato de contingência;
Contrato de autocuidado.

INÊS LEÃO 10
Tipos de famílias

Rede Social Primária: Os vínculos estabelecidos são caracterizados pelas relações de parentesco, de amizade ou de
vizinhança, e estão fundados sobre a reciprocidade e a confiança.

Rede Social Secundária: Constituída por instituições sociais com existência oficial e estruturação física. Presta serviços
de acordo com as solicitações das pessoas e pela troca com base no direito ou solidariedade social.

COMPORTAMENTOS DE NÃO ADESÃO:

As consequências da não-adesão são tão graves que justificam um maior investimento e em larga escala, nas medidas
de promoção da adesão ao regime terapêutico, para reduzir as barreiras ou os obstáculos ao cumprimento do regime
terapêutico.

INÊS LEÃO 11

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