Apostila História de Pernambuco (COMPLETA)
Apostila História de Pernambuco (COMPLETA)
Apostila História de Pernambuco (COMPLETA)
Vicente Pinzón
1
Pedro Álvares Cabral
Quando Cabral e sua esquadra chegaram a Porto
Seguro, no litoral da terra que mais tarde seria
chamada de Ilha de Vera Cruz e, posteriormente,
Terra de Santa Cruz, os portugueses já possuíam
considerável experiência em suas explorações
marítimas.
À véspera da chegada dos europeus à América em 1500, estima-se que o território que
hoje compreende o Brasil (a costa oriental da América do Sul) era habitado por
aproximadamente dois milhões de indígenas, desde o Norte até o sul.
2
O pau-brasil se torna o principal produto que norteia a economia nesses 30
primeiros anos, uma atividade exploratória, uma atividade nômade, predatória que não
promove o povoamento do território. A atividade funcionava através do Estanco: O
monopólio que a coroa portuguesa possuía em relação a extração do pau-Brasil este que era
usada para o tingimento de tecido na Europa.
Extração do Pau-Brasil
O trabalho do Pau-Brasil era realizado pela
mão de obra indígena, através do Escambo, que
seria uma troca natural os índios faziam o trabalho
pesado e em troca ganhavam tecidos, objetos
metálicos, tecidos, dentre outras coisas, objetos que
eram desconhecidos pelos indígenas.
Capitanias Hereditárias
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iniciativa privada a tarefa de colonizar o território português. Território brasileiro foi dividido
em 15 lotes de terras, 14 capitanias que foi entregue a 12 donatários.
Apenas duas capitanias terão resultados eficientes, duas delas terão êxitos que é:
Pernambuco (Duarte Coelho) e São Vicente (Martim Afonso de Souza) essas duas
capitanias prosperaram devido ao cultivo da cana de açúcar.
As outras capitanias não obtiveram êxitos, são inúmeros fatores que levaram ao
declínio dessas capitanias hereditárias como: Ataques Indígenas, ataques de piratas
principalmente franceses, a distância de uma capitania a outra, ausência de apoio
financeiro por parte da coroa, falta de iniciativa dos donatários (alguns deles nunca chegaram
a vim ao território doado a eles)
Duarte Coelho
Primeiro capitão-donatário da
capitania de Pernambuco e Fundador de
Olinda.
4
Comandou expedições para o brasil em 1501 e 1503.
Jerônimo de Albuquerque
5
Com ajuda de Vasco Fernandes de Lucena, que ali vivia com os tabajaras, em 1537 elevou
à categoria de vila a povoação de Olinda, que havia surgido em 1535 no local da aldeia indígena
de Marim dos Caetés.
Muitas foram às lutas entre os índios, Duarte Coelho e os colonos. Seu cunhado Jerônimo
de Albuquerque uniu-se com a índia filha do cacique Arcoverde dos tabajaras, batizada
Maria do Espírito Santo Arcoverde, para criar um clima de paz entre eles e os índios.
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Fixando o conteúdo
1. Pergunta: Qual era o objetivo da expedição liderada por Duarte Pacheco Pereira
em 1498?
5. Qual atividade predominou nos primeiros 30 anos após a chegada dos portugueses
ao Brasil?
6. Como era realizada a extração do Pau-Brasil e qual era a moeda de troca com os
indígenas?
10. Quem foi Duarte Coelho e qual foi seu papel na colonização de Pernambuco?
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11. Quem comandou a expedição que elevou a povoação de Olinda à categoria de vila
em 1537?
13. Quem foi Brites de Albuquerque e qual foi seu papel na história de Pernambuco?
15. O que Gaspar de Lemos notificou sobre o litoral brasileiro em suas explorações?
20. O que Pero Vaz de Caminha relatou sobre o território brasileiro em sua carta ao
Rei Dom Manoel?
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Respostas
16. Escambo, troca por tecidos, objetos metálicos e outros desconhecidos pelos
indígenas.
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19. Ataques indígenas, ataques de piratas, distância entre capitanias, falta de apoio
financeiro e iniciativa dos donatários.
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A IMPORTÂNCIA DO AÇÚCAR PARA A ECONOMIA LOCAL
Produção de cana de açúcar
A produção de açúcar é muito importante para
Pernambuco, pois ajuda muito na economia da região.
Isso acontece porque Pernambuco tem condições
ideais para plantar cana de açúcar, como o solo bom
e o clima úmido. Além disso, o açúcar é muito lucrativo
na Europa, onde há muita demanda por esse produto. No
Brasil, Pernambuco, São Vicente e Bahia são os
lugares principais onde se cultiva cana de açúcar.
1
econômica e política. Essa insatisfação foi um elemento chave nos processos que
levaram às lutas pela independência em várias colônias americanas.
Nessa fase, o caldo fervido passava por um processo de purificação que podia
levar vários dias. Esse método permitia a eliminação de impurezas, resultando em
um produto final mais refinado. A paciência e o conhecimento dos trabalhadores eram
essenciais nessa etapa do processo de produção de açúcar, destacando a expertise
necessária para transformar a matéria-prima em um produto comercializável.
2
Nesse sistema, além dos escravos, havia
trabalhadores livres que recebiam salários e eram
especialistas na produção do açúcar. O feitor-mor, um
empregado de confiança do senhor de engenho, coordenava
as tarefas e administrava a produção.
3
Com a forte concorrência dos holandeses, que passaram a cultivar cana de
açúcar em suas colônias nas Antilhas, os produtores brasileiros enfrentaram
dificuldades e viram a demanda por seu açúcar diminuir. Essa pressão econômica
impulsionou os colonos a buscar alternativas, resultando na transição para outras
culturas e, posteriormente, na corrida pelo ouro, marcando uma mudança
significativa nos padrões econômicos e de produção no Brasil colonial. Esse período
de transição é representativo da adaptabilidade e resposta dos colonos às mudanças
nas condições econômicas e comerciais.
Nova Lusitânia
Duarte Coelho foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco durante o período da
Nova Lusitânia. O sistema de capitania hereditária, que ele representava, baseava-se em
documentos importantes como a Carta de Doação e o Foral. A Carta de Doação era um
documento assinado pelo Rei de Portugal, concedendo ao Capitão donatário o direito de
explorar economicamente a região. Vale ressaltar que o capitão não era o proprietário, mas
detinha uma concessão da coroa portuguesa para explorar o território.
O Foral, por sua vez, era um documento que estabelecia as obrigações específicas que os
donatários deveriam seguir rigorosamente, incluindo questões religiosas. Esses documentos
eram fundamentais para a organização e exploração das capitanias hereditárias no
contexto da colonização do Brasil.
Fixando o conteúdo
4
Respostas
1. A produção de açúcar é crucial para a economia de Pernambuco devido às condições
ideais para o cultivo de cana de açúcar e à demanda europeia pelo produto.
2. Pernambuco destaca-se como a capitania mais rica e poderosa devido à produção de
açúcar em grandes fazendas voltadas para o comércio exterior.
3. As grandes fazendas na região, conhecidas como "plantations", caracterizavam-se pela
prática da monocultura focada na produção açucareira.
4. O pacto colonial estabelecia que a colônia deveria comercializar exclusivamente com a
metrópole portuguesa, garantindo um monopólio comercial aos portugueses.
5. Os escravos eram trazidos da África em navios negreiros.
6. Para produzir açúcar, a cana era espremida na casa da moenda, o caldo era fervido nas
caldeiras, e, após o cozimento, transformava-se em açúcar na casa de purgar.
7. O feitor-mor, empregado de confiança do senhor de engenho, coordenava as tarefas e
administrava a produção nas plantações de cana de açúcar.
8. Pequenos proprietários podiam plantar cana e vendê-la para grandes senhores de
engenho, dependendo destes por recursos e mão de obra escrava.
9. O declínio da economia açucareira foi causado pela expulsão dos holandeses no norte do
Brasil, levando os colonos a buscar outras culturas, como o ouro.
10. Duarte Coelho foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco durante a Nova
Lusitânia.
11. O sistema de capitania hereditária baseava-se na exploração econômica concedida ao
Capitão donatário pela Carta de Doação.
12. A Carta de Doação concedia ao Capitão donatário o direito de explorar economicamente
a região.
13. O Foral estabelecia as obrigações específicas que os donatários deveriam seguir
rigorosamente.
14. As obrigações dos donatários, incluindo questões religiosas, eram estabelecidas pelo
Foral.
15. A Carta de Doação e o Foral eram fundamentais para a organização e exploração das
capitanias hereditárias na colonização do Brasil.
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FORMAÇÃO DE OLINDA E RECIFE
Recife, por sua vez, foi ganhando destaque porque é um lugar com muitos rios e pontes.
Essa configuração geográfica deu origem ao nome "Recife", que se refere aos recifes de coral
presentes na região. A cidade cresceu bastante por causa do comércio marítimo e se tornou
um importante centro econômico.
1
A presença de muitos rios e pontes em Recife contribuiu para seu destaque, e
o nome "Recife" está associado aos recifes de coral presentes na região. Essa
configuração geográfica favorável, aliada ao comércio marítimo, impulsionou o
crescimento econômico da cidade, transformando-a em um importante centro
econômico ao longo do tempo. Dessa forma, as origens dos nomes dessas cidades
estão intrinsecamente ligadas à sua história e características geográficas.
Fundação de Olinda
A escolha de fundar Olinda não apenas visava aspectos defensivos, mas também levou em
consideração a facilitação do comércio marítimo e o desenvolvimento econômico da região.
Alto da Sé:
2
A igreja muitas vezes era um ponto central e simbólico nas cidades coloniais.
Terras Férteis:
Fundação de Recife
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Recife prosperou devido às suas funções portuárias.
A geografia de Recife é caracterizada por estar cercada pelo mar e pela cana-de-açúcar.
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Destaque para o Crescimento Urbano:
Fixando o Conteúdo
5
Respostas
1. Olinda e Recife.
2. Olinda foi a primeira capital de Pernambuco, fundada por volta de 1535.
3. Olinda era considerada estratégica desde o início devido à sua posição defensiva contra
invasões.
4. O nome "Olinda" não vem de "olhos lindos", mas de uma expressão em português antigo
que significa "Oh, linda situação!".
5. Recife ganhou destaque devido à sua configuração geográfica com muitos rios e pontes,
tornando-se um importante centro econômico.
6. A fundação de Olinda em uma posição mais elevada e estratégica estava relacionada à
defesa do território e ao desenvolvimento econômico.
7. O "Alto da Sé" refere-se a uma área elevada em Olinda, oferecendo uma vista panorâmica
e sendo o local para a construção da Sé de Olinda, a principal igreja.
8. A fundação de Recife está relacionada ao controle de Olinda inicialmente, pois era um
povoado submetido à influência de Olinda.
9. O crescimento econômico de Recife foi impulsionado pelo comércio marítimo,
especialmente o de açúcar, durante o período colonial.
10. Durante o domínio holandês (1630-1654), Recife serviu como centro administrativo dos
holandeses, liderados por Maurício de Nassau.
11. O crescimento urbano de Recife foi influenciado pelo comércio marítimo, presença
holandesa e expansão econômica, resultando na construção de infraestrutura e expansão da
cidade.
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A PRESENÇA HOLANDESA E O GOVERNO DE MAURÍCIO DE
NASSAU
A União Ibérica foi um período na história que
marcou a união das coroas de Portugal e Espanha sob
um mesmo monarca. Essa união ocorreu em 1580,
quando o rei Filipe II da Espanha, também conhecido
como Filipe I de Portugal, ascendeu ao trono português
após a morte do rei Dom Sebastião na Batalha de
Alcácer-Quibir.
Essa parceria era vantajosa para ambos os lados. Os holandeses forneciam investimentos
e expertise para impulsionar a produção açucareira, enquanto os portugueses, por sua vez,
tinham acesso a recursos e mercados. No entanto, essa colaboração foi interrompida com a
União Ibérica.
1
mudanças significativas na dinâmica política e comercial. Durante essa união, os interesses
portugueses muitas vezes eram subjugados aos interesses espanhóis.
A União Ibérica
A União Ibérica, ocorrida de 1580 a 1640, foi
um período em que as coroas de Portugal e Espanha
estiveram sob o domínio do mesmo monarca, Felipe
II da Espanha. Essa união teve início devido a uma
crise de sucessão em Portugal, após o
desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de
Alcácer-Quibir, em 1578. A falta de herdeiros diretos
levou à ascensão de Felipe II ao trono português.
Essa união, no entanto, não foi pacífica e gerou diversas consequências. Uma delas foi a
invasão holandesa no Nordeste do Brasil. A Espanha, inimiga dos Países Baixos (Holanda),
excluiu os holandeses do processo açucareiro no Brasil, uma vez que agora o Brasil estava
indiretamente sob domínio espanhol, já que o rei de Portugal também era o rei da Espanha.
2
Após uma tentativa frustrada de invasão em
Salvador em 1624, os holandeses, liderados por
Maurício de Nassau, organizaram-se para uma segunda
investida. Desta vez, escolheram como alvo a principal
capitania do Nordeste açucareiro, Pernambuco, devido
aos altos lucros gerados pela produção de açúcar na
região.
Nova Holanda
3
Para liderar o governo da Nova Holanda, a WIC
nomeou João Maurício de Nassau, um nobre alemão.
Nassau foi Governador do Brasil Holandês de 1637 a
1644, período durante o qual desempenhou um papel
crucial na retomada e organização do território após
aproximadamente sete anos de resistência dos
pernambucanos à invasão holandesa.
O governo de Nassau trouxe uma fase de relativa estabilidade e prosperidade para a Nova
Holanda, mas a resistência contra a ocupação holandesa persistiria, culminando na Insurreição
Pernambucana, que visava expulsar os holandeses do território brasileiro.
Governo de Nassau
O governo de Maurício de Nassau na Nova Holanda foi marcado por uma abordagem mais
conciliatória e pacificadora em relação aos senhores de engenho em Pernambuco. Nassau
buscou estabelecer acordos e parcerias com os luso-brasileiros, incluindo os senhores de
engenho. Essa estratégia visava obter o apoio local, consolidar o domínio holandês na região e,
ao mesmo tempo, garantir a prosperidade econômica.
4
Apesar dessas medidas, a resistência à presença holandesa persistiu, e o período de
relativa estabilidade durante o governo de Nassau não impediu o surgimento de conflitos
posteriores, como a Insurreição Pernambucana, que buscou expulsar os holandeses do Brasil.
Essa abertura religiosa proporcionada por Nassau contribuiu para a diversidade cultural
e étnica na região, marcando um contraste com a política de intolerância religiosa imposta por
outros domínios coloniais da época.
5
Recife, na época conhecida como Cidade Maurícia, tornou-se o
centro do desenvolvimento no Brasil. A cidade recebeu influências
significativas de artistas e cientistas holandeses, como Frans Post e
Albert Eckhout. Esses pintores foram trazidos por Nassau para registrar
a sociedade, paisagens, fauna, flora e os indígenas locais. Suas obras
retratam detalhes preciosos da vida na Nova Holanda durante esse
período de governança holandesa.
Frans Post, pintor neerlandês, foi responsável por retratar paisagens, fauna e
flora da Nova Holanda. Suas obras oferecem um olhar valioso sobre a natureza e a
vida cotidiana na região durante o período de domínio holandês. Os quadros de Post
não apenas documentaram a paisagem exuberante, mas também evidenciaram o
impacto da colonização europeia nesse ambiente.
Albert Eckhout, por sua vez, produziu pinturas que retratavam os indígenas
locais, oferecendo uma visão única das culturas e costumes da época. Suas obras
capturaram a diversidade étnica da população, destacando as influências indígenas
na sociedade da Nova Holanda.
6
Fixando o Conteúdo
1. O que foi a União Ibérica?
2. Quando ocorreu a União Ibérica?
3. O que marcou o período da União Ibérica?
4. Qual foi a consequência da União Ibérica para Portugal?
5. O que é essencial para compreender a Insurreição Pernambucana?
6. O que motivou a invasão holandesa no Nordeste do Brasil?
7. Quem liderou a administração holandesa durante a ocupação em Pernambuco?
8. O que a WIC (Companhia das Índias Ocidentais) fez durante a invasão holandesa?
9. Qual era o principal objetivo da Nova Holanda?
10. Quem foi nomeado Governador do Brasil Holandês pela WIC?
11. O que Nassau promoveu para melhorar a infraestrutura do Recife?
12. Quais foram as realizações culturais durante o governo de Nassau na Nova Holanda?
13. O que a Insurreição Pernambucana buscou?
14. Qual foi o legado arquitetônico deixado por Nassau em Recife?
15. Como Nassau buscou obter o apoio local durante seu governo?
16. O que marcou o governo de Nassau na Nova Holanda em termos econômicos?
17. Como Nassau contribuiu para a diversidade cultural na região?
18. Quais foram as ações urbanísticas implementadas por Nassau em Recife?
19. Quem foram os pintores trazidos por Nassau para registrar a Nova Holanda?
20. Qual foi o impacto das pinturas de Frans Post e Albert Eckhout?
7
Respostas
1. A União Ibérica foi a união das coroas de Portugal e Espanha sob um mesmo monarca.
2. A União Ibérica ocorreu de 1580 a 1640.
3. O período da União Ibérica foi marcado por transformações e conflitos entre Portugal e
Espanha.
4. A consequência da União Ibérica para Portugal foi a integração à administração
espanhola e mudanças nas instituições.
5. A contextualização da União Ibérica é essencial para entender a dinâmica política e social
que influenciou eventos subsequentes, como a Insurreição Pernambucana.
6. A invasão holandesa no Nordeste do Brasil foi motivada pela exclusão dos holandeses do
processo açucareiro devido à União Ibérica.
7. Maurício de Nassau liderou a administração holandesa durante a ocupação em
Pernambuco.
8. A WIC organizou ataques militares para retomar o controle holandês sobre o açúcar
brasileiro durante a invasão holandesa.
9. O principal objetivo da Nova Holanda era controlar a produção açucareira no Brasil.
10. João Maurício de Nassau foi nomeado Governador do Brasil Holandês pela WIC.
11. Nassau promoveu melhorias na infraestrutura do Recife, incluindo drenagem de
pântanos e construção de estradas.
12. Durante o governo de Nassau, houve estímulo às artes e cultura na Nova Holanda.
13. A Insurreição Pernambucana buscou expulsar os holandeses do território brasileiro.
14. Nassau deixou um legado arquitetônico significativo em Recife, incluindo canais e
edificações.
15. Nassau buscou obter apoio local através de acordos e incentivos econômicos.
16. O governo de Nassau na Nova Holanda impulsionou a produção açucareira e promoveu
o desenvolvimento econômico.
17. Nassau contribuiu para a diversidade cultural ao promover a tolerância religiosa na Nova
Holanda.
18. Nassau implementou ações urbanísticas em Recife, como drenagem de pântanos e
construção de estradas.
19. Frans Post e Albert Eckhout foram os pintores trazidos por Nassau para registrar a Nova
Holanda.
20. As pinturas de Frans Post e Albert Eckhout proporcionaram um valioso registro visual
da sociedade e do ambiente na Nova Holanda.
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FORMAÇÃO DE QUILOMBOS
Durante o período colonial, os quilombos eram comunidades formadas por
pessoas fugidas da escravidão, geralmente descendentes de africanos escravizados.
Essas comunidades, conhecidas como quilombos, eram estabelecidas em áreas
remotas e de difícil acesso, onde os membros buscavam autonomia e resistiam à
opressão. O mais famoso quilombo foi o Quilombo dos Palmares, localizado na região
nordeste do Brasil, que resistiu por muitos anos antes de ser destruído pelas forças
coloniais.
A escravidão negra no Brasil, ao longo de cerca de 300 anos, foi marcada por
uma diversidade de atividades econômicas em que os africanos eram empregados.
Uma curiosidade adicional é que dentro desse sistema, diferentes tipos de escravos
desempenhavam papéis variados.
1
Os "escravos de eitos" representavam uma categoria específica dentro da
comunidade escravizada, desempenhando trabalhos mais árduos e vigorosos,
principalmente em áreas rurais. Uma curiosidade adicional é que esses escravizados
enfrentavam jornadas de trabalho exaustivas, que podiam estender-se por até
dezoito horas diárias.
2
Escravos de ganho estavam envolvidos no
comércio de rua e eram alugados por seus
proprietários para realizar diversas funções
(escravos urbanos). Eles ofereciam serviços como
transporte de cargas, barbearia, lavagem de roupas
ou fabricação de remédios.
Formas de Resistências
3
Preservar a identidade cultural os quilombos eram locais onde a identidade
cultural africana era preservada, representando modos de vida semelhantes aos da
África.
Fugas
4
Formação de Quilombos
Quilombo do Catucá
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O quilombo do Catucá é uma história
resultante da busca pela liberdade pelos escravizados
e das tumultuadas condições políticas em
Pernambuco entre 1817 e o final da década de
1830. Localizado próximo ao Recife, os quilombolas,
chamando-se mutuamente de malungos,
desenvolveram estratégias de sobrevivência,
incluindo cooperação com a população negra livre
e escravizada de engenhos próximos.
Fixando o Conteúdo
6
7. Quais eram algumas formas de resistência dos afrodescendentes durante o período da
escravidão?
8. Como eram as fugas individuais dos escravizados desafiadoras?
9. Qual foi o quilombo mais importante da história do Brasil, formado no final do século
XVI?
10. Quem liderou a expedição que encerrou o Quilombo dos Palmares em 1694?
11. O que caracterizou o Quilombo do Catucá em Pernambuco?
12. Além das formas de resistência mencionadas, quais outras estratégias os escravizados
utilizavam contra a escravidão?
7
Respostas
8
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
A Insurreição Pernambucana
1
2. Participação de Forças Populares:
Desfecho
2
Quanto à consequência
econômica da expulsão dos
holandeses, o declínio da produção
açucareira em Pernambuco
ocorreu devido à concorrência da
produção de açúcar nas Antilhas.
Com a Holanda saindo de
Pernambuco e direcionando seus
esforços para as Antilhas, onde
podiam produzir açúcar de melhor
qualidade a preços mais baixos, a
produção açucareira
pernambucana enfrentou
dificuldades, perdendo sua
competitividade no mercado internacional. Essa mudança econômica teve impactos
duradouros na região.
Fixando o Conteúdo
1. Qual era o motivo pelo qual a Companhia das Índias Ocidentais aumentou os impostos
em Pernambuco na década de 1640?
2. Quem era o responsável por administrar a região de Pernambuco e foi demitido em
1643?
3. Quem liderou a Insurreição Pernambucana, um movimento para expulsar os holandeses
da região?
4. Qual foi a duração da revolta conhecida como Insurreição Pernambucana?
5. O que aconteceu nas Batalhas dos Guararapes durante a Insurreição Pernambucana?
6. Além dos senhores de engenho, que outros grupos sociais participaram ativamente da
insurreição?
7. Quais foram as principais táticas utilizadas pelos rebeldes locais contra os holandeses
devido à disparidade de recursos?
8. O que contribuiu para a resistência prolongada durante a Insurreição Pernambucana?
9. Qual foi o desfecho da Insurreição Pernambucana em relação à presença holandesa?
10. Por que a coroa portuguesa não estava inicialmente envolvida militarmente em
Pernambuco até 1650?
11. O que influenciou a participação direta da coroa portuguesa no apoio militar a
Pernambuco a partir de 1650?
12. Qual foi a consequência econômica da expulsão dos holandeses para a produção
açucareira em Pernambuco?
3
Respostas
4
GUERRA DOS MASCATES
Contexto Histórico
Durante a Guerra dos Mascates, além das disputas econômicas e políticas entre
Olinda e Recife, um elemento curioso foi a questão dos "mascates". O termo
"mascate" era usado para se referir aos comerciantes ambulantes que viajavam
vendendo produtos. Na guerra, a elite de Olinda usou o termo de forma pejorativa
para se referir aos comerciantes enriquecidos de Recife, alegando que eles estavam
prejudicando a economia local. Essa conotação pejorativa do termo "mascate"
acabou sendo incorporada ao conflito, refletindo a hostilidade e as tensões entre as
classes sociais e econômicas durante o conflito.
1
Características da Guerra dos Mascates
Olinda: Buscava manter sua posição como a principal cidade de Pernambuco, defendendo
os interesses dos senhores de engenho e resistindo à autonomia de Recife.
Sentimento Antilusitanismo:
O conflito foi exacerbado pelo sentimento antilusitanismo, marcado pela aversão aos
portugueses. Os senhores de engenho, portugueses em sua maioria, eram vistos com
desconfiança pela população local.
A guerra dos mascates foi, em última instância, uma luta pelo poder político em
Pernambuco, refletindo não apenas questões econômicas, mas também dinâmicas sociais e
políticas em evolução na região.
2
pode ser visto como uma espécie de "cicatriz" histórica na fachada do Convento do
Carmo, lembrando os eventos da Guerra dos Mascates.
Lideranças
Bernardo Vieira de Melo e Pedro Ribeiro da Silva foram figuras importantes durante o
período da Guerra dos Mascates, representando lideranças olindenses envolvidas no conflito:
Capitão Mor: Pedro Ribeiro da Silva detinha o título de Capitão Mor, uma posição militar
que conferia autoridade e responsabilidade pela defesa e segurança da região.
Envolvimento Militar na Guerra: Dada sua posição militar, é plausível que Pedro
Ribeiro da Silva tenha desempenhado um papel ativo durante o conflito, liderando forças locais
na tentativa de defender os interesses de Olinda.
Reação de Olinda
A reação de Olinda à elevação de Recife à categoria de Vila foi marcada por uma série de
medidas para contestar e reverter essa mudança, evidenciando a rivalidade entre as duas
cidades. Algumas ações notáveis incluíram:
Invasão de Recife:
3
Destruição do Pelourinho:
O pelourinho, como símbolo de poder e autonomia para Recife, foi alvo de destruição por
parte dos olindenses. Essa ação tinha o objetivo de enfraquecer o status recifense e minar a
autonomia recentemente adquirida pela Vila
.
Nomeação do Bispo Manuel Álvares da Costa:
Para reforçar o controle sobre Recife, Olinda nomeou o Bispo Manuel Álvares da Costa
para governar a Vila. Essa nomeação tinha implicações políticas e administrativas, buscando
substituir as lideranças recifenses.
Uma ação surpreendente foi o perdão das dívidas olindenses por parte dos
próprios olindenses. Essa medida pode ter sido estratégica, visando consolidar o apoio
popular e enfraquecer a posição de Recife ao mostrar um gesto benevolente.
Essa série de ações reflete a intensidade da rivalidade entre Olinda e Recife na época e
como a elevação de Recife a Vila desencadeou uma resposta enérgica por parte dos olindenses.
Contra-ataque de Recife
O contra-ataque de Recife em 1711 durante a Guerra dos Mascates foi marcado por uma
invasão a Olinda, que resultou na prisão do Bispo nomeado para governar Recife e nas
detenções de importantes lideranças olindenses. Essa ação evidenciou a intensidade do conflito
e a disputa pelo poder entre as duas cidades durante esse período.
A ação da Coroa Portuguesa durante a Guerra dos Mascates foi crucial para a resolução do
conflito. Ao nomear Félix José de Mendonça para governar a região, a Coroa buscou restabelecer
a ordem e encerrar as hostilidades entre Olinda e Recife. O decreto que confirmou a autonomia
de Recife em 1714 e sua elevação à categoria de capital de Pernambuco reflete a intervenção
decisiva da Coroa Portuguesa para resolver as disputas políticas e administrativas na região.
Essa medida visava estabilizar a situação e garantir a autoridade da coroa sobre a colônia.
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Resumo
A Guerra dos Mascates foi um conflito político local entre as cidades de Olinda e Recife, no
qual Recife emergiu vitorioso, sendo elevado à categoria de Vila e conquistando autonomia
administrativa. A intervenção crucial da Coroa Portuguesa, ao nomear Félix José de Mendonça
para governar a região e confirmar a autonomia de Recife em 1714, desempenhou um papel
fundamental na resolução do conflito. Este episódio histórico destaca as dinâmicas políticas e a
interferência externa na disputa entre Olinda e Recife durante o período colonial em
Pernambuco.
Fixando o Conteúdo
5
Respostas
1. A Guerra dos Mascates foi desencadeada pela rivalidade entre Olinda e Recife, resultado
da decadência econômica de Olinda e do crescimento de Recife, incluindo eventos como a
crise da economia açucareira e a elevação de Recife à categoria de vila em 1709.
2. Na Guerra dos Mascates, os "mascates" eram comerciantes enriquecidos de Recife. O
termo, originalmente usado para se referir a vendedores ambulantes, foi empregado
pejorativamente pela elite de Olinda para denegrir os comerciantes recifenses.
3. As características notáveis da Guerra dos Mascates incluíram conflitos entre grupos
sociais, disputas por autonomia e poder entre Olinda e Recife, cenário de endividamento
e rivalidade, sentimento antilusitanismo, luta pelo poder político e um episódio curioso
envolvendo uma bala de canhão.
4. Os principais grupos sociais envolvidos na Guerra dos Mascates foram os senhores de
engenho de Olinda, representando a elite agrária, e os comerciantes (mascates) de Recife,
que eram novos ricos e brasileiros em sua maioria.
5. A reação de Olinda à elevação de Recife à categoria de vila incluiu medidas agressivas,
como a invasão de Recife, destruição do pelourinho, nomeação do Bispo Manuel Álvares
da Costa para governar Recife, perdão das dívidas olindenses e anulação do ato de
autonomia de Recife.
6. Bernardo Vieira de Melo ocupava posição administrativa em Olinda, e Pedro Ribeiro da
Silva detinha o título de Capitão Mor. Ambos desempenharam papéis importantes na
liderança olindense durante a Guerra dos Mascates.
7. A Coroa Portuguesa desempenhou um papel crucial na resolução da Guerra dos Mascates
ao nomear Félix José de Mendonça para governar a região. O decreto confirmou a
autonomia de Recife em 1714, elevando-a à categoria de capital de Pernambuco.
8. A ação da Coroa Portuguesa refletiu na resolução do conflito ao buscar restabelecer a
ordem, encerrar as hostilidades entre Olinda e Recife e garantir a autoridade da coroa
sobre a colônia. A confirmação da autonomia de Recife em 1714 foi uma medida para
estabilizar a situação na região.
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REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
Revolução Pernambucana
A Revolução Pernambucana de 1817 é, de fato, um marco importante na história do Brasil
e, mais especificamente, na luta pela independência. Algumas considerações e temas
associados te ajudar a entender esse período.
1. Guerras Napoleônicas e Invasões Francesas em
Portugal (1808-1814):
Durante as guerras napoleônicas, Portugal foi
invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte.
A família real portuguesa, liderada pelo príncipe
regente Dom João, fugiu para o Brasil, tornando o Rio de
Janeiro a capital do Império Português.
2. Período Joanino (1808-1821):
O Brasil experimentou mudanças significativas
durante a estadia da família real portuguesa.
A abertura dos portos às nações amigas em 1808
contribuiu para alterações econômicas e sociais.
A elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal, em
1815, mostrou uma maior autonomia, mas
também gerou tensões.
Influências das Ideias Iluministas e Liberais:
Os ideais iluministas e liberais, que promoviam
conceitos como igualdade, liberdade e
fraternidade, inspiraram movimentos de independência ao redor do mundo.
A Revolução Pernambucana refletiu essas influências ao buscar a emancipação e
a instauração de uma república.
3. Causas da Revolução Pernambucana (1817):
Insatisfação com o domínio português e as políticas
centralizadoras.
Desejo por maior participação política e autonomia regional.
Adoção de ideias liberais e republicanas.
Desdobramentos da Revolução:
4. Impacto Histórico:
1
Mesmo que a República Pernambucana tenha sido efêmera, seu impacto histórico é
significativo, sendo um dos primeiros movimentos no Brasil em direção à
independência.
Os movimentos emancipacionistas, são os movimentos que tinha o objetivo de romper
com a metrópole (Portugal) ou seja, promover a independência do Brasil. Dentre esses
movimentos temos alguns:
O Período Joanino refere-se ao tempo em que a família real portuguesa, liderada pelo
Príncipe Regente Dom João, se instalou no Brasil. Esse período foi marcado por eventos
significativos que impactaram diretamente a situação de Pernambuco e contribuíram para o
cenário que culminou na Revolução Pernambucana de 1817.
2
2. Invasão Napoleônica:
O declínio da produção açucareira, que já vinha ocorrendo desde o século XVIII, agravou
a situação econômica de Pernambuco. Fatores como a concorrência com o açúcar das Antilhas
contribuíram para essa queda.
3
3. Elevados Impostos das Cortes no Rio de Janeiro:
Pernambuco era marcado por divisões sociais e raciais. A elite branca, composta
principalmente por senhores de engenho, detinha poder econômico e político, enquanto a
população negra e mestiça enfrentava condições desfavoráveis.
Influências Externas
1. Pensamento Iluminista:
2. Revolução Francesa:
4
inspiração para os revolucionários em Pernambuco, alimentando a ideia de luta contra a tirania
e a busca pela liberdade.
3. Independência dos EUA:
Grupos Sociais
1. Camadas Populares de Pernambuco:
5
4. Maçonaria:
Propostas Políticas
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3. Objetivos Comuns:
Independência da Capitania de Pernambuco:
O anseio pela independência da capitania refletia o desejo de autonomia política em
relação a Portugal.
Proclamação da República:
3. Frei Caneca:
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Essas lideranças desempenharam papéis distintos, representando diferentes
setores da sociedade pernambucana. A união de comerciantes, líderes religiosos,
políticos e militares refletiu a diversidade de forças que se uniram na busca pela
autonomia e pela Proclamação da República na Revolução Pernambucana.
Ação Revolucionária
1. Derrubada do Governador:
O governo revolucionário elaborou uma lei orgânica, que funcionava como um esboço de
constituição. Essa lei buscava estabelecer princípios republicanos, incluindo a igualdade de
direitos.
6. Busca por Apoio Externo:
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Apesar das medidas progressistas, a manutenção da propriedade privada, incluindo a
escravidão, gerou descontentamento entre as camadas populares, que almejavam a abolição da
escravidão.
8. Ocupação do Poder por 3 Meses:
Os rebeldes ocuparam o poder por aproximadamente três meses, entre março e maio de
1817, período em que tentaram implementar suas ideias e consolidar a independência de
Pernambuco
A bandeira da Revolução Pernambucana de 1817, que simbolizou o período em
que Pernambuco proclamou sua independência, serve de inspiração para a bandeira
atual do estado de Pernambuco. As referências históricas e os símbolos presentes na
bandeira original foram incorporados à atual, criando uma conexão visual e simbólica
entre o passado revolucionário e a identidade contemporânea do estado. É comum
ver elementos históricos sendo preservados e reinterpretados nas bandeiras e
símbolos atuais de várias regiões, refletindo a importância da memória e das
tradições na construção da identidade cultural.
Derrota do Movimento
A execução do Padre Miguelinho e a repressão severa demonstram a resposta implacável
do governo à Revolução Pernambucana de 1817. A punição exemplar, como o fuzilamento de
lideranças, era uma estratégia comum para desencorajar futuros levantes e manter o controle
sobre as províncias coloniais. Infelizmente, a divergência interna entre os grupos sociais e a
falta de apoio externo foram fatores adicionais que contribuíram para a derrota do movimento.
Essa revolta, apesar de ter alcançado a independência temporária, enfrentou desafios
significativos que resultaram em sua supressão.
Fixando o Conteúdo
1. Quem liderou a família real portuguesa durante as Invasões Francesas em Portugal
(1808-1814)?
2. O que contribuiu para as mudanças econômicas e sociais no Brasil durante o Período
Joanino (1808-1821)?
3. Qual foi a principal influência ideológica na Revolução Pernambucana?
4. Quais foram as causas da Revolução Pernambucana em 1817?
5. Qual foi o impacto histórico da República Pernambucana de 1817?
6. Quais foram os desdobramentos da Revolução Pernambucana?
7. O que caracterizou a Inconfidência Mineira em relação à Revolução Pernambucana?
8. O que a Conjuração Baiana buscava além da independência?
9. Qual evento internacional impactou o Período Joanino?
10. O que contribuiu para a decadência econômica de Pernambuco antes da Revolução
Pernambucana?
11. Quais eram os objetivos das camadas populares na Revolução Pernambucana?
12. Quem foi conhecido como líder religioso e político na Revolução Pernambucana?
13. O que representou a bandeira da Revolução Pernambucana de 1817?
14. Quais foram as principais medidas adotadas durante a Revolução Pernambucana de
1817?
15. Quem derrubaram durante a ação revolucionária de 1817?
16. Qual foi a busca dos revolucionários por apoio externo durante a Revolução
Pernambucana?
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17. O que marcou o fim temporário da Revolução Pernambucana?
18. O que a divergência interna e a falta de apoio externo contribuíram para?
19. Quem liderou o movimento de independência nas capitanias da Paraíba e do Rio Grande
do Norte?
20. O que caracterizou a busca das camadas populares durante a Revolução Pernambucana?
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Fixando o conteúdo
1. Dom João, o príncipe regente, liderou a família real portuguesa durante as Invasões
Francesas.
2. A abertura dos portos às nações amigas em 1808 contribuiu para as mudanças
econômicas e sociais no Brasil durante o Período Joanino.
3. Os ideais iluministas e liberais, promovendo conceitos como igualdade, liberdade e
fraternidade, foram a principal influência ideológica na Revolução Pernambucana.
4. Insatisfação com o domínio português, desejo por maior participação política, autonomia
regional e adoção de ideias liberais e republicanas foram causas da Revolução
Pernambucana.
5. Mesmo efêmera, a República Pernambucana teve um impacto histórico significativo,
sendo um dos primeiros movimentos em direção à independência no Brasil.
6. A instauração da República Pernambucana durou apenas alguns meses, sendo reprimida
pelas forças portuguesas com perseguições e punições aos envolvidos.
7. A Inconfidência Mineira não obteve sucesso como a Revolução Pernambucana, mas é
considerada um marco significativo na luta pela independência.
8. Além da independência, a Conjuração Baiana também buscava a abolição da escravidão.
9. A invasão napoleônica em Portugal, em 1807, impactou o Período Joanino.
10. A seca de 1816 contribuiu para a decadência econômica de Pernambuco antes da
Revolução Pernambucana.
11. As camadas populares buscavam igualdade de direitos, incluindo camadas médias e os
mais pobres, na Revolução Pernambucana.
12. Frei Caneca foi conhecido como líder religioso e político na Revolução Pernambucana.
13. A bandeira da Revolução Pernambucana representou o período em que Pernambuco
proclamou sua independência.
14. Medidas importantes incluíram a garantia da liberdade de expressão, a abolição de
impostos sobre gêneros básicos e a elaboração de uma lei orgânica.
15. Os revolucionários derrubaram o governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro
durante a ação revolucionária de 1817.
16. Os revolucionários pernambucanos buscaram apoio externo, tentando alianças com
países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina.
17. A execução do Padre Miguelinho e a repressão severa marcaram o fim temporário da
Revolução Pernambucana.
18. A divergência interna e a falta de apoio externo contribuíram para a derrota do
movimento revolucionário.
19. Capitães como José de Barros Lima e Pedro Pedroso lideraram o movimento de
independência nas capitanias da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
20. As camadas populares buscavam igualdade de direitos, incluindo a questão da mão de
obra e, em alguns casos, a abolição da escravidão.
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CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Insatisfação Social:
A crise econômica resultou em inflação, prejudicando principalmente
a população mais pobre e gerando descontentamento.
Alta carga tributária imposta por Dom Pedro I para financiar gastos,
incluindo a contratação de mercenários ingleses para conter revoltas.
Liberalismo e Republicanismo:
Atuação da maçonaria na disseminação de ideias de
liberdade, igualdade e fraternidade.
Insatisfação política devido a decisões absolutistas
e arbitrárias do Imperador, como a Outorgação da
Constituição de 1824, que fechou a primeira Assembleia
Constituinte e outorgou a constituição de forma
unilateral.
Definição
1
políticas centralizadoras do imperador Dom Pedro I, culminando na busca por uma estrutura
política mais descentralizada e democrática.
Causas
Líderes
2
Frei Caneca: Frade, jornalista e político, Frei Caneca foi uma
figura notável na Confederação do Equador. Sua participação no
movimento refletiu o descontentamento com o governo imperial e a
defesa de ideais republicanos e liberais.
Características do Movimento
Lideranças Importantes: Manuel Paes de Andrade, Cipriano Barata e Frei Caneca foram
líderes proeminentes que desempenharam papéis cruciais na articulação e liderança do
movimento.
Medidas Adotadas
Extinção do Tráfico Negreiro: A extinção do tráfico negreiro, embora não tenha sido
adotada de forma unânime, reflete a sensibilidade de alguns setores do movimento para
questões relacionadas à escravidão e ao comércio de escravizados.
3
Organização de Forças Populares: Houve uma mobilização das forças populares para
resistir à repressão imperial e promover os ideais da Confederação. Essa organização envolveu
a participação ativa da população na defesa dos interesses confederados.
Fixando o Conteúdo
4
Respostas
1. A Confederação do Equador ocorreu em 1824.
2. O principal objetivo dos revoltosos durante a Confederação do Equador era obter maior
autonomia regional, participação popular no governo e revogação de medidas
autoritárias.
3. A Confederação do Equador ocorreu principalmente na região nordeste do Brasil.
4. Os antecedentes da Confederação do Equador incluíram a Crise Pernambucana de 1823.
5. A insatisfação social durante a Crise Pernambucana de 1823 foi motivada pela inflação
resultante da crise econômica, prejudicando principalmente a população mais pobre.
6. O papel da maçonaria na disseminação de ideias durante a Confederação do Equador foi
atuar na propagação de princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
7. Paes de Andrade foi um político e militar brasileiro que desempenhou um papel
significativo na articulação e liderança da Confederação do Equador.
8. Cipriano Barata foi um médico, jornalista e político que desempenhou um papel
fundamental na disseminação de ideias republicanas e federais durante a Confederação
do Equador.
9. Frei Caneca foi um frade, jornalista e político notável na Confederação do Equador,
refletindo o descontentamento com o governo imperial e a defesa de ideais republicanos
e liberais.
10. A Confederação do Equador reagiu contra a centralização política e o autoritarismo de
Dom Pedro I.
11. As características do movimento da Confederação do Equador incluíram a resistência à
centralização e ao autoritarismo, lideranças importantes como Manuel Paes de Andrade,
Cipriano Barata e Frei Caneca, críticas através do Jornal Typhis Pernambucano e alta
participação popular.
12. A imprensa, especialmente o Jornal Typhis Pernambucano, foi utilizada pelos
confederados para expressar críticas e difundir ideias contrárias ao governo de Dom
Pedro I.
13. A alta participação popular na Confederação do Equador foi motivada pelo
descontentamento generalizado, incluindo fatores como pobreza, autoritarismo e altos
impostos.
14. Durante a Confederação do Equador, foram adotadas medidas como a formação de um
governo provisório, a convocação de uma assembleia constituinte, a elaboração de um
projeto constitucional, a extinção do tráfico negreiro e a organização de forças populares.
15. O nome "Confederação do Equador" referia-se à localização geográfica próxima à linha
do Equador, marcando a região em que o movimento ocorreu.
16. O descontentamento relacionado ao Poder Moderador durante a Confederação do
Equador estava ligado à prerrogativa exclusiva do imperador que concentrava uma
significativa quantidade de poder nas mãos do monarca, limitando a participação
popular nas decisões políticas.
17. A crise na produção de açúcar afetou a economia durante a Crise Pernambucana de 1823,
causando uma queda nas exportações e oscilação nos preços no mercado externo.
18. A carga tributária imposta por Dom Pedro I que causou insatisfação foi elevada e visava
sustentar seus gastos, incluindo a contratação de mercenários ingleses para conter
revoltas.
19. Alguns dos líderes importantes da Confederação do Equador foram Paes de Andrade,
Cipriano Barata e Frei Caneca.
20. Após a repressão imperial, a Confederação do Equador enfrentou desafios significativos,
resultando na derrota do movimento.
5
GUERRA DOS CABANOS (1835)
A Cabanada: Pernambuco/Alagoas (1832-1834)
Com a morte de Dom Pedro I em Portugal em 1834, o movimento perdeu sua razão de
existir. Em uma Conferência de Paz com a participação do bispo Dom João da Purificação
Marques Perdigão, a rebelião terminou. Mesmo assim, os governadores Manoel de Carvalho
Paes de Andrade e Antônio Pinto Chichorro da Gama enviaram um exército de 4000
soldados para cercar a região, resultando na prisão de centenas de revoltosos. Ao término
da Cabanada, o líder Vicente de Paula foi capturado e enviado para a ilha de Fernando de
Noronha.
1
políticas da época, mas também as medidas repressivas adotadas para conter
movimentos rebeldes no contexto do Brasil no século XIX.
Cabanada
A Cabanada, ocorrida entre Pernambuco e
Alagoas, durante o conturbado período regencial
entre a abdicação de D. Pedro I (1831) e a
maioridade de D. Pedro II (1840), é um conflito
muitas vezes esquecido e confundido com a
Cabanagem no Pará. Ao contrário de outras revoltas
da época, a Cabanada não foi uma contestação ao
regime imperial autoritário nem tinha como objetivo
alcançar a independência regional. Tratou-se de
uma guerra das "gentes do mato" – índios, escravos, posseiros – em defesa de suas terras.
As motivações iam desde a busca por terra até a necessidade básica de viver no ambiente
natural.
2
na cana-de-açúcar e no plantio de algodão. A resistência dessas comunidades à investida foi
imediata e brutal.
Entretanto, se tivesse vendido alguns dos inúmeros escravos que diziam ter "roubado" ou
os colocado para trabalhar em seu benefício, teria se tornado um homem rico. A acusação
era, na verdade, um eufemismo para encobrir a escolha feita espontaneamente pelos
cativos, que optavam por deixar os engenhos e eram assimilados pelos cabanos. Apesar
de obrigados a obedecer à hierarquia do grupo, sua situação passava a ser muito diferente da
escravidão, marcando o início da liberdade.
3
centro das operações contra o Quilombo de Palmares (destruído em 1695), foram tomados e
perdidos pelos cabanos em sucessivos combates.
Vicente de Paula possuía uma vantagem estratégica única: sua habilidade em navegar
pelos labirintos das matas. Suas tropas surgiam de lugares inesperados, tomando posições
importantes, disseminando o terror e derrotando inúmeros guardas nacionais e soldados de
primeira linha. O batalhão mais temido era o dos "papa-méis", composto inteiramente por
escravos "roubados" por ele.
Essa nova estratégia foi eficaz. As tropas do governo destruíram todas as cabanas,
plantações e animais encontrados. Em um local, descobriram um galo cuja boca estava
amarrada com arame para que não revelasse, por meio do canto, a localização de seus donos. O
bispo de Pernambuco colaborou com a repressão, mobilizando um pequeno exército de
padres para pregar na área do conflito, assegurando que Pedro I estava morto e que a
Regência não era contra o cristianismo. Gradualmente, os cabanos foram se rendendo,
incluindo os índios de Jacuípe, considerados os rebeldes mais "ferozes".
Fixando o Conteúdo
1. Qual foi a principal motivação da revolta conhecida como "A Guerra dos Cabanos"?
2. Onde ocorreu a liderança da Guerra dos Cabanos, e quem foi o líder?
3. O que levou ao fim da Cabanada em 1834?
4. Qual foi a principal característica da Cabanada em Pernambuco e Alagoas durante o
período regencial?
5. Quem eram os "cabanos" e por que receberam esse nome?
6. Quais eram as principais demandas dos escravos envolvidos na revolta?
7. Qual era a estratégia do governo para lidar com os cabanos após a morte de Dom Pedro
I em 1834?
8. Quem era Vicente de Paula, e por que sua habilidade em navegar pelas matas foi uma
vantagem estratégica?
9. Como a estratégia conjunta dos presidentes de Pernambuco e Alagoas contribuiu para o
fim da Cabanada?
10. Como o bispo de Pernambuco colaborou com a repressão durante a Guerra dos Cabanos?
4
Respostas
5
REVOLUÇÃO PRAIEIRA
A Revolução Praieira foi uma revolta ocorrida entre 1848 e 1850 na província
de Pernambuco durante o Segundo Reinado no Brasil. Os rebeldes, conhecidos como
"praieiros", buscavam reformas políticas, sociais e econômicas, incluindo
maior participação popular no governo e o fim do poder dos grandes
proprietários de terras. A revolta foi reprimida pelas autoridades imperiais,
resultando em conflitos armados e marcando um período de instabilidade na região.
Definição
Influências Externas
Liberalismo:
A Revolução Praieira refletiu ideias liberais
que ganharam força no século XIX. Os praieiros
buscavam reformas políticas e sociais, incluindo
maior participação popular no governo. O
contexto liberal europeu, com princípios como
igualdade e direitos individuais, certamente
influenciou os ideais dos revoltosos no Brasil.
1
Nacionalismo:
O nacionalismo, que se manifesta no desejo de
autonomia e identidade nacional, também pode ser
identificado na Revolução Praieira. O movimento buscava
não apenas mudanças políticas, mas também uma
afirmação da identidade regional e nacional, contrapondo-
se ao centralismo do Império.
Portanto, a Revolução Praieira não ocorreu de forma isolada, mas sim dentro de um
contexto global de ideias e movimentos que buscavam transformações políticas e sociais.
As influências externas contribuíram para moldar os ideais e aspirações dos praieiros durante
esse período no Brasil.
Insatisfação Política
2
A crítica ao poder moderador representava uma resistência à figura do imperador como
detentor de uma autoridade centralizada e pouco sujeita a mecanismos de controle e
representação democrática. Portanto, a insatisfação política dos praieiros estava
intrinsecamente ligada à luta contra essa concentração de poder e à busca por uma maior
participação do povo nas decisões políticas, refletindo os ideais liberais que inspiraram a
revolta.
Durante a Revolução Praieira, os praieiros não apenas expressaram sua
insatisfação política por meio de manifestações e ações diretas, mas também
utilizaram meios simbólicos para protestar contra o poder moderador. Algumas
fontes históricas indicam que, em certos momentos do movimento, os praieiros
realizaram manifestações públicas onde queimavam cópias da Constituição de 1824
como um ato simbólico de rejeição ao poder moderador e aos princípios que
consideravam opressivos. Essa forma de protesto visual destacou o repúdio dos
praieiros à estrutura política existente e reforçou a natureza simbólica e ideológica
da Revolução Praieira.
Condições Econômicas:
Crise econômica devido à queda das importações de açúcar e algodão: A economia
baseada na produção de açúcar e algodão enfrentou dificuldades, impactando negativamente a
região de Pernambuco. Essa crise econômica pode ter contribuído para o descontentamento e
instabilidade na região.
Disputa Política:
Conflito entre os Gabirus (Conservadores) e
os Praieiros (Liberais): A disputa política entre esses
grupos dominantes em Pernambuco refletia as
tensões ideológicas e de interesse na sociedade. Os
Praieiros, representando ideais liberais, buscavam
mudanças políticas e sociais, enquanto os Gabirus,
conservadores, resistiam a essas transformações.
A localização física da sede na praia, que deu origem ao nome Praieira: Esse
detalhe geográfico pode ter tido impactos simbólicos e práticos na identidade do
movimento, destacando a conexão direta com o local e possivelmente influenciando
a dinâmica da revolta.
3
Os privilégios lusitanos
Monopólio Comercial:
Os portugueses mantinham um monopólio sobre o
comércio, controlando quem podia negociar e o que
podia ser comercializado. Isso limitava as
oportunidades econômicas para a população local,
impedindo o desenvolvimento de uma economia mais
diversificada.
Controle de Preços:
Família Cavalcanti
4
A posse de dois terços dos engenhos de Pernambuco pela família Cavalcanti destaca
sua influência na economia canavieira, que era uma das principais atividades econômicas da
região colonial. Esse controle econômico proporcionava não apenas riqueza, mas também
um poder considerável sobre a produção e comercialização de açúcar.
A Revolução Praieira
5
O Manifesto ao Mundo
A proposta de adoção do federalismo indica uma busca por maior autonomia das
províncias. A demanda pela independência dos poderes reflete a insatisfação com a existência
do poder moderador e a busca por uma separação clara dos ramos do governo.
Supressão dos Senadores Vitalícios:
6
A oposição aos senadores vitalícios evidencia o desejo de limitar os mandatos e
evitar o ônus financeiro de sustentar senadores vitalícios ao longo de suas vidas.
O Manifesto ao Mundo dos praieiros, além de suas demandas políticas e sociais,
também se destacou por seu estilo eloquente e persuasivo. Escrito de maneira a
sensibilizar o leitor para as causas do movimento, o manifesto tornou-se uma peça
fundamental na tentativa dos praieiros de angariar apoio tanto nacional quanto
internacional para sua causa. Sua redação cuidadosa e persuasiva contribuiu para a
projeção das aspirações dos praieiros além das fronteiras locais, alcançando um
público mais amplo e consolidando a Revolução Praieira como um episódio
significativo na história brasileira.
Líderes do Movimento
Pedro Ivo Veloso da Silveira:
Pedro Ivo Veloso da Silveira é apontado como o principal
líder do movimento Praieiro. Ele desempenhou um papel
destacado na organização e articulação das reivindicações do
partido praieiro. Sua liderança provavelmente incluiu a mobilização
de apoiadores, a elaboração de estratégias para o movimento e a
comunicação das demandas para a população.
Antônio Borges da Fonseca:
Antônio Borges da Fonseca é mencionado como um dos líderes
do movimento Praieiro. Suas contribuições específicas para o
movimento podem incluir atividades de organização, mobilização
popular ou defesa das demandas do partido praieiro.
José Inácio de Abreu e Lima:
José Inácio de Abreu e Lima também é apontado como um dos líderes do movimento
Praieiro. Ele pode ter desempenhado um papel crucial na articulação política do grupo, na
formulação de estratégias e na representação do movimento em eventos importantes.
Consequências do movimento
Derrota Militar:
7
Prisão e Punição:
Após a derrota, muitos dos líderes e participantes do movimento Praieiro foram presos
e enfrentaram punições. Isso incluiu prisões e condenações, refletindo a reação severa do
governo imperial contra os revoltosos.
Repressão Política:
Fixando o conteúdo
8. Além das ações diretas, como os praieiros protestavam simbolicamente contra o poder
moderador?
8
11. Qual era a posição da família Cavalcanti na política e economia de Pernambuco?
13. Quais eram algumas demandas apresentadas no Manifesto ao Mundo dos praieiros?
14. Quem foi Pedro Ivo Veloso da Silveira e qual foi seu papel na Revolução Praieira?
15. Quais foram as consequências imediatas da Revolução Praieira após sua derrota?
16. Como o Manifesto ao Mundo dos praieiros contribuiu para a Revolução Praieira?
17. Além da derrota militar, o que mais contribuiu para o legado duradouro da Revolução
Praieira?
19. Qual foi o impacto da família Cavalcanti na economia de Pernambuco durante o período
histórico em questão?
20. Além da crise econômica, qual foi outro fator que contribuiu para a insatisfação política
dos praieiros?
9
Respostas
3. A Revolução Praieira refletiu ideias liberais que ganharam força no século XIX, buscando
reformas políticas e sociais, incluindo maior participação popular no governo.
6. A Revolução Praieira buscava não apenas mudanças políticas, mas também uma
afirmação da identidade regional e nacional, contrapondo-se ao centralismo do Império.
12. O início efetivo da Revolução Praieira ocorreu em 1848, com a derrubada do presidente
da província de Pernambuco, Antônio Pinto Chichorro da Gama, em Olinda.
13. O Manifesto ao Mundo dos praieiros incluía demandas como o fim da monarquia,
oposição à centralização política, reformas no sistema de votação, liberalismo e
nacionalismo econômico, garantias individuais e liberdade de imprensa, federalismo e
independência dos poderes, e a supressão dos senadores vitalícios.
14. Pedro Ivo Veloso da Silveira foi apontado como o principal líder do movimento Praieiro,
desempenhando papel destacado na organização e articulação das reivindicações
10
16. O Manifesto ao Mundo dos praieiros contribuiu para a Revolução Praieira ao sensibilizar
leitores para as causas do movimento, projetando aspirações além das fronteiras locais.
17. Além da derrota militar, a persistência das ideias de descentralização política e maior
participação popular contribuiu para o legado duradouro da Revolução Praieira.
18. Antônio Borges da Fonseca é mencionado como um dos líderes do movimento Praieiro,
com contribuições específicas que podem incluir organização, mobilização popular ou defesa
das demandas do partido praieiro.
20. Além da crise econômica, a insatisfação política dos praieiros estava ligada à oposição à
centralização de poder, especialmente ao poder moderador e à Constituição de 1824.
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PERNAMBUCO E A REPÚBLICA
República Velha
A Primeira República no Brasil, que abrange o período de 1889 a 1930, começou
com a Proclamação da República em 1889 e terminou com a Revolução de 1930, que
levou Getúlio Vargas ao poder.
Voto de Cabresto
O voto de cabresto foi uma prática
característica da Primeira República no Brasil,
também conhecida como República Velha ou
República do Café com Leite (1889-1930). Essa
prática limitava o exercício da cidadania, pois os
eleitores eram controlados por figuras locais
influentes, chamadas de "coronéis". O eleitor era
obrigado a votar nos candidatos indicados pelo
coronel, representando uma falta de autonomia e
uma influência abusiva. Essa prática envolvia o uso
do poder econômico na compra de votos, muitas
vezes por meio de trocas de favores. Os coronéis,
que detinham controle sobre muitos eleitores, exerciam poder na esfera local, nomeando
autoridades, funcionários públicos e influenciando diversas decisões, caracterizando um
sistema de clientelismo.
1
Durante a Primeira República no Brasil, o
uso da máquina estatal nas eleições era uma
prática comum. Grupos no poder utilizavam verbas
públicas para se manterem no controle. A
concentração de terras desempenhou um papel
significativo nesse contexto, contribuindo para a
centralização do poder político. Nos níveis
municipais, os coronéis, geralmente grandes
proprietários de terras, representavam o poder
político. Esses coronéis estabeleciam uma troca
pessoal, oferecendo favores em troca de votos e
fidelidade. Essa prática refletia um sistema em que os interesses pessoais e políticos se
entrelaçavam, consolidando o domínio desses grupos sobre as estruturas de poder
locais.
Práticas Coronelísticas
Durante a Primeira República no Brasil, o sistema eleitoral era marcado por diversas
práticas que limitavam a liberdade do eleitor e favoreciam o controle dos coronéis:
Coronelismo
2
O coronelismo na Primeira
República no Brasil representava o poder
local dos grandes proprietários de terras,
frequentemente senhores de engenho
com latifúndios. As oligarquias, formadas
por alianças políticas entre diversos
coronéis, buscavam conquistar o poder
regional. Embora houvesse períodos de
cooperação entre essas oligarquias, conflitos
violentos também eram comuns.
3
A Comissão Verificadora de Poderes (CVP) era um
mecanismo de controle do poder oligárquico durante a
República Velha. Chefiada pelo Senador Pinheiro
Machado, essa comissão, conhecida como "Degola",
atuava no Rio de Janeiro (RJ) e tinha a função de verificar a
fidelidade política dos deputados estaduais.
4
PERNAMBUCO E A REPÚBLICA (ERA VARGAS)
Pernambuco Sob a Interventoria de Agamenon
Magalhães
5. Legislação Trabalhista: A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada durante
esse período, apresentada por Vargas no estádio do Vasco da Gama, São Januário, em 1º
de maio de 1943.
5
durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1942, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo
e começou a apoiar os Aliados.
6
Durante esse tempo, houve práticas como perseguição política, fechamento do
Congresso e até pena de morte para opositores. A sociedade foi dividida em
segmentos, com algumas classes sendo consideradas inferiores ou indesejáveis. A
imprensa, especialmente por meio do rádio, desempenhou um papel importante na
doutrinação política, disseminando os valores do Estado Novo. A educação foi
utilizada para propagar a ideologia do governo, e os comunistas eram considerados
inimigos, resultando na perda de empregos para professores que propagavam essas
ideias.
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Agamenon Magalhães implementou
mudanças significativas no espaço urbano,
especialmente no Recife. Uma intensa campanha foi
conduzida contra os mocambos, que eram
habitações populares, semelhantes a favelas,
ocupadas pela população mais pobre e menos
favorecida. Esses mocambos foram alvo de
destruição para a construção de casas populares,
considerados como focos de problemas sociais e
vistos como à margem da sociedade. A população
que habitava esses locais, composta principalmente por pessoas negras e praticantes de
religiões de matriz africana, foi expulsa para dar lugar às novas construções.
Administração de Agamenon
A administração de Agamenon Magalhães também focou
no combate ao cangaço, uma prática de banditismo no Nordeste,
especialmente nas décadas de 20 e 30, liderada por figuras como
Lampião. Ele estabeleceu centros operários e escolas, visando
controlar os sindicatos de trabalhadores, muitos dos quais eram
influenciados pelos ministérios do trabalho e chamados de "pelegos",
pois seguiam as diretrizes do governo. As escolas foram criadas com
o propósito de doutrinação do Estado Novo.
Ideologia Estadonovista
Agamenon Magalhães era considerado o principal representante de Getúlio Vargas
em Pernambuco e um dos interventores que mais fielmente seguiu as diretrizes do Estado
Novo em todo o Brasil.
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Anticomunismo: Considerar o comunismo como o inimigo número um do
Estado Novo, combatendo qualquer influência ou atividade comunista.
Antissemitismo: Desenvolver uma aversão aos judeus, seguindo a ideologia
antissemita que estava presente em alguns aspectos do Estado Novo.
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PERNAMBUCO E A REPÚBLICA (DITADURA MILITAR)
Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura
Civil-Militar (1964-1985)
Neste contexto, desenvolveu-se uma intensa luta pela democracia, liderada por
diversos setores da sociedade civil, como movimentos sindicais, feministas, parte da
Igreja Católica, movimentos artísticos, entre outros.
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A aproximação de Jango com as entidades sindicais desagradava setores
conservadores, contribuindo para a polarização política. Essa conjuntura de
instabilidade econômica e tensões políticas criou o cenário propício para o golpe
militar de 1964, que resultou em um regime ditatorial que durou até 1985. O golpe
teve amplas repercussões na política, sociedade e cultura brasileiras, marcando um
período significativo na história do país.
Além disso, houve resistência ao Plano Trienal, liderado pelo ministro Celso
Furtado, que buscava promover o desenvolvimento econômico do Brasil em um
período de três anos. A combinação dessas reformas e planos representava uma
tentativa significativa de promover mudanças estruturais e sociais no país, mas
também gerava resistência de setores conservadores e militares, contribuindo para
a instabilidade política que culminou no golpe militar de 1964.
11
Durante o regime militar, os militares
implementaram políticas voltadas para o
crescimento econômico do Brasil. Para
controlar os problemas econômicos, foi criado o
PAEG (Programa de Ação Econômica do
Governo) e posteriormente o PND (Plano
Nacional de Desenvolvimento). O país
experimentou um notável crescimento
econômico entre 1969 e 1973, conhecido como
"Milagre Econômico Brasileiro". No entanto,
esse crescimento estava atrelado a grandes empréstimos internacionais do FMI e Banco
Mundial, e a crise internacional de 1973, com a queda do petróleo, resultou em uma forte
desaceleração econômica.
Cassação de parlamentares
Exoneração de funcionários públicos
Fechamento do Congresso Nacional
Prática de tortura
Censura nas artes e meios de comunicação
Criação de amplo aparato de repressão, como DOPS, Operação Condor, CODI,
entre outros.
Essas medidas marcaram um período de intensificação da repressão política,
restrição de liberdades civis e censura, consolidando a natureza autoritária do regime
militar no Brasil.
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Durante o governo militar, foi implementado o
bipartidarismo pelo AI-2, permitindo apenas dois
partidos no Brasil: a Arena (Aliança Renovadora Nacional),
que apoiava o governo militar, e o MDB (Movimento
Democrático Brasileiro), partido de oposição.
Mesmo diante dessa forte vigilância, a oposição não se calava e continuava lutando pelo
retorno da democracia no Brasil, resistindo à opressão imposta pelo regime militar.
Reações da Sociedade
13
Dom Hélder Câmara
Miguel Arraes
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PERNAMBUCO E A REPÚBLICA (REDEMOCRATIZAÇÃO)
Processo político em Pernambuco (2001-2015)
15
Eduardo Campos (2007 – 2014)
Eduardo Campos foi eleito como governador de
Pernambuco em 2006, derrotando José Mendonça
Bezerra Filho. Durante seu primeiro mandato (2007-
2010), implementou projetos de obras do governo
federal e tomou medidas para reduzir os índices de
violência, incluindo ações para diminuir as tarifas de
energia elétrica.
Fixando o Conteúdo
16
5. O que representava o coronelismo na Primeira República?
11. Quais foram algumas das medidas adotadas durante o governo militar no Brasil?
12. Quem foram importantes líderes de movimentos sociais contra a Ditadura Militar em
Pernambuco?
15. Quais foram os principais feitos de Eduardo Campos em seus mandatos como
governador?
16. Quem assumiu como governador de Pernambuco após a morte de Eduardo Campos?
19. Quem foram os presidentes do Brasil após o final da Ditadura Militar em 1985?
20. Quais são os principais partidos políticos ativos no cenário brasileiro em 2023?
17
Respostas
2. A "República do Café com Leite" destacava a alternância de poder entre São Paulo (café)
e Minas Gerais (leite).
3. O "Voto de Cabresto" era uma prática em que os eleitores eram controlados pelos
coronéis, garantindo votos para candidatos específicos.
6. A "Política dos Governadores" era uma estratégia política em que o presidente pactuava
com os governadores estaduais para garantir apoio político.
11. Durante o governo militar, foram adotadas medidas como censura, repressão política
e desenvolvimento econômico autoritário.
14. João Lyra Neto sucedeu Jarbas Vasconcelos como governador de Pernambuco.
15. Eduardo Campos destacou-se por iniciativas como o "Pacto pela Vida" e obras de
infraestrutura.
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16. Paulo Câmara assumiu como governador de Pernambuco após a morte de Eduardo
Campos.
19. Presidentes do Brasil após o final da Ditadura Militar em 1985 incluem Sarney, Collor,
Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer, e Bolsonaro.
20. Principais partidos políticos ativos no cenário brasileiro em 2023 incluem PT, PSDB,
MDB, e outros.
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MANIFESTAÇÕES DA CULTURA POPULAR
PERNAMBUCANA FREVO, MARACATU, CULINÁRIA,
FESTAS POPULARES.
Movimentos culturais em Pernambuco
1
Caruaru, do Alto do Moura, e muito mais. Não apenas em Caruaru, mas em toda a capital e
interior, as homenagens ao Santo são numerosas e animadas.
Figuras Importantes
Paulo Freire, Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto são figuras destacadas nas áreas
da pedagogia, sociologia e literatura, respectivamente, e contribuíram significativamente para
o pensamento e a cultura brasileira.
2
2. Gilberto Freyre: Sociólogo e escritor, Gilberto Freyre é conhecido por
sua obra "Casa- Grande & Senzala". Nesse livro, ele examina a formação do
Brasil, destacando a importância dos escravos na construção da
identidade nacional e argumentando pela igualdade entre brancos e
negros. Sua obra é considerada um marco no estudo das relações sociais e
culturais no Brasil.
3. João Cabral de Melo Neto: Poeta e diplomata, João Cabral de Melo Neto
é uma figura proeminente na literatura brasileira. Ele recebeu o Prêmio
Neustadt, muitas vezes chamado de "Nobel Americano", e foi especulado
como forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura. Sua poesia é conhecida por
sua precisão formal e linguagem objetiva, explorando temas como o sertão
nordestino.
Além desses intelectuais, Pernambuco também se destaca em outras áreas, como nas
ciências exatas e biológicas, com figuras como Mário Schenberg na física teórica, Leopoldo
Nachbin na matemática e Correia Picanço na medicina, contribuindo para o avanço do
conhecimento em suas respectivas disciplinas.
3
Culinária
Pernambuco é famoso por seus doces,
como o bolo de rolo, símbolo local, o bolo Souza
Leão e a cartola. O nego bom, também conhecido
como "bala de banana", é outro doce popular na
região.
Música e dança
4
Manguebeat
Festas Populares
5
O Carnaval de Olinda é reconhecido globalmente
pelos desfiles dos Bonecos de Olinda, que são bonecos
coloridos com mais de dois metros de altura e de fácil
identificação, acompanhando os foliões pelas ruas. A
história do Carnaval de Olinda está intimamente ligada à
história da folia no Recife e em Pernambuco. A festa, como a
conhecemos hoje, teve início com o surgimento de
agremiações como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores,
fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas,
de 1912, ambos ainda ativos nos carnavais contemporâneos.
Fixando o conteúdo
6
3. Qual é o maior bloco de rua do mundo, localizado em Pernambuco?
4. O que torna o período junino em Pernambuco tradicional?
5. O que são os maracatus e qual é a sua importância em Pernambuco?
6. Quem são figuras importantes da cultura pernambucana na pedagogia, sociologia e
literatura?
7. Qual é o estilo musical precursor do forró, impulsionado por Luiz Gonzaga?
8. O que caracteriza o Xaxado, uma dança popular pernambucana?
9. O que é o Manguebeat e qual é sua crítica principal?
10. Quais são algumas das festividades notáveis em Pernambuco?
11. Quais são alguns doces famosos da culinária pernambucana?
12. O que é o frevo e por que é significativo para Pernambuco?
13. Quem são algumas das personalidades importantes que nasceram em Pernambuco?
7
Respostas
8
HERANÇA AFRO-DESCENTE EM PERNAMBUCO
A persistência e resistência da herança afrodescendente em Pernambuco são
testemunhos da riqueza cultural que sobreviveu aos desafios da escravidão e tentativas de
apagamento. Ao longo dos séculos, os negros escravizados enfrentaram a imposição da cultura
dominante e a tentativa de cristianização, mas conseguiram preservar muitos aspectos de suas
tradições.
1
A escassez de referências à história da
escravidão e da cultura negra em certos aspectos do
patrimônio material e cultural do Recife destaca
uma lacuna importante na narrativa histórica local.
Apesar de algumas representações simbólicas,
como o busto de Zumbi, a estátua de Solano, Dona
Santa, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos
Homens Pretos, a presença e contribuição
significativas dos afrodescendentes muitas vezes
não são plenamente reconhecidas ou destacadas.
2
A rica herança cultural afrodescendente em Pernambuco é evidente em diversas
expressões artísticas e manifestações tradicionais. Algumas delas incluem:
Fixando o conteúdo
3
10. Qual manifestação cultural destaca a preservação da cultura afrodescendente em
Pernambuco?
11. Como o maracatu contribui para a celebração da identidade afro-brasileira em
Pernambuco?
12. Além da capoeira e do maracatu, mencione uma outra expressão cultural
afrodescendente em Pernambuco.
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Repostas