Tde4 Saude Mental

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT’ANNA

Graduação em enfermagem

MIGUEL ÂNGELO DOS SANTOS OKNER

São Paulo-sp
2021
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MIGUEL ÂNGELO DOS SANTOS OKNER

Professor: CLAUDIO VIEIRA DE LIMA

São Paulo-sp
2021
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC )

O campo das práticas integrativas e complementares contempla os sistemas médicos complexos e os


recursos terapêuticos, também chamado de medicina tradicional e complementar/alternativa
(MT/MCA) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tais sistemas e recursos envolvem
abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação
da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a
sociedade. Com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional
chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia foram
institucionalizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Quando o assunto é dependência química, os números também chocam. Existem 29 milhões de


adultos dependentes de drogas no mundo, de acordo com levantamento do Escritório das Nações
Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Neste cenário, o papel da assistência da enfermagem na
saúde mental é de grande importância. É o enfermeiro quem desenvolve uma atuação de grande
importância no restabelecimento da saúde física e mental de um paciente, em parceria com toda a
equipe médica. Sua presença é percebida desde o momento da internação até no cuidado com
questões relacionados ao ambiente familiar. Por isso, características como zelo e tolerância são
esperadas no profissional.

Mas como é, na prática, o trabalho do enfermeiro que atua com o resgate da qualidade de vida
cognitiva e emocional do paciente? Explicaremos, neste post, como a assistência da enfermagem
colabora para os bons resultados dos atendimentos em um hospital de saúde mental.

A enfermagem é peça fundamental no tratamento do paciente psiquiátrico”. Quem define o papel


do enfermeiro na área de saúde mental é o gerente de enfermagem no Hospital Santa Mônica,
Anderson Christhian Lazinho — especialista em psiquiatria. Na área de saúde mental, o enfermeiro é
o profissional que promove uma supervisão segura do paciente, bem como a administração de
medicamentos e o aporte emocional.

Além disso, ele também faz a ponte entre os membros da equipe terapêutica e compartilha
informações precisas de como o paciente se comporta no decorrer dos dias de internação.

Para o gerente de enfermagem, a atuação é estratégia. Afinal, é “desta forma que a equipe
terapêutica consegue conduzir o tratamento.

A atuação é muito específica e direcionada, por isso se diferencia daquela praticada por um
enfermeiro tradicional, ainda que todos os profissionais que atuem na enfermagem sejam
extremamente importantes para o restabelecimento da saúde do paciente, o responsável pela saúde
mental tem alguns diferenciais em sua forma de trabalhar.
Suporte orientado para todas as fases do tratamento
Outro ponto importante é a licença terapêutica, realizada com orientação da equipe terapêutica.
Trata-se daquele momento da internação no qual o paciente vai para casa por curto período e
retorna para internação após este período pré-determinado.

Anderson Lazinho lembra que “essa também é uma ferramenta importantíssima em um tratamento
psiquiátrico” e complementa que “é por meio dos feedbacks trazidos pela família e pelo próprio
paciente quando retornam de casa que a equipe terapêutica consegue avaliar se o paciente vem
apresentando melhora e maior tolerância ao ambiente em que vive. Assim torna-se possível
aprender a lidar com as frustrações de uma forma funcional. Outra atuação do enfermeiro está na
facilitação da participação em terapias externas e a verificação do uso correto de medicações, sem
burlar o tratamento. De nada adianta o hospital tratar único e exclusivamente o paciente e devolvê-
lo para um ambiente doente, finaliza.

Por todas essas razões, para aqueles que querem atuar com enfermagem na saúde mental,
características como dedicação, tolerância, carinho, respeito, atenção e zelo são prioritárias.
Anderson Lazinho lembra que “o profissional desta área deve saber que o mínimo descuido em
supervisionar um paciente, principalmente nos mais agudos, pode custar uma vida”, explica.

Em todos os casos, a saúde mental passa pela adequação do ambiente hospitalar às necessidades e
peculiaridades do atendimento. No momento de escolha de um hospital voltado para a saúde
mental, alguns pontos importantes devem ser avaliados. Entre eles está a escolha de uma instituição
que seja capaz de dar uma atenção especial a família do paciente. “Muitas vezes a família não sabe
como lidar com o transtorno ou simplesmente está tão abalada psicologicamente quanto o
paciente”, explica Anderson.

É importante lembrar que um hospital psiquiátrico trata não só o indivíduo, como também o
ambiente e pessoas que cercam este indivíduo. “Nenhuma instituição de saúde mental consegue
sucesso no tratamento do paciente psiquiátrico se não entender e tratar seu ambiente de convívio”.

Outro ponto que diferencia um hospital geral de um psiquiátrico é que ele conta com ambientes
mais fiscalizados que um hospital geral. Isso acontece porque seus pacientes apresentam muitas
vezes riscos a si e a outras pessoas — “devendo todos os profissionais zelar pelo paciente”, alerta o
especialista em psiquiatria.

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