Documento Sem Nome
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Argumento de autoridade
● Num argumento de autoridade recorre-se à opinião de um perito ou de um
especialista para reforçar a aceitação de uma determinada proposição. Por
exemplo:
(1) Nos livros e aulas de história ensina-se que Dom Afonso Henriques foi
aclamado como primeiro rei de Portugal em 1139, sendo isso consensual
entre os especialistas nessa matéria.
(2) Logo, Dom Afonso Henriques foi aclamado como primeiro rei de
Portugal
em 1139.
● Um bom argumento de autoridade identifica claramente as suas fontes, cita
autoridades que, para além de serem reconhecidamente especialistas no
assunto em questão, são igualmente imparciais e isentas e cuja opinião não
é disputada por outros peritos igualmente qualificados. Se esses critérios não
forem satisfeitos, incorre-se na falácia da falsa autoridade. Como acontece,
por exemplo, no argumento que se segue:
(1) Platão é um filósofo de renome e defende existem almas imortais.
(2) Logo, existem almas imortais.
falácias informais
Petição de princípio
● Comete-se a falácia da circularidade ou petição de princípio quando se
pressupõe nas premissas aquilo que se quer ver provado na conclusão. Por
exemplo:
(1) Não estou a mentir.
(2) Logo, estou a dizer uma verdade verdade.
● Na primeira premissa deste argumento já está implícito o que é afirmado na
conclusão. Ou seja, pressupõe-se na premissa a conclusão que se visa
estabelecer. A petição de princípio também se designa por “argumento
circular” ou “falácia da circularidade”, dado que se parte do ponto a que se
quer chegar, formando uma argumentação em círculo.
Falso dilema
● Incorre-se numa falácia do falso dilema quando numa das premissas se
consideram apenas duas possibilidades ou alternativas, quando na
realidade existem outras possibilidades que não estão a ser devidamente
consideradas. Por exemplo:
(1) Ou és vegetariano, ou és carnívoro.
(2) Não és vegetariano.
(3) Logo, és carnívoro.
Apelo à ignorância
● A falácia do apelo à ignorância consiste em tentar provar que uma
proposição é verdadeira porque ainda não se provou que é falsa, ou que é
falsa porque ainda não se provou que é verdadeira. Por exemplo:
(1) Até hoje ninguém conseguiu provar que temos liberdade.
(2) Logo, a liberdade é uma ilusão.
Ataque à pessoa
● Numa falácia do ataque à pessoa (ad hominem), procura-se descredibilizar
uma determinada proposição ou argumento atacando a credibilidade do seu
autor. Por exemplo:
(1) Defendes que Deus não existe porque apenas estás a seguir a moda.
(2) Logo, Deus existe.
Derrapagem
● A falácia da derrapagem (bola de neve) consiste em tentar mostrar que uma
determinada proposição é inaceitável, porque a sua aceitação conduziria a
uma cadeia de implicações com um desfecho inaceitável, quando, na
realidade, ou um dos elos dessa cadeia de implicações é falso, ou a cadeia no
seu todo é altamente improvável.
(1) Se permitirmos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, não tarda
estaremos a permitir a poligamia, o incesto e até a pedofilia.
(2) Mas isso é claramente intolerável, dado que conduzirá ao fim da
civilização.
(3) Logo, não devemos permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Espantalho
● Através da falácia do espantalho pretende-se mostrar que se refutou um
determinado argumento, ou teoria, através da refutação de uma versão
distorcida e enfraquecida do(a) mesmo(a). Por exemplo:
(1) Os defensores dos direitos dos animais sustentam que é tão errado matar
um animal como matar um humano.
(2) Mas isso é obviamente falso.
(3) Logo, os defensores dos direitos dos animais estão errados (ou seja, os
animais não têm direitos).
Ação Humana
Acontecimentos e ações
Todas as ações são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são ações.
Ação
Liberdade
Capacidade de realizar uma ação sem Pode escolher um curso de ação em vez
a interferência de obstáculos, forças de outro. Exercício da vontade de um
externas e limitações que a restrinjam agente racional autónomo que é capaz
ou imponham. de escolher entre várias possibilidades
de ação.
Liberdade circunstancial
Problema do livre-arbítrio
Incompatibilismo Compatibilismo
Determinismo
Como não tem qualquer controlo sobre as suas ações,que são o resultado
inevitável de causas anteriores, o sujeito não tem livre-arbítrio e,por isso, não
pode ser responsabilizado.
Libertismo
Objeções ao libertismo
As ações livres resultam do exercício da vontade de uma agente, das suas crenças
e dos seu desejos, surgindo por um processo natural,sem coações, apesar de serem
determinadas.
Compatibilismo clássico
Ética
Valores
Juízos
Perspectivas cognitivistas
Relativismo moral
O facto de existir diversidade cultural não implica que não haja valores morais
comuns entre diferentes culturas.
A aceitação de determinado código moral pela maior parte dos elementos de uma
sociedade não basta para o considerar justo.
Objetivismo moral
Perspetiva que considera que o valor de verdade dos juízos morais é independente
de preferências individuais ou de contextos culturais, sendo os juízos morais
objetivos (à semelhança dos juízos de facto).
Sociedades atuais
Boa vontade
Única coisa que pode ser concebida como sendo boa em si mesma
A ação boa é aquela que resulta da intenção boa. Uma intenção boa encontra-se
na vontade consciente e boa de um agente que sabe o que deve fazer .
Intenção pura
Dever
Moralidade Legalidade
Respeito pela lei moral e pelo dever Conformidade a lei moral e ao dever
O imperativo categórico
Kant não pretende apontar um conjunto de regras concretas de ação, mas
encontrar o fundamento universal dos deveres morais
É na razão que importa procurar esse fundamento, a fórmula que nos indica o que
devemos fazer
Imperativo categórico
Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela
se torne lei universal.
Quem quiser saber se está a agir bem deve perguntar-se a si próprio se a máxima
ou princípio que orienta a sua ação poderia transformar-se numa lei à qual todos
os seres humanos em circunstâncias semelhantes adeririam.
Exemplos de deveres que decorrem da primeira fórmula do imperativo categórico
Interiores Exteriores
(ou para connosco) (ou para com os outros)e
Seguir tais máximas equivale a adotar regras que não podemos querer que sejam
seguidas pelos outros.
Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de
qualquer outro, sempre simultaneamente como um fim e nunca simplesmente
como um meio.
Exigência de tratar os outros (e a nós próprios) como fins e nunca como simples
meios ou como instrumentos para atingirmos os nossos objetivos ou realizarem
desejos egoístas.
Imperativo categórico
(lei moral fundamental)
Corresponde, nas suas fórmulas, às exigências que a razão nos dá sempre que
queremos agir corretamente.
Moralidade
A moralidade das ações não depende de nada que nos seja imposto do exterior,
mas de algo que deriva do interior.
Capacidade de autodeterminação e de
Autonomia o indivíduo dar leis a si mesmo, agindo
em função delas.