FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA Sebenta
FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA Sebenta
FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA Sebenta
2023/24
FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA
Terapêutica medicamentosa
Restaurar ou manter a saúde
- Prevenção
- Diagnóstico
- Tratamento
- Preparação
- Administração
- Vigilância
- Ensinos sobre medicação e efeitos
- Avaliar a capacidade do cuidador/familiar para a administração da
terapêutica
Prescrição de medicamentos
É da responsabilidade médica
As ações realizadas pelos enfermeiros são interdependentes, em conjunto
com outros técnicos, cujo objetivo final é comum
Nenhum fármaco pode ser administrado sem prescrição
Tipos de prescrição:
Escrita
- Manual
- Eletrónica
-Desmaterialização do circuito (prescrição, dispensa e
conferência de receituário)
Missing
2023/24
Toma única
Prescrição protocolada
Políticas instrucionais
- Ex.: interrupção automática de medicação do pré operatório
- Antibioterapia
- Sistema de alerta
- Interrupção automática após determinado número de dias
O que deve incluir uma prescrição:
• Identificação completa da pessoa;
• Nome do fármaco;
• Dosagem;
• Forma farmacêutica;
Missing
2023/24
Abreviaturas
Na prescrição…
- Evitar abreviaturas
- A prescrição é legível? É clara a leitura?
Horários de administração
- Horário fixo (8h; 2/2h; 4/4h)
- Horário não fixo (Jejum; pequeno-almoço)
Devem ter em conta…
1. Nº de doses prescritas de medicamento/dia
2. Maximização do efeito terapêutico
3. Interações entre medicamentos e alimentação (administrações fora,
antes, durante ou depois das refeições)
4. Tipo e quantidade de outros fármacos a administrar
5. Execução de exames complementares/intervenções cirúrgicas
6. Necessidades da pessoa (evitar horário que coloque em causa a
satisfação das necessidades)
Dosagens
Dose certa: Fundamental na preparação/administração de medicação
- Garantir a quantidade exata de medicamentos
- Cálculo de dosagem
Sistemas de medição
- Sistema métrico (Unidades de volume, de peso) - recomendado
- Sistema doméstico (Gotas, colheres de chá) – caseiro
Missing
2023/24
Reembalagem de Medicamentos
Identificação com:
- Nome
- Dose
- Lote
- Data de validade
Missing
2023/24
Reposição de stocks
- Stocks nivelados de medicamentos (definição prévia)
- Reposição periódica (definida) – pedido feito por enfermeiro
PROTEÇÃO DE MEDICAMENTOS
Medicamentos sujeitos a Legislação Restritiva
Psicotrópicos e Estupefacientes
- Armazenamento em local reservado
- Armário metálico com fechadura (double locking)
- Prateleiras para arrumação separados e identificados
- Registo de todas as administrações
- Balanço em tempo real
Medicamentos termolábeis
Garantir a manutenção da cadeia de frio
- Frigorífico
- Temperatura entre 2-8ºC
- Sistema de controlo e registo de temperatura (alarme para alerta se
alteração anormal)
RECONCILIAÇÃO DA MEDICAÇÃO
Processo de análise da medicação de um doente, sempre que ocorrem
alterações na medicação, com o objetivo de evitar discrepâncias,
nomeadamente omissões, duplicações ou doses inadequadas, promovendo
a adesão à medicação e contribuindo para a prevenção de incidentes
relacionados com a medicação
- Obter, verificar e documentar
- Considerar e comparar
- Reconciliar
- Comunicar
ERRO CLÍNICO
- Erro profissional associado aos cuidados de saúde
- Inato ao exercício das profissões nesta área
Missing
2023/24
Evento adverso
Lesão não intencional/complicação decorrente da prestação de cuidados de
saúde e não do processo de doença
- Pode condicionar um dano apreciável
- Impacto no estado funcional da pessoa (inclusivamente, morte)
- Prolongamento do período de internamento
- Aumento de custos
Incidentes evitáveis
- Lista institucional de medicamentos atualizada
- Parametrização de Alertas (sistemas informáticos/etiquetas alerta)
- Armazenamento correto
Missing
2023/24
- Prescrição correta
Medicamentos LASA
Medicamentos com nome ortográfico e\ou fonético e\ou aspeto
semelhante que podem ser confundidos uns com os outros, originando troca
de medicamentos.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Para que um fármaco atue é necessário que atinja o local de ação e, para
isso, terá de ser introduzido no organismo ou aplicado superficialmente. À
porta de entrada no organismo, ou local onde se aplica o medicamento,
chamamos via de administração.
Via digestiva
Via bucal - Efeitos tópicos
➢ Ex.: pastilhas, comprimidos, formas líquidas, formas semissólidas
Via geniturinária
Via uretral – Efeito tópico
➢ Ex.: Comprimidos uretrais
Via vaginal – Efeito tópico
➢ Ex.: Comprimidos vaginais, óvulos, pomadas, soluções, suspensões
Sanguíneas
- Via endovenosa – administração diretamente na veia
- Via intra-arterial – injeção na artéria
- Via intracardíaca – diretamente no coração
Medula óssea
- Via intramedular – rapidamente absorvido
Serosas
- Via intrapleural – pouco absorvido
- Via intraperitoneal – absorvido
- Via sinovial – pouco absorvido
Finalidades
- Utilizar uma via simples de administração dado que proporciona uma fácil
aprendizagem
- Manter a continuidade terapêutica no domicílio
- Proporcionar uma absorção rápida e sistémica (indicada em algumas
emergências; não passa pelo fígado)
- Proporcionar uma via económica, segura, simples Desvantagens: •
Permanece debaixo da língua até ser absorvido
Via oftálmica
- A pressão direta sobre o globo ocular está contraindicada
- Aconselhar os clientes que tenham feito dilatação da pupila a usarem
óculos escuros para reduzir a fotofobia
- Aconselhar a pessoa a não conduzir ou exercer atividades que necessitem
de visão apurada, sempre que se apliquem medicamentos que alteram a
acuidade visual
- Utilização de uma embalagem de medicamentos para cada pessoa e, assim,
evitar a infeção
Finalidades
- Promover ação antisséptica e antimicrobiana
- Aliviar a irritação local
Missing
2023/24
Via nasal
- Advertir a pessoa para a possibilidade de existir elevação da pressão arterial
e aumento da congestão nasal no caso da utilização prolongada de fármacos
vasoconstritores
- Informar a pessoa de que poderá vir a sentir o sabor do medicamento uma
vez que as narinas drenam para a porção posterior da cavidade oral e da
orofaringe
Finalidades
- Aliviar o desconforto
- Aliviar a congestão nasal
- Obter ação antialérgica, anti-inflamatória e/ou antimicrobiana
- Facilitar drenagem secreções
Desvantagens
- Possível ação sistémica
Missing
2023/24
Via inalatória
Finalidades
- Introduzir medicamentos pela árvore respiratória
- Obter uma ação rápida e eficaz
Desvantagens
- Riscos decorrentes de ação sistémica
Formas farmacêuticas gasosas
- Para administração pela via traqueobrônquica e pulmonar (ou alveolar)
- Utilizam-se dispersões finas de um líquido ou sólido num gás (aerossóis) ou
a mistura dois líquidos imiscíveis ou emulsionáveis e um vapor, normalmente
de um dos líquidos (sprays) Também as nebulizações são dispersões de gotas
para aplicação na via respiratória
Aerossóis – Dispersão fina de um líquido ou sólido num gás que é aplicado
na forma de “nevoeiro” Administração: - Inalação pela árvore respiratória -
Aplicação local na pele ou numa mucosa
Sprays - Sistemas de 3 fases – 2 líquidos não miscíveis ou emulsionáveis e 1
vapor (normalmente de um dos líquidos)
Via auricular
Finalidades
- Aliviar o desconforto
- Obter ação anti-álgica, anti-alérgica, anti-inflamatória e\ou anti-microbiana
- Amolecer o cerúmen do canal auditivo externo
Desvantagens
- Possível ação sistémica e desconforto
Via vaginal
- Óvulos, irrigações, cremes, espuma ou gel
Missing
2023/24
Finalidades
- Prevenir e\ou tratar infeções vaginais
- Aliviar a irritação ou o prurido localizado
Desvantagens
- Pode interferir com a intimidade e privacidade
- Desconforto
Via retal
Finalidades
- Facilitar a eliminação intestinal
- Proporcionar uma via alternativa que permita efeito sistémico, quando via
oral contraindicada (vómitos, sabor, pessoas inconscientes, ...)
- Evita a ação metabolizadora do fígado
-Obter ação local ou sistémica
Missing
2023/24
Desvantagens
- A dose de medicamento que é absorvida não é conhecida
- Possível irritação mucosa retal
- Desconforto
- Contraindicada: Diarreia, patologias Intestinais, lesões ânus
Missing
2023/24
VIAS PARENTÉRICAS
A administração por via parentérica compreende a utilização de soluções ou
essências especialmente preparadas para serem introduzidas, mediante
injeção, nos tecidos orgânicos ou na circulação sanguínea.
- Intradérmica
- Subcutânea
- Intramuscular
- Intravenosa/endovenosa
VIA INTRAVENOSA/ENDOVENOSA
Algumas designações…
- Terapêutica Endovenosa/Intravenosa (EV/IV)
Administração de fluidos, eletrólitos, medicamentos ou nutrientes
pela via intravenosa
- Venopunção/Venipunção - Punção de veia / inserção de uma agulha numa
veia
Indicações:
- Administração de terapêutica IV
- Transfusão de sangue e os seus derivados
- Colheita de amostras de sangue
- Cateterização venosa periférica (CVP) - Inserção de CVP em veia periférica
Cuidados de manutenção ao CVP
- Vigiar sinais de alterações locais ou sistémicas
- Substituir penso sempre que necessário
- Efetuar flushing para limpeza do CVP
- Substituir CVP após 72/96 horas ou, caso não apresente sinais
clínicos de complicações mais algumas horas, mas com vigilância mais
frequente
Missing
2023/24
Cuidados
- Atenção à limpidez das soluções
- Excetua-se a insulina de ação intermédia e prolongada que apresenta
aspeto turvo
- Atenção à precipitação e à floculação (fenitoína + dextrose) → flocula
- Atenção à homogeneização das soluções reconstituídas
- Atenção ao calibre do cateter (hemoderivados)
Antissepsia da pele
- Preferencialmente, gluconato de cloro-hexidina com concentração > 0,5%
em solução alcoólica. Em alternativa, poderá ser utilizado álcool isopropílico
a 70%
- Respeitar tempo de atuação do antissético (secar 30 a 60 segundos)
Flushing
Previne obstrução do CVP, outras complicações associadas decorrentes da
deposição de resíduos/microrganismos e formação biofilme
Efetuar o flushing para:
- Avaliar permeabilidade do CVP
- Prevenir a interação entre medicamentos
- Efetuar a limpeza do CVP e conectores após a administração de terapêutica
no final (lock do CVP)
O que fazer?
- Usar seringa de 10 ml com Soro Fisiológico a 0,9%
- Técnica pulsáltil (push-pause) e pressão positiva
- Injectar o dobro do lúmen interno do CVP e conectores associados.
Locais
- Deslocação do cateter
- Infiltração
- Hematoma
- Obstrução
- Tromboflebite
- Flebite
- Perfuração do cateter
Sistémicas
- Embolia gasosa
- Reação vasovagal
- Sobrecarga circulatória
- Septissémia
- Reação alérgica
Reações de hipersensibilidade
- Quase todas as drogas têm a capacidade de produzir reações de
hipersensibilidade (alergia) ocorrendo mais rapidamente quando a via de
administração utilizada é a via endovenosa
- Poderão ser ligeiras (rubor cutâneo, alterações gastrointestinais) ou graves
(reação anafilática)-
- Indicadores de uma reação anafilática (dificuldade respiratória, urticária
com prurido, rush cutâneo, hipotensão, pulso filiforme)
Sempre que se observem sinais indicadores de reação anafilática - tomar
algumas medidas de urgência:
Missing
2023/24
Caso prático 1
Ex: 500 cc em 2 horas – num sistema de 20 gotas/ml
500 x 20 / 120 = 83 gostas/min
Caso prático 2
Missing
2023/24
2400 --- 60
X --- 1
x = 40 gotas/min
b. Quanto tempo vai demorar a perfundir o vol. total?
1000/120 = 8.33
Aproximadamente 8 horas
VIA INTRAMUSCULAR
A administração de um medicamento no tecido muscular, deve ter presente
todos os princípios gerais inerentes à administração de terapêutica por via
parentérica, assim como os ensinos ao utente e ou família.
Finalidades
- Administrar fármacos irritantes para o tecido celular subcutâneo (Diminui a
dor)
- Permitir a absorção mais rápida dos fármacos (do que pela via subcutânea)
- Possibilitar a administração de doses superiores à via subcutânea
- Ultrapassar as dificuldades da via oral
Desvantagens
- Perda de continuidade do tecido e da pele
- Técnica asséptica
- Necessidade de técnicos qualificados
- Pode produzir estado de ansiedade ao cliente
- Pode provocar dor
Região de Administração
Missing
2023/24
Deltóide
- A correta localização do músculo, previne a lesão do nervo radial e artéria
braquial
- 2/3 dedos abaixo do acrómio
- Dessensibilização do local de administração com o “entalar” da pele
- Aspiração no início para garantir que não houve a punção acidental de
algum vaso
- O deltoide é um músculo pequeno em que a quantidade máxima de
medicamento possível de ser administrada são 2ml
- Tem a absorção mais rápida relativamente aos outros músculos
- Ângulo de 90º
Região Ventroglútea
- Mão no grande trocanter, dedo médio formando um V com a crista ilíaca
- Administração no meio do V até 5ml
- Vantagens: Local isento de nervos e vasos sanguíneos importantes; Suporta
grandes quantidades de líquidos; Fácil acesso em decúbito dorsal, ventral e
lateral; Menos dolorosa
- Desvantagens: Ansiedade do utente por desconhecimento
Reto Anterior
- O recurso a este músculo para administração de qualquer medicamento,
deve ser muito cautelosa pelo fato de estar próximo do nervo ciático, artéria
e veia femoral
- Terço médio do reto anterior
Missing
2023/24
Vastolateral
- Nas crianças, este músculo, está habitualmente bem desenvolvido e tem a
vantagem de estar afastado de nervos e vasos sanguíneos importantes
- Recorremos quando não há possibilidade de administrar na zona glútea
- Permite nos adultos, com massa muscular bem desenvolvida, a
administração de uma quantidade de medicamento até 5 ml
- Ter em atenção a escolha da agulha
- Ângulo de 45º em direção ao pé
- Localização: terço médio da coxa
- Vantagens: Músculo grande e bem desenvolvido; Acessível; Facilidade de
autoaplicação
- Desvantagens: Risco de lesão do nervo cutâneo lateral da coxa, mais
doloroso
Missing
2023/24
VIA INTRADÉRMICA
- Medicamentos administrados na pele (na derme)
- Via muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 ml)
Indicada para:
- Testes de reações de hipersensibilidade, como provas de tuberculina
(tuberculose), e alguns tipos de alergias
- Aplicação de BCG (vacina contra tuberculose)
- Administrar anestésicos localmente
Locais de aplicação/administração mais utilizados
Missing
2023/24
Observações gerais
- O local não deve apresentar descoloração, abundância de pelos, irritações,
edemas ou áreas com grande pigmentação
- Proceder à inserção da agulha com um ângulo de + 10º (5º a 15º)
VIA SUBCUTÂNEA
- O volume a administrar não deve exceder 1,0 ml (exceto na hipodermóclise)
- Administração no tecido subcutâneo (por baixo da pele): menos
vascularizado do que o tecido muscular; a absorção é lenta, através dos
capilares, de forma contínua e segura < que a IM e IV e é > que a via oral; os
medicamentos mais irritantes podem produzir dor
Usada para:
- Administração de vacinas (ex: anti-sarampo)
- Administração de anticoagulantes (heparina) – não aspirar – risco de lesão
- Administração de hipoglicemiantes (insulina) – não aspirar
- Terapêutica específica nas doenças auto imunes
Missing
2023/24
Técnicas de administração
- Técnica simples
- Tamponamento de ar
Útil quando o medicamento utilizado, é agressivo para o tecido celular
subcutâneo. Uma pequena quantidade de ar é aspirada para a seringa,
visando “empurrar” todo o medicamento que permaneceu na agulha após a
administração e impedindo a sua saída do tecido muscular (selando-o com
uma pequena bolha de ar)
Aspirar o medicamento seguido a 0,2 – 0,5 ml de ar; seringa tem de estar
perpendicular
- Técnica em Z
A utilização desta técnica, consiste em fazer deslocar os tecidos que estão
acima do tecido muscular antes da inserção da agulha, por forma a após a
administração e a libertação dos mesmos, estes poderem funcionar como
“tampa” impedindo a saída do medicamento agressivo para o tecido celular
subcutâneo
Aspirar o medicamento seguido a 0,2 – 0,5 ml de ar; ângulo de 80-90º; injetar
lentamente
INSULINA
Existem um conjunto de alterações metabólicas resultantes da secreção
inadequada de insulina ou da incapacidade dos tecidos para responder à
insulina – Hiperglicemia e Hipoglicémia
Missing
2023/24
Complicações da Insulinoterapia
- Hipoglicémia: situação mais comum e grave
- Reação alérgica local: aparecem numa fase inicial da insulinoterapia ou se
não deixar secar o álcool da pele antes de injetar
- Reação alérgica sistémica: são raras
- Resistência à insulina: com o tempo de tratamento os indivíduos podem
desenvolver anticorpos que se ligam à insulina diminuindo assim a insulina
disponível
Missing
2023/24
Conservação de insulina
- Normalmente deve ser conservada no frigorifico (consoante o tipo de
insulina–confirmar…)
- Evitar picos de temperatura – evitar que congele e exposição prolongada à
luz ou em local quente
- Antes da administração a mesma deve estar à temperatura ambiente
(necessário retirar atempadamente do frigorífico ou simples fricção de
mãos)
- Verificar validade (antes e após o seu uso) e aspeto (as insulinas de ação
rápida são transparentes e as de ação longa apresentam um aspeto branco
e leitoso, devendo ser misturada para homogeneizar a solução antes do seu
uso)
- Deve ser registada a data de abertura do frasco
Missing
2023/24
Material
- Tabuleiro de inox
- Frasco de insulina adequada
- Seringa de 1 ml = 100 unidades e agulha\caneta de insulina
- Algodão ou compressas
Clorhexidina a 2% em base solução alcoólica\álcool a 70º
- Luvas não esterilizadas para proteção (se aplicável)
- Contentor para material perfurante
- Saco para sujos 40
Locais de administração
- A velocidade de absorção é maior no abdómen e diminui progressivamente
no braço e coxas
- A rotação sistemática dos locais de injeção é recomendada para impedir
alterações localizadas no tecido gorduroso
- Os indivíduos que praticam autoadministração devem ser encorajados a
utilizar todos os locais possíveis de injeção dentro de uma área e não mudar
aleatoriamente de áreas
- A insulina não deve ser administrada num membro que vai ser sujeito a
exercício pois pode provocar uma absorção inadequada da mesma
Missing
2023/24
Considerações importantes
O local:
- Limpeza e desinfeção: desinfetar com álcool ou lavar a zona anatómica
(depende da capacidade funcional da pessoa para o autocuidado “lavar se”)
- Colocar a lanceta e a tira em recipiente para resíduos tóxicos ou outro
O registo: dia, hora e valor
A conservação do material (ex.: não estar ao pó)
DIABETES MELLITUS
Diabetes Mellitus é alteração crónica do metabolismo da glucose, com
aumento da taxa de glicose no sangue (glicemia) associada a uma diminuição
da glicose intracelular disponível, devido a défice ou a uma diminuição da
sensibilidade à insulina.
Classificação da diabetes
Diabetes Tipo 1- Resulta da destruição das células β, do pâncreas, com
insulinopenia absoluta, passando a insulinoterapia a ser indispensável para
assegurar a sobrevivência
Diabetes tipo 2 – É a forma mais frequente de Diabetes, provocada
predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina
associada a uma relativa deficiência da sua secreção
Missing
2023/24
Controlo da glicémia\diabetes
Terapêutica – Administração de Insulina
Situações em que o corpo não produz insulina suficiente, pelo que a insulina
tem de ser administrada indefinidamente - Diabetes Mellitus tipo 1
Situações em que a insulina pode ser necessária a longo prazo para controlar
os níveis de glicose se a dieta e a terapêutica antidiabética oral não for eficaz,
ou temporariamente durante uma situação de doença, infeção, cirurgia ou
gravidez (Diabetes Gestacional) - Diabetes Mellitus tipo 2
Reconstituição de fármacos
- A reconstituição dos injetáveis de preparação extemporânea, deve ser feita
com água para preparação de injetáveis cloreto de sódio a 0,9% ou outro
solvente compatível (ver instruções do fabricante)
- A mistura de medicamentos na mesma seringa ou na mesma solução de
diluição deve ser evitada devido a possíveis problemas de incompatibilidade
- A manipulação de medicamentos e todo o restante material deve ser feita
em condições assépticas de forma a evitar o risco de contaminação
- Após a preparação as soluções devem ser imediatamente administradas
Missing
2023/24
Agulhas
Missing
2023/24
Pílulas
- Formas farmacêuticas sólidas, esféricas (“comprimidos” esféricos)
- Destinados a deglutir sem mastigar
- Constituídas por uma massa de consistência especial formada por um ou
vários princípios ativos incluídos num excipiente
Comprimidos
- Geralmente em forma de disco
- Obtidos por compressão da substância ativa c/ um excipiente (podem ser
obtidos por compressão
de um pó ou granulado com a adição de coadjuvantes inócuos)
- Peso e forma variável
- Quando são revestidos e de forma convexa designam-se por drageia ou
grageia
Vantagens:
- Dosagem precisa
- Facilmente conserváveis
- Preparação rápida
- Boa apresentação
- Volume reduzido
Missing
2023/24
- Fácil deglutição
- Múltiplas aplicações
Podem ser:
- Para absorção gastrointestinal
- Sublinguais\Orodispersíveis
- Efervescentes (Junção de um ácido com bicarbonato ou carbonato – liberta
gás carbónico)
- Mastigáveis
- Para implantação
- Para aplicação local
- Para preparar desinfetantes
Cápsulas
- Preparações constituídas por um invólucro (amiláceo ou gelatinoso)
contendo substâncias medicamentosas (Sólidas, Líquidas, Pastosas)
- Em alguns casos os revestimentos são gastrorresistentes permitindo a
libertação a nível intestinal
- Cápsulas gelatinosas:
- Duras: para fármacos sólidos (até 500mg), constituídas por 2
opérculos
- Moles: para fármacos líquidos (até 5ml), formadas por uma gelatina,
se forem pequenas (até 1ml) – pérolas
Hóstias
- Cápsulas fabricadas com amido ou farinha sem fermento (pão de azimo)
- Constituídas por 2 partes achatadas que encaixam uma na outra, contendo
medicamentos sólidos
- Perigo: higroscópicas
Pastilhas
- De forma circular alongada
- Formadas por fármacos unidos a um excipiente constituído por um açúcar
e uma mucilagem
destinada a dissolver-se lentamente na boca
- Ao contrário dos comprimidos, as pastilhas são moldadas
- Peso ~ 1 g
- Alteram-se facilmente com o calor e humidade
Colutórios
Missing
2023/24
- Consistência viscosa
- Excipiente: glicerina ou mel rosado
- São semelhantes as formas líquidas utilizadas para gargarejos para
orofaringe
Supositórios
- Forma cónica ou em bala
- Destinam-se a ser introduzidos no reto, fundem-se ou dissolvem-se à TºC
do corpo
- Excipiente: manteiga de cacau, gelatina glicerinada, potietilenoglicóis
hidrossolúveis
- Guardar em lugar fresco e ao abrigo da luz - Peso: 2,5g para adultos e 1,5g
para crianças