Leicomplementar 97 9 Junho 1999 377583 Normaatualizada PL
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Da Destinação e Atribuições
Seção II
Do assessoramento ao Comandante Supremo
Seção I
Das Forças Armadas
Seção II
Da Direção Superior das Forças Armadas
Art. 11-A. Compete ao Ministério da Defesa, além das demais competências previstas
em lei, formular a política e as diretrizes referentes aos produtos de defesa empregados nas
atividades operacionais, inclusive armamentos, munições, meios de transporte e de
comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, admitido delegações às
Forças. (Artigo acrescido pela Lei Complementar nº 136, de 25/8/2010)
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO IV
DO PREPARO
Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe
aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos
e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa.
§ 1º O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento,
organização e articulação, instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas
específicas, inteligência e estruturação das Forças Armadas, de sua logística e mobilização.
(Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
§ 2º No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação
constitucional, poderão ser planejados e executados exercícios operacionais em áreas públicas,
adequadas à natureza das operações, ou em áreas privadas cedidas para esse fim. (Parágrafo
acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
§ 3º O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados
com a cooperação dos órgãos de segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
(Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros
básicos:
I - permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de
emprego interdependentes;
II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de
seus meios, nela incluídas pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional;
III - correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente
planejada.
CAPÍTULO V
DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade
do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de
órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no
caso de Comandos conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando
necessário, por outros órgãos; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar nº 136, de
25/8/2010)
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em
operações conjuntas, ou por ocasião da participação brasileira em operações de paz; (Inciso com
redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 25/8/2010)
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do
Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.
§ 1º Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas,
por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes
constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal
ou da Câmara dos Deputados.
§ 2º A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de
quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do
Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição
Federal.
§ 3º Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da
Constituição Federal quando, em determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos
pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual como indisponíveis, inexistentes
ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional. (Parágrafo acrescido pela
Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
§ 4º Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3º deste artigo, após
mensagem do Presidente da República, serão ativados os órgãos operacionais das Forças
Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em área previamente estabelecida e por tempo
limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo necessárias para assegurar o resultado das
operações na garantia da lei e da ordem. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 117, de
2/9/2004)
§ 5º Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem,
caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos
de segurança pública necessários ao desenvolvimento das ações para a autoridade encarregada
das operações, a qual deverá constituir um centro de coordenação de operações, composto por
representantes dos órgãos públicos sob seu controle operacional ou com interesses afins.
(Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
§ 6º Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei
Complementar, o poder conferido à autoridade encarregada das operações, para atribuir e
coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos dos órgãos de
segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais ou legais. (Parágrafo
acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
§ 7º A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos
IV e V do art. 17, no inciso III do art. 17- A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de
defesa civil a que se refere o art. 16 desta Lei Complementar e no inciso XIV do art. 23 da Lei nº
4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é considerada atividade militar para os fins do
art. 124 da Constituição Federal.(Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2004
e com redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 25/8/2010)
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o
desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter
geral a participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social.
(Parágrafo único acrescido pela Lei Complementar nº 117, de 2/9/2004)
Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes, também como
atribuições subsidiárias, preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar,
por meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas águas
interiores, independentemente da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquer gravame
que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:
I - patrulhamento;
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
III - prisões em flagrante delito.
Parágrafo único. As Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades
nacionais e estrangeiras em missões oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos
do Poder Executivo, poderão exercer as ações previstas nos incisos II e III deste artigo. (Artigo
acrescido pela Lei Complementar nº 136, de 25/8/2010)
Art. 17-A. Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições
subsidiárias particulares:
I – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito
ao Poder Militar Terrestre;
II – cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e,
excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo
os recursos advindos do órgão solicitante;
III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos
delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de apoio
logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução;
IV – (Revogado pela Lei Complementar nº 136, de 25/8/2010)
Art. 19. Até que se proceda à revisão dos atos normativos pertinentes, as referências
legais a Ministérios ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica passam a
ser entendidas como a Comando ou a Comandante dessas Forças, respectivamente, desde que não
colidam com atribuições do Ministério ou Ministro de Estado da Defesa.
Art. 21. Lei criará a Agência Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério da
Defesa, órgão regulador e fiscalizador da Aviação Civil e da infra-estrutura aeronáutica e
aeroportuária, estabelecendo, entre outras matérias institucionais, quais, dentre as atividades e
procedimentos referidos nos incisos I e IV do art. 18, serão de sua responsabilidade.
Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.