04 - Geodinâmica - Parte 3
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04 - Geodinâmica - Parte 3
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Arenitos (rochas moles e com camadas horizontais) passam a
quartzitos (rochas duras com estrutura ou maciça ou em camadas
inclinadas, dobradas, fraturadas).
Calcários são convertidos em mármores.
Folhelhos são convertidos em micaxistos.
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
O metamorfismo ocorre quando se verifica:
a) Aumento de temperatura pela aproximação e contato com
uma massa de magma, denominando-se de metamorfismo
termal ou metamorfismo de contato. Ocorre em áreas
restritas e localizadas;
Pressão;
Pressão litostática;
Pressão de voláteis;
Pressão dirigida.
Tempo.
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Tipos de metamorfismo;
Metamorfismo de temperatura predominante;
Metamorfismo dinamotermal;
1 – rocha encaixante
2 – intrusão magmática
3 – orla de metamorfismo de contato
(exometamorfismo)
4 – a rocha eruptiva é contaminada
pelo contato com a rocha encaixante
(endometamorfismo)
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Metamorfismo de temperatura predominante:
Este corpo superaquecido vai afetar as rochas
encaixantes, transformando-as por efeito, sobretudo,
do calor e dos fluidos que dele se desprendem.
Estas transformações consistem, principalmente, em
modificações da textura e das composições química e
mineralógica (aparecimento de cristais novos e
recristalização) da zona que fica em contato imediato
com o corpo magmático resultante da intrusão.
Esta zona (orla de metamorfismo de contato) pode ir
de centímetros a centenas de metros, em função da
dimensão, temperatura e natureza da massa
magmática e do tipo de rocha encaixante.
A rocha magmática também sofre modificações na
zona de contato devido a contaminações que lhe são
impostas pelas rochas envolventes.
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Metamorfismo de pressão dirigida e temperaturas
predominantes:
Rochas que sofrem esforços dirigidos (tais esforços ocorrem
nas regiões superiores da crosta) tornam-se fraturadas,
adquirindo estruturas e texturas próprias.
As novas rochas formadas são chamadas de cataclásticas e,
em geral exibem estruturas paralelas, fitadas, lenticulares e
brechoides.
É frequente nos mantos de carreamento, isto é, em grandes
massas rochosas que cavalgaram e se deslocaram sobre
outras, às vezes, por grandes distâncias, sob a ação de
esforços tangenciais.
Plano de contacto
Alóctone
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Metamorfismo dinamotermal:
As transformações metamórficas podem ser
isoquímicas, isto é, não envolvem ganho ou perda de
constituintes (não há trocas com zonas externas à zona
considerada), sendo, neste caso as rochas designadas
por ectinitos.
A recristalização é total.
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Recristalização de minerais;
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
Rochas argilosas:
Os constituintes minerais são os produtos mais finos
do intemperismo e estão em equilíbrio sob as
condições superficiais ordinárias (baixa temperatura e
baixa pressão);
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
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4.4. Metamorfismo e rochas metamórficas
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
A litosfera sofre movimentos de modo a atingir o
equilíbrio isostático.
Zonais estáveis – correspondem às áreas orogénicas
antigas, que se limita a sofrer movimentos verticais
locais, correspondente a reajustamentos do equilíbrio
isostático.
Zonas instáveis:
Áreas da crosta recente, e que correspondem às faixas
orogénicas ativas. Nestas áreas há extensões de dezenas
de milhar de quilômetros de sedimentos intensamente
pregueados, na sequência de importantes esforços
compressivos.
Sistemas de riftes e cristas médias oceânicas, que
correspondem a zonas fraturadas sujeitas a esforços
distensivos ou de tração.
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
As deformações verticais podem originar:
Empolamentos – elevações ou arqueamentos da
crosta, de grande raio de curvatura;
Depressões;
Flexuras ou basculamentos – grandes extensões de
terrenos ligeira ou uniformemente inclinados no mesmo
sentido.
1 – situação inicial
2 – flexura no bordo
3 – flexura no interior
4 – fraturação seguida de
desnivelamento epirogénicos
5 – bombeamento positivo
6 – bombeamento negativo
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
O conjunto das deformações da litosfera deve ser
enquadrado num esquema global de placas, ou
porções de placa, que se aproximam ou afastam,
que se elevam ou afundam, ou, ainda, que se
desligam horizontalmente.
Muitas vezes, estes mecanismos atuam
conjuntamente, sendo as deformações complexas
e difíceis de interpretar.
Outras vezes, os esforços são oblíquos
relativamente aos limites de blocos contíguos, pelo
que às deformações compressivas e distensivas se
associam desligamentos, o que torna as estruturas
mais complicadas.
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
A contínua busca de equilíbrio na crosta terrestre,
em virtude das contínuas mudanças químicas e
físicas que se processam desde a sua
consolidação, implica deformações e rupturas nas
rochas.
Factores de deformação:
Pressão confinante ou litostática;
Temperatura;
Fluidos de impregnação;
Velocidade de deformação;
Anisotropias;
Natureza e textura das rochas.
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Estruturas mais comuns:
Falhas – fratura ocorrida nas rochas com um consequente
deslocamento dos blocos resultantes;
Juntas (origem é a contração por resfriamento) ou diaclases
(causa tectónica) – quando ocorre fratura, mas sem o
deslocamento dos blocos;
Dobras – estratos, originalmente e em regra horizontais podem
ser posteriormente inclinados (basculados) e, então, diz-se que
houve flexura, ou enrugados.
Dobras
Plano de falha
Blocos de falha
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Camada de
referência para
medir rejeito
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Falhas:
Movimento dos blocos – ao
Falha translacional
longo do plano de falha, o
movimento pode ser de dois
tipos:
Movimento de translação –
as retas que eram paralelas
continuam paralelas após o
falhamento;
Movimento de rotação – as Falha rotacional
retas que eram paralelas
perdem o seu paralelismo após
o falhamento. Há rotação de
um bloco em relação ao outro.
Rejeito de mergulho: a1
Rejeito vertical: D-C
Rejeito vertical: a2
Rejeito horizontal: A-D
Rejeito horizontal: a3
Rejeito direcional: C-A’
Rejeito estratigráfico: a4
Rejeito total: A-A’
Rejeito de mergulho: B-A’
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Classificação das Falhas:
Falha de compressão, inversa ou falha cavalgante – é
produzida por esforço de compressão. O teto sobe em
relação ao muro. Formam-se sempre que um bloco rochoso
é sujeito a um sistema de forças em que o esforço máximo
compressivo é horizontal e o esforço mínimo vertical.
Horst
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Classificação das Falhas:
Falha desligante, horizontal ou de cisalhamento –
caracteriza-se pelos movimentos horizontais, desligamentos,
que afetam os blocos envolvidos. Os desligamentos
classificam-se em direitos e esquerdos, consoante o
observador, colocado num dos compartimentos e de frente
para o outro, o vê deslocado, respectivamente para a direita
ou para a esquerda.
Projecção estereográfica
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Efeitos de falhamentos na topografia:
Escarpa de falha – escarpa formada em decorrência do
falhamento e localiza-se junto à falha.
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Efeitos de falhamentos na topografia:
Mudança brusca de solo e vegetação – muitas vezes uma
linha de falha separa litologias diferentes e,
consequentemente, solos e vegetações também diferentes.
Como sabemos, a vegetação é um produto do solo e este é
função da litologia e do clima.
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Feições geológicas decorrentes dos falhamentos:
A - Falha normal
B – Antes da erosão
C – Após a erosão
A - Falha inversa
B – Falha normal e as camadas são
perpendiculares ao plano
C – Após a erosão
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Feições geológicas decorrentes dos falhamentos:
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Dobras:
Os esforços produzidos nas rochas da crosta podem
produzir efeitos de fraturamento, falhamentos ou
dobramentos.
Flanco
Flanco
Flanco
Anticlinal
Charneira
Plano axial
Eixo da dobra
Anticlinal – dobra positiva (convexidade voltada para cima)
Sinclinal – dobra negativa (convexidade voltada para baixo)
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Dobras:
Cilíndrica Cónica
Irregular
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Dobras:
Rocha mais
jovem
Sinclinais
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Reconhecimento de dobras:
A partir de observações de vários pontos no campo
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4.5. Deformação dos materiais da litosfera
Reconhecimento de dobras:
A partir de sondagens
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