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Manual 2021 SAMGe

O documento apresenta o manual de aplicação do SAMGe, um sistema de análise e monitoramento de gestão de unidades de conservação. O manual descreve os passos para preencher o SAMGe, incluindo objetivos de conservação, recursos e valores, usos genéricos e específicos, ações de manejo, e como relacionar esses elementos entre si através da plataforma. Além disso, fornece exemplos ilustrados de como navegar e preencher cada seção do sistema.
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Manual 2021 SAMGe

O documento apresenta o manual de aplicação do SAMGe, um sistema de análise e monitoramento de gestão de unidades de conservação. O manual descreve os passos para preencher o SAMGe, incluindo objetivos de conservação, recursos e valores, usos genéricos e específicos, ações de manejo, e como relacionar esses elementos entre si através da plataforma. Além disso, fornece exemplos ilustrados de como navegar e preencher cada seção do sistema.
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SAMGe

Sistema de Análise
e Monitoramento
de Gestão Manual de Aplicação
Brasília/DF, Agosto de 2021
SAMGe
SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Presidente da República Equipe Técnica


Jair Messias Bolsonaro
Fabiana de Oliveira Hessel
Ministro do Meio Ambiente Felipe Melo Rezende

Joaquim Álvaro Pereira Leite Hélio da Silva Pereira


Leandro da Silva Souza
Presidente do Mariusz Antoni Szmuchrowski
Ins"tuto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade
Fernando Cesar Lorencini

Diretor de Planejamento,
Administração e Logís"ca
Luis Henrique Falconi

Coordenador Geral de
Planejamento Operacional
e Logís"ca
Hiago Usliam Paurilio Braz

Coordenador de Gestão de Projetos


e Parcerias
André Luiz Peixoto Barbosa

Chefe de Divisão de
Monitoramento e Avaliação
de Gestão
Mariusz Antoni Szmuchrowski

Revisão
Leandro da Silva Souza

Projeto Gráfico e Diagramação


Eduardo Guimarães / Mariusz Szmuchrowski
MANUAL DE APLICAÇÃO

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 8
HISTÓRICO............................................................................................................................................... 10
A LÓGICA DO SAMGe ............................................................................................................................ 12
CONHECENDO A PLATAFORMA.......................................................................................................... 13

COMO PREENCHER O SAMGe.............................................................................................................. 14


OBJETIVOS DE CONSERVAÇÃO E SEUS RECURSOS E VALORES ....................................................... 19
Objetivos ............................................................................................................................................. 19
Passo 1 – Dados da UC........................................................................................................................................................... 21
Recursos e Valores............................................................................................................................. 22
Passo 2 – Objetivos/RV...................................................................................................................... 23
Espacializando RV................................................................................................................................ 28
Para atualizar preenchimento anterior dos RV ................................................................................... 30

USOS GENÉRICOS E ESPECÍFICOS.............................................................................................. 31


Usos Genéricos................................................................................................................................... 31
Usos Específicos.................................................................................................................................. 31
Classificação Legal dos Usos............................................................................................................... 37
Avaliação de impactos dos Usos........................................................................................................ 38
Passo 3 – Usos..................................................................................................................................... 46
Espacializando os Usos........................................................................................................................ 50
Para atualizar o preenchimento anterior dos usos.............................................................................. 51

AÇÕES DE MANEJO........................................................................................................................ 52
Passo 4 – Ações de Manejo ................................................................................................................ 54
Espacializando as Ações de Manejo .................................................................................................. 56
Para atualizar o preenchimento anterior das Ações de Manejo........................................................... 57

INTER-RELAÇÃO DAS AÇÕES DE MANEJO X USOS................................................................ 58


Passo 5 – Ações de Manejo x Usos ...................................................................................................... 59
Para atualizar o preenchimento anterior: Ações x Usos ..................................................................... 60

INTER-RELAÇÃO DOS RV X USOS X AÇÕES DE MANEJO...................................................... 61


Passo 6 – RV x Usos x Ações de Manejo............................................................................................ 62
Para atualizar preenchimento anterior: RV x Usos x Ações de Manejo ............................................. 64

PROCESSOS.................................................................................................................................... 65
Passo 7 – Processos ........................................................................................................................... 66
Para atualizar o preenchimento anterior: Processos........................................................................... 67

FINALIZANDO O PREENCHIMENTO DO SAMGE ....................................................................... 68


Fluxo de validação e entrega do preenchimento................................................................................. 68
Diagnóstico de Gestão ........................................................................................................................ 69
Painel de Gestão................................................................................................................................. 71

GLOSSÁRIO...................................................................................................................................... 72

INSTITUTO
INSTITUTOCHICO
CHICOMENDES
MENDESDE DE
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
CONSERVAÇÃO - ICMB
DA BIODIVERSIDADEio io- ICMB 3
SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Lista de Figuras
Figura 01 – Diagrama das inter-relações e fluxo de preenchimento SAMGe
Figura 02 – Demonstração da página principal do SAMGe
Figura 03 – Demonstração para acessar a página de cadastro
Figura 04 – Demonstração da página de cadastro
Figura 05 – Demonstração de mensagem automática
Figura 06 – Demonstração do acesso à página da UC a ser avaliada
Figura 07 – Demonstração da página da UC após a entrada no Sistema
Figura 08 – Demonstração do botão para iniciar o preenchimento
Figura 09 – Guia de preenchimento do SAMGe
Figura 09a – Inter-relação entre os Pilares Objetivos do SAMGe
Figura 10 – Indicação de preenchimento do Passo 1
Figura 11 – Demonstração da seleção do tipo de objetivo
Figura 12 – Demonstração da seleção do objetivo de categoria
Figura 13 – Demonstração da classificação do recurso e valor
Figura 14 – Seleção da origem do fator
Figura 14a – Inserção de fotos para RV
Figura 15 – Demonstração do início da espacialização do RV
Figura 16 – Ambiente de espacialização, com os botões de ferramentas
Figura 17 – Demonstração do salvar o RV
Figura 18 – Demonstração da exclusão de um recurso e valor
Figura 19 – Representação dos usos genéricos
Figura 20 – Início da avaliação dos usos específicos
Figura 21 – Demonstração da seleção dos usos específicos avaliados
Figura 22 – Demonstração da seleção da justificativa que altera a classificação legal
Figura 23 – Indicação da classificação legal do uso como ocorre na Unidade
Figura 24 – Demonstração da marcação Entorno
Figura 25 – Demonstração da marcação dos campos TBC e voluntariado
Figura 26 – Demonstração dos eixos de avaliação dos impactos positivos e negativos
Figura 27 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos positivos
Figura 28 – Demonstração da avaliação dos impactos positivos
Figura 29 – Demonstração da avaliação dos impactos negativos
Figura 30 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos negativos
Figura 31 – Iniciando a espacialização dos usos específicos
Figura 32 – Demonstração do ambiente de mapa para espacializar os usos
Figura 33 – Indicação de preenchimento do Passo 4

4
MANUAL DE APLICAÇÃO

Figura 34 – Demonstração da seleção de Processo


Figura 35 – Demonstração da seleção e descrição da ação de manejo
Figura 36 – Demonstração da seleção do instrumento de planejamento
Figura 37 – Demonstração da avaliação relacionada dos insumos
Figura 38 – Demonstração da avaliação relacionada ao apoio
Figura 39 – Início da espacialização das ações de manejo
Figura 40 – Demonstração de ações de manejo já adicionadas
Figura 41 – Usos e Ações de Manejo
Figura 42 – Inter-relacionando as açoes de manejo com os usos específicos
Figura 43 – Demonstração da atualização do preenchimento do Passo 5
Figura 44 – RV, Usos e Ações de Manejo
Figura 45 – Correlação das ações de manejo e dos usos com os recursos e valores
Figura 46 – Lista de usos específicos para relacionar com os RV
Figura 47 – Demonstração da atualização do preenchimento anterior.
Figura 48 – Indicação de preenchimento do Passo 7
Figura 49 – Demonstração da avaliação dos processos
Figura 50 – Principais processos elencados pelo sistema e os componentes dispostos para cada um
Figura 51 – Demonstração da finalização do preenchimento e visualização do Painel de Gestão
Figura 52 – Disposição da construção dos indicadores de efetividade do SAMGe
Figura 53 – Painel de Gestão do SAMGe

Lista de Tabelas
Tabela 01 - Relação dos objetivos de categoria das unidades de conservação
federais dispostos no SNUC.............................................................................................................. 19
Tabela 02 - Critérios para avaliação dos impactos negativos dos usos.............................................. 43

ANEXOS
ANEXO - Relação dos usos genéricos e específicos disponibilizados no SAMGe.
ANEXO - Classificação legal dos usos nas unidades de conservação federais, de acordo com o SNUC.
ANEXO - Relação dos processos e ações de manejo disponibilizadas no SAMGe.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 5


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

LISTA DE SIGLAS
APA - Área de Proteção Ambiental
ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico
ARPA - Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Amazon Region Protected Areas)
CGCAP – Coordenação Geral de Criação, Planejamento e Avaliação de UC
CNUC - Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
COMAG – Coordenação de Monitoramento e Avaliação de Gestão de UC
GR - Gerência Regional
DIMAN – Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação
ENAP - Escola Nacional de Administração Pública
ESEC - Estação Ecológica
FLONA - Floresta Nacional
GEF - Global Environment Facility
GIZ - Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MONA - Monumento Natural
NGI – Núcleo de Gestão Integrada

6
MANUAL DE APLICAÇÃO

PAN - Planos de Ação Nacional


PARNA - Parque Nacional
SAMGe - Sistema de Análise e Monitoramento de Gestão
Sisbio - Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade
SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação (lei nº 9.985/2000)
RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável
RAPPAM – Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação (Rapid Assessment
and Prioritization of Protected Area Management)
REBIO - Reserva Biológica
REFAU - Reserva de Fauna
RESEX - Reserva Extrativista
REVIS - Refúgio de Vida Silvestre
RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural
RV – Recursos e Valores
TBC – Turismo de Base Comunitária
UC - Unidade de Conservação
UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for
Conservation of Nature)
WWF - World Wild Fund for Nature

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE


io - ICMB

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 7


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

INTRODUÇÃO
O Sistema de Análise e Monitoramento de Gestão – SAMGe é uma ferramenta/metodologia de
avaliação e monitoramento da gestão de unidades de conservação, de aplicação rápida e resultados
imediatos, concebida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, com o
apoio operacional do WWF-Brasil, do programa Amazon Region Protected Areas – ARPA e do Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e com o apoio financeiro da Fundação Gordon e Betty Moore, do
Projeto Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC LifeWeb e do Projeto
Regional Áreas Protegidas no Nível dos Governos Locais – APL.
O SAMGe é composto por dois elementos principais: a caracterização avaliativa e a análise dos
instrumentos de gestão. Seu preenchimento pauta-se nos objetivos por unidade de conservação – UC e
por categoria (descritos na Lei nº 9.985/2000 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação –
SNUC), bem como nos instrumentos de criação e planejamento (Decretos e planos de manejo, por
exemplo), a partir dos quais são atribuídos os recursos e valores e o usos a eles relacionados.
Assim, o SAMGe visa aferir a efetividade da gestão de unidades de conservação a partir da análise
das inter-relações dos recursos e valores - RV (o que se busca manter), dos usos (interfaces entre os RV e
a sociedade) e das ações de manejo realizadas pelo órgão gestor. Esses três elementos, em conjunto,
compõem os objetivos de gestão de uma unidade de conservação.
Toda unidade de conservação é um espaço territorial protegido. Enquanto espaço territorial, a
unidade de conservação relaciona-se com a sociedade por meio dos direitos reais (usar, colher os frutos e
dispor, por exemplo). Assim, a aferição do impacto negativo e positivo decorrente do uso na unidade é
fundamental para verificar a manutenção dos recursos e valores da unidade (efetividade) e o quanto os
usos influenciam positivamente a sociedade (alta efetividade). Além disso, torna-se relevante verificar se
as estratégias já existentes são factíveis em um primeiro momento, para, posteriormente, aferir se elas
geram os resultados esperados em termos de melhoria do estado de conservação dos recursos e valores
ou em termos de qualificação dos usos relacionados à UC.
O escopo de atuação do Sistema é direcionado, primariamente, para a unidade de conservação e
para o auxílio à gestão em âmbito local, no intuito de sistematizar e monitorar informação territorial em uma
base comum e gerar relatórios gerais ou específicos. Além disso, aproxima a sociedade da gestão das
áreas protegidas por meio de diversas formas, como o preenchimento em conselhos, a visualização de
informações e a divulgação de resultados.
As experiências de aplicação têm permitido a evolução da metodologia, auxiliando as unidades de
conservação na tomada de decisão local, além de ser, no âmbito federal, requisito obrigatório nos
processos de elaboração e revisão de planos de manejo (principal instrumento de ordenamento territorial
da UC) e para a disponibilização de recursos de compensação ambiental. O diagnóstico do SAMGe
possibilita o uso por diferentes áreas técnicas para a avaliação e o acompanhamento de processos, ações
de manejo e atividades, podendo, assim, indicar a necessidade de esforços nas áreas de pesquisa,
fiscalização, gestão de conflitos, monitoramento da biodiversidade e voluntariado, por exemplo. Tem sido
utilizado para a tomada de decisão institucional, por ser a informação de melhor compreensão do sistema
de UC na esfera federal.
Complementarmente, o Ministério do Meio Ambiente – MMA tem se valido do SAMGe como
instrumento para medir a efetividade de gestão das unidades de conservação do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, pois traz a possibilidade de qualificação das UC quanto à gestão efetiva,
conforme se destaca da meta 11 da Convenção da Diversidade Biológica: “Até 2020, pelo menos 17% de
áreas terrestres e de águas marinhas e costeiras, especialmente áreas de especial importância para a
biodiversidade e serviços ecossistêmicos terão sido conservadas por meio de sistemas de áreas
protegidas geridas de maneira efetiva e equitativa, ecologicamente representativas e satisfatoriamente
interligadas e por outras medidas espaciais de conservação e integradas em paisagens terrestres e
marinhas mais amplas”.

8
MANUAL DE APLICAÇÃO

As primeiras experiências para ampliar a aplicação do SAMGe nas esferas estaduais, distrital e
municipais ocorreram a partir da orientação de aplicação junto às UC contempladas por Projetos de
Cooperação Internacional que visam aumentar a efetividade das UC, como o ARPA, o Projeto Áreas
Marinhas e Costeiras Protegidas – GEF-Mar, o Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e
Manejo para a Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica – Mata Atlântica e o Projeto
Regional Áreas Protegidas no Nível dos Governo Locais – APL. Adicionalmente, o MMA tem avaliado
outras formas de aplicação da metodologia, a fim de auxiliar na locação de recursos e nos esforços na
gestão.
Com a interlocução do Departamento de Áreas Protegidas - DAP/MMA, alguns Estados da
Federação passaram pela capacitação do SAMGe e começaram a utilizar o Sistema para avaliar suas
unidades de conservação (Minas Gerais, por exemplo). A Bahia, o Ceará e o Tocantins, inclusive,
institucionalizaram o SAMGe no seu ciclo de gestão.
O SAMGe, em sua construção, preocupou-se em preencher lacunas existentes na gestão de
unidades de conservação. Por conta disso, sempre evitou se sobrepor a outras metodologias, no
entanto, o seu aprimoramento contínuo e amadurecimento analítico, permitiu que a ferramenta fosse
capaz de avaliar a efetividade de gestão das unidades de conservação na esfera federal, e acompanhar
a evolução da gestão neste sistema de UC, com gradativa evolução da avaliação nos estados e
municípios, utilizando os preceitos advindos dos Padrões Abertos para a Prática da Conservação.
A partir dos indicadores globais de efetividade de gestão descritos pela União Internacional de
Conservação para a Natureza - UICN, foram definidos os seis elementos que, ligeiramente adaptados,
compõem a análise do SAMGe: 1) resultados, 2) produtos e serviços, 3) contexto, 4) planejamento, 5)
insumos e 6) processos (figura 01). Já a metodologia Padrões Abertos para a Prática da Conservação é
utilizada pelo ICMBio em diferentes escopos, tais como: elaboração dos Planos de Ação Nacional (PAN)
e revisão de alguns Planos de Manejo. O SAMGe, por sua vez, utiliza lógica similar para a classificação
de elementos, permitindo a migração de parcela significativa do seu conteúdo para as plataformas de
Padrões Abertos.

1 Rapid Assessment and Prioritization of Protected Area Management.


2 Sítio eletrônico dos Padrões Abertos:http://cmp-openstandards.org.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 9


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

HISTÓRICO
Em 2010, o ICMBio, por meio da Coordenação de Avaliação e Monitoramento de Unidades de
Conservação (CAMUC), criou um Grupo de Trabalho para identificar experiências de monitoramento de
efetividade e incentivar a reflexão sobre o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento da
gestão voltada para resultados. Foram, então, elaborados diversos documentos a partir do levantamento
das experiências e da análise dos resultados decorrentes.

Já em 2013, a Coordenação de Monitoramento e Avaliação de Gestão de Unidades de Conservação


(COMAG), que veio substituir a CAMUC, retomou a discussão sobre monitoramento e efetividade,
contando com o aporte de dados relativos aos esforços de coleta já realizados pelo WWF-Brasil,
principalmente no que se refere às inter-relações entre contexto, objetivos e resultados.

Inicialmente, a construção da metodologia se deu no âmbito da própria Coordenação. Assim, no segundo


semestre de 2013, a COMAG apresentou uma proposta conceitual para a ferramenta e criou-se uma
agenda de cooperação com o WWF-Brasil para execução do Projeto de Análise e Monitoramento de
Gestão de Unidades de Conservação Federais, o que mais tarde veio a se tornar o SAMGe.

Após a elaboração da proposta inicial da ferramenta, ela foi validada pela Coordenação Geral de Criação,
Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação (CGCAP) e pela Diretoria de Criação e Manejo de
Unidades de Conservação (DIMAN) e apresentada ao MMA.

No ano de 2014, foram realizadas experiências piloto. A metodologia foi apresentada para diferentes
partes interessadas (ou stakeholders) que contribuíram de maneira significativa para seu
aperfeiçoamento.

Em 2015, a metodologia teve seu formato reformulado para atender às demandas internas e
internacionais no que se refere às análises de efetividade de gestão de unidades de conservação.

Nesse mesmo ano, realizou-se uma oficina de capacitação, em parceria com o WWF-Brasil, voltada para
pontos focais de todas as Coordenações Regionais (CR) e dos estados do bioma Amazônia para
preenchimento da ferramenta.

A primeira aplicação consistiu no preenchimento dos três elementos relacionados ao impacto territorial
decorrente da política pública (Contexto, Produtos e Serviços e Resultados), foi, portanto, uma aplicação
parcial da ferramenta e contou com a participação de 191 unidades.

Em 2016, a ferramenta SAMGe foi institucionalizada por intermédio da Portaria do ICMBio nº 306, de 31
de maio de 2016. Também em 2016, o sistema foi reformulado de forma que respondesse, além dos três
elementos já avaliados no ciclo de 2015, os elementos relacionados à gestão (Planejamento, Insumos e
Processos).

Ainda nesse ano, foi realizada uma capacitação direcionada aos pontos focais das CR, das Coordenações
da Administração Central do ICMBio e do MMA, além de gestores de algumas unidades estaduais
apoiadas pelos Programas ARPA e GEF-terrestre. Nessa capacitação, houve uma discussão conceitual
do SAMGe, além do preenchimento da planilha e da espacialização das informações.

Nesse segundo ciclo, 156 unidades federais responderam a ferramenta, além de cinco unidades
estaduais, demonstrando que o SAMGe também pode ser adaptado à realidade das UC de outras
esferas.

10
MANUAL DE APLICAÇÃO

Para o ciclo de 2017, os três elementos relacionados à gestão (Planejamento, Insumos e Processos)
foram aperfeiçoados, visando obter respostas mais consistentes para cada indicador. Assim, as
unidades tiveram que reavaliar esses três elementos, além de preencher alguns novos campos
adicionados na planilha, que tornaram a avaliação mais abrangente.

Em agosto de 2017, o SAMGe foi um dos ganhadores no 21º Concurso Inovação no Setor Público,
promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). O concurso busca valorizar
iniciativas que possam gerar melhoria na gestão das organizações e políticas públicas, contribuindo
para o aumento da qualidade dos serviços prestados à população.

Para contribuir com o processo de aprimoramento da ferramenta, uma parceria foi firmada com o
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e com o Projeto SNUC LifeWeb, com o objetivo de
migrar o sistema para uma plataforma web.

Em 2018, foi aplicado o 4ª ciclo de preenchimento do SAMGe, utilizando a plataforma web para
preenchimento do sistema e análise da efetividade da gestão de UC. O preenchimento passa a ser
realizado online, seguindo a mesma sequência lógica e gerando ao final da aplicação, um painel de
gestão e um relatório sintético com base no preenchimento.

O sistema foi estruturado de maneira a aprimorar o processo de preenchimento e de organização das


informações, incorporando informações dos preenchimentos anteriores.

Foi realizada uma capacitação direcionada aos pontos focais das Coordenações Regionais, além de
gestores de algumas unidades estaduais apoiadas pelos Projetos GEF-Mar e GEF-terrestre.

Nesse ano, 313 UC federais responderam a ferramenta, além de UC de 11 Estados, demonstrando o


potencial de uso do SAMGe para todo o SNUC.

As Coordenações Regionais do ICMBio participaram do ciclo como instâncias de validação do


preenchimento realizado pelas equipes gestoras das UC, orientando e auxiliando o preenchimento,
assim como solicitando complementação de informações e auxiliando na qualificação dos dados.

No ano de 2019 foram realizados pequenos ajustes nos indicadores da ferramenta, e incorporados
elementos no formulário que permitiram a inserção de observações, assim como o estabelecimento do
procedimento de validação de cada preenchimento pela instância de apoio.

Em 2020 foi aplicado o 6º ciclo de preenchimento do SAMGe, cuja principal evolução consistiu na
implementação do conceito de Pilares Objetivos, em que os objetivos de uma unidade de conservação
não estariam restritos aos Recursos e Valores e seus atributos, mas somados aos Usos Específicos
Incentivados e às Ações de Manejo associadas aos instrumentos de gestão, tais como Plano de
Manejo, PANs, Planos Específicos, entre outros.

Destaca-se a grande dificuldade enfrentada não somente pela instituição, mas também por nossa
sociedade em relação a Pandemia do SARS COVID-19, que impactou significativamente as relações
nos territórios avaliados. No entanto, a participação dos gestores e equipes das UC foi
consideravelmente massiva, permitindo que aproximadamente 97% destas pudessem ser avaliadas.
Destaca-se também a crescente participação dos Estados, com 216 UC diagnosticadas.

Outro fator marcante no ciclo SAMGe 2020 refletiu-se na maior participação das equipes gestoras das
UC no processo de diagnóstico, fortalecendo a compreensão coletivas dos objetivos e desafios
gerenciais do território.

A participação dos Pontos Focais das Gerenciais Regionais continuou sendo essencial para o sucesso
da aplicação do ciclo de avaliação, mas também do empoderamento destas. Destaca-se a participação
da Coordenação de Elaboração e Revisão de Planos de Manejo - COMAN, orientando as UC com plano
de manejo a mapearem as suas ações e caracterizarem o seu status de execução.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 11


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

A LÓGICA DO SAMGe
O SAMGe possui uma lógica rizomática e, a partir dela, podemos observar como interagem os elementos
que o compõem. A figura 01 apresenta a lógica de preenchimento e interação dos elementos.

MOSAICO

CR/OG

Figura 01 – Diagrama das inter-relações e fluxo de preenchimento SAMGe.

12
MANUAL DE APLICAÇÃO

Essas inter-relações permitem que a informação seja ampliada, possibilitando fazer inferências a partir
do cruzamento dos dados como: os usos que impactam os recursos e valores (RV), as ações realizadas
sobre os RV, ações realizadas nos usos, entre outros. Esse extenso cruzamento gera inúmeras
possibilidades de análises a partir da informação que se pretenda obter.

Os resultados da avaliação da gestão de UC são visualizados automaticamente após a finalização do


ciclo preenchimento. A visão sistêmica das informações de gestão é apresentada pelo Painel de Gestão
da UC.

CONHECENDO A PLATAFORMA
A plataforma do SAMGe foi concebida em ambiente WEB, após três anos de aplicação do ciclo de
avaliação do diagnóstico das unidades de conservação federais em um ambiente de planilha Excel e
espacialização realizada pelo aplicativo Google Earth. Esse período possibilitou o amadurecimento do
sistema e a indicação das diversas frentes de apoio à tomada de decisão, como preconizado pelo ciclo
de aplicação da ferramenta. A parceria firmada com o IPAM e a recebimento de recursos financeiros
advindos do Projeto SNUC LifeWeb e Áreas Protegidas Locais, somados à crescente demanda
advinda dos usuários por um ambiente mais flexível e dinâmico de aplicação do diagnóstico,
estimularam a corrida para o desenvolvimento de uma plataforma online, com arquitetura em
programas livres, e de manutenção seguindo os padrões do poder público federal.

O acesso à plataforma do SAMGe está disponível no caminho http://samge.icmbio.gov.br, a qual segue


a seguinte estrutura em sua página principal:

1. Acesso / cadastramento;

2. O QUE É: Informações gerais sobre o SAMGe;

3. COMO FUNCIONA: Acesso ao manual;

4. RESULTADOS: Acesso aos resultados a partir do preenchimento do último diagnóstico;

5. PESQUISAR POR UC: Busca de informações por unidade de conservação.

Ao acessar a plataforma (Figura 02), você poderá visualizar diversas informações sobre a ferramenta e
acessar os relatórios consolidados de anos anteriores (pdf), as planilhas consolidadas e por UC (Excel),
os painéis de resultados consolidado e por UC, assim como os documentos de orientação para o
preenchimento no ciclo atual do SAMGe, como o manual de aplicação. Além disso, ao selecionar uma
unidade de conservação pertencente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, é
possível consultar o índice de efetividade de gestão e seus indicadores globais. Ao acessar o caminho
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/criacao-de-unidades-de-conservacao/efetividade-da-
gestao-de-ucs, você terá acesso aos vídeos tutoriais da ferramenta.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 13


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Na parte referente aos resultados, você poderá ter acesso a um painel dinâmico, que permitirá efetuar
uma consulta utilizando filtros preexistentes por bioma, categoria, estado, Gerências Regionais, etc.,
de acordo com o recorte de informação desejado, possibilitando diversas análises.

Figura 02 – Demonstração da página principal do SAMGe.

COMO PREENCHER O SAMGe


O sistema só poderá ser preenchido por gestores cadastrados e autorizados. Para acessar o sistema
pela primeira vez, entre na página inicial do SAMGe, clique no botão login, no canto superior direito da
página. Na tela de acesso ao sistema, insira seu e-mail institucional e uma senha (figura 03). Ao clicar no
botão login, uma página de cadastro surgirá na tela (figura 04).

Para a realização do cadastro de gestores e representantes institucionais dos Estados e Municípios,


estes devem primeiramente fazer uma solicitação ao seu órgão gestor, indicando o servidor do órgão
que atuará como ponto focal do SAMGe em sua instituição e os nomes dos demais usuários e das
respectivas UC que serão avaliadas. Os pontos focais terão a responsabilidade de atualizar
anualmente junto ao MMA os gestores que responderão por cada UC no sistema. O órgão gestor
responsável fará a solicitação de acesso à plataforma, por ofício, à Coordenação do Sistema Nacional
de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente, enviando-o para o e-mail
[email protected].

14
MANUAL DE APLICAÇÃO

É importante ressaltar que apenas Unidades de Conservação cadastradas no Cadastro Nacional


de Unidades de Conservação (CNUC) estão aptas para preenchimento do SAMGe.

Figura 03 – Demonstração para acessar a página de cadastro.

Para efetuar o cadastro no sistema, o usuário deverá inserir o seu e-mail (preferencialmente o
institucional) e, a seguir, definir uma senha de acesso.
Em seguida, preencha a página de Cadastro que surgirá na tela:
1. Insira o código da Unidade que consta no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
(número contendo 10 dígitos) que será avaliada;
2. Confirme seu e-mail;
3. Escreva seu nome completo e CPF;

4. Confirme a senha e salve o cadastro.

Figura 04 – Demonstração da página de cadastro.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 15


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

FIQUE ATENTO!

Caso o mesmo gestor seja o preenchedor de mais de uma Unidade, como um Núcleo de Gestão Integrada,
por exemplo, os códigos CNUC de todas as Unidades deverão ser inseridos no campo CNUC.

Ao salvar, aparecerá a seguinte mensagem (figura 05):

Figura 05 – Demonstração de mensagem automática.

Assim que o acesso for liberado, uma mensagem de confirmação será enviada para o e-mail cadastrado.

Após a liberação do acesso, vá novamente para a página inicial http://samge.icmbio.gov.br e faça o login
inserindo seu e-mail (preferencialmente o institucional) e a senha. Selecione a UC por meio da busca (a)
ou clique sobre o perfil e logo em seguida, sobre o botão UC (b), assim aparecerá uma lista com os nomes
de todas as UC que você deverá avaliar (Figura 06).

Figura 06 – Demonstração do acesso à página da UC a ser avaliada.

16
MANUAL DE APLICAÇÃO

Você será direcionado para a página da UC (Figura 07), onde poderá visualizar o mapa da Unidade com
camadas de geoinformação e os dados básicos da UC, importados do Cadastro Nacional de Unidades
de Conservação. Além disso, ao selecionar um ano, estarão disponíveis a planilha, o painel de gestão e
o relatório sintético da UC, referentes ao ano selecionado, se preenchido pela UC.

Figura 07 - Demonstração da página da Unidade de Conservação após a entrada no Sistema.


Para iniciar o preenchimento de fato, selecione o ano do ciclo atual e clique sobre o botão
«Preencher SAMGe».

Figura 08 - Demonstração do botão para iniciar o preenchimento.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 17


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Assim, você será direcionado para a primeira página do preenchimento, que é composto por sete
passos, conforme figura 09, e que, ao final, irá gerar o Painel de Gestão.

Figura 09 - Guia de preenchimento do SAMGe.

TOME NOTA!

Ao iniciar o preenchimento o sistema trará as informações do ano do último preenchimento realizado.


Algumas informações podem não ter sido migradas para a plataforma, em virtude de atualizações realizadas
nos campos de preenchimento. O usuário deverá reavaliar e atualizar esse preenchimento e, quando for o caso,
deverá acrescentar novas informações ou suprimir as que não mais condizem com a realidade atual da UC.

FIQUE ATENTO!

As UC que realizaram a espacialização a partir de 2019 terão o resgate dos vetores / desenhos para o ciclo atual,
porém terão que validar cada um dos polígonos. Por essa razão recomendamos que não se faça o
carregamento / upload de arquivos que contenham excessivo quantitativo de polígonos, pois o sistema não foi
preparado para a validação conjunta dos elementos. Recomendamos que as feições representem elementos
genéricos a serem espacializados / vetorizados. Caso ocorra erro na validação, recomendamos que seja
ignorada esta etapa e apenas salva a inserção o formulário preenchido.

Recomenda-se realizar a espacialização da UC, pois é uma ferramenta importante para a compreensão
da dinâmica territorial.

18
MANUAL DE APLICAÇÃO

OBJETIVOS DE CONSERVAÇÃO E SEUS


RECURSOS E VALORES
Objetivos

Os objetivos identificam os motivos legais para a criação de uma determinada UC e exprimem as


respostas que se espera da política pública de conservação da natureza. No mesmo sentido, eles são
os motivos que justificam a intervenção pública na melhoria do estado de conservação de determinado
atributo e nos usos relacionados às UC. Atualmente, os objetivos destacados no Plano de Manejo ou
Planos Específicos poderão ser inseridos como Objetivos de Unidade.

• Preservação da natureza
ESEC
• Realização de pesquisas científicas
Proteção Integral

• Preservação integral da biota e demais atributos naturais em seus limites, sem


REBIO
interferência humana direta ou modificações ambientais

PARNA • Preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica

MONA • Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza

• Proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução


RVS
de espécies ou comunidades da flora e da fauna residentes ou migratória

• Proteger a diversidade biológica


APA • Disciplinar o processo de ocupação
• Assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais

• Manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local


ARIE • Regular o uso admissível, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de con-
servação da natureza
• Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais
• Realização de pesquisas científicas com ênfase em métodos de uso sustentável
Usos sustentável

FLONA
de floresta nativa
• Conservação da natureza
• Proteger os meios de vida das populações
• Proteger a cultura das populações
RESEX
• Assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade
• Conservação da natureza
• Realizar estudos técnicos-científicos sobre o manejo econômico de recursos
REFAU faunísticos
• Conservação da natureza
• Preservar a natureza
• Valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do
ambiente das populações
RDS
• Assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria
dos modos e da qualidade de vida
• Assegurar exploração dos recursos naturais das populações
RPPN • Conservar a diversidade biológica

Tabela 01 – Relação dos objetivos de categoria das Unidades de Conservação federais dispostos no SNUC.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 19


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Desde o ciclo SAMGe 2020 tem-se compreendido que os Objetivos de Gestão estão centrados em três
Pilares Objetivos, expressos nos Recursos e Valores, por meio dos seus atributos de conservação, dos
Usos Incentivados, conforme o regramento de cada categoria e seu instrumento regulatório, e das
Ações de Manejo direcionadas pelos Instrumentos de Gestão (Planos de Manejo, PAN, e outros). Essa
adaptação visa alinhar-se aos preceitos dos Recursos e Valores Fundamentais presentes na nova
abordagem metodológica para a elaboração dos Planos de Manejo na instituição, assim como tornar
evidente que não somente os atributos de conservação são essenciais para a gestão e a conservação,
mas sim os estímulos para determinados usos (INCENTIVADOS) conforme a categoria de gestão, e a
aplicação de ações de manejo respaldadas por instrumentos de gestão que são fundamentais para a
implementação e consolidação das unidades de conservação.

Figura 09a - Inter-relação entre os Pilares Objetivos do SAMGe.

20
MANUAL DE APLICAÇÃO

Passo 1 – Dados UC
No primeiro passo, teremos a exposição das informações que constam no Cadastro Nacional de
Unidades de Conservação – CNUC, as quais deverão ser verificadas e, caso haja alguma divergência,
os gestores deverão solicitar a alteração junto ao ponto focal de seu órgão gestor responsável pelo
cadastro de UC no CNUC.

Em seguida, clique no campo “quem preenche” (Figura 10) e selecione uma opção entre as fornecidas
(gestor, equipe, conselho ou GR/OEMA). Logo após, escreva o (s) nome (s) do (s) responsável (is) pelo
preenchimento atual.

Ao finalizar, salve as informações e siga para o próximo passo: Preenchimento dos Objetivos/RV.

Figura 10 - Indicação de preenchimento do Passo 1.

FIQUE ATENTO!

O preenchimento em equipe favorece o planejamento integrado e estratégico dos dados registrados no


diagnóstico da UC, a partir do prisma de uma equipe multidisciplinar. Por isso, recomenda-se realizar o
preenchimento do SAMGe com a equipe da UC, de forma a qualificar as informações e possibilitar
diálogos entre os diferentes representantes da equipe.
E ainda, recomenda-se o preenchimento e/ou apresentação do diagnóstico da gestão do SAMGe nos
conselhos das UC, de forma a garantir o envolvimento da sociedade e ampliar a transparência da gestão.

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Cada UC deverá indicar seus objetivos de conservação, a partir da seleção do objetivo de unidade ou
objetivo de categoria. Os objetivos de categoria estão dispostos na Lei do SNUC (Tabela 01) e os de
Unidade são estabelecidos pelo decreto de criação da UC, pelo planejamento específico e pelos
objetivos estratégicos institucionais.

Ademais, os objetivos da Unidade podem incluir os objetivos descritos no plano de manejo, os quais
subsidiam a elaboração dos propósitos da UC na nova metodologia de elaboração de planos de manejo
– Foundation Document .

TOME NOTA!

Recomenda-se iniciar o preenchimento pelos objetivos de unidadee, quando descritos todos os Recursos e
Valores associados a estes objetivos, avançar para a descrição dos objetivos de categoria.

Recursos e valores (RV)


Os Recursos e Valores são aqueles aspectos ambientais (espécies, ecossistemas, ou processos
ecológicos), sociais (bem-estar social), econômicos, culturais, históricos, geológico/paisagísticos,
incluindo serviços ecossistêmicos e outros atributos baseados em experiências, histórias, cenas, sons,
cheiros, que em conjunto são representativos de toda a UC e serão levados em conta, prioritariamente,
durante os processos de planejamento e manejo porque são essenciais para atingir o objetivo da UC.

FIQUE ATENTO!

Os Recursos e Valores estão intimamente ligados ao ato legal de criação da UC, sejam pelos objetivos de
categoria, sejam pelos objetivos de unidade que, em outras palavras, são as respostas que a sociedade
espera de determinada política pública.

Os recursos e valores são divididos em: biodiversidade; serviços ecossistêmicos; geodiversidade e


paisagens; socioeconômico e histórico-cultural.

Biodiversidade
Por biodiversidade entende-se “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies
e de ecossistemas.” (art 2º, III, Lei nº 9.985/2000).

Como exemplos, podemos citar: remanescentes de vegetação do Cerrado, espécies nativas, fauna
ameaçada e endêmica, Savana de altitude, diversidade marinha, comunidade de aves aquáticas, banco
de corais, floresta ombrófila mista, etc. Incluem-se, ainda, processos ecológicos que não são serviços
ecossistêmicos.

22
MANUAL DE APLICAÇÃO

Serviços Ecossistêmicos
Os serviços ecossistêmicos “são bens e serviços fornecidos pelo meio ambiente que beneficiam e
mantêm o bem-estar das pessoas. Estes serviços vêm de ecossistemas naturais [...] e modificados [...].
São aqueles benefícios que a área protegida presta à sociedade4”.

Dentre eles, temos: suprimento de água, matéria-prima (castanha, palmito), regulação climática,
conservação do solo, recursos genéticos e medicinais (óleos, copaíba), cobertura vegetal original
(contribuindo para recarga de aquíferos), entre outros.

Geodiversidade e Paisagens

A geodiversidade pode ser definida como “a gama natural de aspectos geológicos (pedras, minerais e
fósseis), geomorfológicos (forma de relevo, topografia e processos físicos) e hidrológicos. Inclui ainda
5
seus conjuntos, estruturas, sistemas e contribuições para as paisagens ”.

Complementarmente, também podemos entender que “é a versão abiótica equivalente à


biodiversidade e é, portanto, muito mais um complemento natural da biodiversidade do que um aspecto
6
separado e dissociado dela .
São exemplos de recursos e valores de geodiversidade e paisagens: formação geológica especial
(como as dunas), paisagem de beleza cênica excepcional (Cataratas do Iguaçu), processos
geológicos, sítios paleontológicos, formação espeleológica, áreas alagadas, integridade da paisagem,
sistemas hídricos (corpos d’água, cachoeiras, corredeiras), paisagens naturais, entre outros.

Socioeconômico

São recursos e valores que trazem benefícios econômicos e contribuem para o bem-estar (material
necessário para uma “vida boa”, saúde, boas relações sociais, segurança, liberdade e escolha) da
população associados direta ou indiretamente às UC.

Exemplos: turismo de base comunitária gerando emprego e renda, áreas naturais para conscientização
ambiental, recreação e desenvolvimento socioeconômico associado.

Histórico-Cultural

RV Histórico: é entendido como o conjunto de bens que contam a história de uma geração por meio de
sua arquitetura, vestes, acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas, meios de transportes,
obras de arte, documentos, etc7.
Já os RV Culturais podem ser divididos em:

RV Cultural (intangível): são elementos culturais que não são materiais e não podem ser fisicamente
tocados ou observados. Dentre os exemplos, incluem-se identidade cultural, conhecimento cultural ou
tradicional, práticas culturais.8
RV Cultural (tangível): são elementos físicos ou espaços que têm grande importância cultural, como,
por exemplo, sítios arqueológicos, templos, ruínas, bosques sagrados e cemitérios9.

Dentre os exemplos de RV Histórico-Cultural, podemos citar: modo tradicional de pesca e


extrativismo; pinturas rupestres, vestígios pré-históricos e históricos (PARNA Serra da Capivara);
Real Fábrica de Ferro (FLONA Ipanema).
4 http://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/143-economia-dos-ecossistemas-e-da-biodiversidade :
publicação “Integração de serviços ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento”.
5 e 6 Worboys, Graeme. et al Protected Area Governance and Management ANU Press— Austrália, 2015.
7 «Uma mudança do olhar em favor do Patrimônio» http://periodicos.unisanta.br/index.php/hum/article/download/121/226
8 e 9http://cmp-openstandards.org/wp-content/uploads/2016/07/Incorporating-Social-Aspects-and-Human-Wellbeing-in-
Biodiversity-Conservation-Projects-v.-2.0-July-2016.pdf

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Faz parte da metodologia avaliar os RV conforme a necessidade ou não de intervenção do Estado. Para
isso, eles poderão ser classificados como conservação ou intervenção.

O primeiro indica que o RV se encontra no estado desejado de conservação. Já o segundo indica que o RV
necessita de ação de manejo preventiva ou de recuperação de danos recorrentes, ou de impactos
negativos de lenta ou difícil recuperação, ocorridos anteriormente. Como exemplo, temos mineração e
espécies exóticas invasoras.

TOME NOTA!

Quando o fator de intervenção for relacionado à espécie exótica, indicar a espécie (nome científico,
preferencialmente) e o impacto causado ou em curso. Exemplo: Javali (Sus scrofa), causando erosão em
corpos d`água e esgotamento de nascentes.

Para os RV considerados em intervenção, será necessário descrever o fator que tem levado esse RV a
essa situação e, adicionalmente, identificar a origem desse fator (fatores naturais/seminaturais ou fatores
antrópicos).

Para a metodologia, considera-se:

Fatores naturais ou seminaturais – processos naturais (fogo, erosão, inundação, etc) ou processos
naturais intensificados pela intervenção antrópica, tais como o fenômeno da maré vermelha e
assoreamento acelerado de cursos d’água pela supressão da vegetação, dentre outros.

Fatores antrópicos – referem-se a processos não-naturais, decorrentes da ação humana direta ou


indireta (desmatamento, alteração do curso d´água, etc).

A fonte da informação relacionada ao RV (fonte primária ou secundária) também deverá ser indicada:

Fonte primária – caracteriza por ser uma informação original, sendo muitas vezes o primeiro registro de
alguma informação. São as produzidas diretamente pelo autor da pesquisa. Exemplos: artigos de
periódicos; patente; relatórios; teses e dissertações; normas técnicas, observação em campo, etc.

Fonte secundária – é a informação filtrada e organizada, a partir da seleção e revisão das fontes.
Exemplos: enciclopédias, dicionários, manuais, tabelas, revisão de literatura, monografias, anuários, base
de dados, entre outros.

24
MANUAL DE APLICAÇÃO

Passo 2 – Objetivos/RV
Neste passo serão preenchidas as informações acerca dos objetivos e dos Recursos e Valores. Ao
clicar sobre o primeiro campo em branco (área em destaque), você poderá selecionar o tipo de
objetivo: categoria ou unidade (Figura 11).

Figura 11 – Demonstração da seleção do tipo de objetivo.

Se o objetivo selecionado for de categoria, no campo seguinte haverá uma lista suspensa com as
opções possíveis para a categoria da UC avaliada (Figura 12).

Figura 12 – Demonstração da seleção do objetivo de categoria.


Caso o tipo de objetivo selecionado seja de unidade, você deverá escrever o objetivo estabelecido no
decreto de criação, no planejamento específico da UC ou nos objetivos estratégicos institucionais.
Lembrando que os objetivos de unidade podem incluir, também, os objetivos previstos no plano de
manejo da UC.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 25


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

FIQUE ATENTO!

Ao caracterizar um RV, leve em consideração que este deve representar algum atributo ecológico,
histórico-cultural, paisagístico, geológico e social que possa motivar a existência de um Uso ou
Ação de Manejo.

Em seguida, faça o preenchimento dos Recursos e Valores (aquilo/atributo que se quer manter).

TOME NOTA!

É imprescindível que haja aspectos ambientais (espécies, ecossistemas ou processos ecológicos) dentre os
listados; Os RV sociais e culturais devem ser relacionados aos aspectos ambientais, sempre que possível.*.
* A UICN identifica a conservação da natureza como “o propósito primário [...] de áreas protegidas. Dessa
forma, a natureza se sobrepõe a outros valores. Por mais importantes que esses outros valores sejam, como
o turismo ou outro benefício socioeconômico, eles não podem comprometer a natureza.”10

Para preencher os Recursos e Valores, você deverá observar o objetivo descrito para, somente então,
escrever o RV relacionado diretamente a ele. Por exemplo, se uma Estação Ecológica selecionou como
objetivo de categoria “preservação da natureza”, o RV descrito deve se relacionar diretamente com
aquele, como, “banco de algas” ou “remanescente de vegetação nativa”.

Após elencar o RV, deve-se classificá-lo entre as opções disponíveis como: biodiversidade, serviços
ecossistêmicos, geodiversidade e paisagem, sócio econômico e histórico-cultural (Figura 13).

Figura 13 – Demonstração da classificação do recurso e valor.

10 Worboys, Graeme, et al Protected Area Governance and Management ANU Press - Austrália, 2015.

26
MANUAL DE APLICAÇÃO

Em seguida, avalie a situação em que esse RV se encontra: conservação ou intervenção. Se a opção


marcada for intervenção, o campo ficará vermelho, devendo-se indicar, no campo fator, qual o
agente responsável para que esse RV ficasse nesse estado (por exemplo, plantas exóticas invasoras,
fogo, enchentes, mineração, erosão etc.). No campo origem dos fatores , indique se o fator causal é
decorrente de processos naturais/seminaturais ou de origem antrópica (Figura 14).

Figura 14 – Seleção da origem do fator.

Se a marcação feita for conservação, não será necessário preencher os campos fator e origem
dos fatores.

Em seguida, é necessário selecionar a fonte da informação relacionada ao RV, se primária ou secundária.


Note que a marcação secundária estará selecionada automaticamente pelo sistema. Em caso de dúvida,
deixe a marcação automática.

Caso queira, uma foto (até 1 MB) referente ao RV descrito poderá ser anexada. Basta clicar sobre o ícone
anexo, selecionar e anexar a foto (Figura 14a).
Antes de anexar a foto no link do RV, no intuito de resguardarmos os direitos de autoria, recomendamos
.
que seja inserido por meio de um editor de imagens (Paint, Corel Draw, GIMP2, Adobe Ilustraitor,
outros) o nome do autor e data. Caso haja dificuldade, indicamos que o arquivo seja renomeado com o
seguinte padrão - nomeautor_ano_uc.jpg.
Ao final, certifique que todas as informações estão corretas e clique em salvar, antes de espacializar o RV.

Figura 14a – Inserção de fotos para RV.

TOME NOTA!

Ao certificar que todas as informações estão corretas, os gestor está apenas afirmando que avaliou ou
reavaliou as informações atentamente.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 27


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Espacializando o RV
Para finalizar a descrição do RV, você poderá espacializá-lo, mas lembre-se de salvá-lo antes de iniciar
o mapeamento. Para iniciar, clique na lupa (em destaque), conforme Figura 15.

Figura 15 – Demonstração do início da espacialização do RV.

Assim, surgirá uma janela com oslimites da UC, ambiente no qual a equipe gestora da UC poderá
efetuar a espacialização, por meio dos botões de ferramentas disponíveis, conforme demonstrado na
Figura 16.

Figura 16 – Ambiente de espacialização, com os botões de ferramentas.

FIQUE ATENTO!
Ao efetuar o upload (shapefile) de camadas de suas bases de dados, recomendamos o manejo desta para
que seja carregada apenas a feição específica (polígono) ao objeto (RV, USO ou Ação de Manejo) que se
quer mapear.

28
MANUAL DE APLICAÇÃO

No sistema estão disponibilizadas as seguintes ferramentas de espacialização:

Zoom + Aproxima o mapa.


Zoom - Afasta o mapa.
Desenhar ponto Desenha pontos.
Desenhar linha Cria uma linha ponto a ponto, ou várias linhas seguindo o mesmo ponto.
Desenhar polígono Desenha a feição a partir de linhas retas.
Editar polígono Altera a forma dos pontos, das linhas e dos polígonos criados.
Deletar polígono Apaga a feição.
Upload shapefile:
polígono, linha ou Insere um shapefile de um polígono, de uma linha, ou de um ponto.
ponto
Selecionar polígono
Salva e nomeia a feição.
para salvar Etiqueta
Ferramenta de aproximação automática entre os vértices. Permite desenhar
Ativar SNAP
polígonos adjacentes.
Desenhar polígono
Desenha a feição a partir de um raio de 1 Km englobando toda a UC.
da UC
Zoom para a UC Zoom automático para toda a área da UC
Relevo / Satélite Altera o plano de fundo: relevo ou mosaico de imagens de satélite.

Localize os RV no mapa da UC e faça a espacialização. Você poderá desenhar diversos polígonos


referentes ao mesmo RV, lembrando de salvar cada um deles no final do processo. Ao fechar a janela
de edição, salve novamente no final da página de preenchimento.

Figura 17 – Demonstração do salvar o RV.


Repita o mesmo procedimento para cada RV elencado. Sempre salve as informações antes de seguir
para o próximo passo.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 29


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Para atualizar preenchimento anterior dos RV

Quando já houver preenchimento de anos anteriores, o gestor deverá ler todas as informações sobre cada
RV elencado, podendo excluir ou acrescentar novos RV (Figura 18). Aproveite para revisar cada objetivo
de conservação e RV descrito, e realizar as atualizações necessárias para registrar a realidade de gestão
neste ano. Recomendamos que para os preenchimentos de RV que estão sendo resgatados, que se
Salve antes de efetuar qualquer alteração como, inserção ou remoção de novo RV.

Figura 18 – Demonstração da exclusão de um recurso e valor.

Se houver RV em estado de Intervenção, os campos fator e origem dos fatores deverão ser preenchidos
obrigatoriamente, antes de avançar para o próximo passo. Indique ou atualize a fonte da informação, se
primária ou secundária.

Revise também a espacialização realizada dos Recursos e Valores ou faça o mapeamento, caso este
ainda não tenha sido feito.

FIQUE ATENTO!

Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização dos RV neste ciclo de avaliação, para que o
sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e salvar cada
polígono, individualmente.

30
MANUAL DE APLICAÇÃO

USOS GENÉRICOS E ESPECÍFICO


Usos Genéricos
Os usos são as relações de direitos reais (usar, colher os frutos e dispor) entre os Recursos e Valores
(bens tangíveis e intangíveis a serem mantidos na UC) e a sociedade, independente da atuação estatal.
Eles são divididos inicialmente em oito usos genéricos (Figura 19).

Figura 19 – Representação dos Usos Genéricos.

Esses usos genéricos englobam as formas de acesso aos recursos das UC por meio de diversas
modalidades de usos específicos que, por sua vez, serão enumerados, avaliados e espacializados.

Usos Específicos
Para cada uso genérico, uma lista de usos específicos será disponibilizada. A partir dos usos
específicos selecionados é que o usuário irá descrevê-los, como forma de detalhar ainda mais as
informações sobre o uso em questão. Por exemplo, no caso da pesca, características como “artesanal”
ou “industrial” dão particularidade ao uso específico, elemento determinante na avaliação do uso e
das ações de manejo.

Descrição dos Usos Específico


A definição proposta para o uso pesquisa científica é toda e qualquer pesquisa a ser realizada
na unidade e que acesse recursos de forma direta ou indireta, sendo que, na esfera federal, é aquela
regulada pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – Sisbio. O uso “pesquisa
científica” poderá ser avaliado de forma conjunta. Porém, cabe ao gestor, caso entenda pertinente,
avaliar diferentes pesquisas científicas realizadas, separadamente. Essa opção é adequada quando o
impacto decorrente de alguma pesquisa é diferenciado ou quando o planejamento a ser proposto é
muito específico para o uso.

Note que a “pesquisa científica”, para todas as categorias, é classificada legalmente como uso
incentivado. Vale destacar que, todos os usos Incentivados, mesmo que de forma diferenciada, são
objetivos de categoria, destacando a questão da visitação e educação ambiental nas UC. Indica-se que
a pesquisa com ênfase em métodos de uso sustentável de floresta nativa é incentivada somente
na categoria Floresta Nacional. Já a pesquisa voltada para a conservação da natureza e qualidade
de vida das comunidades tradicionais como uso incentivado nas categorias Resex e RDS.

FIQUE ATENTO!

Ao se preencher a pesquisa científica, leve em consideração a realização da pesquisa em si, e não o objeto da
pesquisa. Dessa forma, caso esteja descrevendo uma pesquisa científica relacionada ao fogo, por exemplo, o
que deve ser considerado, inclusive para a avaliação do impacto desse uso, é a realização da pesquisa e não
o impacto que o fogo pode causar dentro e no entorno de uma unidade.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 31


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

A categoria visitação e turismo é o uso público por excelência, tendo pautado inúmeras criações e
manutenções de áreas protegidas no mundo. Como usos específicos, estão as diferenciações que a Lei
adota, sendo que o conceito para cada uma delas não é unânime. Para fins da presente metodologia, a
classificação é assim descrita:

• Atividades de educação ambiental: são aquelas que ocorrem na unidade independente de uma educação
formal. São as atividades de educação ambiental realizadas pela unidade, geralmente por meio de um
agente condutor.

• Atividades de interpretação ambiental: é um conjunto de estratégias de comunicação destinadas a


revelar os significados dos recursos ambientais, históricos e culturais, a fim de provocar conexões
pessoais entre o público e o patrimônio protegido.

• Visitação para fins educacionais: é aquela onde o planejamento, a execução e o monitoramento da


atividade são estruturados de modo a atingir os objetivos educacionais cognitivos, comportamentais e/ou
atitudinais propostos.

• Recreação em contato com a natureza: são as atividades de recreação que, eventualmente, podem ser
realizadas no interior de unidades de conservação. Citam-se, como exemplo, as caminhadas, as trilhas de
bicicleta, as escaladas, entre outras.

• Turismo ecológico: é o realizado com a finalidade de contato com atributos naturais e ecológicos,
reforçando a experiência de contato com a natureza. O uso “observação de fauna” enquadra-se nesse uso
específico.

• Turismo: é o realizado nas unidades de conservação, mas não necessariamente está relacionado ao
aspecto natural, pois as unidades de conservação nem sempre possuem atributos exclusivamente
naturais, sendo possível a existência de atributos históricos, culturais, dentre outros, que possam gerar
interesse de visitação, como, por exemplo, visita ao Cristo Redentor no Parque Nacional da Tijuca.

• Visitação sem ordenamento: é toda e qualquer visita, mesmo que seja análoga às supradescritas, mas
que não possua instrumento regulatório válido, tornando-se uma visitação sem ordenamento. Ela é
considerada um uso vedado para todas as categorias.

• Visitação em área de cunho religioso: é a visitação realizada em sítios de importância religiosa,


localizados dentro de unidades de conservação.

• Empreendimento turístico: estabelecimento que se destina a prestar serviços de alojamento mediante


remuneração, compreendendo o conjunto de estruturas, equipamentos e serviços complementares.

Como propriedade intelectual derivada, entende-se a proveniente do acesso ao recurso. Assim, cabem
tanto as criações artísticas cobertas pelos direitos autorais, quanto as propriedades industriais, como
patentes, desenhos industriais ou marcas.

Com relação aos direitos autorais, tem-se, normalmente, o uso de imagem, tanto para uso privado, quanto
para uso comercial. Além disso, pode ser citada a composição de músicas a partir de sons gravados em
unidades de conservação.

Com relação à propriedade industrial, tem-se as patentes provenientes de acesso aos recursos genéticos
ou as marcas que exploram atividades em unidades de conservação, como autorizadas, licenciadas e
concessionárias.

• Acesso a recurso genético: conforme a Convenção sobre Diversidade Biológica, é o acesso a todos os
organismos vivos (plantas, animais e microrganismos) que carregam material genético potencialmente útil
aos seres humanos. Pode ser proveniente de ambientes em que ocorram naturalmente (in situ) ou de
coleções criadas pelos seres humanos, tais como os jardins botânicos, bancos de germoplasma, bancos
de sementes ou coleções de culturas microbianas (ex situ).

32
MANUAL DE APLICAÇÃO

• Empresa autorizada (marca): Instituição/empresa formalmente autorizada a utilizar a marca "Parque"


para a produção e associação em produções televisivas, cinematográficas e publicitárias.

• Concessionária (marca): Entidade privada responsável para prestação de serviço público de forma
indireta na unidade de conservação, mediante licitação, por prazo determinado.

O uso de solo decorre das relações estabelecidas no que se refere ao exercício dos direitos de domínio
sobre a terra, conforme disposto no Código Civil Brasileiro.

A posse é um fato que gera direito de usar e colher os frutos. Ela se dá nos casos em que os usuários
não são os titulares da terra. Já no caso de propriedade, o usuário pode também dispor da coisa
(vender, doar).

Como usos específicos sugeridos, temos:

• Moradias: referem-se ao uso tradicional de qualquer posse ou propriedade. Elas são assim
denominadas quando servem como base para núcleo familiar, cabendo, dentro do presente, desde as
moradias de ribeirinhos até os condomínios verticais. Enquadram-se como moradia, as roças e a
criação animais para fins de subsistência. A moradia pode ocorrer em área de propriedade ou em
área de posse.

• Moradia (população tradicional beneficiária: moradia exclusivamente caracterizada pela ocupação


por populações tradicionais residentes no interior da unidade de conservação.

• Agricultura: refere-se à produção. É o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o
objetivo de obter alimentos, fibras, energia, matérias-primas para roupas, construções, medicamentos,
ferramentas, ou apenas para contemplação estética ex situ. A agricultura pode ocorrer em área de
propriedade ou em área de posse.

• Pecuária: refere-se à criação de animais de grande, médio ou pequeno porte para fins comerciais.
Enquadram-se nesse caso a criação de bois, porcos, aves, cavalos, ovelhas, coelhos, búfalos, entre
outras. A pecuária pode ocorrer em área de propriedade ou em área de posse.

• Pecuária (animais de grande porte): válido exclusivamente para FLONA e RESEX, são permitidas as
criações de animais de grande porte desde que exercidas por populações tradicionais habitantes das
UC antes de suas criações.

Pecuária de pequeno porte e de cunho complementar: uso aplicado exclusivamente em RESEX, com a
finalidade de identificar criações para subsistência / consumo próprio das comunidades residentes.

• Estrutura administrativa da UC: refere-se à sede ou base da unidade de conservação e toda estrutura
administrativa associada, como sala de reuniões / eventos, centros de visitantes, banheiros e outras
construções.

- Posse de má-fé / ocupação e grilagem: A posse é de má-fé quando aquele que a está exercendo sabia
ou não ignorava o vício, ou o obstáculo que impedia a aquisição da coisa. Um exemplo clássico deste
tipo de posse é quando o adquirente da coisa (móvel ou imóvel), por negligência ou grosseira, sabia ou
não ignorava que a coisa não pertencia ao alienante. Outro exemplo comum de posse de má-fé é a
invasão de terra na qual a propriedade é conhecida, ou seja, tem consciência de que já tem proprietário.

A posse boa-fé pode vir a se tornar de má-fé quando as circunstâncias fazem presumir que o possuidor
passou a não mais ignorar que possui indevidamente. Um exemplo dessa hipótese é quando uma
pessoa adquire a posse de um bem, deixa de quitar com as prestações junto ao alienante e permanece
no imóvel. Desta forma, uma posse que era justa e de boa-fé, passa a ser de má-fé.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 33


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

- Área urbana: É o espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação contínua e pela
existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de serviços públicos que possibilitam a
vida da população.

- Atividade industrial: Consiste no processo de produção que visa transformar matérias-primas em


mercadoria através do trabalho humano e, de forma cada vez mais comum, utilizando-se de máquinas.

• Açude para dessedentação: com a finalidade de represar água para ser usada na dessedentação dos
animais, apenas.

• Outras atividades comerciais: referem-se às atividades que ocorrem dentro das unidades de
conservação e não estão diretamente relacionadas com as atividades rurais supradescritas ou com as
atividades de moradia. São exemplos: comércios, pousadas, hotéis, hotéis fazenda, resorts, entre outras.

O uso de fauna é todo e qualquer uso direto de recursos faunísticos, no todo ou em parte, silvestre (nativos
ou exóticos), dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gere impacto relevante na UC.
Engloba a caça, a pesca, a aquicultura, a apicultura e a coleta de indivíduos em qualquer fase da vida,
ovos, pele, dentre outros.

Lembrando que cada um dos usos pode apresentar subdivisões que poderão ser adotadas conforme
entendimento de quem preenche o painel de gestão.

• Caça: “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou da rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo
com a obtida”. (Lei 9.605/1998).

• Pesca: “toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros”. Segundo a Lei 11.959/2009, ela pode ser dividida em:

I – comercial:
a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime
de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado,
podendo utilizar embarcações de pequeno porte;

b) industrial: quando envolver pescadores profissionais, empregados ou em regime de parceria por cotas-
partes, utilizando embarcações de pequeno, médio ou grande porte, com finalidade comercial.

II – não comercial:
a) amadora: quando praticada com equipamentos ou petrechos previstos em legislação específica, tendo
por finalidade o lazer ou o desporto;

b) de subsistência: quando praticada com fins de consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e
utilizando petrechos previstos em legislação.

• Coleta: obtenção de organismo silvestre animal ou microbiano, seja pela remoção do indivíduo do seu
habitat natural, seja pela colheita de amostras biológicas.

TOME NOTA!

A coleta e a pesca experimental com finalidade científica devem ser avaliadas no campo próprio de “pesquisa
científica”, por se tratarem de uma etapa necessária à pesquisa.

34
MANUAL DE APLICAÇÃO

Ÿ Aquicultura: difere-se da pesca por ser baseada no cultivo de organismos aquáticos, geralmente em
espaço controlado e confinado, para produção e exploração comercial. Exemplos: piscicultura e
carcinicultura11.

Ÿ Apicultura silvestre: atividade de criação de abelhas com ferrão para a produção de mel, própolis,
geléia real e outros produtos12.

Ÿ Meliponicultura: atividade de criação de abelhas sem ferrão para extração de mel, própolis, geléia
real e outros produtos11.

Por uso de flora, entende-se todo e qualquer uso de recursos florísticos, nativos ou plantados,
inseridos dentro da unidade de conservação, ou no entorno, e que gere impacto relevante na UC.

Engloba, para todos os efeitos, toda e qualquer extração de recursos madeiráveis ou não, como
desmatamento para extração de madeira, extrativismo de sementes, cascas, folhas, bulbos, ou seja, a
extração de um ser vivo vegetal no todo ou em parte.

São divididos em:

Ÿ Extrativismo vegetal: consiste na retirada de produtos vegetais que estão presentes na natureza,
como gravetos, cipós, galhos secos, borracha, seivas, frutos selvagens, sementes, flores, folhas,
cascas e etc.

Ÿ Extração madeireira: consiste na colheita da madeira, podendo compreender o corte ou a


derrubada, a extração, o desgalhamento, o descascamento, o carregamento e o consequente
transporte com fins de transformação industrial. Possui cunho econômico.

Ÿ Extração de madeira sustentável e complementar: refere-se à extração de madeira para consumo


de famílias residentes. Pode ser comercializada em pequena escala, sem visar lucro.

Ÿ Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais: qualquer forma de extração e/ou extrativismo
madeireiro ou não madeireiro. Esse uso também é objetivo de categoria em Floresta Nacional.

O uso genérico denominado uso de recurso abiótico considera os casos em que determinado recurso
que está sendo utilizado diretamente não é biológico, ou seja, esse uso não se enquadra em recursos
de flora e nem de fauna. Enquadram-se nesse uso os casos da extração mineral (todo o seu processo,
incluindo seus rejeitos) e da extração de água mineral (com finalidade estritamente comercial) e
extração de petróleo em unidades de conservação, inclui-se neste uso, a extração de gás.

Na utilidade pública e interesse social temos a prevalência de situações que demandam bastante
das unidades de conservação sobremaneira. Sendo assim, sob a égide desse uso, existem situações
que, apesar do alto impacto negativo que por vezes geram, podem ocorrer por se tratarem do interesse
prevalente da sociedade como um todo. São sugeridos como usos específicos: disposição de resíduos;
captação de água; servidão de passagem terrestre (rodovias, estradas de terra, e vicinais); Servidão de
passagem fluvial e marítima (hidrovias); geração de energia; transmissão de energia; atividade
portuária; torre de comunicação; açude (com a finalidade de represar água para ser usada na geração
de força, na agricultura e no abastecimento de populações); gasoduto/oleoduto/granduto/mineroduto;
cemitério; sinalização náutica e área de exercício militar.

11 Adaptado do site https://www.embrapa.br/e-campo/meliponicultura


12 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/o-que-e-apicultura/4593

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

TOME NOTA!

O uso utilidade pública e interesse social é classificado ordinariamente como vedado, por demandar de
licenciamento ambiental ou outras autorizações específicas, cabendo a alteração da sua classificação legal, em
todas as categorias, caso haja licença válida e apta a permitir o uso.

FIQUE ATENTO!

Os açudes podem ser classificados como utilidade pública e interesse social, quando utilizados para fins
de abastecimento humano ou geração de energia, ou como uso do solo quando utilizados somente para a
dessedentação de animais de criação.

Ÿ Gasoduto / oleoduto / granduto / mineroduto / cabeamento de comunicação: envolve as estruturas de


transporte de gás, óleo, grãos ou minerais:

- Gasoduto é uma tubulação utilizada para transportar gás natural de um lugar para outro;
- Oleoduto é uma tubulação fechada que é utilizada para transportar petróleo e seus derivados;
- Granduto é um sistema de transporte de grãos por arrasto, no interior de tubos, através de
pastilhas e corrente;
- Mineroduto é um duto ou tubulação por onde se transporta minério de um lugar para outro;
- Cabeamento de comunicação corresponde às redes físicas compostas por cabos por cabos de
cobre ou fibra ótica, interligando regiões.

Ÿ Infraestrutura urbana: são compostos por equipamentos de suporte urbanos, tais como vias de acesso,
avenidas, hospitais, escolas, áreas residências urbanas e comerciais.

TOME NOTA!

Se no preenchimento for descrito algum uso específico relacionado à espécie exótica, mesmo que indiretamente,
indicar qual a espécie (nome científico, preferencialmente) e o impacto causado. Exemplo: uso aquicultura -
criação de Tilápia (Tilapia rendalli) em açudes ou camarão-do-pacífico (Litopenaeus vannamei) no mangue.

Por vezes, é possível observar um uso dentro de outro uso, como, por exemplo, suprime-se a vegetação
com a finalidade de praticar atividades pecuárias; capta-se água e também se faz o transporte dela ou
represa-se cursos d’água para irrigação. Nessas situações, aconselhamos que seja indicada no SAMGe
apenas a atividade principal (pecuária, no primeiro caso, captação de água, no segundo e agricultura,
terceiro) e que as demais atividades associadas sejam relatadas no campo descrição.

36
MANUAL DE APLICAÇÃO

Classificação Legal dos Uso


Os usos específicos possuem uma cor sugerida para a classificação legal, que varia de acordo com a
categoria da unidade. Essa cor sistematiza o uso como: vedado (vermelho), permitido (amarelo) e
incentivado (verde). Porém, essa classificação não significa, por exemplo, que o uso vedado gera
impacto negativo, pois isso será aferido, posteriormente, com a avaliação de impacto desse uso.

A classificação legal dos usos é sistematizada da seguinte forma:


• Usos Incentivados (verde): usos que estão expressamente dispostos no SNUC ou nos
instrumentos de gestão e são ferramentas para que a unidade atinja seus objetivos de conservação ou
usos que são, também, objetivos de conservação.

• Usos Permitidos (amarelo): usos que, apesar de não estarem expressamente dispostos no
SNUC ou nos instrumentos de gestão como ferramentas para se atingir determinado objetivo, não são
proibidos.

• Usos Vedados (vermelho): usos incompatíveis para determinada categoria.

Cabe destacar que a situação fática pode gerar uma classificação distinta da sugerida pelo sistema.
Nesse caso, cabe uma seleção, no campo “situação ou instrumento que justifica a alteração da
classificação legal”, indicando qual instrumento de gestão ou situação que, presumivelmente, alterará a
classificação legal já dada para a categoria.

FIQUE ATENTO!

Somente estão cobertos com essa alteração de classificação legal do uso os casos abarcados por instrumento
legal compatível, não cabendo nos casos em que determinado uso vedado seja realizado em função de
impossibilidade da administração pública em coibir a sua realização.

Os instrumentos ou situações que possibilitam a alteração da classificação legal são:


- Plano de Manejo; - Falta de regularização fundiária; - Sobreposição com terra indígena;
- Sobreposição com território quilombola; - Termo de compromisso – Acordo de gestão;
- Anterior à criação da UC; - Decreto de criação; - Autorização para licenciamento;
- Sem ou em desacordo com licença/autorização; - Autorização direta; - Código Florestal;
- Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU); - Legislação municipal ou estadual;
- Outros direitos assegurados (decisão judicial).

TOME NOTA!

Os usos vedados que ocorrem dentro de propriedades ainda não indenizadas poderão ocorrer como
permitidos, por exemplo. Nesse caso, selecione “falta de regularização fundiária” no campo “situação ou
instrumento que justifica a alteração da classificação legal.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 37


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Avaliação de Impacto dos Usos


A partir da seleção, descrição e classificação legal dos usos, parte-se para a avaliação de seus impactos.
Dentre os impactos positivos, consideram-se os questionamentos acerca dos resultados econômicos e
sociais (com interface com o indivíduo, o entorno e a sociedade) e os resultados para a própria unidade
(resultados de conservação e manejo). Para os impactos negativos, consideram-se a severidade (quão
intenso é o impacto), a magnitude (qual é a proporção territorial ou populacional do impacto) e o grau de
irreversibilidade (avaliação da capacidade de recuperação do ambiente impactado).

O SAMGe avalia o impacto dos usos nos territórios em uma escala de -4 a 4, na qual, quanto maior, mais
positivo é o impacto do uso para a UC. Na metodologia da ferramenta, um uso avaliado entre 1 e 4 é
considerado como de impacto positivo, de -0,5 a 1, como de impacto moderado e, abaixo de -0,5, é
considerado como um desafio territorial de gestão.

Como forma de facilitar o preenchimento, foram estabelecidos cenários de impactos positivos, conforme
demonstrado abaixo e de impactos negativos (tabela 02). Assim, a valoração corresponde à ocorrência ou
não de uma série de cenários possíveis.

Cenários – Aspecto Econômico

PESQUISA CIENTÍFICA VISITAÇÃO E TURISMO

Escala Econômico Escala Econômico

Beneficia economicamente o Permite ao(s) autor(es) da pesquisa ter(em) Beneficia economicamente o


Gera bene! cios econômicos para quem
usuário ou exploradores de incremento econômico na medida em que usuário ou exploradores de
a"vidade a"vidade explora a a#vidade.
gera publicações, entre outros.

Gera bene! cios econômicos indiretos aos Gera incremento econômico local na
Beneficia economicamente o beneficiários e/ou comunidades do entorno Beneficia economicamente o medida em que permite a contratação,
entorno e/ou beneficiários na medida em que a pesquisa é relevante entorno e/ou beneficiários venda ou aluguel de produtos ou serviços
ou de interesse na cadeia produ#va. do entorno e/ou beneficiários.
Gera incremento econômico local na
Beneficia economicamente a Beneficia economicamente a medida em que permite a contratação,
sociedade Gera produtos, subprodutos ou serviços. sociedade venda ou aluguel de produtos ou serviços
de empresas nacionais e estrangeiras.

38
MANUAL DE APLICAÇÃO

Cenários – Aspecto Econômico

PROPRIEDADE INTELECTUAL DERIVADA USO DO SOLO

Escala Econômico Escala Econômico

Beneficia economicamente o Beneficia economicamente o


Gera ganhos econômicos para o(s) Gera ganhos econômicos para o posseiro ou
usuário ou exploradores de usuário ou exploradores de
a"vidade autor(es), criador(es) ou empresário(s). a"vidade proprietário.

Gera bene! cios econômicos para o entorno Gera bene! cios econômicos para o entorno
Beneficia economicamente o na medida em que permite a contratação de Beneficia economicamente o na medida em que emprega mão de obra
entorno e/ou beneficiários mão de obra local ou promove o entorno, entorno e/ou beneficiários local ou que a produção tem bene! cios
gerando bene! cios econômicos indiretos. repassados à comunidade ou entorno.
Gera bene! cios econômicos para a
Gera bene! cios econômicos para a
Beneficia economicamente a sociedade por se tratar de um uso de larga
sociedade
Beneficia economicamente a sociedade por se tratar de uma posse ou
escala, com grande alcance ou produtos sociedade propriedade com produção que a#nge os
derivados.
mercados consumidores.

USO DA FAUNA USO DA FLORA

Escala Econômico Escala Econômico

Beneficia economicamente o Os recursos faunís#cos integram a renda Beneficia economicamente o Os recursos florís#cos integram a renda dos
usuário ou exploradores de dos usuários por meio da venda ou troca de usuário ou exploradores de usuários por meio da venda ou troca de
a"vidade produtos e subprodutos. a"vidade produtos e subprodutos.

Os recursos faunís#cos estão inseridos em Os recursos florís#cos estão inseridos em


uma lógica mercadológica e/ou integram a uma lógica mercadológica e/ou integram a
Beneficia economicamente o Beneficia economicamente o
entorno e/ou beneficiários renda dos beneficiários e/ou comunidades entorno e/ou beneficiários
renda dos beneficiários e/ou comunidades
do entorno, exis#ndo a compra e venda de do entorno, exis#ndo a compra e venda de
produtos e subprodutos. produtos e subprodutos.

Beneficia economicamente a
Os recursos faunís#cos estão inseridos em Os recursos florís#cos estão inseridos em
Beneficia economicamente a
sociedade uma lógica mercadológica de larga escala de sociedade uma lógica mercadológica de larga escala de
compra e venda de produtos e subprodutos. compra e venda de produtos e subprodutos.

USO DO RECURSO ABIÓTICO UTILIDADE PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL

Escala Econômico Escala Econômico

Beneficia economicamente indivíduos na


Beneficia economicamente o Beneficia economicamente o É necessário para incremento econômico
medida em que propicia incremento
usuário ou exploradores de usuário ou exploradores de
a"vidade econômico de pessoas relacionadas à a"vidade de indivíduos.
a#vidade.

Beneficia economicamente os beneficiários É necessário para o incremento


Beneficia economicamente o e/ou comunidades do entorno, pois auxilia Beneficia economicamente o
entorno e/ou beneficiários econômico dos beneficiários e/ou
entorno e/ou beneficiários na promoção de bens e serviços
comunidades do entorno.
relacionados à a#vidade.

Beneficia economicamente a sociedade por É necessário para o incremento


Beneficia economicamente a
Beneficia economicamente a se tratar de uma a#vidade econômica de sociedade econômico de uma região, localidade ou
sociedade larga escala e com grande alcance até do país.
econômico.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 39


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Cenários - aspecto Social

PESQUISA CIENTÍFICA VISITAÇÃO E TURISMO

Escala Social Escala Social

Gera resultados sociais para o Gera incremento curricular para o(S) Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais na medida em que
usuário ou exploradores de autor(es) da pesquisa e pessoas usuário ou exploradores de melhora a qualidade de vida de quem
a"vidade relacionadas. a"vidade explora a a#vidade.

Gera incremento social na medida em que


Tem seus resultados repassados para
Gera resultados sociais para o Gera resultados sociais para o auxilia direta e indiretamente na melhoria
entorno e/ou beneficiários beneficiários e/ou comunidades do entorno. entorno e/ou beneficiários da qualidade de vida de beneficiários e/ou
São de interesse dos mesmos.
entorno.

São de interesse da sociedade na medida Gera incremento social na medida em que


Gera resultados para a Gera resultados para a
sociedade em que permitem o incremento social de sociedade propicia o incremento na qualidade de vida
forma difusa. da sociedade, de forma difusa.

PROPRIEDADE INTELECTUAL DERIVADA USO DO SOLO

Escala Social Escala Social

Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais para o autor na Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais para o posseiro ou
usuário ou exploradores de medida em que auxilia em sua profissão, usuário ou exploradores de proprietário na medida em que serve como
a"vidade gerando reconhecimento. a"vidade moradia e subsistência de família.

Gera bene! cios sociais para beneficiários Gera bene! cios sociais para beneficiários
Gera resultados sociais para o e/ou comunidades do entorno pois agrega à Gera resultados sociais para o e/ou comunidades do entorno, pois a forma
entorno e/ou beneficiários imagem local em seus aspectos sociais, entorno e/ou beneficiários de contratação é justa, com repasse de
culturais, históricos ou paisagís#cos. bene! cios, auxiliando na redução das
desigualdades.
Gera bene! cios sociais para a sociedade,
Gera bene! cios sociais para a sociedade,
Gera resultados para a pois divulga a imagem do sistema em seus Gera resultados para a
sociedade sociedade pois, além da produção de forma justa e
aspectos naturais, culturais, sociais,
ambientalmente correta, auxilia na redução
históricos ou paisagís#cos.
das desigualdades.

40
MANUAL DE APLICAÇÃO

Cenários - aspecto Social

USO DA FAUNA USO DA FLORA

Escala Social Escala Social

Gera resultados sociais para o O uso dos recursos faunís#cos é relevante Gera resultados sociais para o O uso dos recursos florís#cos é relevante
usuário ou exploradores de para a qualidade de vida dos usuários, por usuário ou exploradores de para a qualidade de vida dos usuários, por
a"vidade trazer bene! cio individual e/ou familiar. a"vidade trazer bene! cio individual e/ou familiar.

O uso dos recursos faunís#cos é relevante O uso dos recursos florís#cos é relevante
Gera resultados sociais para o para a qualidade de vida (entorno e/ou Gera resultados sociais para o para a qualidade de vida (entorno e/ou
entorno e/ou beneficiários beneficiários) ou para promover a entorno e/ou beneficiários beneficiários) ou para promover a
organização comunitária. organização comunitária.
O uso dos recursos faunís#cos é relevante O usos dos recursos florís#cos é relevante
Gera resultados para a para a sociedade na medida em que geram Gera resultados para a para a sociedade na medida em que geram
sociedade produtos subprodutos consumidos em sociedade produtos e subprodutos consumidos em
larga escala. larga escala.

USO DO RECURSO ABIÓTICO UTILIDADE PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL

Escala Social Escala Social

Gera resultados sociais para o Gera resultados sociais para o Melhora a qualidade de vida de
Melhora a qualidade de vida de cidadãos e
usuário ou exploradores de usuário ou exploradores de
a"vidade residentes relacionados à a#vidade. a"vidade indivíduos.

Melhora a qualidade de vida de


beneficiários e/ou comunidades do entorno Melhora a qualidade de vida de
Gera resultados sociais para o Gera resultados sociais para o
entorno e/ou beneficiários na medida em que se trata de uma forma entorno e/ou beneficiários beneficiários e/ou comunidades do
justa de uso, além de propiciar o entorno.
incremento de a#vidades locais.
É uma a#vidade realizada em larga escala e
Gera resultados para a
com grande alcance, trazendo produtos e Gera resultados para a Melhora a qualidade de vida de uma
sociedade sociedade região, localidade ou até do país.
serviços que melhoram a qualidade de vida
da sociedade.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 41


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Cenários - aspecto Conservação

PESQUISA CIENTÍFICA VISITAÇÃO E TURISMO

Escala Conservação Escala Conservação

Produz resultados de conservação para


Gera ou incrementa a responsabilidade
Resultados de conservação - espécimen(s), auxiliando a manutenção ou Resultados de conservação -
ambiental do visitante, pois aproxima o
espécimes ou populações melhoria do(s) seu(s) estado(s) de espécimes ou populações
indivíduo de espécimes.
conservação.
Gera a consciência ambiental em escala
Produz resultados de conservação para
Resultados de conservação - Resultados de conservação - local ou regional, no que se refere às
espécies espécie(s), auxiliando a manutenção ou espécies espécies, auxiliando na sua manutenção ou
melhoria do(s) estado(s) de conservação.
gestão.
A visitação amplia na sociedade a
Produz resultados de conservação para
Resultados de conservação - Resultados de conservação - preocupação com conservação, pois
alvos alvo(s), auxiliando a manutenção ou alvos aproxima os visitantes dos alvos, criando e
melhoria do(s) estado(s) de conservação.
incrementando a consciência da sociedade.

PROPRIEDADE INTELECTUAL DERIVADA USO DO SOLO

Escala Conservação Escala Conservação


Gera resultados para conservação na
Resultados de conservação - Aproxima a sociedade da conservação de medida em que existe a preocupação
Resultados de conservação-
espécimes ou populações espécimen(s). espécimes ou populações
ambiental por parte dos usuários, havendo
auxílios pontuais para conservação de
espécimes.
Aproxima a sociedade da conservação de Gera resultados para conservação na
Resultados de conservação - medida em que existe a preocupação
espécies determinada(s) espécie(s), destacando sua Resultados de conservação -
importância e relevância. espécies
ambiental por parte dos usuários, havendo
diversos casos de colaboração para
conservação de espécimes e de espécies.
Aproxima a sociedade dos alvos, destacando O uso da terra gera resultados para
Resultados de conservação -
alvos a sua importância e relevância para os conservação na medida em que existe a
ecossistemas e processos ecológicos. Resultados de conservação -
alvos
preocupação ambiental por parte dos
usuários, havendo diversos casos de
colaboração para conservação de alvos.

USO DA FAUNA USO DA FLORA

Escala Conservação Escala Conservação

Gera resultados de conservação, pois, Gera resultados de conservação, pois,


Resultados de conservação - apesar do uso em si, existe a consciência de Resultados de conservação- apesar do uso em si, existe a consciência de
espécimes ou populações sua importância, não havendo exploração espécimes ou populações sua importância, não havendo exploração
além da necessária. além da necessária.
Gera resultados de conservação, pois, Gera resultados de conservação, pois,
Resultados de conservação - apesar do uso em si, existe a consciência da Resultados de conservação - apesar do uso em si, existe a consciência da
espécies importância de determinada espécie, espécies importância de determinada espécie,
auxiliando em sua manutenção. auxiliando em sua manutenção.
Gera resultados de conservação, pois, Gera resultados de conservação, pois,
Resultados de conservação - apesar do uso em si, existe a consciência da Resultados de conservação - apesar do uso em si, existe a consciência da
alvos importância dos alvos, auxiliando em sua alvos importância dos alvos, auxiliando em sua
manutenção e melhoria. manutenção melhoria.

42
MANUAL DE APLICAÇÃO

USO DO RECURSO ABIÓTICO UTILIDADE PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL

Escala Conservação Escala Conservação

Gera bene! cios de conservação na medida Gera bene! cios de conservação na


Resultados de conservação - em que os usuários realizam campanhas de Resultados de conservação- medida em que os usuários realizam
espécimes ou populações conscien#zação acerca da importância espécimes ou populações campanhas de conscien#zação acerca da
ambiental. importância ambiental.
Gera bene! cios de conservação na medida Gera bene! cios de conservação na
em que os usuários realizam campanhas de medida em que os usuários realizam
Resultados de conservação - Resultados de conservação -
espécies
conscien#zação acerca de espécies e de sua campanhas de conscien#zação acerca de
espécies
relevância para a manutenção dos serviços espécies e de sua relevância para
ecossistêmicos. manutenção dos serviços ecossistêmicos.
Gera bene! cios de conservação na medida
em que os usuários realizam campanhas de Gera bene! cios de conservação na
Resultados de conservação -
conscien#zação acerca da importância dos medida em que os usuários realizam
alvos
alvos e de sua relevância para manutenção Resultados de conservação - campanhas de conscien#zação acerca da
alvos importância dos alvos e sua relevância
de serviços e processos ecológicos.
para manutenção de serviços e
processos ecológicos.

Cenários - aspecto Manejo

PESQUISA CIENTÍFICA VISITAÇÃO E TURISMO

Escala Manejo Escala Manejo

Auxilia a gestão do uso pela unidade na


Resultados de manejo (uso) - Gera resultados posi#vos de manejo no(s) Resultados de manejo (uso) -
unidade unidade medida em que os usuários podem ser
próprio(s) uso(s) objeto da pesquisa.
considerados "parceiros da conservação".

Gera resultados de manejo, pois os usuários


É prioritária e permite a melhoria da e beneficiários são parceiros da conservação
Resultados de manejo (geral) Resultados de manejo (geral)
- unidade qualidade da tomada de decisão em termos e enxergam a gestão como fundamental,
- unidade
de unidade de conservação. aportando com dados, recursos e/ou
informações relevantes.

Resultados de manejo - Gera resultados de manejo em termos de


Auxilia a tomada de decisão para o sistema. Resultados de manejo -
sistema
sistema sistema, pois os recursos provenientes
auxiliam o sistema.

PROPRIEDADE INTELECTUAL DERIVADA USO DO SOLO

Escala Manejo Escala Manejo

Gera resultados de manejo na medida em O uso da terra gera resultados de manejo na


Resultados de manejo (uso) - que aporta elementos que são u#lizados medida em que os usuários entendem a
Resultados de manejo (uso) -
unidade para melhoria da qualidade de usos unidade
importância da gestão, realizando o aporte
iden#ficáveis. de dados e informações que melhoraram a
relação usuários X unidade.
Gera resultados de manejo da unidade na O uso da terra gera resultados de manejo na
Resultados de manejo (geral) medida em que aporta elementos que são medida em que os usuários entendem a
- unidade u#lizados para as a#vidades de manejo e Resultados de manejo (geral)
- unidade
importância da gestão, realizando o aporte
conservação. de dados e informações complementares à
Gera resultados de manejo de sistema na gestão.
Resultados de manejo - medida em que aporta elementos que são O uso da terra gera resultados de manejo na
sistema u#lizados para as a#vidades de manejo e medida em que os usuários entendem a
conservação de mais de uma unidade. Resultados de manejo -
sistema importância da gestão e da área, divulgando
bene! cios advindos da relaçcão usuários X
unidade.

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Cenários - aspecto Manejo

USO DA FAUNA USO DA FLORA

Escala Manejo Escala Manejo

Gera resultados de manejo, pois os usuários Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo (uso) - auxiliam a unidade com dados e Resultados de manejo (uso) - auxiliam a unidade com dados e
unidade informações relevantes para a gestão do unidade informações relevantes para a gestão do
usos, coibindo abusos. uso, coibindo abusos.
Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo (geral) Gera resultados de manejo, pois os usuários
- unidade auxiliam a unidade com dados e Resultados de manejo (geral)
- unidade auxiliam a unidade com dados e
informações relevantes para a gestão.
informações relevantes para a gestão.
Gera resultados de manejo, pois os usuários
auxiliam a unidade com dados e Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo - auxiliam a unidade com dados e
sistema
informações preponderantes para a tomada Resultados de manejo -
de decisão, além de fortalecer o sistema em sistema informações preponderantes para a tomada
sua relevância. de decisão, além de fortalecer o sistema em
sua relevância.

USO DO RECURSO ABIÓTICO UTILIDADE PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL

Escala Manejo Escala Manejo

Gera bene! cios de manejo, pois existe Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo (uso) - aporte de informação, dados ou recursos Resultados de manejo (uso) - aporte de informação, dados ou recursos
unidade que auxiliam na gestão da unidade no que unidade que auxiliam na gestão da unidade no
concerne ao uso. que concerne ao uso.
Gera bene! cios de manejo, pois existe Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo (geral) aporte de informação, dados ou recursos Resultados de manejo (geral) aporte de informação, dados ou recursos
- unidade que auxiliam na gestão da unidade em - unidade
que auxiliam na gestão da unidade em
diversos escopos. diversos escopos.
Gera bene! cios de manejo, pois existe
Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo - aporte de informação, dados ou recursos
sistema que auxiliam na gestão da unidade em Resultados de manejo - aporte de informação, dados ou recursos
sistema
termos de sistema. que auxiliam na gestão da unidade em
termos de sistema.

44
MANUAL DE APLICAÇÃO

Representa quão intenso é o impacto gerado pelo uso, dada a continuidade das atuais cir-
cunstâncias. Para ecossistemas, é medida a partir do grau de destruição ou degradação do
ambiente. Para espécies, é medida a partir do grau de redução da população-alvo.
SEVERIDADE

0 - Não há impacto negativo para o critério severidade;


1 - de 1 a 10% do ambiente ou da população-alvo será reduzida nos próximos 10 anos ou
3 gerações;
2 - de 11 a 30% do ambiente ou da população-alvo será reduzida nos próximos 10 anos ou
3 gerações;
3 - de 31 a 70% do ambiente ou da população-alvo será reduzida nos próximos 10 anos ou
3 gerações;
4 - mais de 70% do ambiente ou da população-alvo será reduzida nos próximos 10 anos ou
3 gerações.

Representa a proporção territorial ou populacional do impacto gerado pelo uso, dada a


MAGNITUDE

continuidade das atuais circunstâncias.


Impacto Negativo

0 - Não há impacto negativo para o critério magnitude;


1 - de 1 a 10% da unidade será atingida nos próximos 10 anos;
2 - de 11 a 30% da unidade será atingida nos próximos 10 anos;
3 - de 31 a 70% da unidade será atingida nos próximos 10 anos;
4 - mais de 70% da unidade será atingida nos próximos 10 anos.

É a capacidade de recuperação do ambiente afetado pelo uso, uma vez que o uso deixe de existir.
É avaliado a partir do impacto do uso sobre o ambiente, e não do uso em si. Leva também
IRREVERSIBILIDADE

em consideração o comprometimento institucional necessário para a recuperação do dano


(tempo e esforço necessários para recuperação).
0 - não há impacto negativo para o critério irreversibilidade;
1 - os efeitos do dano são de fácil reversibilidade, com pouco esforço, em até 5 anos (ex.
estradas não pavimentadas);
2 - os efeitos do dano podem ser revertidos e o RV recuperado, com esforço e comprome-
timento institucional, entre 6 e 20 anos (ex. drenagem de áreas alagadas);
3 - os efeitos do dano podem tecnicamente ser revertidos, mas não são práticos ou são
custosos, levando de 20 a 100 anos para alcançar o objetivo (ex. solo convertido em
agricultura);
4 - os efeitos do dano não podem ser revertidos, e o RV dificilmente será restaurado. Ade-
mais, levaria mais de 100 anos para atingir o objetivo (ex. solo convertido em um con-
domínio residencial).

Tabela 02 – Critérios para avaliação dos impactos negativos dos usos.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 45


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Passo 3 – Usos
Neste passo, vamos identificar e avaliar todos os usos específicos que ocorrem na UC.

Os oito usos genéricos estão representados por ícones e cada botão, abaixo do uso genérico, representa
um uso específico.

Para iniciar o preenchimento dos usos, faça a seleção do uso genérico clicando sobre o ícone do uso
genérico (A) ou diretamente sobre os botões (B) abaixo do uso genérico que será avaliado (Figura 20).

Figura 20 – Início da avaliação dos usos específicos.

TOME NOTA!

Se já houve um preenchimento anterior, os botões referentes aos usos específicos avaliados estarão coloridos
de acordo com a avaliação de impacto daquele uso.

Ao clicar sobre o ícone do uso genérico ou sobre o botão abaixo dele, uma página de avaliação será
aberta. Clicando no campo usos específicos avaliados, uma lista suspensa com os usos específicos será
fornecida (Figura 21). Selecione o uso que será avaliado.

Figura 21 – Demonstração da seleção dos usos específicos avaliados.

46
MANUAL DE APLICAÇÃO

Em seguida, faça uma descrição detalhada desse uso que servirá para orientar análises futuras da
unidade de conservação.

O campo classificação legal do uso será preenchido automaticamente a partir da seleção do uso.

Já no campo classificação marcada selecione como o uso ocorre na unidade.

Caso você opte por uma classificação legal diferente daquela dada pelo sistema, você deverá justificar
o porquê dessa alteração por meio de uma das opções do campo seguinte situação ou instrumento
que justifica a alteração da classificação legal (Figura 22).

Figura 22 – Demonstração da seleção da justificativa que altera a classificação legal.

Com essa justificativa marcada, o campo ficará com a cor da classificação legal de como o uso ocorre
(Figura 23). Note que, se não houver a justificativa dessa marcação diferente, a cor do campo não será
alterada e não será possível salvar e avançar no preenchimento.

Figura 23 – Indicação da classificação legal do uso como ocorre na unidade.

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Uma outra opção de classificação marcada é entorno (Figura 24). Essa opção deverá ser selecionada
caso o uso ocorra na zona de amortecimento ou no entorno da unidade, mas seus impactos positivos e/
ou negativos impactem a Unidade. Neste caso, a cor do campo não será alterada e não será necessário
justificar no campo seguinte.

Figura 24 – Demonstração da marcação Entorno.

Em seguida, marque se o uso é realizado por comunidade tradicional ou se está relacionado ao


Turismo de Base Comunitária – TBC (A). Da mesma forma, acione o campo voluntariado (B) se houver
trabalho voluntariado ou de voluntariado envolvido no uso descrito (Figura 25). Considera-se serviço
voluntário, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física.
A

Figura 25 – Demonstração da marcação dos campos TBC e voluntariado.

Agora, veja como ficou a separação dos impactos positivos e negativos (Figura 26).

Figura 26 – Demonstração dos eixos de avaliação dos impactos positivos e negativos.

48
MANUAL DE APLICAÇÃO

Para visualizar uma breve descrição de cada um dos cenários de impactos positivos (“econômico”,
“social”, “conservação”, “manejo”), basta passar o cursor sobre o “i” informação abaixo de cada botão
(Figura 27).

Figura 27 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos positivos.

Para fazer a marcação da existência de impactos positivos basta selecionar o s (sim) no botão
correspondente (Figura 28). Caso o impacto não exista, deixe a marcação n (não), automaticamente
marcada.

Figura 28 – Demonstração da avaliação dos impactos positivos.

A avaliação dos impactos negativos (severidade, magnitude e a irreversibilidade) se dará com uma
numeração de 0 a 4 de acordo com o cenário estabelecido (Figura 29).

Figura 29 – Demonstração da avaliação dos impactos negativos.

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SAMGe
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Ao passar o cursor sobre o “i” informação, você poderá ver cada eixo de avaliação dos impactos
negativos (Figura 30).

Figura 30 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos negativos.

TOME NOTA!

Caso exista algum impacto negativo, os três elementos (severidade, magnitude e irreversibilidade) deverão ser
avaliados.
Você poderá avaliar até oito usos específicos para cada uso genérico.

Espacializando os usos
Da mesma forma como apresentado para a espacialização dos RV, o usuário deverá salvar o uso antes
de clicar na lupa com mapa (Figura 31) para iniciar o mapeamento dos polígonos correspondentes ao
uso específico avaliado.

Figura 31 – Iniciando a espacialização dos usos específicos.

FIQUE ATENTO!

Caso o usuário tenha camadas em sua base de dados e queira utilizá-los no diagnóstico, apenas
shapefiles com até 5mb são suportados pela plataforma. Vale relembrar a recomendação de
carregar arquivos que contenham apenas a feição de interesse.

50
MANUAL DE APLICAÇÃO

Novamente, surgirá uma janela com os limites da UC. Localize os usos no mapa da UC e faça a
espacialização. O usuário poderá efetuar a espacialização por meio dos botões de ferramentas
disponíveis (Figura 32), podendo inserir mais de um polígono para cada uso. Atente-se para salvar
cada um deles no final do processo.

Figura 32 – Demonstração do ambiente de mapa para espacializar os usos.

Para atualizar o preenchimento anterior dos usos


Assim como na atualização dos Recursos e Valores, o gestor deverá reavaliar cada informação
preenchida sobre os Usos.

Você notará que os botões dos usos já preenchidos possuem uma coloração que corresponde a sua
avaliação de impacto, e que essa coloração se tornará mais intensa após a revisão de cada uso.

Para iniciar a revisão, basta clicar sobre o botão correspondente ao uso, fazer uma cuidadosa leitura
das informações preenchidas e realizar as alterações, quando necessárias. Lembrando que você pode
adicionar novos usos e excluir usos que não mais ocorrem.
Revise também a espacialização já realizada ou faça o mapeamento, caso ainda não tenha sido feito.

FIQUE ATENTO!

Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização dos usos neste ciclo de avaliação, para que o
sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e salvar cada
polígono, individualmente.

Para avançar no preenchimento, todos os usos específicos deverão ser salvos, mesmo que não tenham
havido alterações no ciclo atual.

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SAMGe
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AÇÕES DE MANEJO
As ações de manejo são as ações dos órgãos gestores que visam dar efetividade à política pública de
unidades de conservação e são direcionadas para a melhoria do estado de conservação de um RV e/ ou
da qualidade de um uso.

Esse é um conceito convencionado para a metodologia e se situa entre estratégias (mais amplas,
englobando diversas ações de manejo) e atividades (mais restrita, específicas por ação). Por exemplo:
para coibir o avanço de uso do solo (estratégia), a unidade precisa realizar fiscalização e educação
ambiental (ações). Para que a fiscalização exista, a UC precisa elaborar o plano de fiscalização, buscar os
recursos, estabelecer parceria com a Polícia Ambiental do estado, entre outras (atividades).

No campo de avaliação das ações de manejo, complementarmente, são também identificados os


processos e os instrumentos de planejamento, quando existentes. Cada ação está vinculada a um
processo institucional.

Processo: aqui considerado somente o locus na estrutura organizacional para um conjunto de ações de
manejo. Usado para selecionar as ações de manejo.

TOME NOTA!

Para conhecer todos os processos utilizados no SAMGe, consulte o Anexo 03 deste Manual, o qual
também indicará as ações de manejo e atividades geralmente relacionadas a cada um deles.

Ações de manejo: podem ser ações preventivas ou de recuperação e estão relacionadas a um processo
específico. Inserem-se aqui, também, as ações de gestão.

Instrumento de Planejamento: este campo avalia se a ação descrita está prevista em algum instrumento de
planejamento, tais como plano de manejo, plano de ação, plano de fiscalização, plano de uso público,
legislação específica, etc; se não há instrumento ou se ação não foi planejada.

A factibilidade de execução das ações de manejo depende das condições existentes para sua realização.
Assim, são avaliados os insumos que foram disponibilizados para a realização das ações de manejo que
foram planejadas/executadas no atual ciclo de gestão, que compreende o período de janeiro a dezembro.

Os insumos avaliados são:

Pessoal: a quantidade de pessoal da UC disponibilizada para a realização da ação de manejo descrita.

• 0% significa que não havia pessoal para realizar a ação;


• De 1 a 25%, significa que a quantidade de pessoal foi muito baixa;
• De 26 a 50%, significa que a quantidade de pessoal foi baixa;
• De 51 a 75%, significa que a quantidade de pessoal foi moderada;
• De 76 a 100%, significa que a quantidade de pessoal foi suficiente.

Capacidade técnica: avalia a capacidade técnica disponibilizada, dentro do quadro funcional da UC, para
a realização da ação de manejo descrita.

• 0% significa que não havia pessoal com capacidade técnica para realizar a ação;
• De 1 a 25%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi muito baixa;
• De 26 a 50%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi baixa;
• De 51 a 75%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi moderada;
• De 76 a 100%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi suficiente.

52
MANUAL DE APLICAÇÃO

Equipamento: avalia os equipamentos da UC disponibilizados para a realização da ação de manejo


descrita.

• 0% significa que não havia equipamento para realizar a ação;


• De 1 a 25%, significa que a quantidade de equipamento foi muito baixa;
• De 26 a 50%, significa que a quantidade de equipamento foi baixa;
• De 51 a 75%, significa que a quantidade de equipamento foi moderada;
• De 76 a 100%, significa que a quantidade de equipamento foi suficiente.

Recurso Financeiro: avalia o recurso financeiro da UC disponibilizado para a realização da ação de manejo
descrita.

• 0% significa que não havia recurso financeiro para realizar a ação;


• De 1 a 25%, significa que a quantidade de recurso financeiro foi muito baixa;
• De 26 a 50%, significa que a quantidade de recurso financeiro foi baixa;
• De 51 a 75%, significa que a quantidade de recurso financeiro foi moderada;
• De 76 a 100%, significa que a quantidade de recurso financeiro foi suficiente.

TOME NOTA!

Se a ação que está sendo avaliada não necessita de recurso financeiro ou se os recursos já estão
garantidos por meio de contratos, marque a opção «recursos financeiros suficientes».

O sistema avalia também o apoio externo disponibilizado para a realização das ações de manejo planejadas
ou executadas no atual ciclo de gestão avaliado, a partir da identificação do grau, tipo e origem desse apoio,
permitindo, assim, analisar os parceiros para a gestão da UC. Para isso, a avaliação das
ações de manejo, realizadas por meio de apoio externo, leva em consideração:

Grau de apoio: avalia o grau de apoio que foi necessário para a execução da ação. Está sempre relacionado
aos insumos, como o apoio financeiro de projetos, capacitação de servidores pelo órgão gestor, o suporte
das forças de segurança em atividades de fiscalização ou empréstimos de equipamentos por UC
circunvizinhas. Dentre as opções de avaliação, têm-se:

• Não foi necessário externo;


• Foi necessário pouco apoio;
• Foi necessário moderado apoio;
• Foi necessário muito apoio;
• Foi necessário total apoio.

Tipo de apoio :especifica qual foi o insumo de maior relevância (pessoal, capacidade técnica, equipamento
e recurso financeiro) que recebeu ou deveria ter recebido como apoio externo.

Origem do apoio: indica de onde veio o apoio (Sede do órgão gestor, Gerência Regional, mosaicos,
prefeituras, Projetos de cooperação internacional, organização da sociedade civil, voluntários, etc.).

Por fim, deverá ser indicada a situação de execução da ação de manejo avaliada:

Situação de execução avalia se a ação de manejo foi realizada, parcialmente realizada ou não foi realizada.

TOME NOTA!

O preenchimento do SAMGe deve ser realizado por cada UC, porém o planejamento para o caso dos
NGI e outros agrupamentos territoriais poderá ser realizado em conjunto, esto é, replicando o
planejamento do território em cada UC caso seja pertinente.

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Passo 4 – Ações de Manejo


No Passo 4, mapearemos as Ações de Manejo que foram propostas para a gestão da unidade de
conservação no atual ciclo de gestão, observando que o conjunto dessas ações e a sua capacidade de
execução refletem o indicador Insumos dentro da lógica do SAMGe. Seu mapeamento refletirá as
estratégias propostas para mitigar os impactos de um determinado Uso, ou potencializar a conservação de
um determinado RV, expondo os pontos positivos da gestão, assim como possíveis fragilidades.

Para iniciar o preenchimento do Passo 4, clique em nova ação de manejo (Figura 33).

Figura 33 – Indicação de preenchimento no passo 4.

Na tela seguinte, selecione o Processo, por meio da lista suspensa à direita do primeiro campo (Figura 34):

Figura 34 – Demonstração da seleção de Processo.

54
MANUAL DE APLICAÇÃO

Observe que, ao selecionar o processo desejado, somente as ações de manejo relacionadas a ele
aparecerão como opções no campo seguinte. Selecione a ação de manejo (A) na lista fornecida pelo
sistema. Em seguida, faça uma descrição, com detalhamento suficiente para que a ação realizada seja
compreendida no campo descrição da ação (B), pois ela irá orientar análises futuras da Unidade
(Figura 35).

Figura 35 – Demonstração da seleção e descrição da ação de manejo.

TOME NOTA!

Ao descrever uma ação de manejo relacionada a erradicação de exóticas, informe a espécie (nome
científico, preferencialmente) e o método executado. Se possível, informe o tamanho da área ou número
de indivíduos manejados. Exemplo: corte raso com motosserra de 2km2 de Pinus sp.

FIQUE ATENTO!
Se alguma Ação de Manejo planejada ou por demanda espontânea foi impactada pela Pandemia do SARS
COVID-19, e que mesmo que estas tenham sido executas, parcialmente executas ou não executadas,
recomendamos que no campo de descrição seja inserido em caixa alta o termo «PANDEMIA».

Logo após, selecione em qual instrumento de planejamento a ação de manejo está descrita, se não
há instrumento ou a ação não foi planejada (Figura 36).

Figura 36 – Demonstração da seleção do instrumento de planejamento.

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SAMGe
Sistema de Análise
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A partir de agora, serão identificados os insumos que foram disponibilizados para a realização das ações
de manejo proposta para o atual ciclo de gestão. Os campos de avaliação da ação de manejo possuem
uma lista suspensa com as opções. Clique em cada campo para visualizá-las. Selecione uma alternativa
para cada item avaliado: pessoal (A), capacidade técnica (B), equipamento (C) e recurso financeiro
(D) (Figura 37).

Figura 37 – Demonstração da avaliação dos insumos.


Nos campos relacionados ao apoio, você deverá selecionar o grau de necessidade de apoio (A) e o tipo
de apoio (B), isto é, qual insumo a unidade mais necessitou para realizar a ação. Depois, escreva qual é a
origem do apoio recebido, se o apoio não foi recebido, deixe esse campo em branco. Caso não tenha sido
necessário apoio para a execução da ação, selecione não se aplica em tipo de apoio necessário e deixe
em branco o campo origem do apoio recebido (Figura 38).

Figura 38 – Demonstração da avaliação relacionada ao apoio.

No último campo de avaliação (D), marque a situação da execução da ação de manejo se realizada,
parcialmente realizada ou não realizada.

Ao finalizar, salve antes de prosseguir.

Espacializando as Ações de Manejo


Assim como na espacialização dos RV e Usos, para indicar a localização espacial das ações de manejo, é
necessário clicar no ícone da lupa com mapa. Uma janela com o limite da UC irá se abrir e poderá ser
iniciado o desenho das ações de manejo que foram propostas (Figura 39). Lembrando sempre de salvar
cada ação de manejo antes de iniciar o mapeamento. Recordamos da possibilidade pelo upload de
camadas, e a importância no carregamento de shapefiles com até 5mb e que contenham apenas a feição
de interesse.

Figura 39 – Início da espacialização das ações de manejo.

56
MANUAL DE APLICAÇÃO

Para atualizar o preenchimento anterior das Ações de Manejo


Para a Unidade que já preencheu a ferramenta anteriormente, será necessário revisar todas as
informações sobre as ações de manejo já preenchidas. Para isso, clique sobre o botão editar de cada
ação de manejo para abrir a página de avaliação (Figura 40).

Figura 40 – Demonstração de ações de manejo já adicionadas.

Revise atentamente todas as ações de manejo, faça as alterações, quando necessárias, salve e vá para a
revisão da espacialização.

FIQUE ATENTO!

Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização das ações de manejo neste ciclo de avaliação,
para que o sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e
salvar cada polígono, individualmente.

Obviamente, você poderá também excluir ou acrescentar novas ações de manejo que foram planejadas
ou executadas.

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INTER-RELAÇÃO DAS AÇÕES DE MANEJO X USOS


Após descrever os usos específicos que ocorrem na Unidade e as principais ações de manejo que foram
planejadas ou executadas no atual ciclo de gestão, é chegada a hora de inter-relacionar esses elementos.

Por meio do cruzamento dessas informações o gestor poderá fazer uma análise do planejamento da
Unidade, avaliando o direcionamento das estratégias adotadas para mitigar e/ou prevenir danos gerados
por usos com impactos negativos (desafio territorial de gestão), bem como para melhorar a entrega dos
usos (resultados, produtos e serviços) com avaliação positiva de impacto para a sociedade.

Figura 41 – Usos e Ações de Manejo

58
MANUAL DE APLICAÇÃO

Passo 5 – Ações x Usos


Nos passos anteriores você avaliou as ações de manejo e identificou os possíveis usos específicos. Agora
vamos correlacionar essas informações e entender a importância do Passo 5 para a análise gerencial.

Nesse passo, você visualizará todos os usos elencados e suas avaliações de impacto representadas
pelas cores da coluna à esquerda. Para cada uso específico, você poderá designar até três ações de
manejo que foram planejadas ou executadas visando a melhoria da qualidade do uso relacionado ou a
mitigação de seus impactos negativos, caso existam.

Para fazer essa correlação, selecione as ações de manejo por meio da lista suspensa fornecida pelo
sistema (Figura 42).

Figura 42 – Inter-relacionando as ações de manejo com os usos específicos.


Este passo é essencial para a análise do planejamento proposto pela gestão da unidade de conservação,
assim como para a futura avaliação dos processos envolvidos.

Somente as ações de manejo preenchidas no passo anterior aparecerão na lista como opções.

Faça a correlação para cada uso específico, considerando as ações de manejo que estão diretamente
relacionadas a cada um deles.

Ao finalizar, certifique que todas as informações preenchidas estão corretas, salve as informaçõese
vá para o próximo passo.

TOME NOTA!
No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos, é possível que você se lembre de alguma nova
ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores e atualize as
informações. Não esqueça de salvar o passo após a alteração.

FIQUE ATENTO!
Se alguma Ação de Manejo foi prejudicada pela Pandemia do SARS COVID-19, recomendamos que seja
avaliada a necessidade de incluí-la na inter-relação das Ações de Manejo com o Usos Genéricos. Nos casos
em que mesmo havendo algum tipo de impacto, porém a execução ocorreu de forma plena e com resultados
positivos, recomendamos que se realize a inter-relação.

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SAMGe
Sistema de Análise
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Para atualizar o preenchimento anterior: Ações x Usos


As informações deste passo não serão resgatadas de preenchimentos anteriores, portanto, o gestor
deverá realizar a inter-relação dos usos com as ações de manejo a cada ciclo de avaliação.

Assim, observe a lista das ações de manejo e dos usos e correlacione as ações que foram realizadas
ou planejadas para o atual ciclo de gestão, que buscaram ampliar os usos com impactos positivos e
mitigar os usos com impactos negativos.

Ao finalizar, certifique que todas as informações estão corretas, salve e siga para o próximo passo.

Figura 43 – Demonstração da atualização do preenchimento do Passo 5.

60
MANUAL DE APLICAÇÃO

INTER-RELAÇÃO DOS RV X USOS X AÇÕES


DE MANEJO
Os Recursos e Valores são fundamentais para que a unidade atinja seus objetivos de conservação.
Assim, compreender as relações existentes entre os usos específicos e as ações de manejo que
impactam os RV são essenciais para compor o cenário de avaliação da efetividade da gestão do
território e subsidiar a tomada de decisão. Este cruzamento fornece uma série de informações e indica a
necessidade de ajustes no planejamento, quando necessário, uma vez que os desafios territoriais de
gestão estarão evidenciados.

Nesta relação, espera-se maior ocorrência de usos que gerem benefícios e ações de manejo efetivas
voltadas para a conservação dos Recursos e Valores.

Figura 44 – RV, Usos e Ações de Manejo

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SAMGe
Sistema de Análise
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Passo 6 – RV x Usos x Ações de Manejo


Neste momento, o usuário deverá fazer a correlação das ações de manejo e dos usos específicos
com os recursos e valores (Figura 45). Agora, é importante relacionar até três ações de manejo que
foram mais relevantes para cada RV, assim como relacionar até três usos que mais influenciaram
positiva ou negativamente o RV. Essa correlação é importante para que se possa visualizar de forma
ampla a interação desses elementos.

Figura 45 – Correlação das ações de manejo e dos usos com os recursos e valores.

Por meio das listas suspensas selecione até três ações de manejo que foram mais relevantes para o RV
e até três usos específicos que mais impactaram, positiva ou negativamente, o RV (Figura 46).

62
MANUAL DE APLICAÇÃO

Figura 46 – Lista de usos específicos para relacionar com o RV.

TOME NOTA!

No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos com os recursos e valores é possível que você se
lembre de alguma nova ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores
e atualize as informações.

Na sequência, certifique que todas as informações estão corretas, salve o preenchimento e siga para o
próximo passo.

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Para atualizar preenchimento anterior: RV x Usos x


Ações de Manejo
As informações deste passo não serão resgatadas de preenchimentos anteriores, portanto, o gestor
deverá realizar a inter-relação das ações de manejo e dos usos com os RV a cada ciclo de avaliação.

Assim, observe a lista de recursos e valores, e indique as ações de manejo realizadas no intuito de
melhorar, manter ou retornar o estado de conservação dos RV, e indique os usos relacionados, que
podem estar afetando positiva ou negativamente os RV avaliados.

Figura 47 – Demonstração da atualização do preenchimento anterior.

TOME NOTA!

No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos com os RV, é possível que você se lembre de
alguma nova ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores e atualize
as informações.

64
MANUAL DE APLICAÇÃO

PROCESSOS
A análise dos processos no SAMGe vai além do local onde determinada ação de manejo está situada dentro
da estrutura do órgão gestor. Ele engloba os fluxos, as competências, as normas e a governabilidade de
determinada ação. Portanto, o processo é o espaço em que ocorre a entrada de insumos e de onde se extrai
o que se pretende, no caso, a realização das ações de manejo.

Principais processos da unidade: a ordem de prioridade de processos é dada pela quantidade de vezes que
ele foi acionado no tocante, aos desafios territoriais de gestão, recebendo maior pontuação quando se tratar
de desafios prioritários. Ou seja, com base no preenchimento feito pelo gestor o sistema elencará, de forma
automática, os processos prioritários para a gestão dentro da UC. Serão elencados até oito processos. Os
processos são avaliados de acordo com os seguintes itens:

Governabilidade: avalia o grau de autonomia que a unidade possui para realizar as ações relacionadas ao
processo elencado. Possui uma lista de opções variando de nenhuma a total governabilidade. Como
exemplo de processo com baixa governabilidade, há a redefinição de limites, que possui uma
governabilidade altamente alheia à unidade, sendo que parte do processo compete à sede do órgão gestor e
parte, aos entes externos.

Apoio ao processo: refere-se ao alinhamento entre a unidade e outras instâncias institucionais (sede do
órgão gestor, ou outra estrutura administrativa do órgão ambiental competente, como as CR, UAAF e
centros de pesquisa, na esfera federal) para realizar as ações relacionadas ao processo elencado. Também
varia de nenhum apoio a total apoio. Aponta o quanto os processos na sede do órgão gestor estão cientes da
demanda da unidade e a entendem como importante para o sistema, prestando, portanto, o suporte
necessário.

Esforço: baseia-se na proporção da variável homem/hora dedicadas por cada pessoa da equipe envolvida
na realização das ações contidas no processo, dentro do ciclo de avaliação. Sua marcação varia de 0 a 10. O
somatório deve ser no máximo 10, mesmo que alguns processos fiquem com esforço 0 . Para fazer a
marcação utilize a lista de opções fornecida.

Consolidação do processo: avalia o quão consolidado o processo está na unidade, isto é, se possui ponto
focal responsável pelo processo; rotina instituída; e instrumento (quando necessário) válido, avaliado e
monitorado. O cenário de avaliação varia de nenhuma consolidação a total consolidação. Um processo
consolidado aponta para uma maturidade de procedimento, fluxo, servidor responsável
pela demanda na unidade, etc.

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SAMGe
Sistema de Análise
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Passo 7 – Processos
Neste último passo que compõe o sistema serão avaliados os seguintes componentes referentes
aos principais processos da Unidade: governabilidade, apoio ao processo, esforço na gestão e
consolidação do processo (Figura 48).

Figura 48 – Indicação do preenchimento do Passo 7.

O usuário visualizará os oito principais processos da Unidade, priorizados de acordo com o preenchimento.
Avalie cada item, por meio da lista suspensa.

Ao final do preenchimento desse passo, cada processo terá uma avaliação sistematizada por cores. A
cor verde (C) indica uma avaliação positiva do processo; a amarela (A) indica uma avaliação moderada
e a vermelha (B) negativa - Figura 49.

Figura 49 – Demonstração da avaliação dos processos.

66
MANUAL DE APLICAÇÃO

Para atualizar o preenchimento anterior: Processos


Os processos prioritários elencados deverão ser avaliados a cada ciclo de aplicação, pois o sistema
não resgatará as informações preenchidas anteriormente.

Da mesma forma, o gestor deverá avaliar os principais processos elencados pelo sistema e os
componentes dispostos para cada um. Caso seja necessário, revisite os passos anteriores e faça as
adequações para que o preenchimento fique o mais coerente possível.

Figura 50 – Principais processos elencados pelo sistema e os componentes dispostos para cada um.

FIQUE ATENTO!

Caso você tenha revisitado os passos anteriores e realizado alguma alteração, você deverá obrigatoriamente
salvar o último passo (Passo 7), para que o Sistema recalcule as notas dos indicadores.

Ao final, certifique que todas as informações estão corretas, salve as informações.

Pronto! Você concluiu o preenchimento, agora visualize o Painel de Gestão da sua UC. Os demais dados
estarão disponíveis para você assim que for concluído o ciclo SAMGe.

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SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

FINALIZANDO O PREENCHIMENTO DO SAM GE


Ao finalizar os 7 passos de preenchimento na plataforma SAMGe, é necessário abrir o Painel de Gestão
da UC, para visualizar os resultados do preenchimento neste quadro, que demonstra as prioridades de
gestão a partir dos desafios territoriais. Desta forma estará concluído o ciclo de diagnóstico do SAMGe.
Caso o botão abrir Painel de Gestão da UC não for clicado, a ferramenta não salvará as alterações
realizada.

Figura 51 – Demonstração da finalização do preenchimento e visualização do Painel de Gestão.

Na esfera federal, o preenchimento do SAMGe deverá ser validado por instância superior para que ele
seja considerado finalizado. Nas instâncias estadual e municipal esta validação deverá ocorrer a partir do
momento em que houver pontos focais designados pelos órgãos gestores para essa função, caso esses
órgãos entendam que essa validação seja necessária.

Fluxo de validação e entrega do preenchimento


O fluxo de validação e entrega de preenchimento será diferenciado para as unidades de conservação
federais e para as unidades de conservação estaduais ou municipais. Essas orientações serão divulgadas
a cada ciclo de preenchimento pelo órgão gestor responsável ou pelo Ministério do Meio Ambiente.

Para Unidade de Conservação Federal


Considerando que o SAMGe é o sistema institucional para a análise da gestão e da efetividade das UC
federais, foi instituído no Ciclo de preenchimento do SAMGe um fluxo de validação das informações
registradas, com a participação das Gerências Regionais por meio dos pontos focais.

Fique atento às orientações do Ciclo de preenchimento do SAMGe atual, apresentando as informações e


relatórios com todas as informações, nos prazos estipulados, e contribuindo para a atualização dos dados
conforme orientações pelas instâncias validadoras.

Este processo de validação tem contribuído para ampliar a quantidade de UC que participam do
levantamento, favorecer a qualificação dos dados registrados nos diagnósticos anuais de gestão das UC e
subsidiar processos de planejamento e apoio institucional das Gerências Regionais para suas UC
vinculadas.

FIQUE ATENTO!
As orientações sobre os prazos e fluxo de validação pelas Gerências Regionais são divulgadas por meio da
comunicação oficial de abertura do Ciclo SAMGe anual, em processo administrativo próprio. Fique atento e
não perca os prazos.

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MANUAL DE APLICAÇÃO

Para Unidade de Conservação Estadual ou Municipal


O fluxo de validação e entrega dos preenchimentos realizados por unidades de conservação estaduais
e municipais será definido pelo órgão gestor da esfera responsável, com o apoio do MMA. O ponto focal
indicado pelo órgão gestor poderá realizar a validação dos preenchimentos das UC de sua instituição.

Para receber as instruções , o ponto focal deverá entrar em contato com o Departamento de Áreas
Protegidas do MMA, pelo e-mail: [email protected]

Diagnóstico de Gestão
O SAMGe, é composto por dois elementos principais: o impacto territorial decorrente da política
pública e a análise dos instrumentos de gestão. Seu preenchimento se pauta nos objetivos da
Unidade (categoria e decreto de criação) para, a partir de então, descrever os seus recursos e valores –
RV e os usos que nela ocorrem. Isso se dá devido à premissa de que toda unidade de conservação é um
espaço territorial protegido.

Enquanto espaço territorial, a UC se relaciona com a sociedade por meio dos direitos reais (usar,
colher os frutos e dispor). Assim, a aferição dos impactos negativos e/ou positivos decorrentes do uso
na Unidade é fundamental para verificar a manutenção dos seus recursos e valores (efetividade) e o
quanto os usos influenciam positivamente a sociedade (alta efetividade) (Figura 52).

Produtos e Serviços
Resultados Avaliação dos usos permitidos
Situação dos Recursos
e Valores e avaliação
dos usos incentivados

Contexto
Avaliação dos usos vedados

Processos
Governabilidade,
consolidação e
alinhamento institucional
Planejamento
Avaliação da alocação
das ações de manejo
relacionadas aos desaos
territoriais de gestão.
Insumos
Avaliação da disponibilidade
dos insumos

Figura 52 – Disposição da construção dos indicadores de efetividade do SAMG e.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 69


SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

Torna-se relevante aferir se as estratégias já existentes são factíveis em um primeiro momento, para,
posteriormente, verificar se elas geram os resultados esperados em termos de melhoria do estado de
conservação dos RV ou em termos de qualificação dos usos relacionados à UC.

O SAMGe avalia a efetividade de gestão das Unidades de Conservação a partir dos indicadores de
impacto territorial: Contexto, Produtos e Serviços e Resultados ; e de gestão: Planejamento, Insumos
e Processos. Cada indicador é obtido a partir de um conjunto de análises do preenchimento, conforme
explicado abaixo:

Resultados: é a análise dos usos incentivados e seus impactos, acrescidos da avaliação da situação dos
Recursos e Valores. Assim, Resultado é visto como o impacto esperado da política pública territorial de
reconhecimento de área protegida.

Produtos e Serviços: é aferido a partir da análise de impacto dos usos permitidos que ocorrem nas UC.
Como permitido, entende-se os usos que apesar de não estarem expressamente dispostos no SNUC ou
nos instrumentos de gestão como ferramentas para se atingir determinado objetivo, não são proibidos.

Contexto: é a análise dos impactos decorrentes dos usos vedados, mesmo que não passíveis de ação de
manejo ou de gestão resolutiva imediata.

Planejamento: é aferido por meio da análise da alocação das ações de manejo/gestão relacionadas aos
desafios territoriais de gestão prioritários.

Insumos: é resultante da avaliação da disponibilidade dos insumos necessários para a realização das
ações de manejo. São levados em consideração a disponibilidade de pessoal, capacidade técnica,
equipamentos e recurso financeiro.

Processos: avaliado a partir da análise das condições de autonomia da unidade para realizar as ações de
manejo (governabilidade), do apoio dado pelo processo de suporte (alinhamento institucional), do esforço
despendido na gestão e da consolidação dos processos prioritários na unidade.

O Índice de Efetividade é calculado por meio da aplicação dos indicadores em um diagrama de teia, no qual
é efetuada a ponderação desses, realizando o cálculo da área da forma descrita pela conexão dos
vértices do hexágono.

Dessa forma, o SAMGe utiliza-se de cinco níveis de enquadramento da nota índice, sendo eles:
altamente efetiva (acima de 80%), quando a política pública estiver sendo cumprida, com a execução de
ações de gestão e manejo superando as expectativas da sociedade; efetiva (de 60% a 79,9%), quando
são atingidos os objetivos de criação da UC; moderada efetividade (de 40% a 59,9%), quando os
objetivos de criação da UC se encontrarem em patamares mínimos para a sua conservação; reduzida
efetividade (de 20% a 39,9%), quando a unidade de conservação encontrar-se em situação de dificuldade
na gestão dos seus objetivos de conservação e apresentar um baixo desempenho de retorno da política
pública para a sociedade; e não efetividade (abaixo de 20%), quando a unidade encontra-se em situação
plenamente desfavorável ou omissa em relação a conservação dos objetivos que motivaram a sua
criação.

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MANUAL DE APLICAÇÃO

Painel de Gestão

Figura 53 – Painel de Gestão do SAMGe

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Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

GLOSSÁRIO
Ações de manejo: são as ações do órgão gestor que visam dar efetividade à política pública de unidades
de conservação. Ações de manejo é um conceito convencionado para a metodologia e se situa entre as
estratégias (mais amplas englobando diversas ações) e atividades (mais restritas, específicas por ação).

Autorização Direta: procedimento administrativo que autoriza atividades com potencial impacto para as
unidades de conservação federais, suas zonas de amortecimento e áreas circundantes, não sujeitas ao
licenciamento ambiental prevista na Resolução CONAMA nº 237/97, ou cuja autorização seja exigida por
normas específicas de cada unidade de conservação (IN do ICMBio nº 04 de 02 de setembro de 2009).

Classificação legal: sistematização dos usos que ocorrem dentro da unidade segundo o SNUC (Lei
9985/2000). O uso pode ser classificado como vedado, permitido ou incentivado de acordo com a
categoria.

Comunidade Tradicional: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que
possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos,
inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (Decreto nº 6.040/2007).

Conservação: para a presente metodologia, é o estado de conservação esperado dos recursos e valores,
que são parte do resultado daquilo que se espera da política pública.

Contexto: análise dos usos que são incompatíveis com o que se espera de determinada categoria e seus
impactos decorrentes.

Desafios territoriais de gestão: são definidos como situações que apontam para a necessidade de ações
de manejo/gestão prioritárias, tais como recursos e valores em estado de intervenção ou quaisquer usos
com avaliação negativa de impacto.

Efetividade de gestão: é o cumprimento da política pública dentro de um espaço territorial protegido


(Recursos e Valores mantidos e usos gerando benefícios), com a execução de ações de gestão e de
manejo, se necessário. A nota é aferida a partir da análise dos seis indicadores que compõem a
ferramenta.

Esforço: baseia-se na proporção de horas dedicadas por cada pessoa da equipe envolvida na realização
das ações dentro de um processo, em um ciclo de avaliação.

Fatores antrópicos: referem-se a processos não naturais, decorrentes da ação humana direta ou indireta
(desmatamento, alteração de curso d’água, etc.).

Fatores naturais ou seminaturais: referem-se a processos naturais, como fogo, erosão, inundação, ou
processos naturais intensificados pela ação humana, tais como o fenômeno da maré vermelha e
assoreamento acelerado de cursos d’água pela supressão da vegetação, dentre outros.

Fonte primária: caracteriza-se por ser uma informação original, sendo muitas vezes o primeiro registro
formalizado de alguma informação, situando em fontes bastante diversas. São as produzidas diretamente
pelo autor da pesquisa. Exemplos: artigos de periódicos; patente; relatórios; teses e dissertações; normas
técnicas, observação em campo, etc.

Fonte secundária: é a informação filtrada e organizada, a partir da seleção e revisão das fontes. Exemplos:
enciclopédias; dicionários; manuais; tabelas; revisão de literatura; monografias; anuários; base de dados,
entre outros.

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MANUAL DE APLICAÇÃO

Governabilidade: avalia o grau de autonomia da unidade para realizar as ações planejadas dentro de
um processo.

Incentivado: classificação dos usos que estão expressamente dispostos no SNUC (Lei 9985/00) ou
nos instrumentos de gestão e são ferramentas legais para que a unidade atinja seus objetivos de
criação ou usos que são também, objetivos de conservação. Diretamente relacionado com o indicador
“Resultados”.

Insumos: indicador obtido a partir da análise da disponibilidade dos recursos necessários (financeiro,
humano, técnico e equipamentos) para a realização das ações de manejo.

Indicadores globais de efetividade: metodologia apresentada pela UICN (União Internacional para a
Conservação da Natureza) e composta por seis elementos: Contexto, Produtos e Serviços,
Resultados, Planejamento, Insumos e Processos.

Intervenção: um recurso e valor nesse estado é resultado de um dano anterior de lenta recuperação ou
de um dano que ocorra repetidamente. Um RV nesse estado necessita de ação de manejo de
recuperação ou de prevenção para melhorar seu estado de conservação.

Irreversibilidade: é a capacidade de recuperação do ambiente afetado pelo uso, uma vez que o uso
deixe de existir. É avaliado a partir do impacto do uso sobre o ambiente, e não do uso em si. Leva
também em consideração o comprometimento institucional necessário para a recuperação do dano
(tempo e esforço necessários para recuperação).

Magnitude: representa a proporção territorial ou populacional do impacto gerado pelo uso, dada a
continuidade das atuais circunstâncias, pelos próximos 10 anos.

Objetivo de categoria: objetivos elencados no Sistema Nacional de Unidades de Conservação -


SNUC. Varia de acordo com a categoria da unidade (Lei nº 9.985/2000, art. 9º a 21º).

Objetivo de unidade: objetivos estabelecidos no Decreto de Criação da unidade. Alguns decretos não
possuem objetivos específicos ou não estão explicitamente descritos. Objetivos elencados no plano
de manejo, nos planejamentos específicos e nos objetivos estratégicos institucionais incluem-se
nesse grupo.

Padrões Abertos para a Prática de Conservação: metodologia que busca “reunir conceitos,
abordagens e terminologias comuns a desenhos de projetos, manejos e monitoramento da
conservação a fim de auxiliar os profissionais a melhorar a prática da conservação”.

Permitido: classificação dos usos que, apesar de não estarem expressamente dispostos no SNUC ou
nos instrumentos de gestão como ferramentas para atingir determinado objetivo, não são proibidos.
Diretamente relacionados ao indicador “Produtos e Serviços”.

Pesquisa científica: é toda e qualquer atividade com finalidade científica a ser realizada na unidade e
que acesse recursos de forma direta ou indireta, sendo na esfera federal, aquela regulada pelo
Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – Sisbio.

Planejamento: indicador aferido por meio da análise da alocação das ações de manejo relacionadas
aos desafios territoriais de gestão prioritários.

Políticas públicas: políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas
pelo Estado direta ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam
assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social,
cultural, étnico ou econômico. As políticas públicas correspondem a direitos assegurados
constitucionalmente, ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos
poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBio 73


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Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão

ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos
enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais.
(http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.pdf)
acessado em 29/08/2019.

Processos: indicador que avalia a governabilidade, o alinhamento institucional, o esforço na gestão e a


consolidação dos processos prioritários dentro de uma UC.

Produtos e Serviços: indicador resultante da análise do impacto decorrente dos usos permitidos que
ocorrem em determinada unidade.

Propriedade intelectual derivada: propriedade intelectual proveniente do acesso ao recurso,


enquadrando-se nesse uso: produções cobertas por direitos autorais (uso de imagens) e propriedades
industriais (patentes, desenhos industriais e marcas), excetuada a pesquisa científica em si.

Recursos e Valores (RV): são aqueles aspectos ambientais (espécies, ecossistemas, ou processos
ecológicos), sociais (bem-estar social), econômicos, culturais, históricos, geológico/paisagísticos e outros
atributos, incluindo serviços ecossistêmicos e outros atributos baseados em experiências, histórias,
cenas, sons, cheiros, etc. Estes aspectos, em conjunto, são representativos de toda a UC e serão levados
em conta, prioritariamente, durante os processos de planejamento e manejo porque são essenciais para
atingir o propósito da UC. Os recursos e valores estão intimamente ligados ao ato legal de criação da UC,
sejam pelos objetivos de categoria, sejam pelos objetivos de unidade.

Resultados: indicador aferido a partir da análise dos usos incentivados e seus impactos e da avaliação da
situação dos RV identificados na unidade.

Rizomática: Lógica de organização não hierárquica, onde qualquer elemento pode afetar e incidir na
relação de outro elemento.

RV de biodiversidade: por biodiversidade entende-se “a variabilidade de organismos vivos de todas as


origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de
espécies, entre espécies e de ecossistemas” (art. 2º, III, Lei nº 9.985/2000).

RV de geodiversidade e paisagens: geodiversidade pode ser definida como “a gama natural de aspectos
geológicos (pedras, minerais e fósseis), geomorfológicos (forma de relevo, topografia e processos físicos)
e hidrológicos. Inclui ainda seus conjuntos, estruturas, sistemas e contribuições para as paisagens” (UICN
completo - tradução nossa).

RV de serviços ecossistêmicos: os serviços ecossistêmicos “são bens e serviços fornecidos pelo meio
ambiente que beneficiam e mantêm o bem-estar das pessoas. Estes serviços vêm de ecossistemas
naturais [...] e modificados [...]. São aqueles benefícios que a área protegida presta à sociedade”
(http://www.mma.
gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/143-economia-dos-ecossistemas-e-da-biodiversidade -
Publicação: “Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento”.

RV Histórico: é entendido como o conjunto de bens que contam a história de uma geração por meio de sua
arquitetura, vestes, acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas, meios de transportes, obras de
arte, documentos, etc.

RV Cultural (intangível): são elementos culturais que não são materiais e não podem ser fisicamente
tocados ou observados.
RV Cultural (tangível): elementos físicos ou espaços que têm grande importância cultural.
RV socioeconômico: são recursos e valores que trazem benefícios econômicos e contribuem para o bem-
estar (material necessário para uma “vida boa”, saúde, boas relações sociais, segurança, liberdade e
escolha) da população associados direta ou indiretamente às UC.

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MANUAL DE APLICAÇÃO

Severidade: representa quão intenso é o impacto gerado pelo uso, dada a continuidade das atuais
circunstâncias. Para ecossistemas, é medida a partir do grau de destruição ou degradação do
ambiente. Para espécies, é medida a partir do grau de redução da população-alvo (percentagem da
população alvo ou do ambiente que será reduzida nos próximos dez anos ou três gerações).
Termo de compromisso: instrumento de gestão e mediação de conflitos, de caráter transitório firmado
entre o órgão gestor e populações tradicionais residentes em UC, onde a sua presença não seja
admitida ou esteja em desacordo com os instrumentos de gestão, visando garantir a conservação da
biodiversidade e as características socioeconômicas e culturais dis grupos sociais envolvidos.
Unidade de conservação: “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente constituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção” (Lei nº 9.985/2000, art. 2º, I).
Usos: os usos são as relações de direitos reais (usar, colher os frutos e dispor) entre os recursos e
valores (bens tangíveis e intangíveis a serem mantidos na UC) e a sociedade, independente da atuação
estatal.
Uso de fauna: é todo e qualquer uso direto de recursos faunísticos, no todo ou em parte, silvestres
(nativos ou exóticos), dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gera impacto relevante na
UC. Engloba a caça, a pesca, a agricultura, apicultura, e a coleta de indivíduos em qualquer fase da
vida, ovos, pele, dentre outros.
Uso de flora: entende-se como todo e qualquer uso de recursos florísticos (nativos ou plantados),
inseridos dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gere impacto relevante na UC.
Engloba, para todos os efeitos, toda e qualquer extração de recursos madeiráveis ou não, como
desmatamento para extração de madeira, extrativismo de sementes, cascas, folhas, bulbos, ou seja, a
extração de um ser vivo vegetal no todo ou em parte. Não deve ser confundido com a coleta para
finalidade científica.
Uso de recurso abiótico: considera os casos em que determinado recurso que está sendo utilizado não
é biológico, ou seja, esse uso não se enquadra em recursos de flora e nem de fauna.
Uso de solo: é decorrente das relações estabelecidas no que se refere ao exercício dos direitos de
domínio sobre a terra, conforme disposto no Código Civil Brasileiro. Pecuária, agricultura, moradia são
exemplos, tanto como posse ou como propriedade.
Uso específico: atividade derivada dos usos genéricos. Sua classificação legal varia de acordo com a
categoria da unidade em que o uso ocorre.
Uso genérico: atividade principal que engloba as formas de acesso aos recursos das unidades. São
divididos em oito eixos de análise: pesquisa científica, visitação e turismo, propriedade intelectual
derivada, uso de solo, uso de fauna, uso de flora, uso de recurso abiótico e utilidade pública e interesse
social.
Utilidade pública e interesse social: usos que, por vezes, apresentam alto impacto negativo, mas que,
por se tratarem do interesse prevalente da sociedade como um todo, podem ser permitidos. Para tal,
necessitam de licença válida e apta a permitir o uso.
Vedado: classificação dos usos que são incompatíveis com o que se espera para determinada
categoria. Diretamente relacionado ao indicador “Contexto”.
Visitação e turismo: uso público por excelência, tendo pautado inúmeras criações e manutenções de
áreas protegidas no mundo. Sua classificação legal depende da categoria em que a unidade se
encontra.
Voluntariado: a prática de atividade não remunerada, prestada por pessoa física. As atividades do
voluntário em unidades de conservação dever observar as diretrizes e orientações estabelecidas no
plano de manejo e nos demais instrumentos de gestão.

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ANEXOS

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ANEXO 1 Relação dos usos genéricos e específicos


disponibilizados no SAMGe.

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ANEXO 2 Classificação legal dos usos nas unidades de conservação federais,
de acordo com o SNUC.

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ANEXO 3 Relação dos processos e ações de


manejo disponibilizadas no SAMGe.

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Painel de
Resultados por
UC

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