Manual 2021 SAMGe
Manual 2021 SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento
de Gestão Manual de Aplicação
Brasília/DF, Agosto de 2021
SAMGe
SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão
Diretor de Planejamento,
Administração e Logís"ca
Luis Henrique Falconi
Coordenador Geral de
Planejamento Operacional
e Logís"ca
Hiago Usliam Paurilio Braz
Chefe de Divisão de
Monitoramento e Avaliação
de Gestão
Mariusz Antoni Szmuchrowski
Revisão
Leandro da Silva Souza
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 8
HISTÓRICO............................................................................................................................................... 10
A LÓGICA DO SAMGe ............................................................................................................................ 12
CONHECENDO A PLATAFORMA.......................................................................................................... 13
AÇÕES DE MANEJO........................................................................................................................ 52
Passo 4 – Ações de Manejo ................................................................................................................ 54
Espacializando as Ações de Manejo .................................................................................................. 56
Para atualizar o preenchimento anterior das Ações de Manejo........................................................... 57
PROCESSOS.................................................................................................................................... 65
Passo 7 – Processos ........................................................................................................................... 66
Para atualizar o preenchimento anterior: Processos........................................................................... 67
GLOSSÁRIO...................................................................................................................................... 72
INSTITUTO
INSTITUTOCHICO
CHICOMENDES
MENDESDE DE
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
CONSERVAÇÃO - ICMB
DA BIODIVERSIDADEio io- ICMB 3
SAMGe
Sistema de Análise
e Monitoramento de Gestão
Lista de Figuras
Figura 01 – Diagrama das inter-relações e fluxo de preenchimento SAMGe
Figura 02 – Demonstração da página principal do SAMGe
Figura 03 – Demonstração para acessar a página de cadastro
Figura 04 – Demonstração da página de cadastro
Figura 05 – Demonstração de mensagem automática
Figura 06 – Demonstração do acesso à página da UC a ser avaliada
Figura 07 – Demonstração da página da UC após a entrada no Sistema
Figura 08 – Demonstração do botão para iniciar o preenchimento
Figura 09 – Guia de preenchimento do SAMGe
Figura 09a – Inter-relação entre os Pilares Objetivos do SAMGe
Figura 10 – Indicação de preenchimento do Passo 1
Figura 11 – Demonstração da seleção do tipo de objetivo
Figura 12 – Demonstração da seleção do objetivo de categoria
Figura 13 – Demonstração da classificação do recurso e valor
Figura 14 – Seleção da origem do fator
Figura 14a – Inserção de fotos para RV
Figura 15 – Demonstração do início da espacialização do RV
Figura 16 – Ambiente de espacialização, com os botões de ferramentas
Figura 17 – Demonstração do salvar o RV
Figura 18 – Demonstração da exclusão de um recurso e valor
Figura 19 – Representação dos usos genéricos
Figura 20 – Início da avaliação dos usos específicos
Figura 21 – Demonstração da seleção dos usos específicos avaliados
Figura 22 – Demonstração da seleção da justificativa que altera a classificação legal
Figura 23 – Indicação da classificação legal do uso como ocorre na Unidade
Figura 24 – Demonstração da marcação Entorno
Figura 25 – Demonstração da marcação dos campos TBC e voluntariado
Figura 26 – Demonstração dos eixos de avaliação dos impactos positivos e negativos
Figura 27 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos positivos
Figura 28 – Demonstração da avaliação dos impactos positivos
Figura 29 – Demonstração da avaliação dos impactos negativos
Figura 30 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos negativos
Figura 31 – Iniciando a espacialização dos usos específicos
Figura 32 – Demonstração do ambiente de mapa para espacializar os usos
Figura 33 – Indicação de preenchimento do Passo 4
4
MANUAL DE APLICAÇÃO
Lista de Tabelas
Tabela 01 - Relação dos objetivos de categoria das unidades de conservação
federais dispostos no SNUC.............................................................................................................. 19
Tabela 02 - Critérios para avaliação dos impactos negativos dos usos.............................................. 43
ANEXOS
ANEXO - Relação dos usos genéricos e específicos disponibilizados no SAMGe.
ANEXO - Classificação legal dos usos nas unidades de conservação federais, de acordo com o SNUC.
ANEXO - Relação dos processos e ações de manejo disponibilizadas no SAMGe.
LISTA DE SIGLAS
APA - Área de Proteção Ambiental
ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico
ARPA - Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Amazon Region Protected Areas)
CGCAP – Coordenação Geral de Criação, Planejamento e Avaliação de UC
CNUC - Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
COMAG – Coordenação de Monitoramento e Avaliação de Gestão de UC
GR - Gerência Regional
DIMAN – Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação
ENAP - Escola Nacional de Administração Pública
ESEC - Estação Ecológica
FLONA - Floresta Nacional
GEF - Global Environment Facility
GIZ - Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MONA - Monumento Natural
NGI – Núcleo de Gestão Integrada
6
MANUAL DE APLICAÇÃO
INTRODUÇÃO
O Sistema de Análise e Monitoramento de Gestão – SAMGe é uma ferramenta/metodologia de
avaliação e monitoramento da gestão de unidades de conservação, de aplicação rápida e resultados
imediatos, concebida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, com o
apoio operacional do WWF-Brasil, do programa Amazon Region Protected Areas – ARPA e do Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e com o apoio financeiro da Fundação Gordon e Betty Moore, do
Projeto Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC LifeWeb e do Projeto
Regional Áreas Protegidas no Nível dos Governos Locais – APL.
O SAMGe é composto por dois elementos principais: a caracterização avaliativa e a análise dos
instrumentos de gestão. Seu preenchimento pauta-se nos objetivos por unidade de conservação – UC e
por categoria (descritos na Lei nº 9.985/2000 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação –
SNUC), bem como nos instrumentos de criação e planejamento (Decretos e planos de manejo, por
exemplo), a partir dos quais são atribuídos os recursos e valores e o usos a eles relacionados.
Assim, o SAMGe visa aferir a efetividade da gestão de unidades de conservação a partir da análise
das inter-relações dos recursos e valores - RV (o que se busca manter), dos usos (interfaces entre os RV e
a sociedade) e das ações de manejo realizadas pelo órgão gestor. Esses três elementos, em conjunto,
compõem os objetivos de gestão de uma unidade de conservação.
Toda unidade de conservação é um espaço territorial protegido. Enquanto espaço territorial, a
unidade de conservação relaciona-se com a sociedade por meio dos direitos reais (usar, colher os frutos e
dispor, por exemplo). Assim, a aferição do impacto negativo e positivo decorrente do uso na unidade é
fundamental para verificar a manutenção dos recursos e valores da unidade (efetividade) e o quanto os
usos influenciam positivamente a sociedade (alta efetividade). Além disso, torna-se relevante verificar se
as estratégias já existentes são factíveis em um primeiro momento, para, posteriormente, aferir se elas
geram os resultados esperados em termos de melhoria do estado de conservação dos recursos e valores
ou em termos de qualificação dos usos relacionados à UC.
O escopo de atuação do Sistema é direcionado, primariamente, para a unidade de conservação e
para o auxílio à gestão em âmbito local, no intuito de sistematizar e monitorar informação territorial em uma
base comum e gerar relatórios gerais ou específicos. Além disso, aproxima a sociedade da gestão das
áreas protegidas por meio de diversas formas, como o preenchimento em conselhos, a visualização de
informações e a divulgação de resultados.
As experiências de aplicação têm permitido a evolução da metodologia, auxiliando as unidades de
conservação na tomada de decisão local, além de ser, no âmbito federal, requisito obrigatório nos
processos de elaboração e revisão de planos de manejo (principal instrumento de ordenamento territorial
da UC) e para a disponibilização de recursos de compensação ambiental. O diagnóstico do SAMGe
possibilita o uso por diferentes áreas técnicas para a avaliação e o acompanhamento de processos, ações
de manejo e atividades, podendo, assim, indicar a necessidade de esforços nas áreas de pesquisa,
fiscalização, gestão de conflitos, monitoramento da biodiversidade e voluntariado, por exemplo. Tem sido
utilizado para a tomada de decisão institucional, por ser a informação de melhor compreensão do sistema
de UC na esfera federal.
Complementarmente, o Ministério do Meio Ambiente – MMA tem se valido do SAMGe como
instrumento para medir a efetividade de gestão das unidades de conservação do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, pois traz a possibilidade de qualificação das UC quanto à gestão efetiva,
conforme se destaca da meta 11 da Convenção da Diversidade Biológica: “Até 2020, pelo menos 17% de
áreas terrestres e de águas marinhas e costeiras, especialmente áreas de especial importância para a
biodiversidade e serviços ecossistêmicos terão sido conservadas por meio de sistemas de áreas
protegidas geridas de maneira efetiva e equitativa, ecologicamente representativas e satisfatoriamente
interligadas e por outras medidas espaciais de conservação e integradas em paisagens terrestres e
marinhas mais amplas”.
8
MANUAL DE APLICAÇÃO
As primeiras experiências para ampliar a aplicação do SAMGe nas esferas estaduais, distrital e
municipais ocorreram a partir da orientação de aplicação junto às UC contempladas por Projetos de
Cooperação Internacional que visam aumentar a efetividade das UC, como o ARPA, o Projeto Áreas
Marinhas e Costeiras Protegidas – GEF-Mar, o Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e
Manejo para a Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica – Mata Atlântica e o Projeto
Regional Áreas Protegidas no Nível dos Governo Locais – APL. Adicionalmente, o MMA tem avaliado
outras formas de aplicação da metodologia, a fim de auxiliar na locação de recursos e nos esforços na
gestão.
Com a interlocução do Departamento de Áreas Protegidas - DAP/MMA, alguns Estados da
Federação passaram pela capacitação do SAMGe e começaram a utilizar o Sistema para avaliar suas
unidades de conservação (Minas Gerais, por exemplo). A Bahia, o Ceará e o Tocantins, inclusive,
institucionalizaram o SAMGe no seu ciclo de gestão.
O SAMGe, em sua construção, preocupou-se em preencher lacunas existentes na gestão de
unidades de conservação. Por conta disso, sempre evitou se sobrepor a outras metodologias, no
entanto, o seu aprimoramento contínuo e amadurecimento analítico, permitiu que a ferramenta fosse
capaz de avaliar a efetividade de gestão das unidades de conservação na esfera federal, e acompanhar
a evolução da gestão neste sistema de UC, com gradativa evolução da avaliação nos estados e
municípios, utilizando os preceitos advindos dos Padrões Abertos para a Prática da Conservação.
A partir dos indicadores globais de efetividade de gestão descritos pela União Internacional de
Conservação para a Natureza - UICN, foram definidos os seis elementos que, ligeiramente adaptados,
compõem a análise do SAMGe: 1) resultados, 2) produtos e serviços, 3) contexto, 4) planejamento, 5)
insumos e 6) processos (figura 01). Já a metodologia Padrões Abertos para a Prática da Conservação é
utilizada pelo ICMBio em diferentes escopos, tais como: elaboração dos Planos de Ação Nacional (PAN)
e revisão de alguns Planos de Manejo. O SAMGe, por sua vez, utiliza lógica similar para a classificação
de elementos, permitindo a migração de parcela significativa do seu conteúdo para as plataformas de
Padrões Abertos.
HISTÓRICO
Em 2010, o ICMBio, por meio da Coordenação de Avaliação e Monitoramento de Unidades de
Conservação (CAMUC), criou um Grupo de Trabalho para identificar experiências de monitoramento de
efetividade e incentivar a reflexão sobre o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento da
gestão voltada para resultados. Foram, então, elaborados diversos documentos a partir do levantamento
das experiências e da análise dos resultados decorrentes.
Após a elaboração da proposta inicial da ferramenta, ela foi validada pela Coordenação Geral de Criação,
Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação (CGCAP) e pela Diretoria de Criação e Manejo de
Unidades de Conservação (DIMAN) e apresentada ao MMA.
No ano de 2014, foram realizadas experiências piloto. A metodologia foi apresentada para diferentes
partes interessadas (ou stakeholders) que contribuíram de maneira significativa para seu
aperfeiçoamento.
Em 2015, a metodologia teve seu formato reformulado para atender às demandas internas e
internacionais no que se refere às análises de efetividade de gestão de unidades de conservação.
Nesse mesmo ano, realizou-se uma oficina de capacitação, em parceria com o WWF-Brasil, voltada para
pontos focais de todas as Coordenações Regionais (CR) e dos estados do bioma Amazônia para
preenchimento da ferramenta.
A primeira aplicação consistiu no preenchimento dos três elementos relacionados ao impacto territorial
decorrente da política pública (Contexto, Produtos e Serviços e Resultados), foi, portanto, uma aplicação
parcial da ferramenta e contou com a participação de 191 unidades.
Em 2016, a ferramenta SAMGe foi institucionalizada por intermédio da Portaria do ICMBio nº 306, de 31
de maio de 2016. Também em 2016, o sistema foi reformulado de forma que respondesse, além dos três
elementos já avaliados no ciclo de 2015, os elementos relacionados à gestão (Planejamento, Insumos e
Processos).
Ainda nesse ano, foi realizada uma capacitação direcionada aos pontos focais das CR, das Coordenações
da Administração Central do ICMBio e do MMA, além de gestores de algumas unidades estaduais
apoiadas pelos Programas ARPA e GEF-terrestre. Nessa capacitação, houve uma discussão conceitual
do SAMGe, além do preenchimento da planilha e da espacialização das informações.
Nesse segundo ciclo, 156 unidades federais responderam a ferramenta, além de cinco unidades
estaduais, demonstrando que o SAMGe também pode ser adaptado à realidade das UC de outras
esferas.
10
MANUAL DE APLICAÇÃO
Para o ciclo de 2017, os três elementos relacionados à gestão (Planejamento, Insumos e Processos)
foram aperfeiçoados, visando obter respostas mais consistentes para cada indicador. Assim, as
unidades tiveram que reavaliar esses três elementos, além de preencher alguns novos campos
adicionados na planilha, que tornaram a avaliação mais abrangente.
Em agosto de 2017, o SAMGe foi um dos ganhadores no 21º Concurso Inovação no Setor Público,
promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). O concurso busca valorizar
iniciativas que possam gerar melhoria na gestão das organizações e políticas públicas, contribuindo
para o aumento da qualidade dos serviços prestados à população.
Para contribuir com o processo de aprimoramento da ferramenta, uma parceria foi firmada com o
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e com o Projeto SNUC LifeWeb, com o objetivo de
migrar o sistema para uma plataforma web.
Em 2018, foi aplicado o 4ª ciclo de preenchimento do SAMGe, utilizando a plataforma web para
preenchimento do sistema e análise da efetividade da gestão de UC. O preenchimento passa a ser
realizado online, seguindo a mesma sequência lógica e gerando ao final da aplicação, um painel de
gestão e um relatório sintético com base no preenchimento.
Foi realizada uma capacitação direcionada aos pontos focais das Coordenações Regionais, além de
gestores de algumas unidades estaduais apoiadas pelos Projetos GEF-Mar e GEF-terrestre.
No ano de 2019 foram realizados pequenos ajustes nos indicadores da ferramenta, e incorporados
elementos no formulário que permitiram a inserção de observações, assim como o estabelecimento do
procedimento de validação de cada preenchimento pela instância de apoio.
Em 2020 foi aplicado o 6º ciclo de preenchimento do SAMGe, cuja principal evolução consistiu na
implementação do conceito de Pilares Objetivos, em que os objetivos de uma unidade de conservação
não estariam restritos aos Recursos e Valores e seus atributos, mas somados aos Usos Específicos
Incentivados e às Ações de Manejo associadas aos instrumentos de gestão, tais como Plano de
Manejo, PANs, Planos Específicos, entre outros.
Destaca-se a grande dificuldade enfrentada não somente pela instituição, mas também por nossa
sociedade em relação a Pandemia do SARS COVID-19, que impactou significativamente as relações
nos territórios avaliados. No entanto, a participação dos gestores e equipes das UC foi
consideravelmente massiva, permitindo que aproximadamente 97% destas pudessem ser avaliadas.
Destaca-se também a crescente participação dos Estados, com 216 UC diagnosticadas.
Outro fator marcante no ciclo SAMGe 2020 refletiu-se na maior participação das equipes gestoras das
UC no processo de diagnóstico, fortalecendo a compreensão coletivas dos objetivos e desafios
gerenciais do território.
A participação dos Pontos Focais das Gerenciais Regionais continuou sendo essencial para o sucesso
da aplicação do ciclo de avaliação, mas também do empoderamento destas. Destaca-se a participação
da Coordenação de Elaboração e Revisão de Planos de Manejo - COMAN, orientando as UC com plano
de manejo a mapearem as suas ações e caracterizarem o seu status de execução.
A LÓGICA DO SAMGe
O SAMGe possui uma lógica rizomática e, a partir dela, podemos observar como interagem os elementos
que o compõem. A figura 01 apresenta a lógica de preenchimento e interação dos elementos.
MOSAICO
CR/OG
12
MANUAL DE APLICAÇÃO
Essas inter-relações permitem que a informação seja ampliada, possibilitando fazer inferências a partir
do cruzamento dos dados como: os usos que impactam os recursos e valores (RV), as ações realizadas
sobre os RV, ações realizadas nos usos, entre outros. Esse extenso cruzamento gera inúmeras
possibilidades de análises a partir da informação que se pretenda obter.
CONHECENDO A PLATAFORMA
A plataforma do SAMGe foi concebida em ambiente WEB, após três anos de aplicação do ciclo de
avaliação do diagnóstico das unidades de conservação federais em um ambiente de planilha Excel e
espacialização realizada pelo aplicativo Google Earth. Esse período possibilitou o amadurecimento do
sistema e a indicação das diversas frentes de apoio à tomada de decisão, como preconizado pelo ciclo
de aplicação da ferramenta. A parceria firmada com o IPAM e a recebimento de recursos financeiros
advindos do Projeto SNUC LifeWeb e Áreas Protegidas Locais, somados à crescente demanda
advinda dos usuários por um ambiente mais flexível e dinâmico de aplicação do diagnóstico,
estimularam a corrida para o desenvolvimento de uma plataforma online, com arquitetura em
programas livres, e de manutenção seguindo os padrões do poder público federal.
1. Acesso / cadastramento;
Ao acessar a plataforma (Figura 02), você poderá visualizar diversas informações sobre a ferramenta e
acessar os relatórios consolidados de anos anteriores (pdf), as planilhas consolidadas e por UC (Excel),
os painéis de resultados consolidado e por UC, assim como os documentos de orientação para o
preenchimento no ciclo atual do SAMGe, como o manual de aplicação. Além disso, ao selecionar uma
unidade de conservação pertencente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, é
possível consultar o índice de efetividade de gestão e seus indicadores globais. Ao acessar o caminho
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/criacao-de-unidades-de-conservacao/efetividade-da-
gestao-de-ucs, você terá acesso aos vídeos tutoriais da ferramenta.
Na parte referente aos resultados, você poderá ter acesso a um painel dinâmico, que permitirá efetuar
uma consulta utilizando filtros preexistentes por bioma, categoria, estado, Gerências Regionais, etc.,
de acordo com o recorte de informação desejado, possibilitando diversas análises.
14
MANUAL DE APLICAÇÃO
Para efetuar o cadastro no sistema, o usuário deverá inserir o seu e-mail (preferencialmente o
institucional) e, a seguir, definir uma senha de acesso.
Em seguida, preencha a página de Cadastro que surgirá na tela:
1. Insira o código da Unidade que consta no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
(número contendo 10 dígitos) que será avaliada;
2. Confirme seu e-mail;
3. Escreva seu nome completo e CPF;
FIQUE ATENTO!
Caso o mesmo gestor seja o preenchedor de mais de uma Unidade, como um Núcleo de Gestão Integrada,
por exemplo, os códigos CNUC de todas as Unidades deverão ser inseridos no campo CNUC.
Assim que o acesso for liberado, uma mensagem de confirmação será enviada para o e-mail cadastrado.
Após a liberação do acesso, vá novamente para a página inicial http://samge.icmbio.gov.br e faça o login
inserindo seu e-mail (preferencialmente o institucional) e a senha. Selecione a UC por meio da busca (a)
ou clique sobre o perfil e logo em seguida, sobre o botão UC (b), assim aparecerá uma lista com os nomes
de todas as UC que você deverá avaliar (Figura 06).
16
MANUAL DE APLICAÇÃO
Você será direcionado para a página da UC (Figura 07), onde poderá visualizar o mapa da Unidade com
camadas de geoinformação e os dados básicos da UC, importados do Cadastro Nacional de Unidades
de Conservação. Além disso, ao selecionar um ano, estarão disponíveis a planilha, o painel de gestão e
o relatório sintético da UC, referentes ao ano selecionado, se preenchido pela UC.
Assim, você será direcionado para a primeira página do preenchimento, que é composto por sete
passos, conforme figura 09, e que, ao final, irá gerar o Painel de Gestão.
TOME NOTA!
FIQUE ATENTO!
As UC que realizaram a espacialização a partir de 2019 terão o resgate dos vetores / desenhos para o ciclo atual,
porém terão que validar cada um dos polígonos. Por essa razão recomendamos que não se faça o
carregamento / upload de arquivos que contenham excessivo quantitativo de polígonos, pois o sistema não foi
preparado para a validação conjunta dos elementos. Recomendamos que as feições representem elementos
genéricos a serem espacializados / vetorizados. Caso ocorra erro na validação, recomendamos que seja
ignorada esta etapa e apenas salva a inserção o formulário preenchido.
Recomenda-se realizar a espacialização da UC, pois é uma ferramenta importante para a compreensão
da dinâmica territorial.
18
MANUAL DE APLICAÇÃO
• Preservação da natureza
ESEC
• Realização de pesquisas científicas
Proteção Integral
FLONA
de floresta nativa
• Conservação da natureza
• Proteger os meios de vida das populações
• Proteger a cultura das populações
RESEX
• Assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade
• Conservação da natureza
• Realizar estudos técnicos-científicos sobre o manejo econômico de recursos
REFAU faunísticos
• Conservação da natureza
• Preservar a natureza
• Valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do
ambiente das populações
RDS
• Assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria
dos modos e da qualidade de vida
• Assegurar exploração dos recursos naturais das populações
RPPN • Conservar a diversidade biológica
Tabela 01 – Relação dos objetivos de categoria das Unidades de Conservação federais dispostos no SNUC.
Desde o ciclo SAMGe 2020 tem-se compreendido que os Objetivos de Gestão estão centrados em três
Pilares Objetivos, expressos nos Recursos e Valores, por meio dos seus atributos de conservação, dos
Usos Incentivados, conforme o regramento de cada categoria e seu instrumento regulatório, e das
Ações de Manejo direcionadas pelos Instrumentos de Gestão (Planos de Manejo, PAN, e outros). Essa
adaptação visa alinhar-se aos preceitos dos Recursos e Valores Fundamentais presentes na nova
abordagem metodológica para a elaboração dos Planos de Manejo na instituição, assim como tornar
evidente que não somente os atributos de conservação são essenciais para a gestão e a conservação,
mas sim os estímulos para determinados usos (INCENTIVADOS) conforme a categoria de gestão, e a
aplicação de ações de manejo respaldadas por instrumentos de gestão que são fundamentais para a
implementação e consolidação das unidades de conservação.
20
MANUAL DE APLICAÇÃO
Passo 1 – Dados UC
No primeiro passo, teremos a exposição das informações que constam no Cadastro Nacional de
Unidades de Conservação – CNUC, as quais deverão ser verificadas e, caso haja alguma divergência,
os gestores deverão solicitar a alteração junto ao ponto focal de seu órgão gestor responsável pelo
cadastro de UC no CNUC.
Em seguida, clique no campo “quem preenche” (Figura 10) e selecione uma opção entre as fornecidas
(gestor, equipe, conselho ou GR/OEMA). Logo após, escreva o (s) nome (s) do (s) responsável (is) pelo
preenchimento atual.
Ao finalizar, salve as informações e siga para o próximo passo: Preenchimento dos Objetivos/RV.
FIQUE ATENTO!
Cada UC deverá indicar seus objetivos de conservação, a partir da seleção do objetivo de unidade ou
objetivo de categoria. Os objetivos de categoria estão dispostos na Lei do SNUC (Tabela 01) e os de
Unidade são estabelecidos pelo decreto de criação da UC, pelo planejamento específico e pelos
objetivos estratégicos institucionais.
Ademais, os objetivos da Unidade podem incluir os objetivos descritos no plano de manejo, os quais
subsidiam a elaboração dos propósitos da UC na nova metodologia de elaboração de planos de manejo
– Foundation Document .
TOME NOTA!
Recomenda-se iniciar o preenchimento pelos objetivos de unidadee, quando descritos todos os Recursos e
Valores associados a estes objetivos, avançar para a descrição dos objetivos de categoria.
FIQUE ATENTO!
Os Recursos e Valores estão intimamente ligados ao ato legal de criação da UC, sejam pelos objetivos de
categoria, sejam pelos objetivos de unidade que, em outras palavras, são as respostas que a sociedade
espera de determinada política pública.
Biodiversidade
Por biodiversidade entende-se “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies
e de ecossistemas.” (art 2º, III, Lei nº 9.985/2000).
Como exemplos, podemos citar: remanescentes de vegetação do Cerrado, espécies nativas, fauna
ameaçada e endêmica, Savana de altitude, diversidade marinha, comunidade de aves aquáticas, banco
de corais, floresta ombrófila mista, etc. Incluem-se, ainda, processos ecológicos que não são serviços
ecossistêmicos.
22
MANUAL DE APLICAÇÃO
Serviços Ecossistêmicos
Os serviços ecossistêmicos “são bens e serviços fornecidos pelo meio ambiente que beneficiam e
mantêm o bem-estar das pessoas. Estes serviços vêm de ecossistemas naturais [...] e modificados [...].
São aqueles benefícios que a área protegida presta à sociedade4”.
Dentre eles, temos: suprimento de água, matéria-prima (castanha, palmito), regulação climática,
conservação do solo, recursos genéticos e medicinais (óleos, copaíba), cobertura vegetal original
(contribuindo para recarga de aquíferos), entre outros.
Geodiversidade e Paisagens
A geodiversidade pode ser definida como “a gama natural de aspectos geológicos (pedras, minerais e
fósseis), geomorfológicos (forma de relevo, topografia e processos físicos) e hidrológicos. Inclui ainda
5
seus conjuntos, estruturas, sistemas e contribuições para as paisagens ”.
Socioeconômico
São recursos e valores que trazem benefícios econômicos e contribuem para o bem-estar (material
necessário para uma “vida boa”, saúde, boas relações sociais, segurança, liberdade e escolha) da
população associados direta ou indiretamente às UC.
Exemplos: turismo de base comunitária gerando emprego e renda, áreas naturais para conscientização
ambiental, recreação e desenvolvimento socioeconômico associado.
Histórico-Cultural
RV Histórico: é entendido como o conjunto de bens que contam a história de uma geração por meio de
sua arquitetura, vestes, acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas, meios de transportes,
obras de arte, documentos, etc7.
Já os RV Culturais podem ser divididos em:
RV Cultural (intangível): são elementos culturais que não são materiais e não podem ser fisicamente
tocados ou observados. Dentre os exemplos, incluem-se identidade cultural, conhecimento cultural ou
tradicional, práticas culturais.8
RV Cultural (tangível): são elementos físicos ou espaços que têm grande importância cultural, como,
por exemplo, sítios arqueológicos, templos, ruínas, bosques sagrados e cemitérios9.
Faz parte da metodologia avaliar os RV conforme a necessidade ou não de intervenção do Estado. Para
isso, eles poderão ser classificados como conservação ou intervenção.
O primeiro indica que o RV se encontra no estado desejado de conservação. Já o segundo indica que o RV
necessita de ação de manejo preventiva ou de recuperação de danos recorrentes, ou de impactos
negativos de lenta ou difícil recuperação, ocorridos anteriormente. Como exemplo, temos mineração e
espécies exóticas invasoras.
TOME NOTA!
Quando o fator de intervenção for relacionado à espécie exótica, indicar a espécie (nome científico,
preferencialmente) e o impacto causado ou em curso. Exemplo: Javali (Sus scrofa), causando erosão em
corpos d`água e esgotamento de nascentes.
Para os RV considerados em intervenção, será necessário descrever o fator que tem levado esse RV a
essa situação e, adicionalmente, identificar a origem desse fator (fatores naturais/seminaturais ou fatores
antrópicos).
Fatores naturais ou seminaturais – processos naturais (fogo, erosão, inundação, etc) ou processos
naturais intensificados pela intervenção antrópica, tais como o fenômeno da maré vermelha e
assoreamento acelerado de cursos d’água pela supressão da vegetação, dentre outros.
A fonte da informação relacionada ao RV (fonte primária ou secundária) também deverá ser indicada:
Fonte primária – caracteriza por ser uma informação original, sendo muitas vezes o primeiro registro de
alguma informação. São as produzidas diretamente pelo autor da pesquisa. Exemplos: artigos de
periódicos; patente; relatórios; teses e dissertações; normas técnicas, observação em campo, etc.
Fonte secundária – é a informação filtrada e organizada, a partir da seleção e revisão das fontes.
Exemplos: enciclopédias, dicionários, manuais, tabelas, revisão de literatura, monografias, anuários, base
de dados, entre outros.
24
MANUAL DE APLICAÇÃO
Passo 2 – Objetivos/RV
Neste passo serão preenchidas as informações acerca dos objetivos e dos Recursos e Valores. Ao
clicar sobre o primeiro campo em branco (área em destaque), você poderá selecionar o tipo de
objetivo: categoria ou unidade (Figura 11).
Se o objetivo selecionado for de categoria, no campo seguinte haverá uma lista suspensa com as
opções possíveis para a categoria da UC avaliada (Figura 12).
FIQUE ATENTO!
Ao caracterizar um RV, leve em consideração que este deve representar algum atributo ecológico,
histórico-cultural, paisagístico, geológico e social que possa motivar a existência de um Uso ou
Ação de Manejo.
Em seguida, faça o preenchimento dos Recursos e Valores (aquilo/atributo que se quer manter).
TOME NOTA!
É imprescindível que haja aspectos ambientais (espécies, ecossistemas ou processos ecológicos) dentre os
listados; Os RV sociais e culturais devem ser relacionados aos aspectos ambientais, sempre que possível.*.
* A UICN identifica a conservação da natureza como “o propósito primário [...] de áreas protegidas. Dessa
forma, a natureza se sobrepõe a outros valores. Por mais importantes que esses outros valores sejam, como
o turismo ou outro benefício socioeconômico, eles não podem comprometer a natureza.”10
Para preencher os Recursos e Valores, você deverá observar o objetivo descrito para, somente então,
escrever o RV relacionado diretamente a ele. Por exemplo, se uma Estação Ecológica selecionou como
objetivo de categoria “preservação da natureza”, o RV descrito deve se relacionar diretamente com
aquele, como, “banco de algas” ou “remanescente de vegetação nativa”.
Após elencar o RV, deve-se classificá-lo entre as opções disponíveis como: biodiversidade, serviços
ecossistêmicos, geodiversidade e paisagem, sócio econômico e histórico-cultural (Figura 13).
10 Worboys, Graeme, et al Protected Area Governance and Management ANU Press - Austrália, 2015.
26
MANUAL DE APLICAÇÃO
Se a marcação feita for conservação, não será necessário preencher os campos fator e origem
dos fatores.
Caso queira, uma foto (até 1 MB) referente ao RV descrito poderá ser anexada. Basta clicar sobre o ícone
anexo, selecionar e anexar a foto (Figura 14a).
Antes de anexar a foto no link do RV, no intuito de resguardarmos os direitos de autoria, recomendamos
.
que seja inserido por meio de um editor de imagens (Paint, Corel Draw, GIMP2, Adobe Ilustraitor,
outros) o nome do autor e data. Caso haja dificuldade, indicamos que o arquivo seja renomeado com o
seguinte padrão - nomeautor_ano_uc.jpg.
Ao final, certifique que todas as informações estão corretas e clique em salvar, antes de espacializar o RV.
TOME NOTA!
Ao certificar que todas as informações estão corretas, os gestor está apenas afirmando que avaliou ou
reavaliou as informações atentamente.
Espacializando o RV
Para finalizar a descrição do RV, você poderá espacializá-lo, mas lembre-se de salvá-lo antes de iniciar
o mapeamento. Para iniciar, clique na lupa (em destaque), conforme Figura 15.
Assim, surgirá uma janela com oslimites da UC, ambiente no qual a equipe gestora da UC poderá
efetuar a espacialização, por meio dos botões de ferramentas disponíveis, conforme demonstrado na
Figura 16.
FIQUE ATENTO!
Ao efetuar o upload (shapefile) de camadas de suas bases de dados, recomendamos o manejo desta para
que seja carregada apenas a feição específica (polígono) ao objeto (RV, USO ou Ação de Manejo) que se
quer mapear.
28
MANUAL DE APLICAÇÃO
Quando já houver preenchimento de anos anteriores, o gestor deverá ler todas as informações sobre cada
RV elencado, podendo excluir ou acrescentar novos RV (Figura 18). Aproveite para revisar cada objetivo
de conservação e RV descrito, e realizar as atualizações necessárias para registrar a realidade de gestão
neste ano. Recomendamos que para os preenchimentos de RV que estão sendo resgatados, que se
Salve antes de efetuar qualquer alteração como, inserção ou remoção de novo RV.
Se houver RV em estado de Intervenção, os campos fator e origem dos fatores deverão ser preenchidos
obrigatoriamente, antes de avançar para o próximo passo. Indique ou atualize a fonte da informação, se
primária ou secundária.
Revise também a espacialização realizada dos Recursos e Valores ou faça o mapeamento, caso este
ainda não tenha sido feito.
FIQUE ATENTO!
Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização dos RV neste ciclo de avaliação, para que o
sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e salvar cada
polígono, individualmente.
30
MANUAL DE APLICAÇÃO
Esses usos genéricos englobam as formas de acesso aos recursos das UC por meio de diversas
modalidades de usos específicos que, por sua vez, serão enumerados, avaliados e espacializados.
Usos Específicos
Para cada uso genérico, uma lista de usos específicos será disponibilizada. A partir dos usos
específicos selecionados é que o usuário irá descrevê-los, como forma de detalhar ainda mais as
informações sobre o uso em questão. Por exemplo, no caso da pesca, características como “artesanal”
ou “industrial” dão particularidade ao uso específico, elemento determinante na avaliação do uso e
das ações de manejo.
Note que a “pesquisa científica”, para todas as categorias, é classificada legalmente como uso
incentivado. Vale destacar que, todos os usos Incentivados, mesmo que de forma diferenciada, são
objetivos de categoria, destacando a questão da visitação e educação ambiental nas UC. Indica-se que
a pesquisa com ênfase em métodos de uso sustentável de floresta nativa é incentivada somente
na categoria Floresta Nacional. Já a pesquisa voltada para a conservação da natureza e qualidade
de vida das comunidades tradicionais como uso incentivado nas categorias Resex e RDS.
FIQUE ATENTO!
Ao se preencher a pesquisa científica, leve em consideração a realização da pesquisa em si, e não o objeto da
pesquisa. Dessa forma, caso esteja descrevendo uma pesquisa científica relacionada ao fogo, por exemplo, o
que deve ser considerado, inclusive para a avaliação do impacto desse uso, é a realização da pesquisa e não
o impacto que o fogo pode causar dentro e no entorno de uma unidade.
A categoria visitação e turismo é o uso público por excelência, tendo pautado inúmeras criações e
manutenções de áreas protegidas no mundo. Como usos específicos, estão as diferenciações que a Lei
adota, sendo que o conceito para cada uma delas não é unânime. Para fins da presente metodologia, a
classificação é assim descrita:
• Atividades de educação ambiental: são aquelas que ocorrem na unidade independente de uma educação
formal. São as atividades de educação ambiental realizadas pela unidade, geralmente por meio de um
agente condutor.
• Recreação em contato com a natureza: são as atividades de recreação que, eventualmente, podem ser
realizadas no interior de unidades de conservação. Citam-se, como exemplo, as caminhadas, as trilhas de
bicicleta, as escaladas, entre outras.
• Turismo ecológico: é o realizado com a finalidade de contato com atributos naturais e ecológicos,
reforçando a experiência de contato com a natureza. O uso “observação de fauna” enquadra-se nesse uso
específico.
• Turismo: é o realizado nas unidades de conservação, mas não necessariamente está relacionado ao
aspecto natural, pois as unidades de conservação nem sempre possuem atributos exclusivamente
naturais, sendo possível a existência de atributos históricos, culturais, dentre outros, que possam gerar
interesse de visitação, como, por exemplo, visita ao Cristo Redentor no Parque Nacional da Tijuca.
• Visitação sem ordenamento: é toda e qualquer visita, mesmo que seja análoga às supradescritas, mas
que não possua instrumento regulatório válido, tornando-se uma visitação sem ordenamento. Ela é
considerada um uso vedado para todas as categorias.
Como propriedade intelectual derivada, entende-se a proveniente do acesso ao recurso. Assim, cabem
tanto as criações artísticas cobertas pelos direitos autorais, quanto as propriedades industriais, como
patentes, desenhos industriais ou marcas.
Com relação aos direitos autorais, tem-se, normalmente, o uso de imagem, tanto para uso privado, quanto
para uso comercial. Além disso, pode ser citada a composição de músicas a partir de sons gravados em
unidades de conservação.
Com relação à propriedade industrial, tem-se as patentes provenientes de acesso aos recursos genéticos
ou as marcas que exploram atividades em unidades de conservação, como autorizadas, licenciadas e
concessionárias.
• Acesso a recurso genético: conforme a Convenção sobre Diversidade Biológica, é o acesso a todos os
organismos vivos (plantas, animais e microrganismos) que carregam material genético potencialmente útil
aos seres humanos. Pode ser proveniente de ambientes em que ocorram naturalmente (in situ) ou de
coleções criadas pelos seres humanos, tais como os jardins botânicos, bancos de germoplasma, bancos
de sementes ou coleções de culturas microbianas (ex situ).
32
MANUAL DE APLICAÇÃO
• Concessionária (marca): Entidade privada responsável para prestação de serviço público de forma
indireta na unidade de conservação, mediante licitação, por prazo determinado.
O uso de solo decorre das relações estabelecidas no que se refere ao exercício dos direitos de domínio
sobre a terra, conforme disposto no Código Civil Brasileiro.
A posse é um fato que gera direito de usar e colher os frutos. Ela se dá nos casos em que os usuários
não são os titulares da terra. Já no caso de propriedade, o usuário pode também dispor da coisa
(vender, doar).
• Moradias: referem-se ao uso tradicional de qualquer posse ou propriedade. Elas são assim
denominadas quando servem como base para núcleo familiar, cabendo, dentro do presente, desde as
moradias de ribeirinhos até os condomínios verticais. Enquadram-se como moradia, as roças e a
criação animais para fins de subsistência. A moradia pode ocorrer em área de propriedade ou em
área de posse.
• Agricultura: refere-se à produção. É o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o
objetivo de obter alimentos, fibras, energia, matérias-primas para roupas, construções, medicamentos,
ferramentas, ou apenas para contemplação estética ex situ. A agricultura pode ocorrer em área de
propriedade ou em área de posse.
• Pecuária: refere-se à criação de animais de grande, médio ou pequeno porte para fins comerciais.
Enquadram-se nesse caso a criação de bois, porcos, aves, cavalos, ovelhas, coelhos, búfalos, entre
outras. A pecuária pode ocorrer em área de propriedade ou em área de posse.
• Pecuária (animais de grande porte): válido exclusivamente para FLONA e RESEX, são permitidas as
criações de animais de grande porte desde que exercidas por populações tradicionais habitantes das
UC antes de suas criações.
Pecuária de pequeno porte e de cunho complementar: uso aplicado exclusivamente em RESEX, com a
finalidade de identificar criações para subsistência / consumo próprio das comunidades residentes.
• Estrutura administrativa da UC: refere-se à sede ou base da unidade de conservação e toda estrutura
administrativa associada, como sala de reuniões / eventos, centros de visitantes, banheiros e outras
construções.
- Posse de má-fé / ocupação e grilagem: A posse é de má-fé quando aquele que a está exercendo sabia
ou não ignorava o vício, ou o obstáculo que impedia a aquisição da coisa. Um exemplo clássico deste
tipo de posse é quando o adquirente da coisa (móvel ou imóvel), por negligência ou grosseira, sabia ou
não ignorava que a coisa não pertencia ao alienante. Outro exemplo comum de posse de má-fé é a
invasão de terra na qual a propriedade é conhecida, ou seja, tem consciência de que já tem proprietário.
A posse boa-fé pode vir a se tornar de má-fé quando as circunstâncias fazem presumir que o possuidor
passou a não mais ignorar que possui indevidamente. Um exemplo dessa hipótese é quando uma
pessoa adquire a posse de um bem, deixa de quitar com as prestações junto ao alienante e permanece
no imóvel. Desta forma, uma posse que era justa e de boa-fé, passa a ser de má-fé.
- Área urbana: É o espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação contínua e pela
existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de serviços públicos que possibilitam a
vida da população.
• Açude para dessedentação: com a finalidade de represar água para ser usada na dessedentação dos
animais, apenas.
• Outras atividades comerciais: referem-se às atividades que ocorrem dentro das unidades de
conservação e não estão diretamente relacionadas com as atividades rurais supradescritas ou com as
atividades de moradia. São exemplos: comércios, pousadas, hotéis, hotéis fazenda, resorts, entre outras.
O uso de fauna é todo e qualquer uso direto de recursos faunísticos, no todo ou em parte, silvestre (nativos
ou exóticos), dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gere impacto relevante na UC.
Engloba a caça, a pesca, a aquicultura, a apicultura e a coleta de indivíduos em qualquer fase da vida,
ovos, pele, dentre outros.
Lembrando que cada um dos usos pode apresentar subdivisões que poderão ser adotadas conforme
entendimento de quem preenche o painel de gestão.
• Caça: “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou da rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo
com a obtida”. (Lei 9.605/1998).
• Pesca: “toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros”. Segundo a Lei 11.959/2009, ela pode ser dividida em:
I – comercial:
a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime
de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado,
podendo utilizar embarcações de pequeno porte;
b) industrial: quando envolver pescadores profissionais, empregados ou em regime de parceria por cotas-
partes, utilizando embarcações de pequeno, médio ou grande porte, com finalidade comercial.
II – não comercial:
a) amadora: quando praticada com equipamentos ou petrechos previstos em legislação específica, tendo
por finalidade o lazer ou o desporto;
b) de subsistência: quando praticada com fins de consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e
utilizando petrechos previstos em legislação.
• Coleta: obtenção de organismo silvestre animal ou microbiano, seja pela remoção do indivíduo do seu
habitat natural, seja pela colheita de amostras biológicas.
TOME NOTA!
A coleta e a pesca experimental com finalidade científica devem ser avaliadas no campo próprio de “pesquisa
científica”, por se tratarem de uma etapa necessária à pesquisa.
34
MANUAL DE APLICAÇÃO
Aquicultura: difere-se da pesca por ser baseada no cultivo de organismos aquáticos, geralmente em
espaço controlado e confinado, para produção e exploração comercial. Exemplos: piscicultura e
carcinicultura11.
Apicultura silvestre: atividade de criação de abelhas com ferrão para a produção de mel, própolis,
geléia real e outros produtos12.
Meliponicultura: atividade de criação de abelhas sem ferrão para extração de mel, própolis, geléia
real e outros produtos11.
Por uso de flora, entende-se todo e qualquer uso de recursos florísticos, nativos ou plantados,
inseridos dentro da unidade de conservação, ou no entorno, e que gere impacto relevante na UC.
Engloba, para todos os efeitos, toda e qualquer extração de recursos madeiráveis ou não, como
desmatamento para extração de madeira, extrativismo de sementes, cascas, folhas, bulbos, ou seja, a
extração de um ser vivo vegetal no todo ou em parte.
Extrativismo vegetal: consiste na retirada de produtos vegetais que estão presentes na natureza,
como gravetos, cipós, galhos secos, borracha, seivas, frutos selvagens, sementes, flores, folhas,
cascas e etc.
Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais: qualquer forma de extração e/ou extrativismo
madeireiro ou não madeireiro. Esse uso também é objetivo de categoria em Floresta Nacional.
O uso genérico denominado uso de recurso abiótico considera os casos em que determinado recurso
que está sendo utilizado diretamente não é biológico, ou seja, esse uso não se enquadra em recursos
de flora e nem de fauna. Enquadram-se nesse uso os casos da extração mineral (todo o seu processo,
incluindo seus rejeitos) e da extração de água mineral (com finalidade estritamente comercial) e
extração de petróleo em unidades de conservação, inclui-se neste uso, a extração de gás.
Na utilidade pública e interesse social temos a prevalência de situações que demandam bastante
das unidades de conservação sobremaneira. Sendo assim, sob a égide desse uso, existem situações
que, apesar do alto impacto negativo que por vezes geram, podem ocorrer por se tratarem do interesse
prevalente da sociedade como um todo. São sugeridos como usos específicos: disposição de resíduos;
captação de água; servidão de passagem terrestre (rodovias, estradas de terra, e vicinais); Servidão de
passagem fluvial e marítima (hidrovias); geração de energia; transmissão de energia; atividade
portuária; torre de comunicação; açude (com a finalidade de represar água para ser usada na geração
de força, na agricultura e no abastecimento de populações); gasoduto/oleoduto/granduto/mineroduto;
cemitério; sinalização náutica e área de exercício militar.
TOME NOTA!
O uso utilidade pública e interesse social é classificado ordinariamente como vedado, por demandar de
licenciamento ambiental ou outras autorizações específicas, cabendo a alteração da sua classificação legal, em
todas as categorias, caso haja licença válida e apta a permitir o uso.
FIQUE ATENTO!
Os açudes podem ser classificados como utilidade pública e interesse social, quando utilizados para fins
de abastecimento humano ou geração de energia, ou como uso do solo quando utilizados somente para a
dessedentação de animais de criação.
- Gasoduto é uma tubulação utilizada para transportar gás natural de um lugar para outro;
- Oleoduto é uma tubulação fechada que é utilizada para transportar petróleo e seus derivados;
- Granduto é um sistema de transporte de grãos por arrasto, no interior de tubos, através de
pastilhas e corrente;
- Mineroduto é um duto ou tubulação por onde se transporta minério de um lugar para outro;
- Cabeamento de comunicação corresponde às redes físicas compostas por cabos por cabos de
cobre ou fibra ótica, interligando regiões.
Infraestrutura urbana: são compostos por equipamentos de suporte urbanos, tais como vias de acesso,
avenidas, hospitais, escolas, áreas residências urbanas e comerciais.
TOME NOTA!
Se no preenchimento for descrito algum uso específico relacionado à espécie exótica, mesmo que indiretamente,
indicar qual a espécie (nome científico, preferencialmente) e o impacto causado. Exemplo: uso aquicultura -
criação de Tilápia (Tilapia rendalli) em açudes ou camarão-do-pacífico (Litopenaeus vannamei) no mangue.
Por vezes, é possível observar um uso dentro de outro uso, como, por exemplo, suprime-se a vegetação
com a finalidade de praticar atividades pecuárias; capta-se água e também se faz o transporte dela ou
represa-se cursos d’água para irrigação. Nessas situações, aconselhamos que seja indicada no SAMGe
apenas a atividade principal (pecuária, no primeiro caso, captação de água, no segundo e agricultura,
terceiro) e que as demais atividades associadas sejam relatadas no campo descrição.
36
MANUAL DE APLICAÇÃO
• Usos Permitidos (amarelo): usos que, apesar de não estarem expressamente dispostos no
SNUC ou nos instrumentos de gestão como ferramentas para se atingir determinado objetivo, não são
proibidos.
Cabe destacar que a situação fática pode gerar uma classificação distinta da sugerida pelo sistema.
Nesse caso, cabe uma seleção, no campo “situação ou instrumento que justifica a alteração da
classificação legal”, indicando qual instrumento de gestão ou situação que, presumivelmente, alterará a
classificação legal já dada para a categoria.
FIQUE ATENTO!
Somente estão cobertos com essa alteração de classificação legal do uso os casos abarcados por instrumento
legal compatível, não cabendo nos casos em que determinado uso vedado seja realizado em função de
impossibilidade da administração pública em coibir a sua realização.
TOME NOTA!
Os usos vedados que ocorrem dentro de propriedades ainda não indenizadas poderão ocorrer como
permitidos, por exemplo. Nesse caso, selecione “falta de regularização fundiária” no campo “situação ou
instrumento que justifica a alteração da classificação legal.
O SAMGe avalia o impacto dos usos nos territórios em uma escala de -4 a 4, na qual, quanto maior, mais
positivo é o impacto do uso para a UC. Na metodologia da ferramenta, um uso avaliado entre 1 e 4 é
considerado como de impacto positivo, de -0,5 a 1, como de impacto moderado e, abaixo de -0,5, é
considerado como um desafio territorial de gestão.
Como forma de facilitar o preenchimento, foram estabelecidos cenários de impactos positivos, conforme
demonstrado abaixo e de impactos negativos (tabela 02). Assim, a valoração corresponde à ocorrência ou
não de uma série de cenários possíveis.
Gera bene! cios econômicos indiretos aos Gera incremento econômico local na
Beneficia economicamente o beneficiários e/ou comunidades do entorno Beneficia economicamente o medida em que permite a contratação,
entorno e/ou beneficiários na medida em que a pesquisa é relevante entorno e/ou beneficiários venda ou aluguel de produtos ou serviços
ou de interesse na cadeia produ#va. do entorno e/ou beneficiários.
Gera incremento econômico local na
Beneficia economicamente a Beneficia economicamente a medida em que permite a contratação,
sociedade Gera produtos, subprodutos ou serviços. sociedade venda ou aluguel de produtos ou serviços
de empresas nacionais e estrangeiras.
38
MANUAL DE APLICAÇÃO
Gera bene! cios econômicos para o entorno Gera bene! cios econômicos para o entorno
Beneficia economicamente o na medida em que permite a contratação de Beneficia economicamente o na medida em que emprega mão de obra
entorno e/ou beneficiários mão de obra local ou promove o entorno, entorno e/ou beneficiários local ou que a produção tem bene! cios
gerando bene! cios econômicos indiretos. repassados à comunidade ou entorno.
Gera bene! cios econômicos para a
Gera bene! cios econômicos para a
Beneficia economicamente a sociedade por se tratar de um uso de larga
sociedade
Beneficia economicamente a sociedade por se tratar de uma posse ou
escala, com grande alcance ou produtos sociedade propriedade com produção que a#nge os
derivados.
mercados consumidores.
Beneficia economicamente o Os recursos faunís#cos integram a renda Beneficia economicamente o Os recursos florís#cos integram a renda dos
usuário ou exploradores de dos usuários por meio da venda ou troca de usuário ou exploradores de usuários por meio da venda ou troca de
a"vidade produtos e subprodutos. a"vidade produtos e subprodutos.
Beneficia economicamente a
Os recursos faunís#cos estão inseridos em Os recursos florís#cos estão inseridos em
Beneficia economicamente a
sociedade uma lógica mercadológica de larga escala de sociedade uma lógica mercadológica de larga escala de
compra e venda de produtos e subprodutos. compra e venda de produtos e subprodutos.
Gera resultados sociais para o Gera incremento curricular para o(S) Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais na medida em que
usuário ou exploradores de autor(es) da pesquisa e pessoas usuário ou exploradores de melhora a qualidade de vida de quem
a"vidade relacionadas. a"vidade explora a a#vidade.
Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais para o autor na Gera resultados sociais para o Gera bene! cios sociais para o posseiro ou
usuário ou exploradores de medida em que auxilia em sua profissão, usuário ou exploradores de proprietário na medida em que serve como
a"vidade gerando reconhecimento. a"vidade moradia e subsistência de família.
Gera bene! cios sociais para beneficiários Gera bene! cios sociais para beneficiários
Gera resultados sociais para o e/ou comunidades do entorno pois agrega à Gera resultados sociais para o e/ou comunidades do entorno, pois a forma
entorno e/ou beneficiários imagem local em seus aspectos sociais, entorno e/ou beneficiários de contratação é justa, com repasse de
culturais, históricos ou paisagís#cos. bene! cios, auxiliando na redução das
desigualdades.
Gera bene! cios sociais para a sociedade,
Gera bene! cios sociais para a sociedade,
Gera resultados para a pois divulga a imagem do sistema em seus Gera resultados para a
sociedade sociedade pois, além da produção de forma justa e
aspectos naturais, culturais, sociais,
ambientalmente correta, auxilia na redução
históricos ou paisagís#cos.
das desigualdades.
40
MANUAL DE APLICAÇÃO
Gera resultados sociais para o O uso dos recursos faunís#cos é relevante Gera resultados sociais para o O uso dos recursos florís#cos é relevante
usuário ou exploradores de para a qualidade de vida dos usuários, por usuário ou exploradores de para a qualidade de vida dos usuários, por
a"vidade trazer bene! cio individual e/ou familiar. a"vidade trazer bene! cio individual e/ou familiar.
O uso dos recursos faunís#cos é relevante O uso dos recursos florís#cos é relevante
Gera resultados sociais para o para a qualidade de vida (entorno e/ou Gera resultados sociais para o para a qualidade de vida (entorno e/ou
entorno e/ou beneficiários beneficiários) ou para promover a entorno e/ou beneficiários beneficiários) ou para promover a
organização comunitária. organização comunitária.
O uso dos recursos faunís#cos é relevante O usos dos recursos florís#cos é relevante
Gera resultados para a para a sociedade na medida em que geram Gera resultados para a para a sociedade na medida em que geram
sociedade produtos subprodutos consumidos em sociedade produtos e subprodutos consumidos em
larga escala. larga escala.
Gera resultados sociais para o Gera resultados sociais para o Melhora a qualidade de vida de
Melhora a qualidade de vida de cidadãos e
usuário ou exploradores de usuário ou exploradores de
a"vidade residentes relacionados à a#vidade. a"vidade indivíduos.
42
MANUAL DE APLICAÇÃO
Gera resultados de manejo, pois os usuários Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo (uso) - auxiliam a unidade com dados e Resultados de manejo (uso) - auxiliam a unidade com dados e
unidade informações relevantes para a gestão do unidade informações relevantes para a gestão do
usos, coibindo abusos. uso, coibindo abusos.
Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo (geral) Gera resultados de manejo, pois os usuários
- unidade auxiliam a unidade com dados e Resultados de manejo (geral)
- unidade auxiliam a unidade com dados e
informações relevantes para a gestão.
informações relevantes para a gestão.
Gera resultados de manejo, pois os usuários
auxiliam a unidade com dados e Gera resultados de manejo, pois os usuários
Resultados de manejo - auxiliam a unidade com dados e
sistema
informações preponderantes para a tomada Resultados de manejo -
de decisão, além de fortalecer o sistema em sistema informações preponderantes para a tomada
sua relevância. de decisão, além de fortalecer o sistema em
sua relevância.
Gera bene! cios de manejo, pois existe Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo (uso) - aporte de informação, dados ou recursos Resultados de manejo (uso) - aporte de informação, dados ou recursos
unidade que auxiliam na gestão da unidade no que unidade que auxiliam na gestão da unidade no
concerne ao uso. que concerne ao uso.
Gera bene! cios de manejo, pois existe Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo (geral) aporte de informação, dados ou recursos Resultados de manejo (geral) aporte de informação, dados ou recursos
- unidade que auxiliam na gestão da unidade em - unidade
que auxiliam na gestão da unidade em
diversos escopos. diversos escopos.
Gera bene! cios de manejo, pois existe
Gera bene! cios de manejo, pois existe
Resultados de manejo - aporte de informação, dados ou recursos
sistema que auxiliam na gestão da unidade em Resultados de manejo - aporte de informação, dados ou recursos
sistema
termos de sistema. que auxiliam na gestão da unidade em
termos de sistema.
44
MANUAL DE APLICAÇÃO
Representa quão intenso é o impacto gerado pelo uso, dada a continuidade das atuais cir-
cunstâncias. Para ecossistemas, é medida a partir do grau de destruição ou degradação do
ambiente. Para espécies, é medida a partir do grau de redução da população-alvo.
SEVERIDADE
É a capacidade de recuperação do ambiente afetado pelo uso, uma vez que o uso deixe de existir.
É avaliado a partir do impacto do uso sobre o ambiente, e não do uso em si. Leva também
IRREVERSIBILIDADE
Passo 3 – Usos
Neste passo, vamos identificar e avaliar todos os usos específicos que ocorrem na UC.
Os oito usos genéricos estão representados por ícones e cada botão, abaixo do uso genérico, representa
um uso específico.
Para iniciar o preenchimento dos usos, faça a seleção do uso genérico clicando sobre o ícone do uso
genérico (A) ou diretamente sobre os botões (B) abaixo do uso genérico que será avaliado (Figura 20).
TOME NOTA!
Se já houve um preenchimento anterior, os botões referentes aos usos específicos avaliados estarão coloridos
de acordo com a avaliação de impacto daquele uso.
Ao clicar sobre o ícone do uso genérico ou sobre o botão abaixo dele, uma página de avaliação será
aberta. Clicando no campo usos específicos avaliados, uma lista suspensa com os usos específicos será
fornecida (Figura 21). Selecione o uso que será avaliado.
46
MANUAL DE APLICAÇÃO
Em seguida, faça uma descrição detalhada desse uso que servirá para orientar análises futuras da
unidade de conservação.
O campo classificação legal do uso será preenchido automaticamente a partir da seleção do uso.
Caso você opte por uma classificação legal diferente daquela dada pelo sistema, você deverá justificar
o porquê dessa alteração por meio de uma das opções do campo seguinte situação ou instrumento
que justifica a alteração da classificação legal (Figura 22).
Com essa justificativa marcada, o campo ficará com a cor da classificação legal de como o uso ocorre
(Figura 23). Note que, se não houver a justificativa dessa marcação diferente, a cor do campo não será
alterada e não será possível salvar e avançar no preenchimento.
Uma outra opção de classificação marcada é entorno (Figura 24). Essa opção deverá ser selecionada
caso o uso ocorra na zona de amortecimento ou no entorno da unidade, mas seus impactos positivos e/
ou negativos impactem a Unidade. Neste caso, a cor do campo não será alterada e não será necessário
justificar no campo seguinte.
Agora, veja como ficou a separação dos impactos positivos e negativos (Figura 26).
48
MANUAL DE APLICAÇÃO
Para visualizar uma breve descrição de cada um dos cenários de impactos positivos (“econômico”,
“social”, “conservação”, “manejo”), basta passar o cursor sobre o “i” informação abaixo de cada botão
(Figura 27).
Figura 27 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos positivos.
Para fazer a marcação da existência de impactos positivos basta selecionar o s (sim) no botão
correspondente (Figura 28). Caso o impacto não exista, deixe a marcação n (não), automaticamente
marcada.
A avaliação dos impactos negativos (severidade, magnitude e a irreversibilidade) se dará com uma
numeração de 0 a 4 de acordo com o cenário estabelecido (Figura 29).
Ao passar o cursor sobre o “i” informação, você poderá ver cada eixo de avaliação dos impactos
negativos (Figura 30).
Figura 30 – Indicação do “i” informação para cada eixo de avaliação dos impactos negativos.
TOME NOTA!
Caso exista algum impacto negativo, os três elementos (severidade, magnitude e irreversibilidade) deverão ser
avaliados.
Você poderá avaliar até oito usos específicos para cada uso genérico.
Espacializando os usos
Da mesma forma como apresentado para a espacialização dos RV, o usuário deverá salvar o uso antes
de clicar na lupa com mapa (Figura 31) para iniciar o mapeamento dos polígonos correspondentes ao
uso específico avaliado.
FIQUE ATENTO!
Caso o usuário tenha camadas em sua base de dados e queira utilizá-los no diagnóstico, apenas
shapefiles com até 5mb são suportados pela plataforma. Vale relembrar a recomendação de
carregar arquivos que contenham apenas a feição de interesse.
50
MANUAL DE APLICAÇÃO
Novamente, surgirá uma janela com os limites da UC. Localize os usos no mapa da UC e faça a
espacialização. O usuário poderá efetuar a espacialização por meio dos botões de ferramentas
disponíveis (Figura 32), podendo inserir mais de um polígono para cada uso. Atente-se para salvar
cada um deles no final do processo.
Você notará que os botões dos usos já preenchidos possuem uma coloração que corresponde a sua
avaliação de impacto, e que essa coloração se tornará mais intensa após a revisão de cada uso.
Para iniciar a revisão, basta clicar sobre o botão correspondente ao uso, fazer uma cuidadosa leitura
das informações preenchidas e realizar as alterações, quando necessárias. Lembrando que você pode
adicionar novos usos e excluir usos que não mais ocorrem.
Revise também a espacialização já realizada ou faça o mapeamento, caso ainda não tenha sido feito.
FIQUE ATENTO!
Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização dos usos neste ciclo de avaliação, para que o
sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e salvar cada
polígono, individualmente.
Para avançar no preenchimento, todos os usos específicos deverão ser salvos, mesmo que não tenham
havido alterações no ciclo atual.
AÇÕES DE MANEJO
As ações de manejo são as ações dos órgãos gestores que visam dar efetividade à política pública de
unidades de conservação e são direcionadas para a melhoria do estado de conservação de um RV e/ ou
da qualidade de um uso.
Esse é um conceito convencionado para a metodologia e se situa entre estratégias (mais amplas,
englobando diversas ações de manejo) e atividades (mais restrita, específicas por ação). Por exemplo:
para coibir o avanço de uso do solo (estratégia), a unidade precisa realizar fiscalização e educação
ambiental (ações). Para que a fiscalização exista, a UC precisa elaborar o plano de fiscalização, buscar os
recursos, estabelecer parceria com a Polícia Ambiental do estado, entre outras (atividades).
Processo: aqui considerado somente o locus na estrutura organizacional para um conjunto de ações de
manejo. Usado para selecionar as ações de manejo.
TOME NOTA!
Para conhecer todos os processos utilizados no SAMGe, consulte o Anexo 03 deste Manual, o qual
também indicará as ações de manejo e atividades geralmente relacionadas a cada um deles.
Ações de manejo: podem ser ações preventivas ou de recuperação e estão relacionadas a um processo
específico. Inserem-se aqui, também, as ações de gestão.
Instrumento de Planejamento: este campo avalia se a ação descrita está prevista em algum instrumento de
planejamento, tais como plano de manejo, plano de ação, plano de fiscalização, plano de uso público,
legislação específica, etc; se não há instrumento ou se ação não foi planejada.
A factibilidade de execução das ações de manejo depende das condições existentes para sua realização.
Assim, são avaliados os insumos que foram disponibilizados para a realização das ações de manejo que
foram planejadas/executadas no atual ciclo de gestão, que compreende o período de janeiro a dezembro.
Capacidade técnica: avalia a capacidade técnica disponibilizada, dentro do quadro funcional da UC, para
a realização da ação de manejo descrita.
• 0% significa que não havia pessoal com capacidade técnica para realizar a ação;
• De 1 a 25%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi muito baixa;
• De 26 a 50%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi baixa;
• De 51 a 75%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi moderada;
• De 76 a 100%, significa que a quantidade de pessoal com capacidade técnica foi suficiente.
52
MANUAL DE APLICAÇÃO
Recurso Financeiro: avalia o recurso financeiro da UC disponibilizado para a realização da ação de manejo
descrita.
TOME NOTA!
Se a ação que está sendo avaliada não necessita de recurso financeiro ou se os recursos já estão
garantidos por meio de contratos, marque a opção «recursos financeiros suficientes».
O sistema avalia também o apoio externo disponibilizado para a realização das ações de manejo planejadas
ou executadas no atual ciclo de gestão avaliado, a partir da identificação do grau, tipo e origem desse apoio,
permitindo, assim, analisar os parceiros para a gestão da UC. Para isso, a avaliação das
ações de manejo, realizadas por meio de apoio externo, leva em consideração:
Grau de apoio: avalia o grau de apoio que foi necessário para a execução da ação. Está sempre relacionado
aos insumos, como o apoio financeiro de projetos, capacitação de servidores pelo órgão gestor, o suporte
das forças de segurança em atividades de fiscalização ou empréstimos de equipamentos por UC
circunvizinhas. Dentre as opções de avaliação, têm-se:
Tipo de apoio :especifica qual foi o insumo de maior relevância (pessoal, capacidade técnica, equipamento
e recurso financeiro) que recebeu ou deveria ter recebido como apoio externo.
Origem do apoio: indica de onde veio o apoio (Sede do órgão gestor, Gerência Regional, mosaicos,
prefeituras, Projetos de cooperação internacional, organização da sociedade civil, voluntários, etc.).
Por fim, deverá ser indicada a situação de execução da ação de manejo avaliada:
Situação de execução avalia se a ação de manejo foi realizada, parcialmente realizada ou não foi realizada.
TOME NOTA!
O preenchimento do SAMGe deve ser realizado por cada UC, porém o planejamento para o caso dos
NGI e outros agrupamentos territoriais poderá ser realizado em conjunto, esto é, replicando o
planejamento do território em cada UC caso seja pertinente.
Para iniciar o preenchimento do Passo 4, clique em nova ação de manejo (Figura 33).
Na tela seguinte, selecione o Processo, por meio da lista suspensa à direita do primeiro campo (Figura 34):
54
MANUAL DE APLICAÇÃO
Observe que, ao selecionar o processo desejado, somente as ações de manejo relacionadas a ele
aparecerão como opções no campo seguinte. Selecione a ação de manejo (A) na lista fornecida pelo
sistema. Em seguida, faça uma descrição, com detalhamento suficiente para que a ação realizada seja
compreendida no campo descrição da ação (B), pois ela irá orientar análises futuras da Unidade
(Figura 35).
TOME NOTA!
Ao descrever uma ação de manejo relacionada a erradicação de exóticas, informe a espécie (nome
científico, preferencialmente) e o método executado. Se possível, informe o tamanho da área ou número
de indivíduos manejados. Exemplo: corte raso com motosserra de 2km2 de Pinus sp.
FIQUE ATENTO!
Se alguma Ação de Manejo planejada ou por demanda espontânea foi impactada pela Pandemia do SARS
COVID-19, e que mesmo que estas tenham sido executas, parcialmente executas ou não executadas,
recomendamos que no campo de descrição seja inserido em caixa alta o termo «PANDEMIA».
Logo após, selecione em qual instrumento de planejamento a ação de manejo está descrita, se não
há instrumento ou a ação não foi planejada (Figura 36).
A partir de agora, serão identificados os insumos que foram disponibilizados para a realização das ações
de manejo proposta para o atual ciclo de gestão. Os campos de avaliação da ação de manejo possuem
uma lista suspensa com as opções. Clique em cada campo para visualizá-las. Selecione uma alternativa
para cada item avaliado: pessoal (A), capacidade técnica (B), equipamento (C) e recurso financeiro
(D) (Figura 37).
No último campo de avaliação (D), marque a situação da execução da ação de manejo se realizada,
parcialmente realizada ou não realizada.
56
MANUAL DE APLICAÇÃO
Revise atentamente todas as ações de manejo, faça as alterações, quando necessárias, salve e vá para a
revisão da espacialização.
FIQUE ATENTO!
Mesmo que não tenha havido alterações na espacialização das ações de manejo neste ciclo de avaliação,
para que o sistema mantenha a vetorização realizada anteriormente, será necessário abrir o mapa da UC e
salvar cada polígono, individualmente.
Obviamente, você poderá também excluir ou acrescentar novas ações de manejo que foram planejadas
ou executadas.
Por meio do cruzamento dessas informações o gestor poderá fazer uma análise do planejamento da
Unidade, avaliando o direcionamento das estratégias adotadas para mitigar e/ou prevenir danos gerados
por usos com impactos negativos (desafio territorial de gestão), bem como para melhorar a entrega dos
usos (resultados, produtos e serviços) com avaliação positiva de impacto para a sociedade.
58
MANUAL DE APLICAÇÃO
Nesse passo, você visualizará todos os usos elencados e suas avaliações de impacto representadas
pelas cores da coluna à esquerda. Para cada uso específico, você poderá designar até três ações de
manejo que foram planejadas ou executadas visando a melhoria da qualidade do uso relacionado ou a
mitigação de seus impactos negativos, caso existam.
Para fazer essa correlação, selecione as ações de manejo por meio da lista suspensa fornecida pelo
sistema (Figura 42).
Somente as ações de manejo preenchidas no passo anterior aparecerão na lista como opções.
Faça a correlação para cada uso específico, considerando as ações de manejo que estão diretamente
relacionadas a cada um deles.
Ao finalizar, certifique que todas as informações preenchidas estão corretas, salve as informaçõese
vá para o próximo passo.
TOME NOTA!
No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos, é possível que você se lembre de alguma nova
ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores e atualize as
informações. Não esqueça de salvar o passo após a alteração.
FIQUE ATENTO!
Se alguma Ação de Manejo foi prejudicada pela Pandemia do SARS COVID-19, recomendamos que seja
avaliada a necessidade de incluí-la na inter-relação das Ações de Manejo com o Usos Genéricos. Nos casos
em que mesmo havendo algum tipo de impacto, porém a execução ocorreu de forma plena e com resultados
positivos, recomendamos que se realize a inter-relação.
Assim, observe a lista das ações de manejo e dos usos e correlacione as ações que foram realizadas
ou planejadas para o atual ciclo de gestão, que buscaram ampliar os usos com impactos positivos e
mitigar os usos com impactos negativos.
Ao finalizar, certifique que todas as informações estão corretas, salve e siga para o próximo passo.
60
MANUAL DE APLICAÇÃO
Nesta relação, espera-se maior ocorrência de usos que gerem benefícios e ações de manejo efetivas
voltadas para a conservação dos Recursos e Valores.
Figura 45 – Correlação das ações de manejo e dos usos com os recursos e valores.
Por meio das listas suspensas selecione até três ações de manejo que foram mais relevantes para o RV
e até três usos específicos que mais impactaram, positiva ou negativamente, o RV (Figura 46).
62
MANUAL DE APLICAÇÃO
TOME NOTA!
No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos com os recursos e valores é possível que você se
lembre de alguma nova ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores
e atualize as informações.
Na sequência, certifique que todas as informações estão corretas, salve o preenchimento e siga para o
próximo passo.
Assim, observe a lista de recursos e valores, e indique as ações de manejo realizadas no intuito de
melhorar, manter ou retornar o estado de conservação dos RV, e indique os usos relacionados, que
podem estar afetando positiva ou negativamente os RV avaliados.
TOME NOTA!
No momento de inter-relacionar as ações de manejo e os usos com os RV, é possível que você se lembre de
alguma nova ação de manejo ou uso ainda não registrado, se for o caso, volte aos passos anteriores e atualize
as informações.
64
MANUAL DE APLICAÇÃO
PROCESSOS
A análise dos processos no SAMGe vai além do local onde determinada ação de manejo está situada dentro
da estrutura do órgão gestor. Ele engloba os fluxos, as competências, as normas e a governabilidade de
determinada ação. Portanto, o processo é o espaço em que ocorre a entrada de insumos e de onde se extrai
o que se pretende, no caso, a realização das ações de manejo.
Principais processos da unidade: a ordem de prioridade de processos é dada pela quantidade de vezes que
ele foi acionado no tocante, aos desafios territoriais de gestão, recebendo maior pontuação quando se tratar
de desafios prioritários. Ou seja, com base no preenchimento feito pelo gestor o sistema elencará, de forma
automática, os processos prioritários para a gestão dentro da UC. Serão elencados até oito processos. Os
processos são avaliados de acordo com os seguintes itens:
Governabilidade: avalia o grau de autonomia que a unidade possui para realizar as ações relacionadas ao
processo elencado. Possui uma lista de opções variando de nenhuma a total governabilidade. Como
exemplo de processo com baixa governabilidade, há a redefinição de limites, que possui uma
governabilidade altamente alheia à unidade, sendo que parte do processo compete à sede do órgão gestor e
parte, aos entes externos.
Apoio ao processo: refere-se ao alinhamento entre a unidade e outras instâncias institucionais (sede do
órgão gestor, ou outra estrutura administrativa do órgão ambiental competente, como as CR, UAAF e
centros de pesquisa, na esfera federal) para realizar as ações relacionadas ao processo elencado. Também
varia de nenhum apoio a total apoio. Aponta o quanto os processos na sede do órgão gestor estão cientes da
demanda da unidade e a entendem como importante para o sistema, prestando, portanto, o suporte
necessário.
Esforço: baseia-se na proporção da variável homem/hora dedicadas por cada pessoa da equipe envolvida
na realização das ações contidas no processo, dentro do ciclo de avaliação. Sua marcação varia de 0 a 10. O
somatório deve ser no máximo 10, mesmo que alguns processos fiquem com esforço 0 . Para fazer a
marcação utilize a lista de opções fornecida.
Consolidação do processo: avalia o quão consolidado o processo está na unidade, isto é, se possui ponto
focal responsável pelo processo; rotina instituída; e instrumento (quando necessário) válido, avaliado e
monitorado. O cenário de avaliação varia de nenhuma consolidação a total consolidação. Um processo
consolidado aponta para uma maturidade de procedimento, fluxo, servidor responsável
pela demanda na unidade, etc.
Passo 7 – Processos
Neste último passo que compõe o sistema serão avaliados os seguintes componentes referentes
aos principais processos da Unidade: governabilidade, apoio ao processo, esforço na gestão e
consolidação do processo (Figura 48).
O usuário visualizará os oito principais processos da Unidade, priorizados de acordo com o preenchimento.
Avalie cada item, por meio da lista suspensa.
Ao final do preenchimento desse passo, cada processo terá uma avaliação sistematizada por cores. A
cor verde (C) indica uma avaliação positiva do processo; a amarela (A) indica uma avaliação moderada
e a vermelha (B) negativa - Figura 49.
66
MANUAL DE APLICAÇÃO
Da mesma forma, o gestor deverá avaliar os principais processos elencados pelo sistema e os
componentes dispostos para cada um. Caso seja necessário, revisite os passos anteriores e faça as
adequações para que o preenchimento fique o mais coerente possível.
Figura 50 – Principais processos elencados pelo sistema e os componentes dispostos para cada um.
FIQUE ATENTO!
Caso você tenha revisitado os passos anteriores e realizado alguma alteração, você deverá obrigatoriamente
salvar o último passo (Passo 7), para que o Sistema recalcule as notas dos indicadores.
Pronto! Você concluiu o preenchimento, agora visualize o Painel de Gestão da sua UC. Os demais dados
estarão disponíveis para você assim que for concluído o ciclo SAMGe.
Na esfera federal, o preenchimento do SAMGe deverá ser validado por instância superior para que ele
seja considerado finalizado. Nas instâncias estadual e municipal esta validação deverá ocorrer a partir do
momento em que houver pontos focais designados pelos órgãos gestores para essa função, caso esses
órgãos entendam que essa validação seja necessária.
Este processo de validação tem contribuído para ampliar a quantidade de UC que participam do
levantamento, favorecer a qualificação dos dados registrados nos diagnósticos anuais de gestão das UC e
subsidiar processos de planejamento e apoio institucional das Gerências Regionais para suas UC
vinculadas.
FIQUE ATENTO!
As orientações sobre os prazos e fluxo de validação pelas Gerências Regionais são divulgadas por meio da
comunicação oficial de abertura do Ciclo SAMGe anual, em processo administrativo próprio. Fique atento e
não perca os prazos.
68
MANUAL DE APLICAÇÃO
Para receber as instruções , o ponto focal deverá entrar em contato com o Departamento de Áreas
Protegidas do MMA, pelo e-mail: [email protected]
Diagnóstico de Gestão
O SAMGe, é composto por dois elementos principais: o impacto territorial decorrente da política
pública e a análise dos instrumentos de gestão. Seu preenchimento se pauta nos objetivos da
Unidade (categoria e decreto de criação) para, a partir de então, descrever os seus recursos e valores –
RV e os usos que nela ocorrem. Isso se dá devido à premissa de que toda unidade de conservação é um
espaço territorial protegido.
Enquanto espaço territorial, a UC se relaciona com a sociedade por meio dos direitos reais (usar,
colher os frutos e dispor). Assim, a aferição dos impactos negativos e/ou positivos decorrentes do uso
na Unidade é fundamental para verificar a manutenção dos seus recursos e valores (efetividade) e o
quanto os usos influenciam positivamente a sociedade (alta efetividade) (Figura 52).
Produtos e Serviços
Resultados Avaliação dos usos permitidos
Situação dos Recursos
e Valores e avaliação
dos usos incentivados
Contexto
Avaliação dos usos vedados
Processos
Governabilidade,
consolidação e
alinhamento institucional
Planejamento
Avaliação da alocação
das ações de manejo
relacionadas aos desaos
territoriais de gestão.
Insumos
Avaliação da disponibilidade
dos insumos
Torna-se relevante aferir se as estratégias já existentes são factíveis em um primeiro momento, para,
posteriormente, verificar se elas geram os resultados esperados em termos de melhoria do estado de
conservação dos RV ou em termos de qualificação dos usos relacionados à UC.
O SAMGe avalia a efetividade de gestão das Unidades de Conservação a partir dos indicadores de
impacto territorial: Contexto, Produtos e Serviços e Resultados ; e de gestão: Planejamento, Insumos
e Processos. Cada indicador é obtido a partir de um conjunto de análises do preenchimento, conforme
explicado abaixo:
Resultados: é a análise dos usos incentivados e seus impactos, acrescidos da avaliação da situação dos
Recursos e Valores. Assim, Resultado é visto como o impacto esperado da política pública territorial de
reconhecimento de área protegida.
Produtos e Serviços: é aferido a partir da análise de impacto dos usos permitidos que ocorrem nas UC.
Como permitido, entende-se os usos que apesar de não estarem expressamente dispostos no SNUC ou
nos instrumentos de gestão como ferramentas para se atingir determinado objetivo, não são proibidos.
Contexto: é a análise dos impactos decorrentes dos usos vedados, mesmo que não passíveis de ação de
manejo ou de gestão resolutiva imediata.
Planejamento: é aferido por meio da análise da alocação das ações de manejo/gestão relacionadas aos
desafios territoriais de gestão prioritários.
Insumos: é resultante da avaliação da disponibilidade dos insumos necessários para a realização das
ações de manejo. São levados em consideração a disponibilidade de pessoal, capacidade técnica,
equipamentos e recurso financeiro.
Processos: avaliado a partir da análise das condições de autonomia da unidade para realizar as ações de
manejo (governabilidade), do apoio dado pelo processo de suporte (alinhamento institucional), do esforço
despendido na gestão e da consolidação dos processos prioritários na unidade.
O Índice de Efetividade é calculado por meio da aplicação dos indicadores em um diagrama de teia, no qual
é efetuada a ponderação desses, realizando o cálculo da área da forma descrita pela conexão dos
vértices do hexágono.
Dessa forma, o SAMGe utiliza-se de cinco níveis de enquadramento da nota índice, sendo eles:
altamente efetiva (acima de 80%), quando a política pública estiver sendo cumprida, com a execução de
ações de gestão e manejo superando as expectativas da sociedade; efetiva (de 60% a 79,9%), quando
são atingidos os objetivos de criação da UC; moderada efetividade (de 40% a 59,9%), quando os
objetivos de criação da UC se encontrarem em patamares mínimos para a sua conservação; reduzida
efetividade (de 20% a 39,9%), quando a unidade de conservação encontrar-se em situação de dificuldade
na gestão dos seus objetivos de conservação e apresentar um baixo desempenho de retorno da política
pública para a sociedade; e não efetividade (abaixo de 20%), quando a unidade encontra-se em situação
plenamente desfavorável ou omissa em relação a conservação dos objetivos que motivaram a sua
criação.
70
MANUAL DE APLICAÇÃO
Painel de Gestão
GLOSSÁRIO
Ações de manejo: são as ações do órgão gestor que visam dar efetividade à política pública de unidades
de conservação. Ações de manejo é um conceito convencionado para a metodologia e se situa entre as
estratégias (mais amplas englobando diversas ações) e atividades (mais restritas, específicas por ação).
Autorização Direta: procedimento administrativo que autoriza atividades com potencial impacto para as
unidades de conservação federais, suas zonas de amortecimento e áreas circundantes, não sujeitas ao
licenciamento ambiental prevista na Resolução CONAMA nº 237/97, ou cuja autorização seja exigida por
normas específicas de cada unidade de conservação (IN do ICMBio nº 04 de 02 de setembro de 2009).
Classificação legal: sistematização dos usos que ocorrem dentro da unidade segundo o SNUC (Lei
9985/2000). O uso pode ser classificado como vedado, permitido ou incentivado de acordo com a
categoria.
Comunidade Tradicional: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que
possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos,
inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (Decreto nº 6.040/2007).
Conservação: para a presente metodologia, é o estado de conservação esperado dos recursos e valores,
que são parte do resultado daquilo que se espera da política pública.
Contexto: análise dos usos que são incompatíveis com o que se espera de determinada categoria e seus
impactos decorrentes.
Desafios territoriais de gestão: são definidos como situações que apontam para a necessidade de ações
de manejo/gestão prioritárias, tais como recursos e valores em estado de intervenção ou quaisquer usos
com avaliação negativa de impacto.
Esforço: baseia-se na proporção de horas dedicadas por cada pessoa da equipe envolvida na realização
das ações dentro de um processo, em um ciclo de avaliação.
Fatores antrópicos: referem-se a processos não naturais, decorrentes da ação humana direta ou indireta
(desmatamento, alteração de curso d’água, etc.).
Fatores naturais ou seminaturais: referem-se a processos naturais, como fogo, erosão, inundação, ou
processos naturais intensificados pela ação humana, tais como o fenômeno da maré vermelha e
assoreamento acelerado de cursos d’água pela supressão da vegetação, dentre outros.
Fonte primária: caracteriza-se por ser uma informação original, sendo muitas vezes o primeiro registro
formalizado de alguma informação, situando em fontes bastante diversas. São as produzidas diretamente
pelo autor da pesquisa. Exemplos: artigos de periódicos; patente; relatórios; teses e dissertações; normas
técnicas, observação em campo, etc.
Fonte secundária: é a informação filtrada e organizada, a partir da seleção e revisão das fontes. Exemplos:
enciclopédias; dicionários; manuais; tabelas; revisão de literatura; monografias; anuários; base de dados,
entre outros.
72
MANUAL DE APLICAÇÃO
Governabilidade: avalia o grau de autonomia da unidade para realizar as ações planejadas dentro de
um processo.
Incentivado: classificação dos usos que estão expressamente dispostos no SNUC (Lei 9985/00) ou
nos instrumentos de gestão e são ferramentas legais para que a unidade atinja seus objetivos de
criação ou usos que são também, objetivos de conservação. Diretamente relacionado com o indicador
“Resultados”.
Insumos: indicador obtido a partir da análise da disponibilidade dos recursos necessários (financeiro,
humano, técnico e equipamentos) para a realização das ações de manejo.
Indicadores globais de efetividade: metodologia apresentada pela UICN (União Internacional para a
Conservação da Natureza) e composta por seis elementos: Contexto, Produtos e Serviços,
Resultados, Planejamento, Insumos e Processos.
Intervenção: um recurso e valor nesse estado é resultado de um dano anterior de lenta recuperação ou
de um dano que ocorra repetidamente. Um RV nesse estado necessita de ação de manejo de
recuperação ou de prevenção para melhorar seu estado de conservação.
Irreversibilidade: é a capacidade de recuperação do ambiente afetado pelo uso, uma vez que o uso
deixe de existir. É avaliado a partir do impacto do uso sobre o ambiente, e não do uso em si. Leva
também em consideração o comprometimento institucional necessário para a recuperação do dano
(tempo e esforço necessários para recuperação).
Magnitude: representa a proporção territorial ou populacional do impacto gerado pelo uso, dada a
continuidade das atuais circunstâncias, pelos próximos 10 anos.
Objetivo de unidade: objetivos estabelecidos no Decreto de Criação da unidade. Alguns decretos não
possuem objetivos específicos ou não estão explicitamente descritos. Objetivos elencados no plano
de manejo, nos planejamentos específicos e nos objetivos estratégicos institucionais incluem-se
nesse grupo.
Padrões Abertos para a Prática de Conservação: metodologia que busca “reunir conceitos,
abordagens e terminologias comuns a desenhos de projetos, manejos e monitoramento da
conservação a fim de auxiliar os profissionais a melhorar a prática da conservação”.
Permitido: classificação dos usos que, apesar de não estarem expressamente dispostos no SNUC ou
nos instrumentos de gestão como ferramentas para atingir determinado objetivo, não são proibidos.
Diretamente relacionados ao indicador “Produtos e Serviços”.
Pesquisa científica: é toda e qualquer atividade com finalidade científica a ser realizada na unidade e
que acesse recursos de forma direta ou indireta, sendo na esfera federal, aquela regulada pelo
Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – Sisbio.
Planejamento: indicador aferido por meio da análise da alocação das ações de manejo relacionadas
aos desafios territoriais de gestão prioritários.
Políticas públicas: políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas
pelo Estado direta ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam
assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social,
cultural, étnico ou econômico. As políticas públicas correspondem a direitos assegurados
constitucionalmente, ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos
poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens
ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos
enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais.
(http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.pdf)
acessado em 29/08/2019.
Produtos e Serviços: indicador resultante da análise do impacto decorrente dos usos permitidos que
ocorrem em determinada unidade.
Recursos e Valores (RV): são aqueles aspectos ambientais (espécies, ecossistemas, ou processos
ecológicos), sociais (bem-estar social), econômicos, culturais, históricos, geológico/paisagísticos e outros
atributos, incluindo serviços ecossistêmicos e outros atributos baseados em experiências, histórias,
cenas, sons, cheiros, etc. Estes aspectos, em conjunto, são representativos de toda a UC e serão levados
em conta, prioritariamente, durante os processos de planejamento e manejo porque são essenciais para
atingir o propósito da UC. Os recursos e valores estão intimamente ligados ao ato legal de criação da UC,
sejam pelos objetivos de categoria, sejam pelos objetivos de unidade.
Resultados: indicador aferido a partir da análise dos usos incentivados e seus impactos e da avaliação da
situação dos RV identificados na unidade.
Rizomática: Lógica de organização não hierárquica, onde qualquer elemento pode afetar e incidir na
relação de outro elemento.
RV de geodiversidade e paisagens: geodiversidade pode ser definida como “a gama natural de aspectos
geológicos (pedras, minerais e fósseis), geomorfológicos (forma de relevo, topografia e processos físicos)
e hidrológicos. Inclui ainda seus conjuntos, estruturas, sistemas e contribuições para as paisagens” (UICN
completo - tradução nossa).
RV de serviços ecossistêmicos: os serviços ecossistêmicos “são bens e serviços fornecidos pelo meio
ambiente que beneficiam e mantêm o bem-estar das pessoas. Estes serviços vêm de ecossistemas
naturais [...] e modificados [...]. São aqueles benefícios que a área protegida presta à sociedade”
(http://www.mma.
gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/143-economia-dos-ecossistemas-e-da-biodiversidade -
Publicação: “Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento”.
RV Histórico: é entendido como o conjunto de bens que contam a história de uma geração por meio de sua
arquitetura, vestes, acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas, meios de transportes, obras de
arte, documentos, etc.
RV Cultural (intangível): são elementos culturais que não são materiais e não podem ser fisicamente
tocados ou observados.
RV Cultural (tangível): elementos físicos ou espaços que têm grande importância cultural.
RV socioeconômico: são recursos e valores que trazem benefícios econômicos e contribuem para o bem-
estar (material necessário para uma “vida boa”, saúde, boas relações sociais, segurança, liberdade e
escolha) da população associados direta ou indiretamente às UC.
74
MANUAL DE APLICAÇÃO
Severidade: representa quão intenso é o impacto gerado pelo uso, dada a continuidade das atuais
circunstâncias. Para ecossistemas, é medida a partir do grau de destruição ou degradação do
ambiente. Para espécies, é medida a partir do grau de redução da população-alvo (percentagem da
população alvo ou do ambiente que será reduzida nos próximos dez anos ou três gerações).
Termo de compromisso: instrumento de gestão e mediação de conflitos, de caráter transitório firmado
entre o órgão gestor e populações tradicionais residentes em UC, onde a sua presença não seja
admitida ou esteja em desacordo com os instrumentos de gestão, visando garantir a conservação da
biodiversidade e as características socioeconômicas e culturais dis grupos sociais envolvidos.
Unidade de conservação: “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente constituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção” (Lei nº 9.985/2000, art. 2º, I).
Usos: os usos são as relações de direitos reais (usar, colher os frutos e dispor) entre os recursos e
valores (bens tangíveis e intangíveis a serem mantidos na UC) e a sociedade, independente da atuação
estatal.
Uso de fauna: é todo e qualquer uso direto de recursos faunísticos, no todo ou em parte, silvestres
(nativos ou exóticos), dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gera impacto relevante na
UC. Engloba a caça, a pesca, a agricultura, apicultura, e a coleta de indivíduos em qualquer fase da
vida, ovos, pele, dentre outros.
Uso de flora: entende-se como todo e qualquer uso de recursos florísticos (nativos ou plantados),
inseridos dentro da unidade de conservação ou no entorno e que gere impacto relevante na UC.
Engloba, para todos os efeitos, toda e qualquer extração de recursos madeiráveis ou não, como
desmatamento para extração de madeira, extrativismo de sementes, cascas, folhas, bulbos, ou seja, a
extração de um ser vivo vegetal no todo ou em parte. Não deve ser confundido com a coleta para
finalidade científica.
Uso de recurso abiótico: considera os casos em que determinado recurso que está sendo utilizado não
é biológico, ou seja, esse uso não se enquadra em recursos de flora e nem de fauna.
Uso de solo: é decorrente das relações estabelecidas no que se refere ao exercício dos direitos de
domínio sobre a terra, conforme disposto no Código Civil Brasileiro. Pecuária, agricultura, moradia são
exemplos, tanto como posse ou como propriedade.
Uso específico: atividade derivada dos usos genéricos. Sua classificação legal varia de acordo com a
categoria da unidade em que o uso ocorre.
Uso genérico: atividade principal que engloba as formas de acesso aos recursos das unidades. São
divididos em oito eixos de análise: pesquisa científica, visitação e turismo, propriedade intelectual
derivada, uso de solo, uso de fauna, uso de flora, uso de recurso abiótico e utilidade pública e interesse
social.
Utilidade pública e interesse social: usos que, por vezes, apresentam alto impacto negativo, mas que,
por se tratarem do interesse prevalente da sociedade como um todo, podem ser permitidos. Para tal,
necessitam de licença válida e apta a permitir o uso.
Vedado: classificação dos usos que são incompatíveis com o que se espera para determinada
categoria. Diretamente relacionado ao indicador “Contexto”.
Visitação e turismo: uso público por excelência, tendo pautado inúmeras criações e manutenções de
áreas protegidas no mundo. Sua classificação legal depende da categoria em que a unidade se
encontra.
Voluntariado: a prática de atividade não remunerada, prestada por pessoa física. As atividades do
voluntário em unidades de conservação dever observar as diretrizes e orientações estabelecidas no
plano de manejo e nos demais instrumentos de gestão.
ANEXOS
76
MANUAL DE APLICAÇÃO
78
ANEXO 2 Classificação legal dos usos nas unidades de conservação federais,
de acordo com o SNUC.
80
MANUAL DE APLICAÇÃO
82
MANUAL DE APLICAÇÃO
84
MANUAL DE APLICAÇÃO
86
MANUAL DE APLICAÇÃO
Painel de
Resultados por
UC
88
MANUAL DE APLICAÇÃO