Aula 17
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adaptações curriculares e
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AULA
recursos pedagógicos na
Educação Especial
objetivo
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17 MÓDULO 5
ESTUDOS E PESQUISAS AMPLIAM CONCEITOS
AULA
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica determinam que os setores de pesquisa e as Universidades
desenvolvam estudos buscando a melhoria dos recursos para auxiliar
e ampliar a capacidade das pessoas com necessidades educacionais
especiais. Sejam elas de se comunicar ou de se locomover para que possam
participar de maneira cada vez mais autônoma no meio educacional,
na vida produtiva e na vida social, exercendo assim de maneira plena,
a sua cidadania.
Estudos e pesquisas sobre inovações na prática pedagógica e
desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias ao processo educativo,
por exemplo, são de grande relevância para o avanço das práticas inclusivas,
assim como atividades de extensão junto às comunidades escolares.
As necessidades educacionais especiais requerem da escola condi-
ções específicas em termos de recursos e apoio especializado, permitindo,
assim, que o aluno tenha acesso aos conteúdos do currículo. Trata-se de
um conceito bem mais amplo, que não reforça a deficiência, mas enfatiza
o ensino, a escola, as formas e condições de aprendizagem.
A escola inclusiva não procura no aluno a origem de um problema.
Define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e apoios utilizados
para que este obtenha sucesso escolar. Por fim, em vez de pressupor que
o aluno deva ajustar-se a padrões de normalidade para aprender, aponta
para o desafio de ajustar-se para atender à diversidade de seus alunos.
Um projeto pedagógico que inclua os educandos com necessidades
educacionais especiais, deverá seguir as mesmas diretrizes já traçadas
pelo Conselho Nacional de Educação para a educação infantil, o
ensino fundamental, o ensino médio, a educação profissional de nível
técnico, a educação de jovens e adultos e a educação escolar indígena.
Entretanto, esse projeto deverá atender ao princípio da flexibilização,
para que o acesso ao currículo seja adequado às condições dos discentes,
respeitando seu caminhar próprio e favorecendo seu progresso escolar.
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Educação Especial | Formação do professor, adaptações curriculares e
recursos pedagógicos na Educação Especial
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CLASSES ESPECIAIS PARA O “ESPECIAL”
AULA
Para responder aos desafios que se apresentam, é necessário que
os sistemas de ensino constituam e façam funcionar um setor responsável
pela Educação Especial, dotado de recursos humanos, materiais e
financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção
da educação inclusiva.
Para aqueles alunos que apresentem dificuldades de comunicação
e sinalização diferenciadas dos demais alunos, e demandem ajuda e
apoio intenso e contínuo, cujas necessidades especiais não puderem ser
atendidas em classes comuns, os sistemas de ensino poderão organizar,
extraordinariamente, classes especiais, nas quais será realizado o
atendimento de caráter transitório.
Os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais
e requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma
e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como
adaptações curriculares tão significativas que a escola comum não tenha
conseguido prover, podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em
escolas especiais, públicas ou privadas, atendimento esse complementado,
sempre que necessário e de maneira articulada, por serviços das áreas de
Saúde, Trabalho e Assistência Social.
É nesse contexto de idéias que a escola deve identificar a melhor
forma de atender às necessidades educacionais de seus alunos, em seu
processo de aprender.
Assim, cabe a cada unidade escolar diagnosticar sua realidade
educacional e implementar as alternativas de serviços e a sistemática
de funcionamento de tais serviços, para favorecer o êxito de todos os
seus alunos.
Nesse processo, há que se considerar as alternativas já existentes e
utilizadas pela comunidade escolar, que se têm mostrado eficazes, tais como
sala de recursos, salas de apoio pedagógico, serviços de itinerância em suas
diferentes possibilidades de realização (itinerância intra e interescolar).
Deve-se também investir na criação de novas alternativas, sempre
fundamentadas no conjunto de necessidades educacionais especiais
encontradas no contexto da unidade escolar, como por exemplo a
modalidade de apoio alocado na classe comum, sob a forma de professores
e/ou profissionais especializados, com os recursos materiais adequados.
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recursos pedagógicos na Educação Especial
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RESUMO
AULA
O professor de Educação Especial deverá apresentar uma formação específica,
precisa saber trabalhar em equipe e desenvolver competências que lhe permitam
identificar necessidades educativas especiais, definir e implementar respostas a
essas necessidades e dar apoio ao professor de classe comum. A LDB aponta dois
perfis de professores da “escola inclusiva”: o professor da classe comum que deverá
ser capacitado e o professor especializado em Educação Especial.
Outras instituições, como as universidades, precisam colaborar para que a educação
inclusiva aconteça de fato, através de pesquisas e práticas inclusivas.
As escolas devem adaptar-se às necessidades dos alunos, oferecendo recursos e
apoios especializados. A avaliação dos alunos deve ser realizada por uma equipe
que fará os devidos encaminhamentos para classes especiais ou não.
A escola inclusiva deve ser uma escola para todos e dispor de um currículo dinâmico
e flexível que possa se adequar às necessidades dos alunos.
AUTO-AVALIAÇÃO
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