Decisão
Decisão
14/11/2023
Número: 8055448-98.2023.8.05.0000
Classe: PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO
Órgão julgador colegiado: Terceira Câmara Cível
Órgão julgador: TITULARIDADE EM PROVIMENTO 10
Última distribuição : 31/10/2023
Valor da causa: R$ 65.000,00
Processo referência: 8024998-75.20238.05.0000
Assuntos: Tutela
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
LUCIA APARECIDA RIBEIRO LORDELO NOGUEIRA MANUEL JOSE ALONSO GROBA JUNIOR (ADVOGADO)
(REQUERENTE)
SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE ANTONIO EDUARDO GONÇALVES RUEDA (ADVOGADO)
(REQUERIDO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
53757 14/11/2023 07:42 Decisão Decisão
147
PODER JUDICIÁRIO
DECISÃO
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Alega ainda que "os relatórios médicos e exames colacionados aos autos, (...) atestam
que a Consumidora/Apelante, quando ingressou com a inicial, OBESIDADE GRAU III, MÓRBIDA,
com dor crônica, idosa, hoje com 70 (SETENTA) anos, portadora de obesidade mórbida grau III,
contra indicada para cirurgia bariátrica, se encontra com 109 kg 1.62 cm e com o elevadíssimo
IMC de 41.53 kg/ m2 (...). No intuito de demonstrar a periculosidade do quadro clínico da
agravante, foi juntado a exordial relatório médico da Endocrinologista, Dra. Olívia Carla Bomfim
Boaventura - CRM 20.178- BA podemos observar que a autora tem diversas comorbidades
associadas em decorrência da sua patologia e, além desse especialista, outros médicos atestam
as patologias vinculadas, sugerindo internamento em clínica especializada em caráter de
urgência e, por conta da dificuldade de locomoção, acompanhante durante todo o tratamento”.
Afirma que "foi prescrito o internamento da paciente até atingir IMC inferior a 30 Kg/m
e, após este período, reinternação por 02 (dois) dias ao mês para a prevenção da recidiva, tendo
sido o tratamento deferido por noventa dias iniciais e no decorrer dos dois primeiros meses que
seja apresentado relatórios evolutivos até se chegar ao Imc 30, encontrando-se a mesma
internada neste momento com apenas 12 dias de seu tratamento".
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metabólico, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares e do desenvolvimento da esteatose
hepática, além de diminuir o risco de recidivas tão comuns nesses casos".
Afirma estarem presentes os requisitos do art. 1.012 do CPC e pede a antecipação dos
efeitos da tutela recursal para “suspensão da eficácia da sentença prolatada, notadamente quanto
ao indeferimento do tratamento, para que Vossa Excelência mais uma vez reconheça o direito da
Apelante de se internar em clínica médica especializada, JULGANDO PROCEDENTE O
PRESENTE RECURSO, determinando que a SUL AMÉRICA SAÚDE autorize a cobertura do
tratamento médico na forma prescrita pelos médicos assistentes, ou seja, em Unidade Hospitalar
especializada em Obesidade através de INTERNAMENTO ou, ALTERNATIVAMENTE, na
ausência do hospital especializado credenciado, que seja autorizado o tratamento da Apelante no
Hospital da Obesidade LTDA, unidade hospitalar indicada pelos médicos que acompanham,
PELO PERÍODO INICIAL DE 90 (NOVENTA) DIAS, com informações mensais da evolução do
tratamento até que a paciente atinja o IMC INFERIOR A 30 kg/m²e, podendo o prazo inicial ser
renovado após a análise dos relatório durante o internamento e, após este período, reinternação
por 02 (dois) dias consecutivos mensais por 24 meses para prevenção da recidiva (...)”.
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É o que importa relatar.
Em análise aos autos originários, constata-se que a sentença encontra-se atacada por
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um recurso de Apelação (ID 419582140 dos autos originários) e que a hipótese em análise se
subsume à norma contida no art. 1.012, 1º, V do CPC, porquanto a sentença, cujo efeito
suspensivo ora se requer, revogou o efeito suspensivo anteriormente deferido no Agravo de
Instrumento n.º 8024998-75.2023.8.05.0000.
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que a proteção constitucional ao direito à saúde está consagrada em seu art. 6º, vejamos:
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Muita além do dever do Poder Público, prescrito no art. 196 da CF, de promover o
direito à saúde, garantido mediante políticas sociais e econômicas, a assistência à saúde, nos
termos do art. 199 da CF, é livre à iniciativa privada, ainda que continue sendo de relevância
pública e se sujeita a regularização e fiscalização estatal:
Frise-se que o direito à saúde não é apenas dever do Estado, mas dever de todos.
Conforme a inteligência do § 2 do art. 2º da Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde), o dever do
Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade, de modo que cada
pessoa deve preservar a sua própria saúde e zelar pela saúde de terceiros, com esteio no
princípio da solidariedade. Vejamos:
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Desse modo, verifica-se, a priori, que a Clínica de Obesidade se revela uma clínica
médica multidisciplinar, voltada para o tratamento interdisciplinar da obesidade mórbida, por meio
de internação, que se encontra inscrita no Conselho Federal de Medicina, possuindo quadro de
profissionais das diversas áreas de saúde, afastando-se, portanto, a tese de que seria uma clínica
de cunho estético.
Ressalta-se, ainda, que em momento algum apontou a Apelada outra clínica nesta
capital, próximo à residência da apelante, em que pudesse ser feito o referido tratamento, nos
moldes determinados pela equipe médica, não trazendo, portanto, outra real alternativa ao caso
concreto.
Nesse sentido:
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DE CIRURGIA BARIÁTRICA. DOENÇA COBERTA. SITUAÇÃO
GRAVE E EMERGENCIAL. FINALIDADE ESTÉTICA E
REJUVENESCEDORA. DESCARACTERIZAÇÃO. MELHORIA DA
SAÚDE. COMBATE ÀS COMORBIDADES. NECESSIDADE.
DISTINÇÃO ENTRE CLÍNICA DE EMAGRECIMENTO E SPA.
DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. 1. Recurso especial
interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de
Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
2. Ação ordinária que busca o custeio de tratamento contra
obesidade mórbida (grau III) em clínica especializada de
emagrecimento, pois o autor não obteve sucesso em outras
terapias, tampouco podia se submeter à cirurgia bariátrica em
virtude de apneia grave e outras comorbidades, sendo a sua
situação de risco de morte. 3. É possível o julgamento antecipado
da lide quando as instâncias ordinárias entenderem
substancialmente instruído o feito, declarando a existência de
provas suficientes para o seu convencimento (art. 130 do
CPC/1973), sendo desnecessária a produção de prova pericial. 4. A
obesidade mórbida é doença crônica de cobertura obrigatória nos
planos de saúde (art. 10, caput, da Lei nº 9.656/1998). Em regra, as
operadoras autorizam tratamentos multidisciplinares ambulatoriais
ou as indicações cirúrgicas, a exemplo da cirurgia bariátrica
(Resolução CFM nº 1.766/2005 e Resolução CFM nº 1.942/2010).
5. O tratamento da obesidade mórbida, por sua gravidade e risco à
vida do paciente, demanda atendimento especial. Em caso de
indicação médica, poderá ocorrer a internação em estabelecimentos
médicos, tais como hospitais e clínicas para tratamento médico,
assim consideradas pelo Cadastro Nacional de Estabelecimento de
Saúde - CNES (art. 8º, parágrafo único, da RN ANS nº 167/2008).
Diferenças existentes entre clínica de emagrecimento e SPA. 6. A
restrição ao custeio pelo plano de saúde de tratamento de
emagrecimento circunscreve-se somente aos de cunho estético ou
rejuvenescedor, sobretudo os realizados em SPA, clínica de
repouso ou estância hidromineral (arts. 10, IV, da Lei nº 9.656/1998
e 20, § 1º, IV, da RN ANS nº 387/2015), não se confundindo com a
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terapêutica da obesidade mórbida (como a internação em clínica
médica especializada), que está ligada à saúde vital do paciente e
não à pura redução de peso almejada para se obter beleza física. 7.
Mesmo que o CDC não se aplique às entidades de autogestão, a
cláusula contratual de plano de saúde que exclui da cobertura o
tratamento para obesidade em clínica de emagrecimento se mostra
abusiva com base nos arts. 423 e 424 do CC, já que, da natureza
do negócio firmado, há situações em que a internação em tal
estabelecimento é altamente necessária para a recuperação do
obeso mórbido, ainda mais se os tratamentos ambulatoriais
fracassarem e a cirurgia bariátrica não for recomendada. 8. A
jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que o
médico ou o profissional habilitado - e não o plano de saúde - é
quem estabelece, na busca da cura, a orientação terapêutica a ser
dada ao usuário acometido de doença coberta. 9. Havendo
indicação médica para tratamento de obesidade mórbida ou severa
por meio de internação em clínica de emagrecimento, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o tratamento
não seria adequado ao paciente, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica, como último recurso, é
fundamental à sobrevida do usuário, inclusive com a diminuição das
complicações e doenças dela decorrentes, não se configurando
simples procedimento estético ou emagrecedor. 10. Em regra, a
recusa indevida pela operadora de plano de saúde de cobertura
médico-assistencial gera dano moral, porquanto agrava o
sofrimento psíquico do usuário, já combalido pelas condições
precárias de saúde, não constituindo, portanto, mero dissabor,
ínsito às hipóteses correntes de inadimplemento contratual. 11. Há
situações em que existe dúvida jurídica razoável na interpretação
de cláusula contratual, não podendo ser reputada ilegítima ou
injusta, violadora de direitos imateriais, a conduta de operadora que
optar pela restrição de cobertura sem ofender, em contrapartida, os
deveres anexos do contrato, tal qual a boa-fé, o que afasta a
pretensão de compensação por danos morais. 12. Recurso especial
parcialmente provido.
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(STJ - REsp: 1645762 BA 2016/0237735-7, Relator: Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento:
12/12/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe
18/12/2017)
No julgamento do referido recurso, o sr. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva (relator),
destacou:
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exacerbada compulsão alimentar, depressão profunda eou quadros
psiquiátricos especiais; e) aos pacientes que não possam se
submeter à cirurgia bariátrica; e f) aos pacientes de cirurgia
bariátrica que possuam risco de morte e necessitem emagrecer
antes do procedimento cirúrgico (pré-operatório) (...).
(REsp 1645762/BA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe 18/12/2017)
(G.n.)
Desse quadro é que resulta a urgência, visto que não é a obesidade em si, mas suas
consequências atuais, pondo em risco a vida da parte requerente.
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rede credenciada, deveria ter a apelante demonstrado nos autos
que conta na sua rede com entidade hospitalar ou clínica com os
requisitos necessários para implementar o tratamento
multidisciplinar que a apelada necessita realizar. Observe-se que o
magistrado singular facultou à recorrente que indicasse clínica
credenciada que pudesse realizar o tratamento da obesidade, mas
esta não o fez, o que tornou indispensável que o tratamento se
desse fora da rede credenciada em clínica apontada pela recorrida.
Neste diapasão, deve ser salientado que o artigo 35-F da Lei
9656/98 dispõe que a assistência à saúde garantida pelos planos
privados compreende todas as ações necessárias à prevenção da
doença e à recuperação, manutenção e reabilitação da saúde.
Assim, embora a rede de referência seja prioritária para os
tratamentos pleiteados pelos beneficiários, não se pode olvidar que
a assistência à saúde para as doenças cobertas deve ser prestada
de modo amplo a fim de garantir as necessidades essenciais do
usuário do plano. Outrossim, a Resolução n.º 259/2011 da ANS
determina que, na hipótese de ausência ou inexistência de
prestador credenciado, que ofereça o serviço ou procedimento
demandado, no município pertencente à área geográfica de
abrangência e à área de atuação do produto, a operadora deverá
garantir o atendimento em prestador não credenciado no mesmo
município. Desta forma, apesar de qualquer limitação de custeio
imposta contratualmente, não se pode perder de vista a
vulnerabilidade patente do consumidor que necessita realizar
tratamento urgente de saúde. Neste sentido, importa frisar que o
CDC estabelece que as cláusulas contratuais serão interpretadas
de forma mais favorável ao consumidor. Outrossim, o artigo 51
fulmina de nulidade as cláusulas abusivas, inclusive aquelas que
impliquem renúncia ou disposição de direitos, bem como sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. Neste diapasão,
especialmente quando se constata a inexistência de clínica
credenciada, deve ser garantido o custeio integral do tratamento
pleiteado pela recorrida, que necessitou buscar tratamento fora da
rede credenciada para garantir sua saúde. Deste modo, se o
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contrato prever cobertura para determinada patologia e o
tratamento indicado pelo especialista não esteja disponível na rede
credenciada, deverá a operadora promover o reembolso ou custeio
integral, de modo que a função social do contrato seja preservada.
(TJ-BA - APL: 80408487420208050001 12ª VARA DE RELAÇÕES
DE CONSUMO DA COMARCA DE SALVADOR, Relator: MARIO
AUGUSTO ALBIANI ALVES JUNIOR, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 08/09/2022)
Por estes motivos, como forma de não prejudicar o tratamento que fora autorizado
liminarmente na via do Agravo de Instrumento, impende à concessão do efeito suspensivo ao
apelo, para que a operadora de plano de saúde mantenha as tratativas e viabilize o internamento
da apelante em clínica médica especializada nos moldes requeridos na exordial.
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prejuízo de posterior majoração, devendo ser autorizando o internamento da Apelante em clínica
médica especializada para tratamento de pacientes portadores de obesidade, com supervisão e
acompanhamento por equipe médica multidisciplinar em sua rede credenciada, e, em caso de
inexistência de clínica credenciada, arque com o custeio do internamento na Clínica da
Obesidade Ltda, até que possa atingir o IMC 30 Kg/m², com seu posterior desmame/manutenção
prescrita, conforme indicação médica (ID. 379364212, fl.5, dos autos originários).
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