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Decisão

Este documento trata de um pedido de efeito suspensivo à apelação interposta por Lucia Aparecida Ribeiro Lordelo Nogueira contra sentença que julgou improcedentes seus pedidos na ação contra a Sul América Companhia de Seguro Saúde. A requerente pede a suspensão dos efeitos da sentença para continuar seu tratamento médico para obesidade mórbida em clínica especializada. A decisão analisa os requisitos legais para concessão de efeito suspensivo ao recurso.

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Decisão

Este documento trata de um pedido de efeito suspensivo à apelação interposta por Lucia Aparecida Ribeiro Lordelo Nogueira contra sentença que julgou improcedentes seus pedidos na ação contra a Sul América Companhia de Seguro Saúde. A requerente pede a suspensão dos efeitos da sentença para continuar seu tratamento médico para obesidade mórbida em clínica especializada. A decisão analisa os requisitos legais para concessão de efeito suspensivo ao recurso.

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Tribunal

PJe - Processo Judicial Eletrônico

14/11/2023

Número: 8055448-98.2023.8.05.0000
Classe: PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO
Órgão julgador colegiado: Terceira Câmara Cível
Órgão julgador: TITULARIDADE EM PROVIMENTO 10
Última distribuição : 31/10/2023
Valor da causa: R$ 65.000,00
Processo referência: 8024998-75.20238.05.0000
Assuntos: Tutela
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
LUCIA APARECIDA RIBEIRO LORDELO NOGUEIRA MANUEL JOSE ALONSO GROBA JUNIOR (ADVOGADO)
(REQUERENTE)
SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE ANTONIO EDUARDO GONÇALVES RUEDA (ADVOGADO)
(REQUERIDO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
53757 14/11/2023 07:42 Decisão Decisão
147
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

Terceira Câmara Cível

Processo: PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO n. 8055448-98.2023.8.05.0000


Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível
REQUERENTE: LUCIA APARECIDA RIBEIRO LORDELO NOGUEIRA
Advogado(s): MANUEL JOSE ALONSO GROBA JUNIOR (OAB:BA45072-A)
REQUERIDO: SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE
Advogado(s): ANTONIO EDUARDO GONÇALVES RUEDA (OAB:PE16983-A)

DECISÃO

Trata-se de Petição Autônoma n.º 8055448-98.2023.8.05.0000 ajuizada por LUCIA


APARECIDA RIBEIRO LORDELO NOGUEIRA para assegurar a atribuição de efeito suspensivo
a recurso de Apelação interposto na Ação nº 8041997-03.2023.8.05.0001, em que litiga com a
SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE, contra sentença que julgou improcedente
os pedidos autorais, revogando liminar anteriormente deferida.

Narra a Apelante que, em sede de Agravo de Instrumento nº 8024998-


75.2023.8.05.0000, obteve tutela antecipada “para determinar a autorização do tratamento
médico pleiteado, de internação em clínica médica ou hospital especializado no tratamento da
obesidade em sua rede credenciada, sob pena de não o fazendo, ser facultado à Apelante
realizar o tratamento em estabelecimento de sua preferência, pelo prazo de 90 (noventa) dias”.

Pontua que, a despeito da decisão monocrática favorável, no momento de protocolo do


pedido de efeito suspensivo, encontrava-se internada com apenas 12 (doze) dias de tratamento;
no entanto, "após apresentação de contestação e réplica nos autos da ação principal, a Juíza de
primeiro grau (...) sentenciou o processo, julgando IMPROCEDENTE o pedido Autoral".

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Alega ainda que "os relatórios médicos e exames colacionados aos autos, (...) atestam
que a Consumidora/Apelante, quando ingressou com a inicial, OBESIDADE GRAU III, MÓRBIDA,
com dor crônica, idosa, hoje com 70 (SETENTA) anos, portadora de obesidade mórbida grau III,
contra indicada para cirurgia bariátrica, se encontra com 109 kg 1.62 cm e com o elevadíssimo
IMC de 41.53 kg/ m2 (...). No intuito de demonstrar a periculosidade do quadro clínico da
agravante, foi juntado a exordial relatório médico da Endocrinologista, Dra. Olívia Carla Bomfim
Boaventura - CRM 20.178- BA podemos observar que a autora tem diversas comorbidades
associadas em decorrência da sua patologia e, além desse especialista, outros médicos atestam
as patologias vinculadas, sugerindo internamento em clínica especializada em caráter de
urgência e, por conta da dificuldade de locomoção, acompanhante durante todo o tratamento”.

Refere, também, que, “foi explicitado na exordial a gravidade do caso em análise,


evidenciando que não tem cunho estético como alguns seguros de saúde insistem em
fundamentar, deixando claro que a paciente/agravante tem diversas patologias, sejam elas
motoras, psíquicas e psiquiátricas, no qual associado a obesidade mórbida são perigosíssimas a
vida da mesma. Já na análise de outra profissional médica, foi evidenciado crises que ocasionam
crises de pânico, falta de locomoção e dor crônica (...). Já no que tange a parte ortopédica, o Dr.
Igor Leonel, especialista em cirurgia de ombro, CRM/BA: 18.183, relata que as patologias nessa
especialidade se encontra em forte relação do quadro de obesidade com o desenvolvimento da
fibromialgia, depressão e dor crônica, chamando atenção para a urgência no tratamento para
alcance do IMC 30 ou menor, além de necessidade de acompanhante no tratamento”.

Afirma que "foi prescrito o internamento da paciente até atingir IMC inferior a 30 Kg/m
e, após este período, reinternação por 02 (dois) dias ao mês para a prevenção da recidiva, tendo
sido o tratamento deferido por noventa dias iniciais e no decorrer dos dois primeiros meses que
seja apresentado relatórios evolutivos até se chegar ao Imc 30, encontrando-se a mesma
internada neste momento com apenas 12 dias de seu tratamento".

Acrescenta que, "apesar do sucesso do tratamento a que vem se submetendo a


Apelante, ainda não concluiu o prazo que a mesma vai ficar internada, tendo em vista que será
preciso esse raio x evolutivo que será emitido pela clínica da Obesidade até chegar o Imc 30 dias
prescritos e deferidos liminarmente, pois só assim, haverá uma melhora acentuada no quadro

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metabólico, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares e do desenvolvimento da esteatose
hepática, além de diminuir o risco de recidivas tão comuns nesses casos".

Afirma estarem presentes os requisitos do art. 1.012 do CPC e pede a antecipação dos
efeitos da tutela recursal para “suspensão da eficácia da sentença prolatada, notadamente quanto
ao indeferimento do tratamento, para que Vossa Excelência mais uma vez reconheça o direito da
Apelante de se internar em clínica médica especializada, JULGANDO PROCEDENTE O
PRESENTE RECURSO, determinando que a SUL AMÉRICA SAÚDE autorize a cobertura do
tratamento médico na forma prescrita pelos médicos assistentes, ou seja, em Unidade Hospitalar
especializada em Obesidade através de INTERNAMENTO ou, ALTERNATIVAMENTE, na
ausência do hospital especializado credenciado, que seja autorizado o tratamento da Apelante no
Hospital da Obesidade LTDA, unidade hospitalar indicada pelos médicos que acompanham,
PELO PERÍODO INICIAL DE 90 (NOVENTA) DIAS, com informações mensais da evolução do
tratamento até que a paciente atinja o IMC INFERIOR A 30 kg/m²e, podendo o prazo inicial ser
renovado após a análise dos relatório durante o internamento e, após este período, reinternação
por 02 (dois) dias consecutivos mensais por 24 meses para prevenção da recidiva (...)”.

Pugna, portanto, pelo acatamento do pedido de concessão de efeito suspensivo ao


Recurso de Apelação, neste momento, interposto nos autos de primeiro grau (ID 53728499, fls. 3-
29).

Juntou documentos de IDs. 53105107 - 53105110, 53105113 - 53105116, bem como


constam, nas suas razões (ID 53105106), imagens dos laudos/relatórios médicos apresentados
nos autos de origem.

Convertido o julgamento em diligência (ID 53547559), foi determinada a intimação da


recorrente para comprovar a interposição do recurso nos autos de primeiro grau.

Manifestação juntada conforme IDs 53728498 e 53728499, vieram-me os autos


conclusos.

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É o que importa relatar.

Trata-se de petição com requerimento de concessão de efeito suspensivo a recurso de


Apelação interposto diante de sentença que julgou improcedentes os pedidos autorais, revogando
liminar anteriormente deferida (ID 410891746 dos autos de origem).

Como consabido, o artigo 1.012 do Código de Processo Civil determina que as


apelações sejam recebidas em seu efeito devolutivo e suspensivo, em regra. As exceções
encontram-se previstas no § 1º do referido dispositivo, de seguinte redação:

Art. 1.012. A Apelação terá efeito suspensivo.


§ 1 o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir
efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os
embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.

E, à semelhança do que se busca garantir com a previsão das tutelas provisórias, o


legislador facultou à parte Apelante formular requerimento dirigido ao Tribunal/relator do recurso,
buscando que a sentença não produza efeitos imediatos, isto é, seja concedido efeito suspensivo
(art. 1.012, § 3º, CPC) ao recurso.

No caso vertente, a sentença proferida julgou IMPROCEDENTE o pedido de


condenação da parte ré, ao custeio do tratamento da autora/apelante perante clínica de
obesidade, nos moldes indicados nos relatórios médicos apresentados.

Em análise aos autos originários, constata-se que a sentença encontra-se atacada por

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um recurso de Apelação (ID 419582140 dos autos originários) e que a hipótese em análise se
subsume à norma contida no art. 1.012, 1º, V do CPC, porquanto a sentença, cujo efeito
suspensivo ora se requer, revogou o efeito suspensivo anteriormente deferido no Agravo de
Instrumento n.º 8024998-75.2023.8.05.0000.

Ademais, verifica-se que a autora, ora apelante, é beneficiária da assistência judiciária


gratuita, conforme confirmado na sentença do processo de origem.

Dito isto, ultrapassado os requisitos de admissibilidade, importa, neste momento,


analisar o pedido de concessão do efeito suspensivo.
A concessão de efeito suspensivo, atente-se, não obstante esteja direta e
expressamente atrelada à presença do perigo na demora – evidenciado na suscetibilidade de a
decisão provocar à parte lesão grave ou de difícil reparação – também é indissociável da análise
da probabilidade do direito – uma vez que o dispositivo legal acima indicado também exige da
parte a apresentação de relevante fundamentação, conforme disposto no art. 1.012, §§ 3º e 4º,
do CPC/2015.

Pois bem. Na análise da probabilidade do direito, sabe-se que, com a Constituição


Federal de 1988, se instaura e se aperfeiçoa uma sistemática protetiva e concessiva de direitos e
garantias fundamentais. Como consectário lógico do espírito inovador do legislador constituinte,
ganha relevo a noção de dignidade da pessoa humana, enquanto exaltação da pessoa humana a
um dos objetivos do Estado Democrático de Direito brasileiro, estampado no art. 1.º, inc. III, da
CF.

A noção de solidariedade social, objetivo fundamental da República, conforme o art.


3.º, inc. I, da CF/1988, e o princípio da isonomia ou igualdade em sentido amplo, traduzido no art.
5.º, caput, da CF, compõem os alicerces e diretrizes que orientam e fundamentam os direitos e
garantias fundamentais que emergem da Constituição Federal de 1988, cuja aplicação recai não
somente em face do Estado, mas da relação entre particulares.

Enquanto direitos fundamentais de 2ª geração, os direitos sociais passaram a ter


grande relevância na nova sistemática constitucional de tutela de direitos e garantias, de sorte

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que a proteção constitucional ao direito à saúde está consagrada em seu art. 6º, vejamos:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o


trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (G.n)

Em que pese a previsão expressa da tutela ao bem jurídico, não há um conceito de


saúde pelo legislador constituinte, resultando, portanto, oportuna a transcrição do conceito
amplamente difundido e contido no documento de constituição da OMS (Organização Mundial de
Saúde), segundo o qual “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social,
não apenas ausência de afecções (qualquer alteração patológica do corpo) e
enfermidades”.

Percebe-se que o conceito de saúde não está relacionado apenas à tratamento


de doenças ou à sua cura, nele há outros elementos, a exemplo de promoção de bem-
estar, por meio de condições adequadas de alimentação, de equilíbrio do meio ambiente,
de saneamento básico, de transporte, entre outras.

Nesse sentido, o art. 3º da Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde):

Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e


econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e serviços essenciais.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por
força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e
social. (G.n.)

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Muita além do dever do Poder Público, prescrito no art. 196 da CF, de promover o
direito à saúde, garantido mediante políticas sociais e econômicas, a assistência à saúde, nos
termos do art. 199 da CF, é livre à iniciativa privada, ainda que continue sendo de relevância
pública e se sujeita a regularização e fiscalização estatal:

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste,
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Frise-se que o direito à saúde não é apenas dever do Estado, mas dever de todos.
Conforme a inteligência do § 2 do art. 2º da Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde), o dever do
Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade, de modo que cada
pessoa deve preservar a sua própria saúde e zelar pela saúde de terceiros, com esteio no
princípio da solidariedade. Vejamos:

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o


Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação
e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução
de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e
aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família,
das empresas e da sociedade. (G.n)

Diferentemente dos serviços de saúde prestados pelo Poder Público, os serviços de


saúde suplementar compreendem os serviços de planos de saúde ou de seguros de saúde
prestados exclusivamente na esfera privada, por meio das operadoras de planos privados de
assistência à saúde, os quais estão sob a regulação da Agência Nacional de Saúde (ANS) e são
regidos pela Lei nº. 9.656/1998. No tocante aos serviços de planos de saúde, por sua vez, esses
consistem na disponibilização de serviços médicos e hospitalares próprios e/ou credenciados, no
qual a operadora de plano de saúde mantém rede hospital ou indica um rol de conveniados.

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Desse modo, verifica-se, a priori, que a Clínica de Obesidade se revela uma clínica
médica multidisciplinar, voltada para o tratamento interdisciplinar da obesidade mórbida, por meio
de internação, que se encontra inscrita no Conselho Federal de Medicina, possuindo quadro de
profissionais das diversas áreas de saúde, afastando-se, portanto, a tese de que seria uma clínica
de cunho estético.

Ressalta-se, ainda, que em momento algum apontou a Apelada outra clínica nesta
capital, próximo à residência da apelante, em que pudesse ser feito o referido tratamento, nos
moldes determinados pela equipe médica, não trazendo, portanto, outra real alternativa ao caso
concreto.

Entendo que o perigo de dano irreparável se encontra evidenciado em face dos


relatórios, exames e demais documentos acostados aos autos de primeiro grau, visto que,
conforme narrado na exordial, a apelante é portadora de obesidade mórbida grau III e fora
beneficiada por decisão monocrática proferida no Agravo de Instrumento n.º 8024998-
75.2023.8.05.0000. Não se pode olvidar a urgência que o caso requer, mormente quando se trata
de patologia crônica e que vêm se agravando ao longo dos anos, colocando a vida da recorrida
em alto risco (ID 379364212 dos autos de origem).

Ademais, é indiscutível que a obesidade é uma doença grave, reconhecida, inclusive,


pela Organização Mundial de Saúde, e que está associada a diversas outras comorbidades
concorrentes e supervenientes, como outrora mencionado.

Nesse sentido:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE.


CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. OBESIDADE
MÓRBIDA. INTERNAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA ESPECIALIZADA.
POSSIBILIDADE. INSUCESSO DE TRATAMENTOS
MULTIDISCIPLINARES AMBULATORIAIS. CONTRAINDICAÇÃO

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DE CIRURGIA BARIÁTRICA. DOENÇA COBERTA. SITUAÇÃO
GRAVE E EMERGENCIAL. FINALIDADE ESTÉTICA E
REJUVENESCEDORA. DESCARACTERIZAÇÃO. MELHORIA DA
SAÚDE. COMBATE ÀS COMORBIDADES. NECESSIDADE.
DISTINÇÃO ENTRE CLÍNICA DE EMAGRECIMENTO E SPA.
DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. 1. Recurso especial
interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de
Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
2. Ação ordinária que busca o custeio de tratamento contra
obesidade mórbida (grau III) em clínica especializada de
emagrecimento, pois o autor não obteve sucesso em outras
terapias, tampouco podia se submeter à cirurgia bariátrica em
virtude de apneia grave e outras comorbidades, sendo a sua
situação de risco de morte. 3. É possível o julgamento antecipado
da lide quando as instâncias ordinárias entenderem
substancialmente instruído o feito, declarando a existência de
provas suficientes para o seu convencimento (art. 130 do
CPC/1973), sendo desnecessária a produção de prova pericial. 4. A
obesidade mórbida é doença crônica de cobertura obrigatória nos
planos de saúde (art. 10, caput, da Lei nº 9.656/1998). Em regra, as
operadoras autorizam tratamentos multidisciplinares ambulatoriais
ou as indicações cirúrgicas, a exemplo da cirurgia bariátrica
(Resolução CFM nº 1.766/2005 e Resolução CFM nº 1.942/2010).
5. O tratamento da obesidade mórbida, por sua gravidade e risco à
vida do paciente, demanda atendimento especial. Em caso de
indicação médica, poderá ocorrer a internação em estabelecimentos
médicos, tais como hospitais e clínicas para tratamento médico,
assim consideradas pelo Cadastro Nacional de Estabelecimento de
Saúde - CNES (art. 8º, parágrafo único, da RN ANS nº 167/2008).
Diferenças existentes entre clínica de emagrecimento e SPA. 6. A
restrição ao custeio pelo plano de saúde de tratamento de
emagrecimento circunscreve-se somente aos de cunho estético ou
rejuvenescedor, sobretudo os realizados em SPA, clínica de
repouso ou estância hidromineral (arts. 10, IV, da Lei nº 9.656/1998
e 20, § 1º, IV, da RN ANS nº 387/2015), não se confundindo com a

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terapêutica da obesidade mórbida (como a internação em clínica
médica especializada), que está ligada à saúde vital do paciente e
não à pura redução de peso almejada para se obter beleza física. 7.
Mesmo que o CDC não se aplique às entidades de autogestão, a
cláusula contratual de plano de saúde que exclui da cobertura o
tratamento para obesidade em clínica de emagrecimento se mostra
abusiva com base nos arts. 423 e 424 do CC, já que, da natureza
do negócio firmado, há situações em que a internação em tal
estabelecimento é altamente necessária para a recuperação do
obeso mórbido, ainda mais se os tratamentos ambulatoriais
fracassarem e a cirurgia bariátrica não for recomendada. 8. A
jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que o
médico ou o profissional habilitado - e não o plano de saúde - é
quem estabelece, na busca da cura, a orientação terapêutica a ser
dada ao usuário acometido de doença coberta. 9. Havendo
indicação médica para tratamento de obesidade mórbida ou severa
por meio de internação em clínica de emagrecimento, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o tratamento
não seria adequado ao paciente, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica, como último recurso, é
fundamental à sobrevida do usuário, inclusive com a diminuição das
complicações e doenças dela decorrentes, não se configurando
simples procedimento estético ou emagrecedor. 10. Em regra, a
recusa indevida pela operadora de plano de saúde de cobertura
médico-assistencial gera dano moral, porquanto agrava o
sofrimento psíquico do usuário, já combalido pelas condições
precárias de saúde, não constituindo, portanto, mero dissabor,
ínsito às hipóteses correntes de inadimplemento contratual. 11. Há
situações em que existe dúvida jurídica razoável na interpretação
de cláusula contratual, não podendo ser reputada ilegítima ou
injusta, violadora de direitos imateriais, a conduta de operadora que
optar pela restrição de cobertura sem ofender, em contrapartida, os
deveres anexos do contrato, tal qual a boa-fé, o que afasta a
pretensão de compensação por danos morais. 12. Recurso especial
parcialmente provido.

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(STJ - REsp: 1645762 BA 2016/0237735-7, Relator: Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento:
12/12/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe
18/12/2017)

No julgamento do referido recurso, o sr. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva (relator),
destacou:

(...) De início, impende asseverar que o tratamento da obesidade


mórbida é de cobertura obrigatória nos planos de saúde (art. 10 da
Lei nº 9.6561998). Com efeito, tal condição é considerada doença
crônica não transmissível, relacionada na Classificação
Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde
(OMS), de etiologia e patogênese multifatoriais, sendo fator de risco
para o desenvolvimento de comorbidades ( Diabetes Mellitus tipo 2,
apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, osteoartrites,
males cardiovasculares, depressão, entre outros), induzindo a
mortalidade.
Em regra, os planos de assistência à saúde cobrem tratamentos
multidisciplinares ambulatoriais de obesidade bem como os casos
cirúrgicos, a exemplo da cirurgia bariátrica (pacientes com Índice de
Massa Corporal - IMC - maior que 35 kgm² e quando atendidos os
demais requisitos da Resolução nº 1.7662005 do Conselho Federal
de Medicina - CFM, alterada pela Resolução CFM nº 1.9422010)
(...).
Assim, a internação clínica pode se dar: a) aos portadores de
obesidade mórbida com risco de morte; b) aos portadores de
obesidade mórbida em casos de emergência ou urgência, definidos
na Lei nº 9.6561998; c) aos pacientes que fizeram a cirurgia
bariátrica e voltaram a engordar; d) aos portadores de obesidades
mórbida que não tenham conseguido sair deste estado pelo
tratamento ambulatorial (consultas a profissionais ou frequência aos
programas especiais dos planos de saúde) ou que não tenham
condições psicológicas de realizar tal tratamento devido à

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exacerbada compulsão alimentar, depressão profunda eou quadros
psiquiátricos especiais; e) aos pacientes que não possam se
submeter à cirurgia bariátrica; e f) aos pacientes de cirurgia
bariátrica que possuam risco de morte e necessitem emagrecer
antes do procedimento cirúrgico (pré-operatório) (...).
(REsp 1645762/BA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe 18/12/2017)
(G.n.)

Desse quadro é que resulta a urgência, visto que não é a obesidade em si, mas suas
consequências atuais, pondo em risco a vida da parte requerente.

Em igual sentido, temos a jurisprudência deste Tribunal:

APELAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE.


DIREITO DO CONSUMIDOR. INTERNAÇÃO EM CLÍNICA PARA
TRATAMENTO DA OBESIDADE. TRATAMENTO QUE NÃO É
ESTÉTICO. DEVER DE CUSTEIO DO TRATAMENTO PELO
PLANO DE SAÚDE. INEXISTÊNCIA DE CLINICA CREDENCIADA
QUE REALIZE TRATAMENTO. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
FORA DA REDE DE REFERÊNCIA. CUSTEIO INTEGRAL DO
TRATAMENTO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
A situação da recorrida não pode ser enquadrada como tratamento
de finalidade estética, em face da urgência de emagrecimento da
paciente, especialmente em razão das doenças graves associadas,
que tornam a situação crítica. Desta forma, a documentação
acostada aos autos aponta que a recorrida necessita de cuidados
específicos, em clínica especializada, pelo fato de apresentar
quadro patológico, repise-se, não indicativo de tratamento
ambulatorial. Nesta toada, destaque-se, sendo da competência da
equipe médica assistente definir o tratamento adequado para a
paciente, não pode a operadora de plano de saúde impor o
tratamento que julga mais vantajoso para os objetivos empresariais.
Deste modo, para que o tratamento em questão fosse realizado na

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rede credenciada, deveria ter a apelante demonstrado nos autos
que conta na sua rede com entidade hospitalar ou clínica com os
requisitos necessários para implementar o tratamento
multidisciplinar que a apelada necessita realizar. Observe-se que o
magistrado singular facultou à recorrente que indicasse clínica
credenciada que pudesse realizar o tratamento da obesidade, mas
esta não o fez, o que tornou indispensável que o tratamento se
desse fora da rede credenciada em clínica apontada pela recorrida.
Neste diapasão, deve ser salientado que o artigo 35-F da Lei
9656/98 dispõe que a assistência à saúde garantida pelos planos
privados compreende todas as ações necessárias à prevenção da
doença e à recuperação, manutenção e reabilitação da saúde.
Assim, embora a rede de referência seja prioritária para os
tratamentos pleiteados pelos beneficiários, não se pode olvidar que
a assistência à saúde para as doenças cobertas deve ser prestada
de modo amplo a fim de garantir as necessidades essenciais do
usuário do plano. Outrossim, a Resolução n.º 259/2011 da ANS
determina que, na hipótese de ausência ou inexistência de
prestador credenciado, que ofereça o serviço ou procedimento
demandado, no município pertencente à área geográfica de
abrangência e à área de atuação do produto, a operadora deverá
garantir o atendimento em prestador não credenciado no mesmo
município. Desta forma, apesar de qualquer limitação de custeio
imposta contratualmente, não se pode perder de vista a
vulnerabilidade patente do consumidor que necessita realizar
tratamento urgente de saúde. Neste sentido, importa frisar que o
CDC estabelece que as cláusulas contratuais serão interpretadas
de forma mais favorável ao consumidor. Outrossim, o artigo 51
fulmina de nulidade as cláusulas abusivas, inclusive aquelas que
impliquem renúncia ou disposição de direitos, bem como sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. Neste diapasão,
especialmente quando se constata a inexistência de clínica
credenciada, deve ser garantido o custeio integral do tratamento
pleiteado pela recorrida, que necessitou buscar tratamento fora da
rede credenciada para garantir sua saúde. Deste modo, se o

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contrato prever cobertura para determinada patologia e o
tratamento indicado pelo especialista não esteja disponível na rede
credenciada, deverá a operadora promover o reembolso ou custeio
integral, de modo que a função social do contrato seja preservada.
(TJ-BA - APL: 80408487420208050001 12ª VARA DE RELAÇÕES
DE CONSUMO DA COMARCA DE SALVADOR, Relator: MARIO
AUGUSTO ALBIANI ALVES JUNIOR, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 08/09/2022)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO. OBESIDADE


MÓRBIDA, GRAU III E IMC DE 40,31 KG/M². AUTORIZAÇÃO DE
INTERNAMENTO EM CLÍNICA DE OBESIDADE. CLÍNICA
ESPECIALIZADA PARA PERDA DE PESO. ART. 20, § 1º, IV DA
RN ANS Nº 338/2013, NA RN ANS Nº 387/2015 E RN ANS
428/2017 (ATUALMENTE EM VIGOR). APELAÇÃO IMPROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA COM FUNDAMENTO DIVERSO. (...)
entende-se pela manutenção da sentença quanto ao internamento
da autora na Clínica da Obesidade, visando a realização do
tratamento contra a obesidade que lhe acomete com equipe
multiprofissional integrada e prestação dos serviços médicos
indicados na petição inicial (...).
(TJ-BA - APL: 05136282020198050001 9 Vara Cível e Comercial -
Salvador, Relator: CASSINELZA DA COSTA SANTOS LOPES, 2ª
VICE-PRESIDÊNCIA, Data de Publicação: 13/07/2022)

Por estes motivos, como forma de não prejudicar o tratamento que fora autorizado
liminarmente na via do Agravo de Instrumento, impende à concessão do efeito suspensivo ao
apelo, para que a operadora de plano de saúde mantenha as tratativas e viabilize o internamento
da apelante em clínica médica especializada nos moldes requeridos na exordial.

Ante o exposto, ATRIBUO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO AO RECURSO DE


APELAÇÃO para que a Apelada mantenha o tratamento indicado na inicial e, caso tenha
suspendido a prestação, restabeleça o tratamento, no prazo de 10(dez) dias úteis, sob pena
de multa diária de R$1.000,00 (hum mil reais), limitada a R$30.000,00 (trinta mil reais), sem

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prejuízo de posterior majoração, devendo ser autorizando o internamento da Apelante em clínica
médica especializada para tratamento de pacientes portadores de obesidade, com supervisão e
acompanhamento por equipe médica multidisciplinar em sua rede credenciada, e, em caso de
inexistência de clínica credenciada, arque com o custeio do internamento na Clínica da
Obesidade Ltda, até que possa atingir o IMC 30 Kg/m², com seu posterior desmame/manutenção
prescrita, conforme indicação médica (ID. 379364212, fl.5, dos autos originários).

Comunique-se ao juízo de 1º grau o teor da presente decisão, e após, intime-se o


requerido na forma da lei.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.

Após, retornem os autos conclusos.

Salvador/BA, na data registrada no sistema.


Marielza Maués Pinheiro Lima
Juíza Convocada/Relatora

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