04 - Tributos em Espécies

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TRIBUTOS EM

ESpécIES

PROF. ESP. VINÍCIUS SANTOS MESSIAS


CNT - LEI Nº 5.172 DE 1966 (TEORIA TRIPARTITE)

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

IMPOSTOS ;
TAXAS;
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.
CF/88 – (TEORIA QUINQUIPARTITE)
São tributos de acordo com os artigos 145 ao 195 da CF/88:

IMPOSTOS;
TAXAS;
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA;
EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS;
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS.

Obs.: STF já proferiu entendimento no sentido de que tributo é um gênero dividido em


cinco diferentes espécies.
IMPOSTOS

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ART. 145 INCISO I DA CF/88 – ART. 16 DO CTN

Art. 16 (CTN) Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Modalidade de tributo que tem por fato gerador uma situação não relacionada a uma atividade estatal.
Não se exige qualquer contraprestação estatal por determinação constitucional, os impostos não
podem ter suas receitas vinculadas a fundo, despesa ou órgão específico.

A receita de imposto não pode ter destino prévio, o objetivo é formar o orçamento geral do ente, que
pode ser utilizado de forma flexível.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Quando a incidência:

 Sobre Comércio Exterior: II e IE ;

 Sobre Patrimônio e Renda: IR, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCD, ISGF;

 Sobre a Produção e a Circulação: ICMS, IPI, IOF e ISS;

 Especiais: IEG.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
Segundo o critério de graduação:

 FIXOS – São impostos que têm fixado o seu quantum a pagar em quantia certa por
meio de estimativa de valor. Exemplo: ISSQN Fixo para algumas atividades.

 PROPORCIONAIS – Têm alíquota invariável. Exemplo: ICMS, IPI, ISS (em


regime normal).

 PROGRESSIVOS – Têm alíquotas variáveis em função de algum parâmetro definido


em lei. Exemplos: IRPF , IPTU.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Em relação aos fins objetivados com sua imposição, temos que os tributos podem ser:

 FISCAIS – principal objetivo é arrecadar recursos. Exemplo: ICMS;

 EXTRAFISCAIS – principal objetivo é ser instrumento de política econômica e social. Exemplos: II, IE , IPI , IOF, ITR .

Observações: II, IE, IPI e IOF são chamados de impostos regulatórios, são exceções ao princípios da anterioridade e
noventena.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Segundo as condições particulares do contribuinte, caráter subjetivo:

 PESSOAIS – levam em conta as qualidades individuais do contribuinte, sua capacidade


contributiva para dosagem do aspecto quantitativo. Exemplo: IR.

 REAIS – levam em consideração apenas a matéria tributária, o próprio bem ou coisa.


Exemplo: IPVA

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CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

TRIBUTOS DIRETOS

Os tributos diretos podem ser definidos como sendo aqueles cujo o encargo financeiro é suportado pela mesma pessoa que
pratica o fato gerador. Nos casos de ser um tributo direto, o sujeito passivo assume a figura tanto de contribuinte de fato
quanto do contribuinte de direito. Exemplos de tributos diretos: IRPF, IPVA, IPTU.

TRIBUTOS INDIRETOS

Os tributos indiretos são aqueles que em razão de sua natureza comportam a transferência do encargo financeiro, ou seja, o
contribuinte de fato e de direito são pessoas diferentes, onde quem suporta todo o ônus da obrigação tributária é o contribuinte
de fato. Exemplos de tributos indiretos: ICMS, ISSQN, IPI.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

 Ordinários (art. 153, 155 e 156 CF): União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
 Residuais (art. 154, I, CF): União;
 Extraordinários (art. 154, II, CF): União;
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ART. 145 INCISO II DA CF/88 – ART. 77 DO CTN

Art. 145 (CF/88) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos:
[...]
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
[...]
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
TRIBUTO VINCULADO: É a modalidade de tributo que tem por fato
gerador uma situação diretamente vinculada a uma atividade estatal.

ATRIBUTO: Regra da retributividade, o valor é uma medida aproximada


do gasto estatal.

Observação: As taxas NÃO podem variar de acordo com a capacidade


contributiva do sujeito passivo.
FATO GERADOR: O exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos.

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TIPOS DE TAXAS

PODER DE POLÍCIA art. 78 (CTN)

Considera-se atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,


interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito
à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
TIPOS DE TAXAS

SERVIÇOS PÚBLICOS art. 79 (CNT)

 ESPECÍFICOS: quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção,


de utilidade ou de necessidade públicas;

 DIVISÍVEIS: quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos


seus usuários.

Observação: Devem sempre obedecer/observar estes dois critérios.


CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

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ART. 145 INCISO III DA CF/88 - ART. 81 DO CTN

Art. 145 (CF/88) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão instituir os seguintes tributos:

[...]

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.


TRIBUTO VINCULADO: Atividade estatal (obra).

FATO GERADOR: Fato gerador é a realização de uma obra pública de que decorra
valorização imobiliária para o sujeito passivo.

COMPETÊNCIA: Do ente que tem a responsabilidade administrativa pela obra.

VALOR: A lei instituidora deve definir a parcela da obra que será custeada e quanto será
devido por cada proprietário.
Limites a serem observados:

INDIVIDUAL: A base de cálculo não pode ser superior ao acréscimo de


valor proporcionado ao imóvel (valorização) de cada proprietário.

GLOBAL: A arrecadação não pode ser superior ao custo da obra.


EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

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Art. 148 (CF/88) A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,


de guerra externa ou sua iminência; (não observa o princípio da anterioridade / noventena)

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse


nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". (deve observar o principio da anterioridade e da noventena)

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório


será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
CONCEITO: A modalidade de tributo vinculado que poderá ser criada diante das hipóteses autorizadoras
previstas na CF/88.

HIPÓTESES:

 Despesas extraordinárias: calamidade pública ou guerra iminente;


 Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

COMPETÊNCIA: exclusivamente federal.

SÃO TRIBUTOS RESTITUÍVEIS: A lei complementar instituidora DEVE determinar o momento e a


forma da devolução.

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CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

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Art. 149 (CF/88) Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.
CONCEITO: é a modalidade de tributo de competência da União que visa a
custear uma atividade estatal específica.

ESPÉCIES:

 Contribuições sociais;
 Contribuições de intervenção no domínio econômico;
 Contribuições interesse das categorias profissionais ou econômicas;
 Contribuições de custeio do serviço de iluminação pública.
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CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

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CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

CONCEITO: tributos federais cujo objetivo é o custeio da atividade do


Estado de intervenção na economia. Atos de intervenção para controlar
preços, estimular ou desestimular importação/exportação, consumo.

Exemplo: CIDE combustível.

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CONTRIBUIÇÕES INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS
OU ECONÔMICAS

 CUSTEIO DOS ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS: Contribuição


sindical – sindicatos, federação, confederação.

 CUSTEIO DOS ÓRGÃOS DE DISCIPLINA E FISCALIZAÇÃO DE


CATEGORIAS PROFISSIONAIS: Conselhos Profissionais como o
CREA, CRM, CRC, dentre outros.

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CONTRIBUIÇÕES DE CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Art. 149-A (CF/88) Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir


contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o


caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

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