Prática 2 - Comandos

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Professor: Ângelo Gomes Guimarães

Disciplina: Instalaçãoes Elétricas Industriais BT/AT


Aluno:_________________________________________________ Data: ____ /____ /______

PRÁTICA 2: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA DIRETA


1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer as principais representações dos equipamentos nos diagramas de comando;
b) Entender como se faz a leitura de um diagrama de comando;
c) Conhecer os principais tipos de partida de motores;
d) Realizar a partida direta de um motor.

2 ‐ PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS E SUAS REPRESENTAÇÕES NO DIAGRAMA DE


COMANDOS
2.1. CONTATOR
O contator possui a função de Comando, seccionamento e controle dos circuitos alimentadores
de cargas, como os motores. O Contator é constituído de uma bobina que, quando é alimentada, cria
um campo magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando a
alimentação da bobina, é interrompido o campo magnético, provocando o retorno do núcleo por
molas. Assim, podemos distinguir as quatros principais partes de um contator observando a Figura 1.

Figura 1 ‐ Representação dos elementos de um contator


A bobina que representa a entrada de controle do contator que, ao ser ligada a uma fonte de
tensão, circula na mesma corrente elétricas que cria um campo magnético que envolve o núcleo de
ferro. A representação dos terminais da bobina é A1/A2.
O contator possui contatos principais e auxiliares. Os contatos para circuitos principais (contatos
de força) são representados com a numeração de 1 a 6 (1‐2; 3‐4; 5‐6), significando que para cada
terminal marcado com um número ímpar, corresponde outro terminal marcado com um número par
imediatamente subsequente, também podem ser representados por letras e índice numérico (L1‐T1;
L2‐T2; L3‐T3), deve‐se atentar para as referências dos contatos 1; 3; 5 ou L1; L2; L3,pois estes devem
ser conectados no lado da fonte (lado da rede de alimentação) e os contatos 2; 4; 6 ou T1; T2; T3,
devem ser conectados no lado da carga, nesta prática representada pelo motor.
Um contator principal possui ainda contatos auxiliares, que são utilizados para fins de comando,
estabelecer a alimentação da bobina do contator (selo), trava, sinalização, etc.

Figura 2 – Contator, contatos auxiliares e acoplamento de disjuntor motor.

Um contator principal, deve possuir 3 (três) contatos de força, e um ou mais contatos auxiliares.
Os contatos de força são contatos normalmente abertos (NA), e os contatos auxiliares podem ser
normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF). Os contatos auxiliares são identificados por
números com dois dígitos, sendo o 1° ordinal e o 2° funcional, onde os números compostos por dois
com terminação 1 e 2, são contatos normalmente fechados (NF) (Ex. 21‐22; 31‐32;...). Já os contatos
auxiliares representados com números de dois dígitos terminados com 3 e 4, são contatos
normalmente abertos (NA) (Ex. 13‐14; 43‐44 ...). Entende‐se por contato normalmente aberto (NA),
aqueles que, enquanto a bobina do contator estiver desenergizada, os mesmos estarão abertos
(seccionados) pela ação da mola. No instante em que se estabelece tensão na bobina, a força
magnética desta, vence a força mecânica da mola, fazendo com que os contatos que estavam abertos,
fechem. Cessando a ação da força magnética, a mola retorna a sua posição normal, fazendo com que
os contatos voltem a abrir. Processo semelhante é realizado de modo inverso, nos contatosNF.
2.2. FUSÍVEL

Destinam‐se a proteção contra correntes de curto‐circuito. Entende‐se por esta última aquela
provocada pela falha de montagem do sistema, o que leva a impedância em determinado ponto a um
valor quase nulo, causando assim um acréscimo significativo no valor da corrente.
Sua atuação deve‐se a fusão de um elemento pelo efeito Joule, provocado pela súbita elevação
de corrente em determinado circuito.
Existem dois principais tipos de fusíveis adotados no laboratório.
Fusível NH
Este pode ser traduzido do alemão com a seguinte interpretação: N é originado da palavra
Niederspannung, que significa Baixa Tensão, sendo H originado de Hochleistung, que significa Alta
Capacidade. Esse dispositivo de manobra é utilizado com o objetivo de interromper a corrente do
circuito pela fusão de seu elo fusível, sendo o mesmo envolto em areia para propiciar a extinção do
arco elétrico. Os efeitos limitadores de corrente dá‐se por efeitos térmicos da corrente. O fusível NH
apresenta na sua curva característica, uma faixa de sobrecarga onde ocorre o desligamento com o
retardo, isto é, um tempo de atuação longo o suficiente para ligar‐se um motor, considerando sua
corrente de partida, sem que se funda o elo fusível. Esses fusíveis, em construção especial, aplicam‐
se a outras funções, como por exemplo para a proteção de tiristores, em dispositivos eletrônicos e
de acionamento microprocessados, que nessa situação tem uma característica ultra rápido.
Figura 3 – Fusível NH
Fusível Diazed
Este fusível tem por função proteger os circuitos parciais contra curtos‐circuitos. Osfusíveis
diazed são elementos limitadores de corrente, para aplicação geral, mas que devem ser usados
preferencialmente na proteção dos condutores da instalação, circuitos de iluminação, circuitos de
comando e em circuitos de força de motores de pequeno e médio porte.

Figura 4 – Fusível Diazed

2.3. BOTOEIRAS

As botoeiras são chaves elétricas acionadas manualmente que são acionadas através de impulso
mecânico ao pulsarmos o botão ou manopla, retornando a posição inicial após cessar o impulso. De
acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando elétrico, às botoeiras são caracterizadas como
pulsadoras ou com trava. Existem diversos elementos que compõem os diversos tipos de botoeiras.
Existem botoeiras com contatos normalmente abertos (NA), contatos normalmente fechados (NF) e
botoeiras de comando duplo possuindo tanto contatos normalmente abertos como contatos
normalmente fechados.
A botoeira normalmente fechada (NF) é utilizada para desativar o circuito. Devem‐se observar as
cores normatizadas, vermelho é utilizado para o botão desliga.
A botoeira normalmente aberta (NA) é utilizada para ativar o circuito. Suas cores podem ser:
amarela, preta, verde, branca ou transparente.
Figura 5 – Botoeiras e sinalizadores

2.4. SINALIZADORES

Os sinalizadores são equipamentos de comandos elétricos com a finalidade de sinalizar uma


ocorrência ou status de um equipamento ou máquina. Os sinalizadores são fabricados de diversas
cores e formas.
Os sinalizadores luminosos são os mais utilizados nos painéis de comando, pois com esse
elemento é possível monitorar todo sistema da planta industrial.
2.5. RELÉ DE PROTEÇÃO DE FALTA DE FASE

A função desse relé é de alertar o responsável pela manutenção do sistema que está faltando uma
fase ou neutro, ou ainda que o sistema está assimétrico, por meio de sirene ou sinalizador visual. O
contato do relé de proteção de falta de fase pode ainda, desligar uma máquina, um motor, parte do
sistema ou todo sistema.

Figura 6 – Relé falta de fase

2.6. RELÉS TÉRMICOS

Os relés térmicos são componentes de proteção utilizados em circuitos de comando de motores


elétricos. Esse componente é utilizado no circuito para proteção contra sobrecarga.
As principais vantagens na utilização dos relés térmicos são:
 Proteção do circuito contra correntes acima dos valores predeterminados;
 Não desarma com corrente de pico na partida de motores;
 Sinaliza o desarme;
 Permite a utilização de contatos NA e NF para sinalização e comando.

Figura 7 – Relé térmico.

3 ‐ SISTEMA DE PARTIDA DE MOTORES


Para que um motor seja utilizado de forma mais eficiente possível é necessário que seja adotado
um sistema de partida adequado para cada situação de uso. As vantagens da adoção de um sistema
correto prolonga a vida útil do motor, reduz os custos operacionais, além de facilitar os processos de
manutenção.
Os critérios que devem ser considerados para escolha mais adequada do método de partida
envolvem considerações quanto à capacidade da instalação, requisitos da carga a ser considerada,
além da capacidade do sistema gerador.

4 ‐ PARTIDA DIRETA

A partida direta é a maneira mais simples de iniciar o funcionamento de um motor elétrico. Uma
partida direta consiste em aplicar uma tensão nominal ao motor, permitindo desenvolver toda sua
potência e torque no momento designado, evitando prejudicar seus componentes.
Se não for possível dar partida direta em um motor, seja porque a rede elétrica não tem potência
suficiente e será alterada durante a partida, ou porque a máquina sofrerá deteriorações mecânicas
por não suportar o valor máximo do torque de aceleração produzido pelo motor, ou porque a
produção será afetada e os produtos danificados, então deve‐se re‐ correr a algum tipo de partida
com tensão reduzida.

5 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.

NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:


a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitor
e/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maior
que a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,
visto a proximidade no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;

Simbologia
F1‐NH Fusíveis de força
F2‐DI Fusíveis de comando
K1 Contator
FT1 Relé de sobrecarga
BLIGA Botoeira de acionamento
BDESL Botoeira de desligamento
Partida direta de MIT:

Figura 8 – Partida Direta

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PRÁTICA 3: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA
DIRETA COM REVERSÃO
1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer as principais representações dos equipamentos nos diagramas de comando;
b) Entender como se faz a leitura de um diagrama de comando;
c) Conhecer os principais tipos de partida de motores;
d) Realizar a partida direta com reversão de um motor;
e) Realizar o acionamento do motor por chave boia.

2 ‐ INVERSÃO NO SENTIDO DE GIRO


A maneira como os motores assíncronos trifásicos são construídos permite que, ligando
ordenadamente suas fases, o motor gire no sentido horário (para a direita).
No entanto, existem diversas aplicações que exigem que se inverta o sentido de giro do motor.
Essa característica pode ser obtida invertendo‐se duas fases.

3 ‐ PARTIDA DIRETA COM INVERSÃO NO SENTIDO DE GIRO


Para o desenvolvimento desse sistema de partida podemos fazer uma combinação de partidas
diretas. Está partida irá utilizar dois contatores, cada um deles projetado como se fosse umacondição
de partida direta.
Existem alguns aspectos na utilização da partida direta com reversão que devem ser considerados.
Quando as sequências de manobra forem muito elevadas a categoria de serviço do contator deve ser
levada em consideração, visto que, a vida dos contatos do contator pode ficar seriamente
comprometida. A partida deve considerar o intertravamento entre os contatores para evitar que os
dois contatores fechem seus contatos simultaneamente causando um curto‐circuito. Este
intertravamento pode ser obtido por meios elétricos, conectando a bobina de um contator através
de um contato auxiliar NF do segundo e vice‐versa. Também pode ser obtido por meios mecânicos
vinculando os acionamentos de ambos os contatores por meio de intertravamento de tal maneira que
ao atracar de um dos contatores, seja impedido o fechamento do contator vizinho.

4 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.

NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:


a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitor
e/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maior
que a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,
visto a proximidade no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;
Figura 2 – Partida Direta com reversão
PRÁTICA 4: COMANDOS ELÉTRICOS PARA MOTORES – PARTIDA
ESTRELA‐TRIÂNGULO
1 ‐ OBJETIVO
a) Conhecer as principais representações dos equipamentos nos diagramas de comando;
b) Entender como se faz a leitura de um diagrama de comando;
c) Conhecer os principais tipos de partida de motores;
d) Realizar a partida estrela‐triângulo de um motor.

2 ‐ TENSÃO REDUZIDA NA PARTIDA DE MOTORES


De maneira geral seria mais adequado aplicar ao motor toda sua tensão nominal para dar partida
no motor. No entanto, existem diversos impedimentos para a partida direta em diversos casos.
Nesses casos onde não é possível a partida direta deve‐se recorrer a métodos de partida com tensão
reduzida.

3 ‐ EFEITOS DA PARTIDA COM TENSÃO NOMINAL


Existem diversos casos em que a capacidade da rede elétrica de fornecer potência a carga é
limitada, efeito esse provocado, por exemplo, por um transformador de pequeno porte ou pela seção
do condutor e sua distância em relação à carga.
Como durante a partida temos elevadas correntes, essas correntes podem gerar efeitos
indesejáveis como quedas de tensão na rede. Para que se limite o nível de corrente de partida no
motor deve‐se, na utilização desse esquema de ligação, aplicar uma tensão menor que a nominal
durante a partida, pois a corrente de partida é proporcional à tensão aplicada.
Existem também os efeitos mecânicos que podem ser causados, por exemplo, pelo elevado
torque de partida, esse torque dependendo da aplicação pode gerar um desgaste do acoplamento.

4 ‐ PARTIDA ESTRELA‐TRIÂNGULO
A partida estrela‐triângulo é um dos métodos mais utilizados para partida de motores com tensão
reduzida tanto pela simplicidade de sua construção, baixo custo e confiabilidade.
A partida estrela‐triângulo aproveita a relação entre as tensões de linha e de fase, pois em um
sistema de distribuição de energia trifásico, a tensão de linha é √3 vezes maior que a tensão de fase:
Dado que esta relação é constante e influencia tanto na tensão como na corrente, a corrente de
partida é reduzida a um terço daquela de partida direta, ou seja, que se a corrente de partida direta
de um motor é de 7,2 vezes a nominal, utilizando uma partida estrela‐triângulo, a corrente de partida
é reduzida a somente 2,4 vezes.

5 ‐ PROCEDIMENTO PRÁTICO
Faça a montagem da partida direta de acordo com o esquema apresentado.

NOTA (1): Para a montagem do circuito é importante observar:


a) Montar primeiro o circuito de comando e realizar o teste na presença de monitore/ou professor;
b) Montar o circuito de força e realizar o teste na presença de monitor e/ou professor;
c) Atentar para o tipo de ligação do motor, evitando que seja aplicada uma tensão maiorque a nominal;
d) A alimentação do circuito de comando é realizada em 220 V;
e) Antes da energização verificar se as pontas dos conectores não estão em contato,visto a proximidade
no painel e que isso pode gerar um curto‐circuito;
f) Não deixar de fazer a ligação dos inter‐travamentos, com o objetivo de evitar ofuncionamento dos
dois contatores simultaneamente.

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