Projeto Multidiciplinar NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM - Francinete
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NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM
COGNITIVA
RESUMO
2 CORPO DO TRABALHO
A neurociência é um campo de estudo que desvenda os mistérios do sistema nervoso central. Seu
objeto de estudo é composto por três elementos; cérebro, medula espinhal e nervos
periféricos. Porém, a neurociência não estuda apenas esses elementos, sua atenção está
voltada para a interação desses elementos com os estímulos internos e externos, seu
funcionamento, suas potencialidades, suas particularidades e como podemos intervir sobre
esse sistema tão complexo.
O termo neurociência é relativamente novo e pouco usado, muitos conhecem esse
termo apenas de matérias de jornais ou programas de televisão. Embora o termo seja jovem a
trajetória histórica da neurociência perpassa a história da própria sociedade em si.
Desde a época dos antigos romanos até o século XVIII acreditava-se
que o cérebro funcionava por intermédio de espíritos que eram
gerados no interior do organismo. Pensava-se que os nervos eram
canais por onde circulava essa substância espiritual que se movia sob
o comando do cérebro. (COSENZA E GUERRA, 2011, p.13)
O cérebro foi o último órgão humano a ser estudado, principalmente, pela falta de
tecnologia apropriada, pois, toda estrutura do cérebro é microscópica e imperceptível a olho
nu. Sua anatomia é delicada e frágil, sua estrutura é complexa e todo seu funcionamento só
acontece em cobaias vivas. Mesmo em meio a essas dificuldades sempre se buscou
alternativas para entender esse magnifico órgão.
Conforme Oliveira (2011, p.41) “dentre os profissionais envolvidos e interessados em
neurociência, o educador vem percebendo a necessidade de se compreender eventos biológicos
relacionados ao desenvolvimento e à aprendizagem”.
Porém, é em 2009 que os estudos neurocientíficos começam a contribuir com informações
voltadas para a educação.
Embora a neurociência só tenha alcançado êxito e reconhecimento há pouco tempo,
como já mencionado, sua principal busca sempre foi compreender o processo de aprendizagem
do ser humano; o que intrigava esses pesquisadores é o fato de ao nascermos somos inatos e dependentes e ao
crescer vamos desenvolvendo percepções, adquirindo habilidades, guardando recordações e
informações, criando novas coisas e ensinando nossas habilidades para outros semelhantes.
Cosenza e Guerra (2011, p. 13) explicam que:
Tudo isso ocorre de forma ordenada como uma orquestra, tudo está ligado e conectado
através dos neurônios (células cerebrais do sistema nervoso),
responsáveis por entender os estímulos internos/externo e interpretar as informações ativando
areação necessária para a situação. Sempre que uma sensação ou estímulo não conhecido é
levado ao cérebro, os neurônios organizam-se e criam, ou não, novas conexões para assimilar
e responder a esse novo estímulo, essa capacidade cerebral é conhecida como
neuroplasticidade.
Guerra (2010, p.08) apresenta que neuroplasticidade:
A pré-escola era subentendida como uma fase antes da “escola”, quando ela se transforma em
Educação Infantil ela ganha a nomenclatura de escola, passando a integrar a Lei como uma
modalidade de ensino básico e necessário para a formação do educando. Com isso, passou-se
a entender a Educação Infantil como a base
fundamental para alicerçar uma educação sólida e de qualidade, obtendo resultados significati
vosquando desenvolvidas as habilidades necessárias para um desenvolvimento
cognitivo pleno.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular-BNCC (2018), que “nas últimas
décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar,
entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo”.
(BRASIL, 2018, p.36)
Assim, é possível compreender que a Educação Infantil é de grande importância no
desenvolvimento da criança na primeira infância e em suas relações sociais. Para isso a
BNCC (2018, p.38) apresenta os direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação
Infantil, que são: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Os estudos da neurociência orientam sobre as especificidades das faixas etárias dos
alunos com que o mesmo está atuando, ele/ela levará diversos aspectos em consideração antes
da elaboração de qualquer atividade.
Neste sentido o autor a seguir aponta que:
É cada vez mais evidente que a Pedagogia seja enriquecida com os conhecimentos
científicos, psicológicos, fisiológicos e comportamentais. A atuação do docente se torna
melhor e mais eficaz quando o mesmo tem esses conhecimentos e os desenvolve em sua
prática.
A este respeito Cardoso e Queiroz (2019, p.44) dizem que:
Verifica-se que a adaptação de acordo com Piaget, é a forma como a criança adapta as
novas informações, esse processo ocorre por meio de dois sistemas a assimilação que é
aprender algo novo com base nas informações anterior, e a acomodação que é ajustar as
próprias estruturas cognitivas para absorver a informação nova.
No que se refere à equilibração, a autora aponta que:
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir aborda-se análises dos dados da pesquisa com ênfase nas contribuições dos
estudos da neurociência para a prática pedagógica de professores na educação infantil. As
análises são por meio da teoria de Bardan (1997), análise de conteúdo, com categorias
construídas a posteriori. Considerou-se nos textos dos teóricos abordados neste estudo, as
contribuições destas para a prática docente na educação infantil que é uma etapa da educação
de suma importância para o desenvolvimento cognitivo, interação e integração
da aprendizagem da criança.
CATEGORIA A: NEUROPLASTICIDADE
CATEGORIA B: SINÁPTICAS
A sinapses tem a função de construir o processo da informação que será decodificada e
armazenada no cérebro, transformando em uma aprendizagem significativa ou não. Desse
modo, a nova informação que é impulsionada pelas sinapses, Piaget chama de assimilação,
acomodação e adaptação.
A este respeito Piaget diz que a adaptação é o modo como a criança lida com as novas
informações à luz do que ela já sabe. A adaptação ocorre por intermédio de
dois processos complementares: “ (1) assimilação, que é absorver informação nova e incorporá-la às
estruturas cognitivas existentes, e (2) acomodação, que é ajustar
as próprias estruturas cognitivas para encaixar a informação nova”. (PAPALIA, et al.,2013, p.
65).
É como uma ponte, interligando os neurônios facilitando a passagem das informações,
sua formação é proteica e pode, caso seja necessário, ser refeita de acordo com os estímulos
empregados durante o processo de identificação da informação e o seu processamento.
Ainda que existam distúrbios, as sinapses são capazes de se reorganizar, o não aprender é
inexistente, todo ser humano em qualquer faixa etária é capaz de
aprender pois a sinapses estão sempre prontas a reorganizar-se conforme a necessidade de
compreensão.
4 CONCLUSÃO
Os dados deste estudo revelam que é importante que o professor tenha conhecimento
sore os estudos da neurociência, pois este conhecimento contribui para o desenvolvimento de
práticas pedagógicas eficazes para aprendizagem da criança. Verifica-se que é preciso que o
docente perceba que as questões referentes ao cérebro humano, bem como as ligadas as
emoções interferem no desenvolvimento integral da criança, e que de alguma forma promove
transformações significativas à vida futura. Compreende-se por meio dos estudos dos autores
abordados que a aprendizagem corrida na primeira infância é de suma importância para a
formação da vida adulta da criança, pois estes ensinamentos serão levados ao longo da sua
trajetória.
Conclui-se que os estudos da neurociência estão cada vez mais avançando, e que estes
conhecimentos podem apresentar uma nova roupagem a Pedagogia atual. Sabe-se que muitos
profissionais já atuam de forma diferenciada, porém faz-se necessário o conhecimento
neurocientíficos na formação inicial de professores para que estes desenvolvam habilidades
específicas no ensino e aprendizagem de crianças pequenas com mais eficiência e qualidade.
Desta forma, compreende-se que é necessário
novas pesquisas e estudos que demostram as contribuições da neurociência como elementonor
teador de como o cérebro humano aprende para que se construam práticas pedagógicas e
ferramentas para a aprendizagem das crianças de forma significativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
GIL, Antônio Carlos, 1946.Como elaborar projetos de pesquisa. - 4. ed. - São Paulo: Atlas,
2002.
GUERRA, Leonor Bezerra. Como as neurociências contribuem para a Educação Escolar?
Fundação Guimarães Rosa em revista. Belo Horizonte- MG, 2010. Disponível em:
http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp.content/uploads/2015/01/revista_5edicao.pdf . A
cesso em: 05 de abril de 2023.