Segurança Aeroportuária

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO
CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANDRESSA RACKELL MENEZES DOS REIS


RODRIGO FRAZÃO DE OLIVEIRA
THAMYRES DA SILVA BRANDÃO PEREIRA

SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA

SÃO LUÍS
2023
ANDRESSA RACKELL MENEZES DOS REIS
RODRIGO FRAZÃO DE OLIVEIRA
THAMYRES DA SILVA BRANDÃO PEREIRA

SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA
Trabalho apresentado à disciplina de
Infraestrutura de Aeroportos, Portos e Vias
Navegáveis, ministrada pelo Prof.º Dr.
Rodrigo de Azevedo Neto, como requisito
para obtenção da terceira nota da disciplina.

Orientador: Prof.º Dr. Rodrigo de Azevedo


Neto

SÃO LUÍS
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3

2 RISCO DA FAUNA ............................................................................................ 4

3 PROTEÇÃO DA ÁREA OPERACIONAL DO AEROPORTO ............................ 6

4 ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA .................................................. 7

5 REQUISITOS PARA A OPERAÇÃO DE AEROPORTOS ................................ 7

6 FORMAS DE ATAQUES CONTRA A SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL ..... 8

7 NOVAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA NOS AEROPORTOS .................. 9

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO

Compreender a estrutura de um aeroporto e tudo o que acontece nos limites


de um sítio aeroportuário exige tempo e dedicação, já que se trata de um complexo
formado por edificações, instalações e equipamentos de apoio às operações
aeronáuticas, além do processamento de pessoas e, muitas vezes, cargas. Os
conceitos e elementos que integram a aviação civil, como os aeroportos, são
fundamentais para o entendimento dos conceitos e requisitos que compõem a
regulação do setor. Quem trabalha com aviação já está habituado a consultar e a
seguir os Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil (RBACs) e outros normativos
aplicáveis. Essa ampla e sólida base legal ajuda a entender o funcionamento da
aviação civil no Brasil.

Para entender como funciona uma infraestrutura aeroportuária, é muito


importante começar compreendendo alguns conceitos básicos e a distinção entre
eles, como, por exemplo, a diferença entre um aeródromo e um aeroporto, ou o que
são o lado ar e o lado terra.

Um aeródromo pode ser definido como a área delimitada em terra, ou mesmo


na água, destinada para pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. Inclui
edificações, instalações e equipamentos de apoio e de controle das operações
aéreas. Quando destinado exclusivamente a helicópteros, recebe a denominação de
heliponto. Enquanto que o aeroporto é um aeródromo público dotado de edificações,
instalações e equipamentos para apoio às operações de aeronaves e de
processamento de pessoas e cargas. Quando destinado exclusivamente a
helicópteros, recebe denominação de heliporto. Nem todo aeródromo é um aeroporto,
mas todo aeroporto é um aeródromo.

O lado ar de um aeroporto, sob a ótica da segurança contra atos de


interferência ilícita ou da infraestrutura e operação aeroportuária, pode ser definido
como a área de movimento, terrenos adjacentes e edificações cujo acesso é
controlado. Segundo a definição do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil
Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC), a área aeroportuária de uso público,
cujo acesso não é controlado, é o lado terra do aeroporto.
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Figura 1: LADO AR X LADO TERRA


Fonte: Internet

2 RISCO DA FAUNA

A presença de aves e outras espécies de animais no aeroporto e em seus


arredores afeta a segurança da aviação civil, sobretudo em relação às aves. Elas
representam um risco iminente de colisão com aeronaves, especialmente nas fases
da decolagem e do pouso, momentos mais críticos de uma operação aérea.

Nenhum tipo de aeroporto ou aeronave está imune ao impacto com aves e


essas colisões podem ocasionar danos diretos, com elevados custos de manutenção
e até a destruição total da aeronave. Podem levar ainda a impactos graves, inclusive
com fatalidades.

A formação de ninhos nas instalações aeroportuárias é um problema para a


aviação, podendo ocasionar danos estruturais aos edifícios, à pavimentação, aos
equipamentos e às próprias aeronaves, além de desconforto e de problemas de saúde
às pessoas que circulam pelo aeroporto. A causa e a magnitude do problema
dependerão de muitos fatores, como tipo e volume do tráfego aéreo; populações de
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fauna local e migratória; peso, abundância, hábitos de voo e condições de habitat das
aves na área.

A fauna normalmente é atraída pela existência de alimento, água ou abrigo


disponível no aeroporto ou em seu entorno. Esses fatores, combinados à alta
velocidade, ao baixo ruído e à vulnerabilidade das aeronaves modernas, são a base
do problema de colisões aeronáuticas com aves. O crescimento do número de
movimentos de aeronaves também aumenta as probabilidades de ocorrência dessas
colisões.

O perigo para as operações aéreas torna necessária a adoção, por parte dos
operadores de aeroportos, de medidas específicas para o gerenciamento do risco de
colisão entre aeronaves e a fauna, com a definição de ações para eliminar ou mitigar
esse risco.

A regulação expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) acerca


do tema é o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 153, “Operação,
Manutenção e Resposta à Emergência”, Subparte H, e Instruções Suplementares (IS)
nº 153.501-001, nº 153.503-001 e nº 153.505-001.

Figura 2: Risco da fauna


Fonte: Internet
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3 PROTEÇÃO DA ÁREA OPERACIONAL DO AEROPORTO

Com a finalidade de garantir a proteção da área operacional, os operadores


de aeroporto devem implantar e manter um sistema de proteção da área operacional
do aeroporto e suas respectivas operações aéreas, composto de infraestrutura e
procedimentos previsto na regulamentação. Os objetivos são:

• prevenção de entrada de animais ou objetos que constituam perigo às


operações aéreas;
• contenção de acesso não autorizado, premeditado ou inadvertido, de veículos
e pessoas.

O sistema de proteção deve abranger todos os locais da área operacional do


aeroporto onde possam ocorrer acessos de pessoas, objetos ou animais, sendo
composto por cercas, barreiras artificiais ou naturais, edificações, postos de controle
de acesso, túneis, canais, dutos, vias públicas e qualquer outro dispositivo capaz de
atender às seguintes finalidades:

• manter a integridade física da infraestrutura do sistema de proteção da área


operacional do aeroporto;
• manter iluminada a infraestrutura de proteção da área operacional do
aeródromo nos pontos de acesso e nos pontos considerados críticos;
• prover acesso livre para realização de vistoria e manutenção, permitindo o
monitoramento ao longo de toda a extensão interna do sistema de proteção da
área operacional do aeroporto.

Além da segurança operacional, o operador do aeroporto deve considerar os


requisitos de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, definidos
em regulamentação específica, ao estabelecer requisitos, procedimentos e prover a
infraestrutura para a proteção da área operacional do aeroporto.
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4 ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA

Definida a partir do centro geométrico da maior pista do aeroporto, a Área de


Segurança Aeroportuária (ASA) é a área circular do território do aeroporto com 20km
de raio. Pode abranger um ou mais municípios e seu uso e ocupação estão sujeitos a
restrições especiais em função da natureza atrativa de fauna.

A área de segurança do aeroporto localizada no exterior do sítio aeroportuário,


definida como seu entorno, deve ser mapeada e monitorada pela Comissão de
Gerenciamento do Risco da Fauna (CGRF), de acordo com o Plano de
Gerenciamento do Risco da Fauna.

5 REQUISITOS PARA A OPERAÇÃO DE AEROPORTOS

A operação de um aeroporto requer a observação dos normativos emitidos


pela ANAC, com destaque para o RBAC nº 154 (Projeto de Aeródromos) e o RBAC
nº 153 (Aeródromos – Operação, Manutenção e Resposta à Emergência). A operação
de aeroportos deve ser sempre pautada pela segurança, mas outros fatores também
contribuem para garantir uma operação segura e eficiente.

Além de aspectos de segurança operacional (safety) e de segurança contra


atos de interferência ilícita (security), é importante que sejam mantidas atualizadas as
informações aeronáuticas para que os pilotos e os responsáveis pelo voo realizem
seu planejamento.

É fundamental a manutenção do sistema de gestão da segurança operacional,


a fim de manter os níveis de segurança, e dos equipamentos e de pessoal treinado
para o combate a incêndio, de acordo com o nível requerido para cada aeroporto.

Monitorar o entorno do sítio aeroportuário é também estritamente necessário


para evitar ocupações irregulares, que podem se transformar em obstáculos à
aproximação de aeronaves, aumentando o risco e limitando a capacidade operacional
do aeroporto. É importante observar também a presença de focos de atração de aves
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na Área de Segurança Aeroportuária (ASA) que possam trazer risco à operação de


aeronaves.

O ruído gerado pelos aeródromos requer, por sua vez, atenção e ajustes junto
aos órgãos municipais com vistas à harmonização da ocupação do solo e das
atividades desenvolvidas no entorno do sítio aeroportuário com as operações no
aeroporto.

É também desejável que os aeroportos públicos tenham viabilidade


econômico-financeira em sua operação. Para isso ocorrer, é importante que, além das
receitas tarifárias obtidas com a operação do aeroporto, sejam também exploradas as
receitas não tarifárias (comerciais) geradas por lojas, restaurantes, hotéis e serviços
em geral, quando possível.

6 FORMAS DE ATAQUES CONTRA A SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL

A definição de ato de interferência ilícita, segundo o Programa Nacional de


Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC) é o Ato ou
Atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo.

De acordo com o PNAVSEC, temos listados sete possíveis atos de


interferência ilícita que podem ser cometidos contra a aviação civil e que são
abrangidos pela legislação brasileira:

• Apoderamento Ilícito de Aeronave em Voo;


• Apoderamento Ilícito de Aeronave em Solo;
• Manutenção de refém a bordo de aeronaves e nos aeroportos;
• Invasão de aeronave, de aeroporto ou das dependências de uma instalação
aeronáutica;
• Introdução de arma, artefato explosivo ou material perigoso com intenções
criminosas a bordo de aeronave ou em um aeroporto;
• Comunicação de informação falsa que coloque em risco a AVSEC no geral;
• Ataques a aeronaves utilizando sistema antiaéreo portátil.
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Embora ainda raros, os ataques cibernéticos à aviação são cada vez mais
iminentes. Com o desenvolvimento tecnológico avançando, esta ameaça avança
concomitantemente, dado o crescente número de Hackers cada vez mais bem
preparados e interagindo com muita facilidade na chamada “Deep Web”, parcela da
internet onde não é possível efetuar o rastreamento de atividades ilícitas. Nenhum
negócio está imune a esse tipo de ataque. Quanto mais sistemas nós temos
disponíveis, mais ameaças de Hackers estaremos sujeitos.

7 NOVAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA NOS AEROPORTOS

A cada nova ameaça, novas soluções e tecnologias são desenvolvidas para


manter níveis aceitáveis de segurança. Estamos acompanhando ao longo dos anos a
adoção de uma série de contra medidas para mitigar os riscos de novos ataques,
como por exemplo, a inspeção de passageiros e bagagens de mão no controle de
acesso às áreas restritas aeroportuárias, procedimento de conciliação de bagagem
de porão, inspeções de bagagens despachadas, maiores requerimentos de formação,
inspeções adicionais aos passageiros com destino aos EUA e para voos com elevado
nível de ameaça, inspeção de sapatos e eletrônicos, restrição de líquidos (LAGs),
incremento da inspeção de carga, entre diversas outras medidas de segurança.

A segurança de aeroportos foi bastante reforçada em anos recentes. Os


aparelhos de raio-x também melhoraram. Atualmente, há diversos equipamentos de
segurança utilizados em aeroportos, mais especificamente nos postos de controle de
segurança, na tentativa de detectar artigos que possam resultar num ato de
interferência ilícita.

Para fazer a segurança nos terminais, existem três tipos de equipamentos


básicos: o detector de metais, o raio-X e o detector de traços, que indicam vestígios
de drogas e explosivos nas roupas e nos corpos dos passageiros.

• Detector de metais: É composto por um campo eletromagnético, quando uma


pessoa passa por ele com alguém metal, o campo eletromagnético é
interrompido, fazendo assim com que soe o alarme.
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• Raio-X: Examina os objetos, podendo atravessar qualquer superfície orgânica


ou mista. Composto por duas camadas, se os feixes do raio-X ultrapassá-las
significa que o objeto é orgânico, ou seja, que deixa passar toda a radiação. Já
se passar apenas a primeira camada, o material é misto e se não atravessar
nenhuma camada, é de metal. Quando o processo é finalizado, o computador
interpreta os dados recebidos e mostra os objetos em cores diferentes,
conforme seu material.
• Detector de traços: Quando um passageiro passa pelo aparelho, ele sopra
um vento que empurra as mini partículas presas em nosso corpo para um
coletor, onde é analisado automaticamente. O aparelho tem uma lista de
substâncias proibidas, apitando a qualquer traço delas. Existem equipamentos
variados que podem ser utilizados para testar amostras coletadas em pessoas,
bagagens e cargas. Alguns equipamentos possui a função de detecção de
narcóticos também. Os EDS funcionam como os aparelhos de ressonância
magnética usados pela medicina diagnóstica. É um equipamento sofisticado e
ainda não é utilizado em larga escala nos aeroportos pelo seu alto custo,
inclusive com a adaptação da infraestrutura para sua instalação, estas
máquinas podem rapidamente determinar se uma bagagem contém uma
ameaça potencial ou não. Este equipamento analisa a imagem gerada captada,
assim como a composição dos materiais do item inspecionado, e através da
contagem do número atômico, identifica possíveis explosivos.
• Cães Farejadores: Além de toda tecnologia, os aeroportos usam as 240
milhões de células olfativas dos cães farejadores, conhecidos como “K9”. Eles
são treinados desde o nascimento para encontrar drogas e explosivos,
vasculhar bagagens despachadas e também as já embarcadas.
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REFERÊNCIAS

ANAC. Por dentro da aviação. São Paulo, 2015.


BEZERRA, Cleyton. et al. Segurança Aeroportuária e Fronteiras. Rio de Janeiro,
2020.

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