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como foco tornar simples e eficaz a forma de estudo. Com visão de futuro,
agilidade e dinamismo em inovações, se consolida com reconhecimento no
segmento de desenvolvimento de materiais para concursos públicos. É uma
empresa comprometida com o bem-estar do cliente. Atua com concursos
públicos federais, estaduais e municipais. Em nossa trajetória, já
comercializamos milhares de apostilas, sendo digitais e impressas. E esse
número continua aumentando.

MISSÃO

Otimizar a forma de estudo, provendo apostilas de excelência, baseados nas


informações de editais dos concursos públicos, para incorporar as melhores
práticas, com soluções inovadoras, flexíveis e de simples utilização e
entendimento.

VISÃO

Ser uma empresa de Classe Nacional em Desenvolvimento de Apostilas para


Concursos Públicos, com paixão e garra em tudo que fazemos.

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• Respeito ao talento humano


• Foco no cliente
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os créditos ou não, não importando o meio pelo qual seja disponibilizado: link
de download, Correios, etc…

Caso houver descumprimento, o autor do fato poderá ser indiciado conforme


art. 184 do CP, serão buscadas as informações do responsável em nosso banco
de dados e repassadas para as autoridades responsáveis.
Conhecimentos básicos
“É melhor você tentar algo,
vê-lo não funcionar e
aprender com isso, do que
não fazer nada.”
Mark Zuckerberg
MATEMÁ T
ICA
ERACIOCÍNI
O
LÓGICO

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Interpretação De Texto

Como Interpretar Textos

É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de tex-
tos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em
provas relacionadas a concursos públicos.

Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relaci-
onadas a textos.

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).

CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informa-
ção que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do
conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacio-
namento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e anali-
sada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores


através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identifica-


ção de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo,


de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do tex-


to.

3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.

4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

EXEMPLO

TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES

"O HOMEM UNIDO ” A INTEGRAÇÃO DO MUNDO


A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

Condições Básicas Para Interpretar

Fazem-se necessários:

a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;

b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;


OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, de-
notação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

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c) Capacidade de observação e de síntese e

d) Capacidade de raciocínio.

Interpretar X Compreender

INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA

- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR - INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO


CONCLUSÕES, DEDUZIR. AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.
- TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS:
• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• O autor permite CONCLUIR que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRA-
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar DA a afirmação...
que... • O narrador AFIRMA...

Erros de Interpretação

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes
são:

a) Extrapolação (viagem)

Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimen-
to prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução

É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um


conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

c) Contradição

Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas
e, consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR
DIZ e nada mais.

COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai
dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pro-
nome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu ante-
cedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semânti-
co, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo ade-
quado a cada circunstância, a saber:

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase.

Qual (neutro) idem ao anterior.

Quem (pessoa)

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cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possuído.

Como (modo)

onde (lugar)

quando (tempo)

quanto (montante)

exemplo:

Falou tudo QUANTO queria (correto)


Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECIS-


MO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força
desse hábito cometem-se erros graves como:

- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.


- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O .
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso

4 técnicas para virar um especialista em interpretação de texto

Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de
texto

Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e,
mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando
nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil
entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar
no vestibular!).

Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:

1) Leia com um dicionário por perto

Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras.

Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário por perto. Viu
uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena separar um só pra
isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra. Com o tem-
po o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário toda hora.

2) Faça paráfrases

Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou
uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras
dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando
para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.

– Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as palavras-chave que iden-


tificar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas sim
fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito.

– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.

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– Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de


paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar seti-
nhas, canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema… Vai do seu gosto!

3) Leia no Papel

Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel.

Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou
controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e
reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que apren-
demos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel ou imprima as explicações (claro,
fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi prova-
do também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do que estuda.

4) Reserve um tempo do seu dia para ler devagar

Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificul-
dades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um
mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma
linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página)
para lembrar de informações chave de um livro.

Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se
adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler
mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de
entender textos longos.

Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minu-
tos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler.

Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da
leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!

Antes de tudo, vamos explicar como se dá o processo de interpretação. A Hermenêutica, a área da


filosofia que estuda isso, diz que é preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abor-
dagem eficaz de um texto:

a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios
sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do
3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assun-
to, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.

b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informa-
ções novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informa-
ção nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu en-
tendi, mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a
explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.

c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compre-
endê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então
o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto.
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.

5 Dicas Poderosas de Melhorar Suas Chances de Atingir 100% em Interpretação de Texto

Opa, tudo bem? Como vai a vida? Hoje é um dia lindo para aprendermos a estudar interpretação de
textos, não acha? :)

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Você pensa que domina essa matéria e que está tudo bem se ela for deixada de lado, até que PÁ:
tira uma nota RIDÍCULA em português e, justamente, percebe que errou a maioria das questões de
interpretação ou de gramática aplicada ao texto. Ou você realmente é muito ruim interpretando as
coisas mesmo.

Veja o exemplo de um Esquemeiro que me mandou uma dúvida sobre interpretação:

Tenho um grave problema com português, especialmente interpretação de texto. Meu desempenho
nunca é regular, sempre sendo 8 ou 80 ( quando vou bem tenho a sensação que pode ser mais no
chute do que racional).
Minha bronca é especificamente com o CESPE. Então, você teria alguma dica, material ou técnica de
estudo para eu quebrar essa barreira com a Língua Portuguesa?

Agradeço desde já sua atenção, tudo de bom ótima semana.

Alright, then! Tá beleza, então! Vamos aprender interpretação e mandar a banca para o beleléu.

1. Leia mais (eu sei que é clichê, então vou te dar alternativas bacanas)

Algumas pessoas mais espertas do que eu diziam o seguinte sobre leitura:

Quem não lê mal ouve, mal fala, mal vê. (Monteiro Lobato)

O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.
(Mark Twain)

Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come. (Victor Hugo)

Se você quiser interpretar melhor, você deve ter O QUE INTERPRETAR. Sabe, não adianta ficar
querendo tapar o sol com a peneira e pedir para divindades que tudo dê certo. Querer todo mundo
quer. Você tem que ter seu algo a mais, aqui. Leia.

“Pô, LER MAIS? Odeio ler!”

Não, você não odeia LER. Você odeia ler, sei lá, os livros que as pessoas em geral leem, ou aqueles
livros chatos que os professores da escola indicam/indicavam. Machado de Assis? Blergh! Olavo
Bilac? Parnasiano aguado! Manuel Bandeira? No, no, please!

É claro, então, que você odeia ler o que você odeia ler. Para fugir disso e melhorar sua interpretação
de textos, leia o que você achar delicioso. Vou te mostrar algumas boas opções para fugir do lugar-
comum.

Histórias Em Quadrinhos

Eu aprendi a ler com Turma da Mônica. Consegui interpretar desde cedo que o Cebolinha falava
“elado” porque ele era uma criança ainda aprendendo a falar com mais dificuldades do que as outras
crianças.

Sites de fofocas

Exemplo: Papel Pop: os sites de fofocas colocam duplo sentido em um milhão de textos, e isso é
fantástico para você. Toda vez que você não entender alguma coisa, pergunte-se: o que será que o
autor do texto quis dizer com isso? Você começa entendendo frases simples nesse tipo de site e
acaba conseguindo interpretar textos em provas de concursos. How great is that? Isso é muito legal,
né não? :)

Livros infantojuvenis com personagens maaaais ou menos infantis

Não é por acaso que Stranger Things é uma das séries originais da Netflix mais adoradas da atuali-
dade. Ela tem um ingrediente fascinante para qualquer pessoa de qualquer idade no mundo inteiro:
crianças pré-adolescentes ou adolescentes enfrentando coisas mais fortes do que elas. Come on.
Fala sério. Esse roteiro não é novo: existe em Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, E.
T., Sexto Sentido, Guerra dos Tronos (sim! Geral se interessou por Guerra dos Tronos por causa do

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Jon, da Dany, da Arya, da Sansa, do Jofrey, do Bran…) todo mundo adora uma creepy child (criança
esquisita), e os livros relacionados a elas são do tipo que você começa pela manhã e só termina
quando chega à última página.

Letras de Músicas

Você está a fim de decorar uma nova música? Pegue a letra dela, não tente decorar somente pela
cantoria da pessoa. Além de treinar sua interpretação, você treinará sua memória (é mais fácil deco-
rar uma letra entendendo o sentido dela).

Esse assunto de música nos leva ao próximo tópico.

2. Veja Se O Sentido Faz Sentido

Eu já ouvi um incontável número de pessoas cantando músicas que não condiziam com a letra origi-
nal, trocando totalmente o sentido da coisa. Isso acontece por dois motivos simples:

1. O som da música não permite que as pessoas entendam direito o que se fala; e

2. Ninguém interpreta o que está cantando.

Quer alguns exemplos?

O texto original fala:

Na madrugada a vitrola rolando um blues Tocando B. B. King sem parar

Não faz sentido, em um contexto comum, rolar um blues na madrugada e trocar de biquíni sem parar
ao mesmo tempo!

Outra:

O texto original fala:

Eu perguntava “Do you wanna dance?” (Você quer dançar?)

Faz sentido você estar em uma festinha belezera, conhecer alguém e perguntar as coisas em Holan-
dês? Só na Holanda, né?

Vou mandar mais um exemplo:

Ahahaha! Só na psicanálise para entender essa!

O texto original fala:

Analisando essa cadeia hereditária


Quero me livrar dessa situação precária

E há vááários outros exemplos! Amar a pé, amar a pé… (amar até, amar até); Ôh Macaco cidadão,
macaco da civilização… (Ôh pacato cidadão); Leste, oeste solidão… (S.O.S. solidão); São tantas
avenidas… (São tantas já vividas); e assim vai hehehe!

A dica que fica é: o que você interpretou não fez sentido? Então procure ENTENDER o que vo-
cê ouviu! Fazendo isso, você conseguirá conectar os fatos muito melhor e até memorizar mais rápido.

Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.

Eu vou repetir.

Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.

Você ouve “trocando” “de” “biquíni” “sem” “parar”. Só que, se você junta tudo isso, o troço não vai

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fazer sentido algum! Não trate as palavras como se elas fossem alone in the dark (sozinhas no escu-
ro).

3. Pratique Com Frases de Motivação

Frases de motivação são umas lindas. Além de ensinar tudo sobre mindset(mentalidade de aprova-
dos) elas são ótimas professoras de interpretação. Veja os exemplos que eu trouxe (logo abaixo, há
os significados das frases, caso você ainda esteja com a interpretação em baixa):

Perfeição é uma palavra capciosa. Ela denota algo positivo, mas leva a resultados negativos.

Na busca pela perfeição ao estudarmos para concursos públicos, acabamos por perder tempo de-
mais com assuntos que não nos levarão a nada (aliás, essa é a minha grande lição no Ritmo de Es-
tudos, o meu curso oficial – eu ensino a excluir conteúdo que não interessa).

Perfeição é uma grande inimiga do resultado. Enquanto a maioria entra em concursos públicos pen-
sando que deve estudar todo o edital de uma mesma maneira, sem colocar os devidos pesos, poucos
são os que realmente conseguem grandes notas por terem sido mais espertos.

Não busque a perfeição. Busque os resultados. Seja real.

Essa frase é de George Eliot. O sr. Eliot mal saberia que muitos anos após sua morte, em um pa-
ís far, far away, grupos de concurseiros falariam coisas como:

“Eu tenho filhos.”

“Eu tenho pais.”

“Sou muito magro.”

“Sou muito gordo.”

“Não gosto de português.”

“Nunca me dei bem em matemática.”

Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas que têm algum motivo sem noção para desistir (ou
para não entrar em ação). A idade é um dos campeões do desculpismo.

A verdade, entretanto, é só uma: ficar na inércia é que não vai trazer resultados a ninguém.

Colonel Sanders chegou a pensar no suicídio aos 65 anos de idade. Quando começou a escrever sua
carta de adeus, decidiu falar tudo o que faria diferente para que sua vida tivesse seguido o rumo que
ele sempre quis. Ao invés de se matar, Sanders começou a vender sua própria receita de frango frito
de porta em porta. Aos 88 anos, o fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC), nos Estados Unidos,
tornou-se um bilionário.

Como fangirl da Apple, eu não poderia deixar de citar uma do Steve Jobs.

Nos concursos públicos, chegará um momento em que você achará que já sabe demais. Até você
passar, você perceberá, entretanto, que precisa sempre de honestidade para entender que não sabe
de tudo, e sempre deve correr atrás de mais e mais conhecimento.

E isso vale para depois que passar, também. Do contrário, você será daquele tipo de concursado
aposentado: morre aos 25 e só é enterrado aos 85.

Napoleon Hill estava no ápice da genialidade quando disso isso. Se você consegue ENTENDER al-
guma coisa, você consegue fazer essa coisa. Se você consegue entender o processo de passar em
concursos públicos, você conseguirá passar muito mais rápido.

Por fim, mas não menos importante: você só aprenderá a interpretar se você aplicar todas as dicas
que eu dei (e darei) neste artigo. Conhecimento só é válido quando se consegue agir sobre ele.

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Basicamente: coloque a mão na massa

Existem milhares de outras frases de motivação por aí. Faça uma por dia. E, claro, interprete cada
uma delas.

4. Interprete as Coisas em sua Vida – E Reflita sobre O Que os Outros Falam

Existe um livro em inglês chamado Happy for No Reason (Feliz sem Ter Motivo), da autora Marci
Shimoff. De acordo com Shimoff, existem as pessoas que não são felizes, existem as pessoas que
são felizes por algum motivo (geralmente por estarem com outras pessoas) e existem as pessoas que
são felizes sem ter motivo.

No primeiro caso, de acordo com a autora, as pessoas estão em um estágio de depressão profunda;
no segundo caso, as pessoas estão felizes, mas, como estão felizes por um MOTIVO, esse motivo
pode ser retirado delas; e no terceiro caso as pessoas são felizes apenas por ser (entretanto, poucas
conseguem chegar lá).

Um dos casos em que as pessoas buscam a felicidade por um motivo (aquela que pode ser tirada
delas) é o da má interpretação. A pessoa se martiriza internamente por uma frase que pegou fora de
contexto, ou cria algum tipo de raiva por algo que ouviu falar por terceiros, e a infelicidade a encontra.

Por isso, interpretar o que ocorre em sua vida dentro de um contexto lógico também te ajudará em
provas de concursos públicos.

Em 90% dos casos, você perceberá que não é pessoal, e isso não será problema seu. Nos outros
10% (se for pessoal), o problema também não é seu.

5. Aprenda Gramática Aplicada ao Texto, e Não Gramática Pura

Querendo ou não, interpretar textos também significa aprender a Língua Portuguesa. Saber qual é o
sujeito, qual é o advérbio, qual é o objeto indireto poderá te salvar de várias situações ruins.

O lance é que a gramática pura (por si só) não te ajudará em basicamente nada se você não conse-
guir aplicá-la. E aprender gramática consiste no seguinte:

6. Dica Extra: Don’t Overthink! Não Pense Demais!

Um erro comum é pensar demais. Depois de muito treino (com todas as outras dicas), você estará
com a preparação em nível avançado na interpretação de textos.

Daí, chega o momento da prova e você começa a querer pensar demais: “e se não for realmente
isso? E se for um peguinha? E se? E se?”.

Para evitar que isso aconteça, só existe um remédio: fazer muitas provas de interpretação de textos,
e de preferência da banca que fará seu certame. Eu não estou falando de fazer duas, três provas. Eu
estou falando de 20, 30 provas, cada uma com 15, 20 questões, cada uma com 3, 4 textos. Lembre-
se: permaneça ignorante. Permaneça com fome.

Dicas Para Uma Boa Interpretação de Texto

Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, por isso
elaboramos algumas dicas preciosas para auxiliar você nos seus estudos.

Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim, não se desespere, você
não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos leitores.

Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o de-
senvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de
nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma
boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido.

O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código,


pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer

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analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos al-
gumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas.

Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos
de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, des-
cuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufici-
ente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois, uma se-
gunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente.

Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presen-
tes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de
que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se
estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica
do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.

Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumenta-
tivos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na
superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e ines-
pecíficas.

Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler
com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma
boa leitura e bons estudos!

Interpretação de Texto: veja como fazer.

É o que mais cai no Enem.

Interpretação de Texto: veja os principais pontos nos quais você deve focar durante a leitura dos tex-
tos nas provas do Enem, dos vestibulares e do Encceja. Revise como interpretar um texto, e mande
bem nos Exames!

Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem. A
compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas.

Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares. Aqui
vão algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o ato de interpretar um texto mais
rápido e eficaz.

A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas “ideias bá-
sicas”. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta operação
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. É assim que se estuda interpretação de
texto para o Enem.

Veja neste exemplo:

• “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a for-
mação da personalidade humana”.

• Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos
anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).

• Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela
psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por
palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

• Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos
na fase de vigília.

• “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio). IDEIAS – NÚCLEO. Veja a
seguir o Passo inicial da Interpretação de Texto

O Primeiro Conceito Do Texto:

• * “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a


formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas
camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente”.

• O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis
mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.

O Segundo Conceito Do Texto:

* “Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da


hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria,
1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado
pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta
por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais”.

A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos
humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das “livres
associações de ideias e de sentimentos”.

O Terceiro Contexto Do Texto:

* “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua
gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na
fase de vigília”.

Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão
dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do
dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto.

Quarto Conceito Do Texto:

* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual.”.

Conclusão: Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a
novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.

A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e cap-
tar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer uma
leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa ser
feita uma análise mais a fundo do mesmo.

Ler e interpretar um texto parece muito simples, e de fatoé. Mas, existem os segredos da Interpreta-
ção de Texto nas provas do Enem e similares. Foram estes segredos que você aprendeu nesta aula.

11 Dicas Para Fazer Interpretação De Texto

Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o conteúdo da questão. A decepção
quando a gente erra uma questão por besteira é enorme, né?

A interpretação afeta o nosso relacionamento com amigos, familiares, colegas e professores. E tam-
bém a diversão ao assistir a um filme, ouvir uma música, ver uma série…

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

As próximas dicas tem a intenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as provas e tam-
bém para o dia a dia.

1. Aprenda A Interpretar Gráficos E Tabelas

Gráficos e tabelas caem com muita frequência no Enem, nos vestibulares e concursos públicos. Além
dos processos seletivos, eles também são bastante utilizados por jornais e pelo mercado de trabalho.

Entendê-los pode não ser fácil, mas não desista. Muitas vezes, ao se deparar com esse tipo de dado
em um exercício, a gente coloca barreiras como “não sei, sou de Humanas“. Mas não deve ser assim
Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada vez mais fácil fazer a interpretação desse
tipo de texto.

Com o passar do tempo (e depois de praticar bastante), é possível que você comece a gostar de criar
gráficos e tabelas. Eles são uma maneira prática de resumir um conjunto de informações importantes.

Obs: Você percebeu que recomendei uma aula de Português e outra de Matemática para aprender
gráficos? Esse conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo a redação.

2. Coloque As Orações Na Ordem Direta

A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte forma: sujeito + predicado + complemento

Esse é o jeito objetivo de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as orações que es-
tão na ordem indireta, principalmente os enunciados das questões.

3. Fique Atento A Todos Os Detalhes

Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, gráficos, tabelas, imagens, citações e
poemas).

Circule os nomes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do texto. Tais detalhes talvez
revelem o tema da questão e até mesmo a resposta.

Basta olhar as referências para saber que o texto acima é relacionado aos Direitos Humanos, apro-
ximadamente sobre 2016.

Olhando o título, vejo que ele é sobre intolerância religiosa. Depois de analisar o infográfico e o gráfi-
co, tenho uma ideia das principais religiões discriminadas e da evolução da violência de 2013 a 2014.

Talvez eu não saiba que a liberdade para expressar a religião é um dos Direitos Humanos. Mas a
referência me ajuda a saber que existe uma relação entre os direitos humanos e a intolerância religi-
osa no Brasil (título do texto).

4. Pratique a Interpretação Com Posts das Redes Sociais

Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. Para entender o que significam, é
preciso interpretar, no mínimo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar na imagem.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

No primeiro post, você precisa saber colocação pronominal segundo a norma culta e saber como são
entrevistas de emprego para entender a referência. No segundo post, deve conhecer o que é um
elétron e a marca Ricardo Eletro.

Para praticar, experimente anotar em um papel o que é engraçado no post e quais são os elementos
que causam esse efeito de sentido.

5. Leia Textos Longos Impressos (Como As Provas Do Enem)

Depois de um hora fazendo uma leitura densa, ficamos cansados. Precisamos ter resistência para
não fazer análises equivocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resistência é se acos-
tumar a compreender textos longos.

Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda no dia a dia. As provas do Enem, além
de serem úteis para praticar e simular a avaliação deste ano, podem ajudar a acostumar com a leitura
desse tipo de texto.

Experimente baixá-las e interpretar os dados na coletânea da redação. Analise também os enuncia-


dos das questões de diferentes áreas do conhecimento.

Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso e na tela do celular ou computador é
diferente. Se você irá fazer provas impressas, prefira ler textos assim.

Dica: lembre de reescrever as orações na ordem direta.

6. Compreenda Músicas

As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam muitas figuras de linguagem (a gente expli-
ca as principais neste outro artigo).

Depois de escutar uma música de que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer com
ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de cada estrofe.

7. Leia Tirinhas

O Enem costuma avaliar habilidades importantes na vida prática. Tirinhas são facilmente encontra-
das, são uma leitura leve, divertida e sempre precisam de interpretação.

Muitas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem uma crítica implícita.

8. Olhe Para Os Períodos, Versos E Parágrafos Em Conjunto

Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu nos trechos menores, para se lembrar
depois.

Em seguida, procure relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de oposição, causa e
consequência, adição.

Fazemos o procedimento acima para classificar orações subordinadas, mas ele também pode ser útil
para a interpretação como um todo.

9. Use Um Dicionário

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Quando estiver lendo em casa, tenha um dicionário por perto e pesquise o que não entender. Só
assim vai ser possível interpretar depois.

Para memorizar, anote as palavras que você descobriu o que significam em um caderninho. Elas
poderão ser úteis para resolver exercícios e também para a redação.

Algumas obras literárias utilizam palavras antigas e de difícil entendimento. Vale lembrar que existem
vestibulares que apresentam pequenos glossários nas questões. Então não dê muita atenção aos
termos arcaicos na hora da leitura.

10. Peça A Ajuda De Vídeo Aulas E Do Google

Todos nós já passamos por alguma situação confusa, que não fez muito sentido. Pode ser na hora de
resolver uma lista de exercícios ou em uma conversa com seus parentes, por exemplo.

Quando isso acontece, pode ser porque você não conseguiu interpretar corretamente. Então é útil
procurar ajuda em um dicionário, videoaula ou no Google.

11. Reescreva Ou Explique Para Você Mesmo

Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e utilizando sinônimos. Se preferir, escre-
va em tópicos.

O objetivo desta dica é ter certeza de que você interpretou o texto e também consegue explicar de
maneira simples.

Interpretação De Textos

A interpretação de textos é um exercício que requer técnica e dedicação. Existem algumas dicas que
ajudam o leitor a aprimorar a compreensão dos mais variados gêneros textuais.

Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o
que lê.

No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que nada
mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos mais
simples — de gêneros muito acessados no cotidiano.

O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de inter-
pretação textual é reduzida.

Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com os mais variados níveis de esco-
laridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo sistematizado foi reduzida.

Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio de Português elaborou al-
gumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de quaisquer mal-entendidos.
Boa leitura e bons estudos!

Cinco Dicas de Interpretação de Textos

Dica 1: Livre-Se Das Interferências Externas

Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade desejada para estudar, ainda mais quando
somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre
de interferências externas e escolha ambientes adequados para a leitura.

Um ambiente adequado é aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fato-
res influenciam de maneira positiva os estudos.

Ruídos e interferências durante a leitura reduzem drasticamente nossa capacidade de concentração


e, consequentemente, de interpretação.

Dica 2: Sempre Recorra A Um Bom Dicionário

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma situa-
ção corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que desconhecer o
significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o ideal é que você,
diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário.

Na impossibilidade de consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim
que um bom vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos
constantemente em aprendizado.

Dica 3: Prefira A Leitura No Papel

Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e
que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou documen-
tos físicos, isto é, impressos.

O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele podemos fazer anotações de maneira rápida e
prática, além de ser a melhor opção para quem tem dificuldades de interpretação textual.

Dica 4: Faça Paráfrases

A paráfrase consiste em uma explicação livre e desenvolvida de um fragmento do texto e também


dele completo. Ao ler um parágrafo mais complexo, você pode fazer uma pausa para tentar explicá-lo
com suas próprias palavras: isso facilitará a compreensão e a assimilação daquilo que está sendo
lido.

Dica 5: Leia Devagar

Ler apressadamente é um exercício que dificilmente transformará informação em conhecimento. O


cérebro precisa de tempo para processar a leitura, por isso, evite ler em situações adversas. Uma
leitura feita com calma permitirá que você retome parágrafos e poucas coisas são mais eficientes
para a interpretação textual do que a releitura, consulte o dicionário e faça paráfrases e anotações, ou
seja, todas as dicas anteriormente citadas dependem, sobretudo, dessa leitura cuidadosa.

Explicações Preliminares

I) Para Interpretar Bem

Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Impor-
tante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os
itens abaixo.

1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas
telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção,
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar.

2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios
de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedica-
da a isso.)

3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos
oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e
seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso.

4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar res-
ponder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê- lo como um todo, e
isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada
leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois
tente resolver as questões propostas.

5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determi-
nado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o
trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a
agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo.

6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determi-
nada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa
pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi
dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.

II) Paráfrase

Chama-se paráfrase a reescritura de um texto sem alteração de sentido. Questões de interpretação


com frequência se baseiam nesse conhecimento, nessa técnica. Vários recursos podem ser utilizados
para parafrasear um texto.

1) Emprego de sinônimos.

Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os
genitores preocupados.

2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa.

Ex.: Ele era fraco. Ele não era forte.

3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto.

Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram.
Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio

4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa.

Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do
grupo. Quero que o grupo me respeite.

5) Omissão de termos facilmente subentendidos.

Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais deli-
cada e importante.

6) Mudança de ordem dos termos no período.

Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro me-
ses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro
meses de pesquisa, seria esquecido.

7) Mudança de voz verbal

Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em
seu jardim. (voz passiva analítica)

Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase),
haverá duas mudanças possíveis.

Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)

Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética)

8) Troca de discurso

Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) Na-
quela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto)

9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa

Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

10) Troca de locuções por palavras e vice-versa:

Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a lingua-
gem celeste.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Gêneros Textuais

Gêneros textuais são textos que exercem uma função social específica, ou seja, ocorrem em situações
cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem definida.

Os diferentes gêneros textuais se adequam ao uso que se faz deles. Adequam-se, principalmente, ao
objetivo do texto, ao emissor e ao receptor da mensagem e ao contexto em que se realiza.

Exemplos de gêneros textuais:

- Romance;

- Conto;

- Fábula;

- Lenda;

- Novela;

- Crônica;

- Notícia;

- Ensaio;

- Editorial;

- Resenha;

- Monografia;

- Reportagem;

- Relatório científico;

- Relato histórico;

- Relato de viagem;

- Carta;

- E-mail;

- Abaixo-assinado;

- Artigo de opinião;

- Diário;

- Biografia;

- Entrevista;

- Curriculum vitae;

- Verbete de dicionário;

- Receita;

- Regulamento;

- Manual de instruções;

- Bula de medicamento;

- Regras de um jogo;

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GÊNEROS TEXTUAIS

- Lista de compras;

- Cardápio de restaurante;

Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com características próprias,
é importante que os concebamos como flexíveis e adaptáveis, ou seja, que não definamos a sua es-
trutura como fixa.

Os gêneros textuais possuem transmutabilidade, ou seja, é possível que se criem novos gêneros a
partir dos gêneros já existentes para responder a novas necessidades de comunicação. São adaptáveis
e estão em constante evolução.

Tipos e Gêneros Textuais

Tipos e gêneros textuais são duas categorias diferentes de classificação textual.

Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os aspectos
linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e explicação.

Exemplos de tipos textuais:

- Texto narrativo;

- Texto descritivo;

- Texto dissertativo expositivo;

- Texto dissertativo argumentativo;

- Texto explicativo injuntivo;

- Texto explicativo prescritivo.

Os aspectos gerais dos tipos de texto concretizam-se em situações cotidianas de comunicação nos
gêneros textuais, textos flexíveis e adaptáveis que apresentam uma intenção comunicativa bem defi-
nida e uma função social específica, adequando-se ao uso que se faz deles.

Gêneros textuais pertencentes aos textos narrativos:

- Romances;

- Contos;

- Fábulas;

- Novelas;

- Crônicas;

Gêneros textuais pertencentes aos textos descritivos:

- Diários;

- Relatos de viagens;

- Folhetos turísticos;

- Cardápios de restaurantes;

- Classificados;

Gêneros textuais pertencentes aos textos expositivos:

- Jornais;

- Enciclopédias;

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GÊNEROS TEXTUAIS

- Resumos escolares;

- Verbetes de dicionário;

Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos:

- Artigos de opinião;

- Abaixo-assinados;

- Manifestos;

- Sermões;

Gêneros textuais pertencentes aos textos injuntivos:

- Receitas culinárias;

- Manuais de instruções;

- Bula de remédio;

Gêneros textuais pertencentes aos textos prescritivos:

- Leis;

- Cláusulas contratuais;

- Edital de concursos públicos;

Gêneros Textuais e Gêneros Literários

Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se referem a qualquer tipo de texto, enquanto os
gêneros literários se referem apenas aos textos literários.

Os gêneros literários são divisões feitas segundo características formais comuns em obras literárias,
agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.

Exemplos de gêneros literários:

- Gênero lírico;

- Gênero épico ou narrativo;

- Gênero dramático.

Comunicação Escrita

É no intuito de se comunicar com os outros que o ser humano cria e utiliza variadas formas de lingua-
gem. É através delas que o homem se comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pon-
tos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Porém, para que a comuni-
cação estabeleça-se é necessário que os interlocutores atribuam sentido ao texto (falado ou escrito),
tornando-o compreensível.

Deste modo, a capacidade de compreender apresenta-se como um fator crítico da comunicação hu-
mana, pois é através dela, que os significados transmitidos pela cultura tornam-se acessíveis aos indi-
víduos que compartilham de uma mesma língua, revelando-se aqui, a função de pensamento genera-
lizante da linguagem.

No que tange à comunicação oral, que se caracteriza pelo encontro face a face entre os interlocutores,
estes têm à sua disposição pistas não-verbais, como por exemplo, a prosódia e a gestualidade, que os
ajudam a construir o sentido da mensagem. Neste tipo de comunicação, os seus participantes têm a
possibilidade do diálogo imediato, que lhes permite intervir no processo de produção textual e a superar
os prováveis problemas de compreensão no momento e na situação em que eles ocorrem.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Por outro lado, na comunicação escrita, as pistas paralinguísticas não estão presentes. A possibilidade
de diálogo imediato é vetada devido à defasagem de tempo entre a produção e a recepção do texto.

Neste tipo de situação, só existem o leitor e o documento escrito, que veicula uma mensagem contendo
sentidos a serem desvelados e restaurados pelo leitor quando do ato da leitura. (Silva, 1996) Desta
forma, a comunicação escrita pode ser entendida como uma categoria especial de comunicação, que
implica a relação dinâmica e ativa entre leitor e texto, na qual o primeiro tem a função de reescrever os
sentidos mediados pelo material impresso a partir de seu modelo mental de mundo.

É neste sentido que se diz que a leitura envolve sempre compreensão, compreensão esta que se con-
cretiza na interação entre leitor e texto. Segundo Solé (1998), esta concepção de leitura traz embutida
em si três grandes consequências:

1) a idéia de sujeito ativo, como já foi explicitada;

2) a idéia de que a leitura é sempre guiada pelos objetivos do leitor; e uma outra idéia ligada estrita-
mente a esta última; e,

3) a de que a interpretação depende destes objetivos, havendo tantas interpretações quantos objetivos
existirem. Portanto, apesar do conteúdo do texto ser invariável, há uma variabilidade de interpretação
de leitura de acordo com o leitor, seus interesses, conhecimentos e objetivos, fazendo com que a com-
preensão não seja encarada como uma questão de tudo ou nada ou como uma atividade de precisão,
com regras exatas.

Porém, como a leitura é o resultado da relação entre leitor e texto, não se pode concebê-la, por outro
lado, como uma atividade de vale tudo (Marcuschi, 1996) ou como uma caixinha de surpresas (Mar-
cuschi, sd), já que o autor tem um projeto de dizer (Koch, 2002) e utiliza estratégias de organização
textual que sinaliza para o leitor as possibilidades de construção de sentidos.

Sentidos que serão construídos a partir da estrutura linguística do texto, de suas sinalizações e do
contexto que o leitor é capaz de mobilizar tendo em vista seus conhecimentos e experiências prévios.
Isto implica dizer que, as intenções e objetivos do autor revelam-se na estrutura linguística do texto e
que esta delimita (sem limitar) as possibilidades de construção de sentidos por parte do leitor. São as
pistas linguísticas que favorecem, neste último, a ativação do conhecimento necessário para a recons-
trução do mundo textual criado pelo autor.

Então, pode-se dizer que, existem limites para a compreensão textual e que estes são estabelecidos
na própria relação entre autor e leitor, mediada pelo texto. Limites estes que se rompem quando da
inexistência de compartilhamento de conhecimentos entre os interlocutores de uma situação comuni-
cativa, gerando má compreensão ou não compreensão devido à quebra da cooperação entre eles.

O produtor do texto tem intenções e deseja que o leitor produza os sentidos por ele desejado. O leitor
sabe que o autor tem algo a dizer e se esforça para compreendê-lo.

Quando o leitor não dispõe de conhecimentos suficientes para reconstruir os sentidos construídos pelo
autor do texto, o processo de construção de sentidos ou não se efetiva ou não é bem-sucedido.

Diante desta perspectiva, entende-se que ler é compreender e que compreender é um processo de
construção de sentidos que pressupõe uma atividade de seleção, reorganização e reconstrução
(Dell'Isola, 2001; Silva, 1996; Smith, 1999; Solé, 1998).

Para compreender um texto, o leitor precisa ir além do texto, indo além do que está colocado explicita-
mente: ele precisa ligar as idéias dentro do texto e ativar seu conhecimento geral para suportar a sua
compreensão. Ou seja, para compreender um texto, o leitor precisa fazer inferências que podem ser
elaboradas tanto a partir das relações entre os elementos do próprio texto, como através das relações
entre estes e seu conhecimento prévio (conhecimentos linguísticos, enciclopédicos, de mundo).

Assim, quando interage com o texto, o leitor tanto capta a informação nele veiculada, como transmite
a ele toda a carga de sua experiência anterior, transformando-o e transformando-se; compreendendo-
o e compreendendo-se. Como diz Freire (1994, p. 20), ... a leitura da palavra não é apenas precedida

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GÊNEROS TEXTUAIS

pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de 'escrevê-lo' ou de 'reescrevê-lo', quer dizer, de
transformá-lo através de nossa prática consciente.

Portanto, além de uma atividade cognitiva, a leitura é também uma atividade social, situada, construtiva,
dialógica e interativa que envolve a participação ativa do leitor, que se apóia em suas experiências
passadas, em seus objetivos de leitura, em seus conhecimentos e idéias prévias, e no texto e contexto
para gerar sentidos que se constroem nas várias transações e negociações entre estes, e os seus
conhecimentos.

Acredita-se que nem o texto nem o leitor mostram-se, por si só, como condição suficiente para garantir
a construção de sentidos veiculados pelo texto. Pelo contrário, defende-se que ambos são necessários
e que a reelaboração do sentido textual é influenciada sobremaneira pela história cognitiva e afetiva do
leitor.

Incluindo-se aqui, a sua motivação e o comprometimento com a leitura, pois para atuar com disponibi-
lidade frente a um texto, o leitor precisa encontrar sentido, deve saber porque lê e se sentir motivado
para esta atividade.

Além disso, a leitura deve ser entendida como uma atividade que implica a elaboração de representa-
ções mentais (Oakhill & Garnham, 1988), uma vez que a compreensão dela extraída não se apresenta
como uma cópia real do conteúdo lido, sofrendo, do contrário, interferência da totalidade sócio-afetivo-
político-cognitiva que é o leitor: suas experiências atuais e passadas, seus conhecimentos geral e de
mundo, suas perspectivas, seus interesses, seus objetivos, suas crenças e valores, suas capacidades
e habilidades. Ao mesmo tempo em que, o texto intervém sobre o leitor, modificando o seu modo de
perceber e transitar no mundo, conferindo-lhe autonomia.

Enquanto atividade interativa e construtiva que é, a leitura não pode ser analisada nem compreendida
de forma descontextualizada e despersonalizada, negando-se a história do sujeito enquanto ser dife-
renciado dos seus pares.

O que, por sua vez, desvela a relação entre leitura e subjetividade; e, todavia, entre leitura e construção
de sentidos (Barone, 1993), que é entendido aqui como uma interpretação individual, pessoal e única
de informações ou linguagens que são acessíveis a um grupo de indivíduos que compartilha de signi-
ficados que são públicos.

O leitor precisa compartilhar dos sentidos construídos pelo autor, mas precisa ser capaz de construir
os seus próprios sentidos, que serão constituídos e orientados pelas suas vivências, experiências e
conhecimentos, os quais se diferenciam tanto em conteúdo como em elaboração dos demais leitores
e do próprio autor.

Assim, concebe-se a leitura como um ato individual e como uma prática social (Lerner, 2002) possibili-
tadora de transformação do eu, do outro e do mundo. Como ato individual, mostra-se essencialmente
como um processo cognitivo, que exige além da decodificação, memorização e processamento estra-
tégico, o ato de internalização e de reelaboração do contexto textual e imediato.

Além disso, a leitura enquanto ato individual deve ser compreendido como uma competência em torno
da qual se organizam as demais competências e habilidades cognitivas, sendo, portanto, tomada como
uma arquicompetência (Murrie, 1999) que pode retardar, interromper ou possibilitar o amplo desenvol-
vimento de outras competências ou habilidades em consequência de seu próprio desenvolvimento
pleno ou precário.

Como prática social, deve ser vista como um instrumento de aquisição dos conhecimentos construídos
pela humanidade e como meio de repensar a realidade e de reestruturá-la a partir da crítica e do ques-
tionamento sobre esta mesma realidade.

Deve ser tomada como uma atividade cotidiana que cumpre com os mais variados propósitos sócio-
comunicativos: ler para resolver problemas práticos (fazer uma comida, saber sobre o funcionamento
de um instrumento...); ler para se informar sobre um tema de interesse; ler para escrever; ler para
buscar informações específicas (a definição de um conceito, o endereço de uma empresa, o significado
de uma palavra...); ler para compartilhar com outros leitores contos ou poesias, por exemplo.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Portanto, a dimensão social da leitura parece retratar a relação estreita entre o desenvolvimento da
atividade de leitura e o desenvolvimento de outras competências e habilidades cognitivas, uma vez que
para intervir e modificar o mundo faz-se necessário ao indivíduo abstraí-lo, analisá-lo, compreendê-lo,
interpretá-lo, inferi-lo, sintetizá-lo através de uma ação consciente que se organiza a partir da aquisição
de conhecimentos sistematizados.

Ao mesmo tempo em que, para compreender mais amplamente este mundo, o indivíduo precisa estar
apto a lê-lo através das várias linguagens pelas quais ele se expressa: a matemática, a artística, a
biológica, a tecnológica, a científica. Leituras estas que demandam o domínio de determinadas com-
petências.

Segundo Perrenoud (1999, p. 7), existem múltiplos significados para a noção de competência. Para
ele, no entanto, competência é a ... capacidade de atuar eficazmente sobre uma determinada situação,
apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles. De acordo com esta noção, para que o indivíduo
possa enfrentar uma situação, faz-se necessário que o mesmo mobilize, além do conhecimento, vários
outros recursos cognitivos complementares, como acontece, por exemplo, no ato de leitura.

Portanto, não basta ter o conhecimento necessário e adequado para lidar com as situações, é impres-
cindível que o indivíduo saiba mobilizá-lo e utilizá-lo de maneira apropriada para que ele possa ser
usado em função ou em benefício dos processos cognitivos ou operações mentais exigidas por tais
situações, que se repetem e/ou se renovam ao longo da vida e que possibilitam a construção de novas
competências.

A leitura possibilita uma reorganização do conhecimento prévio com outros novos conhecimentos tra-
zidos pela leitura recente. O conhecimento é reorganizado e torna-se mais completo e complexo, per-
mitindo relações com novos conceitos, as quais favorecem a mudança e a aprendizagem. Mas para
tal, é necessário que o leitor vá fundo na leitura, desentranhando a informação, discernindo o essencial
do acessório e estabelecendo o maior número de relações entre as informações novas e antigas e isto,
por sua vez, exige a aprendizagem de estratégias de leitura, que devem ser ensinadas e explicitadas
no processo de ensino.

Portanto, como ressaltam Solé (1998), Carvajal e García (2000), e Lerner (2002), a leitura não pode
ser concebida, apenas, como uma ferramenta ou um instrumento para outras aprendizagens, mas tam-
bém como um objeto de conhecimento, que como tal exige e possibilita a emergência de formas de
raciocínio e modos de pensar também específicos, que são gerados a partir da interação do sujeito
cognoscitivo com este objeto de conhecimento; e que são determinados tanto pela natureza deste ob-
jeto, como pelo contexto e pelas características do indivíduo-leitor.

Assim, como objeto de conhecimento que é, a leitura precisa ser ensinada e aprendida: o sujeito-leitor
precisa aprender a decodificar e a usar as estratégias que levam à compreensão e ao seu controle; ao
mesmo tempo em que, os procedimentos ou estratégias de leitura precisam ser explicitados e demons-
trados ao leitor-iniciante por parte daquele que orienta a sua aprendizagem, como, aliás, é comum
acontecer no processo de ensino de outras áreas do conhecimento. No entanto, como aponta Solé
(1998), a instrução da leitura ainda se limita, de modo geral, à decodificação, havendo muito mais
avaliação do que ensino da leitura em sala de aula, ficando o seu tratamento, enquanto objeto de
conhecimento, aquém do que se poderia desejar.

Gênero Textual e Produção de Sentidos

São vários os textos que circulam no mundo letrado. Textos que são lidos diferentemente de acordo
com a época, condições e história do leitor. Leitor este que, por sua vez, orienta a sua compreensão
de acordo com a organização assumida pelo texto. Mas o que é um texto? Quais as categorias assu-
midas para a sua definição?

De acordo com Koch (2000, 2002), o conceito de texto depende das concepções de linguagem, língua
e sujeito que são assumidas. Deste modo, ela apresenta três conceitos de textos relacionados às três
principais concepções de linguagem, língua e sujeito desenvolvidas ao longo da história.

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GÊNEROS TEXTUAIS

À concepção de língua e linguagem como representação (espelho) do mundo e do pensamento, subjaz


uma noção de sujeito individual, de consciência, dono absoluto de suas ações e de seu dizer, que
constrói uma representação mental que deseja ser capturada pelo interlocutor tal como foi realizada.

Nesta perspectiva, o texto é concebido como um produto (lógico) do pensamento do autor, que deve
ser capturado, fotografado passivamente pelo leitor. O texto, neste caso, é tomado como uma estrutura
fechada, responsável pela transmissão de um único sentido que exerce uma influência unívoca: texto
interferindo sobre o leitor.

Na concepção de língua e linguagem como estrutura, como código e como instrumento de comunica-
ção, o sujeito é visto como assujeitado, inconsciente e determinado pelo sistema. Sujeito que não sabe
o que diz porque não sabe quem é. Sujeito repetidor, que fala o que a ideologia, a instrução deseja que
fale, apesar de ter a ilusão que fala por si.

De acordo com esta noção de língua e sujeito, o texto é tomado como um produto de codificação de
um emissor a ser decodificado pelo leitor. O texto é visto como totalmente explicitado pela codificação,
sendo o leitor um indivíduo totalmente passivo, já que seu papel limita-se a decodificar a mensagem, o
escrito (ou falado) sem se preocupar com o não dito, com o não explicitado pelo código.

Já na concepção de língua e linguagem como forma de ação ou interação e de sujeito como entidade
psicossocial, que se constitui na sua relação com o outro, o texto é concebido como o próprio lugar da
interação.

Texto que se constrói na interação entre interlocutores e que carrega toda uma gama de implícitos,
revelados pelo conhecimento do contexto sociocognitivo dos interlocutores. Interlocutores estes vistos
como sujeitos ativos, que constroem e são construídos pelo texto.

De acordo com esta última concepção, que é assumida neste trabalho, o texto é tomado como um
sistema de significado aberto, que dá margem a uma multiplicidade de sentidos. Sentidos construídos
no momento da interação texto/leitor.

Leitor que tem uma história (de vida e de leitura) e que traz esta história para a relação que mantém
com o produtor do texto, retomando-a e reconstruindo-a nesta interação recíproca. O texto é um tecido
tramado a cada contato com o leitor, em cada momento histórico e contexto sociocultural, sendo as
suas teias constituídas de implícitos que surgem do explícito e do revelado (Dell'Isola, 2001).

Neste caso, pode-se dizer que o texto mantém relação com o contexto e com outros textos. Ele se
constitui na interação e não acaba em si mesmo, recebendo a influência da história de leitura do autor
e do leitor do texto. (Costa Val, 1999; Koch & Travaglia, 2001; Koch, 2002). Ao escrever, o autor remete-
se aos vários textos que leu, selecionando, de forma não aleatória, o que parece pertinente para a
produção atual. Quando lê o texto, o leitor ativa o seu conhecimento de outros textos, também de forma
seletiva, para fazer sentido do que lê.

Como diz Orlandi (1996), o contexto é constitutivo do sentido, já que a variação nas condições de
produção afeta a construção de sentidos que emergem a partir da interação entre interlocutores.

Então, ler um texto em busca de informações para responder questões pontuais, não possibilita a
mesma produção de sentidos que um contexto de leitura em que o leitor busca relações e implicações
subjacentes às informações deste mesmo texto.

Como argumenta Koch (2002), fundamentada na Linguística Textual, o contexto não abrange apenas
o co-texto ou entorno verbal, mas também a situação de interação imediata, a situação mediata (en-
torno sociopolítico e cultural) e o contexto sociocognitivo dos interlocutores. Englobando este último,
todos os outros já citados e que fazem parte da memória dos participantes e que necessitam ser mo-
bilizados durante a troca linguística.

Percebe-se desta forma que, o contexto não diz respeito a uma "situação real", mas a um conjunto de
suposições que faz parte do contexto cognitivo do leitor e do autor e que é ativado da memória a partir
da interação que se estabelece entre eles. A mobilização do que é relevante na memória vai depender,
então, do co-texto e de suas relações com o contexto cognitivo dos indivíduos.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Relações estas que possibilitam uma variabilidade de sentidos, mas que, ao mesmo tempo, delimitam
as possibilidades desta variação. Isto porque o contexto cognitivo vai ser ativado a partir das relações
com o co-texto, ou seja, a partir do entorno verbal. São estas relações também que vão determinar o
jogo do implícito e do explícito.

É a ativação ou não de um contexto cognitivo que vai favorecer ou não a explicitude de uma idéia ou
proposição de um texto, gerando, assim, sentidos diferenciados de acordo com diferentes leituras e
leitores.

Isto sugere que, além de ser determinada pelos conhecimentos e experiências do leitor, a leitura tam-
bém é determinada pela superestrutura textual. Superestrutura esta que exige diferentes tipos de es-
tratégias e que determina a natureza da relação que este leitor mantém com o texto.

A posição de um leitor frente a uma lista telefônica não é de natureza similar a que ele assume frente
a um texto narrativo, por exemplo. A superestrutura textual orienta a leitura que o indivíduo faz do texto.

Todo texto possui uma organização ou estruturação (superestrutura) mais ou menos estável, que cons-
titui o gênero textual. A denominação dos gêneros é estabelecida em critérios heterogêneos, havendo
variação das categorias em função do uso que se faz delas.

Essa categorização pode ser realizada a partir do conteúdo, do modo de organização ou do tipo de
circulação do texto em uma sociedade (Koch, 2002; Maingueneau, 2001).

O gênero é usado de acordo com as necessidades e objetivos do autor (locutor). Esta escolha é guiada
pelo conjunto de gêneros já existentes e elaborados por gerações anteriores.

Contudo, isto não significa dizer que os gêneros sejam rígidos e que o discurso do autor deve ser
moldado de acordo com essas formas preexistentes. Como diz Orlandi (1996, p. 153) ... o produto se
repõe como processo. O produto elaborado pela cultura torna-se processo quando da interação entre
interlocutores reais ou virtuais.

Isto, por sua vez, tem impacto sobre a ativação do contexto cognitivo do leitor e, consequentemente,
sobre a sua compreensão do texto.

O leitor, em seu encontro com o texto, precisa mobilizar seus conhecimentos sobre os gêneros textuais
para ser capaz de negociar sentidos quando em interação com o autor.

É o contato com os vários textos que circulam no social que permite o desenvolvimento da capacidade
metatextual por parte do indivíduo, possibilitando-lhe pensar no texto como objeto de conhecimento e
verificar as características peculiares deste objeto. Ao mesmo tempo em que, é esta capacidade que
lhe garante a identificação e diferenciação dos gêneros textuais.

Também é esta mesma capacidade que permite ao leitor identificar se em um texto há predominância
de sequências textuais de caráter narrativo, descritivo, expositivo e/ou argumentativo. Isto porque os
gêneros não são puros, mas híbridos. (Koch, 2000; Orlandi, 1996).

Um texto narrativo, por exemplo, pode conter em si sequências descritivas, dialógicas e argumentati-
vas, mas sem perder as características predominantemente narrativas, como é o caso da sequenciali-
dade no tempo e o problema ou conflito.

Segundo Bronckart (1999), o plano geral do texto ou infra-estrutura, como denomina, é determinado
pelos tipos de discurso que ele assim classifica: a narração e o relatado interativo, na ordem do NAR-
RAR; e o discurso teórico, o interativo e o tipo misto teórico-interativo, na ordem do EXPOR. Discursos
estes que se articulam diferentemente, gerando gêneros textuais em número ilimitado.

Partindo de uma perspectiva sociodiscursiva, este autor defende que todo texto é considerado um
exemplar de gênero, necessariamente composto de um ou vários tipos de discurso, que se planifica,
eventualmente, em uma ou várias sequências convencionais. Decorrendo disto o fato de os gêneros
não poderem ser diretamente definidos e classificados em função das características linguísticas neles
observáveis.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros, conforme Bronckart (1999), podem ser classificados indiretamente, tomando-se como cri-
tério de análise as espécies de ação de linguagem que semiotizam. Além disso, ele defende que esta
classificação pode ocorrer tomando-se as modalidades recorrentes de composição dos tipos de dis-
curso e dos tipos de sequências que neles são observáveis.

Também entende que as sequências são modelos abstratos que produtores e receptores de textos
dispõem e que podem ser definidas, ao mesmo tempo, pela natureza e articulação entre as macropro-
posições que se organizam em estruturas autônomas.

Portanto, partindo desta perspectiva, a composição dos textos varia de acordo com a variedade de
sequências e de suas modalidades de articulação. Afinal, uma sequência pode ser formada de todas
as macroproposições que a compõem ou apenas de algumas delas. Deste modo, o todo muda, já que
os elementos não são os mesmos, assim como, não é a mesma a articulação que se estabelece entre
eles.

Bronckart (1999), ao discutir a organização textual, destaca tanto as sequências como outras formas
de planificação de textos. Quanto às primeiras, ele apresenta as seguintes: a sequência narrativa, a
descritiva, a injuntiva, a argumentativa, a explicativa e a dialogal. No que se refere às outras formas de
planificação, ressalta o script, na ordem do NARRAR, e as esquematizações, na ordem do EXPOR.

No caso da sequência narrativa, esta é sustentada, especialmente, por um processo de intriga e não,
simplesmente, pela organização dos acontecimentos em um eixo sucessivo. Caracteriza-se por um
todo acional: um estado de equilíbrio é perdido por um estado de tensão que desencadeia transforma-
ções, que tendem a um novo estado de equilíbrio.

Esse todo acional também é produtor de causalidade: a ordem cronológica, a qual sobrepõe uma ordem
interpretativa, permite atribuir razões aos encadeamentos dos acontecimentos, na história.

A sequência narrativa é assumida como se constituindo de cinco fases, que se sucedem: a de atuação
inicial (estado considerado equilibrado), a de complicação (introdução de uma perturbação), a de
ações (acontecimentos desencadeados pela perturbação), a de resolução (introdução de acontecimen-
tos que levam à efetivação da redução da tensão), e a de situação final (explica o novo estado de
equilíbrio conquistado pela resolução do conflito).

Acrescenta-se a estas mais duas fases que, segundo Bronckart (1999), são menos restritas porque
dependem mais diretamente do posicionamento do narrador em relação à história narrada: a fase da
avaliação (comentário sobre o desenrolar da história) e a fase de moral (explica a significação global
da história).

Essas fases podem variar de acordo com o texto, podendo apresentar um número limitado das mes-
mas: situação inicial, complicação e resolução, apenas.

A sequência descritiva compõe-se de fases que se organizam e se encaixam de maneira hierárquica


ou vertical.

Compreende três fases principais: a ancoragem (em que o tema da descrição é assinalado de forma
nominal ou tema-título), que pode aparecer no início da sequência (ancoragem propriamente dita), no
seu final (afetação) ou no curso da mesma, sendo posteriormente retomada (reformulação).

A fase de aspectualização (enumeração dos diversos aspectos do tema) e a fase de relaciona-


mento (os elementos descritos são relacionados a outros, a partir de operações de caráter comparativo
ou metafórico).

Existem também os segmentos que são chamados de injuntivos, instrumentais ou procedimentais que
são observados nas receitas de cozinha e nas instruções de uso, por exemplo. Eles apresentam as
mesmas fases das sequências descritivas, mas diferem em seus objetivos.

No caso dos segmentos injuntivos, o autor pretende que o destinatário aja de determinado modo e em
determinada direção. Isto recai sobre as propriedades da sequência, como é, por exemplo, a presença
de formas verbais no imperativo no caso das receitas de cozinha.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Como acontece com a sequência narrativa, a sequência descritiva constitui um modelo abstrato. Pode-
se realizar de maneira rudimentar (tema-título e enumeração de suas partes) ou de maneira mais com-
plexa, havendo o surgimento de subtemas a partir da caracterização das propriedades dos temas, as-
sim como, de sub-subtemas a partir dessas propriedades.

Quanto à sequência argumentativa, pensada não em termos das leis da lógica matemática, mas em
termos dos processos de lógica natural que se desenvolvem nos textos existentes nas línguas naturais;
está se realiza quando o objeto de discurso mostra-se problemático para o destinatário, levando o autor
ou produtor a lançar mão dela.

Ela se apresenta como uma sucessão de quatro fases: a fase de premissas (que se propõe uma cons-
tatação de partida); a fase de apresentação de argumentos (elementos que orientam para uma conclu-
são provável e que se apóiam em lugares comuns, regras gerais, exemplos); a fase de apresentação
de contra-argumentos (apresenta uma restrição à orientação argumentativa, podendo ser refutada ou
apoiada por lugares comuns, exemplos) e; a fase de conclusão (integra os efeitos dos argumentos e
contra-argumentos).

Do mesmo modo que ocorre com as outras sequências já apresentadas, a sequência argumentativa
pode apresentar-se de modo simplificado (premissa à conclusão, por exemplo) ou de maneira mais
complexa, apresentando todas as fases que a compõem.

No caso da sequência explicativa, que surge a partir de um objeto de discurso contestável, esta se
apresenta, em geral, na forma de uma sequência bastante simples. Ela compreende quatro fases: a
fase da constatação inicial (introduz um acontecimento não contestável); a fase de problematiza-
ção (explicita uma questão da ordem do porquê ou como); a fase de resolução (apresentação de infor-
mações suplementares capazes de responder as questões colocadas) e; a fase de conclusão-avalia-
ção (formula ou completa a constatação inicial).

As sequências dialogais, por sua vez, concretizam-se, apenas, nos segmentos de discursos dialoga-
dos. Segmentos estes estruturados em turnos de fala. Os discursos interativos podem ser primários ou
secundários.

Os primários são diretamente assumidos pelos agentes que o produzem em uma interação verbal,
como é o caso de uma conversa, por exemplo. Já os secundários, são aqueles que dizem respeito ao
diálogo que ocorre entre personagens que aparecem quando de um discurso principal. Isto acontece,
por exemplo, quando em uma conversa, um dos locutores traz à cena o diálogo de duas pessoas a
quem se refere no seu discurso atual.

Só existe diálogo quando os interlocutores estão engajados em uma conversação, em que seus enun-
ciados se determinam mutuamente, sendo o texto constituído na interação. Esta, segundo Bronckart
(1999), apresenta-se como uma condição restritiva para a definição de diálogo.

A sequência dialogal mostra-se organizada em três níveis encaixados. O nível supraordenado, que se
apresenta em três fases: a de abertura (contato inicial entre os interlocutores), a transacional (em que
o conteúdo temático é co-construído) e a de encerramento (que põe fim à interação). Cada qual apre-
sentando uma troca.

Em um segundo nível, cada fase apresentada no primeiro nível pode ter uma ou mais trocas, depen-
dendo também do número de interlocutores. A troca é composta de intervenções, isto é, de turnos de
fala. Já no terceiro nível, cada intervenção pode ser decomposta em enunciados que realizam atos de
fala determinados (pedido, afirmação...).

Como as demais sequências, as explicativas e dialogais sofrem variações, podendo-se realizar de ma-
neira simples ou complexa. No caso das sequências explicativas, estas podem apresentar as quatro
fases ou não. Já as dialogais, elas podem variar de acordo com a complexidade e amplitude dos en-
caixes hierárquicos.

Sobre as outras formas de planificação, Bronckart (1999) destaca, como já foi dito acima, o script, na
ordem do NARRAR, e que diz respeito à organização dos acontecimentos e/ou ações na história em

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GÊNEROS TEXTUAIS

uma ordem cronológica, mas sem apresentar uma tensão, que é própria da sequência narrativa. Se-
gundo este autor, este tipo de planificação é encontrado em numerosos segmentos de texto deste tipo
de ordem, sendo considerado como grau zero de planificação.

Quanto à ordem do EXPOR, este autor salienta as esquematizações, que se apresentam em segmen-
tos de texto como os informativos e os expositivos, nos quais o objeto de discurso não se mostra nem
problemático (sequência argumentativa) nem contestável (sequência explicativa), mas neutro ou neu-
tralizado.

As esquematizações podem fazer parte, por exemplo, dos domínios da definição, da enumeração, do
enunciado de regras e da cadeia causal. Podem ser consideradas como o grau zero da planificação da
ordem do EXPOR.

No que concerne às sequências, faz-se necessário ressaltar, especialmente, o estatuto que Bronckart
(1999) lhes atribui. Para este autor, estes protótipos não são modelos cognitivos preexistentes, que se
originam de uma competência textual biologicamente fundada. Eles se originam da experiência do in-
tertexto, em suas dimensões prática e histórica, podendo modificar-se permanentemente.

As sequências constituem-se de uma reestruturação dos conteúdos temáticos existentes na memória


do produtor do texto e que se apresentam em forma de macroestruturas. Reestruturação que é moti-
vada pelas representações que o produtor tem de seus destinatários, assim como, do efeito que deseja
produzir nestes.

No que se refere à leitura, a reestruturação das macroestruturas depende de como o texto é organizado,
do conhecimento do leitor sobre o autor (suas expectativas) e do efeito que o produtor causa no mesmo.

Deste modo, Bronckart (1999) atribui um estatuto fundamentalmente dialógico às sequências. Ele con-
sidera que o empréstimo de uma dessas sequências passa pelas decisões do produtor/autor, as quais
são orientadas pelas representações que este faz do seu destinatário e pelos seus objetivos. Portanto,
essas decisões não são aleatórias.

Elas são tomadas na intertextualidade. Está tomada de decisão passa pela relação com outros textos:
textos com os quais o autor já teve contato e textos com os quais ele pensa que seu destinatário já teve
contato. Intertextualidade esta que lhe ajuda a organizar o texto de modo que lhe permite dizer o que
pretende dizer e a ser compreendido.

Outro ponto importante a destacar sobre a idéia de organização textual ou plano de texto defendida
pelo autor, diz respeito à variabilidade desta organização a partir da relação entre tipos de discurso,
sequências e formas de planificação, que dá ao texto um caráter de flexibilidade.

Texto que é organizado tomando-se como base não só os objetivos do autor, mas a posição ou lugar
atribuído ao leitor/ouvinte. Se o texto só se constitui como tal na sua relação com o leitor/ouvinte este
precisa ser organizado de modo a ser por ele compreendido. Daí a importância da dimensão dialógica
nesta constituição.

É através da experiência que o indivíduo é levado a descobrir os mistérios do texto e da leitura, já que
a mesma o ajuda a compreender o poder facilitador que a linguagem tem, permitindo, consequente-
mente, o entendimento de seu uso.

Compreensão que, como se sabe, requer o mergulho em situação de busca e geração de sentidos. O
que, por sua vez, permite o estabelecimento de relações entre as coisas do mundo, possibilitando a
sua explicação a partir da explicitude do implícito, que ocorre tomando-se como base o já conhecido.

Compartilhando com as idéias difundidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa
(Brasil, 1997), defende-se que é necessário que se "aprenda a ler, lendo" e que se ensine a ler ofere-
cendo práticas de leitura que privilegiem a reflexão e que promovam o desenvolvimento de estratégias
de leitura semelhantes àquelas utilizadas pelo leitor proficiente, objetivando-se, acima de tudo, a cons-
trução de sentidos.

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GÊNEROS TEXTUAIS

Deste modo, entende-se a leitura como uma atividade social e interativa, voltada à construção de sen-
tidos, que são gerados na interlocução leitor-texto-autor através do intercruzamento das várias infor-
mações no texto e entre elas e os conhecimentos prévios do leitor.

Conhecimentos estes tomados como imprescindíveis para o processo de compreensão de leitura. (Fou-
cambert, 1994, 1997; Marcuschi, 1985, 1989, sd; Silva, 1996; Smith, 1999). Além disso, a leitura deve
ser concebida como uma atividade que precisa ser ensinada e aprendida a partir de estratégias que
devem ser explicitadas ao leitor-iniciante por um adulto-leitor competente. (Gallart, 2001a, 2001b; Ne-
mirovsky, 2001; Solé, 1998; Tolchinsky & Simó, 2001)

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Ortografia Oficial

Nova ortografia – Em dezembro de 2014 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa passou a
ser obrigatório em todos os países que falam língua portuguesa, inclusive o Brasil. Saiba agora tudo
sobre a nova ortografia e quais são as novas regras a serem seguidas.

O Acordo Ortográfico

Há muitos anos o países de língua portuguesa vinha discutindo uma maneira de simplificar o idioma
nos diferentes países, uma vez que apesar de ser o mesmo idioma o português tem variações em
cada local, por exemplo algumas palavras que no português do Brasil têm significados diferentes no
português de Portugal. A partir dessas discussões alguns países se reuniram com o intuito de criar o
um acordo ortográfico para que algumas palavras fossem grafadas da mesma maneira em todos os
países de língua portuguesa. No ano de 1990 o acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado
por oito países, incluindo o Brasil.

Mas esse acordo só entrou em processo de implantação em 2009, mas não era obrigatório ainda,
uma vez que no período de 2010 a 2012 foi para adaptação de livros didáticos e para a própria popu-
lação se acostumar com a novas regras.

Assim durante esse período, provas de vestibulares, Enem, concursos e outras não cobravam o uso
das novas regras na sua escrita.

O novo acordo ortográfico deveria entrar em vigor já no ano de 2013, mas a fim de acompanhar o
cronograma de implantação de outros países de língua portuguesa, o Brasil estendeu esse prazo
para 2016. Assim desde o dia 1º de janeiro de 2016 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa
passa a ser obrigatório em todo o território nacional e em mais oito países.

Aprenda Português com a nova ortografia, AGORA

Nova Ortografia: Novas Regras Ortográficas Da Língua Portuguesa

Com as novas regras de ortografia em vigor é preciso ficar atento ao que muda na hora de escrever,
uma vez que será considerado como erros gramaticais em provas, concursos, e o Enem (a principal
forma de entrada em uma universidade atualmente). Confira abaixo o que muda :

Alfabeto

A primeira mudança pode ser estranha a alguns, mas só agora o alfabeto português possui 26 letras,
uma vez que foram incluídas as letras K, W e Y.

Os acentos podem ser as mudanças que mais geram dúvidas: Palavras paroxítonas que tem o acen-
to gráfico nos ditongos EI e OI não têm mais acento. Exemplo:

Estréia – Estreia

Idéia – Ideia

Paranóico – Paranoico

Assembléia – Assembleia

Geléia – Geleia

Jibóia – Jiboia

Apóio – Apoio

Platéia – Plateia

Jóia – Joia

Bóia – Boia

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Coréia – Coreia

Outras palavras que perderam seu acento foram: creem, deem, leem, veem e seus derivados: des-
creem, desdeem, releem, reveem e as que tem acento no último o do hiato(Os hiatos são o encontro
de vogais de sílabas diferentes): Voos, enjoo, abençoo.

Acentos Diferenciais

Os acentos diferenciais das palavras também não são usados mais. Exemplo:

Pára (verbo) – Para

Pará-brisa – Para-brisa

Péla (substantivo) – Pela

Péla (verbo) – Pela

Pela (per+la)

Pêra – Pera

Pélo (verbo) – Pelo

Pêlo (substantivo) – Pelo

Pelo (per+lo)

Pólo (substantivo) – Polo

Polo (por+lo)

Trema

O trema foi totalmente eliminado da língua portuguesa, seu uso não era obrigatório e agora não exis-
te mais, com exceção às palavras estrangeiras e em nomes próprios.

Hífen:

O hífen é usado em palavras que a segunda palavra começa com a mesma vogal que a primeira
palavra. Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório, arqui-inimigo, semi-integral, micro-organismo.

Usa o hífen quando a segunda palavra começar com H: tele-homenagem, proto-história, sobre-
humano, extra-humano, pré-história, anti-higiênico, semi-hospitalar.

O hífen quando o primeiro elemento acabar com vogal e o segundo começar com vogal diferente
deixa de existir: socioeconômico, semiárido, autoestima, infraestrutura, ultrainterino.

Não se usa quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo elemento começar com R ou
S. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada: antissemita, contrarregra,
antirreligioso, cosseno, extrarregular, minissaia, biorritmo, microssistema, ultrassom, antissocial.

Ortografia Oficial

Para entender a ortografia oficial primeiro é necessário entender seus casos, isso é, o contexto e a
forma onde as palavras são construídas, veja abaixo:

Caso X / Ch

1) x / ch nas palavras provenientes do latim:

1.1) Emprego do ch:

Ao passar do latim para o português, as sequências “cl”, “pl” e “fl”, transformaram-se em “ch”:

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ORTOGRAFIA OFICIAL

afflare > achar

flagrare > cheirar

flamma > chama

caplu > cacho

clamare > chamar

claven > chave

masclu > macho

planus > chão

plenus > cheio

plorare > chorar

plumbum > chumbo

pluvia > chuva

1.2) Emprego do x:

a) Proveniente do xlatino:

exaguare > enxaguar

examen > exame

laxare > deixar

luxu > luxo

b) Palatização do S em grupos como ssiou sce:

miscere > mexer

passione > paixão

pisce > peixe

2) Emprega-se a letra x:

x1) Após ditongo:

ameixa

caixa

peixe

Exceções:

recauchutar (do francês recaoutchouter)

guache (do francês gouache)

caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu“lágrimas da árvore”, é de um idioma indí-
gena, mas está em nossa ortografia oficial)

x2) Em palavras iniciadas por ME:

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Mexerica

México

Mexilhão

Mexer

Exceção:
· mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal “me-
xa” do verbo mexer, que deve ser grafada com x.

X3) Em palavras iniciadas por EN:

Enxada

Enxerto

Enxurrada

Exceção1:
· enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua);

Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch:


· enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio;
· encharcar = en + radical de charco;
· enchiqueirar = en + radical de chiqueiro;
· enchapelar = en + radical de chapéu;
· enchumaçar = en + radical de chumaço

x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são:

Araxá – lugar alto onde primeiro se avista o sol.

Abacaxi – de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira);

Capixaba – roça, roçado, terra limpa para plantação.

Caxumba

Pataxó – tribo.

Queixada – “o que corta”.

Xará – de xe rera, “meu nome”.

Xavante – tribo.

Xaxim – do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena.

Ximaana – tribo.

Xingu – água boa, água limpa, na língua Kamayurá.Exceção:


·Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça).

x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

Almoxarife

Almoxarifado

Elixir (al-Axir)

Enxaqueca (xaqiqa– meia cabeça)

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Haxixe (hashish– maconha)

Oxalá (in sha allahou inshallah – se Deus quiser)

Xarope

Xadrez (xatranj)

Xarope (xarab– bebida, poção)

Xeque

Xeque-mate

Exceções:

Alcachofra (Alkharshof– fruto do cardo manso)

Chafariz

x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

Afoxé

Axé

Borocoxô

Exu

Fuxico

Maxixe

Orixá

Xendengue (magro, franzino)

Xangô (Xa– Senhor; Ag + No – Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma)

Xaxado

Xingar

XinXim

Xodó

Exceções:

Cachimbo (kixima)

Cachaça

Cochicho

Cochilar

Chilique

3) Emprega-se ch:

ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são:

Avalanche (Avalónch)

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Cachê (Cachet)

Cachecol (Cacher)

Chalé (Chalet)

Chassi (Chânssis)

Champanhe (Champagne)

Champignon (Champignon)

Chantilly (Chantilly)

Chance (Chance)

Chapéu (Chapeau)

Chantagem (Chantage)

Charme (Charme)

Chefe (Chef)

Chique (Chic)

Chofer (Chauffeur)

Clichê (Cliché)

Creche (Crèche)

Crochê (Crochet)

Debochar (Débaucher)

Fetiche (Fétiche)

Guichê (Guichet)

Manchete (Manchette)

Pochete (Pochette)

Revanche (Revanche)

Voucher (Vocher)

Caso g / j

1) Palavras provenientes do latim e do grego:

1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego:

a) Latim:

agere > agir

agitare > agitar

digit(i) (raiz) > digitar

gestu > gesto

gelu > gelo

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ORTOGRAFIA OFICIAL

liturgia > liturgia

tegella > tigela

Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa)

b) Grego:

eksegesis > exegese

gymnastics > ginástica

hégemonikós > hegemônico

logiké > lógico

synlogismos > sologismo

Exceção:

aggelos > anjo (angeolatria é com g)

1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém:

a) Da consonantização do I semiconsoante latino:

iactu > jeito

iam > já

iocus > jogo

maiestate > majestade

b) Da palatalização do S + I, ou dogrupo DI + Vogal:

basiu > beijo

casiu > queijo

hodie > hoje

radiare > rajar

2) Emprega-se a letra g:

g1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g:

engessar (de gesso)

faringite (de faringe)

selvageria (de selvagem)Exceção:


· coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar

g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio:

pedágio

sacrilégio

prestígio

relógio

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ORTOGRAFIA OFICIAL

refúgio

g3) Os substantivos terminados em gem:

viagem

coragem

ferrugem

Exceção:

pajem

lambujem

g4) Nos verbos terminados em ger e gir:

eleger

mugir

g5) Em geral, após R:

aspergir

divergir

submergir

3) Emprega-se a letra j:

j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j:

sarjeta (de sarja)

lojista (de loja)

canjica (de canja)

sarjeta (de sarja)

gorjeta (de gorja)

j2) Nos verbos terminados em jar:

viajar

encorajar

enferrujar

j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

alforje (al hurj<sacola>)

azulejo (azzelij)

berinjela (badanjanah)

javali (djabali)

jaleco (jalikah)

jarra (djarrah)

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ORTOGRAFIA OFICIAL

laranja (narandja)

Exceções:

álgebra (al-jabr)

algema (al jamad<a pulseira>)

giz (jibs)

girafa (zarâfa(AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.))

j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:

beiju

cajá

caju

canjica

carijó

guarajuba

itajuba

itajaí

jequiriti

jequitibá

jerimum

jibóia (cobra d’água).

jumana (tribo).

jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal).

jenipapo

jururu

maracujá

marajó

mucujê

pajé

Ubirajara

Exceção: Sergipe

J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

acarajé

Iemanjá

jabá

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ORTOGRAFIA OFICIAL

jagunço

jererê (cigarro de maconha)

jiló

jurema

Exceções:

bugiganga

ginga

Caso c ou ç / s ou ss

O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç.

acetato

ácido

açafrão

aço

açúcar

Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss:

manso

concurso

expulso

prosseguir

girassol

pessoa

s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR:

aspergir= aspersão

compelir= compulsório

concorrer= concurso

discorrer= discurso

expelir= expulsão, expulso

imergir= imersão

impelir= impulsão, impulso

s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das
letras “D – T – M”em suas derivações:

circuncidar(circumcidere) = circuncisão, circunciso

ascender(ascendere) = ascensão

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ORTOGRAFIA OFICIAL

suceder(succedere) = sucessão / sucesso

expandir(expandere) = expansão / expansível

iludir(illudere) = ilusão / ilusório

progredir(progredere) = progressão / progressivo / progresso

submeter(submittere) = submissão / submisso

discutir(discutere) = discussão

suprimir(supprimere) = supressão / supresso

redimir(redimere) = remissão / remisso

Observe também a origem latina:

excluir (deexcludere) = exclusão

incluir (deincludere) = inclusão…

c1) Verbos não terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR quando mudam o radical rece-
bem ç:

agir = ação

excetuar = exceção

proteger = proteção

promover = promoção

c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações:

acomodar = acomodação

consolidar = consolidação

conter = contenção

fundar = fundação

fundir = fundição

remir = remição

reter = retenção

saudar = saudação

torcer = torção

distorcer = distorção

Observe também a origem latina:

manter (manutenere) = manutenção

nadar (natare) = natação

c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s:

eleição

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ORTOGRAFIA OFICIAL

traição

foice

c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço.

· barca = barcaça
· rico = ricaço
· cota = cotação
· aguço = aguçar
· merece = merecer
· carne = carniça
· canil = caniço
· esperar = esperança
· cara = carapuça
· dente = dentuço

c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

açafrão

açoite

açougue

açude

açúcar

açucena

alface

alvoroço

ceifa

celeste

cetim

cifra

Exceção:

arsenal

carmesim

safra

salada

sultão

c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:

araçá

açaí

babaçu

cacique

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ORTOGRAFIA OFICIAL

caiçara

camaçari

cipó

cupuaçu

Iguaçu

Iracema

juçara

maçaranduba

maniçoba

paçoca

piaçava

piraguaçu

Exceção (todas começam com som de s, menos cipó):

sabiá

sagui

saci

samambaia

sariguê

savana

Sergipe

siri

suçuarana

sucuri

sururu

c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

bagunça

caçamba

cachaça

caçula

cangaço

jagunço

lambança

miçanga

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Exceção (todas começam com som de s):

sapeca

samba

senzala

serelepe

songamonga

sova (pancada)

Caso z / s

1) Emprega-se a letra s:

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s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:

análise = analisar, analisado

pesquisa = pesquisar, pesquisado.


Exceção: catequese = catequizar.

s2) Após ditongo quando houver som de z:

Creusa

coisa

maisena

s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER:

(Ele) pôs

(Ele) quis

(Nós) pusemos

(Nós) quisemos

(Se eu) puser

(Se eu) quiser

s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”):

horrorosa

gostoso

Exceção: gozo

s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE:

frase

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ORTOGRAFIA OFICIAL

tese

crase

crise

osmose

Exceções: deslize e gaze.

s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade,
profissão, estado social, títulos honoríficos.

chinês

chinesa

camponês

poetisa

burguês

burguesa

freguesia

Luísa

Heloísa

Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz).

z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos
de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:

escasso / escassez

macio / maciez

rígido / rigidez

sensato / sensatez

surdo / surdez

avaro / avareza

certo / certeza

duro / dureza

nobre / nobreza

pobre / pobreza

rico / riqueza

z2) Grafam-se com “z” as palavras derivadas com os sufixos “zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito,
zona, zorra, zudo”. O “z“, neste caso, é uma consoante de ligação com o infixo.

pazada

cafezal

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ORTOGRAFIA OFICIAL

homenzarrão

açaizeiro

papelzinho

cãozito

mãezona

mãozorra

pezudo

Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o “s”):

asa = asinha

riso = risinho

casa = casinha

Inês= Inesita

Teresa = Teresinha

z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR:

útil = utilizar

terror = aterrorizar

economia = economizar

Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o “s”):

análise = analisar

pesquisa = pesesquisar

improviso = improvisar
Exceção da Exceção: catequese = catequizar.

Caso ex / es

1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao
passarem do latim clássico para o português.

expectorare > expectorar;

expansione > expansão;

expellere > expelir;

experimentu > experimento;

expiratione > expiração;

extrinsecu > extrínseco;


extensione > extensão;

Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao
passar do latim vulgar para o português.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

excusare > escusar;

excavare > escavar;

exprimere > espremer;

extraneo > estranho;

extendere > estender;

O verbo “estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13, originária do latim vulgar, quando
o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no
século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua
origem (extensio). Tal como “extensão”, escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc.

2) Já as palavras que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português:

scapula > escápula;

scrotu > escroto;

spatula > espátula;

spectru > espectro;

speculare > especular;

spiral > espiral;

spontaneu > espontâneo;

spuma > espuma;

statura > estatura;

sterile > estéril

stertore > estertor;

strutura > estrutura;

Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em
português. Ex:

escotoma

esclerótica

esfenoide

esplâncnico

estase

estenose

estroma

Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação) e êx-
tase (do gr. ekstásis – ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve distin-
guir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que se
extraiu de alguma coisa.

Caso sc

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino:

abscesso (abscessus);

acrescer (accrescere);

adolescente (adolescentis);

aquiescer (acquiescere);

ascender (ascendere);

consciência (conscientia);

crescer (crescere);

descer (descendere);

disciplina (disciplina);

fascículo (fasciculus);

fascinar (fascinare);

florescer (florescere);

lascivo (lascivu);

nascer (nascere);

oscilar (oscillare);

obsceno (obscenus);

rescindir (rescindere);

víscera (viscus);

Caso c / qu e Forma Variantes

Existem palavras que podemos escrever com “c” e também com qu:
· catorze / quatorze
· cociente / quociente
· cota / quota
· cotidiano / quotidiano
· cotizar / quotizar

E existem variantes aceitas para outras palavras:

· abdome e abdômen
· açoitar e açoutar
· afeminado e efeminado
· aluguel ou aluguer
· arrebitar e rebitar
· arremedar e remedar
· assoalho e soalho
· assobiar e assoviar

assoprar e soprar

Azalea e Azaleia

bêbado e bêbedo

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ORTOGRAFIA OFICIAL

bilhão e bilião

bílis e bile

bombo e bumbo

bravo e brabo

caatinga e catinga

cãibra e câimbra

carroçaria e carroceria

catucar e cutucar

chipanzé e chimpanzé

coisa e cousa

degelar e desgelar

dependurar e pendurar

derrubar e derribar

desenxavido e desenxabido

diabete e diabetes

embaralhar e baralhar

enfarte e infarto

entretenimento e entretimento

entoação e entonação

enumerar e numerar

espécime e espécimen

espuma e escuma

estalar e estralar

este e leste (pontos cardeais)

flauta e frauta

flecha e frecha

geringonça e gerigonça

homogeneizar e homogenizar

húmus e humo

impingem e impigem

imundícia, imundície e imundice

intrincado e intricado

lide e lida

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ORTOGRAFIA OFICIAL

louro e loiro

macaxeira e macaxera

maltrapilho e maltrapido

malvadeza e malvadez

maquiagem e maquilagem

marimbondo e maribondo

matracar e matraquear

mobiliar e mobilhar

neblina e nebrina

nenê e neném

parênteses e parêntesis

percentagem e porcentagem

pitoresco, pinturesco e pintoresco

plancha e prancha

pólen e polem

quadrênio e quatriênio

quatrilhão e quatrilião

radioatividade e radiatividade

rastro e rasto

relampear e relampejar

remoinho e redemoinho

salobra e salobre

taberna e taverna

tesoura e tesoira

toicinho e toucinho

transpassar, traspassar e trespassar

transvestir e travestir

treinar e trenar

tríade e triada

trilhão e trilião

vasculhar e basculhar

Xérox e Xerox

xeretar e xeretear

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Caso o / u

1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos:

boteco

botequim

cortiço

engolir

goela

mochila

moela

mosquito

mágoa

moleque

nódoa

tossir

toalete

zoar

2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos:

amuleto

entupir

jabuti

mandíbula

supetão

tábua

Caso e / i

1) Os verbos terminados em –UIR e em –OER:

No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (ver-


bo possuir):

tu possuis

ele possui

tu constróis

ele constrói

tu móis

ele mói

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ORTOGRAFIA OFICIAL

tu róis

ele rói

2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR:

No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (ver-
bo entoar):

Que eu entoe

Que tu entoes

Que ele entoe

Que nós entoemos

Que vós entoeis

Que eles entoem

3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear…) fazem um
ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e
3ª do plural,):

Presente do indicativo Pretérito perfeito Futuro Presente do subjunti-


vo
(que…)
Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie
Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies
Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie
Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos
Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis
Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem
4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO: (In-
ter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas
formas rizotônicas:

Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular):

Presente do indicati- Presente do subjunti- Presente do inticativo Presente do subjuntivo


vo vo (que…)
(que…)
Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie
Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies
Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie
Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos
Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis
Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem

O Novo Acordo Ortográfico

Há muitos anos o países de língua portuguesa vinha discutindo uma maneira de simplificar o idioma
nos diferentes países, uma vez que apesar de ser o mesmo idioma o português tem variações em
cada local, por exemplo algumas palavras que no português do Brasil têm significados diferentes no
português de Portugal. A partir dessas discussões alguns países se reuniram com o intuito de criar o
um acordo ortográfico para que algumas palavras fossem grafadas da mesma maneira em todos os
países de língua portuguesa. No ano de 1990 o acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado
por oito países, incluindo o Brasil.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Mas esse acordo só entrou em processo de implantação em 2009, mas não era obrigatório ainda,
uma vez que no período de 2010 a 2012 foi para adaptação de livros didáticos e para a própria popu-
lação se acostumar com a novas regras.

Assim durante esse período, provas de vestibulares, Enem, concursos e outras não cobravam o uso
das novas regras na sua escrita.

O novo acordo ortográfico deveria entrar em vigor já no ano de 2013, mas a fim de acompanhar o
cronograma de implantação de outros países de língua portuguesa, o Brasil estendeu esse prazo
para 2016. Assim desde o dia 1º de janeiro de 2016 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa
passa a ser obrigatório em todo o território nacional e em mais oito países.

nova ortografia: novas regras ortográficas da língua portuguesa

Com as novas regras de ortografia em vigor é preciso ficar atento ao que muda na hora de escrever,
uma vez que será considerado como erros gramaticais em provas, concursos, e o Enem (a principal
forma de entrada em uma universidade atualmente). Confira abaixo o que muda :

Alfabeto

A primeira mudança pode ser estranha a alguns, mas só agora o alfabeto português possui 26 letras,
uma vez que foram incluídas as letras K, W e Y.

Os acentos podem ser as mudanças que mais geram dúvidas: Palavras paroxítonas que tem o acen-
to gráfico nos ditongos EI e OI não têm mais acento. Exemplo:

Estréia – Estreia

Idéia – Ideia

Paranóico – Paranoico

Assembléia – Assembleia

Geléia – Geleia

Jibóia – Jiboia

Apóio – Apoio

Platéia – Plateia

Jóia – Joia

Bóia – Boia

Coréia – Coreia

Outras palavras que perderam seu acento foram: creem, deem, leem, veem e seus derivados: des-
creem, desdeem, releem, reveem e as que tem acento no último o do hiato(Os hiatos são o encontro
de vogais de sílabas diferentes): Voos, enjoo, abençoo.

Acentos Diferenciais

Os acentos diferenciais das palavras também não são usados mais. Exemplo:

Pára (verbo) – Para

Pará-brisa – Para-brisa

Péla (substantivo) – Pela

Péla (verbo) – Pela

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Pela (per+la)

Pêra – Pera

Pélo (verbo) – Pelo

Pêlo (substantivo) – Pelo

Pelo (per+lo)

Pólo (substantivo) – Polo

Polo (por+lo)

Trema

O trema foi totalmente eliminado da língua portuguesa, seu uso não era obrigatório e agora não exis-
te mais, com exceção às palavras estrangeiras e em nomes próprios. O trema era utilizado da seguin-
te forma:

Antes: cinqüenta, freqüente

Depois: cinquenta, frequente

Hífen:

O hífen é usado em palavras que a segunda palavra começa com a mesma vogal que a primeira
palavra. Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório, arqui-inimigo, semi-integral, micro-organismo.

Usa o hífen quando a segunda palavra começar com H: tele-homenagem, proto-história, sobre-
humano, extra-humano, pré-história, anti-higiênico, semi-hospitalar.

O hífen quando o primeiro elemento acabar com vogal e o segundo começar com vogal diferente
deixa de existir: socioeconômico, semiárido, autoestima, infraestrutura, ultrainterino.

Não se usa quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo elemento começar com R ou
S. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada: antissemita, contrarregra,
antirreligioso, cosseno, extrarregular, minissaia, biorritmo, microssistema, ultrassom, antissocial.

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CLASSES DE PALAVRAS

Classes De Palavras

Bom, a língua portuguesa é um rico objeto de estudo – você certamente já percebeu isso. Por apre-
sentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em diferentes áreas, o que facilita sua
análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da classifi-
cação das palavras. Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, desconsiderando-se a
função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfo-
lógicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de palavras
ou classes gramaticais. São elas:

Substantivo: palavra que dá nome aos seres em geral, podendo nomear também ações, conceitos
físicos, afetivos e socioculturais, entre outros que não podem ser considerados “seres” no sentido literal
da palavra;

Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou
geral (indefinido);

Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados dos seres;

Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a
posição que um ser ocupa em determinada sequência;

Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de sig-
nificação;

Verbo: palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e localiza-o no
tempo;

Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo, de
lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal;

Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas
relações de sentido e dependência;

Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma ora-
ção;

Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime sentimen-
tos, emoções e reações psicológicas.

A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja vista que a
língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as necessidades dos falantes.
Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, prova disso é que na língua portuguesa
todos os vocábulos estão incluídos dentro de uma das dez classes de palavras. Conhecer a gramática
que rege nosso idioma é fundamental para aprimorarmos a comunicação. Foi por essa razão que o
Brasil Escola preparou uma seção voltada ao estudo das classes gramaticais. Nela você encontrará
diversos artigos que explicarão a morfologia da língua de maneira simples e direta por meio de textos
e variados exemplos.

A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão
ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa
estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A
parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = es-
tudo), ou seja, o estudo da forma.

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CLASSES DE PALAVRAS

Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empre-
gadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gra-
maticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como tam-
bém sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,
antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos
substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a
pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como pa-
lavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e cataloga-
das em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo, artigo, adje-
tivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

Substantivo

Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros.
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo,
normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos
(sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).

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CLASSES DE PALAVRAS

Substantivos simples

• Casa;

• Amor;

• Roupa;

• Livro;

• Felicidade.

Substantivos compostos

• Passatempo;

• Arco-íris;

• Beija-flor;

• Segunda-feira;

• Malmequer.

Substantivos primitivos

• Folha;

• Chuva;

• Algodão;

• Pedra;

• Quilo.

Substantivos derivados

• Território;

• Chuvada;

• Jardinagem;

• Açucareiro;

• Livraria.

Substantivos próprios

• Flávia;

• Brasil;

• Carnaval;

• Nilo;

• Serra da Mantiqueira.

Substantivos comuns

• Mãe;

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CLASSES DE PALAVRAS

• Computador;

• Papagaio;

• Uva;

• Planeta.

Substantivos coletivos

• Rebanho;

• Cardume;

• Pomar;

• Arquipélago;

• Constelação.

Substantivos concretos

• Mesa;

• Cachorro;

• Samambaia;

• Chuva;

• Felipe.

Substantivos abstratos

• Beleza;

• Pobreza;

• Crescimento;

• Amor;

• Calor.

Substantivos comuns de dois gêneros

• O estudante / a estudante;

• O jovem / a jovem;

• O artista / a artista.

Substantivos sobrecomuns

• A vítima;

• a pessoa;

• a criança;

• o gênio;

• o indivíduo.

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CLASSES DE PALAVRAS

Substantivos Epicenos

• a formiga;

• o crocodilo;

• a mosca;

• a baleia;

• o besouro.

Substantivos De Dois Números

• o lápis / os lápis;

• o tórax / os tórax;

• a práxis / as práxis.

Artigo

Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos
mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam
também o gênero e o número dos substantivos que determinam.

Artigos Definidos

• o;

• a;

• os;

• as.

Artigos Indefinidos

• um;

• uma;

• uns;

• umas.

Adjetivo

Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica,
aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural)
e grau (normal, comparativo, superlativo).

Adjetivos Simples

• vermelha;

• lindo;

• zangada;

• branco.

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CLASSES DE PALAVRAS

Adjetivos Compostos

• verde-escuro;

• amarelo-canário;

• franco-brasileiro;

• mal-educado.

Adjetivo primitivo

• feliz;

• bom;

• azul;

• triste;

• grande.

Adjetivo Derivado

• magrelo;

• avermelhado;

• apaixonado.

Adjetivos Biformes

• bonito;

• alta;

• rápido;

• amarelas;

• simpática.

Adjetivos Uniformes

• competente;

• fácil;

• verdes;

• veloz;

• comum.

Adjetivos Pátrios

• paulista;

• cearense;

• brasileiro;

• italiano;

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CLASSES DE PALAVRAS

• romeno.

Pronome

Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que
acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características
aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).

Pronomes Pessoais Retos

• eu;

• tu;

• ele;

• nós;

• vós;

• eles.

Pronomes Pessoais Oblíquos

• me;

• mim;

• comigo;

• o;

• a;

• se;

• conosco;

• vos.

Pronomes Pessoais De Tratamento

• você;

• senhor;

• Vossa Excelência;

• Vossa Eminência.

Pronomes Possessivos

• meu;

• tua;

• seus;

• nossas;

• vosso;

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CLASSES DE PALAVRAS

• sua.

Pronomes Demonstrativos

• este;

• essa;

• aquilo;

• o;

• a;

• tal.

Pronomes Interrogativos

• que;

• quem;

• qual;

• quanto.

Pronomes Relativos

• que;

• quem;

• onde;

• a qual;

• cujo;

• quantas.

Pronomes Indefinidos

• algum;

• nenhuma;

• todos;

• muitas;

• nada;

• algo.

Numeral

Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de
elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural), outros são invariáveis.

Numerais Cardinais

• um;

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CLASSES DE PALAVRAS

• sete;

• vinte e oito;

• cento e noventa;

• mil.

Numerais Ordinais

• primeiro;

• vigésimo segundo;

• nonagésimo;

• milésimo.

Numerais Multiplicativo

• duplo;

• triplo;

• quádruplo;

• quíntuplo.

Numerais Fracionários

• um meio;

• um terço;

• três décimos.

Numerais Coletivos

• dúzia;

• cento;

• dezena;

• quinzena.

Verbo

Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência,
um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou
3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro),
aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

Verbos Regulares

• cantar;

• amar;

• vender;

• prender;

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CLASSES DE PALAVRAS

• partir;

• abrir.

Verbos Irregulares

• medir;

• fazer;

• ouvir;

• haver;

• poder;

• crer.

Verbos Anômalos

• ser;

• ir.

Verbos Principais

• comer;

• dançar;

• saltar;

• escorregar;

• sorrir;

• rir.

Verbos Auxiliares

• ser;

• estar;

• ter;

• haver;

• ir.

Verbos de Ligação

• ser;

• estar;

• parecer;

• ficar;

• tornar-se;

• continuar;

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CLASSES DE PALAVRAS

• andar;

• permanecer.

Verbos Defectivos

• falir;

• banir;

• reaver;

• colorir;

• demolir;

• adequar.

Verbos Impessoais

• haver;

• fazer;

• chover;

• nevar;

• ventar;

• anoitecer;

• escurecer.

Verbos Unipessoais

• latir;

• miar;

• cacarejar;

• mugir;

• convir;

• custar;

• acontecer.

Verbos Abundantes

• aceitado / aceito;

• ganhado / ganho;

• pagado / pago.

Verbos Pronominais Essenciais

• arrepender-se;

• suicidar-se;

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CLASSES DE PALAVRAS

• zangar-se;

• queixar-se;

• abster-se;

• dignar-se.

Verbos Pronominais Acidentais

• pentear / pentear-se;

• sentar / sentar-se;

• enganar / enganar-se

• debater / debater-se.

Advérbio

Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circuns-
tância (tempo, lugar, modo, intensidade, …). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e nú-
mero. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau.

Advérbio de lugar

• aqui;

• ali;

• atrás;

• longe;

• perto;

• embaixo.

Advérbio de Tempo

• hoje;

• amanhã;

• nunca;

• cedo;

• tarde;

• antes.

Advérbio De Modo

• bem;

• mal;

• rapidamente;

• devagar;

• calmamente;

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CLASSES DE PALAVRAS

• pior.

Advérbio De Afirmação

• sim;

• certamente;

• certo;

• decididamente.

Advérbio De Negação

• não;

• nunca;

• jamais;

• nem;

• tampouco.

Advérbio De Dúvida

• talvez;

• quiçá;

• possivelmente;

• provavelmente;

• porventura.

Advérbio de Intensidade

• muito;

• pouco;

• tão;

• bastante;

• menos;

• quanto.

Advérbio de Exclusão

• salvo;

• senão;

• somente;

• só;

• unicamente;

• apenas.

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CLASSES DE PALAVRAS

Advérbio de Inclusão

• inclusivamente;

• também;

• mesmo;

• ainda.

Advérbio de Ordem

• primeiramente;

• ultimamente;

• depois.

Preposição

Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração.
Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo
(termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.

Preposições Simples Essenciais

• a;

• após;

• até;

• com;

• de;

• em;

• entre;

• para;

• sobre.

Preposições Simples Acidentais

• como;

• conforme;

• consoante;

• durante;

• exceto;

• fora;

• mediante;

• salvo;

• segundo;

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CLASSES DE PALAVRAS

• senão.

Preposições Compostas ou Locuções Prepositivas

• acima de;

• a fim de;

• apesar de;

• através de;

• de acordo com;

• depois de;

• em vez de;

• graças a;

• perto de;

• por causa de.

Conjunção

Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de
uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não
sendo flexionadas em gênero e número.

Conjunções Coordenativas Aditivas

• e;

• nem;

• também;

• bem como;

• não só...mas também.

Conjunções Coordenativas Adversativas

• mas;

• porém;

• contudo;

• todavia;

• entretanto;

• no entanto;

• não obstante.

Conjunções Coordenativas Alternativas

• ou;

• ou...ou;

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CLASSES DE PALAVRAS

• já…já;

• ora...ora;

• quer...quer;

• seja...seja.

Conjunções Coordenativas Conclusivas

• logo;

• pois;

• portanto;

• assim;

• por isso;

• por consequência;

• por conseguinte.

Conjunções Coordenativas Explicativas

• que;

• porque;

• porquanto;

• pois;

• isto é.

Conjunções Subordinativas Integrantes

• que;

• se.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Causais

• porque;

• que;

• porquanto;

• visto que;

• uma vez que;

• já que;

• pois que;

• como.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Concessivas

• embora;

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CLASSES DE PALAVRAS

• conquanto;

• ainda que;

• mesmo que;

• se bem que;

• posto que.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Condicionais

• se;

• caso;

• desde;

• salvo se;

• desde que;

• exceto se;

• contando que.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Conformativas

• conforme;

• como;

• consoante;

• segundo.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Finais

• a fim de que;

• para que;

• que.

Conjunções Subordinativas Adverbiais Proporcionais

• à proporção que;

• à medida que;

• ao passo que;

• quanto mais… mais,…

Conjunções Subordinativas Adverbiais Temporais

• quando;

• enquanto;

• agora que;

• logo que;

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CLASSES DE PALAVRAS

• desde que;

• assim que;

• tanto que;

• apenas.

Conjunções subordinativas adverbiais comparativas

• como;

• assim como;

• tal;

• qual;

• tanto como.

Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas

• que;

• tanto que;

• tão que;

• tal que;

• tamanho que;

• de forma que;

• de modo que;

• de sorte que;

• de tal forma que.

Interjeição

Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e
seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.

Interjeições de alegria

• Oh!;

• Ah!;

• Oba!;

• Viva!;

• Opa!.

Interjeições de Estímulo

• Vamos!;

• Força!;

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CLASSES DE PALAVRAS

• Coragem!;

• Ânimo!;

• Adiante!.

Interjeições de Aprovação

• Apoiado!;

• Boa!;

• Bravo!.

Interjeições de desejo

• Oh!;

• Tomara!;

• Oxalá!.

Interjeições De Dor

• Ai!;

• Ui!;

• Ah!;

• Oh!.

Interjeições de Surpresa

• Nossa!;

• Cruz!;

• Caramba!;

• Opa!;

• Virgem!;

• Vixe!.

Interjeições de Impaciência

• Diabo!;

• Puxa!;

• Pô!;

• Raios!;

• Ora!.

Interjeições de Silêncio

• Psiu!;

• Silêncio!.

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CLASSES DE PALAVRAS

Interjeições de Alívio

• Uf!;

• Ufa!;

• Ah!.

Interjeições de Medo

• Credo!;

• Cruzes!;

• Uh!;

• Ui!.

Interjeições de Advertência

• Cuidado!;

• Atenção!;

• Olha!;

• Alerta!;

• Sentido!.

Interjeições de Concordância

• Claro!;

• Tá!;

• Hã-hã!.

Interjeições de Desaprovação

• Credo!;

• Francamente!;

• Xi!;

• Chega!;

• Basta!;

• Ora!.

Interjeições de Incredulidade

• Hum!;

• Epa!;

• Ora!;

• Qual!.

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CLASSES DE PALAVRAS

Interjeições de Socorro

• Socorro!;

• Aqui!;

• Piedade!;

• Ajuda!.

Interjeições de Cumprimentos

• Olá!;

• Alô!;

• Ei!;

• Tchau!;

• Adeus!.

Interjeições de Afastamento

• Rua!;

• Xô!;

• Fora!;

• Passa!.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Elementos Morfossintaticos Do Texto

Subespeficação de Traços-f e Movimento-A em Português Brasileiro

O português brasileiro tem sido analisado como uma língua bastante interessante para o debate
sobre como analisar a Teoria de Controle dentro do Programa Minimalista na medida em que
apresenta controle obrigatório em orações finitas (e.g. Ferreira 2000, 2009, Rodrigues 2002, 2004,
Nunes 2008, 2009, 2010), favorecendo uma abordagem em termos de movimento para posições
temáticas (e.g. Hornstein 1999, 2001, Boeckx, Hornstein e Nunes 2010). Parte da evidência para
essa análise envolve construções com hiperalçamento a partir de orações finitas e infinitivos
flexionados (e.g. Ferreira 2000, Nunes 2010). Neste trabalho discuto a interação entre a
especificação de traços-f de Infl e dos pronomes nominativos em português brasileiro, argumentando
que hiperalçamento produz ou não resultados gramaticais (com variação dialetal) a depender de o
conjunto de traços-f associado aos elementos em concordância ser ou não subespecificado.

Mais especificamente, argumento que o enfraquecimento geral da concordância verbal e nominal no


português brasileiro e a expansão dos contextos de singulares nus no sistema fizeram com que os
pronomes passassem a ser maciçamente subespecificados em relação aos seus traços-f: (i) em
relação ao traço de número, sua valoração como singular só é requerida para um dos pronomes (eu);
e (ii) em relação ao traço de pessoa, seu único valor possível é o de primeira pessoa e essa
especificação só é necessariamente requerida (em alguns dialetos) por um pronome (nós), já que o
valor de pessoa para eu pode ser determinado por uma regra de redundância lexical. Assumindo que
Infl em português brasileiro pode estar associado a um conjunto completo ou incompleto de traços-f
(Ferreira 2000, Nunes 2008, Petersen 2011), hiperalçamento somente será possível quando o sujeito
movido puder entrar numa relação de concordância com um Infl com um conjunto incompleto de
traços-f. O trabalho também mostrará que as restrições encontradas em hiperalçamento de sujeito
não se aplicam a hiperalçamento de tópico (Martins e Nunes 2005, 2010), por que DP movido não
entra numa relação de concordância com o Infl encaixado.

Relativas cortadoras: Mudança ou Variação?

Nesta comunicação, ocupar-me-ei das relativas cortadoras, discutindo se elas são um produto de
mudança – uma inovação do português brasileiro da segunda metade do século XIX, como defendeu
Tarallo (1985: 362) – ou, pelo contrário, um caso de variação, indexada à língua oral.

Com base em textos do português antigo e do português clássico, em dados do Português


Fundamental e em dados mais recentes, do estudo de Arim et al (2005), defenderei que as relativas
cortadoras são persistentes ao longo da história da língua portuguesa e são tipicamente uma
estratégia do modo oral para evitar o pied piping. Dados de outras línguas românicas corroboram esta
perspectiva.

Os dados históricos e interlinguísticos acima mencionados, bem como a “especialização” da


estratégia cortadora na língua oral, serão tentativamente captados no quadro da Teoria da Gramática
esboçada pelo Programa Minimalista.

Microvariação sintática: relevância para os estudos de aquisição

A comparação entre as propriedades sintáticas e morfológicas do português europeu e do português


brasileiro tem permitido descobrir alguns fatores de microvariação e identificar os átomos de variação
paramétrica que diferenciam estas duas variedades do português. O estudo sistemático das
propriedades da flexão e do sistema pronominal têm permitido mostrar que as propriedades
interpretativas e morfológicas dos pronomes nulos e lexicais são distintas nas duas línguas, ainda
que por vezes sejam superficialmente idênticos (ver, por exemplo, Modesto 2008, Rodrigues 2004,
entre outros).

A literatura em aquisição da linguagem mostra que o valor dos parâmetros é fixado muito cedo
(Wexler 1998). Ainda assim, há aspetos do desenvolvimento sintático que são adquiridos mais
tardiamente, em particular os que dependem de uma estabilização das interfaces da componente
sintática com outras componentes sempre que escolhas entre outputs convergentes estão envolvidas
(cf. Reinhart 1999, Grolla 2006, Costa e Szendroi 2006, Costa 2010).

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Nesta comunicação, apresento alguns resultados da investigação sobre a aquisição de dependências


referenciais em português europeu, mostrando como as condições sobre interfaces e a fixação
precoce de valores paramétricos predizem os comportamentos das crianças testadas e discuto
caminhos para um estudo comparado entre a aquisição do português europeu e do português
brasileiro, explicitando predições para a microvariação na aquisição e, se possível, apresentando
alguns resultado de testes piloto de investigação comparada.

Sobre construções com “se” e posição de sujeito no português brasileiro do século XIX

No português brasileiro, alguns verbos transitivos admitem que argumentos externos com
interpretação locativa sejam introduzidos por uma preposição de valor igualmente locativo, que pode
ou não ser antecedida de um advérbio pronominal: Aquela loja vende todos os tipos de livro / (Lá)
naquela loja vende todos os tipos de livro.

Para Avelar & Cyrino (2009), pelo menos dois fatores devem ter atuado para determinar a
emergência dessa variação: (a) a supressão do pronome indeterminador/apassivador “se” e (b) o
surgimento do que se convencionou chamar na literatura gerativista de “concordância defectiva”, em
que o verbo pode concordar com uma categoria cujos traços de número e/ou pessoa não estão
disponíveis.

Seguindo a vertente diacrônica da Teoria de Princípios e Parâmetros (Roberts 2007), à luz de


pressupostos do Programa Minimalista (Chomsky 1995), este trabalho analisa dados extraídos de
jornais paulistas no século XIX, com o objetivo de verificar se a entrada de constituintes locativos
preposicionados em posição argumental pode ser associada à queda do se e à emergência de
concordância defectiva, tal como previsto pela hipótese de Avelar & Cyrino.

O estudo analisou construções com se em que o argumento do verbo apresenta marcas de plural,
obtendo os seguintes resultados: (a) no decorrer do século XIX, há uma diminuição progressiva na
concordância de VERBO+SE com seu argumento; (b) na primeira metade do século, não há uma
posição fixa para a ocorrência de constituintes preposicionados no interior de sentenças com
VERBO+SE, enquanto na segunda metade os constituintes preposicionados locativos tendem a
ocorrer adjacentes (em anteposição ou posposição) ao verbo; (c) da primeira para a segunda metade
do século, diminui a frequência de constituintes locativos dentro de construções com VERBO+SE, o
que nos sugere que, assim como os argumentos externos (pro)nominais de terceira pessoa, os
constituintes locativos preposicionados passaram a migrar para a posição de tópico, onde ficam
sujeitos a sofrer apagamento se, no contexto de sua realização, tiver proeminência discursiva; (d) a
partir da segunda metade do século XIX, o constituinte locativo tende a ser anteposto ao verbo nos
casos em que o argumento de VERBO+SE não se encontra nessa posição. Esses fatos indiciam que
é possível associar propriedades das construções com VERBO+SE tanto à emergência de
concordância defectiva quanto a alterações significativas na sintaxe de locativos preposicionados.

Compreensão, interpretação de textos, com domínio das relações morfossintáticas,


semânticas e discursivas

A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Essa origem aponta a
ideia de que texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se
obter um todo inter-relacionado, um todo coeso e coerente. Os concursos, de uma forma geral,
apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo.
Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-
se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências
a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura
ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e
significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo
lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido
verdadeiro, real.

Já a conotação é um sentido que só advém à palavra numa dada situação figurada, fantasiosa e que,
para sua compreensão, depende do contexto.

Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre
significante e significado
.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no
signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas
palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está
atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de
expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto

O homem usa a língua porque vive em comunidades, nas quais tem necessidade de se comunicar,
de estabelecer relações dos mais variados tipos, de obter deles reações ou comportamentos,
interagindo socialmente por meio do seu discurso. Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de
leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente
dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual,
favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às
interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura,
outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão
global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se
podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do
autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são
fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem
diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode
estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca
examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a
base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de
tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para
instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global
proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

Recursos Morfossintáticos, Lexicais, Semânticos

1. RECURSOS MORFOSSINTÁTICOS, LEXICAIS, SEMÂNTICOS E FONOLÓGICOS NA


PRODUÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL Professora: Márcia Oliveira

2. Na Língua Portuguesa, as palavras podem ser analisadas isoladamente ou dentro da oração. A


análise que considera somente a palavra é chamada de análise morfológica, e a que analisa a
palavra relacionada a outras dentro da oração é a análise sintática. Na análise morfológica, as
classes gramaticais (substantivo, verbo, advérbio, pronome, numeral, preposição, conjunção,
interjeição, artigo e adjetivo) são colocadas em evidência. Portanto, cada palavra será analisada

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

como se fosse única. Nesse momento, não há interesse na função que a palavra exerce dentro da
oração.

3. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: substantivo Quebrou: verbo A: artigo Carteira:
substantivo

4. Na análise sintática, a palavra não é estudada de forma isolada, pois ela mantém relação com
outras palavras. Por isso, sintaticamente, as palavras passam a exercer uma função na oração.
Vamos analisar as mesmas palavras do exemplo, só que agora buscaremos a função, ou seja, o
papel desempenhado por cada uma dentro da oração.

5. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: sujeito simples quebrou a cadeira: predicado
verbal A Carteira: objeto direto A: adjunto adnominal Cadeira: núcleo do objeto

6. OUTROS EXEMPLOS: As flores são um belo presente. (SUJEITO SIMPLES) Toda mulher aprecia
ganhar flores. (OBJETO DIRETO) Gostamos muito do perfume das flores.(COMPL. NOMINAL)
Patrícia gosta muito de flores. (OBJETO INDIRETO) Nem tudo são flores. (PREDICATIVO DO
SUJEITO) Flores, por que sois tão belas? (VOCATIVO)

7. COMPREENDENDO A MORFOSSINTAXE Ao nos depararmos com a nomenclaturas (Morfologia e


Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões conferidas pela gramática, e mais: que uma
corresponde às classes gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por uma
mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico. A morfossintaxe é responsável pela
coesão relacionada à gramática e à ordem gramatica escolhida pelo autor, isto é, pela lógica do texto.
A estrutura gramatical escolhida facilitará o entendimento do leitor.

8. Na prática Exemplo 1: Namorei José até 2014. (Pretérito Perfeito = ação acabada) Namorava José
até 2014. (Pretérito Imperfeito = dá um certo ar de saudosismo) É aí que percebemos a diferença de
sentido, a intenção do autor diante do leitor. Exemplo 2: Eu nasci em Recife. (enfatiza o sujeito: EU)
Em Recife, eu nasci. (enfatiza o lugar = RECIFE) A escolha da ordem das palavras faz a diferença
para a estrutura e coerência do texto.

9. AS FIGURAS DE SINTAXE OU CONSTRUÇÃO caracterizam-se por apresentar determinadas


mudanças na estrutura comum das orações. 1. HIPÉRBATO ou INVERSÃO: é a inversão da ordem
direta dos termos em uma oração. exs: Das minhas coisas cuido eu. Professor já não sou. 2.
ASSÍNDETO: ausência de conectivos, coordenação de termos. ex: Foi apanhar gravetos, arrancou as
touceiras, arrumou tudo para a fogueira. 3. ZEUGMA: é a supressão de palavras expressas
anteriormente e que se encontram subentendidas. ex: As minhocas arejam a terra; os poetas, a
linguagem. (houve a supressão do verbo)

10. 4. ANÁFORA: repetição enfática de uma ou mais palavras. ex: Nem um minuto se passa, Nem um
inseto esvoaça, Nem uma brisa perpassa Sem uma lembrança aqui; (...) 5. ANACOLUTO: reprodução
escrita da língua falada, caracterização de estados de confusão mental. ex: Deixe-me ver... É
necessário começar por... Não, não... 6. SILEPSE: concordância feita com a ideia ou sentido que se
quer transmitir, e não com os termos presentes na oração. ex: São Paulo é violento. Os brasileiros
gostamos de futebol. 7. PLEONASMO: é a redundância de termos diferentes, porém com o mesmo
sentido, para realçar uma ideia ou deixá-la mais clara. ex: A mim este Sol, estes prados, estas flores
contenta-me.

11. 8. POLISSÍNDETO: repetição de conectivos. ex: O amor que a exalta e a pede e a chama e a
implora. (Machado de Assis). PLEONASMO VICIOSO OU TAUTOLOGIA: é um vício de linguagem
que deve ser evitado. Exs: O elevador subiu para cima com excesso de pessoas. Os alunos entraram
para dentro da sala. A vítima sofreu uma hemorragia de sangue. 9. ELIPSE: consiste na omissão de
uma ou mais palavras, sem prejudicar o sentido da frase. ex: Via o futuro em mágicos espelhos (...)
Sonhava adormecer nos teus joelhos. (...) quem via? ELE quem sonhava? ELE

12. COMPREENDENDO O LÉXICO COMO MECANISMO DE COESÃO TEXTUAL Léxico é o


conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um léxico da língua
portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em nossa língua. Quando
essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são chamadas de vocabulário. O
conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constituem o seu vocabulário. Nenhum
falante consegue dominar o léxico da língua que fala, já que o mesmo é modificado constantemente

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

através de palavras novas e palavras que não são mais utilizadas. Além de possuir uma quantidade
muito grande de palavras, o que impossibilita alguém de arquivar todas em sua memória.

13. São exemplos de campos lexicais: - o da medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização,


medicação, etc. - o da escola: livros, disciplinas, biblioteca, material escolar, etc. - o da informática:
software, hardware, programas, sites, internet, etc. - o do teatro: expressão, palco, figurino,
maquiagem, atuação, etc. - campo lexical dos sentimentos: amor, tristeza, ódio, carinho, saudade,
etc. - campo lexical das relações interpessoais: amigos, parentes, família, colegas de trabalho, etc.

14. COMPREENDENDO A SEMÂNTICA COMO MECANISMO DE COESÃO TEXTUAL Semântica é


o estudo do significado, no caso das palavras, a semântica estuda a significação das mesmas
individualmente, aplicadas a um contexto e com influência de outras palavras. O campo semântico,
por sua vez, é o conjunto de possibilidades que uma mesma palavra ou conceito tem de ser
empregada(o) em diversos contextos. O conceito de campo semântico está ligado ao conceito de
polissemia. Uma mesma palavra pode tomar vários significados diferentes em um mesmo texto,
dependendo de como ela for empregada e de que palavras a acompanham para tornar claro o
significado que ela assume naquela situação.

15. Por exemplo: - conhecer: ver, aprofundar-se, saber que existe, etc. - bacia: utensílio de cozinha,
parte do esqueleto humano. - brincadeira: divertimento, distração, passatempo, gozação, piada, etc. -
estado: situação, particípio de estar, divisão de um país, etc.

16. RECURSOS SEMÂNTICOS NAS FIGURAS DE LINGUAGEM 1. METÁFORA: é uma comparação


implícita. ex: Senti a seda do seu rosto em meus dedos. 2. METONÍMIA ou PERÍFRASE: ocorre
quando usamos uma palavra para designar alguma coisa com a qual mantém uma relação de
proximidade ou posse. ex: Meus olhos estão tristes porque você partiu. Adoro ouvir Djavan. 3.
ANTÍTESE: enfatiza a diferença/oposição entre palavras ou ideias. ex: Não existiria som senão
houvesse o silêncio Não haveria luz senão fosse a escuridão.

17. 4. PROSOPOPEIA: atribuir características humanas a seres inanimados. ex: Voar agora nas asas
do vento. As ondas lambem minhas pernas. 5. ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome por
uma expressão que identifica a coisa ou a pessoa, salientando suas qualidades ou um fato notável
pelo qual ela é conhecida. ex: A rainha dos baixinhos assinou contrato com a Record. (Xuxa) 6.
EUFEMISMO: suavizar, atenuar intencionalmente uma expressão em certas situações. ex: Ela dormiu
no Senhor.

18. 7. HIPÉRBOLE: exagero intencional. ex: Faria isso mil vezes se fosse preciso. 8. IRONIA: uso da
palavra para ser compreendida em sentido oposto do que se quer transmitir. É um poderoso
instrumento de sarcasmo. ex: Muito competente aquele candidato! Construiu viadutos que ligam
nenhum lugar a lugar nenhum. 9. GRADAÇÃO: encadeamento de palavras cujos significados têm
efeito cumulativo. ex: [...] Herdeiro já era muito; mas universal... [...] Herdeiro de tudo [...] E quanto
seria tudo? Ia ele pensando. Casas, apólices, ações, escravos, roupa, louça, alguns quadros [...]

19. 10.CATACRESE: espécie de metáfora em que se usa uma palavra no sentido figurado por habito
ou esquecimento ex: As pernas da cadeira. Os dentes de alho. 11. SINESTESIA: é a transmissão de
misturas de sensações que produzem fortes sugestões. ex: Um doce abraço indicava que o pai o
perdoara. 12. APÓSTROFE: invocação ou chamamento de alguém. Corresponde estilisticamente ao
VOCATIVO. ex: Deus! O Deus! Onde estás? 13. PARADOXO: a aproximação de termos ou ideias
contraditórias associados a uma só ideia. ex: O amor é fogo que arde sem se ver é ferida que dói e
não se sente é um contentamento descontente.

20. COMPREENDENDO OS RECURSOS FONOLÓGICOS 1. ALITERAÇÃO: repetição de uma


mesma consoante numa sequência linguística. ex: Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos
violões, vozes veladas (Cruz e Sousa) 2. ASSONÂNCIA: repetição de uma mesma vogal. ex: É
bamboleando em ronda dançam bandos tontos e bambos de pirilampos (Guilherme de Almeida) 3.
ONOMATOPEIA: reprodução de sons e ruídos do mundo natural através da escrita. ex: Blem... blem..
dlin... dlin... plaft urgh miau au au. 4. PARONOMÁSIA: aproximação de palavras de sons parecidos,
porém com significados diferentes. ex: Quem vê o fruto Não vê o furto. (Mario Quintana)

O Estudo Morfossintático Das Palavras

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que
norteiam a prática da educação formal.

No que se restringe às disciplinas da grade curricular, mais especificamente à Língua Portuguesa,


apreendemos os conteúdos direcionados a cada série de uma forma específica. Como por exemplo,
no 6º ano estudamos todas as classes gramaticais, e nos anos seguintes, a ênfase é para a sintaxe e
toda a sua complexidade de temas.

Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos
contato durante as séries anteriores.

E é justamente nesse período que nos deparamos com a chamada Morfossintaxe.Ela nada mais é,
que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de acordo com sua classe gramatical, e
a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada pelas palavras em meio ao contexto
linguístico.

Diante disso, torna-se essencial nos inteirarmos completamente sobre o assunto, pois o mesmo é
muito requisitado em provas de vestibulares e concursos de uma forma geral.

Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra
analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo
com a sintaxe.

Com o objetivo de assimilarmos nossos conhecimentos de uma forma mais contundente,


analisaremos as seguintes orações:

O conhecimento é essencial a todos.

Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de
um substantivo abstrato.

Sintaticamente, o mesmo poderá exercer papéis divergentes. Observe:

Nessa oração ele é sujeito simples, por tratar-se de apenas um núcleo.

Já em:

Devemos priorizar o conhecimento, a palavra “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o
verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.

Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo
exerce a função de objeto direto como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de regra,
exige a presença de uma preposição.

Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. A palavra ”conhecimento” completa o
sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento nominal.

Morfossintaxe é a apreciação conjunta da classificação morfológica e da função


sintática das palavras nas orações. Trata de classe das palavras, emprego de pronomes, relação
entre as palavras, concordância verbal e nominal, oração e período, termos da oração, classificação
de orações, vozes do verbo e colocação de pronome.

A morfologia refere-se à classe gramatical de uma palavra (nome, adjetivo, artigo, pronome,
quantificador, advérbio, preposição, conjunção, interjeição). A sintaxe refere-se à função
sintática dessas palavras, isto é, a função que exercem na oração. Morfossintaxe é o estudo da
relação entre a classe gramatical de uma palavra e sua função sintáticana oração.

Quando analisamos uma oração, considerando a relação entre a classe gramatical de uma palavra e
sua função sintática, estamos fazendo uma análise morfossintática. A MORFOSSINTAXE, portanto,
nada mais é do que a junção de uma análise morfológica com uma análise sintática.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Como fazer análise morfossintática

1. Como fazer análise morfossintática?

2. Dica: Seguindo 5 passos...

Antes de tudo:

A primeira coisa a saber sobre a análise morfossintática é que temos o que chamamos de termos
essenciais e termos acessórios da oração;  Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado. Você
os identifica facilmente a partir do verbo, já que é ele quem separa os dois grandes pedaços da
oração;  Normalmente, o sujeito vem antes e o verbo depois, ou seja, vem primeiro o sujeito e
depois o predicado. Dizemos que essas frases (orações) estão em sentido direto. Mas pode
acontecer de esses termos estarem invertidos, logo, essas frases estarão em sentido inverso; 
Tudo/todas as outras partes da frase que forem analisadas com mais detalhes são chamados de
termos acessórios, e pode acontecer de mais de uma palavra formar toda uma parte. Nesse caso,
sempre haverá um núcleo. Entre o que chamamos de termos acessórios, podemos citar: adjunto
adnominal, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, objeto direto entre outros.

Agora vamos aos cinco passos para se fazer análise morfossintática:

Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração): Os
jovens estão mais conectados à internet hoje.

Peraê!

Antes você precisa relembrar algumas coisas...

Primeiro:

Temos as seguintes classes de palavras: substantivo adjetivo numeral pronome verbo artigo advérbio
conjunção preposição interjeição nomes conectivos variáveis Invariá- veis

Segundo:

Algumas classes de palavras (como as preposições e os artigos) podem se contrair ou se combinar.


Veja alguns exemplos abaixo:  Contração: por + a = pelas de + a = da de + o = do de + um = dum de
+ ele = dele de + esta = desta de + isso = disso de + aqui = daqui de + aí = daí de + outro = doutro de
+ um = dum com + vós = convosco de + aquele = daquele etc.  Combinação: a + o = ao a + a = à a
+ aquele = àquele

Agora sim, vamos voltar à frase exemplo:

Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração): Os
jovens estão mais conectados à internet hoje.

Segundo passo:  Identifique o verbo da oração, a ação (ou estado, ou fenômeno) que ele expressa
pode remeter a um agente, isto é, ao sujeito (nem sempre sujeito será o mesmo que pessoa) da
oração: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.

Se você voltar ao primeiro passo, vai perceber algumas regularidades (coisas que se repetem)
importantes. Por exemplo: a) Geralmente os substantivos são antecedidos (isto é, vêm depois) de um
artigo, não importa em como esteja sua flexão (em gênero ou número). Por esse motivo, os artigos
são conhecidos como adjuntos adnominais, isto é, estão juntos ao nome; b) Após os substantivos
geralmente aparecem os adjetivos. Em outros casos, entre eles haverá apenas um verbo ligando-os,
expressando estado ou qualidade (verbos como ser, estar, parecer, permanecer, andar, ficar podem
ser alguns desses verbos ligando o substantivo ao adjetivo). Quando isso acontecer, esses verbos
serão chamados verbos de ligação, e os adjetivos serão chamados de predicativo do sujeito, o que
significa, em outras palavras, qualidade ou estado do sujeito da frase. c) Algumas expressões podem
aparecer após o verbo para dar ênfase a algo na frase, como de intensidade/quantidade (mais,
menos, muito, pouco), modo (calmamente, furiosamente) lugar (aqui, lá) ou tempo (hoje, ontem,
agora, amanhã). Se você QUISER colocar essas palavras em qualquer outra parte da frase,

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

perceberá que elas não alteram seu sentido, mas estão intimamente ligadas ao verbo. Chamamos
essas palavras, por esse motivo, de advérbios.

Terceiro passo:  Após identificar algumas funções de cada parte da frase, passemos às demais (que
estão destacas em vermelho): Os jovens estão mais conectados à internet hoje. Obs.: você deve ter
notado que o “à” antes de internet na frase é, na verdade, uma contração entre duas palavras: o
artigo a e a preposição a.

Outra dica:

Você vai notar em muitas frases que, imediatamente após o verbo, podem aparecer as seguintes
palavras: a, para, de, com, em, sobre, sob, até. Sobre elas, você deve considerar o seguinte: a) Elas
são chamadas de preposições, isto significa que elas reservam ou marcam, antecipadamente, o lugar
de uma outra palavra que virá após o verbo. Se você voltar ao slide 7, vai notar que elas recebem
também o nome de conectivos. Isso explica tudo! b) Por causa da presença ou não dessas palavras
após ele, o verbo pode ser chamado de transitivo direto (quando se liga à palavra seguinte sem
precisar delas), ou indireto (quando se liga à palavra seguinte precisando do auxílio de uma delas). c)
Há casos em que o verbo pode precisar e não precisar ao mesmo tempo delas! Por isso, são
chamados de transitivos diretos e indiretos. Para exemplificar, forme uma frase com o verbo dar e
veja como as coisas ficam! d) Em outros casos, diz-se que o verbo sozinho já tem sentido e, portanto,
não precisa ser completado com qualquer outra palavra. Nesses casos, ele dispensa as preposições
e, se aparecer alguma palavra após ele, com certeza se trata de um advérbio. Esse tipo de verbo é,
por esse motivo, chamado de intransitivo. Exemplos deles são os verbos chegar, ir, morar, viver,
deitar-se, levantar-se. Lembre de frases formadas por esses verbos e confira mesmo se o que
aparece após eles são advérbios.

Quarto passo:  Agora que você já pode identificar o tipo de verbo que é o verbo conectar, falta dar
nome ao seu complemento, isto é, à palavra que vem logo após ele. O complemento do verbo será
sempre chamado de objeto, e ele será direto ou indireto dependendo também se o verbo for uma
coisa ou outra: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.

Quinto passo:  Às vezes pode acontecer de a frase ser muito longa e, depois de você fazer a
análise e identificar todos os elementos possíveis (sujeito, verbo, conectivos, objeto, adjunto
adnominal, adjunto adverbial, predicativo do objeto), simplesmente “sobrarem” palavras que ficam
sem uma das classificações acima. Elas podem na verdade estar exercendo outras funções
sintáticas, como a de vocativo, aposto, complemento nominal, predicativo do objeto ou agente da
passiva;  Veremos mais sobre essas outras funções sintáticas nas próximas aulas, mas, para
aquecer tudo, vamos fazer a análise morfossintática dos dois primeiros versos do Hino Nacional.

Recapitulando os passos: Primeiro passo: faça a classificação das classes de palavras, identificando
as contrações e combinações que houverem na frase (oração); Segundo passo: a partir do verbo,
identifique quem é o sujeito da oração. Por meio dele, você já poderá ir para o terceiro passo;
Terceiro passo: identificados o sujeito e o predicado, você agora identifica as funções sintáticas das
palavras que estão junto deles: adjunto adnominal, adjunto adverbial. Lembrando que o verbo e o
sujeito também podem ser classificados; Quarto passo: agora vamos nos concentrar especificamente
nas palavras que vêm logo após o verbo. Se o verbo não for intransitivo, elas são chamadas de
complementos verbais. Dependendo da transitividade do verbo (determinada pela presença ou
ausência de preposições), podem ser: predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, objeto
direto e indireto. Quinto passo: se “sobrarem” palavras, elas poderão ter as seguintes funções:
predicativo do objeto, agente da passiva, complemento nominal, vocativo ou aposto. (sobre eles
aprenderemos nas próximas aulas). DICA: lembre-se de que toda função sintática tem um núcleo,
mesmo que seja apenas uma palavra. Também a frases que podem não ter sujeito, mas isso
veremos também mais à frente. Quando analisamos o que a conjunção “faz” em toda oração,
estamos em outra etapa de análise, que, igualmente, veremos mais à frente, mas, por ora, podemos
analisar o sentido que elas criam entre as partes da oração.

Anexos

Palavras que podem confundir tudo...! É apenas uma questão de saber com quem elas estão
andando! a) Os adjuntos adnominais, como já vimos no slide anterior, são palavras que estão junto
ao nome, mais especificamente, ao sujeito núcleo da oração, que é sempre um substantivo. Quem

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

também pode ser adjunto adnominal por estar ligado ao substantivo, se vier antes dele, são os
adjetivos, artigos (como já vimos no slide anterior), numerais e pronomes. As locuções adjetivas
também podem ser adjuntos adnominais, mas se estiverem após o substantivo; b) Os complementos
nominais podem ser confundidos com o adjunto adnominal, porque podem ocupar posições parecidas
na oração, mas diferente dos adjuntos adnominais, que estão sempre ligados somente ao
substantivo, os complementos nominais são sempre palavras ligadas ou a substantivos abstratos,
adjetivos ou advérbios. Nesse caso, os complementos nominais expressam, para diferenciá- los dos
adjuntos adnominais quando estiverem ligados ao substantivo, o alvo da ação que o substantivo
expressa.

Conjunção: em geral são consideradas palavras vazias de significado, definidas apenas a partir de
sua função na palavra. o As conjunções não desempenham função sintática numa oração, apenas
ligam termos de mesma função ou orações de período composto. Por isso, são chamados de
conectivos; o Nos períodos compostos, as conjunções marcam as relações de coordenação ou
subordinação entre as orações de um período. Para compreender como elas marcam essas relações,
veremos mais adiante como elas “conectam” as orações coordenadas sindéticas – e expressam
relações de adição, adversidade, alternância, explicação e conclusão - e as orações subordinadas –
que podem integrar orações, especificar partes de orações (as adjetivas) ou exercer as mesmas
funções dos advérbios (adverbiais). ( (VEREMOS MAIS DETALHES SOBRE ELAS NO ESTUDO
SOBRE PERÍODO COMPOSTO)

26.  Preposição: Assim como a conjunção, a preposição não desempenha função sintática, ela
apenas une os termos. Por isso também é um conectivo, sendo, assim como a conjunção,
responsável pela coesão textual. Nesse caso, ela estabelece algumas relações quando classes
gramaticais que não podem se flexionar precisam “receber” uma solução para se combinarem: Ex.:
João Carroça subst. subst. masc. fem.  No exemplo acima, João e carroça não podem se
“combinar” para estabelecerem uma relação de posse porque seus gêneros são diferentes (a flexão
não poderia mudar os gêneros, não poderíamos transformar carroça em carroço* para combinar com
o substantivo masculino João). Assim, a preposição de entra em ação para resolver esse problema,
pois não precisa se flexionar (lembre-se, é uma palavra invariável). A oração fica assim: Carroça de
João.

Para compreender As preposições, pelo exemplo anterior, podem assumir inúmeros valores
semânticos: o lugar – Ver de perto. o origem – Ele vem de Brasília. o causa – Morreu de fome. o
assunto – Falava de futebol / Discutiam sobre futebol. o meio – Veio de trem. o posse – A casa de
Paulo está sendo reformada. o matéria – Usava um chapéu de palha. o companhia – Saiu com os
amigos. o falta ou ausência – vivia sem dinheiro. o finalidade – Discursava para convencer.

A preposição também exerce papéis específicos na regência verbal e nominal. Ex.: Custou ao aluno
aceitar o fato. Na oração acima, o verbo custar tem o sentido de “ser difícil” e precisa da preposição a
para reger o termo seguinte (custa a alguém). Essa regência considera, na língua coloquial, errada a
oração: “O aluno custou para aceitar o fato.” Mas sobre regência, veremos esse assunto no terceirão!

Para compreender (cf. Ernani Terra, 2002, p. 207) Certas palavras que se assemelham aos advérbios
não possuem, segundo a Nomeclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificação especial. São
simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outras coisas: o inclusão – até,
inclusive, também, etc.: Ele também foi. o exclusão – apenas, salvo, menos, exceto, etc.: Todos,
exceto eu, foram à festa. o explicação – isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc.: Ele, por exemplo,
não pôde comparecer. o retificação – aliás, ou melhor, ou seja, etc.: Amanhã, aliás, depois de
amanhã, iremos à festa. o realce – cá, lá, é que, etc.: Sei lá o que ele está fazendo agora! o situação
– afinal, agora, então, etc.: Afinal, quem está falando? o designação – eis: Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!

Como fazer análise morfossintática?

Funções morfossintáticas... Porventura, tal assunto o (a) remete a algum assunto antes visto?
Simples, não? Sim, pois o próprio nome já nos retrata pistas evidentes de que o aspecto que
prepondera nessa questão diz respeito à análise sintática e à análise morfológica, simultaneamente.
Mas, você pode não se recordar... não se preocupe, acesse o texto “Análise sintática e análise
morfológica”

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Conceitos relembrados, não é preciso ir muito além para constatarmos que o adjetivo, em se tratando
desse caso, além de se posicionar enquanto classe gramatical, ainda desempenha funções sintáticas
distintas – as quais serão constatadas a partir de agora.

# Adjunto adnominal– Desempenhando tal função, o adjetivo acompanha diretamente o substantivo


de uma forma direta, sem haver intermediação do verbo. Vejamos, pois alguns exemplos:

- As garotas simpáticas foram recepcionar os convidados.

- As águas da chuva causaram danos irreparáveis.

Constatamos que os termos em destaque, uma vez representados por um adjetivo e por uma locução
adjetiva, assumem a posição de adjunto adnominal.

# Predicativo do sujeito –Tal posicionamento se dá pelo fato de fazer referência ao sujeito da oração,
por intermédio ou não de um verbo de ligação. Observe os exemplos abaixo:

A paz é necessária.

Ficamos insatisfeitos.

Inferimos que os adjetivos “necessária” e “insatisfeitos” conferem uma qualificação ao sujeito,


atuando, portanto, como predicativo.

# Predicativo do objeto –A função em evidência se manifesta pelo fato de fazer referência ao objeto,
mediante um verbo transitivo, ou seja, aquele que requer um complemento. Assim, vamos aos
exemplos:

Conhecemos lugares fascinantes.

Recebemos os alunos novatos

“Fascinantes” e “novatos”atribuem, pois, uma qualificação aos complementos verbais – fato que os
fazem se caracterizar como predicativo do objeto.

O Que São Elementos Morfossintáticos?

Melhor resposta: São elementos que arrumam e exprime a noção da forma, das coisas - é o período
cujo papel é transmitir idéias formadas a respeito de determinado aspecto , de um objeto, de
circustâncias ,de fases de um assunto - exemplos :

"É necessário que a escola receba apoio oficial, no sentido de promover não só aulas regulares,
como também executar estudos e pesquisas, para que produza conhecimentos e cumpra seus fins"

"Coloquem avisos ou etiquetas de maneira que os compradores possam entender como funciona
este equipamento em baixa temperatura" ou " Equipamento em manutenção e perigoso , cuidado,
não manusear, risco de morte"

Classes De Palavras

A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda
vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua
portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas
características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo =
forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem
influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes


gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,
antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos
substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a
pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como
palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

Sujeito E Predicado

Gramática

Sujeito e predicado compõem a estrutura dos enunciados. Saber identificar esses termos essenciais
da oração pode ajudar na compreensão de seu funcionamento.

Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita pelo predicado.

Predicado: é o termo da oração que, a partir de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Exemplo:

A pequena criança me contou a novidade com alegria no olhar.


Sujeito Predicado
Para ajudar a localizar o sujeito, há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto
naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele,
ela, eles, elas.

Tipos De Sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.


(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do


singular.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o
sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as


que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o
pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo:

Contou se a história.
verbo na 3ª pessoa pronome substantivo sem preposição.
Transformação:

Foi contada a história.


voz passiva analítica (com o verbo ser)
A análise da frase anterior será então a seguinte:

Contou se a história.
Voz passiva sintética ou partícula apassivadora sujeito determinado simples
pronominal

Se – Índice de indeterminação do sujeito

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz
passiva analítica.

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ELEMENTOS MORFOSSINTATICOS DO TEXTO

Exemplo:

Falou se da história.
verbo na 3ª pessoa do singular pronome substantivo com preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:

? falou se da história
sujeito indeterminado verbo na voz índice de indeterminação do objeto
ativa sujeito
Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os
seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.


Choveu muito durante o dia.

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REESCRITURA DE FRASE

Reescritura de Frase

Figuras de estilo, figuras ou Desvios de linguagem são nomes dados a alguns processos que priori-
zam a palavra ou o todo para tornar o texto mais rico e expressivo ou buscar um novo significado,
possibilitando uma reescritura correta de textos.

Podem ser:

Figuras de palavras
As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencio-
nalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
São figuras de palavras:

Comparação:
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam,
ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual,
que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse lógico.”
(Chico Buarque);
“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam
aves noturnas paradas…” (Jorge Amado).

Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante
da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação
abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso ex-
trair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis).

Metonímia:
Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum
grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição funda-
menta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

– o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cáli-
ce) de licor.
– a causa pelo efeito e vice-versa: “E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) /
Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamento.” (Vinicius de Moraes).
– o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da
cidade do Porto).
– o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
– o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibi-
lidade).
– o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.
– a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
– o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
– a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
– o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).

Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do
sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
– o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o pisto-
leiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo.” (J. Cândido de Carvalho)
– o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cari-
ocas), atrevido.
– o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas
(protetor).

Catacrese:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de metáfora desgastada, em que já
não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada

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REESCRITURA DE FRASE

hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia).


São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu
da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no ban-
co.

Sinestesia:
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações
podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha
várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e
úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.” (Augusto Meyer)

Antonomásia:
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a
distingue.

Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é
um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.

Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
(Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O
poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão)

Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que
consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu signi-
ficado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e
oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro metafórico.

Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em
presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor,
em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e
a orquestra é excelente…” (Machado de Assis).

Figuras de sintaxe ou de construção:

As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os


termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.

Elas podem ser construídas por:


a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
Portanto, são figuras de construção ou sintaxe:

Assíndeto:

Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas,
aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.

Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-
se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis).

Elipse:

Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subenten-
der no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um
poderoso recurso de concisão e dinamismo.

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REESCRITURA DE FRASE

Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.” (elipse do pronome ela (Ela veio)
e da preposição de (de sandálias…).

Zeugma:

Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repeti-
ção.

Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes.” (Zeugma do verbo: “e
foram assassinados…”) (Camilo Castelo Branco).

Anáfora:

Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: “Depois o areal extenso… / Depois o oceano de pó… / Depois no horizonte imenso / Deser-
tos… desertos só…” (Castro Alves).

Pleonasmo:
Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.

a) Pleonasmo literário:
É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto
do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase
à mensagem.

Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de perto / Quando em
visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira).
“Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
“Ó mar salgado, quando do teu sal / São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa).

b) Pleonasmo vicioso:
É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleo-
nasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto
do descobrimento do sentido real das palavras.

Exemplos: subir para cima / entrar para dentro / repetir de novo / ouvir com os ouvidos / hemorragia
de sangue / monopólio exclusivo / breve alocução / principal protagonista.

Polissíndeto:
Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que
exige a norma gramatical (geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininter-
ruptos ou vertiginosos.
Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres, / e as criadas das burguesinhas ricas / e as mulhe-
res do povo, e as lavadeiras da redondeza.” (Manuel Bandeira).

Anástrofe:
Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante/determinado).
Exemplo: “Tão leve estou (estou tão leve) que nem sombra tenho.” (Mário Quintana).

Hipérbato:
Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” (As belas passeiam na Avenida à tarde.) (Carlos
Drummond de Andrade).

Sínquise:
Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exa-
gerado.
Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” (A grita da gente se alevanta ao Céu ) (Camões).

Hipálage:
Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a um objeto

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REESCRITURA DE FRASE

é atribuída a outro, na mesma frase.


Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” (as lojas dos barbeiros loquazes.) (Eça de Queiros).

Anacoluto:
Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a
seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos – que não apresentam função
sintática definida – desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Alcântara Machado).

Silepse:
Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associa-
da.

a) Silepse de gênero:
Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Rosa).

b) Silepse de número:
Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto).

c) Silepse de pessoa:
Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou es-
creve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Machado de Assis).

Figuras de pensamento:

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao
seu aspecto semântico.
São figuras de pensamento:

Antítese:
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-
nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa).

Apóstrofe:
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar
presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à
expressão.
Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?” (Castro Alves).

Paradoxo:
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de
idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência
de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento
descontente; / É dor que desatina sem doer;” (Camões)

Eufemismo:
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida
como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: “E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague”. (Chico Buarque).

Gradação:
Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o passo.” (Castro Alves).

Hipérbole:
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e
de impacto.

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REESCRITURA DE FRASE

Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac).

Ironia:
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrá-
rio do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: “Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor.”
(Mário de Andrade).

Prosopopéia:
Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sen-
timento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é
comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O peixinho (…) silen-
cioso e levemente melancólico…”
Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)
Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Lispector)

Perífrase:
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geo-
gráfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Bra-
sil.” (André Filho).

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PARÁGRAFO

Parágrafo

Parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que


se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intima-
mente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.

Parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que


se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intima-
mente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.

O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao escritor a
tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idéias principais de sua composição, permitindo
ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.

O Tamanho do Parágrafo

Os parágrafos são moldáveis como a argila, podem ser aumentados ou diminuídos, conforme o tipo de
redação, o leitor e o veículo de comunicação onde o texto vai ser divulgado. Se o escritor souber variar
o tamanho dos parágrafos, dará colorido especial ao texto, captando a atenção do leitor, do começo ao
fim. Em princípio, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro,
e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso.

Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca formação cultural.
A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos
mais longos. Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresen-
tam parágrafos curtos.

Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores, seguindo critério
claro e definido. O parágrafo curto também é empregado para movimentar o texto, no meio de longos
parágrafos, ou para enfatizar uma idéia.

Parágrafos médios:

Comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor de nível médio. Cada parágrafo médio
construído com três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro cabem cerca
de três parágrafos médios.

Parágrafos longos:

Em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos parágrafos, por três razões: os textos são
grandes e consomem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias idéias e especi-
ficações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los.

Tópico Frasal

A idéia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal (também cha-
mado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou governa o resto do parágrafo; dele
nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do
parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-chave.

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PARÁGRAFO

Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central, o tópico
frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal
introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar idéias-filhote;
como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a
esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo
ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou
explicação.

A idéia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos
que explicam ou detalham a idéia central.

Exemplos:

Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltrátá-los. O modo de tratar o cavalo
parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades
e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência
e muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não
se pode exigir mais do que é esperado.

A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja estimada em
U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria ganha dezenas ou centena
de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos
nordestinos recebem a metade do salário mínimo,.

Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a renda per capita fica
ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados, a renda diminui um pouco mais. Há
pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito
mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a
distribuição de renda em nosso país é injusta.

Exercícios

1. Desenvolva também estes tópicos frasais dissertativos:

A) A prática do esporte deve ser incentivada e amparada pelos órgãos públicos.

B) O trabalho dignifica o homem, mas o homem não deve viver só para o trabalho.

C) A propaganda de cigarros e de bebidas deve ser proibida.

D) O direito à cultura é fundamental a qualquer ser humano.

2. Desenvolva os tópicos frasais seguintes, considerando os conectivos:

A) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que

B) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e política de
muitos países; no entanto

C) Um curso universitário pode ser um bom caminho para a realização profissional de uma pessoa,
mas...

D) Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua própria existência,
porque...

E) Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência que existe hoje em
várias cidades; outras, porém

F) Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, porque.

G) Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, no entanto

H) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura, pois

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PARÁGRAFO

I) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura, entretanto

J) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, porque

L) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, embora

Tópico frasal desenvolvido por enumeração.

Exemplo:

A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: infor-
mação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do
mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura,
por meio de filmes, debates, cursos.

Faça o mesmo:

1. Na escolha de uma carreira profissional, precisamos considerar muitos aspectos, dentre os quais
podemos citar:

2. O desrespeito aos direitos humanos manifesta-se de várias formas:

3. O bom relacionamento entre os membros de uma família depende de vários fatores, como:

4. A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens, podemos
lembrar e, dentre as desvantagens,

Tópico frasal desenvolvido por descrição de detalhes

É o processo típico do desenvolvimento de um parágrafo descritivo:

Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o mura-
mento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...)Porta da entrada ia ter uma es-
cadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado.(Monteiro Lobato)

Tópico frasal desenvolvido por confronto.

Trata-se de estabelecer um confronto entre duas idéias, dois fatos, dois seres, seja por meio de con-
trastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças.

Veja o exemplo:

Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa
relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada
jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seu planos sem considerar os
contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido.

O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de
agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que
se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por razões

No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico


frasal.

As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão genera-
lizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência
infantil de conquista da realidade.

Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis,
de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser

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PARÁGRAFO

resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura
da surpresa. (Gianni Rodari, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por análise

É a divisão do todo em partes.

Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e
ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A se-
gunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira pro-
cura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto.

A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação
do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação

Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:

A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma
constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e cren-
ças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso
a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais
justa, pedem-nos que “sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)

Exercícios

1.Grife o tópico frasal de cada parágrafo apresentado. Não deixe de observar como o autor desen-
volve.

A) “O isolamento de uma população determina as características culturais próprias. Essas sociedades


não têm conhecimento das idéias existentes fora de seu horizonte geográfico. É o que acontece na
terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os cegos desconhecem a visão e vivem tranqüilamente com
sua realidade, naturalmente adaptados, pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado
também pelo caso das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra comunidade isolada.”(Reda-
ção de vestibular)

B) “O desprestígio da classe política e o desinteresse do eleitorado pelas eleições proporcionais são


muitos fortes. As eleições para os postos executivos é que constituem o grande momento de mobiliza-
ção do eleitorado. É o momento em que o povão se vinga, aprovando alguns candidatos e rejeitando
outros.

Os deputados, na sua grande maioria, pertencem à classe A. É com os membros dessa classe que os
parlamentares mantêm relações sociais, comerciais, familiares. É dessa classe com a qual mantêm
maiores vínculos, que sofrem as maiores pressões.

Desse modo, nas condições concretas das disputas eleitorais em nosso país, se o parlamentarismo
não elimina inteiramente a influência das classes D e E no jogo político, certamente atua no sentido de
reduzi-la.” (Leôncio M. Rodrigues)

2. Apresentamos a seguir alguns tópicos frasais para serem desenvolvidos na maneira sugerida.

A) Anacleto é um detetive trapalhão. (por enumeração de detalhes: forneça a descrição física e psico-
lógica do personagem).

B) As novelas transmitidas pela televisão brasileira são muito mais atraentes que nossos filmes. (por
confronto)

C) As cidades brasileiras estão se tornando ingovernáveis. (por razões)

D) Há três tipos básicos de composição: a narração, a descrição e a dissertação. (por análise)

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PARÁGRAFO

E) Nunca diga que algum ser humano é uma ilha: tudo que acontece a um semelhante nos atinge. (por
exemplificação)

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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Teoria dos Conjuntos

Teoria dos conjuntos ou de conjuntos é o ramo da lógica matemática que estuda conjuntos, que (infor-
malmente) são coleções de elementos. Embora qualquer tipo de elemento possa ser reunido em um
conjunto, a teoria dos conjuntos é, em geral, investigada com elementos que são relevantes para os
fundamentos da matemática.

O estudo moderno da teoria dos conjuntos foi iniciado por Georg Cantor e Richard Dedekind em 1870.
Após a descoberta de paradoxos na teoria ingênua dos conjuntos (i.e. sem formalização precisa), nu-
merosos sistemas axiomáticos foram propostos no início do século XX, dos quais a teoria dos conjun-
tos de Zermelo-Fraenkel, com ou sem o axioma da escolha, são os mais conhecidos e estudados.

A teoria dos conjuntos é comumente empregada como um sistema precursor da matemática, particu-
larmente na forma de teoria dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel com o axioma da escolha. Além de
seu papel fundamental, a teoria dos conjuntos é um ramo da matemática em si própria, com uma co-
munidade de pesquisa ativa. Pesquisas contemporâneas em teoria dos conjuntos incluem uma diversa
coleção de temas, variando da estrutura da reta dos números reais ao estudo da consistência de gran-
des cardinais.

Um diagrama de Venn ilustrando a interseção de dois conjuntos.

Temas matemáticos geralmente surgem e evoluem através de interações entre muitos pesquisadores.
Teoria dos conjuntos, no entanto, foi fundada por um único artigo de 1874, por Georg Cantor: "A res-
peito de uma propriedade característica de todos os números algébricos reais".

Desde o século V a.C., começando com o matemático grego Zenão de Eleia no ocidente e os primei-
ros matemáticos indianos no oriente, os matemáticos têm se debatido com o conceito de infinito. Es-
pecialmente notável é o trabalho de Bernard Bolzano na primeira metade do século XIX.

A compreensão moderna do conceito de infinito começou em 1867–1871, com os trabalhos de Cantor


em teoria dos números, teoria das funções e séries trigonométricas. Um encontro em 1872 entre Can-
tor e Richard Dedekind influenciou o pensamento de Cantor e culminou no artigo de Cantor 1874.

O trabalho de Cantor inicialmente dividiu os matemáticos de sua época. Enquanto Karl Weierstrass e
Dedekind apoiavam Cantor, Leopold Kronecker, hoje visto como um dos fundadores do construtivismo
matemático, era contra.

A teoria dos conjuntos cantoriana, afinal, tornou-se amplamente difundida, devido à utilidade dos con-
ceitos cantorianos, tais como correspondência um-para-um entre conjuntos, sua prova de que há
mais números reais que inteiros, e a "infinidade de infinitos" ("paraíso de Cantor") que a operação con-
junto das partes dá origem.

A utilidade da teoria dos conjuntos desembocou em 1898 no artigo "Mengenlehre" de Arthur Schoen-
flies para a Enciclopédia de Ciências Matemáticas organizada por Felix Klein e Wilhelm Franz Meyer.

A onda de entusiasmo seguinte na teoria dos conjuntos chegou por volta de 1900, quando foi desco-
berto que algumas interpretações da teoria dos conjuntos Cantoriana dava origem a várias contradi-
ções, chamadas antinomias ou paradoxos. Bertrand Russell e Ernst Zermelo encontraram o mais sim-
ples e mais conhecido paradoxo, hoje chamado paradoxo de Russell: considere "o conjunto de todos
os conjuntos que não são membros de si mesmos".

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Isto leva a uma contradição, uma vez que ele deve ser e não ser um membro de si mesmo. Em 1899,
Cantor se questionou: "qual é o número cardinal do conjunto de todos os conjuntos?" e obteve um
paradoxo relacionado. Russell usou seu paradoxo como tema em sua revisão de 1903 da matemática
continental em seu livro "Os Princípios da Matemática" (não confundir com o Principia Mathematica).

A força da teoria dos conjuntos foi tal que o debate sobre os paradoxos não a levou ao abandono. O
trabalho de Zermelo em 1908 e Abraham Fraenkel e Thoralf Skolem em 1922 resultou na canônica te-
oria axiomática dos conjuntos ZFC. O trabalho de analistas, como Henri Lebesgue, demonstrou a
grande utilidade matemática da teoria dos conjuntos. Essa teoria é comumente usada como funda-
mento, embora em algumas áreas - como a geometria algébrica e a topologia algébrica - a teoria das
categorias seja considerada uma base preferencial.

Conceitos básicos

Teoria dos conjuntos começa com uma fundamental relação binária entre um objeto o e um conjunto A.
Se o é um membro (ou elemento) de A, escreve-se o ∈ A. Uma vez que conjuntos são objetos, a rela-
ção de pertinência também pode relacionar conjuntos.

Um conjunto é descrito listando seus elementos separados por vírgula ou através de alguma proprie-
dade que determine seus elementos.

Se todos os elementos do conjunto A também são elementos do conjunto B, então A é um subcon-


junto de B, denotado por A ⊆ B. Por exemplo, {1,2} é um subconjunto de {1,2,3}, mas {1,4} não é.

A partir desta definição, é evidente que um conjunto é um subconjunto de si mesmo; nos casos em que
se deseja evitar isso, o termo subconjunto próprio é definido para excluir esta possibilidade. Note que
{1} é subconjunto, e não elemento, de {1,2,3}; note também que 1 é membro, e não subconjunto, de
{1,2,3}.

Assim como a aritmética caracteriza operações binárias sobre números, a teoria dos conjuntos carac-
teriza operações binárias sobre conjuntos. Uma lista parcial de tais relações:

União dos conjuntos A e B, denotada por A ∪ B, é o conjunto de todos os objetos que são membros
de A, ou B, ou ambos. A união de {1, 2, 3} e {2, 3, 4} é o conjunto {1, 2, 3, 4}.

Interseção dos conjuntos A e B, denotada por A ∩ B, é o conjunto de todos os objetos que são mem-
bros de ambos A e B. A interseção de {1, 2, 3} e {2, 3, 4} é o conjunto {2, 3}.

Diferença de conjuntos de U e A, denotada por U \ A é o conjunto de todos os membros de U que não


são membros de A. A diferença de conjuntos {1,2,3} \ {2,3,4} é {1}, enquanto a diferença de conjuntos
{2,3,4} \ {1,2,3} é {4}. Quando A é um subconjunto de U, a diferença dos conjuntos U \ A é também
chamada de complemento de A em U.

Neste caso, se a escolha de U é clara a partir do contexto, a notação Ac é algumas vezes usada no
lugar de U \ A, particularmente se U é um conjunto universo como no estudo de diagramas de Venn.

Diferença simétrica dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os objetos que são membros de exata-
mente um de A e B (elementos que estão em um dos conjuntos, mas não em ambos). Por exemplo,
para os conjuntos {1,2,3} e {2,3,4}, o conjunto diferença simétrica é {1,4}. É o conjunto diferença da
união e da interseção, (A ∪ B) \ (A ∩ B).

Produto cartesiano de A e B, denotada por A × B, é o conjunto cujos membros são todos os possí-
veis pares ordenados (a,b) onde a é um membro de A e b é um membro de B.

Conjunto das partes de um conjunto A é o conjunto cujos membros são todos os possíveis subconjun-
tos de A. Por exemplo, o conjunto das partes de {1, 2} é {{}, {1}, {2}, {1,2}}.

Alguns conjuntos básicos de importância central são o conjunto vazio (o único conjunto que não contém
elementos), o conjunto de números naturais, e o conjunto de números reais.

Um pouco de ontologia

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Um conjunto é puro se todos os seus membros são conjuntos, todos os membros de seus membros
são conjuntos, e assim por diante. Por exemplo, o conjunto {{}} contendo apenas o conjunto vazio é um
conjunto puro não vazio.

Na teoria dos conjuntos moderna, é comum restringir a atenção para o universo de von Neumann de
conjuntos puros, e muitos sistemas da teoria axiomática dos conjuntos são projetados para axiomatizar
apenas os conjuntos puros.

Há muitas vantagens técnicas com esta restrição, e pequena generalidade é perdida, uma vez que,
essencialmente, todos os conceitos matemáticos podem ser modelados por conjuntos puros. Conjuntos
no universo de von Neumann são organizados em uma hierarquia cumulativa, com base em quão pro-
fundamente seus membros, os membros de membros, etc, são aninhados.

A cada conjunto nesta hierarquia é atribuído (por recursão transfinita) um número ordinal a, conhecido
como a sua 'classe'. A classe de um conjunto puro X é definida como sendo uma mais do que o menor
limitante superior das classes de todos os membros de X.

Por exemplo, ao conjunto vazio é atribuída a classe 0, enquanto ao conjunto {{}} contendo somente o
conjunto vazio é atribuída classe 1. Para cada a, o conjunto é definido como consistindo em todos
os conjuntos puros com classe menor que a. O universo de von Neumann como um todo é denotado
por V.

Teoria axiomática dos conjuntos

Teoria elementar dos conjuntos pode ser estudada de maneira informal e intuitiva, e por isso pode ser
ensinada nas escolas primárias usando, por exemplo, diagramas de Venn. A abordagem intuitiva pres-
supõe que um conjunto pode ser formado a partir da classe de todos os objetos que satisfaçam qual-
quer condição particular de definição.

Esta suposição dá origem a paradoxos, os mais simples e mais conhecidos dos quais são o paradoxo
de Russell e o paradoxo de Burali-Forti. A teoria axiomática dos conjuntos foi originalmente concebida
para livrar a teoria dos conjuntos de tais paradoxos.

Os sistemas mais amplamente estudados da teoria axiomática dos conjuntos implicam que todos os
conjuntos formam uma hierarquia cumulativa. Tais sistemas vêm em dois sabores, aqueles cuja onto-
logia consiste de:

Conjuntos sozinhos. Estes incluem a mais comum teoria axiomática dos conjuntos, teoria dos conjuntos
de Zermelo-Fraenkel (ZFC) com o axioma da escolha. Fragmentos da ZFC incluem:

Teoria de conjuntos de Zermelo, que substitui o esquema de axiomas da substituição com o da sepa-
ração;

Teoria geral dos conjuntos, um pequeno fragmento da teoria de conjuntos de Zermelo suficiente para
os axiomas de Peano e conjuntos finitos;

Teoria dos conjuntos de Kripke-Platek, que omite os axiomas da infinitude, conjunto das partes, e es-
colha, e enfraquece os esquemas de axiomas da separação e substituição.

Conjuntos e classes próprias. Estes incluem a teoria dos conjuntos de Von Neumann-Bernays-Gödel,
que tem a mesma força que ZFC para teoremas sobre conjuntos sozinhos, e ambas as teoria dos con-
juntos de Morse-Kelley e teoria dos connjuntos de Tarski-Grothendieck, que são mais fortes do que a
ZFC.

Os sistemas acima podem ser modificados para permitirem urelementos, objetos que podem ser mem-
bros de conjuntos, mas que não são eles próprios conjuntos e não tem nenhum membro.

Os sistemas de Novos Fundamentos NFU (permitindo urelementos) e NF (faltando eles) não são ba-
seadas em uma hierarquia cumulativa. NF e NFU incluem um "conjunto de tudo", em relação a qual
cada conjunto tem um complemento. Nestes sistemas os urelementos importam, porque NF, mas não
NFU, produz conjuntos para os quais o axioma da escolha não se verifica.

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Sistemas da teoria dos conjuntos construtiva, como CST, CZF e IZF, firmam seus conjuntos de axiomas
na lógica intuicionista em vez da lógica clássica. No entanto, outros sistemas admitem por padrão a
lógica clássica, mas apresentam uma relação de pertencimento não padrão. Estes incluem a teoria dos
conjuntos aproximados e a lógica difusa, na qual o valor de uma fórmula atômica incorporando a rela-
ção de filiação não é simplesmente Verdadeiro ou Falso. Os modelos boolianos valorados de ZFC são
um assunto relacionado.

Um enriquecimento do ZFC chamado teoria interna dos conjuntos foi proposto por Edward Nelson em
1977.

Áreas de estudo

A teoria dos conjuntos é a principal área de pesquisa na matemática, com muitas subáreas inter-rela-
cionados. Ademais, a teoria dos conjuntos é mais do que simplesmente descrever conjuntos. Do
mesmo modo como, na aritmética, é possível aprender a aplicar operações aritméticas a números, por
exemplo, adição ou multiplicação, também é possível definir operações teóricas de conjuntos que ge-
rem novos conjuntos a partir de determinados conjuntos. Exemplificando, as uniões {1, 2} e {2, 3, 4}
tornam-se {1, 2, 3, 4}; as interseções {1, 2} e {2, 3, 4} tornam-se {2}. Também há a possibilidade de
formar Conjuntos de partes, ou seja, a família de todos os subconjuntos de um conjunto.

Teoria dos conjuntos combinatória

A teoria dos conjuntos combinatória preocupa-se com extensões da combinatória finita para conjuntos
infinitos. Isto inclui o estudo da aritmética de cardinais e o estudo de extensões do teorema de
Ramsey tais como o teorema de Erdos-Rado.

Teoria descritiva dos conjuntos

Teoria descritiva dos conjuntos é o estudo de subconjuntos da reta real e dos subconjuntos dos espa-
ços poloneses. Ela começa com o estudo das pointclasses na hierarquia de Borel e se estende ao es-
tudo de hierarquias mais complexas, como a hierarquia projetiva e a hierarquia de Wadge.

Muitas propriedades dos conjuntos de Borel podem ser estabelecidas em ZFC, mas a prova de que
essas propriedades se verificam para conjuntos mais complicados requer axiomas adicionais relacio-
nados com determinismo e grandes cardinais.

O campo da teoria descritiva dos conjuntos efetiva está entre a teoria dos conjuntos e a teoria da re-
cursão. Ele inclui o estudo de lightface pointclasses, e está intimamente relacionado com a teoria hipe-
raritmética. Em muitos casos, os resultados da teoria descritiva dos conjuntos clássica têm versões
efetivas; em alguns casos, novos resultados são obtidos provando pela versão efetiva primeiro e depois
estendendo-os ("relativizando-os") para torná-la mais amplamente aplicáveis.

Uma área recente de pesquisa diz respeito a relações de equivalência de Borel e relações de equiva-
lência decidíveis mais complicadas. Isto tem importantes aplicações para o estudo de invariantes em
muitos campos da matemática.

Teoria dos conjuntos nebulosos

Na teoria dos conjuntos como Cantor definiu e Zermelo e Fraenkel axiomatizaram, um objeto ou é um
membro de um conjunto ou não. Na teoria dos conjuntos fuzzy esta condição foi relaxada, e desta
forma um objeto tem um grau de pertinência em um conjunto, como número entre 0 e 1. Por exemplo,
o grau de pertinência de uma pessoa no conjunto de "pessoas altas" é mais flexível do que uma simples
resposta "sim" ou "não" e pode ser um número real, tal como 0,75.

Conjuntos fuzzy foram introduzidos simultaneamente por Lotfi A. Zadeh e Dieter Klaua em 1965 como
uma extensão da noção clássica de conjunto. Na teoria dos conjuntos clássica, a associação de ele-
mentos em um conjunto é avaliada em termos binários de acordo com uma condição bivalente - um
elemento ou pertence ou não pertence ao conjunto.

Por outro lado, a teoria dos conjuntos fuzzy permite a avaliação gradual da participação de elementos
em um conjunto, o que é descrito com a ajuda de uma função de pertinência valorada no intervalo
unitário real [0, 1].

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Conjuntos fuzzy generalizam conjuntos clássicos, visto que as funções indicadoras de conjuntos clás-
sicos são casos especiais das funções de pertinência de conjuntos fuzzy, se estes só podem tomar os
valores 0 ou 1. Na teoria dos conjuntos fuzzy, conjuntos clássicos bivalentes são geralmente chamados
conjuntos crisp. A teoria dos conjuntos fuzzy pode ser usada em uma ampla variedade de áreas em
que a informação é incompleta ou imprecisa, como na bioinformática.

Conjunto de partes

A família de todos os subconjuntos de um conjunto dado A, é chamado de conjunto de partes (ou con-

junto potência ) de A, denotado por .

Teoria do modelo interno

Um modelo interno da teoria dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel (ZF) é uma classe transitiva que inclui
todos os ordinais e satisfaz todos os axiomas de ZF. O exemplo canônico é o Universo construível L de-
senvolvido por Gödel. Uma das razões que torna o estudo de modelos internos interessante é que ele
pode ser usado para provar resultados de consistência.

Por exemplo, pode-se mostrar que, independentemente se um modelo V da ZF satisfaz a hipótese do


continuum ou o axioma da escolha, o modelo interno L construído dentro do modelo original irá satis-
fazer tanto a hipótese do continuum generalizada quanto o axioma da escolha. Assim, a suposição de
que ZF é consistente (tem qualquer modelo que seja) implica que ZF juntamente com estes dois prin-
cípios é consistente.

O estudo de modelos de interior é comum no estudo do determinismo e grandes cardinais, especial-


mente quando se considera axiomas que contradizem o axioma da escolha. Mesmo que um modelo
fixo da teoria dos conjuntos satisfaz o axioma da escolha, é possível que um modelo interno falhe em
satisfazer o axioma da escolha.

Por exemplo, a existência de cardinais suficientemente grandes implica que há um modelo interno sa-
tisfazendo o axioma do determinismo (e, portanto, não satisfazendo o axioma da escolha).

Grandes cardinais

Um grande cardinal é um número cardinal transfinito cujo caráter de "muito grande" está dado por uma
propriedade extra, denominada propriedade de grande cardinal. Muitas destas propriedades são parti-
cularmente estudadas, incluindo cardinais inacessíveis, cardinais mensuráveis, cardinais compactos,
entre outras. A existência de um cardinal com uma dessas propriedades não pode ser demonstrada na
teoria dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel, ZF, se ZF é consistente.

Determinismo

Determinismo refere-se ao fato de que, sob os pressupostos adequados, certos dois jogadores são
determinados desde o início no sentido de que um jogador deve ter uma estratégia vencedora. A exis-
tência dessas estratégias tem conseqüências importantes na teoria descritiva dos conjuntos, como a
suposição de que uma classe mais ampla de jogos ser determinada muitas vezes implica que uma
classe mais ampla de conjuntos possui uma propriedade topológica.

O axioma do determinismo (AD) é um importante objeto de estudo, embora incompatível com o axioma
da escolha, AD implica que todos os subconjuntos da reta real são bem comportados (em particular,
mensuráveis e com a propriedade de conjunto perfeito). AD pode ser usado para provar que os graus
de Wadge têm uma estrutura alinhada.

Forçamento

Paul Cohen inventou o método de forçamento enquanto procura por um modelo de ZFC em que o axi-
oma da escolha ou a hipótese do continuum falhe. Forçando a adição de conjuntos adicionais a algum
determinado modelo da teoria dos conjuntos de modo a criar um modelo maior, com propriedades
determinadas (isto é "forçadas") pelo modelo original e pela construção.

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TEORIA DOS CONJUNTOS

Por exemplo, a construção de Cohen uniu subconjuntos adicionais dos números naturais sem mudar
qualquer dos números cardinais do modelo original. Forçamento é também um dos dois métodos para
provar consistência relativa por métodos finitístico, sendo o outro os modelos de valores Booleanos.

Invariantes cardinais

Invariante cardinal é uma propriedade da reta real medida por um número cardinal. Por exemplo, uma
invariante bem estudado é a menor cardinalidade de uma coleção de conjuntos magros de reais cuja
união é toda a reta real. Estes são invariantes no sentido de que quaisquer dois modelos da teoria dos
conjuntos isomorfos devem dar o mesmo cardinal para cada invariante. Muitos invariantes cardinais
foram estudados, e as relações entre eles são muitas vezes complexas e relacionadas com os axiomas
da teoria dos conjuntos.

Topologia

Topologia estuda questões de topologia geral que são de teoria dos conjuntos em sua natureza ou que
requerem métodos avançados da teoria dos conjuntos para sua solução. Muitos desses teoremas são
independentes de ZFC, exigindo axiomas mais fortes para a sua prova. Um famoso problema é o pro-
blema do espaço de Moore, uma questão na topologia geral que foi objeto de intensa pesquisa. A
resposta para este problema acabou por ser provada ser independente de ZFC.

Objeções à teoria dos conjuntos como fundamento para a matemática

Desde o início da teoria dos conjuntos, alguns matemáticos se opuseram a ela como um fundamento
para a matemática, argumentando, por exemplo, que é apenas um jogo que inclui elementos de fanta-
sia. A objeção mais comum à teoria dos conjuntos, um manifesto de Kronecker dos primeiros anos da
teoria dos conjuntos, começou a partir da visão construtivista de que a matemática é vagamente rela-
cionada à computação.

Se este ponto de vista for admitido, então o tratamento de conjuntos infinitos, tanto na teoria ingênua
dos conjuntos quanto na teoria axiomática dos conjuntos, introduz em matemática métodos e objetos
que não são computáveis.

Ludwig Wittgenstein questionou a forma como a teoria dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel manipulava
infinitos. As visões de Wittgenstein sobre os fundamentos da matemática foram mais tarde criticadas
por Georg Kreisel e Paul Bernays, e minuciosamente investigadas por Crispin Wright, entre outros.

Teóricos das categorias propuseram a teoria de topos como uma alternativa à tradicional teoria axio-
mática dos conjuntos. A teoria de topos pode interpretar várias alternativas para aquela teoria, tais
como o construtivismo, a teoria dos conjuntos finitos, e a teoria dos conjuntos computáveis.

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Conjuntos Numéricos

Os Números Naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}


são números inteirospositivos (não-negativos) que se agrupam num conjunto chamado
de N, composto de um número ilimitado de elementos.

Quando o zero não faz parte do conjunto, é representado com um asterisco ao lado da letra N e,
nesse caso, esse conjunto é denominado de Conjunto dos Números Naturais Não-Nulos: N* = {1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9...}.

• Conjunto dos Números Naturais Pares = {0, 2, 4, 6, 8...}

• Conjunto dos Números Naturais Ímpares = {1, 3, 5, 7, 9...}

O conjunto de números naturais é infinito. Todos possuem um antecessor (número anterior) e um


sucessor (número posterior), exceto o número zero (0). Assim:

• o antecessor de 1 é 0 e seu sucessor é o 2;

• o antecessor de 2 é 1 e seu sucessor é o 3;

• o antecessor de 3 é 2 e seu sucessor é o 4;

• o antecessor de 4 é 3 e seu sucessor é o 5.

Cada elemento é igual ao número antecessor mais um, exceptuando-se o zero. Assim, podemos
notar que:

• o número 1 é igual ao anterior (0) + 1 = 1;

• o número 2 é igual ao anterior (1) + 1 = 2;

• o número 3 é igual ao anterior (2) + 1 = 3;

• o número 4 é igual ao anterior (3) + 1 = 4.

A função dos números naturais é contar e ordenar. Nesse sentido, vale lembrar que os homens,
antes de inventarem os números, tinham muita dificuldade em realizar a contagem e ordenação das
coisas.

O conjunto dos números naturais é formado por todos os números inteiros não negativos. Em
outras palavras, todo número que é inteiro e positivo é natural, além disso, como o zero é inteiro,
mas não é negativo, ele também é um número natural.

Assim, a lista dos números naturais é a seguinte:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, …

E assim por diante, seguindo esse mesmo padrão de formação.

Note que essa sequência numérica é a que usamos para contar. Cada um desses símbolos
representa uma quantidade, portanto, partindo do nada, uma unidade, duas unidades etc. Uma outra
maneira de representar esse conjunto é usando a notação específica para conjuntos, na qual as
reticências significam que a sequência continua nessa mesma ordem e padrão de formação:

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, …}

Nessa notação, N é o símbolo que representa o conjunto dos números naturais.

A ideia de sucessor

O conjunto dos números naturais é formado apenas por números inteiros e não contém números
repetidos, por isso, é possível escolher, entre dois números naturais distintos, aquele que é maior e

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

aquele que é menor. Quando um número natural x é maior do que um número natural y em uma
unidade, dizemos que x é sucessor de y. Assim:

x é sucessor de y se x + 1 = y

Se olharmos na lista dos números naturais, colocada em ordem crescente, o sucessor de um


número natural n é sempre o próximo número à sua direita. Logo:

O sucessor de 7 = 8

O sucessor de 20 = 21

etc.

Perceba também que todo número natural possui sucessor, assim, o sucessor do zero é 1, o
sucessor de 1 é 2 …

Essa característica garante que, independentemente do número natural escolhido, e por maior que
ele seja, sempre existirá um número natural uma unidade maior que ele. Portanto, o conjunto dos
números naturais é infinito.

A ideia de antecessor

Quando um número natural x é menor que um número natural y em uma unidade, dizemos que x é
o antecessor de y. Assim:

x é antecessor de y se x – 1 = y

Olhando a lista de números naturais em ordem crescente, verificamos que o antecessor de um


número natural n é o número à sua esquerda. Logo:

O antecessor de 7 = 6

O antecessor de 20 = 19

etc.

Nem todo número natural possui antecessor. Na realidade, apenas o zero não possui, pois ele é o
primeiro número natural e também porque 0 – 1 = – 1, que não é um número natural. Assim sendo,
concluímos que o conjunto dos números naturais é limitado.

Sim, é possível que um conjunto seja limitado e infinito ao mesmo tempo. O conjunto
dos números naturais é limitado inferiormente pelo zero, mas ilimitado superiormente e, por isso, é
infinito.

Subconjuntos dos números naturais

O conjunto dos números naturais possui alguns subconjuntos muito conhecidos:

1 – Conjunto dos números primos (P): é formado por todos os números que são divisíveis apenas
por 1 e por si mesmo.

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, …}

2 – Conjunto dos números compostos (C): é formado por todos os números que não são primos.

C = {4, 6, 8, 10, 12, 14, 15, 16, …}

3 – Conjunto dos quadrados perfeitos (Q): é formado por todos os números que são resultados de
uma potência em que o expoente é 2.

Q = (1, 4, 9, 16, 25, 36, …)

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Números Inteiros

Os números inteiros são os números reais, positivos e negativos, representados no conjunto da


seguinte maneira:

Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

Os pontos significam a infinidade dos números anteriores e posteriores existentes.

O conjunto dos números inteiros é representado pela letra Z (maiúscula).

Os números inteiros negativos são sempre acompanhados pelo sinal (-), enquanto os números
inteiros positivos podem vir ou não acompanhados de sinal (+).

O zero é um número neutro, ou seja, não é um número nem positivo e nem negativo.

Assim, a relação de inclusão no conjunto dos inteiros envolve o conjunto dos números naturais (N)
junto com os números negativos.

Classificação dos Números Inteiros (Z)

• Inteiros não-nulos: todos os números inteiros, com exceção do zero.

• São representados pelo acréscimo do '*' ao lado do Z: Z* = {-3,-2,-1, 1, 2, 3, 4, ...}

• Inteiros não-negativos: todos os números inteiros, com exceção dos negativos.

• São representados pelo acréscimo do '+' ao lado do Z: Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}.

• Inteiros não-positivos : todos os números inteiros, com exceção dos positivos.

• São representados pelo acréscimo do '-' ao lado do Z: Z_= {..., -4,-3,-2,-1, 0}

• Inteiros positivos: todos os números inteiros, com exceção dos negativos e do zero.

• São representados pelo acréscimo de '*' e '+' ao lado do Z: Z*+ = {1,2,3,4, 5...}

• Inteiros negativos: todos os números inteiros, com exceção dos positivos e do zero.

• São representados pelo acréscimo de '*' e '-' ao lado do Z: Z*_= {..., -4,-3,-2,-1}

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Operações entre Números Inteiros

O conjunto dos números inteiros é formado pelos algarismos inteiros positivos e negativos e o zero.
Eles são importantes para o cotidiano, principalmente nas situações envolvendo valores negativos,
como escalas de temperatura, saldos bancários, indicações de altitude em relação ao nível do mar,
entre outras situações. As adições e subtrações envolvendo estes números, requerem a utilização de
regras matemáticas envolvendo os sinais positivos (+) e negativos (–). Devemos também dar ênfase
ao estudo do módulo de um número, que significa trabalhar o valor absoluto de um algarismo,
observe:

Vamos determinar o módulo dos números a seguir:

Módulo de + 4 = |+4| = 4
Módulo de –6 = |–6| = 6
Módulo de –10 = |–10| = 10
Módulo de +20 = |+20|=20

Adição e subtração de números inteiros sem a presença de parênteses.

1ª propriedade → sinais iguais: soma e conserva o sinal.

2ª propriedade → sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do número de maior módulo.

+ 5 + 6 = + 11 →1ª propriedade
+ 9 + 10 = +19 → 1ª propriedade
– 6 + 2 = – 4 → 2ª propriedade
+ 9 – 7 = +2 → 2ª propriedade
– 3 – 5 = –8 →1ª propriedade
–18 – 12 = –30 → 1ª propriedade

Adição e subtração de números inteiros com a presença de parênteses.

Para eliminarmos os parênteses devemos realizar um jogo de sinal, observe:

+(+)=+
+(–)=–
–(+)=–
–(–)=+

Após a eliminação dos parênteses, basta aplicarmos a 1ª ou a 2ª propriedade.

+ (+9) + (–6) → + 9 – 6 → + 3

– (– 8) – (+6) → +8 – 6 → +2
+ (– 14) – (– 8) → –14 + 8 → – 6

– (+ 22) − (– 7) → –22 + 7 → –15

– ( + 9 ) + (– 12) → – 9 – 12 → – 21

O conjunto dos Números Naturais N

O conjunto dos números naturais, inicialmente composto por 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... O primeiro povo
a fazer a representação do zero, os babilônios, a fizeram há mais de dois milênios antes de Cristo.
Hoje, temos este conjunto formado da seguinte maneira: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9...}. A partir
destes elementos podemos formar infinitas quantidades, apenas agrupando-os de maneira que cada
um represente determinado valor de acordo com a sua posição.

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

É importante destacar, que o nosso sistema de numeração é decimal, isto é, a cada dez unidades
formaremos uma dezena, a cada dez dezenas formaremos uma centena, a cada dez centenas
formaremos um milhar, e assim sucessivamente.

Ancorando-se nos valores posicionais, podemos escrever números astronômicos e saber o que cada
um dos seus algarismos de composição representa naquele contexto. Vejamos um exemplo de
análise dos valores dos algarismos componentes de certo número.

Observem detalhadamente, que no número 2568, o algarismo 2 tem valor 2000, o 5 vale 500, o 6
vale 60 e 8 vale 8. Tudo isso se dá de acordo com a posição ocupada por cada um: o 8 ocupa a casa
das unidades simples, por isso vale apenas 8 unidades; o 6 ocupa a casa das dezenas, valendo 6
dezenas (6 x 10), 60 unidades; o 5 ocupa a casa das centenas, valendo 5 centenas (5 x 100), 500
unidades; e, por fim, o 2 ocupa a casa das unidades de milhar, valendo 2 milhares (2 x 1000), 2000
unidades.

Uma conclusão imediata deste fato é uma curiosidade que intriga a cabeça dos que com ela se
depara. Imagine se alguém lhe perguntasse “quem é maior: 1 ou 3?” Os apressados responderiam “3,
é claro”. Mas até que ponto isso está correto? Bem, a melhor resposta, ou pelos menos a mais
cautelosa, seria responder que para saber se 1 é maior ou menor que 3 seriamos obrigados a saber
do contexto no qual eles estão inseridos, por exemplo: no número 321, o 3 é maior que o 1, pois
enquanto o três representa 3 centenas, o 1 representa apenas uma unidade simples; já no caso do
número123, enquanto o 1 representa uma centena, o 3 representa apenas 3 unidades simples,
sendo, portanto, 1 maior que 3. Veja a resposta ideal:

- Marcos, quem é maior, o 3 ou o 1?

- Isso depende, Paulo. Antes que eu responda, preciso saber em qual número eles estão inseridos.

Podemos ainda representar um subconjunto dos Números Naturais utilizando a linguagem moderna
dos conjuntos. Este seria o conjunto dos Números Naturais Não-Nulos: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
9...}. Neste novo conjunto, apenas omitimos a presença do zero.

Destaco também algumas características do conjunto dos Números Naturais, dentre elas temos: a
multiplicação é sempre permitida neste conjunto – toda multiplicação ou adição entre números
naturais resulta sempre outro número natural; a divisão nem sempre é permitida dentro deste
conjunto – nem toda divisão entre naturais resulta em outro número natural (1/2, 3/5, 5/9 etc.); a
subtração nem sempre é permitida em N – nem toda subtração entre naturais resulta em um número
natural (1 - 2, 6 - 9, 5 - 8).

Muitas representações já foram feitas dos Números Naturais. Cada povo os representava de acordo
com os seus sistemas de escrita, suas interpretações das quantidades e dos recursos disponíveis à
época. A forma como escrevemos esses números hoje foi criada na Índia e difundida na Arábia,
sendo, por isso, chamados de Números Indo-Arábicos.

Últimas Considerações

Dá pra ver que a matemática sempre esteve, assim como qualquer outra ciência, a favor do homem
em suas tomadas de decisões e nas resoluções de problemas. Os artifícios matemáticos que
conhecemos hoje, e que achamos tão simples de compreender, foram criados numa época em que
as estruturas basilares do conhecimento, que nos levam a profundas interpretações, eram muito
escassas, mas nem por isso o homem deixou de criar, de inventar.

Somos uma espécie dotada de tanta sabedoria e inteligência, porém nem mesmo somos capazes de
medir essas características estampadas em nós mesmos. O fato é que raciocinamos, refletimos,
comparamos e relacionamos. Tudo isso em campos reais ou fictícios, através de um poder de

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

conversão do abstrato a ideias palpáveis, facilmente compreendidas sem muito esforço por leitores
secundários.

Através da matemática, e do raciocínio aguçado que o seu estudo nos traz, podemos desenvolver
ainda mais as percepções desse mundo de complexidades e realidades ainda pouco exploradas.
Podemos nos fortalecer como intelectuais, autoridades naquilo que nos propusermos a defender,
proprietários de um vasto conhecimento e compartilhadores dos saberes adquiridos ao longo das
várias jornadas acadêmicas.

Relação de Ordem

Sejam a e b dois números reais quaisquer. Dizemos que a é menor que b e escrevemos ,

quando é positivo. Geometricamente, isto significa que o número a está à esquerda do


número b na reta numerada. Equivalentemente, dizemos que b é maior que a e escrevemos b > a .

Logo, somente três casos podem acontecer: ou , ou ou .Neste sentido

dizemos que o conjunto dos números reais é ordenado. O símbolo , lê-se a é menor ou
igual a b , (ou b a, lê-se b é maior ou igual a a ) significa que ou a < b ou a = b ( b > a ou b = a ).

Se a , b e c são números reais, podemos demonstrar que:

( i ) Se a < b e b < c então a < c .

( ii ) Se a < b então .

( iii ) Se e então .

( iv ) Se e c > 0 então .

( v ) Se a < b e c < 0 então a c > b c .

( vi ) Se 0 < a < b então .

Regras de Divisibilidade

Dentre as propriedades operatórias existentes na Matemática, podemos ressaltar a divisão, que


consiste em representar o número em partes menores e iguais. Para que o processo da divisão
ocorra normalmente, sem que o resultado seja um número não inteiro, precisamos estabelecer
situações envolvendo algumas regras de divisibilidade. Lembrando que um número é considerado
divisível por outro quando o resto da divisão entre eles é igual a zero.

Regras de divisibilidade

Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.

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Divisibilidade por 2
Todo número par é divisível por 2, para isto basta terminar em 0, 2, 4, 6 ou 8. Exemplo:

24 : 2 = 12
132 : 2 = 66
108 : 2 = 54
1024 : 2 = 512

Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma de seus algarismos constitui um número múltiplo de 3.
Exemplo:

33 : 3 = 11, pois 3 + 3 = 6
45 : 3 = 15, pois 4 + 5 = 9
156 : 3 = 52, pois 1 + 5 + 6 = 12
558 : 3 = 186, pois 5 + 5 + 8 = 18

Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando for par e a metade do último algarismo adicionado ao penúltimo
for um número par ou terminar com zero nas duas últimas casas. Exemplo:

48 : 4 = 12, pois 8/2 + 4 = 8


288 : 4 = 72, pois 8/2 + 8 = 12
144 : 4 = 36, pois 4/2 + 4 = 6
100 : 4 = 25, pois possui na última e antepenúltima casa o algarismo 0.

Divisibilidade por 5
É todo número terminado em 0 ou 5.

25 : 5 = 5
100 : 5 = 20
555 : 5 = 111
75 : 5 = 15

Divisibilidade por 6
São todos os números divisíveis por 2 e 3 no mesmo instante.

24 : 6 = 4, pois 24 : 2 = 12 e 24 : 3 = 8
36 : 6 = 6, pois 36 : 2 = 18 e 36 : 3 = 12
132 : 6 = 22, pois 132 : 2 = 66 e 132 : 3 = 44
564: 6 = 94, pois 564 : 2 = 282 e 546 : 3 = 188

Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7 quando estabelecida a diferença entre o dobro do último e os demais
algarismos, constituindo um número divisível por 7. Exemplo:

161 : 7 = 23, pois 16 – 2*1 = 16 – 2 = 14


203 : 7 = 29, pois 20 – 2*3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2*4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2*0 = 84

Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis por 8.
Exemplo:

1000 : 8 = 125, pois termina em 000


208 : 8 = 26, pois os três últimos são divisíveis por 8

Divisibilidade por 9

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Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número múltiplo de
9. Exemplo:

81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27

Divisibilidade por 10
Todo número terminado em 0 é divisível por 10.

100 : 10 = 10
500 : 10 = 50
500 000 : 10 = 50 000
2000 : 10 = 200

Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o número
formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2 algarismos,
resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas (11, 22, 33, 5555,
etc.) são múltiplas de 11.

1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 132 – 2 = 11


2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66

Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.

192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48


672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168

Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.

1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.


1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.

Máximo divisor comum (mdc)

O máximo divisor comum é o maior divisor entre dois números, para identificar esse máximo
divisor é necessário realizar um processo de fatoração.

Para estudarmos o máximo divisor comum entre dois termos, precisamos saber o que é divisor de um
número. Todo número natural possui divisores, isto é, se ao dividirmos um número A pelo número B e
obtermos resto zero podemos afirmar que B é divisor de A. Por exemplo:

16 : 2 é igual a 8 e resto 0.
25 : 5 é igual a 5 e resto 0.

Podemos concluir que 2 e 5 são divisores de 16 e 25 respectivamente.

Exemplos de divisores de um número:

Divisores de:
32 = 1, 2, 4, 8, 16, 32
15 = 1, 3, 5, 15
45 = 1, 3, 5, 9, 15, 45

O MDC entre dois ou mais números é o maior divisor comum a eles.

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Exemplos:

MDC(12,36)
Divisores de 12 = 1, 2, 3, 4, 6, 12
Divisores de 36 = 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36
Podemos verificar que o maior divisor comum entre 12 e 36 é o próprio 12.

MDC(18,24,54)
Divisores de 18 = 1, 2, 3, 6, 9, 18
Divisores de 24 = 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24
Divisores de 54 = 1, 2, 3, 6, 18, 27, 54
O maior divisor comum a 12, 24 e 54 é o 6.

Processo prático para a obtenção do máximo divisor comum

MDC(12,36)

Os números destacados na fatoração estão dividindo os dois números ao mesmo tempo, então
devemos realizar uma multiplicação entre eles para descobrirmos o máximo divisor comum.
2 x 2 x 3 = 12
MDC(12,36) = 12

MDC(70,90,120)

O máximo divisor comum a 70, 90 e 120 = 2 x 5 = 10

Mínimo Múltiplo Comum

Para entendemos o que é mínimo múltiplo comum, temos que saber achar os múltiplos de um
número.

Por exemplo, quais são os múltiplos de 2?


São todos os números que resultam da multiplicação de um número natural por 2. Veja:

2 x 1 = 2 → 2 é múltiplo de 2.
2 x 5 = 10 → 10 é múltiplo de 2.
2 x 12 = 24 → 24 é múltiplo de 2.
2 x 30 = 60 → 60 é múltiplo de 2


Natural

E quando é dado um número como iremos fazer pra saber se esse número será múltiplo de 2,3,4,5,6,
e assim por diante?
Basta fazer a operação inversa à multiplicação: divisão. Veja:

• 1232 será múltiplo de 2?


Neste caso podemos usar a operação de divisão pra descobrir ou usar a regra seguinte:

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Todo número múltiplo de 2 tem que terminar em número par. Então 1232 termina em par, ele será
múltiplo de 2.

• 1232 será múltiplo de 3?


Como no múltiplo de 2 podemos utilizar a operação da divisão pra descobrir ou usar a seguinte
regra: todo número múltiplo de 3, a soma de seus algarismos resulta em um número múltiplo de 3.
Se somarmos os algarismos do número 1232 teremos 1+2+3+2 = 8. 8 não é múltiplo de 3, então
1232 também não vai ser.

• 1232 é múltiplo de 5?
Para descobrir se um número é múltiplo de 5 além de usar a operação da divisão, também podemos
utilizar uma regra: todo número múltiplo de 5 termina em 0 ou 5. Então 1232 termina em 2, assim não
é múltiplo de 5.

Para descobrir se 1232 é múltiplo de outros números devermos utilizar a divisão se essa operação
der exata (resto igual a zero) é por que ele será múltiplo.

Agora o que é mmc? Calculamos o mmc de 2 ou mais números. Consistem em achar o menor
múltiplo comum (tirando o zero) entre esses números. Por exemplo:

MMC(15, 20) = ?
Devemos em primeiro lugar acharmos os múltiplos de 15 e depois de 20.

M(15) = 15, 30, 45, 60, 75, 90, ...


M(20) = 20, 40, 60, 80, 100, ...

Observando os seus múltiplos vemos que o menor múltiplo comum é o 60, portanto:

MMC(15, 20) = 60.

Existe outro método para acharmos o mmc de números. Ele consiste em dividir os números por
números primos, veja como funciona.

Número primo é aquele número que é divisível apenas por um e por ele mesmo. Como
2,3,5,7,11,13,17,19,23, e assim por diante. É interessante ressaltar que o único número par primo é o
2, os outro são todos ímpares.

Para calcularmos o mmc(15,20) utilizando esse método ficará assim:

Dividimos o 15 e 20 apenas por números primos em seqüência. Pegamos os números primos 2, 2,3
,5 é multiplicamos: 2 x 2 x 3 x 5 = 60 então o mmc(15,20) = 60.

Decomposição em fatores primos

A fatoração está diretamente relacionada com a multiplicação, haja vista que os fatores são os
termos que multiplicamos para gerar o produto. Veja:

2 → fator 26 → fator
x 3 → fator x 7 → fator
6 → Produto 182 → Produto

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Os fatores primos da decomposição são obtidos por meio de divisões sucessivas. Recorde-se de
que, para um número ser primo, ele deve ser divisível somente por 1 e ele mesmo, logo, os números
2, 3, 5, 7 e 11 são primos. O número primo é considerado um fator quando ele for o divisor no
algoritmo da divisão. A estrutura do algoritmo da divisão é a seguinte:

Dividendo | Divisor
Resto Quociente

Realizando a divisão de 4 por 2, temos a seguinte situação:

Utilizando as divisões sucessivas, obtemos a fatoração completa, que representa a decomposição de


um número em fatores primos. Veja um exemplo de divisões sucessivas do número 112 e, em
seguida, a fatoração completa.

Exemplo: Decomponha o número 112 em fatores primos:

112| 2
0 56 | 2
0 28 | 2
0 14 | 2
0 7|7
0 1

Toda vez que for realizar a decomposição de um número em fatores primos, lembre-se de que o
divisor sempre será um número primo e a ordem de sucessão desses divisores, que são fatores, é
crescente. Mudamos o número primo do divisor somente quando não é mais possível utilizá-lo na
divisão. No exemplo acima, houve a mudança do divisor de número 2 para sete, uma vez que o
dividendo passou a ser o sete e o único divisor para 7 é o próprio 7.

Ainda sobre o exemplo acima, a fatoração completa de 121 é:

112 = 2 . 2 . 2 . 2 . 7 = 24 . 7

Além da estrutura do algoritmo da divisão, existe outra que pode ser utilizada para fatorar um número.
Veja os três exemplos a seguir:

Exemplo: Encontre a forma fatorada completa dos números 234, 180 e 1620:

234|2
117|3
39|3
13|13
1|

A forma fatorada completa do número 234 é: 2 . 3 . 3 . 13 = 2 . 32 . 13

Observe que todos os fatores são números primos e que a sucessão dos fatores acontece de forma
crescente.

180|2
90|2
45|3
15|3
5|5
1|

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

A forma fatorada completa do número 180 é: 2 . 2 . 3 . 3 . 5 = 22 . 32 . 5

Todos os termos que compõem a fatoração são números primos.

1620|2
810|2
405|3
135|3
45|3
15|3
5|5
1|

A forma fatorada completa do número 1620 é: 2 . 2 . 3 . 3 . 3 . 3 . 5 = 22 . 34 . 5

Todos os números que compõem a fatoração são primos.

Números racionais

O conjunto Q dos números racionais é formado por todos aqueles números que podem ser
expressos na forma de fração a/b, em que o e b são números inteiros e b é diferente de 0.

Ao calcular a expressão decimal de um número racional, dividindo o numerador pelo denominador,


obtêm-se números inteiros ou decimais.

Os números decimais podem ter:

• Um número finito de algarismos, número decimal exato, se os únicos divisores do denominador


forem 2 ou 5.

• Um número infinito de algarismos, que se repetem de forma periódica.

o a partir da vírgula, decimal periódico simples, se 2 ou 5 forem divisores do denominador;

o a partir do algarismo dos décimos, centésimos…, decimal periódico composto, se entre os


divisores do denominador estiver o 2 ou o 5 e houver, além desses, outros divisores.

Reciprocamente, qualquer número decimal exato ou periódico pode ser expresso na forma de fração.

Exemplo:

Expressar na forma de fração os seguintes números decimais:

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Representação canônica de um número racional

Dada uma fração, existem infinitas frações equivalentes a ela.

é o conjunto das frações equivalentes à fração irredutível .

Um conjunto de frações equivalentes representa um único número racional.

Cada fração do conjunto é um representante do número racional, e a fração irredutível com


denominador positivo é o representante canônico.

Assim, o número racional é formado pela fração e todas as suas equivalentes:

Todas elas são representantes do número racional .

Portanto, e o representante canônico.

Números irracionais

O conjunto I dos números irracionais é formado pelos números que não podem ser expressos em
forma de fração. São números cuja expressão decimal tem um número infinito de algarismos que não
se repetem de forma periódica.

Existem infinitos números irracionais: é irracional e, em geral, é irracional qualquer raiz não-
exata, como

também é irracional e podem-se gerar números irracionais combinando seus algarismos decimais;
por exemplo, o = 0,010010001… ou b = 0,020020002…

Com esses números, podem-se calcular soluções em equações do segundo grau (x2 = 2 —> x
= que não é racional), o comprimento de uma circunferência (C = 2 r, em que não é
racional) etc.

Teorema de Pitágoras

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Os números irracionais do tipo , sendo o um número natural, podem ser representados de


maneira exata na reta numérica utilizando-se o Teorema de Pitágoras; para os demais, calcula-se
sua expressão decimal e representa-se uma aproximação.

Exemplo:

Verificar se cada um dos seguintes números é racional ou irracional.

a) ; portanto, é um numero racional.

b) é um número irracional; se fosse um número racional poderia ser representado na forma de

uma fração irredutível: , em que a e b não têm fatores comuns.

que significa que a2 é divisível por b2, ou seja, têm divisores comuns,

contradizendo o fato de que a fração seja irredutível. Demonstra-se essa afirmação por absurdo.

Números complexos

Os números complexos formam um conjunto numérico que é mais abrangente que os números
reais. Eles surgiram após inúmeros estudos, sobretudo após tentativas de se resolver equações do
segundo e do terceiro grau. Nessa época, os matemáticos se depararam raízes quadradas de
números negativos, que não podem ser expressas no conjunto dos números reais. Assim, os
matemáticos passaram a denotar essas raízes usando a letra “i”. A base principal foi
adotar i=−1−−−√.

Definição

Quando vamos solucionar equações do tipo x2+1=0, nos deparamos com x=±−1−−−√. Como não
existe raiz quadrada de número negativo no conjunto dos números reais, convencionou-se utilizar a
notação i2=−1 para representar esse número negativo. Com isso, o resultado da equação anterior
seria x=±i. Esse número “i” é conhecido como unidade imaginária.

Assim, um número complexo, que chamamos de Z, tem a forma

z=a+bi, a,b∈R

Chamamos o número a de parte real, Re(Z) = a, e b de parte imaginária, Im(Z) = b. Esta notação é
chamada de forma algébrica.

Adição de números complexos

A adição de números complexos é realizada através da adição dos termos semelhantes, ou seja,
somamos as partes reais de cada número e depois as partes imaginárias. Sejam z1 e z2 dois
números complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di.

Definiremos a adição de z1 e z2 da seguinte forma:

z1+z2=(a+bi)+(c+di)

z1+z2=(a+c)+(b+d)i

Exemplo:

Se z1=3+2i e z2=5−3i a soma será:

z1+z2=(3+5)+(2−3)i

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

z1+z2=8−i

Subtração de números complexos

A subtração de números complexos é análoga à adição. Calculamos a diferença entre as partes reais
de cada número e depois as partes imaginárias.

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di.

Definiremos a subtração de z1 e z2 da seguinte forma:

z1−z2=(a+bi)−(c+di)

z1−z2=(a−c)+(b−d)i

Exemplo:

Se z1=7+10i e z2=3+6i a diferença será:

z1−z2=(7−3)+(10−6)i

z1−z2=4−4i

Multiplicação de números complexos

Para multiplicar números complexos utilizamos o mesmo método adotado na expansão de um


produto notável, multiplicando cada termo do primeiro fator por todos os membros do segundo fator.
Assim:

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di.

Definiremos a multiplicação de z1 e z2 da seguinte forma:

z1⋅z2=(a+bi)⋅(c+di)

z1⋅z2=(ac−bd)+(ad+bc)i

Exemplo:

Se z1=2+5i e z2=1+3i o produto será:

z1⋅z2=(2+5i)+(1+3i)

z1⋅z2=2⋅1+2⋅3i+5i⋅1+5i⋅3i

z1⋅z2=2+6i+5i+15i2

z1⋅z2=2+6i+5i+15⋅(−1)

z1⋅z2=2+6i+5i−15

z1⋅z2=(2−15)+(6+5)i

z1⋅z2=−13+11i

Divisão de números complexos

Para dividir números complexos multiplicamos o dividendo e o divisor pelo conjugado do divisor. O
conjugado de um número complexo z1=a+bi será z1=a−bi.

Sempre que multiplicamos um número complexo pelo seu conjugado, o denominador será um
número real.

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Definiremos a divisão de z1 e z2 da seguinte forma:

z1z2=a+bic+di⋅c−dic−di

z1z2=(a+bi)⋅(c−di)c2−(di)2

z1z2=(ac−bd)+(ad+bc)ic2+d2=ac−bdc2+d2+ad+bcc2+d2i

Exemplo

Se z1=1+2i e z2=2+3i a divisão será:

z1z2=1+2i2+3i⋅2−3i2−3i

z1z2=(1+2i)⋅(2−3i)22−(3i)2

z1z2=8−i4+9=8−i13=813−113i

Argumento e módulo de um número complexo

Podemos representar um número complexo em um sistema de coordenadas. Esse sistema de


coordenadas é chamado de Plano de Argand-Gauss. É composto por dois segmentos de reta
perpendiculares. O segmento horizontal comporta as partes reais dos números complexos e o
segmento vertical, as partes imaginárias. Como exemplo, observe como será representado o número
complexo z=a+bi no Plano de Argand-Gauss:

O segmento de reta OZ é chamado de módulo do número complexo, representado por |z|. Na figura
abaixo, o ângulo entre o eixo Ox e o segmento OZ é chamado de argumento de Z, representado
por θ.

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Argumento de Z

No Triângulo retângulo formado pelos vértices OâZ, temos que:

sen(θ)=b|z|

cos(θ)=a|z|

Sendo θ o argumento de Z.

Para encontrar o argumento de Z, podemos utilizar θ=arcsen(b|z|) ou θ=arcos(a|z|).

Módulo de Z

Aplicando o teorema de Pitágoras teremos:

(|z|)2=a2+b2

Então:

|z|=a2+b2−−−−−−√

Forma trigonométrica de um número complexo

Cada número complexo pode ser expresso em função do seu módulo e argumento. Quando isso
acontece dizemos que o número complexo está na forma trigonométrica ou polar.

Considere o número complexo z=a+bi, em que z ≠ 0,

Como vimos anteriormente:

sen(θ)=b|z|⟹b=|z|⋅sen(θ)

cos(θ)=a|z|⟹a=|z|⋅cos(θ)

Substituindo os valores de a e b no complexo z=a+bi.

z=a+bi

z=|z|⋅cos(θ)+|z|⋅sen(θ)i

z=|z|⋅(cos(θ)+i⋅sen(θ))

Produto de números complexos na forma polar

Considere dois números complexos na forma polar:

z1=|z1|⋅(cos(θ1)+i⋅sen(θ1))

z2=|z2|⋅(cos(θ2)+i⋅sen(θ2))

O produto entre será:

z1⋅z2=[|z1|⋅(cos(θ1)+i⋅sen(θ1))]⋅[|z2|⋅(cos(θ2)+i⋅sen(θ2))]

z1⋅z2=|z1|⋅|z2|⋅(cos(θ1)+i⋅sen(θ1))⋅(cos(θ2)+i⋅sen(θ2))

z1⋅z2=|z1|⋅|z2|⋅(cos(θ1)⋅cos(θ2)+cos(θ1)⋅i⋅sen(θ2)+i⋅sen(θ1)⋅cos(θ2)+i⋅sen(θ1)⋅i⋅sen(θ2))

z1⋅z2=|z1|⋅|z2|⋅(cos(θ1)⋅cos(θ2)+i⋅cos(θ1)⋅sen(θ2)+i⋅sen(θ0)⋅cos(θ2)+i2⋅sen(θ1)⋅sen(θ2))

z1⋅z2=|z1|⋅|z2|⋅(cos(θ1)⋅cos(θ2)−sen(θ1)⋅sen(θ2)+i(sen(θ1)⋅cos(θ2)+sen(θ2)⋅cos(θ1)))

z1⋅z2=|z1|⋅|z2|⋅(cos(θ1+θ2)+i⋅sen(θ1+θ2))

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CONJUNTOS NUMÉRICOS

Assim, para multiplicar dois números complexos na forma polar, basta multiplicar seus módulos e
somar seus argumentos.

Exemplo:

Se z1=2(cos(π6)+i⋅sen(π6)) e z2=3(cos(π3)+i⋅sen(π3)):

z1⋅z2=2⋅3(cos(π6+π3)+i⋅sen(π6+π3))

z1⋅z2=6(cos(π2)+i⋅sen(π2))

Potência de um número complexo

Como vimos anteriormente, para multiplicar números complexos, basta multiplicar seus módulos e
somar seus argumentos.

Se multiplicarmos um número complexo Z por ele mesmo n vezes, teremos:

|z|⋅|z|⋅|z|⋅|z|⋅…⋅|z|=(|z|)n

θ+θ+θ+…+θ=n⋅θ

Assim, elevando Z a uma potência n, teremos que:

zn=(|z|)n⋅(cos(nθ)+i⋅sen(nθ))

Exemplo:

Calcular z3, sendo z=2(cos(π4)+i⋅sen(π4)).

z3=23(cos(3⋅π4)+i⋅sen(3⋅π4))

z3=8(cos(3π4)+i⋅sen(3π4))

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FUNÇÕES

Funções

A função determina uma relação entre os elementos de dois conjuntos. Podemos defini-la utilizando
uma lei de formação, em que, para cada valor de x, temos um valor de f(x). Chamamos x de domínio
e f(x) ou y de imagem da função.

A formalização matemática para a definição de função é dada por: Seja X um conjunto com
elementos de x e Y um conjunto dos elementos de y, temos que:

f: x → y

Assim sendo, cada elemento do conjunto x é levado a um único elemento do conjunto y. Essa
ocorrência é determinada por uma lei de formação.

A partir dessa definição, é possível constatar que x é a variável independente e que y é a variável
dependente. Isso porque, em toda função, para encontrar o valor de y, devemos ter inicialmente o
valor de x.

Tipos de funções

As funções podem ser classificadas em três tipos, a saber:

• Função injetora ou injetiva

Nessa função, cada elemento do domínio (x) associa-se a um único elemento da imagem f(x).
Todavia, podem existir elementos do contradomínio que não são imagem. Quando isso acontece,
dizemos que o contradomínio e imagem são diferentes. Veja um exemplo:

• Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-1,5, +2, +8}

• Conjunto dos elementos da imagem da função: Im(f) = {A, C, D}

• Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD(f) = {A, B, C, D}

• Função Sobrejetora ou sobrejetiva

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FUNÇÕES

Na função sobrejetiva, todos os elementos do domínio possue um elemento na imagem. Pode


acontecer de dois elementos do domínio possuírem a mesma imagem. Nesse caso, imagem e
contradomínio possuem a mesma quantidade de elementos.

• Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-10, 2, 8, 25}

• Conjunto dos elementos da imagem da função: Im (f) = {A, B, C}

• Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD (f) = {A, B, C}

• Função bijetora ou bijetiva

Essa função é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora, pois, cada elemento de x relaciona-se a um
único elemento de f(x). Nessa função, não acontece de dois números distintos possuírem a mesma
imagem, e o contradomínio e a imagem possuem a mesma quantidade de elementos.

• Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-12, 0, 1, 5}


2

• Conjunto dos elementos da imagem da função: Im (f) = {A, B, C, D}

• Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD (f) = {A, B, C, D}

As funções podem ser representadas graficamente. Para que isso seja feito, utilizamos duas
coordenadas, que são x e y. O plano desenhado é bidimensional. A coordenada x é chamada de
abscissa e a y, de ordenada. Juntas em funções, elas formam leis de formação. Veja a imagem do
gráfico do eixo x e y:

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FUNÇÕES

Do último ano do Fundamental e ao longo do Ensino Médio, geralmente estudamos doze funções,
que são:

1 – Função constante;

2 – Função par;

3 – Função ímpar;

4 – Função afim ou polinomial do primeiro grau;

5 – Função Linear;

6 – Função crescente;

7 – Função decrescente;

8 – Função quadrática ou polinomial do segundo grau;

9 – Função modular;

10 – Função exponencial;

11 – Função logarítmica;

12 – Funções trigonométricas;

13 – Função raiz.

Mostraremos agora o gráfico e a fórmula geral de cada uma das funções listadas acima:

1 - Função constante

Na função constante, todo valor do domínio (x) tem a mesma imagem (y).

Fórmula geral da função constante:

f(x) = c

x = Domínio

f(x) = Imagem

c = constante, que pode ser qualquer número do conjunto dos reais.

Exemplo de gráfico da função constante: f(x) = 2

2 – Função Par

A função par é simétrica em relação ao eixo vertical, ou seja, à ordenada y. Entenda simetria como
sendo uma figura/gráfico que, ao dividi-la em partes iguais e sobrepô-las, as partes coincidem-se
perfeitamente.

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FUNÇÕES

Fórmula geral da função par:

f(x) = f(- x)

x = domínio

f(x) = imagem

- x = simétrico do domínio

Exemplo de gráfico da função par: f(x) = x2

3 – Função ímpar

A função ímpar é simétrica (figura/gráfico que, ao dividi-la em partes iguais e sobrepô-las, as partes
coincidem-se perfeitamente) em relação ao eixo horizontal, ou seja, à abscissa x.

Fórmula geral da função ímpar

f(– x) = – f(x)

– x = domínio

f(– x) = imagem

- f(x) = simétrico da imagem

Exemplo de gráfico da função ímpar: f(x) = 3x

4 – Função afim ou polinomial do primeiro grau

Para saber se uma função é polinomial do primeiro grau, devemos observar o maior grau da variável
x (termo desconhecido), que sempre deve ser igual a 1. Nessa função, o gráfico é uma reta. Além
disso, ela possui: domínio x, imagem f(x) e coeficientes a e b.

Fórmula geral da função afim ou polinomial do primeiro grau

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FUNÇÕES

f(x) = ax + b

x = domínio

f(x) = imagem

a = coeficiente

b = coeficiente

Exemplo de gráfico da função polinomial do primeiro grau: f(x) = 4x + 1

5 – Função Linear

A função linear tem sua origem na função do primeiro grau (f(x) = ax + b). Trata-se de um caso
particular, pois b sempre será igual a zero.

Fórmula geral da função linear

f(x) = ax

x = domínio

f(x) = imagem

a = coeficiente

Exemplo de gráfico da função linear: f(x) = -x/3

6 – Função crescente

A função polinomial do primeiro grau será crescente quando o coeficiente a for diferente de zero e
maior que um (a > 1).

Fórmula geral da função crescente

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FUNÇÕES

f(x) = + ax + b

x = domínio

f(x) = imagem

a = coeficiente sempre positivo

b = coeficiente

Exemplo de gráfico da função crescente: f(x) = 5x

7 – Função decrescente

Na função decrescente, o coeficiente a da função do primeiro grau (f(x) = ax + b) é sempre negativo.

Fórmula geral da função decrescente

f(x) = - ax + b

x= domínio/ incógnita

f(x) = imagem

- a = coeficiente sempre negativo

b = coeficiente

Exemplo de gráfico da função decrescente: f(x) = - 5x

8 – Função quadrática ou polinomial do segundo grau

Identificamos que uma função é do segundo grau quando o maior expoente que acompanha a
variável x (termo desconhecido) é 2. O gráfico da função polinomial do segundo grau sempre será
uma parábola. A sua concavidade muda de acordo com o valor do coeficiente a. Sendo assim, se a é
positivo, a concavidade é para cima e, se for negativo, é para baixo.

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FUNÇÕES

Fórmula geral da função quadrática ou polinomial do segundo grau

f(x) = ax2 + bx + c

x = domínio

f(x) = imagem

a = coeficiente que determina a concavidade da parábola.

b = coeficiente.

c = coeficiente.

Exemplo de gráfico da função polinomial do segundo grau: f(x) = x2 – 6x + 5

9 – Função modular

A função modular apresenta o módulo, que é considerado o valor absoluto de um número e é


caracterizado por (| |). Como o módulo sempre é positivo, esse valor pode ser obtido tanto negativo
quanto positivo. Exemplo: |x| = + x ou |x| = - x.

Fórmula geral da função modular

f(x) = x, se x≥ 0

ou

f(x) = – x, se x < 0

x = domínio

f(x) = imagem

- x = simétrico do domínio

Exemplo de gráfico da função modular: f(x) =

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FUNÇÕES

10 – Função exponencial

Uma função será considerada exponencial quando a variável x estiver no expoente em relação à
base de um termo numérico ou algébrico. Caso esse termo seja maior que 1, o gráfico da função
exponencial é crescente. Mas se o termo for um número entre 0 e 1, o gráfico da função exponencial
é decrescente.

Fórmula geral da função exponencial

f(x) = ax

a > 1 ou 0 < a < 1

x = domínio

f(x) = imagem

a = Termo numérico ou algébrico

Exemplo de gráfico da função exponencial crescente: f(x) = (2)x, para a = 2

Exemplo de gráfico da função exponencial decrescente: f(x) = (1/2)x para a = ½

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FUNÇÕES

11 - Função logarítmica

Na função logarítmica, o domínio é o conjunto dos números reais maiores que zero e o contradomínio
é o conjunto dos elementos dependentes da função, sendo todos números reais.

Fórmula geral da função logarítmica

f(x) = loga x

a = base do logaritmo
f(x) = Imagem/ logaritmando
x = Domínio/ logaritmo

Exemplo de gráfico da função logarítmica: f(x) = log10 (5x - 6)

12 – Funções trigonométricas

As funções trigonométricas são consideradas funções angulares e são utilizadas para o estudo dos
triângulos e em fenômenos periódicos. Podem ser caracterizadas como razão de coordenadas dos
pontos de um círculo unitário. As funções consideradas elementares são:

- Seno: f(x) = sen x

- Cosseno: f(x) = cos x

- Tangente: f(x) = tg x

Exemplo de gráfico da função trigonométrica seno: f(x) = sen (x + 2)

Exemplo de gráfico da função trigonométrica cosseno: f(x) = cos (x + 2)

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FUNÇÕES

Exemplo de gráfico da função tangente: f(x) = tg (x + 2)

13 – Função raiz

O que determina o domínio da função raiz é o termo n que faz parte do expoente. Se nfor ímpar, o
domínio (x) será o conjunto dos números reais; se n for par, o domínio (x) será somente os números
reais positivos. Isso porque, quando o índice é par, o radicando (termo que fica dentro da raiz) não
pode ser negativo.

Fórmula geral da função raiz

f(x) = x 1/n

f(x) = Imagem

x = domínio/ base

1/n = expoente

Exemplo de gráfico da função raiz: f(x) = (x)1/2

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FUNÇÕES

Função Injetora

A função injetora, também chamada de injetiva, é um tipo de função que apresenta elementos
correspondentes em outra.

Assim, dada uma função f (f: A → B), todos os elementos da primeira têm como imagem elementos
distintos de B. No entanto, não há dois elementos distintos de A com a mesma imagem de B.

Além da função injetora, temos:

Função Sobrejetora: todo elemento do contradomínio de uma função é imagem de pelo menos um
elemento do domínio de outra.

Função Bijetora: é uma função injetora e sobrejetora, onde todos os elementos de uma função são
correspondentes de todos os elementos de outra.

Exemplo

Dada funções: f de A = {0, 1, 2, 3} em B = {1, 3, 5, 7, 9} definida pela lei f(x) = 2x + 1. No diagrama


temos:

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FUNÇÕES

Observe que todos os elementos da função A possui correspondentes em B, no entanto, um deles


não está correspondido (9).

Gráfico

Na função injetora, o gráfico pode ser crescente ou decrescente. Ele é determinado por uma reta
horizontal que passa por um único ponto. Isso porque um elemento da primeira função possui um
correspondente na outra.

Função Sobrejetora

A função sobrejetora, também chamada de sobrejetiva é um tipo de função matemática que relaciona
elementos de duas funções.

Na função sobrejetora, todo elemento do contradomínio de uma é imagem de pelo menos um


elemento do domínio de outra.

Em outras palavras, numa função sobrejetora o contradomínio é sempre igual ao conjunto imagem.

f: A → B, ocorre a Im(f) = B

No diagrama acima temos que o domínio dessa função sobrejetora reúne os elementos {-2, -1, 1, 3}.
Já o contradomínio é o conjunto representado por {12, 3, 27} e o conjunto imagem é {12, 3, 27}.

Além da função sobrejetora, há mais dois tipos:

Função Injetora: trata-se de uma função onde todos os elementos da primeira possuem como
imagem elementos distintos da segunda.

Função Bijetora: corresponde a uma função que ao mesmo tempo é injetora e sobrejetora. Dessa
forma, todos os elementos de uma função são correspondentes de todos os elementos de outra.

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FUNÇÕES

Gráfico da Função Sobrejetora

No gráfico de uma função sobrejetora notamos que a imagem da função é igual a B: Im(f) = B.

Função par e função ímpar

Função é a relação do conjunto de chegada com o conjunto de partida, a forma que assumir essa
relação poderá definir uma função como sendo par ou ímpar.

Função par

Será uma função par a relação onde o elemento simétrico do conjunto do domínio tiver a mesma
imagem no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será par se f(x) = f(-x).

Por exemplo: a função A→B, com A = {-2,-1,0,1,2} e B = {1,2,5} definida pela fórmula f(x) = x2 + 1,
obedece o seguinte diagrama:

Veja nesse diagrama que os elementos simétricos do domínio, como o 2 e -2, possuem a mesma
imagem. Por isso, essa função é uma função par.

Outra forma de verificar se uma função é par é a seguinte: para que uma função seja par é preciso
que f(x) = f(-x), então, se for dada a seguinte função f(x) = x2 + 1, basta substituir.
Como f(x) = f(-x), então f(-x) = (-x)2 – 1 → f (-x) = x2 – 1. A função continuou a mesma depois da
substituição, portanto, ela é uma função par.

Função ímpar

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FUNÇÕES

Será uma função ímpar a relação onde os elementos simétricos do conjunto do domínio terão
imagens simétricas no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será ímpar se
f(-x) = -f(x).

Por exemplo: a função A→B, com A = {-2,-1,0,1,2} e B = {-10,-5,0,5,10} definida pela fórmula f(x) =
5x, obedece o seguinte diagrama:

Veja que os elementos simétricos do conjunto A como -2 e 2 possuem imagens simétricas. Por isso,
essa função é uma função ímpar.

Outra forma de verificar se uma função é ímpar é a seguinte: para que uma função seja ímpar é
preciso que f(-x) = -f(x), então se for dada a seguinte função f(x) = 5x, basta testar se ela seria par.

Como f(x) = f(-x), então f(-x) = 5 . (-x) → f (-x) = -5x. Como a função f(x) ≠ f(-x) e
f(-x) = -f(x), dizemos que essa função é uma função ímpar.

Funções, Inversa e Composta

1 - FUNÇÃO INVERSA

Dada uma função f : A ® B , se f é bijetora , então define-se a função inversa f -1 como sendo a função
de B em A , tal que f -1 (y) = x .

Veja a representação a seguir:

É óbvio então que:


a) para obter a função inversa , basta permutar as variáveis x e y .
b) o domínio de f -1 é igual ao conjunto imagem de f .
c) o conjunto imagem de f -1 é igual ao domínio de f .
d) os gráficos de f e de f -1 são curvas simétricas em relação à reta y = x ou seja , à bissetriz do
primeiro quadrante .

Exemplo:

Determine a INVERSA da função definida por y = 2x + 3.


Permutando as variáveis x e y, fica: x = 2y + 3
Explicitando y em função de x, vem:
2y = x - 3 \ y = (x - 3) / 2, que define a função inversa da função dada.

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FUNÇÕES

O gráfico abaixo, representa uma função e a sua inversa.

Observe que as curvas representativas de f e de f-1, são simétricas em relação à reta


y = x, bissetriz do primeiro e terceiro quadrantes.

Exercício resolvido:
A função f: R ® R , definida por f(x) = x2 :
a) é inversível e sua inversa é f -1 (x) = Ö x
b) é inversível e sua inversa é f -1(x) = - Ö x
c) não é inversível
d) é injetora
e) é bijetora

SOLUÇÃO:
Já sabemos que somente as funções bijetoras são inversíveis, ou seja, admitem função inversa. Ora,
a função f(x) = x2, definida em R - conjunto dos números reais - não é injetora, pois elementos
distintos possuem a mesma imagem. Por exemplo,
f(3) = f(-3) = 9. Somente por este motivo, a função não é bijetora e, em consequência, não é
inversível.

Observe também que a função dada não é sobrejetora, pois o conjunto imagem da função f(x) = x2 é
o conjunto R + dos números reais não negativos, o qual não coincide com o contradomínio dado que
é
igual a R. A alternativa correta é a letra C.

2 - FUNÇÃO COMPOSTA

Chama-se função composta ( ou função de função ) à função obtida substituindo-se a variável


independente x , por uma função.

Simbologia : fog (x) = f(g(x)) ou gof (x) = g(f(x)) .

Veja o esquema a seguir:

Obs: atente para o fato de que fog ¹ gof , ou seja, a operação " composição de funções " não é
comutativa .

Exemplo:
Dadas as funções f(x) = 2x + 3 e g(x) = 5x, pede-se determinar gof(x) e fog(x).
Teremos:
gof(x) = g[f(x)] = g(2x + 3) = 5(2x + 3) = 10x + 15

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FUNÇÕES

fog(x) = f[g(x)] = f(5x) = 2(5x) + 3 = 10x + 3


Observe que fog ¹ gof .

Exercícios resolvidos:

1 - Sendo f e g duas funções tais que: f(x) = ax + b e g(x) = cx + d . Podemos afirmar que a igualdade
gof(x) = fog(x) ocorrerá se e somente se:
a) b(1 - c) = d(1 - a)
b) a(1 - b) = d(1 - c)
c) ab = cd
d) ad = bc
e) a = bc

SOLUÇÃO:
Teremos:
fog(x) = f[g(x)] = f(cx + d) = a(cx + d) + b \ fog(x) = acx + ad + b
gof(x) = g[f(x)] = g(ax + b) = c(ax + b) + d \ gof(x) = cax + cb + d

Como o problema exige que gof = fog, fica:


acx + ad + b = cax + cb + d

Simplificando, vem:
ad + b = cb + d
ad - d = cb - b \ d(a - 1) = b(c - 1), que é equivalente a d(a - 1) = b(c - 1),

o que nos leva a concluir que a alternativa correta é a letra A.

2 - Sendo f e g duas funções tais que fog(x) = 2x + 1 e g(x) = 2 - x então f(x) é:


a) 2 - 2x
b) 3 - 3x
c) 2x - 5
d) 5 - 2x
e) uma função par.

SOLUÇÃO:
Sendo fog(x) = 2x + 1, temos: f[g(x)] = 2x + 1
Substituindo g(x) pelo seu valor, fica: f(2 - x) = 2x + 1
Fazendo uma mudança de variável, podemos escrever 2 - x = u, sendo u a nova variável. Portanto, x
= 2 - u.

Substituindo, fica:
f(u) = 2(2 - u) + 1 \ f(u) = 5 - 2u
Portanto, f(x) = 5 - 2x ,

o que nos leva à alternativa D.

Função Exponencial E Logarítmica

Definição

O logaritmo de "a" na base "b" é o expoente "c" que devemos dar a "b" para que este fique igual ao
número "a". Nestas condições dizemos:

logba = c bc = a

b>0

b 1

a >0

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FUNÇÕES

Exemplo

pois 26 = 64

Obs.

I - Em as condições de existência devem ser:

9-x>0 x<9

x-3>0 x>3

x-3 1 x 4

II - Quando não se menciona a base, esta é o número 10.

Exemplo

Característica e Mantissa

Em logx = c + m, onde c Z e, é denominado característica, e m mantissa vem do latim,


significando excesso.

Exemplos

log2 = 0,301 onde c = 0 e m = 0,301

log20 = 1,301 onde c = 1 e m = 0,301.

log 200 = 2,301 onde c = 2 e m = 0,301.

Assim, se x 1, a característica é a quantidade de algarismos da parte inteira de x, menos 1.

log0,2 = -1 + 0,301 = onde c = -1 e m = 0,301.

log0,02 = -2 + 0,301 = onde c = - 2 e m = 0,301.

Assim, se 0 < x < 1, a característica é a quantidade de zeros que precedem o primeiro algarismo não
nulo, aferida de sinal negativo.

Equações e Inequações Logarítmicas

São casos onde nós temos que reduzir as equações que estão envolvendo logaritmos e exponenciais
a expressões do tipo:

a = b, loga b = x , dx < dy ou loga b < y

Assim vejamos:

32x = 81 . 3x + 2

32x = 34 . 3x + 2

32x = 34+x+2

32x = 3x+6 2x = x + 6

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FUNÇÕES

x=6

Exemplos

x = 20 = 1 ou x = 22 = 4

Função Logarítmica

Função logarítmica é uma função definida em com imagem, , onde a R e 0 < a 1.

Se a > 1, a função será estritamente crescente, e portanto, uma desigualdade entre os dois
elementos do domínio, conservará o seu sentido entre os elementos correspondentes do conjunto
imagem. Caso contrário, ou seja, se 0 < a < 1, f será estritamente decrescente, e, portanto, inverterá
o sentido da desigualdade.

Mudança de base

Existem ocasiões em que nos deparamos com um logaritmo em certa base e temos de convertê-lo a
outra base. Por exemplo, se for pedido para calcular log7 2. As calculadoras só fazem o cálculo de
logaritmos na base 10 ou na base e. Nesses casos, há uma ferramenta matemática que nos permite
mudar a base do logaritmo para qualquer outra base desejada.

Método para mudança de base


Sejam a, b e c números reais positivos e diferentes de 1. A fórmula para mudança de base de um
logaritmo é dada por:

Exemplo 1. Calcule log3 7 utilizando logaritmos de base 10.


Solução: utilizando a fórmula de mudança de base, temos:

Com o auxílio da calculadora, encontramos:

Exemplo 2. Escreva em base e os seguintes logaritmos e, utilizando a calculadora, encontre seus


valores:

a) log4 10
Solução: usando a fórmula da mudança de base, teremos:

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FUNÇÕES

Utilizando a calculadora, obtemos:

b) log3 5

Propriedade importante:

Característica, Mantissa e Tabela Logarítmica

Normalmente, toda calculadora científica possui a função que permite calcular o valor do logaritmo
decimal ou de base 10 de um número.

A figura abaixo exibe a calculadora do Windows XP no modo científico, com o resultado do logaritmo
decimal de 127.

Observe que estão assinalados a característica do logaritmo (a parte inteira), a mantissa (a parte
decimal) com 31 casas e a função log que efetua o cálculo.

O objetivo é obter esse resultado, com menos casas decimais, a partir dos conceitos de característica
e mantissa do logaritmo decimal.

A mantissa, como veremos, é obtida a partir da tábua de logaritmos (ou tabela logarítmica)
apresentada abaixo. A tabela contém a mantissa, com quatro casas decimais, dos logaritmos
decimais de 10 a 309.

Henry Briggs, matemático inglês (1561-1630), foi quem publicou a primeira tábua de logaritmos de 1
a 1000 em 1617.

Característica de um logaritmo decimal

Antes de estabelecer o conceito de característica de um logaritmo decimal, vamos “tentar” calcular o


logaritmo de 127. Pela definição de logaritmo temos que:

log 127 = x => 10x = 127

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FUNÇÕES

Claramente se observa que não existe nenhum x inteiro que satisfaça essa igualdade. No entanto,
podemos inferir facilmente que:

102 < 10x (= 127) < 103

E daqui, que o valor de x está entre 2 e 3, ou seja:

2 < x < 3 => 2 < log 127 < 3

Desta forma, podemos estabelecer uma relação semelhante para qualquer logaritmo de um número
inteiro positivo maior que 1. E, no caso, por exemplo, de log 0,0127. Por raciocínio análogo, vemos
que:

log 0,0127 = x => 10x = 0,0127

Ou seja:

0,01 < 0,0127 < 0,1 => 10-2 < 10x < 10-1 => -2 < x (= log 0,0127) < -1

A partir dos exemplos, que é consequência do fato de que qualquer número real positivo está
necessariamente entre duas potências de 10 de expoentes inteiros consecutivos, pode-se concluir
que o log b (b um número maior do que 0) está situado entre dois números inteiros e consecutivos,
isto é, podemos sempre determinar um número inteiro c tal que:

c < = log b < c + 1

Ao número c damos o nome de característica de log b. Ou, alternativamente, podemos definir a


característica como o maior número inteiro que não supera o logaritmo decimal.

Dos exemplos, podemos, então, estabelecer as duas seguintes regras para determinar a
característica de log b:

Regra 1:

Se b > 1, a característica de log b é o número de algarismos que antecedem a vírgula subtraído de


uma unidade.

Exemplos:

1. log 127 => c = 3 – 1 = 2

2. log 12,756 => c = 2 – 1 = 1

3. log 3756,12 => c = 4 – 1 = 3

Regra 2:

Se 0 < b < 1, a característica de log b é o simétrico da quantidade de zeros que antecedem o primeiro
algarismo diferente de zero.

Exemplos:

1. log 0,0127 => c = -2

2. log 0,00056 => c = -4

3. log 0,83 => c = -1

Fica claro dos fatos anteriores que o logaritmo decimal de um número b > 0 pode ser escrito como:

log b = c + m

onde c é um número inteiro (a característica) e m (a mantissa) um número decimal maior ou igual a


zero e menor do que 1 (0 =< m < 1).

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FUNÇÕES

Mantissa

A mantissa m, em geral um número irracional, é obtida da tabela logarítmica a seguir, que fornece,
apenas, os valores aproximados dos logaritmos de 10 a 309.

Voltando ao exemplo inicial vamos determinar a mantissa de log 127 com o uso da tabela: se
encontra na interseção da linha com o número 12 com a coluna com o número 7, cujo valor é 1038, o
que significa que m = 0,1038 e portanto:

log 127 = 2 + 0,1038 = 2,1038

Compare com o valor obtido com o uso da calculadora e veja que corresponde ao valor até a quarta
casa decimal.

Propriedade da Mantissa:

A mantissa do logaritmo decimal de b não se altera se multiplicarmos b por um potência de 10 com


expoente inteiro.

A propriedade é decorrência de:

log b.10x = log b + log 10x = log b + x.log 10 = log b + x

Note que, na expressão acima, o que muda no cálculo do logaritmo é o valor da característica que é
acrescida (ou decrescida) do valor x correspondente ao expoente da potência. Por exemplo:

log 12 = 1 + 0,0792 e log 120 = 2 + 0,0792 = 1 + 0,0792 + 1

Veja na tabela que a mantissa de log 12 e log 120 são iguais.

Uma consequência dessa propriedade é: Os logaritmos de números cujas representações decimais


diferem apenas pela posição da vírgula têm mantissas iguais.

Exemplo:

Os logaritmos decimais de 127, 1270, 0,127, 12,7 e 0,0127 têm mantissa igual a 0,1038 e
caracaterísticas 2, 3, -1, 1 e -2 respectivamente.

Tabela Logarítmica

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

1 0000 0414 0792 1139 1461 1761 2041 2304 2553 2788

2 3010 3222 3424 3617 3802 3979 4150 4314 4472 4624

3 4771 4914 5051 5185 5315 5441 5563 5682 5798 5911

4 6021 6128 6232 6335 6435 6532 6628 6721 6812 6902

5 6990 7076 7160 7243 7324 7404 7482 7559 7634 7709

6 7782 7853 7924 7993 8062 8129 8195 8261 8325 8388

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FUNÇÕES

7 8451 8513 8573 8633 8692 8751 8808 8865 8921 8976

8 9031 9085 9138 9191 9243 9294 9345 9395 9445 9494

9 9542 9590 9638 9685 9731 9777 9823 9868 9912 9956

10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374

11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755

12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106

13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430

14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732

15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014

16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279

17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529

18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765

19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989

20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201

21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404

22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598

23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784

24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962

25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133

26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298

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FUNÇÕES

27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456

28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609

29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757

30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900

Equações E Inequações Logarítmicas

O que é uma equação logarítmica?

Equação logarítmica é uma equação onde a incógnita aparece num logaritmo.


Exemplo:

log3(2x + 1) = 2

Como resolver uma equação logarítmica?

Estudaremos as equações logarítmicas que podem ser resolvidas reduzindo todos os termos a
logarítmicos de mesma base.
Sendo a positivo e diferente de zero, se:

logaA = logaB então A = B

Observação importante:

Ao resolver uma equação logarítmica é sempre preciso verificar se as soluções encontradas


satisfazem à condição de que todos os logaritmos sejam de números positivos, uma vez que não
existem logaritmos de números negativos. Esta é denominada de condição de existência.

Exemplos:

Quando existirem na equação logarítmica logaritmos de bases diferentes, inicialmente reduzimos os


logaritmos à mesma base.

O que é uma inequação logarítmica?

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FUNÇÕES

Inequação logarítmica é toda inequação onde a incógnita aparece num logaritmo.


Exemplo:
log3(2x + 1) < 2

Como resolver uma inequação logarítmica?

Estudaremos as inequações logarítmicas que podem ser resolvidas reduzindo todos os termos
a logarítmicos de mesma base.
Sendo a > 1, como a função é crescente

logaA > logaB então A > B

as desigualdades possuem o mesmo sentido

Exemplo

Sendo 0 < a < 1, como a função é decrescente

logaA > logaB então A < B

as desigualdades possuem o sentidos contrários

Equações exponenciais

Uma equação é chamada exponencial quando a incógnita a ser determinada comparece como
expoente.

Para resolver uma equação exponencial, você deve reduzir ambos os membros da igualdade a uma
mesma base. Então, basta igualar os expoentes para recair numa equação comum.

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FUNÇÕES

Há equações exponenciais em que não é possível reduzir de imediato os dois membros à mesma
base. Para resolvê-las, frequentemente é conveniente utilizar uma variável auxiliar.

Aplicações

01. Resolva a equação 5x = 125.

Solução:
5x = 125→ 5x = 5 3 →x = 3

02. Resolva a equação 32x + 4.3x + 3 = 0.

Solução:
A expressão dada pode ser escrita na forma:

(3x)2 – 4.3x + 3 = 0

Fazendo 3x = y, temos:

y2 – 4y + 3 = 0 y = 1 ou y = 3
Como 3x= y, então 3x= 1 x = 0 ou 3x = 3 x = 1

Portanto, S = {0,1}.

Inequações exponenciais

Dada uma desigualdade de potências, sendo an > am:

1.º caso – Se a > 1, então n > m (se as bases de duas potências são iguais e maiores que 1, é maior
a potência de maior expoente, ou seja, a desigualdade é conservada)

1.° caso: a > 1

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

Função Logarítmica e Exponencial

Na matemática, o logaritmo de um número é o expoente a que outro valor fixo, a base, deve ser ele-
vado para produzir este número. Por exemplo, o logaritmo de 1 000 na base 10 é 3 porque 10 elevado
ao cubo é 1 000 (1 000 = 10 × 10 × 10 = 103). De maneira geral, para quaisquer dois números reais b
e x, onde b é positivo e b ≠ 1,

O logaritmo da base 10 (b = 10) é chamado de logaritmo comum (ou decimal) e tem diversas aplicações
na ciência e engenharia. O logaritmo natural (ou neperiano) tem a constante irracional e (≈ 2,718) como
base e é utilizado na matemática pura, principalmente em cálculo diferencial. Ainda há o logaritmo bi-
nário, no qual se usa base 2 (b = 2), que é importante para a ciência da computação.

O conceito de logaritmo foi introduzido por John Napier no ano de 1614, a fim de simplificar cálculos,
daí a nomenclatura logaritmo neperiano. Ele foi rapidamente adotado por navegadores, cientistas, en-
genheiros e outros profissionais para facilitar seus cálculos, através do uso de réguas de cálculo e ta-
belas logarítmicas. Algumas etapas tediosas da multiplicação com vários dígitos podem ser substituí-
das por consultas a tabelas ou por somas mais simples devido ao fato de o logaritmo de um produto
ser o somatório dos logaritmos dos fatores:

A atual noção de logaritmo advém de Leonhard Euler, que o relacionou com a função exponencial no
século XVIII. As escalas logarítmicas permitem reduzir grandezas de elevada amplitude para valores
menores. Por exemplo, o decibel é uma unidade logarítmica que indica a proporção de uma quantidade
física (geralmente energia ou intensidade) em relação a um nível de referência, isto é, estabelece uma
razão entre a quantificação da energia liberada e a amplitude.

Em química, o potencial hidrogeniônico (pH) mede a acidez e a alcalinidade de soluções aquosas. Os


logaritmos ainda são comuns em fórmulas científicas, na teoria da complexidade computacional e de
figuras geométricas chamadas fractais. Eles descrevem intervalos musicais, aparecem em fórmulas
que contam os números primos, informam vários modelos da psicofísica e podem auxiliar na perícia
contábil.

Do mesmo modo como o logaritmo é o inverso da exponenciação, o logaritmo complexo é a função


inversa da função exponencial aplicada a números complexos. O logaritmo discreto é outra variante;
ele é utilizado na criptografia assimétrica.

Razão e Definição

A ideia dos logaritmos é reverter a operação de exponenciação, isto é, elevar um número a uma potên-
cia. A título de exemplo, a potência de três (ou o cubo) de 2 é 8, porque 8 é o produto dos três fatores
de 2:

Disso resulta que o logaritmo de 8 na base 2 é 3, ou seja: log2 8 = 3.

Exponenciação

A potência de três de qualquer número b é o produto de três fatores de b. De forma mais geral, ele-
var b à enésima potência, quando n é um número natural, se realiza pela multiplicação de n fatores
de b. A enésima potência de b é escrita como bn, que significa:

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

A exponenciação pode ser estendida para by, onde b é um número positivo e o expoente y é qual-
quer número real. Por exemplo, b−1 é o inverso de b, ou seja, 1/b.

Definição

O logaritmo de um número positivo real x, na base b, é o expoente pelo qual b deve ser elevado para
se chegar a x, sendo b um número positivo real diferente de 1. Em outras palavras, o logaritmo de x na

base b é a solução de y na equação :

Onde

Exemplos

Os logaritmos também podem ser negativos:

porque:

Um terceiro exemplo é: log10(150) é aproximadamente 2,176, que se localiza entre 2 e 3, da mesma


forma como 150 está entre 102 = 100 e 103 = 1 000. Finalmente, para qualquer base b, logb(b) =
1 e logb(1) = 0, pois b1 = b e b0 = 1, respectivamente.

Identidades Logarítmicas

Várias fórmulas são importantes para relacionar um logaritmo a outro, e essas relações são chamadas
de identidades logarítmicas ou leis de log.

Produto, quociente, potência e raiz

A tabela a seguir lista algumas identidades logarítmicas com exemplos, sendo que todas podem ser

derivadas após a substituição da definição de logaritmo nos primeiros


membros.

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

Fórmula, Descrição e Exemplo.

Mudança de base

O logaritmo logb(x) pode ser calculado a partir dos logaritmos de x e de b, ambos com uma base
arbitrária k, utilizando a seguinte fórmula:

As típicas calculadoras científicas calculam os logaritmos nas bases 10 e e. Logaritmos com respeito a
qualquer base b podem ser determinados usando qualquer um desses logaritmos, segundo a fórmula:

Dado um número x e seu logaritmo logb(x), a base desconhecida b é dada por:

Para justificar a definição de logaritmo, é necessário mostrar que a equação tem a solução x
e que esta é única, desde que y seja positivo e b seja positivo e diferente de 1. Uma prova para este
fato requer o teorema do valor intermediário do cálculo elementar. Este teorema afirma que uma função
contínua que produz dois valores m e n também produz qualquer valor que se situe entre m e n. Uma
função é contínua quando ela não dá “saltos”, isto é, quando seu gráfico pode ser desenhado sem se
levantar a caneta.

Pode-se demonstrar que esta propriedade se aplica à função f(x) = bx. Como f assume valores positi-
vos arbitrariamente grandes e arbitrariamente pequenos, qualquer número y > 0 situa-se entre f(x0)
e f(x1) para apropriados x0 e x1. Logo, o teorema do valor intermediário garante que a equação f(x)
= y tem uma solução. Além disso, há apenas uma solução para essa equação, porque a função f é es-
tritamente crescente (para b > 1) ou estritamente decrescente (para 0 < b < 1).

A única solução x é o logaritmo de y na base b, logb(y). A função que atribui a y o seu logaritmo é
chamada de função logarítmica ou, simplesmente, logaritmo. A função logb(x) é essencialmente carac-
terizada pela fórmula do produto:

Mais precisamente, o logaritmo em qualquer base b > 1 é a única função crescente f dos números reais
para os reais que satisfaçam f(b) = 1 e

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

O gráfico de uma função logarítmica logb(x) (azul) é obtido pela reflexão do gráfico de uma função
exponencial bx (vermelho) em relação à linha diagonal ( x = y).

Função Exponencial

Chama-se função exponencial a função em que

O número a é chamado de base da função. A função exponencial {\textstyle f(x)=a^{x}}


pode ser crescente ou decrescente a depender do valor da base. Se , a função é crescente.
Caso a função é decrescente.

Esboço do gráfico de uma função exponencial

Definição formal

A função exponencial pode ser caracterizada como uma extensão do processo de potenciação para
expoentes não inteiros. Quando n é um número natural maior do que 1, a potência an indica a multipli-
cação da base a por ela mesma tantas vezes quanto indicar o expoente n, isto é,

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

Esta definição implica as seguintes propriedades:

A fim de estender estas propriedades para expoente zero, expoentes negativos e racionais, definem-
se:

A função exponencial pode ser então definida para todo expoente x através dos seguintes limites:

De fato, a função y = ax é a única função contínua y=f(x) que satisfaz:

No entanto, mais comumente, a função exponencial é definida em termos da função exponencial natu-
ral e sua inversa, o logaritmo natural:

A função exponencial satisfaz sempre os seguintes axiomas básicos de definição:

A partir destes axiomas, podemos extrair as seguintes propriedades operacionais:

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

Propriedades da função exponencial

A função exponencial de base , tem as seguintes propriedades:

para todo ;

é função crescente se, e somente se, ;

é função decrescente se, e somente se, ;

é injetiva;

é ilimitada superiormente;

é contínua;

é sobrejetiva;

é bijetiva, isto é, possui uma função inversa, o logaritmo, denominada .

Função exponencial crescente

Função exponencial decrescente

Demonstrações das propriedades

Propriedade 1

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

Mostraremos, primeiro, que para todo . Com efeito, notamos que .

Suponhamos, por contradição, que para algum .

Mas, daí temos , uma contradição. Concluímos que para todo

Como consequência para todo , uma vez que .

Propriedade 2

Sejam . Suponhamos, sem perda de generalidade, que . Tomamos, então,


tal que . Segue que . Pela propriedade 1, temos
se, e somente se, . Como se, e somente se .

Concluímos que, se, e somente se, .

Propriedade 3

Segue raciocínio análogo à demonstração da propriedade 2.

Propriedade 4

Consequência imediata das propriedades 2 e 3.

A função exponencial natural

Esboço do gráfico da função exponencial natural

A função exponencial natural é a função exponencial cuja base é o número de Euler. Denotado
por ex ou exp(x), a função exponencial natural é uma das mais importantes funções da matemática e
pode ser definida de pelo menos duas maneiras equivalentes: a primeira, como uma série infinita; a
segunda, como limite de uma seqüência:

Aqui, n! corresponde ao fatorial de n e x é qualquer número real ou complexo.

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FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL

O valor da base da exponencial natural, e, é aproximadamente 2.718281828.

A exponencial natural satisfaz as seguinte propriedades:

A função y = ex é contínua e diferenciável para todo x.

A derivada da função y = ex é a própria função função y = ex.

A função y = ex é positiva e crescente para todo número real x.

ex+y = ex ey

A curva y = ex jamais toca o eixo x, embora se aproxime de zero para valores negativos de x, isto é:

Os valores de y=ex crescem ilimitadamente, isto é:

A função y=ex cresce mais rápido que qualquer potência, isto é, para todo n natural, temos:

A função é igual a sua derivada, i.e.:

Usando o logaritmo natural, pode-se definir funções exponenciais mais genéricas, como abaixo:

Para todo .

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

Sistema De Equações

Sistema De Equação Do 1º Grau

Como calcular uma equação de 1º grau.

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Os sistemas de equação são ferramentas muito comuns na resolução de problemas em várias áreas
(matemática, química, física, engenharia…) e aparecem sempre em concursos e exames, como é o
caso do vestibular. Os sistemas, geralmente, são resolvidos com uma certa facilidade o que causa
muitas vezes uma desatenção, por parte do aluno, já que ele não tem dificuldade para encontrar a
solução do sistema. Mas ele esquece que a dificuldade está na armação e principalmente na solução
final da questão. Os sistemas são ferramentas que mesmo funcionando necessitam de alguém que
saiba o construir com elas.

Métodos De Resolução De Sistemas De Equações Do 1º Grau

Além de saber armar o sistema é bom saber fazer a escolha pelo método mais rápido de resolução.
Vou apresentar três métodos sendo que o mais utilizado é o método da adição.

1º Método Da Adição

Este método consiste em deixar os coeficientes de uma incógnita opostos. Desta forma, somando-se
membro a membro as duas equações recai-se em um equação com uma única incógnita.

Exemplo:

1º passo: vamos multiplicar a primeira linha por -1 para podermos cortar –2x com 2x

2º passo: Substituir y = – 2, em qualquer um das equações acima e encontrar o valor de x.

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

3º passo: dar a solução do sistema.

S = { (4, -2) }

2º Método Da Substituição

Este método consiste em isolar uma incógnita numa equação e substituí-la na outra equação do
sistema dado, recaindo-se numa equação do 1º grau com uma única incógnita.

EXEMPLO:

1º passo: vamos isolar o y na primeira equação para podermos substituir na Segunda equação.

2º passo: Substituir y = 6 – 2x, na segunda equação para encontrar o valor de x.

3º passo: Substituir x = 4 em y = 6 – 2x, para encontrar o valor de y.

y = 6 – 2x
y = 6 – 2.4
y=6–8
y = -2

4º passo: dar a solução do sistema.

S = { (4, -2) }

Sistema De Equações Do 2º Grau

Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do 2º grau, lembrando de que suas


representações gráficas constituem uma reta e uma parábola, respectivamente. Resolver um sistema
envolvendo equações desse modelo requer conhecimentos do método da substituição de termos.
Observe as resoluções comentadas a seguir:

Exemplo 1

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:


x+y=6
x=6–y

Substituindo o valor de x na 1ª equação:

x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equação por 2)

y² – 6y + 8 = 0

∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4

a = 1, b = –6 e c = 8

Determinando os valores de x em relação aos valores de y obtidos:

Para y = 4, temos:
x=6–y
x=6–4
x=2

Par ordenado (2; 4)

Para y = 2, temos:
x=6–y
x=6–2
x=4

Par ordenado (4; 2)

S = {(2: 4) e (4; 2)}

Exemplo 2

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
x=y–3

Substituindo o valor de x na 1ª equação:

x² + 2y² = 18
(y – 3)² + 2y² = 18
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação por 3)

y² – 2y – 3 = 0

∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
∆ = 4 + 12
∆ = 16

a = 1, b = –2 e c = –3

Determinando os valores de x em relação aos valores de y obtidos:

Para y = 3, temos:
x=y–3
x=3–3
x=0

Par ordenado (0; 3)

Para y = –1, temos:


x=y–3
x = –1 –3
x = –4

Par ordenado (–4; –1)

S = {(0; 3) e (–4; –1)}

Representação de equações com duas incógnitas no plano

Equação com duas incógnitas

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

“ É toda equação do tipo ax + by = C , onde; { a e b Є R / a ≠ 0 e b ≠ 0}”

Retas Concorrentes

Observe as equações: x + y = 7 e x + 2y = 1 x + y = 7 x = 1 y = 6 S (1 , 6 ) x = 2 y = 5 S (2 , 5 ) x = 3 y
= 4 S (3 , 4 ) x = 4 y = 3 S (4 , 3 ) x = 5 y = 2 S (5 , 2 ) x = 6 y = 1 S (6 , 1 ) x = 1 y = 5 S (1 , 5 ) x + 2y
=1

Resultados que tornam as equações verdadeiras x = 1 y = 5 S (1 , 5 ) x = 3 y = 4 S (3 , 4 ) x = 1 y = 5


S (1 , 5 ) x = 3 y = 4 S (3 , 4 )

Representação no gráfico dessas funções no plano

x + y = 7e x + 2y = 1

•Gráfico das Equações Desenhe o gráfico no GeoGebra

Exercício

Pedro tem um sítio, entre galinha e cachorros ele tem um total de 23.

Somando o numero de pés e patas deu um total de 80. Quantas galinhas e quantos cachorros Pedro
tem? x + y = 23 2x +4y = 80

Retas Perpendiculares

•Duas retas são perpendiculares se, e somente se, o produto de seus coeficientes angulares é -1.

•Dessa forma, se o coeficiente angulares de uma das retas é m, o coeficiente da outra é o inverso
oposto -1/m.

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

•Seja b uma reta que intercepta uma reta d. Para provar o teorema acima, desenhe uma reta c,
paralela a d, e que passe na origem, assim como criar uma reta a, paralela a b, e que também passe
pela origem.

•Depois, crie uma reta perpendicular à abscissa no ponto 1, que originará um triângulo cujos vértices
são os pontos

(0;0), (1;m1) e (1;m2). Repare que m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas c e a,
respectivamente.

•Esse triângulo é retângulo e, como tal, é possível utilizar o Teorema de Pitágoras. Disso resulta:

Retas Paralelas Coincidentes

São retas com o mesmo coeficiente angular e com um coeficiente de proporcionalidade igual e os
pares ordenados iguais.

Dadas as retas:

Elas serão retas paralelas coincidente se:

Dada as equações

2x + y = 5 (I) 6x +3y = 15 (I)

Note que:

2/6 =1/3 = 5/151/3 = 1/3 = 1/3

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

m1 = 1/2 m2 = 1/2

Representação Gráfica Representação Gráfica

Um sistema que é composto de equações de retas coincidentes, qualquer que seja os valores de
(x,y), será satisfatório para o sistema, já que todos os pares ordenados estarão representados sobre
as duas retas.

Retas Paralelas Distintas Dadas as seguintes retas :

Elas serão retas paralelas distintas se:

Dada duas retas com as seguintes equações:

y=2x+2 (a) e y=2x-1 (b)

Pela equação da reta y = mx + q, onde m é o coeficiente angular e q o ponto onde essa reta
intercepta o eixo y.

Representação Gráfica Representação Gráfica

Exemplo x + 2y = 1 3x + 6y = k

Conclusão

A resolução de equações com duas incógnitas podem ser representados em um plano cartesiano
sendo representadas respectivamente suas retas projetadas através de seus pares ordenados, assim
sendo pode não haver nenhum ponto em comum ou único ponto em comum.

• nenhuma solução • infinitas soluções.

O Gráfico De Um Sistema

Quando um sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas é representado graficamente,


por meio do plano cartesiano, cada uma das equações desse sistema, representam no gráfico
uma reta. Quando essas retas se interceptam, o ponto de intersecção representa a solução da
equação.

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

Mas, antes de visualizarmos a representação gráfica de um sistema de equações do 1º grau


com duas incógnitas, vejamos como representar graficamente cada uma das equações do
sistema.

Por exemplo, dada a equação x + y = 2, para representá-la por meio de um gráfico, vamos
organizar uma tabela e nela atribuir valores para as variáveis x e y.

x y x+y=2 Par ordenado

0 2 0+2=2 ( 0,2)

2 0 2+0=2 (2,0)

Atribuindo apenas dois valores para as variáveis, já é suficiente para traçar a equação no
gráfico. Agora, é hora de utilizar o plano cartesiano. Dado o plano, vamos localizar os pontos
(0,2) e (2,0).

Por esses dois pontos, vamos traçar a reta que representa a equação x + y = 2.

Esse mesmo processo será realizado com a equação x – y = 0

Vamos novamente organizar uma tabela e atribuir valores para as variáveis x e y.

x y x-y=0 Par ordenado

0 0 0-0=0 ( 0,0)

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

2 2 2-2=0 (2,2)

Atribuindo apenas dois valores para as variáveis, já é suficiente para traçar a equação no
gráfico. Agora, é hora de utilizar o plano cartesiano. Dado o plano, vamos localizar os pontos
(0,0) e (2,2).

Por esses dois pontos, vamos traçar a reta que representa a equação x - y = 0.

Vejamos agora como ficará o gráfico quando nele representamos o sistema

Acompanhe a resolução e a representação gráfica de um sistema de equações do 1º grau com duas


incógnitas.

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SISTEMA DE EQUAÇÕES

Resolvendo o sistema por um dos métodos discutidos, obteremos como solução o par ordenado
(1,1), graficamente esse par ordenado representa a interseção entre as duas retas.

Acompanhe a resolução do sistema

Substituindo o valor de x na equação x + y = 2, temos:

x+y=2 1+y=2 y=2–1 y=1

Ao resolver o sistema pelo método da adição, comprovamos o que graficamente foi


visualizado, ou seja, a solução do sistema é o par ordenado (1,1).

Veja agora a representação gráfica de um outro sistema

Para discutir a representação gráfica desse sistema, vamos resolvê-lo pelo método da substituição.

1º - Na equação x + y = 3, vamos determinar o valor da incógnita y.

x+y=3y=3–x

2º - Na equação x + y = 6, vamos substituir o valor de y. x


+y=6

x+3–x
=6x–x
=6–30
=3

Veja que o resultado encontrado é falso, pois 0 ≠ 3. Logo, não há solução para o sistema, ele é
identificado como impossível. E, em casos como esse, o sistema é representado graficamente
por duas retas que não se interceptam.

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

Análise Combinatória

A análise combinatória é um dos tópicos que a matemática é dividida, responsável pelo estudo de
critérios para a representação da quantidade de possibilidades de acontecer um agrupamento sem que
seja preciso desenvolvê-los.

Veja um exemplo de um problema de análise combinatória e como montamos os seus agrupamentos.

Dado o conjunto B dos algarismos B = {1,2,3,4}. Qual a quantidade de números naturais de 3 algarismos
que podemos formar utilizando os elementos do grupo B?

Esse é um tipo de problema de análise combinatória, pois teremos que formar agrupamentos, nesse
caso formar números de 3 algarismos, ou seja, formar agrupamentos com os elementos do conjunto B
tomados de 3 em 3.

Veja como resolveríamos esse problema sem a utilização de critérios ou fórmulas que o estudo da
análise combinatória pode nos fornecer.

Esse esquema construído acima representa todos os números naturais de 3 algarismos que podemos
formar com os algarismos 1,2,3,4, portanto, concluindo que é possível formar 24 agrupamentos.

Para descobrir essa quantidade de agrupamentos possíveis não é necessário montar todo esse es-
quema, basta utilizar do estudo da análise combinatória que divide os agrupamentos em Arranjos sim-
ples, Combinações simples, Permutações simples e Permutações com elementos repetidos. Cada uma
dessas divisões possui uma fórmula e uma maneira diferente de identificação, que iremos estudar
nessa seção.

O estudo da análise combinatória é dividido em:

Princípio fundamental da contagem

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

Fatorial

Arranjos Simples

Permutação Simples

Combinação Simples

Permutação com elementos repetidos.

Análise Combinatória

A análise combinatória ou combinatória são cálculos que permitem a formação de grupos relacionados
à contagem.

Faz análise das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto de elementos. Por isso,
é muito utilizada nos estudos sobre probabilidade e lógica.

Probabilidade

A Probabilidade é um conceito da matemática que permite analisar ou calcular as chances de obter


determinado resultado diante de um experimento aleatório. São exemplos um lançamento de dados ou
a possibilidade de ganhar na loteria.

A partir disso, a probabilidade determina o resultado entre o número de eventos possíveis e número de
eventos favoráveis, apresentada pela seguinte expressão:

Donde

P: probabilidade
na: número de casos (eventos) favoráveis
n: número de casos (eventos) possíveis

Princípio Fundamental da Contagem

O princípio fundamental da contagem postula que:

“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo que as possibi-
lidades da primeira etapa é x e as possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número total de
possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.

Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as escolhas


que lhe são apresentadas.

Como exemplo, podemos pensar na combinação de roupas de uma garota, sendo que ela possui 3
tipos de calças, 4 tipos de blusas, 2 tipos de sapatos e 3 tipos de bolsas.

Logo, para saber quais as diferentes possibilidades que a garota possui basta multiplicar o número de
peças: 3 x 4 x 2 x 3 = 72.

Portanto, a garota possui 72 possibilidades de configurações diferentes para o uso das peças de roupas
e dos acessórios apresentados.

Tipos De Combinatória

A combinatória utiliza de importantes ferramentas, ou seja, há três tipos básicos de agrupamento dos
elementos: arranjos, combinações e permutações. Todas utilizam o fatorial:

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

Arranjos

Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.

Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

Como exemplo de arranjo, podemos pensar nas eleições, de modo que 20 deputados concorrem a 2
vagas no estado de São Paulo.

Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso, a
ordem é importante, visto que altera o resultado final.

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.

Combinações

As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante, entretanto, são
caracterizadas pela natureza dos mesmos.

Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a se-
guinte expressão:

A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar a comissão organizadora
de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.

Para tanto, Maria, João e José são os escolhidos. De quantas maneiras distintas esse grupo pode se
combinar?

Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é relevante. Isso
quer dizer que a combinação Maria, João e José é equivalente à João, José e Maria.

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

Logo, há 120 maneiras distintas de combinar os 3 membros da comissão.

Permutações

As permutações são agrupamentos ordenados, donde o número de elementos (n) do agrupamento é


igual ao número de elementos disponíveis, expresso pela fórmula:

Para exemplificar, pensemos de quantas maneiras diferentes poderiam surgir a sequência de resulta-
dos dos 5 números que saíram na loteria: 11, 12, 44, 52, 61.

Sendo assim, os números que compõem o resultado final é uma sequência de 6 números, logo:

Logo, o resultado final da loteria, podem ser permutados 720 vezes.

Probabilidade

Probabilidade é o estudo das chances de ocorrência de um resultado, que são obtidas pela razão entre
casos favoráveis e casos possíveis.

Probabilidade é um ramo da Matemática em que as chances de ocorrência de experimentos são cal-


culadas.

É por meio de uma probabilidade, por exemplo, que podemos saber desde a chance de obter cara ou
coroa no lançamento de uma moeda até a chance de erro em pesquisas.

Para compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais básicas,
como a fórmula para o cálculo de probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade
da união de dois eventos, probabilidade do evento complementar etc.

Experimento Aleatório

É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma moeda e obser-
var a face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará voltada para cima, exceto no
caso em que a moeda seja viciada (modificada para ter um resultado mais frequentemente).

Suponha que uma sacola de supermercado contenha maçãs verdes e vermelhas. Retirar uma maçã
de dentro da sacola sem olhar também é um experimento aleatório.

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

Ponto Amostral

Um ponto amostral é qualquer resultado possível em um experimento aleatório. Por exemplo: no lan-
çamento de um dado, o resultado (o número que aparece na face superior) pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6.
Então, cada um desses números é um ponto amostral desse experimento.

Espaço Amostral

O espaço amostral é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento aleatório,
ou seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira, o resultado de um experimento alea-
tório, mesmo que não seja previsível, sempre pode ser encontrado dentro do espaço amostral referente
a ele.

Como os espaços amostrais são conjuntos de resultados possíveis, utilizamos as representações de


conjuntos para esses espaços. Por exemplo: O espaço amostral referente ao experimento “lançamento
de um dado” é o conjunto Ω, tal que:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo do experi-
mento, por alguma lei de formação.

O número de elementos dos espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do exemplo anterior,
n(Ω) = 6. Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são pontos amostrais, ou seja, re-
sultados possíveis de um experimento aleatório.

Evento

Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral. Um evento pode conter desde zero a todos os
resultados possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser um conjunto vazio ou o
próprio espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de evento impossível. No segundo, é cha-
mado de evento certo.

Ainda no experimento aleatório do lançamento de um dado, observe os seguintes eventos:

A = Obter um número par:

A = {2, 4, 6} e n(A) = 3

B = Sair um número primo:

B = {2, 3, 5} e n(B) = 3

C = Sair um número maior ou igual a 5:

C = {5, 6} e n(C)= 2

D = Sair um número natural:

D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(D) = 6

Espaços Equiprováveis

Um espaço amostral é chamado equiprovável quando todos os pontos amostrais dentro dele têm a
mesma chance de ocorrer. É o caso de lançamentos de dados ou de moedas não viciados, escolha de
bolas numeradas de tamanho e peso idênticos etc.

Um exemplo de espaço amostral que pode ser considerado não equiprovável é o formado pelo se-
guinte experimento: escolher entre tomar sorvete ou fazer caminhada.

Cálculo de Probabilidades

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

As probabilidades são calculadas dividindo-se o número de resultados favoráveis pelo número de re-
sultados possíveis, ou seja:

P = n(E)
n(Ω)

Nesse caso, E é um evento que se quer conhecer a probabilidade, e Ω é o espaço amostral que o
contém.

Por exemplo, no lançamento de um dado, qual a probabilidade de sair o número um?

Nesse exemplo, sair o número um é o evento E. Assim, n(E) = 1. O espaço amostral desse experimento
contém seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Logo, n(Ω) = 6. Desse modo:

P = n(E)
n(Ω)

P=1
6

P = 0,1666…

P = 16,6%

Outro exemplo: qual a probabilidade de obtermos um número par no lançamento de um dado?

Os números pares possíveis em um dado são 2, 4 e 6. Logo, n(E) = 3.

P = n(E)
n(Ω)

P=3
6

P = 0,5

P = 50%

Observe que as probabilidades sempre resultarão em um número dentro do intervalo 0 ≤ x ≤ 1. Isso


acontece porque E é um subconjunto de Ω. Dessa maneira, E pode conter desde zero até, no máximo,
o mesmo número de elementos que Ω.

Teorema de Bayes

Em teoria das probabilidades e estatística, o teorema de Bayes (alternativamente, a lei de Bayes ou a


regra de Bayes) descreve a probabilidade de um evento, baseado em um conhecimento a priori que
pode estar relacionado ao evento. O teorema mostra como alterar as probabilidades a priori tendo em
vista novas evidências para obter probabilidades a posteriori. Por exemplo, o teorema de Bayes pode
ser aplicado ao jogo das três portas (também conhecido como problema de Monty Hall).

Uma das muitas aplicações do teorema de Bayes é a inferência bayesiana, uma abordagem particular
da inferência estatística. Quando aplicado, as probabilidade envolvidas no teorema de Bayes podem
ter diferentes interpretações de probabilidade. Com a interpretação bayesiana de probabilidade, o teo-
rema expressa como a probabilidade de um evento (ou o grau de crença na ocorrência de um evento)
deve ser alterada após considerar evidências sobre a ocorrência deste evento. A inferência bayesiana
é fundamental para a estatística bayesiana.

O teorema de Bayes recebe este nome devido ao pastor e matemático inglês Thomas Bayes (1701 –
1761), que foi o primeiro a fornecer uma equação que permitiria que novas evidências atualizassem a
probabilidade de um evento a partir do conhecimento a priori (ou a crença inicial na ocorrência de um
evento).

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

O teorema de Bayes foi mais tarde desenvolvido por Pierre-Simon Laplace, que foi o primeiro a publicar
uma formulação moderna em 1812 em seu livro Teoria Analítica de Probabilidade, na tradução do
francês. Harold Jeffreys colocou o algoritmo de Bayes e a formulação de Laplace em uma base axio-
mática. Jeffreys escreveu que "o teorema de Bayes é para a teoria da probabilidade o que o teorema
de Pitágoras é para a geometria".

Probabilidade Condicional

Probabilidade condicional é um conceito matemático no qual são estudadas as possibilidades de um


acontecimento condicionado a outro.

Probabilidade condicional refere-se à probabilidade de um evento ocorrer com base em um evento an-
terior. Evidentemente, esses dois eventos precisam ser conjuntos não vazios pertencentes a um es-
paço amostral finito.

Em um lançamento simultâneo de dois dados, por exemplo, obtêm-se números em suas faces superi-
ores. Qual é a probabilidade de que a soma desses números seja 8, desde que ambos os resultados
sejam ímpares?

Veja que a probabilidade de a soma desses números ser 8 está condicionada a resultados ímpares nos
dois dados. Logo, lançamentos que apresentam um ou dois números pares na face superior podem ser
descartados e, por isso, há uma redução no espaço amostral.

O novo espaço amostral é composto pelos pares:

{1,1}; {1,3}; {1,5}; {3,1}; {3,3}; {3,5}; {5,1}; {5,3} e {5,5}

Desses, apenas {3,5} e {5,3} possuem soma 8. Logo, a probabilidade de que se obtenha soma 8 no
lançamento de dois dados, dado que os resultados obtidos são ambos ímpares, é de:

2
9

Fórmula da Probabilidade Condicional

Seja K um espaço amostral que contém os eventos A e B não vazios.

A probabilidade de A acontecer, dado que B já aconteceu, é representada por P(A|B) e é calculada


pela seguinte expressão:

P(A|B) = P(A∩B)
P(B)

Caso seja necessário calcular a probabilidade da intersecção entre dois eventos, pode-se utilizar a se-
guinte expressão:

P(A∩B) = P(A|B)·P(B)

Exemplos

Calcule a probabilidade de obter soma 8 no lançamento de dois dados em que o resultado do lança-
mento foi dois números ímpares.

Solução:

Seja A = Obter soma 8 e B = Obter dois números ímpares.

P(A∩B) é a probabilidade de se obter apenas números ímpares que somam 8 no lançamento de dois
dados. As únicas combinações das 36 possíveis são:

{3,5} e {5,3}

Portanto,

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

P(A∩B) = 2
36

Já P(B) é a probabilidade de obter somente números ímpares no lançamento de dois dados. As únicas
combinações dentro das 36 possíveis são:

{1,1}; {1,3}; {1,5}; {3,1}; {3,3}; {3,5}; {5,1}; {5,3} e {5,5}

Logo,

P(B) = 9
36

Utilizando a fórmula para probabilidade condicional, teremos:

P(A|B) = P(A∩B)
P(B)

2
P(A|B) = 36
9
36

P(A|B) = 2 · 36
36 9

P(A|B) = 2
9

Qual é a probabilidade de extrair uma carta de um baralho comum de 52 cartas e obter um Ás, sabendo
que ela é uma carta de copas?

Solução:

A = Obter um Ás

B = Obter uma carta de copas

Como só existe um ás de copas no baralho,

P(A∩B) = 1
52

A probabilidade de se obter uma carta de copas é:

P(B) = 13
52

Então, a probabilidade de se obter um às de copas é:

P(A|B) = P(A∩B)
P(B)

1
P(A|B) = 52
13
52

P(A|B) = 1 · 52
52 13

P(A|B) = 1
13

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Estatística é bastante utilizada em diversos ramos da sociedade, no intuito de realizar pesquisas,


colher dados e processá-los, analisar informações, apresentar situações através de gráficos de fácil
compreensão. Os meios de comunicação, ao utilizarem gráficos, deixam a leitura mais agradável.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é considerado um órgão importante e conceitu-


ado na área. No intuito de conhecer e aprofundar nos estudos estatísticos precisamos conhecer alguns
conceitos e fundamentos primordiais para o desenvolvimento de uma pesquisa.

Conceitos e Fundamentos

População: conjunto de elementos, número de pessoas de uma cidade.

Amostra: parte representativa de uma população.

Variável: depende da abordagem da pesquisa, da pergunta que será feita. Exemplo: Qual sua marca
de carro favorita? Ford, Volks, Fiat, Peugeot, Nissan são alguns exemplos de resposta.

Frequência absoluta: valor exato, número de vezes que o valor da variável é citado.

Frequência relativa: valor representado através de porcentagem, divisão entre a frequência absoluta
de cada variável e o somatório das frequências absolutas.

Medidas de Tendência Central

Média aritmética: medida de tendência central. Somatório dos valores dos elementos, dividido pelo
número de elementos.

Média aritmética ponderada: Somatório dos valores dos elementos multiplicado pelos seus respectivos
pesos, dividido pela soma dos pesos atribuídos.

Moda: valor de maior frequência em uma série de dados, o que mais se repete.

Mediana: medida central em uma determinada sequência de dados numéricos.

Medidas de Dispersão

Amplitude: subtração entre o maior valor e o menor valor dos elementos do conjunto.

Variância: dispersão dos dados variáveis em relação à média.

Desvio Padrão: raiz quadrada da variância. Indica a distância média entre a variável e a média aritmé-
tica da amostra.

População e Amostras

Toda pesquisa estatística precisa atender a um público alvo, pois é com base nesse conjunto de pes-
soas que os dados são coletados e analisados de acordo com o princípio da pesquisa. Esse público
alvo recebe o nome de população e constitui um conjunto de pessoas que apresentam características
próprias, por exemplo: os usuários de um plano de saúde, os membros de uma equipe de futebol, os
funcionários de uma empresa, os eleitores de um município, estado ou país, os alunos de uma escola,
os associados de um sindicato, os integrantes de uma casa e várias situações que envolvem um grupo
geral de elementos. A população também pode ser relacionada a um conjunto de objetos ou informa-
ções. Na estatística, a população é classificada como finita e infinita.

População Finita: nesses casos o número de elementos de um grupo não é muito grande, a entrevista
e a análise das informações devem abordar a todos do grupo. Por exemplo:

As condições das escolas particulares na cidade de Goiânia. Se observarmos o grupo chegaremos à


conclusão de que o número de escolas particulares em Goiânia é considerado finito.

População infinita: o número de elementos nesse caso é muito elevado, sendo considerado infinito. Por
exemplo:

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ANÁLISE COMBINATÓRIA

A população da cidade de São Paulo.

Amostra diz respeito a um subconjunto da população, fração ou uma parte do grupo. Em alguns casos
seria impossível entrevistar todos os elementos de uma população, pois levaria muito tempo para con-
cluir o trabalho ou até mesmo seria financeiramente inviável, dessa forma, o número de entrevistados
corresponde a uma quantidade determinada de elementos do conjunto, uma amostra.

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EVENTOS INDEPENDENTES

Eventos Independentes

Em probabilidade, dizemos que dois eventos são independentes quando o fato de saber que um evento
ocorreu não altera a probabilidade do outro evento.

Por exemplo, a probabilidade de uma moeda justa mostrar "cara" depois de ser lançada é de ½ . E se
soubéssemos que o dia era terça-feira? Isso altera a probabilidade de se tirar "cara"? É claro que não.
A probabilidade de se tirar "cara", sabendo que o dia é terça-feira, continua sendo ½ .Então, o resultado
de se lançar uma moeda e de o dia ser terça-feira são eventos independentes; saber que era terça-
feira não mudou a probabilidade de se tirar "cara".

Nem toda situação é tão óbvia quanto essa. Por exemplo, gênero e dominância de um lado do corpo
(canhoto ou destro)? Talvez pareça que o gênero de uma pessoa e o fato de ela ser canhota sejam
eventos totalmente independentes.

Mas, quando analisamos as probabilidades, vemos que cerca de 10% de todas as pessoas são canho-
tas, mas que aproximadamente 12% das pessoas do sexo masculino são canhotas. Sendo assim, es-
ses eventos não são independentes, já que saber que uma pessoa qualquer é do sexo masculino au-
menta a probabilidade de que ela seja canhota.

Independência (Estatística)

Em probabilidade e estatística, independência entre variáveis aleatórias ou eventos significa que a


partir do resultado de um deles não é possível inferir nenhuma conclusão sobre o outro.

Por exemplo:

Jogue dois dados (não necessariamente honestos). O resultado de um dado é independente do resul-
tado do outro;

Em Among Us, a classificação de "impostor" em uma partida é independente do resultado da partida


anterior

Em física, considera-se que o decaimento radioativo de qualquer isótopo instável não depende dos ou-
tros. Em outras palavras, se observamos 10 isótopos (de meia vida conhecida) por algum tempo, o fato
de um deles se desintegrar não dá nenhuma informação sobre a desintegração dos outros.

Por outro lado, os seguintes eventos não são independentes:

Tire duas cartas de um baralho. O resultado da 1a "influencia" o resultado da 2a carta, já que as duas
cartas não podem ser iguais;

Em meteorologia, a quantidade de chuva em dois lugares diferentes é dependente (se eles forem sufi-
cientemente próximos).

Exemplo 1: renda e universidades

Pesquisadores entrevistaram alunos recém-formados de duas universidades diferentes quanto à renda


anual deles. A tabela a seguir mostra os dados de 300 alunos que responderam à pesquisa.

Probabilidade da união de A com B

Iniciamos estudando a probabilidade da união de A com B (AUB) e o porquê de ela se dar pela seguinte
fórmula:

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EVENTOS INDEPENDENTES

É uma fórmula de difícil memorização pois existe a retirada da intersecção de P(A) com P(B). Vamos
entender por que é necessário retirar essa Intersecção:

Iniciamos definindo dois conjuntos: temos os conjuntos A e B que vamos representar em círculos:

Exemplo de conjuntos

Nesse momento, A e B não tem nenhum termo em comum (já que não se cruzam). Isto é, tudo que
existe em A não existe em B e vice-versa.

Nesse exemplo, como dito, todos os números que apareceriam em A nunca apareceriam em B e vice-
versa. Para ilustrar o exemplo acima, podemos supor um universo que chamaremos de U que conteria
todos os números de 1 a 10 em que A e B estariam contidos.

Esse Universo U seria um conjunto com todos os números de A mais todos os números de B e ainda
todos os números que A e B não possuam. Vamos visualizar:

Exemplo de conjuntos dentro de um universo de possibilidades

Veja que U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}, A= {1, 2, 7, 10} e B= {5, 6}. Os números 3, 8 e 9 não pertencem
a nenhum subconjunto de U, estão “soltos”. Tendo entendido isso, podemos também representar U
por U = {A, B, 3, 8, 9}, já que ele é a soma dos três itens.

Seguindo com o entendimento de conjuntos para entender os Teoremas da Probabilidade

Para continuar entendendo conjuntos, vamos esquecer os números colocados nos exemplos anteriores
e começarmos um novo exemplo utilizando novos valores.

Apresentamos uma intersecção entre A e B:

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EVENTOS INDEPENDENTES

Intersecção de conjuntos

Vemos que A = {1, 2, 3, 4} e B= {4, 5 ,6}, ou seja, há intersecção entre A e B do número 4.

Vamos fazer duas operações com esses conjuntos: A+B e AUB:

A+B = = {1, 2, 3, 4, 4, 5 ,6}

AUB = {1, 2, 3, 4, 5 ,6}

Perceba duas coisas:

A+B é diferente de AUB.

Em A+B o item 4 aparece duas vezes, mas o que queremos na união é a junção dos itens A e B sem
a repetição da intersecção.

Entendendo a fórmula da União propriamente dita: (AUB)

Para a união de A com B do exemplo anterior, temos que encontrar tudo que existe em A e B sem
repetir os termos da intersecção. Desenhando isso, para facilitar, teremos a seguinte área pintada:

União De Conjuntos

A área em cinza é o equivalente a AUB= {1,2,3,4,5,6}.

Acontece que, como demonstrado anteriormente, quando somamos A com B ao invés de fazermos a
união deles, ficamos com A+B = {1,2,3,4,4,5,6}. A+B pode ser representado pela figura abaixo:

Soma De Conjuntos

Note que a parte onde há o número 4 do exemplo está mais escura. Isso acontece, pois ela foi adicio-
nada duas vezes (A+B = = {1, 2, 3, 4, 4, 5 ,6}) . Esse 4 é exatamente a intersecção de A com B – (A ∩
B).

Dessa maneira, para encontrarmos a união de A com B –> (AUB) temos que retirar essa intersecção
para que tenhamos o resultado final desejado:

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EVENTOS INDEPENDENTES

Temos o seguinte raciocínio:

Entendendo a fórmula da União de Conjuntos

A figura representa:

(A U B) = A + B – (A∩B)

Por uma das propriedades das probabilidades, podemos colocar P em todos os lados da equação e
ela continua verdadeira:

(A U B) = A + B – (A∩B)

Colocando P em todos os itens:

P (A U B) = P(A) + P(B) – P(A∩B)

Sendo assim, a probabilidade da união de A com B segue exatamente a mesma fórmula da união de
A co B. Grave isso!

Com essa explicação, fica muito fácil de memorizar a fórmula e conseguimos finalmente entender a
razão de ela existir.

Eventos mutuamente exclusivos tem intersecção igual a conjunto vazio

Continuando a entender os Teoremas da Probabilidade, seguimos com eventos mutuamente exclusi-


vos, que são eventos que seguem a seguinte lógica: quando um acontece o outro nunca acontece.

Por exemplo: estar acordado, significa que não se está dormindo. O grupo de pessoas acordadas e
dormindo é mutuamente exclusivo (Sonâmbulo não conta, rs).

Seguindo a lógica dos conjuntos: se alguém é A, nunca será B e vice-versa. Desse modo, qual pode
ser a única intersecção de A com B? Apenas o conjunto vazio (nunca confunda conjunto vazio com o
número 0. Eles são coisas muito diferentes).

Uma curiosidade sobre eventos independentes x eventos mutuamente exclusivos:

Perceba que eventos independentes e eventos mutuamente exclusivos não são equivalentes! Os con-
juntos mutuamente exclusivos possuem dependência enquanto os independentes não a possuem.

Exemplo:

Eventos mutuamente exclusivos: Alguem não pode estar acordado e dormindo ao mesmo tempo. Se
um for verdade, o outro NECESSARIAMENTE é falso.

Eventos independentes: gostar de chocolate e ter olho castanho. São duas coisas absolutamente in-
dependentes.

Teorema de Bayes – Vamos entender os Teoremas da probabilidade condicionada

Vamos agora tentar entender uma fórmula que é bastante difícil para se decorar, mas que, uma vez
entendida, nunca mais é esquecida: a fórmula do Teorema de Bayes, que diz o seguinte:

P(A|B) = P (A∩B) /P(B)

O que esses símbolos significam? Matematicamente, lemo-los da seguinte maneira:

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EVENTOS INDEPENDENTES

P(A|B) = P (A∩B) /P(B) = A probabilidade de A tal que B é igual a probabilidade da Intersecção de A


com B, divido pela probabilidade de B.

Esse “tal que B”, traduzindo para o português comum significa: A probabilidade de A ser verdadeiro tal
que B seja verdadeiro.

Desse modo, quando começamos uma formula dessas, já temos uma resposta. Sabemos que B é
verdadeiro para que atinjamos o P(A|B). Grave isso!

Utilizando um exemplo matemático

Vamos iniciar nosso exemplo com probabilidades condicionais, isto é, probabilidades que influenciam
umas às outras. Observe os seguintes conjuntos:

Intersecção de Conjuntos

Em P(A|B) já sabemos que B tem que ser verdade para que a condição seja satisfeita. Vamos pintar
de verde tudo que é condicionado a ser verdade:

B é verdadeiro

Agora queremos saber qual a probabilidade de A ser verdadeiro quando B é verdadeiro.

Bom, se B tem que ser verdadeiro para atingirmos nossa condução, nós podemos excluir tudo que não
está dentro do círculo de B. Então, necessariamente o que nos sobra em nosso universo de possibili-
dades é apenas onde B é verdadeiro. Ficamos com o seguinte desenho:

Buscamos A verdadeiro quando B também o é

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EVENTOS INDEPENDENTES

Obs. Mantivemos o “fantasma” do conjunto A para visualização do desenho, mas ele não está mais
sendo considerado.

Vamos pintar agora a intersecção entre A e B para diferenciarmos os dois:

Destacando a Intersecção

Perceba que:

Na parte em verde B é verdadeiro, mas A não é verdadeiro

Na parte em azul, A e B são verdadeiros

Para não nos esquecermos de que na intersecção A e B são verdadeiros, vamos fazer o contorno de
B todo em verde:

Destacando B

Voltamos à formula:

P(A|B) = P (A∩B) /P(B)

Vamos entender finalmente a fórmula: Queremos a probabilidade de A ser verdadeiro desde que B seja
verdadeiro, desse modo o nosso “universo de possibilidades” passa a ser apenas o círculo em verde
(B).

Já que nosso universo de probabilidades é apenas o círculo verde e queremos a probabilidade de A


ser verdadeiro, apenas a parte de A que também está em B pode fazer parte da nossa condição. Essa
parte é a intersecção de A com B -> P (A∩B)

Desse modo fica bastante simples para entendermos a fórmula. Fique coma seguinte imagem para
imprimir:

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EVENTOS INDEPENDENTES

Para imprimir

Um exemplo para clarear:

Supondo que A seja a probabilidade de chover e B, a probabilidade de termos um dia ensolarado.

Sabemos que pode sim haver chuva em dia ensolarado, mas há uma dependência entre os dois (em
dias ensolarados não se costuma ter chuvas).

Se quisermos saber P (Chuva| dia ensolarado) queremos saber a probabilidade de chover enquanto
faz sol, ou seja, já supondo de antemão que o dia está ensolarado.

Ficamos com a seguinte fórmula

P (Chuva| dia ensolarado) = P (Chuva ∩ Dia ensolarado) /P (dia ensolarado)

Intersecção de eventos independentes

Continuando a entender os Teoremas da Probabilidade, suporemos agora dois eventos independentes


AeB

Para isso ser verdadeiro, tudo pode acontecer entre A e B:

A pode ser verdadeiro e B falso,

B pode ser verdadeiro e A falso,

A e B podem ser verdadeiros ou

A e B serem falsos

Fica claro que as probabilidades de A e B são independentes.

Seguindo o Teorema de Bayes para encontrarmos P(A|B), temos que encontrar a probabilidade de A
ser verdadeiro apenas quando B é verdadeiro. Oras, Se A independe sempre de B, B não influencia a
probabilidade de A.

Desse modo, a probabilidade de A ser verdadeiro quando B for verdadeiro é a mesma probabilidade
de A ser verdadeiro quando B é falso, ela não muda:

P(A|B) = P(A).

Um exemplo

Seguimos com o exemplo de “gostar de chocolate” e “ter olho castanho”: qual a probabilidade de se ter
olho castanho sabendo que alguém gosta de chocolate? Exatamente a mesma que seria caso ele não
gostasse de chocolate. Uma simplesmente não afeta a outra.

Entendido isso, vamos utilizar a fórmula de Bayes apresentada anteriormente:

P(A|B) = P (A∩B) / P(B)

Passando P(B) para o outro lado multiplicando, obtemos:

P(A|B) * P(B) = P (A∩B)

Invertendo as posições, temos:

P (A∩B) = P(A|B) * P(B)

Ok, nós isolamos a intersecção, afinal, o que queremos saber é a intersecção de eventos independen-
tes. Sabemos também, pelo explicado acima, que P(A|B) = P(A) em eventos independentes. Substi-
tuindo P(A|B) por P(A), obtemos:

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EVENTOS INDEPENDENTES

P (A∩B) = P(A) * P(B)

Vemos que a intersecção de A com B, quando independentes, é a mera multiplicação de suas proba-
bilidades individuais.

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Progressões Geométricas

Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números
reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade fixa q,
chamada razão. Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evi-
dente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por exemplo, na sucessão (1, 2, 4, 8,...), q = 2.

Cálculos do Termo Geral

Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do primeiro,
da seguinte maneira:

a1 a2 a3 ... a20 ... an ...

a1 a1xq a1xq2 ... a1xq19 a1xqn-1 ...

Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo termo,
para qualquer progressão geométrica.

an = a1 x qn-1

Portanto, se por exemplo, a1 = 2 e q = 1/2, então:

an = 2 x (1/2)n-1

Se quisermos calcular o valor do termo para n = 5, substituindo-o na fórmula, obtemos:

a5 = 2 x (1/2)5-1 = 2 x (1/2)4 = 1/8

A semelhança entre as progressões aritméticas e as geométricas é aparentemente grande. Porém,


encontramos a primeira diferença substancial no momento de sua definição. Enquanto as progres-
sões aritméticas formam-se somando-se uma mesma quantidade de forma repetida, nas progressões
geométricas os termos são gerados pela multiplicação, também repetida, por um mesmo número. As
diferenças não param aí.

Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r > 0, cada termo seu é
maior que o anterior. Portanto, trata-se de uma progressão crescente. Ao contrário, se tivermos uma
progressão aritmética com razão negativa, r < 0, seu comportamento será decrescente. Observe,
também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é conseqüência direta do valor ab-
soluto da razão, |r|. Assim, quanto maior for r, em valor absoluto, maior será a velocidade de cresci-
mento e vice-versa.

Soma dos n primeiros termos de uma PG

Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos consi-
derar o que segue:

Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an

Multiplicando ambos os membros pela razão q vem:

Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q

Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como:

Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q

Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Sn . q = Sn - a1 + an . q

Daí, simplificando convenientemente, chegaremos à seguinte fórmula da soma:

Se substituirmos an = a1 . qn-1 , obteremos uma nova apresentação para a fórmula da soma, ou seja:

Exemplo:

Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...)

Temos:

Observe que neste caso a1 = 1.

5 - Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada

Considere uma PG ILIMITADA (infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos conside-
rar que no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos:

Exemplo:

Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100

O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula, vem:

Dessa equação encontramos como resposta x = 50.

Progressão Aritmética

Chamamos de progressão aritmética, ou simplesmente de PA, a toda seqüência em que cada núme-
ro, somado a um número fixo, resulta no próximo número da seqüência. O número fixo é chamado de
razão da progressão e os números da seqüência são chamados de termos da progressão.

Observe os exemplos:

50, 60, 70, 80 é uma PA de 4 termos, com razão 10.

3, 5, 7, 9, 11, 13 é uma PA de 6 termos, com razão 2.

-8, -5, -2, 1, 4 é uma PA de 5 termos, com razão 3.

156, 152, 148 é uma PA de 3 termos, com razão -4.

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

100, 80, 60, 40 é uma PA de 4 termos, com razão -20.

6, 6, 6, 6,..... é uma PA de infinitos termos, com razão 0.

Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o segundo é 10. Escreva todos os termos dessa PA.

6, 10, 14, 18, 22, 26, 30

Numa PA de 5 termos, o último deles é 201 e o penúltimo é 187. Escreva todos os termos dessa PA.

145, 159, 173, 187, 201

Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a razão é -3. Escreva todos os termos dessa PA.

32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11

Numa PA, o 1º termo é 45 e o 2º termo é 80. Qual a razão dessa PA.

Numa PA, o 5º termo é -7 e o 6º termo é 15. Qual a razão dessa PA.

Símbolos Usados Nas Progressões

Em qualquer seqüência, costumamos indicar o primeiro termo por a1, o segundo termo por a2, o ter-
ceiro termo por a3, e assim por diante. Generalizando, o termo da seqüência que está na posição n é
indicado por an.

Veja alguns exemplos

Na PA 2, 12, 22, 32 temos: a1 = 2, a2 = 12, a3 = 22 e a4 = 32

Quando escrevemos que, numa seqüência, tem-se a5 = 7, por exemplo, observe que o índice 5 indica
a posição que o termo ocupa na seqüência. No caso, trata-se do 5º termo da seqüência. Já o símbolo
a5 indica o valor do termo que está na 5º posição. No caso o valor do quinto termo é 7.

A razão de uma PA é indicada por r, pois ela representa a diferença entre qualquer termo da PA e o
termo anterior.

Observe os exemplos:

Na PA 1856, 1863, 1870, 1877, 1884 a razão é r = 7, pois:

a2 – a1 = 1863 - 1856 = 7

a3 – a2 = 1870 – 1863 = 7

a4 – a3 = 1877 – 1870 = 7

a5 – a4 = 1884 – 1877 = 7

Na PA 20, 15, 10, 5 a razão é r = -5, pois:

a2 – a1 = 15 – 20 = -5

a3 – a2 = 10 – 15 = -5

a4 – a3 = 5 – 10 = -5

Classificação Das Progressões Aritméticas

Uma PA é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o termo que o antecede.
Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja positiva.

Exemplo:

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

(7, 11, 15, 19,...) é uma PA crescente. Note que sua razão é positiva, r = 4

Uma PA é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor que o termo que o antece-
de. Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja negativa.

Exemplo:

(50, 40, 30, 20,...) é uma PA decrescente. Note que sua razão é negativa, r = -10

Uma PA é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso aconteça é necessário e
suficiente que sua razão seja igual a zero.

Exemplo:

Determine x para que a seqüência (3+ x, 5x, 2x + 11) seja PA.

5x – ( 3 + x ) = 2x + 11 – 5x

5x – 3 – x = 2x +11 – 5x

5x – x – 2x + 5x = 11 + 3

7x = 14

x = 14/7 = 2

Fórmula do termo geral da PA

an = a1 + (n – 1).r

Determinar o 61º termo da PA (9, 13, 17, 21,...)

r = 4 a1 = 9 n = 61 a61 = ?

a61 = 9 + (61 – 1).4

a61 = 9 + 60.4 = 9 + 240 = 249

Determinar a razão da PA (a1, a2, a3,...) em que a1 = 2 e a8 = 3

an = a1 + ( n – 1 ).r

a8 = a1 + (8 – 1 ).r

a8 = a1 + 7r

3 = 2 + 7r

7r = 3 – 2

7r = 1

r = 1/7

Determinar o número de termos da PA (4,7,10,...,136)

a1 = 4 an = 136 r = 7 – 4 = 3

an = a1 + (n – 1).r

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136 = 4 + (n – 1).3

136 = 4 + 3n – 3

3n = 136 – 4 + 3

3n = 135

n = 135/3 = 45 termos

Determinar a razão da PA tal que:

a1 + a4 = 12 e a3 + a5 = 18

a4 = a1 + (4 – 1).r a3 = a1 + (3 – 1).r a5 = a1 + 4r

a4 = a1 + 3r a3 = a1 + 2r

a1 + a1 + 3r = 12

a1 + 2r + a1 + 4r = 18

2a1 + 3r = 12

2a1 + 6r = 18

3r = 6

r = 6/3 = 2

Interpolar (inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem.

Interpolar (ou inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem, significa determinar a PA de
primeiro termo igual a 1 e último termo igual a 25.

(1,_,_,_,_,_,25)

a7 = a1 + 6r

25 = 1 + 6r

6r = 24

r = 24/6

r=4

(1, 5, 9, 13, 17, 21, 25)

Representação genérica de uma PA

PA de três termos:

(x, x + r, x + 2r)

ou

(x – r, x , x + r), em que a razão é r

PA de quatro termos:

(x, x + r, x + 2r, x + 3r)

ou

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

(x – 3r, x – r, x + r, x + 3r), em que a razão é 2r

Cálculo Da Soma Dos N Primeiros Termos De Uma PA

Em uma pequena escola do principado de Braunschweig, Alemanha, em 1785, o professor Buttner


propôs a seus alunos que somassem os números naturais de 1 a 100. Apenas três minutos depois,
um gurizote de oito anos de idade aproximou-se da mesa do senhor Buttner e, mostrando-lhe sua
prancheta, proclamou: “taí“. O professor, assombrado, constatou que o resultado estava correto.
Aquele gurizote viria a ser um dos maiores matemáticos de todos os tempos: Karl Friedrich Gauss
(1777-1855).

O cálculo efetuado por ele foi simples e elegante: o menino percebeu que a soma do primeiro núme-
ro, 1, com o último, 100, é igual a 101; a soma do segundo número, 2 , com o penúltimo, 99 , é igual a
101; também a soma do terceiro número, 3 , com o antepenúltimo, 98 , é igual a 101; e assim por
diante, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos.

1 2 3 4..................................97 98 99 100

4 + 97 = 101

3 + 98 = 101

2 + 99 = 101

1 + 100 = 101

Como são possíveis cinqüenta somas iguais a 101, Gauss concluiu que:

1 + 2 + 3 + 4 + .......................... + 97 + 98 + 99 + 100 = 50.101 = 5050

Esse raciocínio pode ser estendido para o cálculo da soma dos n primeiros termos de uma progres-
são aritmética qualquer:

Calcular a soma dos trinta primeiros termos da PA (4, 9, 14, 19,...).

a30 = a1 + (30 – 1).r

a30 = a1 + 29r

a30 = 4 + 29.5 = 149

Calcular a soma dos n primeiros termos da PA (2, 10, 18, 26,...).

an = 2 + (n – 1).8

an = 2 + 8n – 8

an = 8n – 6

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Determine a soma dos termos da PA (6, 10, 14,..., 134).

Calcule a soma dos múltiplos de 7 compreendidos entre 100 e 300.

Múltiplos de 7 (0, 7, 14, 21, 28,...).

O primeiro múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 105.

O último múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 294.

294 = 105 + (n – 1).7

294 = 105 + 7n – 7

7n = 294 – 105 + 7

7n = 196

n = 196/7 = 28

Progressão Geométrica

Denominamos de progressão geométrica, ou simplesmente PG, a toda seqüência de números não


nulos em que cada um deles, multiplicado por um número fixo, resulta no próximo número da se-

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

qüência. Esse número fixo é chamado de razão da progressão e os números da seqüência recebem
o nome de termos da progressão.

Observe estes exemplos:

8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 é uma PG de 8 termos, com razão 2.

5, 15, 45,135 é uma PG de 4 termos, com razão 3.

3000, 300, 30, 3 é uma PG de 4 termos, com razão 1/10

Numa PG de 5 termos o 1º termo é 2 e o 2º termo é 12. Escreva os termos dessa PG.

2, 12, 72, 432, 2592

Numa PG de 4 termos, o último termo é 500 e o penúltimo é 100. Escreva os termos dessa PG.

4,20,100,500

Numa PG de 6 termos, o 1º termo é 3 e a razão é 10. Qual o 6º termo dessa PG.

3,30,300,3000,30000,300000

a6 = 300000

Numa PG de 5 termos, o 3º termo é -810 e a razão é -3. Escreva os termos dessa PG.

-90,270,-810,2430,-7290

Numa PG, o 9º termo é 180 e o 10º termo é 30. Qual a razão dessa PG.

q = 30/180 = 3/18 = 1/6

A razão é 1/6

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Fórmula do termo geral de uma progressão geométrica.

Determinar o 15º termo da progressão geométrica (256, 128, 64,...).

Determinar a razão da PG tal que:

Determinar o número de termos da PG (128, 64, 32,......, 1/256).

Determinar a razão da PG tal que:

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Representação genérica de uma PG:

a) PG de três termos, (x, xq, xq²) em que a razão é q;

(x/q, x, xq), com razão q, se q ≠ 0.

b) PG de quatro termos, (x, xq, xq², xq³), com razão q;

(x/q³, x/q, xq, xq³), com razão q², se q ≠ 0.

Determinar a PG de três termos, sabendo que o produto desses termos é 8 e que a soma do segundo
com o terceiro termo é 10.

Soma dos n primeiros termos de uma PG:

Sendo Sn a soma dos n primeiros termos da PG (a1,a2, a3,...an,...) de razão q, temos:

Se q = 1, então Sn = n.a1

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Calcular a soma dos dez primeiros termos da PG (3, 6, 12,....).

Exercícios Resolvidos de PA e PG

Dada a PA (a + b,5a – b,...) determine seu 4º termo.

r = 5a – b – (a + b) = 5a – b – a – b = 4a – 2b

A cada balanço uma firma tem apresentado um aumento de 10% em seu capital. A razão de progres-
são formada pelos capitais nos balanços é:

Solução:[

Sendo C o capital inicial, temos:

C,1,1C, (1,1)²C,...

Logo a razão q é dada por:

q = 1,1C/C = 1,1 = 11/10

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MATRIZES: DETERMINANTES

Matrizes: Determinantes

Propriedades dos Determinantes

Existem várias técnicas utilizadas para calcular o determinante de uma matriz, entre elas estão: Regra
de Sarrus, Teorema de Laplace, Teorema de Jacobi, Teorema de Binet e a Regra de Chió. Mas todas
essas técnicas podem ser facilitadas se aplicarmos as propriedades dos determinantes. Vale lembrar
que os determinantes, bem como suas propriedades, são aplicados apenas em matrizes quadradas.
Vejamos cada uma dessas propriedades:

1ª) Se uma matriz possuir uma linha ou uma coluna nula, seu determinante será zero.

Essa propriedade é válida porque cada termo no cálculo do determinante será multiplicado por zero,
resultando em um determinante nulo. Vejamos um exemplo para uma matriz de ordem 3:

Matriz de ordem 3 com a segunda coluna composta por zeros.

Calculando o determinante dessa matriz pela Regra de Sarrus, temos:

Det = A11·0·A33 + 0·A23·A31 + A13·A21·0 – A31·0·A13 – 0·A23·A11 – A33·A21·0 = 0

Podemos ainda verificar essa propriedade através de qualquer matriz que apresente uma linha ou co-
luna formada por zeros.

2ª) O determinante de uma matriz será sempre igual ao determinante de sua transposta.

É fácil verificar essa propriedade, pois, ao calcular o determinante de uma matriz A ou de sua trans-
posta At, estaremos sempre realizando as mesmas multiplicações e as mesmas adições. Vejamos o
cálculo do determinante das matrizes A e At de ordem 2:

Matriz de ordem 2 e sua transposta.

Vamos calcular o determinante das duas matrizes:

Det A = A11·A22 – A21·A12

Det At = A11·A22 – A12·A21

Det A = Det At

3ª) Se trocarmos as duas linhas ou as duas colunas da matriz, trocaremos o sinal do determinante.

Essa propriedade recebe também o nome de Teorema de Bézout e pode ser facilmente comprovada
através de exemplos. Veja:

Matrizes A e A', ambas de ordem 2.

Observe que a Matriz A' é uma cópia da A, mas as linhas 1 e 2 foram trocadas. Vejamos o cálculo de
seus determinantes:

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MATRIZES: DETERMINANTES

Det A = A11·A22 – A21·A12

Det A' = A21·A12 – A11·A22

Det A = – Det A'

4ª) Se multiplicarmos os elementos de uma linha ou de uma coluna da matriz por um valor n qualquer,
o determinante também será multiplicado por n.

A 4ª propriedade é válida porque, no cálculo do determinante, cada produto é multiplicado por n, o que,
colocando em evidência, corresponde a multiplicar o próprio determinante por n. Vejamos um exemplo
para uma matriz de ordem 3:

Matrizes A e A', ambas de ordem 3.

Vamos calcular o determinante dessa matriz pela Regra de Sarrus:

5ª) Se uma matriz possui duas linhas ou colunas iguais ou múltiplas uma da outra, o determinante é
nulo.

Vamos verificar essa propriedade através de exemplos:

Matrizes de ordem 2: A e B.

Veja que a matriz A apresenta duas linhas iguais. Vamos calcular seu determinante:

Det A = A11·A12 – A11·A12

Det A = 0

Podemos ver ainda que a segunda coluna da matriz B é múltipla da primeira coluna. Calcularemos seu
determinante:

Det B = B11·nB21 – B21·nB11

Det B = n(B11·B21 – B21·B11)

Det B = n·0

Det B = 0

6ª) Se somarmos uma linha ou coluna à outra que foi multiplicada por um número, o determinante não
será alterado.

Para demonstração dessa propriedade, é mais indicado o uso de exemplo numérico. Observe que a
matriz A' (mostrada a seguir) é decorrente da matriz A. Mas para chegar à terceira coluna da matriz A',
nós somamos o tripo da 2ª coluna de A à 3ª coluna de A, obtendo:

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MATRIZES: DETERMINANTES

Matrizes de ordem 2: A e B.

Vamos calcular o determinante de A e de A':

Det A = 1·3·2 + 2·1·4 + 0·2·0 – 4·3·0 – 0·1·1 – 2·2·2 = 6

Det A' = 1·3·2 + 2·10·4 + 6·2·0 – 4·3·6 – 0·10·1 – 2·2·2 = 6

Det A = Det A'

7ª) O determinante do produto de duas matrizes é igual ao produto de seus determinantes.

Vejamos a demonstração dessa propriedade através de um exemplo:

Matrizes A e B e matriz A.B.

Vamos calcular o determinante de A e de B:

Det A = A11·A22 – A21·A12

Det B = B11·B22 – B21·B12

Det A·Det B= A11·A22·B11·B22 – A21·A12·B11·B22 – A11·A22·B21·B12 + A21·A12·B21·B12

Calculando o determinante da matriz A·B, temos:

Det (A·B) = A11·A22·B11·B22 – A21·A12·B11·B22 – A11·A22·B21·B12 + A21·A12·B21·B12

Portanto, Det A · Det B = Det (A·B).

Matriz Inversa

A matriz inversa ou matriz invertível é um tipo de matriz quadrada, ou seja, que possui o mesmo número
de linhas (m) e colunas (n).

Ela ocorre quando o produto de duas matrizes resulta numa matriz identidade de mesma ordem
(mesmo número de linhas e colunas).

Assim, para encontrar a inversa de uma matriz, utiliza-se a multiplicação.

A . B = B . A = In (quando a matriz B é inversa da matriz A)

Mas o que é Matriz Identidade?

A Matriz Identidade é definida quando os elementos da diagonal principal são todos iguais a 1 e os
outros elementos são iguais a 0 (zero). Ela é indicada por In:

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MATRIZES: DETERMINANTES

Propriedades da Matriz Inversa

• Existe somente uma inversa para cada matriz

• Nem todas as matrizes possuem uma matriz inversa. Ela é invertível somente quando os produtos de
matrizes quadradas resultam numa matriz identidade (In)

• A matriz inversa de uma inversa corresponde à própria matriz: A = (A-1)-1

• A matriz transposta de uma matriz inversa também é inversa: (At) -1 = (A-1)t

• A matriz inversa de uma matriz transposta corresponde à transposta da inversa: (A-1 At)-1

• A matriz inversa de uma matriz identidade é igual à matriz identidade: I-1 = I

Exemplos de Matriz Inversa

Matriz Inversa 2x2

Matriz Inversa 3x3

Passo a Passo: Como Calcular a Matriz Inversa?

Sabemos que se o produto de duas matrizes é igual a matriz identidade, essa matriz possui uma in-
versa.

Observe que se a matriz A for inversa da matriz B, utiliza-se a notação: A-1.

Exemplo: Encontre a inversa da matriz abaixo de ordem 3x3.

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MATRIZES: DETERMINANTES

Antes de mais nada, devemos lembrar que A . A-1 = I (A matriz multiplicada por sua inversa resultará
na matriz identidade In).

Multiplica-se cada elemento da primeira linha da primeira matriz por cada coluna da segunda matriz.

Por conseguinte, multiplica-se os elementos da segunda linha da primeira matriz pelas colunas da se-
gunda.

E por fim, a terceira linha da primeira com as colunas da segunda:

Fazendo a equivalência dos elementos com a matriz identidade, podemos descobrir os valores de:

a=1
b=0
c=0

Sabendo esses valores, podemos calcular as outras incógnitas da matriz. Na terceira linha e primeira
coluna da primeira matriz temos que a + 2d = 0. Portanto, vamos começar por encontrar o valor de d,
pela substituição dos valores encontrados:

1 + 2d = 0
2d = -1
d = -1/2

Da mesma maneira, na terceira linha e segunda coluna podemos encontrar o valor de e:

b + 2e = 0
0 + 2e = 0
2e = 0
e = 0/2
e=0

Continuando, temos na terceira linha da terceira coluna: c + 2f. Note que segunda a matriz identidade
dessa equação não é igual a zero, mas igual a 1.

c + 2f = 1
0 + 2f = 1
2f = 1
f=½

Passando para a segunda linha e a primeira coluna vamos encontrar o valor de g:

a + 3d + g = 0
1 + 3. (-1/2) + g = 0
1 – 3/2 + g = 0

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MATRIZES: DETERMINANTES

g = -1 + 3/2
g=½

Na segunda linha e segunda coluna, podemos encontrar o valor de h:

b + 3e + h = 1
0+3.0+h=1
h=1

Por fim, vamos encontrar o valor de i pela equação da segunda linha e terceira coluna:

c + 3f + i = 0
0 + 3 (1/2) + i = 0
3/2 + i = 0
i = 3/2

Depois de descobertos todos os valores das incógnitas, podemos encontrar todos os elementos que
compõem a matriz inversa de A:

Propriedades dos Determinantes

As propriedades envolvendo determinantes facilitam o cálculo de seu valor em matrizes que se enqua-
dram nessas condições. Observe as propriedades:

1ª propriedade

Ao observar uma matriz e verificar que os elementos de uma linha ou uma coluna são iguais a zero, o
valor do seu determinante também será zero.

2ª propriedade

Caso ocorra igualdade de elementos entre duas linhas ou duas colunas, o determinante dessa matriz
será nulo.

3ª propriedade

Verificadas em uma matriz duas linhas ou duas colunas com elementos de valores proporcionais, o
determinante terá valor igual à zero. Observe a propriedade entre a 1ª e a 2ª linha.

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MATRIZES: DETERMINANTES

4ª propriedade

Ao multiplicarmos todos os elementos de uma linha ou coluna de uma matriz por um número K, o seu
determinante fica multiplicado por K.

Os elementos da 1ª linha de P foram multiplicados por 2, então: det P’ = 2 * det P

5ª propriedade

Caso uma matriz quadrada A seja multiplicada por um número real k, seu determinante passa a ser
multiplicado por kn.

det (k*A) = kn * det A

6ª propriedade

O valor do determinante de uma matriz R é igual ao determinante da matriz da transposta de R, det R


= det (Rt).

det R = ps -- qr

det Rt = ps – rq

7ª propriedade

Ao trocarmos duas linhas ou duas colunas de posição de uma matriz, o valor do seu determinante
passa a ser oposto ao determinante da anterior.

8ª propriedade

O determinante de uma matriz triangular é igual à multiplicação dos elementos da diagonal principal.
Lembre-se que em uma matriz triangular, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são iguais
a zero.

9ª propriedade

Considerando duas matrizes quadradas de ordem iguais e AB matriz produto, temos que: det (AB) =
(det A) * (det B), conforme teorema de Binet.

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MATRIZES: DETERMINANTES

10ª propriedade

Ao multiplicarmos todos os elementos de uma linha ou de uma coluna pelo mesmo número e adicio-
narmos os resultados aos elementos correspondentes de outra linha ou coluna, formamos a matriz B,
onde ocorre a seguinte igualdade: det A = det B. Esse teorema é atribuído a Jacobi.

Determinantes

Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de colunas (ou seja, é do
tipo n x n). A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de determinante.

Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:

• resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;

• cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são conhecidas as coordenadas
dos seus vértices;

Determinante de 1ª ordem

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número real a11:

det M =Ia11I = a11

Observação: representamos o determinante de uma matriz entre duas barras verticais, que não têm o
significado de módulo. Por exemplo:

M= [5] det M = 5 ou |5| = 5

M = [-3] det M = -3 ou |-3| = 3

Determinante de 2ª ordem

Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante associado a M, de 2ª ordem,


é dado por:

Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto dos elemen-
tos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. Veja o exemplo a seguir.

Questão 1 (PM AC 2012 – Funcab). Sabendo que A é uma matriz quadrada de ordem 3 e que o deter-
minante de A é -2, calcule o valor do determinante da matriz 3A.

A) – 8

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MATRIZES: DETERMINANTES

B) – 54

C) 27

D) 18

E) – 2

Resolução:

Para resolvermos a questão, vamos utilizar uma das propriedades das determinantes:

Onde n é a ordem da matriz quadrada.

Desta propriedade temos que:

Resposta: B

Questão 2 (PM AC – Funcab). Considerando a matriz quadrada A abaixo, e det(A) seu determinante,
calcule o valor de 5.det(A).

A) 10

B) -140

C) 270

D) 130

E) -35

Resolução:

Calculando o determinante de uma matriz 2×2:

DetA = 7.4 – 2.(-13) = 28 + 26 = 54

Logo,

5.DetA = 5.54 = 270

Resposta: C

Questão 3 (PM PR 2010 – Cops). Considere uma colisão de dois veículos. Num sistema de coordena-
das cartesianas, as posições finais destes veículos após a colisão são dadas nos pontos A = (2,2) e B
= (4, 1). Para compreender como ocorreu a colisão é importante determinar a trajetória retilínea que
passa pelos pontos A e B.

Essa trajetória é dada pela equação:

a) x – y = 0

b) x + y – 5 = 0

c) x – 2y + 2 = 0

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MATRIZES: DETERMINANTES

d) 2x + 2y – 8 = 0

e) x + 2y – 6 = 0

Resolução:

A equação pode ser descoberta calculando o determinante da matriz abaixo, que relaciona os pontos
P(x,y), A(2,2) e B(4,1):

| x y 1 | x y

| 2 2 1 | 2 2

|4 1 1 | 4 1

Fazendo o produto das diagonais principais menos o produto das diagonais secundárias:

2x + 4y + 2 – 8 – x – 2y = 0

x + 2y – 6 = 0

Resposta: E

Questão 4 (RFB 2009 – Esaf). Com relação ao sistema

onde

pode-se, com certeza, afirmar que:

a) é impossível

b) é indeterminado

c) possui determinante igual a 4

d) possui apenas a solução trivial

e) é homogêneo

Resolução:

Podemos separar a segunda igualdade em duas:

2x – y = 3z + 2 => 2x – y – 3z = 2

2x + y = z + 1 => 2x + y – z = 1

Temos então três equações:

x+y+z=1

2x – y – 3z = 2

2x + y – z = 1

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MATRIZES: DETERMINANTES

Que podem ser associadas a matriz:

| 1 1 1 |

| 2 -1 -3 |

| 2 1 -1 |

Vamos calcular seu determinante:

| 1 1 1 | 1 1

| 2 -1 -3 | 2 -1

| 2 1 -1 | 2 1

Det = 1.(-1).(-1) + 1.(-3).2 + 1.2.1 – 2.(-1).1 – 1.(-3).1 – (-1).2.1

Det = 1 – 6 + 2 +2 + 3 + 2

Det = 4

Reesposta C

Questão 5 (ANAC – ESAF 2016). Dada a matriz A abaixo, o determinante da matriz 2A é igual a:

a) 40.

b) 10.

c) 18.

d) 16.

e) 36.

Resolução:

Temos duas formas de resolver a questão. Podemos calcular o determinante da matriz A e depois
utilizar a propriedade P3 que se encontra em nosso material didático, ou calcular diretamente o deter-
minante da matriz 2A. Vamos resolvê-la pelo primeiro método, utilizando a regra de Sarrus:

DetA = 2.1.4 + 1.1.0 + 3.1.1 – 0.1.3 – 1.1.2 – 4.1.1

DetA = 8 + 0 + 3 – 0 – 2 – 4

DetA = 5

Utilizando a propriedade citada:

Det2A = 2³.DetA

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MATRIZES: DETERMINANTES

Det2A = 8.5

Det2A = 40

Resposta: A

Representação Matricial de um Sistema

Um sistema de equações pode ser representado na forma de uma matriz. Os coeficientes das incógni-
tas serão os elementos da matriz que ocuparão as linhas e as colunas de acordo com o posicionamento

dos termos no sistema. O sistema terá a seguinte representação matri-

cial: .

Observe mais alguns sistemas representados por matrizes.

Exemplo 1

Sistema de equações com três equações e três incógnitas: x, y e z.

Representação matricial

Exemplo 2

Sistema de equações

Representação matricial

Essa relação entre sistemas de equações e matrizes fora estabelecida no intuito de determinar o valor
das incógnitas através de técnicas envolvendo cálculo de determinantes de matrizes. Nesses casos, o
método utilizado é a resolução de acordo com a Regra de Cramer, que consiste na relação entre a
matriz dos coeficientes das incógnitas e a matriz dos coeficientes independentes, descartando a matriz
das variáveis.

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MATRIZES: DETERMINANTES

Matriz dos coeficientes

A regra de Cramer estabelece que, se D ≠ 0 temos:

x = Dx/D
y = Dy/D
z = Dz/D

No caso desse sistema obtemos as seguintes matrizes:

Na matriz Dx, a coluna dos coeficientes de x foi substituída pelos coeficientes independentes.

Na matriz Dy, a coluna dos coeficientes de y foi substituída pelos coeficientes independentes.

Na matriz Dz, a coluna dos coeficientes de z foi substituída pelos coeficientes independentes.

x = Dx/D → –8/–8 = 1
y = Dy/D → –16/–8 = 2
z = Dz/D → 8 / –8 = –1

A solução do sistema é x = 1, y = 2 e z = –1.

Matrizes associadas a um sistema linear

A um sistema linear podemos associar as seguintes matrizes:

• matriz incompleta: a matriz A formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema.

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MATRIZES: DETERMINANTES

Em relação ao sistema:

a matriz incompleta é:

• matriz completa: matriz B que se obtém acrescentando à matriz incompleta uma última coluna
formada pelos termos independentes das equações do sistema.

Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa é:

Discussão de um Sistema Linear

Discutir um sistema de equações lineares significa examinar as possibilidades quanto às soluções. An-
tes de discutirmos os sistemas lineares, vamos analisar uma equação bem simples do 19 grau, ou seja:
a . x = b, onde a e b são números reais. Observe as três situações:

• 1a Situação: a*0. A equação tem uma única solução, pois: ax = b


• 2a Situação: a = b = O. A equação tem infinitas soluções, pois: 0.x = 0=>S = IR corresponde a uma
sentença indeterminada, ou seja, qualquer número real x a verifica.
• 3a Situação: a = O e b * O. A equação não tem solução, pois nenhum valor de x a verifica.

Vamos, nesta aula, discutir apenas sistemas lineares onde o número de equações é igual ao número
de incógnitas. É necessário observar três exemplos de sistemas lineares escalonados.

Exemplo 1:
Considere o seguinte sistema:

3x + y + z = 4
2x – y – z = 6
-4x + y – 5z = 20

Após escalonamento, resulta: x + 2y + 2z = -2 -6z = 30

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MATRIZES: DETERMINANTES

Como o número de equações, no sistema escalonado, é igual ao número de incógnitas, o sistema é


possível e determinado, ou seja, existe apenas uma solução.

Exemplo 2:
Considere o seguinte sistema:

fx – 2y + 3z = -11
-2x + 5y-7z = 27
c – 5y + 8z = -28

Após escalonamento, resulta: x – 2y + 3z = -11 y-z = 5 |0.z = 0, ou ainda: x – 2y + 3z = -11 y-z = 5.


Como o número de equações, no sistema escalonado, é menor que o número de incógnitas, o sistema
é possível e indeterminado, ou seja, existem infinitas soluções. Observe que uma equação, após o
escalonamento, foi suprimida.

Exemplo 3:
Considere o seguinte sistema:

x + 3y + 2z = 2
– 13x + 5y + 4z = 4
5x + 3y + 4z = -10

Após escalonamento resulta: fx + 3y + 2z = 2 j -4y – 2z = -2. Como a última equação é um absurdo,


pois não existe valor de z que verifique a igualdade, o sistema é impossível, ou seja, não admite solu-
ção.

Observe os exemplos, a seguir, relacionados com a discussão de sistemas.

Exemplo 1: Discutir o sistema linear nas incógnitas x e y, considerando o parâmetro m: x + 2y = 2 [2x


+ my = 5

Resolução:

• Vamos escalonar o sistema:


Jx + 2y = 2 [2x + my = 5
x + 2y = 2 (m-4)y = 1

Discussão:

(19) Se m – 4 * O, isto é, m * 4, o sistema é possível e determinado.


(2) Se m – 4 = O, isto é, m = 4 o sistema é impossível, pois a última equação seria O . y = 1, que, evi-
dentemente, é um absurdo.

Exemplo 2:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x e y, considerando os parâmetros a e b: x + 2y = 3 [2x + ay =


b

Resolução:

Vamos escalonar o sistema:

Vamos, agora, discutir sistemas lineares cujas equações têm o que chamamos parâmetros.

Mas o que é parâmetro?

Exemplo 4:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x, y e z, con-(1 ?) Se a – 4* O, ,isto é, a * 4, o sistema e possível


e desconsiderando o parâmetro m:

(2a) Sea-4 = 0eb-6 = 0, isto é, a = 4eb = 6, a última equação resulta O . y = O Logo, o sistema é possível
e indeterminado.

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MATRIZES: DETERMINANTES

(3a) Sea-4 = 0eb-6*0, isto é, a = 4 e b * 6, a última equação resulta O . y = k (k * 0) Logo, o sistema é


impossível.

Exemplo 3:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x, y e z, considerando o parâmetro k:

Resolução:

• Vamos escalonar o sistema:

x + y + z = -5
2x – 3y + z = k
3x – 2y + 4z = O

x + y + z = -5 —* • (-2) 2x-3y + z = k+«— 3x – 2y + 4z = O + «—


x + y + z = -5 -5y-z = k+10 2z = 5 – k

Discussão:
Para qualquer valor de k, o sistema é possível e determinado.

• Discussão:

(1a) Se m2 + m – 2 = O, isto é, m = -2 ou m = 1, a última equação resulta. O.z = 0 Logo, o sistema é


possível e indeterminado.
(2a) Se m2 + m – 2 * O, isto é, m*-2em*1,a última equação resulta O . z = k (k * 0) Logo, o sistema é
impossível.

Observação:

Para resolvermos ou discutirmos um sistema linear, existe um método alternativo conhecido como mé-
todo de Castilho. Observe a seguir.

Considere o sistema:

Jax + by = m [cx + dy = n em que a, b, c, d, m e n são números reais quaisquer. Para eliminarmos a


variável x podemos multiplicar a primeira equação por -c, e a segunda por a. Assim obtemos: -acx –
bcy = -me acx + ady = an, somando, obtemos: (ad – bc). y = an – me.

Observe que o coeficiente de y é o valor do determinante da matriz, em que a primeira coluna são os
coeficientes de x e a segunda coluna são os coeficientes de y, enquanto o termo independente é o
valor do determinante, em que a primeira coluna são os coeficientes de x e a segunda coluna são os
termos independentes das equações dadas.

Com este método, transformamos cada duas equações dadas em uma equação equivalente, elimi-
nando a primeira variável. No caso de termos uma terceira equação, aplicamos o método com a terceira
e a primeira ou a terceira e a segunda equação, obtendo a segunda equação do novo sistema.

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SISTEMAS LINEARES

Sistemas Lineares

Equação Linear

É toda equação que possui variáveis e apresenta na seguinte forma a1x1 + a2x2 + a3x3 + ...+ anxn =
b, em que a1, a2, a3, ....., são os coeficientes reais e o termo independente e representado pelo
número real b.

Exemplos:

x + y + z = 20
2x –3y + 5z = 6
4x + 5y – 10z = –3
x – 4y – z = 0

Sistema Linear

Um conjunto de p equações lineares com variáveis x1, x2, x3,....,xn formam um sistema linear com p
equações e n incógnitas.

Exemplos:

x+y=3
x–y=1

Sistema linear com duas equações e duas variáveis.

2x + 5y – 6z = 24
x – y + 10z = 30

Sistema linear com duas equações e três variáveis.

x + 10y – 12z = 120


4x – 2y – 20z = 60
–x + y + 5z = 10

Sistema linear com três equações e três variáveis.

x – y – z + w = 10
2x + 3y + 5z – 2w = 21
4x – 2y – z + w = 16

Sistema linear com três equações e quatro variáveis.

Solução de um sistema linear

Dado o sistema:

x+y=3
x–y=1

Dizemos que a solução deste sistema é o par ordenado (2,1), pois ele satisfaz as duas equações do
sistema linear. Observe:

x=2ey=1

2+1=33=3
2–1=11=1

Dado o sistema:

2x + 2y + 2z = 20

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SISTEMAS LINEARES

2x – 2y + 2z = 8
2x – 2y – 2z = 0

Podemos dizer que o trio ordenado (5, 3, 2) é solução do sistema, pois ele satisfaz as três equações do
sistema linear. Veja:

2 * 5 + 2 * 3 + 2 * 2 = 20 10 + 6 + 4 = 20 20 = 20
2*5–2*3+2*2=8 10 – 6 + 4 = 8 8=8
2*5–2*3–2*2=0 10 – 6 – 4 = 0 0=0

Classificação De Um Sistema Linear

Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.

SPD – Sistema Possível e Determinado – possui apenas uma solução.


SPI – Sistema Possível e Indeterminado – possui infinitas soluções.
SI – Sistema Impossível – não possui solução.

Associando um sistema linear a uma matriz

Um sistema linear pode estar associado a uma matriz, os seus coeficientes ocuparão as linhas e as
colunas da matriz, respectivamente. Veja exemplo 1:

O sistema:

x+y=3
x–y=1

pode ser representado por duas matrizes, uma completa e outra incompleta.

Matriz completa

1 1 3
1 -1 1
Matriz incompleta

1 1
1 -1
Exemplo 2

x + 10y – 12z = 120


4x – 2y – 20z = 60
–x + y + 5z = 10

Matriz completa

1 10 -12 120
4 -2 -20 60
-1 1 5 10
Matriz incompleta

1 10 -12
4 -2 -20
-1 1 5
Obs.: O sistema também pode possuir uma representação matricial. Observe o sistema de equações
lineares:

x + 10y – 12z = 120


4x – 2y – 20z = 60
–x + y + 5z = 10

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SISTEMAS LINEARES

Equação matricial do sistema:

Equação Linear

Equação linear é toda equação da forma:

a1x1 + a2x2+ a3x3 + ... + anxn = b

em que a1, a2, a3, ... , an são números reais, que recebem o nome de coeficientes das incógnitas x1,
x2,x3, ... , xn, e b é um número real chamado termo independente (quando b=0, a equação recebe o
nome de linear homogênea).

Veja alguns exemplos de equações lineares:

3x - 2y + 4z = 7

-2x + 4z = 3t - y + 4

(homogênea)

As equações a seguir não são lineares:

xy - 3z + t = 8
2
x - 4y = 3t - 4

Sistema Linear

Um conjunto de equações lineares da forma:

é um sistema linear de m equações e n incógnitas.

A solução de um sistema linear é a n-upla de números reais ordenados (r1, r2, r3,..., rn) que é,
simultaneamente, solução de todas as equações do sistema.

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SISTEMAS LINEARES

Sistemas Lineares são conjuntos de equações associadas entre elas que apresentam a forma a seguir:

A chave do lado esquerdo é o símbolo usado para sinalizar que as equações fazem parte de um
sistema. O resultado do sistema é dado pelo resultado de cada equação.

Os coeficientes amxm, am2xm2, am3xm3, ... , an, an2, an3 das incógnitas x1, xm2,xm3, ... , xn, xn2, xn3 são
números reais.
Ao mesmo tempo, b também é um número real que é chamado de termo independente.

Sistemas lineares homogêneos são aqueles cujo termo independente é igual a 0 (zero): a1x1 + a2x2 = 0.
Portanto, aqueles que apresentam termo independente diferente de 0 (zero) indica que o sistema não é
homogêneo: a1x1 + a2x2 = 3.

Classificação

Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o número de soluções possíveis. Lembrando
que a solução das equações é encontrado pela substituição das variáveis por valores.

 Sistema Possível e Determinado (SPD): há apenas uma solução possível, o que acontece quando o
determinante é diferente de zero (D ≠ 0).

 Sistema Possível e Indeterminado (SPI): as soluções possíveis são infinitas, o que acontece
quando o determinante é igual a zero (D = 0).

 Sistema Impossível (SI): não é possível apresentar qualquer tipo de solução, o que acontece
quando o determinante principal é igual a zero (D = 0) e um ou mais determinantes secundários são
diferentes de zero (D ≠ 0).

As matrizes associadas a um sistema linear podem ser completas ou incompletas. São completas as
matrizes que consideram os termos independentes das equações.

Os sistemas lineares são classificados como normais quando o número de coeficientes é o mesmo que
o número de incógnitas. Além disso, quando o determinante da matriz incompleta desse sistema não é
igual a zero.

Exercícios Resolvidos

Vamos resolver passo a passo cada equação a fim de classificá-las em SPD, SPI ou SI.

Exemplo 1 - Sistema Linear com 2 Equações

Exemplo 2 - Sistema Linear com 3 Equações

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SISTEMAS LINEARES

Se D = 0, podemos estar diante de um SPI ou de um SI. Assim, para saber qual a classificação correta,
vamos ter de calcular os determinantes secundários.

Nos determinantes secundários são utilizados os termos independentes das equações. Os termos
independentes substituirão uma das incógnitas escolhidas.

Vamos resolver o determinante secundário Dx, por isso, vamos substituir o x pelos termos
independentes.

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SISTEMAS LINEARES

Como o determinante principal é igual a zero e um determinante secundário também é igual a zero,
sabemos que esse sistema é classificado como SPI.

Em Matemática, recebe o nome de sistemaum conjunto de equações em que as variáveis


representadas por uma mesma letra possuem o mesmo valor. Uma das formas mais conhecidos e
usadas para encontrar os valores numéricos dessas incógnitas é o método da substituição. Por esse
método, encontramos o valor algébricode uma das incógnitas para, em seguida, substituirmos esse
valor na outra equação.

Os sistemas com duas equações e duas incógnitas são representados por uma equação sobre a
outra dentro de uma “{”, como no exemplo a seguir:

Nesse exemplo, temos que x = 20 e y = 10 para ambas as equações.

Para demonstrar como encontrar resultados de sistemas pelo método da substituição, faremos o
seguinte passo a passo:

Solução De Sistemas Pelo Método Da Substituição

Passo 1: Escolher uma incógnita e calcular seu valor algébrico.

O valor algébrico é encontrado quando uma incógnita é isolada. Qualquer incógnita, em qualquer uma
das equações, pode ser escolhida, entretanto, escolher uma incógnita com coeficiente 1 facilita muito
os cálculos.

Observe, por exemplo, o sistema abaixo. Nele, optamos por encontrar o valoralgébrico da incógnita y
na primeira equação.

Passo 2: Substituir o valor algébrico da incógnita na outra equação.

É muito importante que essa substituição seja feita na equação que ainda não foi usada, pois, só
assim o resultado será encontrado. No caso do exemplo, como usamos a primeira equação para
calcular o valor algébrico de y, então usaremos a segunda equação para substituir esse valor. Assim,
onde aparecer y, colocaremos (40 – 2x) no lugar:

Passo 3: Calcular o valor numérico de uma das incógnitas.

Observe que, ao substituir o valor numérico de y na segunda equação do exemplo, o resultado foi
uma equação do primeiro grau com uma incógnita. Por meio da resolução dessa equação,
encontraremos o valor numérico de x.

1ª Obs.: Sempre que escolhermos uma incógnita para encontrar o valor algébrico, a outra terá seu
valor numérico revelado primeiro.

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SISTEMAS LINEARES

2ª Obs.: Se o valor algébrico de y for substituído na mesma equação usada para encontrá-lo, o
resultado será algo do tipo 0 = 0 ou 1 = 1.

Passo 4: Substituir o valor numérico de x em qualquer uma das duas equações e encontrar o
valor numérico de y.

Sugerimos que a equação com coeficientes menores seja escolhida para facilitar os cálculos. No
exemplo, escolhemos a primeira equação:

A solução dos sistemas geralmente é representada por um par ordenado ou pela notação de
conjuntos com a mesma ordem dos pares ordenados: S = {x,y}. No caso do exemplo acima: S = {15,
10}.

2º Exemplo: Encontre a solução do sistema a seguir:

Solução: Primeiramente, escolha uma incógnita para isolar. Para esse sistema, isolaremos y
na primeira equação. Observe os cálculos na seguinte imagem:

Por meio dos passos 2 e 3, substitua y na outra equação e encontre o valornumérico de x, como na
imagem:

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SISTEMAS LINEARES

Após encontrar o valor numérico de x, escolha uma das equações para cumprir o quarto e último
passo: obter o valor numérico de y. Escolhemos, para isso, a primeira equação. Observe:

A solução desse sistema é S = {5, 2}.

Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é


possível lidar de uma única vez. Sistemas Lineares são úteis para todos os campos da matemática
aplicada, em particular, quando se trata de modelar e resolver numericamente problemas de diversas
áreas. Nas engenharias, na física, na biologia, na química e na economia, por exemplo, é muito comum
a modelagem de situações por meio de sistemas lineares.

De maneira geral, um Sistema de Equações Linearespode ser definido como um conjunto


de m equações, sendo m ≥ 1, com n incógnitas x1, x2, x3, … xn, de forma que:

a11x1 + a12x2 + … + a1nxn = b1

a21x1 + a22x2 + … + a2nxn = b2

am1x1 + am2x2 + … + amnxn = bm

Sendo que: a1, …, an e b são números reais. Os números aij são os coeficientes angulares e bi é
o termo independente e quando este é nulo a equação linear é chamada homogênea.

Exemplo:

O sistema linear acima possui três equações, três incógnitas (x, y, z) e os termos independentes, que
são – 7, 3 e 0. Além disso, no sistema acima há uma equação homogênea (4x + y + z = 0).

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SISTEMAS LINEARES

Um sistema linear também pode ser escrito em forma matricial. A seguir, a função apresentada no
exemplo anterior será exposta em forma de matriz:

Percebe-se que a forma matricial de um sistema linear é igual ao produto matricial entre a matriz
formada pelos coeficientes angulares e a matriz formada pelas incógnitas, cujo resultado é a matriz
formada pelos termos independentes.

Solução De Um Sistema Linear

A solução de um sistema linear é um conjunto de valores que satisfaz ao mesmo tempo todas as
equações de um sistema linear, ou seja, a ênupla ordenada (sequência ordenada de n elementos) é
solução de um sistema linear S, se for solução de todas as equações de S.

Exemplo:

Os valores que satisfazem as duas equações são x = 2 e y = 1, logo, a solução do sistema é o par
ordenado (2,1), como mostra a representação gráfica do sistema linear apresentado como exemplo.

Quando um ocorre um Sistema Linear Homogênio, aquele que possui todas as equações com termos
independentes nulos, ele admite uma solução nula (0, 0, … , 0) chamada de solução trivial. Mas, um
sistema linear homogênio pode ter outras soluções além da trivial.

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SISTEMAS LINEARES

O sistema linear acima é homogêneo, portanto, a priori, já temos a solução trivial dada pelo conjunto
(0, 0, 0). Contudo, também se admite como solução desse sistema o conjunto (0, 1, – 1).

A partir de agora, serão apresentados dois métodos para a obtenção do conjunto verdade de um
sistema: a Regra de Cramer e o Escalonamento.

Regra de Cramer

É aplicável na resolução de um sistema n x n incógnitas, no qual o determinante diferente de zero (D ≠


0). Ou seja: (x1 = D1 / D, x2 = D2 / D, … , xn = Dn / D). Sendo que, ao considerar o sistema:

Percebe-se que os coeficientes a1 e a2se relacionam com a incógnita x, enquanto b1 e b2 e se


relacionam com a incógnita y. Agora, a partir da matriz incompleta:

É possível obter o determinante (D) desta matriz e substituindo os coeficientes de x e y que o compõe
pelos termos independentes c1e c2 é possível encontrar os determinantes Dx e Dy para que se aplique
a Regra de Cramer. Abaixo estão os referidos determinantes:

Exemplo:

Então: x = Dx/D = -10/-5 = 2 e y = Dy/D = -5/-5 = 1, portanto, como foi mostrado anteriormente, inclusive
graficamente, o par ordenado (2,1) é o resultado do sistema linear acima.

Escalonamento

Um sistema está escalonado quando de equação para equação, no sentido de cima para baixo,
houver aumento dos coeficientes nulos situados antes dos coeficientes não nulos. Exemplo:

O sistema acima está escalonado e substituindo as incógnitas das equações pelos seus respectivos é
possível encontrarmos o conjunto solução (1,1,1).

Para escalonar um sistema é necessário que se coloque como primeira equação aquela que tenha o
coeficiente de valor 1 na primeira incógnita. Caso não haja nenhuma equação assim, será necessário
dividir membro a membro aquela que está como primeira equação pelo coeficiente da primeira
incógnita. Nas demais equações, é necessário que se obtenha zero como coeficiente da primeira
incógnita, somando cada uma delas com o produto da primeira equação pelo oposto do coeficiente
dessa incógnita, até que se possam verificar os valores de cada uma das incógnitas e, por fim,
encontrar o conjunto solução.

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SISTEMAS LINEARES

Sistemas Lineares

 Definição 1: Seja n um inteiro positivo. Chama-se equação linear a n incógnitas toda equação do
tipo a1x1 + a2x2 + ... + anxn= b em que a1, a2, ..., an, b são constantes reais e x1, x2, ..., xn são incógnitas.
Chamamos cada a1 de coeficiente de x1 e b de termo independente da equação.

 Definição 2:Sejam m e n inteiros positivos. Chama-se sistema linear a m equações e n incógnitas


todo sistema com m equações lineares, todas às mesmas n incógnitas. Denotaremos o sistema citado
como se segue:

Chama-se solução do sistema toda lista ordenada (x1, x2, ..., xn) de números reais que satisfaz a todas
as equações do sistema linear e chama-se conjunto solução do sistema o conjunto constituído de todas
as soluções.

Dizemos que o sistema linear é, respectivamente, impossível, possível determinado ou possível


indeterminado conforme seu conjunto solução seja vazio, unitário ou tenha pelo menos dois elementos.

Método Do Escalonamento

O método do escalonamento consiste em transformar uma matriz qualquer em uma matriz na forma
escada através de operações elementares com linhas. O objetivo disso é resolver sistemas lineares.
Para tanto, devemos saber que cada sistema linear tem duas matrizes correspondentes: uma
chamada matriz dos coeficientes ou matriz incompleta do sistema e outra chamada matriz completa
do sistema.

Listemos a seguir as matrizes referentes a um sistema genérico:

Matriz incompleta

Matriz completa

Se A é a matriz dos coeficientes, X = eB= , então o sistema pode ser representado


(matricialmente) pelas seguintes equações:

O método do escalonamento para resolver um sistema linear cuja matriz completa é C consiste em
encontrar uma matriz C’, tal que C’ seja linha-equivalente a C e o sistema cuja matriz é C’ já explicite o
seu conjunto solução. Para tanto, essa matriz deverá estar na forma escada.

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SISTEMAS LINEARES

Exemplo: Resolvamos o sistema ,que tem a seguinte matriz completa;

Devemos operar essa matriz com linhas, de maneira a deixar a matriz dos coeficientes na forma
escada.

Assim, o sistema inicial é equivalente a . Portanto, está resolvido.

Observações:

 Um sistema linear AX = B chama-se homogêneo se B = O. Isto é, se todos os termos independentes


são nulos. Neste caso, uma solução óbvia é a trivial, composta apenas de zeros. (Por exemplo, para n
= 3, a solução trivial é (0,0,0).)

 Se, num sistema linear homogêneo, o número de incógnitas é maior do que o número de equações,
ele admite solução não trivial.

 Se m = n, então o sistema linear AX = B tem uma única solução, então A é linha equivalente a I n.

 Se m = n, então o sistema linear AX = B tem uma única solução, então A é linha-equivalente a In.

Regra De Cramer

A regra de Cramer é utilizada para a resolução de um sistema linear a partir do cálculo de


determinantes. Vamos considerar aqui um sistema linear Ax = B, sendo x uma matriz de incógnitas.

Seja A uma matriz invertível n x n e seja B n. Seja Ai a matriz obtida substituindo a i-ésima coluna
de A por B. Se x for a única solução de Ax = B, então

Com i variando até n, é possível encontrar as matrizes-solução do sistema, e descobrir se ele é


possível determinado (quando há somente uma matriz-solução), possível indeterminado (infinitas
matrizes-solução) ou impossível (nenhuma solução).

Exemplo: Considerando o sistema de equações:

Solução:

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SISTEMAS LINEARES

Então temos como solução a matriz x = e o sistema é possível determinado.

Questões

1) Determine os valores de k tais que o sistema nas incógnitas x, y e z tenha: (i) única solução, (ii)
nenhuma solução, (iii) mais de uma solução.

a)

b)

2) Ache as soluções dos problemas dados ou prove que não existem soluções

c)

d)

e)

f)

3) Dado o sistema:

a) Encontre uma solução dele sem resolvê-lo (atribua valores para x, y, z e w).

b) Resolva efetivamente o sistema, isto é, encontre sua matriz-solução.

c) Resolva também o sistema homogêneo associado.

d) Verifique que toda matriz-solução obtida em (b) é a soma de uma matriz-solução encontrada em (c)
com a solução particular que você encontrou em (a).

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SISTEMAS LINEARES

4) Dado o sistema linear:

a) Discuta a solução do sistema.

b) Acrescente a equação 2z + kw = 9 a este sistema, encontre um valor de k que torne o sistema


impossível.

5) Dê o conjunto solução do seguinte sistema linear:

Antes de entendermos o conceito de sistemas lineares, precisamos entender as equações lineares.

Equação Linear

Uma equação linear é aquela que possui variáveis e se apresenta da seguinte maneira:

A1x1 + a2x2 + a3x3 +… anxn = b

Sendo que a1, a2, a3, …, são coeficientes reais e b é o termo independente.

Confira abaixo alguns exemplos de equações lineares:

x + y + z = 15

2x – 3y + 5z = 2

X – 4y – z = 0

4x + 5y – 10z = -3

Sistema Linear

Tendo esse conceito em mente, agora podemos partir para a segunda parte: os sistemas lineares.

Quando falamos em sistemas lineares, estamos falando de um conjunto p de equações lineares com
variáveis x1, x2, x3, …, xn que formam esse sistema.

Por exemplo:

X+y=3

X–y=1

Este é um sistema linear com duas equações e duas variáveis.

2x + 5y – 6z = 24

X – y + 10z = 30

Este, por sua vez, é um sistema linear com duas equações e três variáveis:

X + 10 y – 12 z = 120

4x – 2y – 20z = 60

-x + y + 5z = 10

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SISTEMAS LINEARES

E o sistema linear com três equações e três variáveis.

X – y – z + w = 10

2x + 3y + 5z – 2w = 21

4x – 2y – z + w = 16

Neste caso, por fim, temos um sistema linear com três equações e quatro variáveis.

Como Solucionar?

Mas como devemos resolver um sistema linear? Confira o exemplo abaixo para melhor entendimento:

X+y=5

X–y=1

Neste caso, a solução do sistema linear é o par ordenado (3, 2), pois consegue solucionar as duas
equações. Confira:

X= 3 y = 2

3+2=5

3–2=1

Classificação Dos Sistemas Lineares

Os sistemas lineares são classificados de acordo com a quantidade de soluções que apresenta. Com
isso, podem ser classificados como:

 Sistema Possível e Determinado, ou SPD: quando possui apenas uma solução;

 Sistema Possível e Indeterminado, ou SPI: quando possui infinitas soluções;

 Sistema Impossível, ou SI: quando não possui solução.

Regra De Cramer

Um sistema linear com n x n incógnitas pode ser resolvido com a regra de Cramer, desde que o
determinante seja diferente de 0.

Quando temos o seguinte sistema:

Neste caso, a1 e a2 se relacionam com a incógnita x, e b1 e b2 se relacionam com a incógnita y.

A partir disso, podemos elaborar a matriz incompleta:

Ao substituirmos os coeficientes de x e y que o compõe pelos termos independentes c 1 e c2 podemos


encontrar os determinantes Dx e Dy. Com isso será possível aplicar a regra de Cramer.

Por exemplo:

Quando temos o sistema a seguir

Podemos tirar disso que:

Com isso chegamos a: x = Dx/D, ou seja, -10/ -5 = 2; y = Dy/D = -5/-5 = 1.

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TRIGONOMETRIA

Trigonometria

A trigonometria é a parte da matemática que estuda as relações existentes entre os lados e os ângulos
dos triângulos.

Ela é utilizada também em outras áreas de estudo como física, química, biologia, geografia, astronomia,
medicina, engenharia, dentre outras.

Funções Trigonométricas

As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos triângulos retângulos, que possuem um
ângulo de 90°. São elas: seno, cosseno e tangente.

As funções trigonométricas estão baseadas nas razões existentes entre dois lados do triângulo em
função de um ângulo.

Ela são formadas por dois catetos (oposto e adjacente) e a hipotenusa:

Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto oposto sobre cateto adjacente.

Círculo Trigonométrico

O círculo trigonométrico ou círculo unitário é usado no estudo das funções trigonométricas: seno, cos-
seno e tangente.

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TRIGONOMETRIA

Teoria Euclidiana

Alguns conceitos importantes da geometria euclidiana nos estudos da trigonometria são:

Lei Dos Senos

A Lei dos Senos estabelece que num determinado triângulo, a razão entre o valor de um lado e o seno
de seu ângulo oposto, será sempre constante.

Dessa forma, para um triângulo ABC de lados a, b, c, a Lei dos Senos é representada pela seguinte
fórmula:

Lei Dos Cossenos

A Lei dos Cossenos estabelece que em qualquer triângulo, o quadrado de um dos lados, corresponde
à soma dos quadrados dos outros dois lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo cos-
seno do ângulo entre eles.

Dessa maneira, sua fórmula é representada da seguinte maneira:

Lei Das Tangentes

A Lei das Tangentes estabelece a relação entre as tangentes de dois ângulos de um triângulo e os
comprimentos de seus lados opostos.

Dessa forma, para um triângulo ABC, de lados a, b, c, e ângulos α, β e γ, opostos a estes três lados,
têm-se a expressão:

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TRIGONOMETRIA

Teorema De Pitágoras

O Teorema de Pitágoras, criado pelo filósofo e matemático grego, Pitágoras de Samos, (570 a.C. - 495
a.C.), é muito utilizado nos estudos trigonométricos.

Ele prova que no triângulo retângulo, composto por um ângulo interno de 90° (ângulo reto), a soma dos
quadrados de seus catetos corresponde ao quadrado de sua hipotenusa:

a2 = c2+ b2

Sendo,

a: hipotenusa

c e b: catetos

História Da Trigonometria

A história da trigonometria surge na medida em que os astrônomos precisavam calcular o tempo, sendo
também muito importante nas pesquisas sobre navegação.

Entretanto, Hiparco de Niceia, (190 a.C.-120 a.C.), astrônomo grego-otomano, foi quem introduziu a
Trigonometria nos estudos científicos. Por isso, ele é considerado o fundador ou o Pai da Trigonometria.

Curiosidade

O termo "trigonometria", do grego, é a união das palavras trigono (triângulo) e metrein (medidas).

Funções Trigonométricas

As funções trigonométricas, também chamadas de funções circulares, estão relacionadas com as de-
mais voltas no ciclo trigonométrico.

As principais funções trigonométricas são:

Função Seno

Função Cosseno

Função Tangente

No círculo trigonométrico temos que cada número real está associado a um ponto da circunferência.

Funções Periódicas

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TRIGONOMETRIA

As funções periódicas são funções que possuem um comportamento periódico. Ou seja, que ocorrem
em determinados intervalos de tempo.

O período corresponde ao menor intervalo de tempo em que acontece a repetição de determinado


fenômeno.

Uma função f: A → B é periódica se existir um número real positivo p tal que

f(x) = f (x+p), ∀ x ∈ A

O menor valor positivo de p é chamado de período de f.

Note que as funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas visto que apresentam certos
fenômenos periódicos.

Função Seno

A função seno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:

função f(x) = sen x

No círculo trigonométrico, o sinal da função seno é positivo quando x pertence ao primeiro e segundo
quadrantes. Já no terceiro e quartos quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, no primeiro e quarto quadrantes a função f é crescente. Já no segundo e terceiro quadran-
tes a função f é decrescente.

O domínio e o contradomínio da função seno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos os
valores reais: Dom(sen)=R.

Já o conjunto da imagem da função seno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < sen x < 1.

Em relação à simetria, a função seno é uma função ímpar: sen(-x) = -sen(x).

O gráfico da função seno f(x) = sen x é uma curva chamada de senoide:

Função Cosseno

A função cosseno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:

função f(x) = cos x

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TRIGONOMETRIA

No círculo trigonométrico, o sinal da função cosseno é positivo quando x pertence ao primeiro e quarto
quadrantes. Já no segundo e terceiro quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, no primeiro e segundo quadrantes a função f é decrescente. Já no terceiro e quarto qua-
drantes a função f é crescente.

O domínio e o contradomínio da função cosseno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos
os valores reais: Dom(cos)=R.

Já o conjunto da imagem da função cosseno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < cos x < 1.

Em relação à simetria, a função cosseno é uma função par: cos(-x) = cos(x).

O gráfico da função cosseno f(x) = cos x é uma curva chamada de cossenoide:

Função Tangente

A função tangente é uma função periódica e seu período é π. Ela é expressa por:

função f(x) = tg x

No círculo trigonométrico, o sinal da função tangente é positivo quando x pertence ao primeiro e terceiro
quadrantes. Já no segundo e quarto quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, a função f definida por f(x) = tg x é sempre crescente em todos os quadrantes do círculo
trigonométrico.

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TRIGONOMETRIA

O domínio da função tangente é: Dom(tan)={x ∈ R│x ≠ de π/2 + kπ; K ∈ Z}. Assim, não definimos tg x,
se x = π/2 + kπ.

Já o conjunto da imagem da função tangente corresponde a R, ou seja, o conjunto dos números reais.

Em relação à simetria, a função tangente é uma função ímpar: tg(-x) = -tg(-x).

O gráfico da função tangente f(x) = tg x é uma curva chamada de tangentoide:

Razões Trigonométricas

As razões (ou relações) trigonométricas estão relacionadas com os ângulos de um triângulo retângulo.
As principais são: o seno, o cosseno e a tangente.

As relações trigonométricas são resultado da divisão entre as medidas de dois lados de um triângulo
retângulo, e por isso são chamadas de razões.

Razões Trigonométricas No Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo recebe esse nome pois apresenta um ângulo chamado de reto, que possui o valor
de 90°.

Os outros ângulos do triângulo retângulo são menores que 90°, chamados de ângulos agudos. A soma
dos ângulos internos é de 180°.

Observe que os ângulos agudos de um triângulo retângulo são chamados de complementares. Ou seja,
se um deles tem medida x, o outro terá a medida (90°- x).

Lados Do Triângulo Retângulo: Hipotenusa E Catetos

Antes de mais nada, temos que saber que no triângulo retângulo, a hipotenusa é o lado oposto ao
ângulo reto e o maior lado do triângulo. Já os catetos são os lados adjacentes e que formam o ângulo
de 90°.

Note que dependendo dos lados de referência ao ângulo, temos o cateto oposto e o cateto adjacente.

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TRIGONOMETRIA

Feita essa observação, as razões trigonométricas no triângulo retângulo são:

Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto oposto sobre o cateto adjacente.

Vale lembrar que pelo conhecimento de um ângulo agudo e a medida de um dos lados de um triângulo
retângulo, podemos descobrir o valor dos outros dois lados.

Ângulos Notáveis

Os chamados ângulos notáveis são os que surgem com maior frequência nos estudos de razões trigo-
nométricas.

Veja a tabela abaixo com o valor dos ângulos de 30°; 45° e 60°:

Relações Trigonométricas 30° 45° 60°


Seno 1/2 √2/2 √3/2
Cosseno √3/2 √2/2 1/2
Tangente √3/3 1 √3

Tabela Trigonométrica

A tabela trigonométrica apresenta os ângulos em graus e os valores decimais do seno, cosseno e


tangente. Confira abaixo a tabela completa:

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TRIGONOMETRIA

Aplicações

As razões trigonométricas possuem muitas aplicações. Assim, conhecendo os valores do seno, cos-
seno e tangente de um ângulo agudo, podemos fazer diversos cálculos geométricos.

Um exemplo notório, é o cálculo realizado para descobrir o comprimento de uma sombra ou de um


prédio.

Exemplo

Qual o comprimento da sombra de uma árvore de 5m de altura quando o sol está a 30° acima do
horizonte?

Tg B = AC / AB = 5/s

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TRIGONOMETRIA

Uma vez que B = 30° temos que a:

Tg B = 30° = √3/3 = 0,577

Logo,

0,577 = 5/s

s = 5/0,577

s = 8,67

Portanto, o tamanho da sombra é de 8,67 metros.

Relações Trigonométricas

As relações trigonométricas são relações entre valores das funções trigonométricas de um mesmo
arco. Essas relações também são chamadas de identidades trigonométricas.

Inicialmente a trigonometria tinha como objetivo o cálculo das medidas dos lados e ângulos dos triân-
gulos.

Nesse contexto, as razões trigonométricas sen θ , cos θ e tg θ são definidas como relações entre os
lados de um triângulo retângulo.

Dado um triângulo retângulo ABC com um ângulo agudo θ, conforme figura abaixo:

Definimos as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente em relação ao ângulo θ, como:

Sendo,

a: hipotenusa, ou seja, lado oposto ao ângulo de 90º

b: cateto oposto ao ângulo θ

c: cateto adjacente ao ângulo θ

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TRIGONOMETRIA

Relações Fundamentais

A trigonometria ao longo dos anos foi se tornando mais abrangente, não se restringindo apenas aos
estudos dos triângulos.

Dentro deste novo contexto, define-se o círculo unitário, também chamado de circunferência trigono-
métrica. Ele é utilizado para estudar as funções trigonométricas.

Circunferência Trigonométrica

A circunferência trigonométrica é uma circunferência orientada de raio igual a 1 unidade de compri-


mento. Associamos a ela um sistema de coordenadas cartesianas.

Os eixos cartesianos dividem a circunferência em 4 partes, chamadas de quadrantes. O sentido positivo


é anti-horário, conforme figura abaixo:

Usando a circunferência trigonométrica, as razões que a princípio foram definidas para ângulos agudos
(menores que 90º), passam a ser definidas para arcos maiores de 90º.

Para isso, associamos um ponto P, cuja abscissa é o cosseno de θ e cuja ordenada é o seno de θ.

Como todos os pontos da circunferência trigonométrica estão a uma distância de 1 unidade da origem,
podemos usar o teorema de Pitágoras. O que resulta na seguinte relação trigonométrica fundamental:

Podemos definir ainda a tg x, de um arco de medida x, no círculo trigonométrico como sendo:

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TRIGONOMETRIA

Outras relações fundamentais:

Cotangente do arco de medida x

Secante do arco de medida x.

Cossecante do arco de medida x.

Relações trigonométricas derivadas

Partido das relações apresentadas, podemos encontrar outras relações. Abaixo, mostramos duas im-
portantes relações decorrentes das relações fundamentais.

Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo é uma figura geométrica formada por três lados. Ele possui um ângulo reto, cuja
medida é de 90º, e dois ângulos agudos, menores que 90º.

Principais Características

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TRIGONOMETRIA

Lados do Triângulo Retângulo

O lado oposto ao ângulo de 90º é chamado de hipotenusa. Esse é o maior dos três lados da figura.

Os demais lados são denominados de cateto adjacente e cateto oposto.

Note que a hipotenusa é representada como (a) e os catetos como (b) e (c).

Em relação aos lados dos triângulos, temos:

Triângulo Equilátero: possui os três lados iguais.

Triângulo Isósceles: possui dois lados iguais, e um diferente.

Triângulo Escaleno: possui os três lados diferentes.

Ângulos do Triângulo Retângulo

Como ocorre em todos os triângulos, a soma dos ângulos internos do triângulo retângulo é de 180º.

Os vértices dos ângulos são representados por (A), (B) e (C). Já o "h" é a altura relativa à hipotenusa.

Portanto, de acordo com a figura acima temos:

A é um ângulo reto: 90º

B e C são ângulos agudos, ou seja, são menores que 90º

Feita essa observação, o triângulo retângulo possui dois ângulos complementares, donde a soma dos
dois ângulos medem 90º.

Em relação aos ângulos internos dos triângulos, temos:

Triângulo Retângulo: possui um ângulo interno reto (90º).

Triângulo Acutângulo: todos os ângulos internos são agudos, ou seja, as medidas dos ângulos são
menores que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, ou seja, possui um ângulo com medida maior do
que 90º.

Área do Triângulo Retângulo

Para calcular a área de um triângulo retângulo, utiliza-se a seguinte expressão:

Onde,

A: área

b: base

h: altura

Perímetro Do Triângulo Retângulo

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TRIGONOMETRIA

O perímetro de uma figura geométrica, corresponde a soma de todos os lados. Ela é calculada pela
seguinte fórmula:

P = L+L+L

ou

P = 3L

Onde,

P: perímetro

L: lados

Trigonometria no Triângulo Retângulo

A trigonometria é a área que estuda as relações existentes nos triângulos que possuem um ângulo reto
(90º). As relações trigonométricas num triângulo retângulo são:

Seno: cateto oposto/hipotenusa

Cosseno: cateto adjacente/hipotenusa

Tangente: cateto oposto/cateto adjacente

Transformações Trigonométricas: Fórmulas de Adição

As transformações trigonométricas são fórmulas que podem ser usadas para calcular algumas
das operações básicas envolvendo razões trigonométricas, como o seno da soma de dois ângulos.

Em trigonometria, o seno, cosseno ou tangente da soma (ou subtração) de dois arcos não pode ser
feita com as mesmas regras dos números reais. Observe, por exemplo, o seno da adição entre dois
ângulos de 30°:

Sen(30° + 30°) = sen60° = √3


2

Agora, se tentarmos fazer a soma separadamente, encontraremos o seguinte resultado:

Sen(30° + 30°) = sen30° + sen30° = 1 + 1 = 1


2 2

Cada uma das somas tem um resultado, mas apenas uma está correta e é a primeira, em que sen(30°
+ 30°) = sen60°. Para garantir a forma correta e possibilitar outros cálculos dentro da trigonometria,
existem as fórmulas de adição de arcos.

Os valores dos senos, cosseno e tangentes dos ângulos em questão podem ser obtidos na tabela de
valores trigonométricos a seguir:

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TRIGONOMETRIA

Fórmulas do seno da adição e da subtração de dois arcos

Dados dois arcos quaisquer, a e b, seu seno da soma é dado pela seguinte expressão:

sen(a + b) = sena·cosb + senb·cosa

Já o seno da diferença desses dois arcos é dado pela seguinte expressão:

sen(a – b) = sena·cosb – senb·cosa

Exemplo:

sen75° = sen(45° + 30°) = sen45°·cos30° + sen30°·cos45°

sen75° = √2·√3 + 1·√2


2 2 2 2

sen75° = √(2·3) + √2
2 2

sen75° = √6 + √2
2

Fórmulas do cosseno da adição e da subtração de dois arcos

Dados dois arcos quaisquer, a e b, seu cosseno da soma é dado pela seguinte expressão:

cos(a + b) = cosa·cosb – sena·senb

Já o cosseno da diferença desses dois arcos é dado pela expressão:

cos(a – b) = cosa·cosb + sena·senb

Exemplo:

Cos15° = cos(45° – 30°) = cos45°·cos30° + sen45°·sen30°

Cos15° = √2·√3 + √2·1


2 2 2 2

Cos15° = √2√3 + √2
2 2

Cos15° = √(2·3) + √2
2 2

Cos15° = √6 + √2
2

Fórmulas da tangente da adição e da subtração de dois arcos

Dados dois arcos, a e b, sua tangente da soma é dada pela fórmula a seguir:

tg(a + b) = tga + tgb


1 – tga·tgb

A tangente da diferença desses dois arcos é dada pela seguinte expressão:

tg(a – b) = tga – tgb


1 + tga·tgb

Adição e Subtração de Arcos

Considerando a e b como sendo as determinações de dois arcos, temos:

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TRIGONOMETRIA

• Cosseno de (a + b)

Demonstração

Baseados nas construções geométricas mostradas na representação acima, concluímos que os triân-
gulos OMP, OVS e QTS são retângulos e muito parecidos, ou seja:

I) OM = cos a
PM = sen a
OS = cos b
QS = sen b
ON = cos (a + b)

Como:
ON = OV – NV = OV – TS, resulta em: cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b

• Cosseno de (a – b)

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TRIGONOMETRIA

Demonstração
Como cos ( – b) = cos b
sen ( – b) = sen b, temos:
cos (a – b) = cos [a + (– b)] =
= cos a . cos (– b) – sen a . sen (– b) =
= cos a . cos b + sen a . sen b

• Seno de (a + b)

• Seno de (a – b)

Demonstração
Como cos (– b) = cos b
sen (– b) = – sen b temos:
sen (a – b) = sen [a + (– b)] =
= sen a . cos (– b) + cos a . sen (– b) =
= sen a . cos b – cos a . sen b

• Tangente de (a + b)

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TRIGONOMETRIA

• Tangente de (a – b)

Funções Trigonométricas

As funções trigonométricas, também chamadas de funções circulares, estão relacionadas com as de-
mais voltas no ciclo trigonométrico.

As principais funções trigonométricas são:

Função Seno

Função Cosseno

Função Tangente

No círculo trigonométrico temos que cada número real está associado a um ponto da circunferência.

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TRIGONOMETRIA

Figura do Círculo Trigonométrico dos ângulos expressos em graus e radianos

Funções Periódicas

As funções periódicas são funções que possuem um comportamento periódico. Ou seja, que ocorrem
em determinados intervalos de tempo.

O período corresponde ao menor intervalo de tempo em que acontece a repetição de determinado fe-
nômeno.

Uma função f: A → B é periódica se existir um número real positivo p tal que

f(x) = f (x+p), ∀ x ∈ A

O menor valor positivo de p é chamado de período de f.

Note que as funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas visto que apresentam certos
fenômenos periódicos.

Função Seno

A função seno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:

função f(x) = sen x

No círculo trigonométrico, o sinal da função seno é positivo quando x pertence ao primeiro e segundo
quadrantes. Já no terceiro e quartos quadrantes, o sinal é negativo.

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TRIGONOMETRIA

Além disso, no primeiro e quarto quadrantes a função f é crescente. Já no segundo e terceiro quadran-
tes a função f é decrescente.

O domínio e o contradomínio da função seno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos os
valores reais: Dom(sen)=R.

Já o conjunto da imagem da função seno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < sen x <1.

Em relação à simetria, a função seno é uma função ímpar: sen(-x) = -sen(x).

O gráfico da função seno f(x) = sen x é uma curva chamada de senoide:

Gráfico da função seno

Leia também: Lei dos Senos.

Função Cosseno

A função cosseno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:

função f(x) = cos x

No círculo trigonométrico, o sinal da função cosseno é positivo quando x pertence ao primeiro e quarto
quadrantes. Já no segundo e terceiro quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, no primeiro e segundo quadrantes a função f é decrescente. Já no terceiro e quartos qua-
drantes a função f é crescente.

O domínio e o contradomínio da função cosseno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos
os valores reais: Dom(cos)=R.

Já o conjunto da imagem da função cosseno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < cos x < 1.

Em relação à simetria, a função cosseno é uma função par: cos(-x) = cos(x).

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TRIGONOMETRIA

O gráfico da função cosseno f(x) = cos x é uma curva chamada de cossenoide:

Gráfico da função cosseno

Leia também: Lei dos Cossenos.

Função Tangente

A função tangente é uma função periódica e seu período é π. Ela é expressa por:

função f(x) = tg x

No círculo trigonométrico, o sinal da função tangente é positivo quando x pertence ao primeiro e ter-
ceiro quadrantes. Já no segundo e quarto quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, a função f definida por f(x) = tg x é sempre crescente em todos os quadrantes do círculo
trigonométrico.

O domínio da função tangente é: Dom(tan)={x ∈ R│x ≠ de π/2 + kπ; K ∈ Z}. Assim, não definimos tg x,
se x = π/2 + kπ.

Já o conjunto da imagem da função tangente corresponde a R, ou seja, o conjunto dos números reais.

Em relação à simetria, a função tangente é uma função ímpar: tg(-x) = -tg(-x).

O gráfico da função tangente f(x) = tg x é uma curva chamada de tangentoide:

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TRIGONOMETRIA

Transformação em produto

As transformações de expressões aparecem nas somas das funções trigonométricas de um ou mais


arcos, podendo aparecer também como produto dessas funções destes arcos ou de outros arcos rela-
cionados à fatoração entre as funções trigonométricas.

Observe:
(I) cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b
(II) cos (a – b) = cos a . cos b + sen a . sen b
(III) sen (a + b) = sen a . cos b + cos a . sen b
(IV) sen (a – b) = sen a. cos b – cos a. sen b

Somando ou subtraindo as expressões:

(I) + (II) cos (a + b) + cos (a – b) = 2 . cos a . cos b


(I) – (II) cos (a + b) – cos (a – b) = – 2 . sen a . sen b
(III) + (IV) sen (a + b) + sen (a – b) = 2 . sen a . cos b
(III) – (IV) sen (a + b) – sen (a – b) = 2 . cos a . sen b

Estas expressões recebem o nome de Fórmulas de Reversão ou Fórmulas de Werner.

Quando usamos a Fórmula de Reversão obtemos as Fórmulas de Transformação em Produto ou Fór-


mula de Prostaférese. Vejamos:

Equações e Inequações Trigonométricas

O que se entende por equação trigonométrica?

São equações que envolvem funções trigonométricas da incógnita.

Quando é que S é solução de uma equação trigonométrica?

Dizemos que S é solução de uma equação trigonométrica

f(x)=g(x)

se S pertencer à intersecção D ( f ) e D ( g ) e f ( S ) = g ( S )

Resolução de equações trigonométricas redutíveis a sen x = sen a

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TRIGONOMETRIA

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos o sen a e as extremidades dos ar-
cos a correspondentes.

Resolução de equações trigonométricas redutíveis a cos x = cos a

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos o cos a e as extremidades dos arcos a cor-
respondentes.

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TRIGONOMETRIA

Resolução de equações trigonométricas redutíveis a tg x = tg a

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos a tg a e as extremidades dos arcos a cor-
respondentes.

O que se entende por inequação trigonométrica ?

São inequações que envolvem funções trigonométricas da incógnita.

Quando é que S é solução de uma inequação trigonométrica ?

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TRIGONOMETRIA

Dizemos que S é solução de uma inequação trigonométrica

f(x)<g(x)

se S pertencer à intersecção D ( f ) e D ( g ) e f ( S ) < g ( S )

Resolução de inequações trigonométricas redutíveis a sen x > sen a

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos o valor de sen a sobre o eixo dos senos.

Resolução de inequações trigonométricas redutíveis a cos x > cos a

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos o valor de cos a sobre o eixo dos cosse-
nos.

Resolução de inequações trigonométricas redutíveis a tg x > tg a

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TRIGONOMETRIA

Considere o círculo trigonométrico da figura onde marcamos o valor de tg a sobre o eixo das tangentes.

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GEOMETRIA PLANA

Geometria Plana

A geometria plana ou euclidiana é a parte da matemática que estuda as figuras que não possuem
volume.

A geometria plana também é chamada de euclidiana, uma vez que seu nome representa uma home-
nagem ao geômetra Euclides de Alexandria, considerado o “pai da geometria”.

Curioso notar que o termo geometria é a união das palavras “geo” (terra) e “metria” (medida); assim, a
palavra geometria significa a "medida de terra".

Conceitos De Geometria Plana

Alguns conceitos são de suma importância para o entendimento da geometria plana, a saber:

Ponto

Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma localização e
são indicados com letras maiúsculas.

Reta

A reta, representada por letra minúscula, é uma linha ilimitada unidimensional (possui o comprimento
como dimensão) e pode se apresentar em três posições:

horizontal

vertical

inclinada

Dependendo da posição das retas, quando elas se cruzam, ou seja, possuem um ponto em comum,
são chamadas de retas concorrentes.

Por outro lado, as que não possuem ponto em comum, são classificadas como retas paralelas.

Segmento de Reta

Diferente da reta, o segmento de reta é limitado pois corresponde a parte entre dois pontos distintos.

A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim.

Plano

Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: comprimento e
largura. Nessa superfície que se formam as figuras geométricas.

Ângulos

Os ângulos são formados pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto comum, chamado
de vértice do ângulo. São classificados em:

ângulo reto (Â = 90º)

ângulo agudo (0º < Â < 90º)

ângulo obtuso (90º < Â < 180º)

Área

A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a super-
fície da figura, maior será sua área.

Perímetro

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GEOMETRIA PLANA

O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica.

Figuras Da Geometria Plana

Triângulo

Matemática › Geometria

Geometria Plana

A geometria plana ou euclidiana é a parte da matemática que estuda as figuras que não possuem
volume.

A geometria plana também é chamada de euclidiana, uma vez que seu nome representa uma home-
nagem ao geômetra Euclides de Alexandria, considerado o “pai da geometria”.

Curioso notar que o termo geometria é a união das palavras “geo” (terra) e “metria” (medida); assim, a
palavra geometria significa a "medida de terra".

Conceitos De Geometria Plana

Alguns conceitos são de suma importância para o entendimento da geometria plana, a saber:

Ponto

Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma localização e
são indicados com letras maiúsculas.

Reta

A reta, representada por letra minúscula, é uma linha ilimitada unidimensional (possui o comprimento
como dimensão) e pode se apresentar em três posições:

horizontal

vertical

inclinada

Dependendo da posição das retas, quando elas se cruzam, ou seja, possuem um ponto em comum,
são chamadas de retas concorrentes.

Por outro lado, as que não possuem ponto em comum, são classificadas como retas paralelas.

Segmento De Reta

Diferente da reta, o segmento de reta é limitado pois corresponde a parte entre dois pontos distintos.

A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim.

Plano

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GEOMETRIA PLANA

Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: comprimento e
largura. Nessa superfície que se formam as figuras geométricas.

Ângulos

Os ângulos são formados pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto comum, chamado
de vértice do ângulo. São classificados em:

ângulo reto (Â = 90º)

ângulo agudo (0º < Â < 90º)

ângulo obtuso (90º < Â < 180º)

Área

A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a super-
fície da figura, maior será sua área.

Perímetro

O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica.

Polígono (figura plana fechada) de três lados, o triângulo é uma figura geométrica plana formada por
três segmentos de reta.

Segundo a forma dos triângulos, eles são classificados em:

Triângulo equilátero: possui todos os lados e ângulos internos iguais (60°);

Triângulo isósceles: possui dois lados e dois ângulos internos congruentes;

Triângulo escaleno: possui todos os lados e ângulos internos diferentes.

No tocante aos ângulos que formam os triângulos, eles são classificados em:

triângulo retângulo: possui um ângulo interno de 90°;

triângulo obtusângulo: possui dois ângulos agudos internos, ou seja, menor que 90°, e um ângulo ob-
tuso interno, maior que 90°;

triângulo acutângulo: possui três ângulos internos menores que 90°.

Quadrado

Polígono de quatro lados iguais, o quadrado ou quadrilátero é uma figura geométrica plana que pos-
suem os quatro ângulos congruentes: retos (90°).

Retângulo

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GEOMETRIA PLANA

Figura geométrica plana marcada por dois lados paralelos no sentido vertical e os outros dois paralelos,
no horizontal. Assim, todos os lados do retângulo formam ângulos reto (90°).

Círculo

Figura geométrica plana caracterizada pelo conjunto de todos os pontos de um plano. O raio (r) do
círculo corresponde a medida da distância entre o centro da figura até sua extremidade.

Trapézio

Chamado de quadrilátero notável, pois a soma dos seus ângulos internos corresponde a 360º, o trapé-
zio é uma figura geométrica plana.

Ele possui dois lados e bases paralelas, donde uma é maior e outra menor. São classificados em:

Trapézio retângulo: possui dois ângulos de 90º;

Trapézio isósceles ou simétrico: os lados não paralelos possuem a mesma medida;

Trapézio escaleno: todos os lados de medidas diferentes.

Losango

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GEOMETRIA PLANA

Quadrilátero equilátero, ou seja, formado por quatro lados iguais, o losango, junto com o quadrado e o
retângulo, é considerado um paralelogramo.

Ou seja, é um polígono de quatro lados os quais possuem lados e ângulos opostos congruentes e
paralelos.

Geometria Espacial

A Geometria Espacial é a área da matemática que estuda as figuras que possuem mais de duas di-
mensões.

Assim, o que a difere da geometria plana (que apresenta objetos bidimensionais) é o volume que essas
figuras apresentam, ocupando um lugar no espaço.

Polígonos

Polígonos são figuras geométricas planas que são formadas por segmentos de reta a partir de uma
sequência de pontos de um plano, todos distintos e não colineares, onde cada extremidade de qualquer
um desses segmentos é comum a apenas um outro.

Eles podem ser côncavos ou convexos. Dados dois pontos A e B, interiores ao polígono, ele será
convexo se, e somente se, o segmento de reta AB¯¯¯¯¯¯¯¯ estiver contido inteiramente no polígono.
Caso contrário, ele será côncavo.

Polígono Convexo.

A reta AB¯¯¯¯¯¯¯¯ está inteiramente contida no polígono.

Polígono côncavo ou não convexo.

A reta CD¯¯¯¯¯¯¯¯ não está inteiramente contida no polígono.

Polígonos Simples

Dizemos que um polígono é simples quando quaisquer dois lados não consecutivos não se interceptam.
Quando o polígono não é simples, dizemos que ele é complexo.

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GEOMETRIA PLANA

Os polígonos A1A2A3A4A5 e B1B2B3B4B5 são polígonos simples.

Os polígonos C1C2C3C4C5 e D1D2D3D4D5 são polígonos complexos.

Polígonos Regulares E Irregulares

Um polígono que possui os lados congruentes é chamado de equilátero. Quando possui os ângulos
congruentes, é chamado de equiângulo.

Um polígono convexo é regular se for equilátero e equiângulo, ou seja, quando seus lados são todos
iguais (possuem a mesma medida) e seus ângulos internos também são iguais.

Nome Dos Polígonos

Podemos dar nomes aos polígonos de acordo com a quantidade de lados que ele possui. Abaixo, uma
tabela apresentando o nome de cada polígono considerando seus lados.

# de Lados Nome
3 Triângulo ou trilátero
4 Quadrângulo ou quadrilátero

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GEOMETRIA PLANA

5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Hendecágono ou Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono
n n-látero

Geralmente, para polígonos com lados maiores que 20, nos referimos a ele apenas explicitando o seu
número de lados. Por exemplo, um polígono de 27 lados.

Círculo E Circunferência

que, dado um ponto fixo C, possuem a mesma distância até o ponto C. Em outras palavras, dada a
distância “r” e o ponto fixo C, qualquer ponto A que possui a distância de A até C igual a r é um ponto
pertencente à circunferência. Matematicamente, podemos representar essa última relação da seguinte
maneira:

dAC = r

Tendo em vista a distância entre dois pontos obtida na Geometria Analítica e considerando as coorde-
nadas de A (x,y) e de C (a,b), a relação acima pode ser reescrita da seguinte maneira:

dAC = r

√[(a – x)2 + (b – y)2] = r

(a – x)2 + (b – y)2 = r2

Na Geometria Analítica, essa equação é chamada de equação da circunferência com centro C (a,b) e
raio r.

O ponto C é conhecido como centro da circunferência e a distância r é chamada de raio. A figura geo-
métrica formada por um conjunto de pontos desse tipo é a seguinte:

Circunferência de centro C e raio r

O ponto C não pertence à circunferência, pois a circunferência é apenas o círculo verde. O ponto A,
por sua vez, pertence à circunferência.

Definição de Círculo

O círculo, por sua vez, é uma figura geométrica plana que é definida da seguinte maneira:

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GEOMETRIA PLANA

Círculo é o conjunto de pontos resultantes da união entre uma circunferência e seus pontos internos.
Em outras palavras, o círculo é a área cuja fronteira é uma circunferência.

Círculo: área colorida

Tomando novamente os conhecimentos vindos da Geometria Analítica, a equação do círculo é pratica-


mente igual à equação da circunferência. A diferença encontra-se no fato de o círculo ser um conjunto
de pontos menor ou igual ao raio. A partir disso, temos a seguinte equação:

dAC ≤ r

√[(a – x)2 + (b – y)2] ≤ r

(a – x)2 + (b – y)2 ≤ r2

Dessa maneira, a diferença fundamental entre círculo e circunferência é que o círculo é toda a área
interna de uma circunferência. Já essa última é apenas o contorno de um círculo.

Propriedades Básicas Do Círculo E Da Circunferência

O ponto C, centro da circunferência, não pertence a ela, mas pertence ao círculo. Dessa maneira, dado
um ponto A qualquer (lembrando que dAC é a distância entre A e C), as posições relativas entre A e
uma circunferência são:

1 – A é ponto da circunferência, se dAC = r;


2 – A é ponto externo à circunferência, se dAC > r;
3 – A é ponto interno à circunferência, se dAC < r;

As posições relativas entre A e o círculo são:

1 – A é ponto do círculo, se dAC ≤ r


2 – A é ponto externo ao círculo, se dAC > r

Qualquer segmento que liga dois pontos pertencentes a uma circunferência é chamado de corda.
Quando uma corda contém o centro da circunferência, ela também é chamada de diâmetro. Desse
modo, o diâmetro tem o comprimento igual ao comprimento de dois raios e, além disso, é a maior corda
encontrada em qualquer circunferência.

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GEOMETRIA PLANA

Circunferência contendo um exemplo de corda e um exemplo de diâmetro

Dividindo o comprimento de uma circunferência pelo comprimento de seu raio, o número encontrado
sempre será, aproximadamente, 6,28. Dessa maneira, pode-se escrever a seguinte relação:

C = 6,28
r

Dividindo ambos os membros por 2, obtemos o seguinte resultado:

C = 3,14
2r

Esse resultado é o mesmo da divisão anterior, mas realizado com o diâmetro da circunferência no lugar
do raio. Dessa maneira, é possível encontrar o comprimento de uma circunferência tendo em mãos
apenas o comprimento de seu raio (ou diâmetro). Assim, é possível definir a fórmula para o compri-
mento da circunferência:

C = 2πr, em que π é aproximadamente 3,14

O mesmo se aplica ao cálculo do comprimento ou perímetro de um círculo. Contudo, não é possível


calcular a área de uma circunferência. A área que é calculada, na realidade, é a área do círculo, e a
fórmula utilizada para isso é a seguinte:

A = π.r2

Elementos Do Círculo E Da Circunferência

O compasso é um objeto usado para desenhar círculos e circunferências

Para um dado ponto C, chamado centro, uma circunferência é o conjunto de todos os pontos que pos-
suem uma distância fixa até C. Essa distância geralmente é representada pela letra r. Os círculos, por
sua vez, são compostos por todos os pontos de uma circunferência e por seus pontos interiores. A
imagem a seguir ilustra uma circunferência e um círculo.

Destacamos a seguir os elementos dessas duas figuras, que possuem grande importância para a Ge-
ometria:

1 – Raio

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GEOMETRIA PLANA

O raio é a distância entre um ponto de uma circunferência e seu centro. O raio do círculo é a distância
entre a borda do círculo e seu centro.

Dizemos que um ponto é interior a uma circunferência quando a sua distância até o centro é menor que
o raio; o ponto é externo quando a distância entre o centro e ele é maior que o raio; e, por fim, dizemos
que um ponto pertence a uma circunferência quando sua distância até o centro é igual ao raio.

O raio da circunferência (e/ou do círculo) é indispensável em cálculos, como comprimento, área etc.

O comprimento da circunferência é dado pela seguinte fórmula:

C = 2πr

E a área do círculo é obtida pela fórmula a seguir:

A = πr2

Em ambos os casos, r é o raio da circunferência (ou do círculo) e π é uma constante de aproximada-


mente 3,1415.

2 – Cordas

Em uma circunferência, a corda é qualquer segmento de reta que liga dois de seus pontos. Atenção: o
centro não é ponto da circunferência!

Dessa maneira, as cordas, em um círculo, podem ser compreendidas como segmentos de reta que
ligam dois pontos distintos de sua borda.

3 – Diâmetro

O diâmetro é uma corda da circunferência que contém o centro. Dessa maneira, o diâmetro é a maior
corda possível em uma circunferência e sua medida é igual a duas vezes o raio.

d = 2·r

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GEOMETRIA PLANA

O resultado da divisão entre o comprimento de uma circunferência e o seu diâmetro sempre será igual
a uma constante, representada pela letra grega π, que é aproximadamente 3,14. Isso independe do
tamanho da circunferência, pois seu comprimento e seu diâmetro são proporcionais e a razão de pro-
porcionalidade é igual a π.

4 – Comprimento

O comprimento de uma circunferência é a medida da própria circunferência em alguma unidade de


medida conhecida. Esse comprimento pode ser obtido pela fórmula:

C = 2πr

Nessa fórmula, π é uma constante (aproximadamente 3,14) e r é a medida do raio da circunferência.

5 – Arco

Considere os pontos A e B sobre uma circunferência. As duas partes formadas que vão de A até B são
chamadas de arcos da circunferência, como demonstrado na figura a seguir:

Em outras palavras, o arco é uma parte de uma circunferência limitada por dois pontos.

6 – Setor Circular

É o equivalente ao arco, porém para o círculo. Em dados dois raios distintos de um círculo, o setor cir-
cular é a parte limitada por eles.

O setor circular é algo que se parece com uma fatia de pizza. A parte restante também é chamada de
setor circular.

7 – Ângulo Central

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GEOMETRIA PLANA

É um ângulo cujo vértice está no centro de um círculo e os lados são seus raios. Um ângulo cen-
tral está ligado a um arco no círculo onde foi definido. A imagem seguinte mostra um exemplo de ângulo
central.

8 – Coroa Circular

A coroa circular é uma figura geométrica limitada por dois círculos que possuem o mesmo centro (con-
cêntricos) de raios diferentes. Essa figura é a que mais se assemelha a um anel, como mostra a ima-
gem abaixo.

Congruência De Figuras Geométricas

Figuras congruentes são aquelas que possuem lados e ângulos correspondentes com medidas iguais.
As medidas são iguais, mas os lados e ângulos não são. É como comparar paredes e ângulos de duas
casas distintas. As medidas podem ser iguais, mas isso não quer dizer que as paredes da primeira
casa sejam iguais às paredes da segunda. Imagine que a primeira casa é verde e a segunda é branca!

Do mesmo modo, não é possível afirmar que duas figuras congruentes são iguais. A igualdade entre
elas é apenas entre as medidas de seus lados e de seus ângulos. Por isso, dizer que duas figuras são
iguais significa dizer que a primeira figura é exatamente igual à segunda figura. Afirmar que duas figuras
são congruentes é equivalente a dizer que a primeira figura possui medidas de ângulos e lados corres-
pondentes de igual valor.

As duas figuras acima são congruentes por serem polígonos regulares de lado 1 cm e por possuírem
todos os ângulos iguais a 120 graus, entretanto, a imagem seguinte torna a correspondência entre
lados e ângulos mais óbvia.

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GEOMETRIA PLANA

Imagine que o pentágono da direita é uma versão do pentágono da esquerda de cabeça para baixo.
Observe que:

1- O lado AB é correspondente ao lado FG e que AB = FG = 2 cm.

2- O lado BC é correspondente ao lado GH e BC = GH = 1,41 cm.

3- Seguindo esse raciocínio, podemos escrever outros pares de lados congruentes: CD = IH, DE = IJ e
EA = JF.

Com relação aos ângulos, observe que os ângulos correspondentes seguem o mesmo padrão dos
lados. Por exemplo, o ângulo “a”, localizado no vértice A, é de 135 graus e é correspondente ao ângulo
“f”, localizado no vértice F. Representando os ângulos pelos vértices correspondentes em letras minús-
culas, teremos as correspondências: a = f, b = g, c = h, d = i, e = j.

Existem figuras congruentes cujas medidas correspondentes não são tão óbvias. Repare na figura a
seguir:

Observe que os ângulos correspondentes agora ocupam posições não tão óbvias quanto anterior-
mente. Observe as relações de congruência: a = i, d = j, c = k e b = l.

As relações de congruência entre os lados agora são as seguintes: AB = IL, BC = LK, CD = KJ e DA =


IJ.

Portanto, duas figuras geométricas são congruentes quando as medidas de seus lados corresponden-
tes são congruentes e, além disso, quando as medidas dos ângulos correspondentes são congruentes.

Congruência E Semelhança De Triângulos

Temos que dois triângulos são congruentes:


Quando seus elementos (lados e ângulos) determinam a congruência entre os triângulos.
Quando dois triângulos determinam a congruência entre seus elementos.

Casos de congruência:

1º LAL (lado, ângulo, lado): dois lados congruentes e ângulos formados também congruentes.

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GEOMETRIA PLANA

2º LLL (lado, lado, lado): três lados congruentes.

3º ALA (ângulo, lado, ângulo): dois ângulos congruentes e lado entre os ângulos congruente.

4º LAA (lado, ângulo, ângulo): congruência do ângulo adjacente ao lado, e congruência do ângulo
oposto ao lado.

Através das definições de congruência de triângulos podemos chegar às propriedades geométricas


sem a necessidade de efetuar medidas. A esse método damos o nome de demonstração.

Dizemos que, em todo triângulo isósceles, os ângulos opostos aos lados congruentes são congruentes.
Os ângulos da base de um triângulo isósceles são congruentes.

Relações Métricas No Triângulo Retângulo

As relações métricas relacionam as medidas dos elementos de um triângulo retângulo (triângulo com
um ângulo de 90º).

Os elementos de um triângulo retângulo estão apresentados abaixo:

Sendo:

a: medida da hipotenusa (lado oposto ao ângulo de 90º)


b: cateto
c: cateto
h: altura relativa à hipotenusa
m: projeção do cateto c sobre a hipotenusa
n: projeção do cateto b sobre a hipotenusa

Semelhança E Relações Métricas

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GEOMETRIA PLANA

Para encontrar as relações métricas, utilizaremos semelhança de triângulos. Considere os triângulos


semelhantes ABC, HBA e HAC, representados nas imagens:

Como os triângulos ABC e HBA são semelhantes ( ), temos as seguintes proporções:

Usando que encontramos a pro-


porção:

Da semelhança entre os triângulos HBA e HAC encontramos a proporção:

Temos ainda que a soma das projeções m e n é igual a hipotenusa, ou seja:

Teorema de Pitágoras

A mais importante das relações métricas é o Teorema de Pitágoras. Podemos demonstrar o teorema
usando a soma de duas relações encontradas anteriormente.

Vamos somar a relação b2 = a . n com c2 = a . m, conforme mostrado abaixo:

Como a = m + n, substituindo na expressão anterior, temos:

Assim, o Teorema de Pitágoras pode ser enunciado como:

A hipotenusa ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos catetos.

Exemplos

1) Encontre o valor de x e de y na figura abaixo:

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GEOMETRIA PLANA

Primeiro calcularemos o valor da hipotenusa, que na figura está representado por y.

Usando a relação: a = m + n

y=9+3
y = 12

Para encontrar o valor de x, usaremos a relação b2 = a.n, assim:

x2 = 12 . 3 = 36

2) A medida da altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo é 12 cm e uma das projeções


mede 9 cm. Calcular a medida dos catetos desse triângulo.

Primeiro vamos encontrar o valor da outra projeção usando a relação: h2 = m . n

Vamos encontrar o valor da hipotenusa, usando a relação a = m + n


a = 16 + 9 = 25

Agora é possível calcular o valor dos catetos usando as relações b2 = a . n e c2 = a . m

Fórmulas

Na tabela abaixo, reunimos as relações métricas no triângulo retângulo.

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Relações Métricas Nos Polígonos Regulares

Polígono inscrito e polígono circunscrito em uma circunferência

Quando os vértices de um polígono estão sobre uma circunferência (figura 1), dizemos que:

• o polígono está inscrito na circunferência;

• a circunferência está circunscrita ao polígono.

Quando os lados do polígono são tangentes a uma circunferência (figura 2), dizemos que:

• o polígono está circunscrito à circunferência;

• a circunferência está inscrita no polígono

2. Polígonos regulares

Um polígono é chamado de equiângulo quando possui todos os ângulos internos congruentes, e equi-
látero quando possui todos os lados congruentes.

Exemplos:

a) O retângulo tem todos os ângulos internos congruentes. Logo, o retângulo é equiângulo.

Propriedade Dos Polígonos Regulares

• Se uma circunferência for dividida em três ou mais arcos congruentes, então as cordas consecutivas
formam um polígono regular inscrito na circunferência.

• Se uma circunferência for dividida em três ou mais arcos congruentes, então as tangentes aos pontos
consecutivos de divisão formam um polígono regular circunscrito à circunferência.

Na circunferência ao lado, traçamos dois diâmetros perpendiculares entre si. A circunferência ficou
dividida em quatro arcos congruentes.

As cordas consecutivas formam um quadrado inscrito na circunferência.

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As tangentes pelos pontos de divisão formam um quadrado circunscrito à circunferência.

Desse modo, podemos dizer que, se um polígono é regular, então existe um circunferência que passa
por todos os seus vértices e uma outra que tangencia todos os seus lados.

• Todo polígono regular é inscritível numa circunferência.

•Todo polígono regular é circunscritível a uma circunferência.

Elementos De Um Polígono Regular

Se um polígono é regular, consideramos:

•Centro do polígono é o centro da circunferência circunscrita a ele (ponto O).


•Raio do polígono é o raio da circunferência circunscrita a ele (OC).
• Apótema do polígono é o segmento que une o centro do polígono ao ponto médio de um de seus
lados (OM)
•Ângulo central é aquele cujo vértice é o centro do
polígono e cujo lados são semi-retas que contêm
dois raios consecutivos (CÔD)

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GEOMETRIA PLANA

Relações Métricas No Círculo

Conceitos básicos:

Uma CORDA é todo segmento de reta cujas extremidades pertencem à circunferência.

Uma reta que tenha um único ponto em comum com uma circunferência é uma reta TANGENTE a essa
circunferência.

Uma reta que tenha dois pontos em comum com uma circunferência é uma SECANTE a essa circun-
ferência.

Relações Métricas No Círculo

A circunferência possui algumas importantes relações métricas envolvendo segmentos internos, se-
cantes e tangentes. Através dessas relações obtemos as medidas procuradas.

Cruzamento Entre Duas Cordas

O cruzamento de duas cordas na circunferência gera segmentos proporcionais, e a multiplicação entre


as medidas das duas partes de uma corda é igual à multiplicação das medidas das duas partes da
outra corda. Observe:

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Relações Métricas Na Circunferência: Relação Entre Cordas

Relações métricas são propriedades que possibilitam o cálculo de medidas de comprimento de algu-
mas figuras geométricas e de seus elementos. Assim, a partir da relação entre cordas de uma circun-
ferência, é possível encontrar algumas medidas do comprimento dessas cordas por meio de uma pro-
priedade bem definida com cálculo simples.

Para facilitar a compreensão dos cálculos, relembraremos, primeiro, as definições básicas de circunfe-
rência e corda.

Definição De Circunferência E De Corda

Para dado ponto O, chamado centro, a circunferência de raio r é o conjunto de pontos cuja distância até
o ponto O é igual a r. Um de seus elementos é a corda, definida como segmento de reta que liga dois

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pontos pertencentes a uma circunferência. Assim, um diâmetro fica definido como a maior corda que
uma circunferência possui, ou como a corda que passa pelo centro dela.

Cordas no interior de uma circunferência

Relação Entre Cordas

Na imagem a seguir, observe a circunferência c, de raio r e centro O. Nessa figura, construímos duas
cordas, o segmento AB e o segmento CD, que se encontram no ponto P.

Nessas circunstâncias, os segmentos formados pelas cordas são proporcionais conforme a igualdade:

AP = CP
DP BP

Usando a propriedade fundamental das proporções, temos:

AP·BP = CP·DP

Essas igualdades podem ser usadas para encontrar a medida de um dos quatro segmentos de reta
definidos pelas cordas da circunferência quando as medidas dos outros três são conhecidas.

Exemplo: Determine o valor de x na imagem abaixo:

Solução: Basta usar uma das igualdades dadas acima para descobrir o valor de x.

AP·BP = CP·DP

8·3 = x·4

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24 = x
4

x=6

Demonstração Da Proporcionalidade Das Cordas

Dada a circunferência c, cortada pelas cordas AB e CD que se cruzam no ponto P, temos a formação
de alguns ângulos, como mostra a seguinte imagem:

Observe que construímos também os segmentos AC e BD para formar dois triângulos dentro da cir-
cunferência: ACP e BDP. Os ângulos formados no ponto P em destaque na figura são opostos pelo
vértice, por isso, suas medidas são iguais.

Os ângulos α e β também são congruentes. Isso acontece porque eles são ângulos inscritos da circun-
ferência e relacionam-se ao mesmo arco.

Como os dois triângulos possuem dois ângulos congruentes, então, essas figuras são semelhantes
pelo caso de semelhança ângulo-ângulo. É por esse motivo que os lados desses triângulos são pro-
porcionais.

Área De Polígonos Regulares

são figuras geométricas planas que são formadas por segmentos de reta a partir de uma sequência de
pontos de um plano, todos distintos e não colineares, onde cada extremidade de qualquer um desses
segmentos é comum a apenas um outro.

Um polígono convexo é regular quando seus lados são todos iguais (possuem a mesma medida) e
seus ângulos internos também são iguais.

Na geometria plana, existem diferentes tipos de polígonos e, para muitos deles, há uma fórmula mate-
mática para se calcular sua área.

Área De Um Triângulo Regular

Um triângulo regular é também chamado de triângulo equilátero. Obtemos a sua área através da se-
guinte fórmula matemática: A=a23√4.

Onde a é a medida do lado do triângulo. Obtemos essa fórmula da seguinte maneira:

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Considere o triângulo regular ABC, de lado a:

Vamos nos concentrar em um dos triângulos retângulos que foram formados, ABD e aplicar o Teorema
de Pitágoras.

a2=h2+(a2)2

a2=h2+a24

h2=a2−a24

h2=3a24

h=3a24−−−√

h=a3√2

Agora, como a área de um triângulo qualquer é: A=b⋅h2, teremos:

A=a⋅(a3√2)2=a33√2⋅12=a33√4

Assim, em todo triângulo regular encontramos a sua área utilizando a fórmula A=a33√4.

Área De Um Quadrado

Um quadrado, por si só, já é regular pois, por definição, é um quadrilátero cujos lados são sempre
iguais.

Calculamos a sua área multiplicando a sua base pela sua altura:

A=b⋅h

Área De Um Hexágono Regular

Vamos considerar um hexágono regular de lado L e apótema a.

O hexágono é o único polígono regular onde todos os seus 6 triângulos são também regulares (equilá-
teros).

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GEOMETRIA PLANA

Assim, para calcular a área de um dos triângulos basta utilizar a fórmula: A=a23√4.

Como temos 6 triângulos que formam o hexágono, a sua área será, então:

A=6⋅a23√4=3⋅a23√2

A=3a23√2

Fórmula Geral Para Cálculo Da Área De Qualquer Polígono Regular

Existe uma fórmula que nos dá a área de qualquer polígono regular. A fórmula é a seguinte:

A=n⋅L⋅a2

Onde n é a quantidade de lados do polígono, L é a medida do lado desse polígono e a é a medida do


apótema, quase sempre dado.

Para chegarmos à fórmula, vamos considerar o hexágono abaixo e suponhamos que não sabemos da
existência de uma fórmula específica pra ele (como vimos anteriormente).

Um hexágono é um polígono regular de 6 lados. Podemos dividir esse polígono em 6 triângulos idênti-
cos. Assim, para determinar a área desse hexágono, basta determinar a área de um dos triângulos e,
em seguida, multiplicar o resultado por 6.

A área de um triângulo qualquer é calculada multiplicando-se a sua base pela sua altura e dividindo
esse resultado pela metade, ou seja, A=b⋅h2.

No caso desse hexágono, a base do triângulo em destaque será L e a altura será a, que é o apótema
do hexágono.

O apótema é a medida do segmento que parte do centro do polígono e forma ângulo de 90° com um
de seus lados. Nesse caso, o apótema a desse polígono tem a mesma medida que a altura do triângulo
em destaque.

Assim, a área será: A=L⋅a2.

Como o hexágono é composto por 6 triângulos iguais ao destacado, para encontrar a área do hexá-
gono, devemos multiplicar a área do triângulo por 6: A=6⋅L⋅a2.

Veja que, se fosse um polígono de 5 lados, teríamos 5 triângulos e, por isso, multiplicaríamos a área
do triângulo por 5. O mesmo aconteceria com um polígono regular de 10 lados: teríamos 10 triângulos
e a área seria multiplicada por 10.

Considerando, então, um polígono de n lados, teríamos n triângulos iguais e a área deveria ser multi-
plicada por n. Assim, A=n⋅L⋅a2.

Observe que, ajeitando a fórmula para A=n⋅L⋅a2, temos que n⋅L é, na verdade, o perímetro do polí-
gono. Como o perímetro é a soma de todos os lados e temos n lados iguais a L, o perímetro será P=n⋅L.
Assim, também podemos expressar essa fórmula como:

A=P⋅a2

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Se a medida do apótema não for dada, teremos que o encontrá-la.

Apótema

Para calcular o apótema vamos considerar um polígono regular de 6 lados, um hexágono, cujo lado
mede 3 cm.

360o6=60o

60o2=30o

Primeiro precisamos saber qual será o ângulo no ponto de onde sai o apótema. Para isso, pasta dividir
360° pela quantidade de lados do polígono, no nosso caso, 6 lados. Assim, teremos 60°.

O apótema sempre divide o ângulo em dois outros ângulos de mesma medida, no nosso caso, 30°.
Agora, podemos usar algumas relações trigonométricas para encontrar o valor do apótema:

tg(30o)=cateto opostocateto adjacente

tg(30o)=L2a

a⋅tg(30o)=L2

a=L2⋅tg(30o)

a=32⋅3√3=3⋅32⋅3√=92⋅3√

a=923√⋅sqrt33√=93√2⋅3=33√2

Generalizando para o caso onde temos um polígono de lado n lados de medida L:

O ângulo do apótema será dado por 360on. Como temos que dividir esse ângulo por 2, teremos:
360on2=360on⋅12=180on.

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Aplicando trigonometria para encontrar o apótema:

tg(180on)=L2a

a⋅tg(180on)=L2

a=L2⋅tg(180on)

Com essa fórmula do valor do apótema, a nossa fórmula A=n⋅L⋅a2 pode ser escrita como:

A=n⋅L⋅(L2⋅tg(180on))2=n⋅L⋅L2⋅tg(180on)2=nL22tg(180on)⋅12

A=nL24tg(180on)

Essa é a fórmula geral para se calcular a área de qualquer polígono regular.

Exemplos

1. Qual a área de um polígono regular de 12 lados, onde cada lado mede 4 cm?

Aplicando a fórmula obtida teremos:

A=nL24tg(180on)

A=12⋅424tg(180o12)

A=12⋅164tg(15o)

A=1924⋅(2−3√)

A=482−3√

A=179,13cm2

2. Qual a área de um polígono regular de 4 lados, que tem 6 como medida de cada lado?

Temos um quadrado de lado 6, cuja área pode ser calculada por:

A=L2=62=36cm2

Mas vamos calcular utilizando a fórmula obtida anteriormente:

A=nL24tg(180on)

A=4⋅624tg(180o4)

A=4⋅364tg(45o)

A=361=36cm2

Cálculo Do Perímetro E Área De Polígonos

Superfícies como uma mesa e sólidos geométricos como o dado, estão presentes no espaço que nos
cerca. Realizar a medição dessas regiões pode ser necessário, para isso utilizamos o cálculo do perí-
metro e da área.

Perímetro

Definimos perímetro como sendo a soma das medidas dos lados de um polígono. Considere polígono
como sendo uma figura fechada plana constituída por segmento de reta. Veja um exemplo:

Calcule o perímetro do polígono:

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Pontos: A, B, C, D, E, F, G

Segmentos de reta: AB, BC, CD, DE, EF, FG, GA.

Perímetro do polígono ABCDEFG:

P = 5 cm + 8 cm + 6 cm + 7 cm + 10 cm + 8 cm + 8 cm

P = 52 cm

Área De Polígonos

Utilizamos o cálculo de área para dimensionar as superfícies planas. Para cado polígono é utilizado
uma fórmula, a unidade de medida resultante do cálculo da área é sempre elevada ao quadrado. As
figuras geométricas planas que apresentam fórmula definida para o cálculo de área são: Retângulo,
quadrado, paralelogramo, triângulo, trapézio, losangolo e círculo. Observe como calculamos a área do:
retângulo, quadrado, paralelogramo e triângulo:

Retângulo

Área do retângulo = medida da base x medida da altura

Ar=b⋅h

Exemplo:

Elementos do retângulo:

Pontos: A, B, C, D

Segmentos de reta: AB, BC, CD, CA

Segmentos paralelos: AB\\CD e AC\\BD


Obs. Segmentos paralelos são congruentes, possuindo a mesma medida

Base do retângulo: BD = 10 cm

Altura do retângulo: CD = 5 cm

Área do retângulo = medida da base x medida da altura

Ar=b⋅h

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Ar=10cm⋅5cm

Ar=50cm2

Quadrado

Área do quadrado = medida do lado x medida do lado

Aq=l⋅l

Aq=l2

Exemplo

Elementos do quadrado

Pontos: A, B, C, B

Segmentos de reta: AB, BC, CD, CA

Segmentos paralelos: AB\\CD e AC\\BD

Lados do quadrado: AB = 5 cm, BC = 5 cm, CD = 5 cm, CA = 5 cm

Área do quadrado = medida do lado x medida do lado

Aq=l⋅l

Aq=l2

Aq=(5cm)2

Aq=25cm2

Paralelogramo

Área do paralelogramo = medida da base x medida da altura

Ap=b⋅h

Exemplo

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Elementos do paralelogramo

Pontos: B, C, D, E, F

Segmentos paralelos: BC\\DE e CD\\BE

Base do paralelogramo: BE = 6 cm

Altura do paralelogramo: EF = 7 cm

Área do paralelogramo = medida da base x medida da altura

Ap=b⋅h

Ap=6cm⋅7cm

Ap=42cm2

Triângulo

Área do triângulo = base⋅altura2

At=b⋅h2

Exemplo

Elementos do triângulo

Pontos: A, B, C, D

Base do triângulo: BC = 8 cm

Altura do triângulo: AD = 5 cm

Área do triângulo = At=b⋅h2

At=8cm⋅5cm2

At=40cm22

At=20cm2

Área do Polígono Regular

Polígonos regulares são aqueles que possuem lados e ângulos internos congruentes. Para calcular a
área desse tipo de polígono, é possível usar uma fórmula que relaciona a medida de seu apótema e
lado com a medida da área. A demonstração dessa fórmula é uma alternativa para esse cálculo, uma
vez que se pode obter também a área de um polígonoregular qualquer por meio dela.

A seguir, demonstraremos a fórmula para calcular a área do polígono regular e apresentaremos um


exemplo resolvido desse cálculo.

Área Do Polígono Regular

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A área de um polígono regular pode ser obtida pela seguinte fórmula:

A = P·a
2

Na qual, A é a área do polígono, P é o perímetro e a é o apótema desse polígono. Se essa fórmula for
reorganizada, podemos dizer que a área do polígono regular é igual à metade do perímetro – também
chamada semiperímetro – multiplicada pelo apótema. Assim, essa fórmula pode ser interpretada da
seguinte maneira:

A área do polígono regular é igual ao produto do semiperímetro

desse polígono pela medida de seu apótema.

Demonstração Da Fórmula

Dado um polígono regular de lado l e que possui n lados, encontre seu centro P e construa os segmen-
tos que ligam cada um de seus vértices a esse ponto. Para tanto, basta construir as mediatrizes de dois
lados quaisquer. Essas retas encontrar-se-ão no centro do polígono.

A imagem a seguir representa uma parte de um polígono que possui n lados e que cada um desses
lados tem medida representada pela letra l.

Nesse polígono, foram formados n triângulos e todos eles são isósceles e congruentes. Para ter certeza
disso, basta construir a circunferência que circunscreve esse polígonoe notar que todos os segmentos
construídos são raios dela e, por isso, possuem a mesma medida. Além disso, todos os ângulos cen-
trais formados são congruentes e medem 360°/n.

Como os triângulos são congruentes, para calcular a área do polígono, basta calcular a área de um dos
triângulos e multiplicar esse resultado por n, que é tanto o número de lados do polígono como o número
de triângulos obtidos. Portanto, calcularemos a área do triângulo ABP.

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GEOMETRIA PLANA

O apótema é um segmento de reta que liga o centro de um polígono ao ponto médio de um de seus
lados. Como o triângulo ABP é isósceles, o apótema também é altura e bissetriz nesse triângulo. Sendo
assim, base e altura desse triângulo já são conhecidos: respectivamente, lado do polígono e apótema
do triângulo.

A área do triângulo ABP, portanto, é:

At = l·a
2

E, como dito anteriormente, a área do polígono é igual a n vezes a área do triângulo ABP:

A = n·At = n·l·a
2

Note apenas que o número de lados multiplicado pelo comprimento dos lados é igual ao perímetro P
do polígono. Assim, podemos substituir n·l por P:

A = P·a
2

Exemplo:

Um eneágono regular tem lado igual a 6 centímetros. Qual a medida de sua área?

Solução: O perímetro desse polígono é igual a 6·9 = 54 cm. Em seguida, será necessário encontrar a
medida do apótema desse polígono. Para isso, faremos a mesma construção anterior em um eneá-
gono:

Construindo o apótema que divide o lado AB em duas partes iguais e que também é altura e bissetriz,
teremos o triângulo retângulo OKB. Observe que o ângulo AÔB é igual a 360°/9, pois o eneágono
é regular.

360° = 40°
9

Observe também que o apótema é bissetriz desse ângulo. Assim, β = 20°. Para descobrir o compri-
mento do apótema a, basta calcular a tangente de β nesse triângulo.

tg β = 3
a

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GEOMETRIA PLANA

tg 20° = 3
a

No texto Tabelas de razões trigonométricas, há uma aproximação de tg 20° = 0,364. Substituindo esse
valor na fórmula, teremos:

0,364 = 3
a

a= 3
0,364

a = 8,24 cm, aproximadamente.

Usando a fórmula para área do polígono regular, teremos:

A = P·a
2

A = 54·8,24
2

A = 444,96
2

A = 222,48 cm2

Observe que o maior trabalho desse exercício foi encontrar a medida do apótema. Caso essa medida
fosse dada, todo o cálculo deveria resumir-se a essa última parte.

Áreas Das Figuras Planas – Geometria Básica

Área ou superfície de uma figura plana tem a ver com o conceito (primitivo) de sua extensão (bidimen-
sional).

Usamos a área do quadrado de lado unitário como referência de unidade de área, chamando de metro
quadrado (m²) sua unidade de medida principal.

Área do Quadrado

Área do Retângulo

Área do Paralelogramo

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GEOMETRIA PLANA

Área do Losango

Área do Trapézio

Triângulos Quaisquer

Triângulo Retângulo

Triângulo Equilátero

Fórmula de Heron

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GEOMETRIA PLANA

Área do Círculo

Área da Coroa Circular

Área Setor Circular

Área Segmento Circular

Dica! Muitos exercícios de áreas cobram conhecimen-tos de tópicos anteriores, principalmente rela-
ções métricas e semelhança; portanto fique atento.

Área do Setor Circular

A área total de um círculo é proporcional ao tamanho do raio e pode ser calculada pela expressão π *
r², na qual π equivale a 3,14 e r é a medida do raio do círculo. O círculo pode ser dividido em infinitas

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GEOMETRIA PLANA

partes, as quais recebem o nome de arcos (partes de um círculo). Os arcos de uma região circular são
determinados de acordo com a medida do ângulo central, e é com base nessa informação que calcu-
laremos a área de um segmento circular.

Uma volta completa no círculo corresponde a 360º, valor que podemos associar à expressão do cálculo
da área do círculo, π * r². Partindo dessa associação podemos determinar a área de qualquer arco com
a medida do raio e do ângulo central, através de uma simples regra de três. Observe:

360º ------------- π * r²
θº ------------------ x

Onde:
π = 3,14
r = raio do círculo
θº = medida do ângulo central
x = área do arco

Exemplo 1

Determine a área de um segmento circular com ângulo central de 32º e raio medindo 2 m.
Resolução:

360º ------------- π * r²
32º ------------------ x

360x = 32 * π * r²
x = 32 * π * r² / 360
x = 32 * 3,14 * 2² / 360
x = 32 * 3,14 * 4 / 360
x = 401,92 / 360
x = 1,12

A área do segmento circular possui aproximadamente 1,12 m².

Exemplo 2

Qual a área de um setor circular com ângulo central medindo 120º e comprimento do raio igual a 12
metros.

360º ------------- π * r²
120º ------------------ x

360x = 120 * π * r²
x = 120 * π * r² / 360
x = 120 * 3,14 * 12² / 360
x = 120 * 3,14 * 144 / 360
x = 54259,2 / 360
x = 150,7

A área do setor circular citado corresponde, aproximadamente, a 150,7 m².

Área da Coroa do Círculo

Quando duas ou mais circunferências possuem o mesmo centro, são denominadas concêntricas.
Nesse caso elas podem ter raio de tamanhos diferentes. Observe:

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GEOMETRIA PLANA

Ao unirmos duas circunferências de mesmo centro com raios R e r, considerando R > r, temos que a
diferença entre as áreas é denominada coroa circular. Observe:

A área da coroa circular representada pode ser calculada através da diferença entre as áreas totais
das duas circunferências, isto é, área do círculo maior menos a área do círculo menor.

Área da coroa = Área do círculo maior – Área do círculo menor

Área da coroa = (π * R²) – (π * r²)

Área da coroa = π * (R² – r²)

Observação: Os resultados podem ser dados em função de π, caso seja necessário substitua π por
seu valor aproximado, 3,14.

Exemplo 1

Determine a área da coroa circular da figura a seguir, considerando o raio da circunferência maior igual
a 10 metros e raio da circunferência menor igual a 8 metros.

A = π * (R² – r²)
A = π * (10² – 8²)
A = π * (100 – 64)
A = π * 36
A = 36π m²
ou
A = 36 * 3,14
A = 113,04 m²

Exemplo 2

Um cavalo está amarrado em uma árvore através de uma corda de 20 metros de comprimento. A área
total da pastagem possui raio de 50 metros de comprimento. Considerando a área de pastagem máxima
do cavalo, determine a área não utilizada na alimentação do cavalo.

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GEOMETRIA PLANA

A = π * (50² – 20²)
A = π * (2500 – 400)
A = π * (2100)
A = π * 2100
A = 2100π m²
ou
A = 2100 * 3,14
A = 6594 cm²

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GEOMETRIA ESPACIAL

Geometria Espacial

A Geometria Espacial corresponde a área da matemática que se encarrega de estudar as figuras no


espaço, ou seja, aquelas que possuem mais de duas dimensões.

De modo geral, a Geometria Espacial pode ser definida como o estudo da geometria no espaço.

Assim, tal qual a Geometria Plana, ela está pautada nos conceitos basilares e intuitivos que chamamos
“conceitos primitivos” os quais possuem origem na Grécia Antiga e na Mesopotâmia (cerca de 1000
anos a.C.).

Pitágoras e Platão associavam o estudo da Geometria Espacial ao estudo da Metafísica e da religião;


contudo, foi Euclides a se consagrar com sua obra “Elementos”, onde sintetizou os conhecimentos
acerca do tema até os seus dias.

Entretanto, os estudos de Geometria Espacial permaneceram estanques até o fim da Idade Média,
quando Leonardo Fibonacci (1170-1240) escreve a “Practica Geometriae”.

Séculos depois, Joannes Kepler (1571-1630) rotula o “Steometria” (stereo: volume/metria: medida) o
cálculo de volume, em 1615.

Características Da Geometria Espacial

A Geometria Espacial estuda os objetos que possuem mais de uma dimensão e ocupam lugar no es-
paço. Por sua vez, esses objetos são conhecidos como "sólidos geométricos" ou "figuras geométricas
espaciais". Conheça melhor alguns deles:

• Prisma
• Cubo
• Paralelepípedo
• Pirâmide
• Cone
• Cilindro
• Esfera

Dessa forma, a geometria espacial é capaz de determinar, por meio de cálculos matemáticos, o volume
destes mesmos objetos, ou seja, o espaço ocupado por eles.

Contudo, o estudo das estruturas das figuras espaciais e suas inter-relações é determinado por alguns
conceitos básicos, a saber:

Ponto: conceito fundamental a todos os subsequentes, uma vez que todos sejam, em última análise,
formados por inúmeros pontos. Por sua vez, os pontos são infinitos e não possuem dimensão mensu-
rável (adimensional). Portanto, sua única propriedade garantida é sua localização.

Reta: composta por pontos, é infinita nos dois lados e determina a distância mais curta entre dois pontos
determinados.

Linha: possui algumas semelhanças com a reta, pois é igualmente infinita para cada lado, contudo, têm
a propriedade de formar curvas e nós sobre si mesma.

Plano: é outra estrutura infinita que se estende em todas as direções.

Figuras Geométricas Espaciais

Segue abaixo algumas das figuras geométricas espaciais mais conhecidas:

Cubo

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GEOMETRIA ESPACIAL

O cubo é um hexaedro regular composto de 6 faces quadrangulares, 12 arestas e 8 vértices sendo:

Área lateral: 4a2

Área total: 6a2

Volume: a.a.a = a3

Dodecaedro

O Dodecaedro é um poliedro regular composto de 12 faces pentagonais, 30 arestas e 20 vértices


sendo:

Área Total: 3√25+10√5a2

Volume: 1/4 (15+7√5) a3

Tetraedro

O Tetraedro é um poliedro regular composto de 4 faces triangulares, 6 arestas e 4 vértices sendo:

Área total: 4a2√3/4

Volume: 1/3 Ab.h

Octaedro

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GEOMETRIA ESPACIAL

O Octaedro é um poliedro regular de 8 faces formada por triângulos equiláteros, 12 arestas e 6 vértices
sendo:

Área total: 2a2√3

Volume: 1/3 a3√2

Icosaedro

O Icosaedro é um poliedro convexo composto de 20 faces triangulares, 30 arestas e 12 vértices sendo:

Área total: 5√3a2

Volume: 5/12 (3+√5) a3

Prisma

O Prisma é um poliedro composto de duas faces paralelas que formam a base, que por sua vez, podem
ser triangular, quadrangular, pentagonal, hexagonal.

Além das faces o prima é composto de altura, lados, vértices e arestas unidos por paralelogramos. De
acordo com sua inclinação, os prismas podem ser retos, aqueles em que a aresta e a base fazem um
ângulo de 90º ou os oblíquos compostos de ângulos diferentes de 90º.

Área da Face: a.h

Área Lateral: 6.a.h

Área da base: 3.a3√3/2

Volume: Ab.h

Onde:

Ab: Área da base

h: altura

Pirâmide

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GEOMETRIA ESPACIAL

A pirâmide é um poliedro composto por uma base (triangular, pentagonal, quadrada, retangular, para-
lelogramo), um vértice (vértice da pirâmide) que une todas as faces laterais triangulares.

Sua altura corresponde a distância entre o vértice e sua base. Quanto à sua inclinação podem ser
classificadas em retas (ângulo de 90º) ou oblíquas (ângulos diferentes de 90º).

Área total: Al + Ab

Volume: 1/3 Ab.h

Onde:

Al: Área lateral

Ab: Área da base

h: altura

Curiosidades

A palavra "geometria" vem do grego e corresponde a união dos termos "geo" de terra e "metria" de
medida, que significa "medir terra."

Os cálculos mais comuns em Geometria espacial são para determinar o comprimentos de curvas, áreas
de superfícies e volumes de regiões sólidas.

Outras figuras geométricas espaciais: cilindro, cone, esfera.

Os "Sólidos Platônicos" são poliedros convexos conhecidos desde a antiguidade clássica. Os cinco
"sólidos platônicos" são: tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro, icosaedro.

Noções primitivas de Geometria: ponto, reta, plano e espaço

As noções primitivas da Geometria são o modo como compreendemos os elementos matemáticos que
dão base para a construção dos conhecimentos geométricos.

Esses elementos são ponto, reta, plano e espaço. Explicar cada um deles não é tarefa fácil, pois temos
apenas noções primitivas sobre esses elementos, ou seja, não existe uma definição precisa para eles.

Quando tentamos encontrar uma definição para elementos de uma figura ou sólido geométrico e, de-
pois, a definição de elementos desses elementos e continuamos trilhando esse caminho, fatalmente
chegaremos a uma dessas noções primitivas.

O cubo, por exemplo, é um sólido geométrico chamado de prisma reto cujos lados são todos quadra-
dos. O quadrado, por sua vez, é uma figura geométrica que possui quatro lados congruentes e ângulos
de 90°. Os lados de um quadrado são segmentos de reta. Já a reta é uma noção primitiva que não
possui definição, mas possui características e propriedades.

Exemplo da trilha de definições dadas acima: cubo, quadrado, segmento de reta e reta

Sabendo disso, não é necessário pensar muito em como explicar esses elementos (ponto, reta,
plano e espaço). O importante é conhecer sua utilidade para a Geometria e o modo como os sólidos e
figuras comportam-se diante dessas noções primitivas.

Ponto

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GEOMETRIA ESPACIAL

O ponto é um objeto que não possui definição, dimensão e forma. Por isso, é impossível encontrar
qualquer medida nele, como comprimento, largura, altura, área, volume etc. O ponto é a base de toda
a Geometria, pois é a partir de conjuntos deles que são formadas as figuras geométricas.

Usualmente representamos o ponto com um “pingo” ou uma bolinha, mas é importante saber que isso
é apenas uma representação geométrica.

Os pontos são usados para representar localizações no espaço. Como não possuem tamanho ou
forma, uma localização em algum espaço fica bem definida quando está em algum ponto.

Reta

Retas são conjuntos de pontos compreendidos como linhas infinitas que não fazem curvas. Embora
sejam formadas por pontos, também não possuem definição, mas apenas essa característica. Obvia-
mente, são necessários infinitos pontos para construir uma reta.

Nessa construção, note que é possível medir a distância entre dois pontos específicos que estão sobre
uma reta. Entretanto, continua não sendo possível medir a largura da reta, pois os pontos que a formam
não possuem dimensões. Por essa razão, dizemos que a reta é um objeto unidimensional, ou seja, que
possui uma única dimensão.

Outras figuras unidimensionais são as semirretas e os segmentos de reta, que, respectivamente, são
uma reta que possui começo, mas não possui fim, e uma parte da reta que possui ponto inicial e ponto
final.

Exemplos de reta, semirreta e segmento de reta

Plano

Também não há definição para plabno, entretanto, podemos estudar sua formação e algumas de suas
características.

Assim como a reta é a figura formada pela justaposição de pontos, o plano é o objeto formado pelo
enfileiramento de retas, do modo exemplificado na figura a seguir:

Enfileiramento de retas que forma um plano

Um plano, portanto, é um conjunto infinito e ilimitado de retas. Bons exemplos de pedaços de pla-
nos são encontrados em qualquer superfície reta, como a superfície de uma mesa, telas de smartpho-
nes, portas etc.

É dentro dos planos que são definidas as figuras geométricas bidimensionais, pois é como se
o plano fosse uma “extensão perpendicular da reta”. Sendo assim, o plano é o objeto no qual as figuras
construídas contam com a possibilidade de ter largura e comprimento.

Espaço

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GEOMETRIA ESPACIAL

Assim como o plano é uma justaposição de retas no “sentido perpendicular”, o espaço é uma justapo-
sição de planos “no sentido perpendicular”. Os planos são colocados um sobre o outro, de modo que
dois planos não possuam nenhum ponto em comum, mas que estejam tão próximos a ponto de serem
confundidos.

O espaço é o local onde toda a Geometria espacial acontece e faz sentido, onde todos os sólidos e
figuras geométricas podem ser construídos. É todo o espaço que nos envolve e que segue infinita e
ilimitadamente do ponto onde estamos para todas as direções.

Trata-se da extensão natural do plano para a terceira dimensão e, por isso, sólidos geométricos cons-
truídos no espaço podem ter profundidade, além de largura e comprimento.

A figura a seguir mostra um plano em perspectiva e um cubo sobre ele. Note que a face do cubo que
toca o plano – um quadrado – possui largura e comprimento, mas a profundidade está além das dimen-
sões aceitas por ele.

Posições relativas

As figuras planas e espaciais são formadas pela intersecção de retas e planos pertencentes ao espaço.
Dentre as posições relativas, podemos destacar:

Posição relativa entre duas retas

Duas retas distintas irão assumir as seguintes posições relativas no espaço:

Retas paralelas: duas retas são paralelas se pertencerem ao mesmo plano (coplanares) e não possu-
írem ponto de intersecção ou ponto em comum.

Retas coincidentes: pertencem ao mesmo plano e possuem todos os pontos em comum.

Retas concorrentes: duas retas concorrentes possuem apenas um ponto comum. Não é necessário
que pertençam ao mesmo plano.

Retas concorrentes perpendiculares: são retas que possuem ponto em comum formando um ângulo
de 90º.

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GEOMETRIA ESPACIAL

Retas reversas: estão presentes em planos distintos.

Posição relativa entre reta e plano.

Uma reta e um plano poderão ter as seguintes posições relativas:

Reta paralela ao plano: considere uma reta t e um plano β, eles serão paralelos se não tiverem nenhum
ponto em comum.

Reta contida no plano: considerando uma reta t e um plano β. t está contido em β se todos os infinitos
pontos de t pertencerem a β.

Retas e planos secantes ou concorrentes: a reta t será concorrente ao plano β se possuírem um ponto
em comum.

Posição entre dois Planos

Dois planos irão assumir no espaço as seguintes posições relativas entre si:

Planos paralelos: dois planos são considerados paralelos se não possuírem pontos em comum ou se
uma reta pertencente ao plano α (alfa) for paralela a uma reta pertencente ao plano β (beta).

Planos secantes: dois planos são secantes quando forem distintos e a intersecção entre eles formar
uma reta.

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Planos coincidentes: planos coincidentes equivalem a um mesmo plano, ou seja, todos os seus infinitos
pontos e planos pertencem ao outro.

Posição Relativa entre Reta e Plano

Dois objetos matemáticos de qualquer natureza podem relacionar-se de diferentes formas. Quando
estão no espaço, a quantidade de pontos de encontro entre eles e o modo como estão dispostos é o
que chamamos de posição relativa. Quando esses objetos são uma reta e um plano, a análise de suas
posições, tomando um dos dois como referência, é o que chamamos de posição relativa entre reta e
plano.

Tanto reta quanto plano são objetos primitivos. Isso porque não é possível defini-los de forma satisfa-
tória: sabemos que eles existem e imaginamos seus formatos. Assim, reta é um conjunto de pontos
(outro objeto de noção primitiva) no plano, e plano é um conjunto de retas ou de pontos no espaço.

Planos e Retas Paralelos

Dizemos que uma reta é paralela a um plano quando não existe ponto de encontro entre os dois. A
representação dessa situação é dada por uma parte do plano e dareta, uma vez que ambos são infini-
tos.

Exemplo de reta paralela ao plano

Um resultado importante que pode ser extraído dessa definição é o seguinte: Se uma reta r é paralela
a uma reta s e a reta s está totalmente contida em um plano, então, esse plano é paralelo à reta r.

Planos e Retas Concorrentes

Dizemos que uma reta é concorrente ou secante a um plano quando existe apenas um ponto de inter-
secção, isto é, quando a reta toca o plano em apenas um ponto.

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Reta e plano que possuem apenas um ponto em comum

Tomando uma reta concorrente a um plano que o toca no ponto L, dizemos que a reta é perpendicu-
lar ao plano se for perpendicular a todas as retas desse plano que passam por L.

Exemplo de reta perpendicular a todas as retas que passam pelo ponto L

Plano que Contém a Reta

Dizemos que o plano contém a reta ou que a reta está contida no plano quando todos os pontos da
reta também são pontos desse plano.

Exemplo de reta em que todos os pontos pertencem a um plano

Poliedro

Os poliedros são figuras que fazem parte da geometria espacial, ou seja, possuem três dimen-
sões (comprimento, largura e altura), formados de vértices, arestas e faces.

As faces do poliedro são formadas por polígonos (figura plana composta de n lados) e as arestas e os
vértices correspondem aos lados e aos vértices dos polígonos.

Teorema de Euler

O Teorema ou Relação de Euler é válido somente para poliedros regulares, os quais todas as faces
possuem o mesmo número de arestas e são compostos de polígonos regulares, ou seja, cada um com
o mesmo número de lados.

Ademais, nos polígonos regulares, para cada vértice, converge um mesmo número de arestas. Não
obstante, o Teorema de Euler estabelece uma relação entre o número de faces, vértices e arestas, a
saber:

F + V = 2 + A ou V - A + F = 2

Donde,

F: número de faces
V: número de vértices
A: número de arestas

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Classificação dos Poliedros

Os poliedros são classificados em regulares e não regulares. Dessa forma, os poliedros regulares sur-
gem quando suas faces formam polígonos regulares e congruentes.

Por sua vez, os poliedros não regulares são formados por polígonos regulares e irregulares.

Poliedros Regulares

Os poliedros regulares convexos são formados pelos cinco “Sólidos Platônicos” ou “Poliedros de Pla-
tão”, a saber: tetraedro, hexaedro (cubo), octaedro, dodecaedro, icosaedro.

• Tetraedro: sólido geométrico formado por 4 vértices, 4 faces triangulares e 6 arestas.

• Hexaedro: sólido geométrico formado por 8 vértices, 6 faces quadrangulares e 12 arestas.

• Octaedro: sólido geométrico formado por 6 vértices, 8 faces triangulares e 12 arestas.

• Dodecaedro: sólido geométrico formado por 20 vértices, 12 faces pentagonais e 30 arestas.

• Icosaedro: sólido geométrico formado por 12 vértices, 20 faces triangulares e 30 arestas.

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Poliedros Não Regulares

Os poliedros não regulares são sólidos geométricos com faces formadas por polígonos regulares e
irregulares, os mais conhecidos são o prisma e a pirâmide.

Prisma: sólido geométrico formado por uma face superior e inferior planas e congruentes. Ademais,
suas laterais são compostas de paralelogramos ou quadriláteros. Importante destacar que dependendo
da inclinação das arestas laterais, os prismas são classificados em retos ou oblíquos.

Pirâmide: sólido geométrico formado por uma base poligonal e um vértice (vértice da pirâmide) que une
todas as faces laterais triangulares. Note que o número de lados do polígono da base corresponde o
número de faces laterais da pirâmide.

Poliedros Regulares

Poliedros são sólidos geométricos limitados por polígonos, que, por sua vez, são figuras geométricas
planas limitadas por segmentos de reta. Um poliedro é dito regular quando obedece às três exigências
seguintes:

1) é convexo;

2) é também poliedro de Platão;

3) Os polígonos que o formam, chamados de faces, são regulares e congruentes.

Todo poliedro regular é um poliedro de Platão, mas existem poliedros de Platão que não são regulares.
Veja a seguir uma explicação sobre cada uma das condições para que um poliedro seja regular.

→ O que é um poliedro convexo?

Para compreender a ideia de poliedro convexo, é preciso saber a seguinte definição dos planos no
espaço: Todo plano divide o espaço em dois semiespaços. Essa propriedade é parecida com a de
semirreta. É comparável ainda com uma secção no espaço que o divide ao meio. Qualquer face de um
poliedro está contida em um plano – por ser uma figura plana – e, por isso, determina um corte no
espaço, dividindo-o.

Um poliedro é convexo quando está inteiramente contido em um dos dois semiespaços determinados
por qualquer uma de suas faces.

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A figura acima é um poliedro convexo. Para ilustrar isso, colocamos um plano na cor lilás em uma de
suas faces, mas a mesma ideia aplica-se para qualquer face.

Dessa maneira, quando há pelo menos uma face de um poliedro que determina dois semiespaços, nos
quais existem partes do poliedro, esse poliedro não é convexo.

A figura acima não é convexa, pois existe uma face, contida no plano representado pelo quadrilátero
roxo, que determina dois semiespaços. Como existem partes do poliedro em ambos, ele não é convexo.

→ O que é um poliedro de Platão?

Os poliedros de Platão são aqueles que possuem as seguintes propriedades:

1) Todas as faces apresentam o mesmo número de arestas;

2) Todos os vértices possuem o mesmo número de arestas, isto é, se um vértice é a extremidade de


três arestas, por exemplo, então todos serão também.

3) É convexo;

4) Seja o número de faces igual a F, de arestas igual a A e de vértices igual a V, então vale a seguinte
relação, chamada de relação de Euler:

V–A+F=2

Existem infinitos poliedros de Platão, contudo, todos eles são um dos cinco seguintes, variando apenas
em dimensões:

1) Tetraedro regular;

2) Hexaedro regular, mais conhecido como cubo;

3) Octaedro regular;

4) Dodecaedro regular;

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GEOMETRIA ESPACIAL

5) Icosaedro regular.

Imagens dos poliedros mencionados acima

→ O que é um polígono regular?

São polígonos convexos que possuem todos os lados e ângulos congruentes. A imagem abaixo ilustra
um polígono convexo.

Prisma - Figura Geométrica

O prisma é um sólido geométrico que faz parte dos estudos de geometria espacial.

É caracterizado por ser um poliedro convexo com duas bases (polígonos iguais) congruentes e parale-
las, além das faces planas laterais (paralelogramos).

Composição do Prisma

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Ilustração de um prisma e seus elementos

Os elementos que compõem o prisma são: base, altura, arestas, vértices e faces laterais.

Assim, as arestas das bases do prisma são os lados das bases do polígono, enquanto que as arestas
laterais correspondem aos lados das faces que não pertencem às bases.

Os vértices do prisma são os pontos de encontro das arestas e a altura é calculada pela distância entre
os planos das bases.

Entenda mais sobre:

• Formas Geométricas

• Poliedro

• Paralelogramo

Classificação dos Prismas

Os primas são classificados em Retos e Oblíquos:

• Prisma Reto: possui arestas laterais perpendiculares à base, cujas faces laterais são retângulos.

• Prisma Oblíquo: possui arestas laterais oblíquas à base, cujas faces laterais são paralelogramos.

Prisma reto (A) e prisma oblíquo (B)

Bases do Prisma

De acordo com o formato das bases, os primas são classificados em:

• Prisma Triangular: base formada por triângulo.

• Prisma Quadrangular: base formada por quadrado.

• Prisma Pentagonal: base formada por pentágono.

• Prisma Hexagonal: base formada por hexágono.

• Prisma Heptagonal: base formada por heptágono.

• Prisma Octogonal: base formada por octógono.

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GEOMETRIA ESPACIAL

Figuras de prisma segundo suas bases

Importante ressaltar que os chamados “prismas regulares” são aqueles cujas bases são polígonos re-
gulares e, portanto, formados por prismas retos.

Note que se todas as faces do prisma forem quadrados, trata-se de um cubo; e, se todas as faces são
paralelogramos, o prisma é um paralelepípedo.

Saiba mais sobre a Geometria Espacial.

Fique Atento!

Para calcular a área da base (Ab) de um prisma deve-se levar em conta o formato que apresenta. Por
exemplo, se for um prisma triangular a área da base será um triângulo.

Fórmulas do Prisma

Áreas do Prisma

Área Lateral: para calcular a área lateral do prisma, basta somar as áreas das faces laterais. Num
prisma reto, que possui todas as áreas das faces laterais congruentes, a fórmula da área lateral é:

Al = n . a

n: número de lados
a: face lateral

Área Total: para calcular a área total de um prisma, basta somar as áreas das faces laterais e as áreas
das bases:

At = Sl+ 2Sb

Sl: Soma das áreas das faces laterais


Sb: soma das áreas das bases

Volume do Prisma

O volume do prisma é calculado pela seguinte fórmula:

V = Ab.h

Ab: área da base


h: altura

Tronco da Pirâmide

O tronco da pirâmide é o sólido formado por uma secção transversal em uma pirâmide. A secção trans-
versal é o corte feito por um plano paralelo à base da pirâmide, como mostra a figura a seguir:

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GEOMETRIA ESPACIAL

Feita a secção transversal, o conjunto de pontos que fica entre essa secção e a base é o tronco da
pirâmide.

Elementos do Tronco da Pirâmide

• Base maior: é a base da pirâmide, o polígono que se opõe ao vértice dela;

• Base menor: é o polígono formado pela secção transversal;

• Altura: é a distância entre a base maior e a base menor;

• Todos os elementos da pirâmide: arestas, arestas laterais, arestas da base, vértices, faces, faces
laterais etc.

O tronco da pirâmide é chamado de tronco regular quando é obtido de uma pirâmide regular. Para o
tronco regular, valem as seguintes propriedades:

a) As arestas laterais são congruentes;

b) As bases são semelhantes e, além disso, são polígonos regulares;

c) Todas as faces laterais são formadas por trapézios isósceles congruentes;

d) A altura de uma face lateral qualquer é chamada de apótema.

Área do Tronco da Pirâmide

A área do tronco da pirâmide é determinada pela soma das áreas de todos os polígonos que o formam.
Observe que a base menor e a base maior de um tronco podem ser qualquer polígono, mas as faces
laterais são trapézios e, em alguns casos, podem ser até isósceles. Então, basta multiplicar o número
de lados da base pela área de um dos trapézios isósceles para obter a área lateral do tronco da pirâ-
mide. Depois disso, é necessário calcular a área das bases e, por fim, somar as três áreas. Assim, a
expressão a seguir deve ser usada para calcular a área do tronco da pirâmide:

A = AB + Ab + Al

• A é a área do tronco;

• AB é a área da base maior;

• Ab é a área da base menor;

• Al é a área lateral da pirâmide.

Volume do Tronco da Pirâmide

O melhor caminho para calcular o volume do tronco de uma pirâmide é subtrair do volume da pirâ-
mide o volume do outro sólido formado pela secção transversal. Esse sólido é uma segunda pirâmide,
menor que a primeira, cuja área da base será aqui representada por A2. A área da base da pirâmide
maior será representada por A1.

Também existe uma fórmula pela qual é possível encontrar o volume do tronco, a saber:

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GEOMETRIA ESPACIAL

V = h(A1 + √[A1·A2] + A2)


3

*h é a altura do tronco.

Fórmulas para Cálculo de Volume de sólidos

Podemos encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à “capacidade”


desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos, é possível preenchê-lo com algum material,
como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do volume para cada objeto
pensado. Se por acaso é impossível preencher a figura que você imaginou, é porque, provavelmente,
ela é uma figura plana bidimensional, como um quadrado, um triângulo ou um círculo. Vejamos então
algumas fórmulas para o cálculo de volume de sólidos:

1. Volume de um prisma qualquer

O volume de um prisma qualquer pode ser calculado multiplicando-se a área da base pela altura

Um prima é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são paralelas
e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam. Para determi-
narmos o volume de um prisma qualquer, nós calculamos a área de sua base para, em seguida, multi-
plicá-la pela sua altura. Sendo assim:

V = (área da base) . altura

Na imagem acima, a área do prisma de base retangular pode ser calculada por:

V=a.b.c

Já a área do prisma de base triangular é dada por:

V=a.b.c
2

2. Volume de um cilindro

O volume de um cilindro é calculado multiplicando-se a área da base pela altura

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GEOMETRIA ESPACIAL

Assim como ocorre com os prismas, para calcular o volume do cilindro, multiplicamos a área da base
pela altura. Podemos definir novamente:

V = (área da base) . altura

Para o cilindro da figura acima, podemos calcular seu volume como:

V = π . r2 . a

3. Volume de um cone

O volume de um cone é calculado multiplicando-se a área da base por um terço da altura

O cone tem uma diferenciação das outras formas vistas até aqui. Ao calcularmos o volume do cone,
nós multiplicamos a área da base por um terço da sua altura. Podemos definir:

V = (área da base) . 1/3 altura

Para o cilindro da figura acima, podemos calcular seu volume como:

V = π . r2 . a
3

4. Volume de uma pirâmide

O volume de uma pirâmide é calculado através do produto da área da base por um terço da altura

A pirâmide assemelha-se ao cone em relação ao cálculo do volume. Para calcular o volume da pirâ-
mide, multiplicamos a área da base por um terço da sua altura. Definimos novamente:

V = (área da base) . 1/3 altura

Para a pirâmide da figura acima, podemos calcular seu volume como:

V = b. c . a
2 3

V=b.c.a
6

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Geometria Analítica

Sistemas de Coordenadas

Conceituando

“Em matemática, um sistema de coordenadas é um sistema para se especificar uma enupla de esca-
lares a cada ponto num espaço n-dimensional” ¹ Grosseiramente, podemos afirmar que um sistema de
coordenadas é uma ferramenta matemática que nós utilizamos para localizar um objeto num espaço
de n dimensões (n-dimensional). O mais conhecido dos sistemas de coordenadas é o cartesiano, talvez
por ser bastante trabalhado na educação básica, desde o ensino fundamental até o médio.

Os sistemas de coordenadas são utilizados em diversos ramos do conhecimento humano: matemática,


física, astronomia, geografia etc. É, portanto, importante a compreensão desse conceito, principalmente
a diferenciação entre os vário sistemas, o que pode oferecer tranquilidade na hora de resolver um
problema.

Sistema de Coordenadas Cartesianas

Este sistema, também conhecido com o sistema ortogonal é amplamente utilizado para determinar a
posição de um ponto (objeto) no espaço de duas dimensões (plano). Para localizar um ponto no Plano
de Descartes (plano cartesiano) utiliza-se dois eixos coordenados x e y, dispostos perpendicularmente
um ao outro, de forma que a graduação dos eixos se relacionem entre si, indicando o objeto procurado.

No plano cartesiano, o eixo x contém as abscissas e o eixo y contém as ordenadas do par ordenado
indicado por (x, y), nesta ordem. A arrumação perpendicular entre os eixos fornece quatro quadrantes,
contados no sentido anti-horário:

1º quadrante, situado na parte superior, à direita do plano, (x, y);

2º quadrante, situado na parte superior, à esquerda, (– x, y);

3º quadrante, situado na parte inferior, à esquerda, (– x, – y);

4º quadrante, situado na parte inferior, à direita, (x, – y).

Sistema De Coordenadas Cilíndricas

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GEOMETRIA ANALÍTICA

O sistema de coordenadas cilíndricas é uma versão, no espaço de três dimensões (tridimensional) do


sistema de coordenadas polares. Nele, um ponto é determinado pela sua distancia do eixo z um ângulo
e a sua distância relacionada ao plano xy.

Um ponto P (ρ, φ, z1) no sistema cilíndrico resulta da interseção de:

Uma superfície cilíndrica de raio ρ cujo centro é o eixo z ou seja, o centro é (0,0, z)

Um semiplano contendo o eixo z e fazendo um ângulo φ com o plano xz

Um plano paralelo ao plano xy ou seja, z = z1

Sistema De Coordenadas Polares

O sistema de coordenadas polares é vinculado ao sistema de coordenadas cartesianas por meio de


relações trigonométricas adequadas. Tracemos os eixos x e y perpendicularmente um ao outro, o ponto
O (origem) será o polo do sistema e a semirreta OP será eixo polar.

Sistema De Coordenadas Elípticas

As coordenadas elípticas são na verdade um sistema de duas dimensões de coordenadas curvilíneo-


ortogonais. A elíptica é utilizada pelo sistema de coordenadas elípticas em seu plano fundamental.
Elíptica é, entre outros, o movimento descrito pelo Sol no céu no decorrer de um ano. Linhas elípticas
e hiperbólicas com mesmo foco formam as coordenadas elípticas.

Sistema De Coordenadas Geográficas

Os astrônomos e geógrafos utilizam este sistema de coordenadas para realizar o seu trabalho. O sis-
tema de coordenadas esféricas é montado a partir de uma esfera em três dimensões, onde graus de
latitude e longitude são utilizados para medir posições no mundo real. A unidade de medida é o grau e
dele derivam os minutos e os segundos (1º = 60’ = 3 600’’). Para converter coordenadas esféricas em
planas distorcem-se algumas propriedades espaciais.

“O universo nos guarda de segredos tão magníficos quanto destrutivos.


(Robison Sá)

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Distância entre dois pontos no espaço

Distância entre dois pontos em um mapa

O cálculo da distância entre dois pontos no espaço é um assunto discutido na Geometria Analítica e
tem suas bases no teorema de Pitágoras. Utilizando esse teorema, é possível chegar à fórmula usada
para calcular o comprimento do segmento de reta que liga dois pontos.

Para calcular a distância entre dois pontos no espaço, é necessário calcular antes a distância entre
dois pontos no plano. Adiante demonstraremos como esses cálculos são feitos para obter a fórmula
em questão.

Fórmula da Distância entre Dois Pontos no Espaço

Existe uma fórmula para calcular a distância entre dois pontos no espaço, dada por meio de suas co-
ordenadas. Assim sendo, sejam os pontos A = (xA, yA, zA) e B = (xB, yB, zB), a distância entre A e B,
denotada por dAB, é dada pela seguinte expressão:

Para calcular a distância entre dois pontos, basta substituir os valores numéricos das coordenadas dos
pontos em questão na fórmula acima.

Exemplo

Calcule a distância entre os pontos A = (4, -8, -9) e B = (2, -3, -5).

Obtendo A Distância Entre Dois Pontos No Espaço

Na imagem a seguir há três eixos coordenados que representam o que seria o equivalente ao plano
cartesiano no espaço. Note que fixamos dois pontos nele:

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Para calcular a distância entre esses dois pontos, é necessário calcular a distância entre os pontos no
plano xy, formados pelas coordenadas (xA, yA) e (xB, yB), que serão denotados por A1 e B1, respec-
tivamente.

Dessa forma, observe que os pontos A1 e B1 estão localizados como ilustrado na imagem a seguir e a
distância entre eles é representada pelo segmento A1B1. Além disso, a imagem da direita contém um
esquema de como essa estrutura é vista por cima, o que é chamado de projeção ortogonal sobre o
plano xy.

Os catetos do triângulo à direita são a diferença entre as coordenadas de seus pontos, isto é, a base
tem comprimento igual a xB – xA e a altura tem comprimento yB – yA. Desse modo, pelo teorema de
Pitágoras, temos:

Para obter a distância entre dois pontos no plano, basta extrair a raiz quadrada de ambos os lados da
equação acima. Contudo, nosso objetivo é obter a fórmula para a distância no espaço. Para tanto,
observe que o segmento A1B1 possui o mesmo tamanho da base do triângulo ABC, ilustrado na figura
abaixo.

Note também que a distância de B até C é justamente a diferença zB – zA, pois AC é paralelo a A1B1.
Desse modo, pelo teorema de Pitágoras, teremos a distância entre A e B, denotada por dAB:

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Equação Geral Da Reta No Plano

As equações na forma ax + by + c = 0são expressões representativas de retas do plano. Os coeficien-


tes a, b e csão números reais constantes, considerando a e b valores diferentes de zero. A essa repre-
sentação matemática damos o nome de equação geral da reta.

Podemos construir a equação geral da reta utilizando duas maneiras:

1ª – através da determinação do coeficiente angular da reta e utilização de uma forma geral dada por:
y – y1 = m (x – x1).

2ª – através de uma matriz quadrada formada pelos pontos pertencentes à reta fornecida.

1ª Forma

Vamos determinar a equação da reta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e B(2, –3).

Coeficiente angular da reta

m = (y2 – y1) / (x2 – x1)


m = –3 – 6 / 2 – (–1)
m = –9 / 3
m = –3

y – y1 = m (x – x1).
y – 6 = –3 (x + 1)
y – 6 = –3x – 3
y – 6 + 3x + 3 = 0
y + 3x – 3 = 0
3x + y – 3 = 0

2ª Forma

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Vamos considerar o ponto genérico P(x, y), pertencente à reta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e B(2,
–3). Observe a matriz construída com as coordenadas oferecidas:

Diagonal Principal
x * (–6) * 1 = 6x
y * 1 * 2 = 2y
1 * (–1) * (–3) = 3

Diagonal Secundária
1* 6 * 2 = 12
x * 1 * (–3) = –3x
y * (–1) * 1 = –y

s: 6x + 2y + 3 – (12 – 3x – y) = 0
s: 6x + 2y + 3 – 12 + 3x + y = 0
s: 9x + 3y – 9 = 0 (dividindo a equação por 3)

s: 3x + y – 3 = 0

Os métodos apresentados podem ser utilizados de acordo com os dados fornecidos pela situação. Os
dois fornecem com exatidão a equação geral de uma reta.

Paralelismo

Postulado Das Paralelas

Por um ponto passa uma única reta paralela a uma reta dada. Na figura abaixo, dada a reta r, temos:
P Є s, s // r, s é única.

Esse postulado, conhecido também como postulado de Euclides (300 a.C.), é a propriedade que ca-
racteriza a Geometria Euclidiana.

Duas retas distintas são paralelas quando são coplanares e não têm ponto comum.

Algumas propriedades do paralelismo

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GEOMETRIA ANALÍTICA

1ª Propriedade

Quando dois planos distintos são paralelos, qualquer reta de um deles é paralela ao outro.

2ª Propriedade

Quando uma reta é paralela a um plano, ela é paralela a pelo menos uma reta desse plano.

3ª Propriedade

Quando uma reta não está contida num plano e é paralela a uma reta do plano, ela é paralela ao plano.

4ª Propriedade

Se um plano intersecta dois planos paralelos, as intersecções são duas retas paralelas.

5ª Propriedade

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Quando um plano contém duas retas concorrentes, paralelas a outro plano, então os planos conside-
rados são paralelos.

Perpendicularidade

Retas Perpendiculares

Duas retas r e s são perpendiculares se, e somente se, são concorrentes e formam ângulos “retos”.

Indicamos se são paralelas da seguinte forma:

Reta E Plano Perpendiculares

Uma reta concorrente com um plano, num determinado ponto, é perpendicular ao plano quando é per-
pendicular a todas as retas do plano que passam pelo ponto determinado.

Indicaremos que r é perpendicular a α por r ┴ α ou por α ┴ r.

Se uma reta a é perpendicular a duas retas, b e c , concorrentes de um plano α, então ela é perpendi-
cular ao plano.

Planos Perpendiculares

Definição

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Dois planos são perpendiculares quando um deles contém uma reta perpendicular ao outro.

Indicamos que um plano α é perpendicular a um plano β pelo símbolo α ┴ β ou β ┴α.

Quando dois planos secantes não são perpendiculares, eles são ditos oblíquos.

Observe a figura:

Se dois planos, α e β, são perpendiculares e uma reta r de um deles (α) é perpendicular à intersecção
i dos planos, então ela é perpendicular ao outro plano (β).

A Circunferência No Plano Cartesiano - Equação Reduzida

Da mesma forma que equacionamos uma reta é possível também representarmos uma circunferência
na forma de equações, utilizando seu centro e um ponto genérico da circunferência.

Veja a representação em um plano cartesiano de uma circunferência de centro C de coordenadas iguais


a C(a,b) e o ponto D(x,y) sendo genérico a circunferência, ou seja, ponto qualquer pertencente a cir-
cunferência.

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GEOMETRIA ANALÍTICA

A equação dessa circunferência será determinada pela distância do centro ao ponto genérico, que é
indicado por um segmento de reta.

Relembrando a definição de raio iremos (raio é a medida de qualquer segmento de reta que vai do
centro da circunferência a qualquer ponto genérico a ela) concluir que essa distância é o raio da cir-
cunferência.

A distância entre o centro de uma circunferência e um ponto genérico a ela é o mesmo que calcularmos
a distância entre dois pontos, que no caso são C(a,b) e D(x,y).

d2CD = (x – a)2 + (y – b)2

Portanto a equação reduzida da circunferência será determinada por:

R2 = (x – a)2 + (y – b)2

Exemplo: Determine a equação reduzida da circunferência de centro C(-4,1) e R = 1/3.

Basta substituirmos esses dados na equação R2 = (x – a)2 + (y – b)2.

(x – (-4))2 + (y – 1)2 = (1/3)2


(x + 4)2 + (y – 1)2 = 1/9

Exemplo: Obtenha o centro e o raio da circunferência cuja equação é (x – 1/2)2 + (y + 5/2)2 = 9.

É preciso que seja feito à comparação das equações:

(x – 1/2)2 + (y + 5/2) 2= 9
(x – a)2 + (y – b)2 = R2

- a = -1/2
a = 1/2

- b = 5/2
b = -5/2

R2 = 9
R=3

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Portanto as coordenadas do centro da circunferência de equação (x – 1/2)2 + (y + 5/2) = 9 é igual a


C(1/2, -5/2) e raio igual a R = 3

Equações e Inequações

Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Essas expressões são chamadas
de algébricas porque possuem pelo menos uma incógnita, que é um número desconhecido represen-
tado por uma letra. As inequações, por sua vez, são relações semelhantes às equações, contudo, apre-
sentam uma desigualdade.

Enquanto as equações relacionam os termos do primeiro membro aos termos do segundo, afirmando
sua igualdade, as inequações mostram que os termos do primeiro membro são maiores ou menores
que os elementos do segundo.

Termos De Uma Equação E De Uma Inequação

Termo é o nome que se dá ao produto de algum número por alguma letra. Para identificá-los, basta
procurar pelas multiplicações separadas por sinais de adição ou subtração. Veja a equação seguinte:

4x + 2x – 7x = 16 – 5x

Os termos são: 4x, 2x, – 7x, 16 e – 5x

Membros De Uma Equação E De Uma Inequação

Primeiro e segundo membros são definidos pela igualdade nas equações e pela desigualdade nas ine-
quações.

Todos os termos dispostos à esquerda da igualdade ou da desigualdade compõem o primeiro membro


de uma equação ou inequação. Todos os termos dispostos à direta da igualdade ou desigualdade
determinam o segundo membro de uma equação ou inequação.

Desse modo, dada a inequação:

2x + x – 9x ≤ 15 – 4x

Os termos 2x, x e –9x pertencem ao primeiro membro, e os termos 15 e – 4x pertencem ao segundo.

O Que É Igualdade E Desigualdade?

Ambos determinam relações de ordem entre números e incógnitas. O sinal de igual é utilizado quando
se quer expressar a seguinte situação: Existe um valor para as incógnitas que faz com que o resultado
dos cálculos propostos no primeiro membro seja igual ao resultado dos cálculos propostos no segundo.

A desigualdade, por sua vez, pode ser representada por um dos quatro símbolos seguintes:

<, >, ≥ e ≤

Esses símbolos mostram que o conjunto de operações do primeiro membro possui um resultado “me-
nor”, “maior”, “maior igual” ou “menor igual” ao resultado do segundo membro.

Grau

O grau de equações e de inequações pode ser encontrado da seguinte maneira:

Se a equação ou a inequação possui apenas uma incógnita, então, o grau dela é dado pelo maior
expoente da incógnita. Por exemplo: o grau da equação 4x3 + 2x2= 7 é 3.

Se a equação ou inequação possui mais de uma incógnita, então, o grau dela é dado pela maior soma
entre os expoentes de um mesmo termo. Por exemplo, o grau da equação 4xyz + 7yz2 – 5x2y2z2 = 0 é
6.

Exemplos De Equações:

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GEOMETRIA ANALÍTICA

1) 4x = 16

2) 2x – 8 = 144

3)18x2 = 2x-8
x

Exemplos De Inequações:

1) 12x + x2 ≤ 12

2) 144 ≥ 12x + 7

3) 128 – 14x < 12x + 4

Sistemas De Equações Do Primeiro Grau Com Duas Incógnitas

Quando tratamos as equações do 1° grau com duas variáveis vimos que a equação x + y = 20 admite
infinitas soluções, pois se não houver restrições como as do exemplo na página em questão, podemos
atribuir qualquer valor a x, e para tornar a equação verdadeira, basta que calculemos y como sendo 20
- x.

A equação x - y = 6 pelos mesmos motivos, em não havendo restrições, também admite infinitas solu-
ções.

Como as equações x + y = 20 e x - y = 6 admitem infinitas soluções podemos nos perguntar:

Será que dentre estas soluções existem aquelas que são comuns às duas equações, isto é, que resolva
ao mesmo tempo tanto a primeira, quanto à segunda equação?

Este é justamente o tema deste tópico que vamos tratar agora.

Métodos De Resolução

Há vários métodos para calcularmos a solução deste tipo de sistema. Agora veremos os dois mais
utilizados, primeiro o método da adição e em seguida o método da substituição.

Método Da Adição

Este método consiste em realizarmos a soma dos respectivos termos de cada uma das equações, a
fim de obtermos uma equação com apenas uma incógnita.

Quando a simples soma não nos permite alcançar este objetivo, recorremos ao princípio multiplicativo
da igualdade para multiplicarmos todos os termos de uma das equações por um determinado valor, de
sorte que a equação equivalente resultante, nos permita obter uma equação com uma única incógnita.

A seguir temos outras explicações que retratam estas situações.

Quando o sistema admite uma única solução?

Tomemos como ponto de partida o sistema composto pelas duas equações abaixo:

Perceba que iremos eliminar o termo com a variável y, se somarmos cada um dos termos da primeira
equação com o respectivo termo da segunda equação:

Agora de forma simplificada podemos obter o valor da incógnita x simplesmente passando o coefici-
ente 2 que multiplica esta variável, para o outro lado com a operação inversa, dividindo assim todo o
segundo membro por 2:

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Agora que sabemos que x = 13, para encontrarmos o valor de y, basta que troquemos x por 13 na pri-
meira equação e depois isolemos y no primeiro membro:

Escolhemos a primeira e não a segunda equação, pois se escolhêssemos a segunda, teríamos que
realizar um passo a mais que seria multiplicar ambos os membros por -1, já que teríamos -y no primeiro
membro e não y como é preciso, no entanto podemos escolher a equação que quisermos. Normal-
mente iremos escolher a equação que nos facilite a realização dos cálculos.

Observe também que neste caso primeiro obtivemos o valor da variável x e em função dele consegui-
mos obter o valor de y, porque isto nos era conveniente. Se for mais fácil primeiro encontrarmos o valor
da segunda incógnita, é assim que devemos proceder.

Quando um sistema admite uma única solução dizemos que ele é um sistema possível e determinado.

Quando o sistema admite uma infinidade de soluções?

Vejamos o sistema abaixo:

Note que somando todos os termos da primeira equação ao da segunda, não conseguiremos eliminar
quaisquer variáveis, então vamos multiplicar os termos da primeira por -2 e então realizarmos a soma:

Veja que eliminamos não uma das variáveis, mas as duas. O fato de termos obtido 0 = 0 indica que o
sistema admite uma infinidade de soluções.

Quando um sistema admite uma infinidade de soluções dizemos que ele é um sistema possível e inde-
terminado.

Quando o sistema não admite solução?

Vejamos este outro sistema:

Note que se somarmos os termos da primeira equação com os da segunda, também não conseguire-
mos eliminar nenhuma das variáveis, mas agora veja o que acontece se multiplicarmos por 2 todos os
termos da primeira equação e realizarmos a soma das equações:

Obtivemos 0 = -3 que é inválido, este é o indicativo de que o sistema não admite soluções.

Quando um sistema não admite soluções dizemos que ele é um sistema impossível.

Método da Substituição

Este método consiste em elegermos uma das equações e desta isolarmos uma das variáveis. Feito isto
substituímos na outra equação, a variável isolada pela expressão obtida no segundo membro da equa-
ção obtida quando isolamos a variável.

Este procedimento também resultará em uma equação com uma única variável.

O procedimento é menos confuso do que parece. A seguir veremos em detalhes algumas situações
que exemplificam tais conceitos, assim como fizemos no caso do método da adição.

Quando o sistema admite uma única solução?

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GEOMETRIA ANALÍTICA

Para nos permitir a comparação entre os dois métodos, vamos utilizar o mesmo sistema utilizado no
método anterior:

Vamos escolher a primeira equação e isolar a variável x:

Agora na segunda equação vamos substituir x por 20 - y:

Agora que sabemos que y = 7, podemos calcular o valor de x:

Quando o sistema admite uma infinidade de soluções?

Solucionemos o sistema abaixo:

Este sistema já foi resolvido pelo método da adição, agora vamos resolvê-lo pelo método da substitui-
ção.

Por ser mais fácil e gerar em um resultado mais simples, vamos isolar a incógnita y da primeira equa-
ção:

Agora na outra equação vamos substituir y por 10 - 2x:

Como obtivemos 0 = 0, o sistema admite uma infinidade de soluções.

Quando o sistema não admite solução?

Novamente vamos solucionar o mesmo sistema utilizado no método anterior:

Observe que é mais viável isolarmos a variável x da primeira equação, pois o seu coeficiente 2 é divisor
de ambos coeficientes do primeiro membro da segunda equação, o que irá ajudar nos cálculos:

Agora substituímos x na segunda equação pelo valor encontrado:

Conforme explicado anteriormente, o resultado 0 = -3 indica que este sistema não admite soluções.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Matemática Financeira

A matemática financeira é a área da matemática que estuda a equivalência de capitais no tempo, ou


seja, como se comporta o valor do dinheiro no decorrer do tempo. Sendo uma área aplicada da Mate-
mática, estuda diversas operações ligadas ao dia a dia das pessoas. Por esse motivo, conhecer suas
aplicações é fundamental.

Como exemplos dessas operações podemos citar as aplicações financeiras, empréstimos, renegocia-
ção de dívidas, ou mesmo, tarefas simples, como calcular o valor de desconto num determinado pro-
duto.

Conceitos Básicos da Matemática Financeira

Capital (C)

Representa o valor do dinheiro no momento atual. Este valor pode ser de um investimento, dívida ou
empréstimo.

Juros (J)

Representam os valores obtidos pela remuneração de um capital. Os juros representam, por exemplo,
o custo do dinheiro tomado emprestado.

Ele pode também ser obtido pelo retorno de uma aplicação ou ainda pela diferença entre o valor à vista
e a prazo em uma transação comercial.

Montante (M)

Corresponde ao valor futuro, ou seja, é o capital mais os juros acrescidos ao valor.

Assim, M = C + J.

Taxa de Juros (i)

É o percentual do custo ou remuneração paga pelo uso do dinheiro. A taxa de juros está sempre asso-
ciada a um certo prazo, que pode ser por exemplo ao dia, ao mês ou ao ano.

Cálculos Básicos da Matemática Financeira

Porcentagem

A porcentagem (%) significa por cento, ou seja, uma determinada parte de cada 100 partes. Como
representa uma razão entre números, pode ser escrita na forma de fração ou como número decimal.

Por exemplo:

Muitas vezes utilizamos a porcentagem para indicar aumentos e descontos. Para exemplificar, vamos
pensar que uma roupa que custava 120 reais está, nesse período do ano, com 50% de desconto.

Como já estamos familiarizados com esse conceito, sabemos que esse número corresponde à metade
do valor inicial.

Então, essa roupa no momento está com custo final de 60 reais. Vejamos assim, como trabalhar a
porcentagem:

50% pode ser escrito 50/100 (ou seja, 50 por cem)

Assim, podemos concluir que 50% equivale a ½ ou 0,5, em número decimal. Mas afinal o que isso
significa?

Bem, a roupa está com 50% de desconto e, portanto, ela custa metade (½ ou 0,5) de seu valor inicial.
Logo, a metade de 120 é 60.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Mas vamos pensar noutro caso, em que ela está com 23% de desconto. Para tanto, temos que calcular
quanto é 23/100 de 120 reais. Lógico que por aproximação podemos fazer esse cálculo. Mas aqui a
ideia não é essa.

Logo,

Transformamos o número percentual em número fracionário e multiplicamos pelo número total que
queremos identificar o desconto:

23/100 . 120/1 - dividindo o 100 e 120 por 2, temos:

23/50 . 60/1 = 1380/50 = 27,6 reais

Portanto, o desconto de 23% numa roupa que custa 120 reais será de 27,6. Assim, o valor que você
irá pagar é de 92,4 reais.

Agora vamos pensar no conceito de aumento, ao invés de desconto. No exemplo acima, temos que a
comida subiu 30%. Para isso, vamos exemplificar que o preço do feijão que custava 8 reais teve um
aumento de 30%.

Aqui, temos que saber quanto é 30% de 8 reais. Da mesma forma que fizemos acima, vamos calcular
a porcentagem e, por fim, agregar o valor no preço final.

30/100 . 8/1 - dividindo o 100 e 8 por 2, temos:

30/50 . 4/1 = 120/50 = 2,4

Assim, podemos concluir que o feijão nesse caso está custando mais 2,40 reais. Ou seja, de 8 reais
seu valor foi para 10,40 reais.

Variação Percentual

Outro conceito associado ao de porcentagem é o de variação percentual, ou seja, a variação das taxas
percentuais de acréscimo ou decréscimo.

Juros

O cálculo de juros pode ser simples ou composto. No regime de capitalização simples, a correção é
feita sempre sobre o valor do capital inicial.

Já nos juros compostos, a taxa de juros é aplicada sempre sobre o montante do período anterior. Note
que esse último é muito utilizado nas transações comerciais e financeiras.

Juros Simples

Os juros simples são calculados levando em consideração um determinado período. Ele é calculado
pela fórmula:

J=C.i.n

Onde:

C: capital aplicado
i: taxa de juros
n: período que corresponde os juros

Logo, o montante dessa aplicação será:

M=C+J
M=C+C.i.n
M = C . (1 + i . n)

Juros Compostos

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

O sistema de juros compostos é chamado de capitalização acumulada, pois, ao final de cada período
os juros que incidem sobre o capital inicial são incorporados.

Para calcular o montante em uma capitalização a juros compostos, usamos a seguinte fórmula:

Mn = C (1+i)n

Regra de Três

A regra de três simples é muito utilizada em situações cotidianas que envolvam proporções entre gran-
dezas, sendo também muito utilizada em situações que envolvam cálculos financeiros, misturas quími-
cas, conversões de grandezas na Física.

Observe os exemplos a seguir:

Exemplo 1

Em dois litros de água foram misturados 150 gramas de certa substância para se obter uma mistura
homogênea. Calcule quantos gramas deverão ser adicionadas em 1,2 litros de água para que a mistura
continue no padrão homogênea.

Grandezas diretamente proporcionais

Regra De Três Composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversa-
mente proporcionais.

Exemplos

1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão


necessários para descarregar 125m3?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada
linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Identificação dos tipos de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe que, aumentando o
número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversa-
mente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).

Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto, a relação é di-
retamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x
com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.

Algumas situações envolvendo porcentagem podem ser resolvidas por meio de uma regra de três sim-
ples. Entendemos por porcentagem uma razão centesimal (fração com denominador igual a 100) que
é denominada de taxa percentual e é representada pelo símbolo % (por cento). Por exemplo, se temos
45%, podemos representá-lo das seguintes formas:

45% = 45
100

ou

9
20

ou 0,45

Sempre que utilizarmos a regra de três no intuito de determinar porcentagens, devemos relacionar a
parte do todo com o valor de 100%.

Capitalização Simples e Composta e Descontas

Regimes De Capitalização

Regime de capitalização é a forma em que se verifica o crescimento do capital, este pode ser pelo
regime de capitalização simples ou composta.

No regime de capitalização simples os juros são calculados utilizando como base o capital inicial (VP),
já no regime de capitalização composta as taxas de juros são aplicadas sobre o capital acumulado dos
juros.

Exemplos:

a) Empréstimo de R$ 10.000,00 por seis meses, a taxa de 3% a.m.

Juros Simples

O regime de capitalização simples mostra que o capital aumenta de forma linear.

Em nosso país este regime de capitalização não é muito utilizado por instituições financeiras, pois com
o regime de capitalização composta se obtém lucros maiores em empréstimos.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Fórmulas

J=VP*i*n (juro = Valor Presente * taxa * período)

Como montante é igual à Capital + juros, temos:

VF=VP* (1+i*n)

b) Certos Bancos cobram 3,0% ao mês (juro simples) para pagamentos em atraso de duplicatas. Cal-
cular o montante de liquidação das duplicatas abaixo.

Valor Duplicata Vencimento Pagamento Montante

R$ 2.345,00 01/03/2009 30/05/2009 ?

R$ 3.456,00 02/04/2009 30/05/2009 ?

R$ 6.543,00 05/05/2009 30/05/2009 ?

Lembre-se de formatar as células nos formatos devidos, vencimento e pagamento no formato data, e
as demais como moeda.

Juro Exato e Juro Comercial

Para juro exato temos que utilizar o número de dias do calendário, entretanto o mercado utiliza o nú-
mero de dias do mês sendo 30 e o ano com 360 dias, portanto ao calcular juros onde datas são men-
cionadas devemos fazer o ajuste conforme o exemplo abaixo.

=DIAS360(data inicial; data final), resulta em 90 dias.

No entanto se subtrairmos as duas datas, = data final - data inicial, o resultado será 92 dias, nesse caso
os meses que tem 31 dias serão contados.

Juros Compostos

No caso da capitalização composta, o cálculo é efetuado através do método exponencial, ou seja, juros
são computados sobre os juros anteriormente calculados.

Equações:

VF = VP* (1+i)^n Valor Futuro

VP = VF/(1+i)^n Valor Presente

I = (VF/VP)^(1/n) – 1 Taxa

n = LOG10(VF/VP)/LOG10(1+i) Período

A planilha possui várias funções prontas para calcular todos esses valores, mas é importante que sai-
bamos manipular as fórmulas, pois muitas vezes é mais fácil construir uma fórmula que gravar a apli-
cação de cada função, vou deixar para cada um fazer a sua escolha. Mais tarde veremos como cada
função pode ser usada.

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c) Tomo um empréstimo de R$10.000,00 por 12 meses, a uma taxa de 5% a.m. Qual seria o montante
a ser desembolsado para o pagamento do empréstimo?

Nesse caso vamos construir o resultado através da equação do valor futuro

Um item relevante da planilha é o assistente de funções onde se encontra formulações matemática,


trigonométricas, estatísticas, financeiras entre outras. Para acessar esta função basta acionar o me-
nuInserir e selecionar a opção Função (fx).

Poderíamos ter resolvido a atividade acima utilizando essa ferramenta.

Para utilizar o assistente de função basta seguir os passos abaixo:

1. Depois de explicitar os dados do problema, selecione a célula onde vamos calcular o valor futuro
clique em Inserir / Função ou “Ctrl F2”, ou ainda clicar no ícone na barra de fórmulas, a caixa de
fórmulas ira se abril, em Categoria, escolha Financeiras, procure por VF (valor futuro) clique em Pró-
ximo, uma nova caixa ira se abrir como na figura abaixo:

No local da Taxa, clique na célula que corresponde a taxa na planilha, NPER é o prazo PGTO são
pagamentos, nesse caso deixe em branco e em VP clique no valor presente e depois em OK.

Teremos o resultado abaixo:

Negativo devido ao fluxo de caixa, pois o VP é positivo.

Poderíamos ter colocado os valores na fórmula ao invés de vinculá-lo a uma célula na caixa de fórmula,
mas nesse caso o resultado não seria interativo.

Depois de fazer a fórmula, qualquer um dos dados iniciais poderá ser alterado, alterando também o
valo futuro.

Da mesma maneira acima poderemos calcular o valor presente (VP) o prazo (NPER) e a taxa, usando
as equações ou as fórmulas da planilha.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Outro exemplo, onde foi calculado o Valor Presente, com os dados abaixo.

Para calcular o período no caso acima subtrair a data final da data inicial, para transformar em meses
dividir o resultado em dias por 30. Transformamos o prazo em meses devido à taxa estar em mês. O
período sempre deve estar de acordo com o período da taxa.

Taxas de Juros

Taxa Nominal

É a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de tempo
dos períodos de capitalização. A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais, e os períodos de
capitalização podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou diários. São exemplos de taxas nominais:

12% ao ano, capitalizados mensalmente;

24% ao ano, capitalizados semestralmente;

10% ao ano, capitalizados trimestralmente;

18% ao ano, capitalizados diariamente.

A taxa nominal, apesar de bastante utilizada no mercado, não representa uma taxa efetiva e, por isso,
não deve ser usada nos cálculos financeiros, no regime de juros compostos.

Toda taxa nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita, que é a taxa de juros a ser aplicada
em cada período de capitalização. Essa taxa efetiva implícita é sempre calculada de forma proporcio-
nal, no regime de juros simples.

Conforme podemos observar, a taxa efetiva implícita de uma taxa nominal anual é sempre obtida o
regime de juros simples. A taxa anual equivalente a essa taxa efetiva implícita é sempre maior que a
taxa nominal que lhe deu origem, pois essa equivalência é sempre feita no regime de juros compostos.
Essa taxa anual equivalente será tanto maior quanto maior for o número de períodos de capitalização
da taxa nominal.

Taxa Efetiva

É a taxa de juros em que a unidade referencial de sue tempo coincide com a unidade de tempo dos
períodos de capitalização. São exemplos de taxas efetivas:

2% ao mês, capitalizados mensalmente;

3% ao trimestre, capitalizados trimestralmente;

6% ao semestre, capitalizados semestralmente;

10% ao ano, capitalizados anualmente.

Nesse caso, tendo em vista a coincidência nas unidades de medida dos tempos da taxa de juros e dos
períodos de capitalização, costuma-se simplesmente dizer: 2% ao mês, 3% ao trimestre, 6% ao se-
mestre e 10% ao ano.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

A taxa efetiva é utilizada nas calculadoras financeiras e nas funções financeiras das planilhas eletrôni-
cas.

Taxas Equivalentes

São taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que ao serem aplicadas a um mesmo
principal durante um mesmo prazo produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo,
no regime de juros compostos.

O conceito de taxas equivalentes está, portanto, diretamente ligado ao regime de juros compostos.

Assim, a diferença entre taxas equivalentes e taxas proporcionais se prende exclusivamente ao regime
de juros considerado. As taxas proporcionais se baseiam em juros simples, e as taxas equivalentes se
baseiam em juros compostos.

Taxas Proporcionais

São taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a um mesmo
principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo,
no regime de juros simples.

12% ao ano é proporcional a 6% ao semestre;

1% ao mês é proporcional a 12% ao ano.

Taxa Real

A taxa real de juros nada mais é do que a apuração de ganho ou perda em relação a uma taxa de in-
flação ou de um custo de oportunidade. Na verdade, significa dizer que taxa real de juros é o verdadeiro
ganho financeiro.

Se considerarmos que uma determinada aplicação financeira rendeu 10% em um determinado período
de tempo, e que no mesmo período ocorreu uma inflação de 8%, é correto afirmar que o ganho real
desta aplicação não foram os 10%, tendo em vista que o rendimento correspondente sofreu uma des-
valorização de 8% no mesmo período de tempo; desta forma temos de encontrar qual o verdadeiro
ganho em relação à inflação, ou seja, temos de encontrar a taxa real de juros.

Taxa Aparente

A taxa aparente é a taxa que se obtém numa operação financeira sem se considerar os efeitos da
inflação.

Se a inflação for zero, a taxa aparente e a taxa real são iguais.

Rendas Uniformes e Variáveis

Rendas em Matemática Financeira

Renda, também conhecida como anuidade, é todo valor utilizado sucessivamente para compor um ca-
pital ou pagar uma dívida. As rendas são um dos principais conceitos que baseiam os financiamentos
ou empréstimos. Nessas rendas são realizadas uma série de pagamentos (parcelas ou termos) para
arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar imóveis, etc.

No caso da poupança, para acumularmos determinado valor, realizamos vários pagamentos que geram
um montante ao final, chamado de montante equivalente da renda.

Já no pagamento de uma dívida, os débitos são feitos posteriormente, ou seja, as prestações são pagas
ao credor com períodos e parcelas determinadas. Um exemplo, é o pagamento de um aluguel. Esse
pagamento de dívidas é chamado de amortização.

Existem diversos tipos de sistemas de amortização, são eles: Sistema de Amortização Francês, Sis-
tema de Amortização Constante (SAC), Sistema de Amortização Alemão, etc., sendo que cada um têm
sua particularidade.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dentro da renda, são trabalhados os seguintes conceitos:

Número de prestações ou termos de renda: quantidade de pagamentos ou recebimentos feitos;

Valores dos termos de renda: valor de cada termo da renda;

Período de Vencimento: data de vencimento ou pagamento dos termos da renda.

As rendas de acordo com as formas de pagamento podem ser divididas em:

Rendas Certas

As rendas certas, também chamadas de séries periódicas uniformes, são aquelas em que todos os
elementos já estão pré-determinados e podem ser classificados de acordo com o tempo, a variação
dos elementos, o valor, o período do vencimento, etc, que por sua vez podem ser divididas em:

Rendas Postecipadas: Rendas em que o pagamento é feito apenas ao final de cada período.

Ex.: faturas de cartão de crédito, empréstimos e financiamentos, etc.

Rendas Antecipadas: Rendas em que há a exigência do pagamento ser feito no início de cada período.

Ex.: financiamentos pagos à vista.

Rendas Diferidas: O período de pagamento está num prazo entre o início da compra do período de
pagamento da primeira parcela.

Ex.: Essas séries são utilizadas em promoções de “Compre hoje e comece a pagar em tal dia.”

Rendas Aleatórias

As rendas aleatórias são utilizadas quando alguns de seus elementos não podem ser previamente
determinados.

Ex.: o seguro de vida, com relação ao valor do seguro (de acordo com a causa da morte) e a data do
recebimento (data da morte) que não podem ser determinados durante o fechamento do contrato.

Classificação Das Rendas

Como foi dito, as rendas são uma sucessão de pagamentos ou depósitos em determinado período e
tempo. Mas, ainda de acordo com cada tipo de elemento que estiver determinado no contrato, elas
podem ser classificadas de formas diferentes. Veja:

Rendas Temporárias: quando os pagamentos possuem um prazo para acabar.

Rendas Perpétuas: quando os pagamentos são infinitos.

Rendas Fixas ou Uniformes: quando os pagamentos são iguais.

Rendas Variáveis: quando os pagamentos mudam.

Rendas Constantes: quando os termos são constantes. Ex.: Prestações.

Rendas Variáveis: quando as rendas são variáveis. Ex.: Depósitos crescentes na poupança.

Rendas Imediatas: quando o primeiro pagamento é feito no primeiro período (mês) da série.

Planos de Amortização de Empréstimos e Financiamentos

Sistema de Amortização Constante (SAC)

No Sistema de Amortização Constante (SAC), as parcelas de amortização do principal são sempre


iguais (ou constantes). O valor da amortização (A) é calculado através da divisão do capital emprestado
(PV) pelo número de amortizações (n). Os juros são calculados, a cada período, multiplicando-se a

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente sobre o período anterior, assumindo valores de-
crescentes nos períodos. A prestação, a cada período, é igual à soma da amortização e dos encargos
financeiros (juros, comissões, etc.), sendo periódica, sucessiva e decrescente em progressão aritmé-
tica, de razão igual ao produto da taxa de juros pela parcela de amortização.

Sistema Francês de Amortização ou Sistema Price

O Sistema Francês foi desenvolvido pelo matemático e físico belga Simon Stevin no Século XVI. Foi
utilizado pelo economista e matemático inglês Richard Price, no Século XVIII, no cálculo previdenciário
inglês da época, e ficou conhecido no Brasil como Sistema Price.

O Sistema Francês ou Sistema Price é o mais utilizado pelas instituições financeiras e pelo comércio
em geral. Nesse sistema, o mutuário obriga-se a devolver o principal mais os juros em prestações iguais
e periódicas, a partir do instante em que começam a ser pagas. A amortização é crescente em pro-
gressão geométrica de razão igual a (1+i), e o juro é decrescente.

Taxa Interna de Retorno

A Taxa Interna de Retorno, mais comumente conhecida pela sigla TIR, ou em inglês IRR (Internal Rate
of Return) é uma métrica utilizada para analisar o percentual de retorno de um projeto.

Para entender a TIR é necessário ter claro o conceito de “valor do dinheiro no tempo”. Esse conceito
surge da relação entre juros e tempo, uma vez que uma quantia aplicada, por um determinado período,
pode ser remunerada a uma taxa de juros pré-acordada. Com isso: R$ 100,00 investidos a uma taxa
de 10,0% ao ano (a.a.) durante um ano renderia um montante de R$ 110,00 ao final do ano ou R$
100,00 investidos a uma taxa de 21,3% a.a. durante 6 meses renderia um montante de R$ 110,00 ao
final dos 6 meses.

Nesse exemplo podemos afirmar o seguinte:

A TIR de um investimento de um ano que aumenta o capital de R$100 para R$110 é 10,0% a.a.

A TIR de um investimento de 6 meses que aumenta o capital de R$100 para R$110 é 21,3% a.a.

Cálculo Da Tir Dos Investimentos Nexoos.

Para se ter o percentual exato da TIR é preciso que a carteira de investimentos analisada possua todos
os seus prazos e fluxos de valores definidos. No caso da Nexoos não podemos estimar desta forma,
pois há o risco de atraso ou até mesmo não pagamento por parte das empresas, portanto, para aferir
diariamente a rentabilidade esperada fazemos um pressuposto dos fluxos futuros dos empréstimos,
considerando essas variáveis.

Baseado na evolução da carteira Nexoos e comportamento do mercado, implantamos a seguinte escala


de provisionamento para estimar os fluxos futuros:

até 29 dias de atraso no empréstimo: não provisionamos saldo devedor e incluímos juros corridos por
atraso, pois é baixa a probabilidade de inadimplência.

de 30 a 59 dias de atraso no empréstimo: 50% de provisionamento do saldo devedor incluindo juros


corridos por atraso. A probabilidade de inadimplência passa a ser considerável, estimamos que metade
do saldo devedor será recuperado.

de 60 a 119 dias de atraso no empréstimo: 75% de provisionamento do saldo devedor incluindo juros
corridos por atraso. A probabilidade de inadimplência é alta, estimamos que somente 25% do saldo
devedor será recuperado.

acima de 120 dias de atraso no empréstimo: 100% de provisionamento do saldo devedor incluindo juros
corridos por atraso, estimamos que o saldo devedor será perdido.

Adicionalmente, caso o tomador tenha realizado um pagamento nos últimos 40 dias, mesmo possuindo
um boleto de data anterior atrasado, consideramos este um caso de recuperação e a data de paga-
mento do boleto dos últimos 40 dias é usada para calcular o novo atraso na régua de provisionamento.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

Essa escala de provisionamento é uma estimativa da Nexoos e não garantimos a recuperação dos
empréstimos em atraso, contudo afirmamos que essa escala é conservadora.

A TIR é a taxa de desconto que aplicada ao fluxo de caixa das parcelas do empréstimo (representado
abaixo), trazidas ao valor presente iguala o investimento inicial.

Para calcular a TIR utilizamos seguinte fórmula:

Onde:

Investimento: valor do investimento inicial (valor bruto do empréstimo)


Parcela: parcelas vencidas e pagas incluindo encargos moratórios (multa e mora)
Saldo: Saldo de principal do empréstimo
Juros corridos: juros corridos da última parcela paga até hoje
Prov.: Provisionamento
N: números de dias desde o início do empréstimo
n: números de dias entre o início do empréstimo e a data de pagamento da parcela

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Juros Simples e Composto

Ao longo dos tempos constatou-se que o problema econômico dos governos; das instituições; das
organizações e dos indivíduos, decorria da escassez de produtos e/ou serviços, pelo fato de que as
necessidades das pessoas eram satisfeitas por bens e serviços cuja oferta era limitada. Ao longo do
processo de desenvolvimento das sociedades, o problema de satisfazer as necessidades foi solucio-
nado através da especialização e do processo de troca de um bem pelo outro, conhecido como es-
cambo.

Mais tarde surgiu um bem intermediário, para este processo de trocas que foi a moeda. Assim, o valor
monetário ou preço propriamente dito, passou a ser o denominador comum de medida para o valori-
zar os bens e os serviços e a moeda um meio de acúmulo deste valor constituindo assim a riqueza ou
capital.

Constatou-se assim, que os bens e os serviços poderiam ser consumidos ou guardados para o con-
sumo futuro. Caso o bem fosse consumido ele desapareceria e, caso houvesse o acúmulo, surgiria
decorrente deste processo o estoque que poderia servir para gerar novos bens e/ou riqueza através
do processo produtivo.

E começou a perceber que os estoques eram feitos não somente de produtos, mas de valores mone-
tários também, que se bem administrado poderiam aumentar gradativamente conforme a utilidade
temporal. Surge-se daí a preocupação e a importância do acúmulo das riquezas em valores monetá-
rios como forma de investimento futuro e aumento do mesmo conforme o surgimento das necessida-
des.

Com o passar dos tempos essa técnica foi sendo melhorada e aperfeiçoada conforme as necessida-
des de produção e tão quanto à necessidade mercantis que aflorava cada vez mais tornando os pro-
dutores mais competitivos quanto ao aumento de oferta de suas produções.

Atualmente a técnica utilizada para compreensão de como o capital se comporta em uma aplicação
ao longo do tempo é realizado pela Matemática Financeira. De uma forma simplificada, podemos
dizer que a Matemática Financeira é o ramo da Matemática Aplicada e/ou Elementar, que estuda o
comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira busca quantificar as transações que
ocorrem no universo financeiro levando em conta, a variável tempo, quer dizer, o valor monetário no
tempo (time value money).

As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira são: o capital, a taxa de


juros e o tempo.

Capital

Capital é todo o acúmulo de valores monetários em um determinado período de tempo constituindo


assim a riqueza como expresso anteriormente. Normalmente o valor do capital é conhecido como
principal (P). A taxa de juro (i), é a relação entre os Juros e o Principal, expressa em relação a uma
unidade de tempo. (n)

Juros

Deve ser entendido como Juros, a remuneração de um capital (P), aplicado a uma certa taxa (i), du-
rante um determinado período (n), ou seja, é o dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado. Por-
tanto, Juros (J) = preço do crédito.

A existência de Juros decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se:

a)inflação: a diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo;


b) risco: os juros produzidos de uma certa forma compensam os possíveis riscos do investimento.
c)aspectos intrínsecos da natureza humana: quando ocorre de aquisição ou oferta de empréstimos a
terceiros.

Costuma-se especificar taxas de juros anuais, trimestrais, semestrais, mensais, entre outros, motivo
pelo qual deve-se especificar sempre o período de tempo considerado.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial, dizemos que te-
mos um sistema de capitalização simples (Juros simples).

Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período (montante), dizemos
que temos um sistema de capitalização composta (Juros compostos).

Na prática, o mercado financeiro utiliza apenas os juros compostos, de crescimento mais rápido (ve-
remos adiante, que enquanto os juros simples crescem segundo uma função do 1º grau – crescimen-
to linear, os juros compostos crescem muito mais rapidamente – segundo uma função exponencial).

Juros Simples

O regime de juros simples é aquele no qual os juros incidem sempre sobre o capital inicial. Este sis-
tema não é utilizado na prática nas operações comerciais, mas, a análise desse tema, como introdu-
ção à Matemática Financeira, é de uma certa forma, importante.

Considere o capital inicial P aplicado a juros simples de taxa i por período, durante n

períodos.

Lembrando que os juros simples incidem sempre sobre o capital inicial, podemos escrever a seguinte
fórmula, facilmente demonstrável:

J = juros produzidos depois de n períodos, do capital P aplicado a uma taxa de juros por período igual
a i.

No final de n períodos, é claro que o capital será igual ao capital inicial adicionado aos juros produzi-
dos no período. O capital inicial adicionado aos juros do período é denominado MONTANTE (M).
Logo, teríamos:

Exemplo:

A quantia de R$ 3.000,00 é aplicada a juros simples de 5% ao mês, durante cinco anos. Calcule o
montante ao final dos cinco anos.

Solução:

Temos: P = 3000,

i = 5% = 5/100 = 0,05 e

n = 5 anos = 5 x 12 = 60 meses.

Portanto, M = 3.000,00 x (1 + 0,05 x 60) = 3.000,00 x (1+3) = R$ 12.000,00.

A fórmula J = Pin, onde P e i são conhecidos, nos leva a concluir pela linearidade da função juros
simples, senão vejamos:

Façamos P.i = k.

Teremos, J = k.n, onde k é uma constante positiva. (Observe que P . i > 0)

Ora, J = k.n é uma função linear, cujo gráfico é uma semi-reta passando pela origem. (Porque usei o
termo semi-reta ao invés de reta?). Portanto, J/n = k, o que significa que os juros simples J e o núme-
ro de períodos n são grandezas diretamente proporcionais.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Daí infere-se que o crescimento dos juros simples obedece a uma função linear, cujo crescimento
depende do produto P.i = k, que é o coeficiente angular da semi-reta J = kn.

M = P + J = P + P.i.n = P(1 + i.n)

0 mese
s
1º 2º 3º 4º
mês mês mês mês

É comum nas operações de curto prazo onde predominam as aplicações com taxas referenciadas em
juros simples, ter-se o prazo definido em número de dias. Nestes casos o número de dias pode ser
calculado de duas maneiras:

• Pelo tempo exato , pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro exato, que é aquele que é
obtido quando o período (n) está expresso em dias e quando o período é adotada a conversão de
ano civil (365 dias)
• Pelo ano comercial, pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro comercial que é aquele
calculado quando se adota como base o ano comercial (360 dias)

Exercício Proposto 01:

Calcule o montante ao final de dez anos de um capital R$ 10.000,00 aplicado à taxa de juros simples
de 18% ao semestre (18% a.s).

Resposta: R$ (?)

Vimos anteriormente, que se o capital (P) for aplicado por (n) períodos, a uma taxa de juros simples
(i), ao final dos n períodos, teremos que os juros produzidos serão iguais a J = Pin e que o montante
(capital inicial adicionado aos juros do período) será igual a M = P(1 + in).

O segredo para o bom uso destas fórmulas é lembrar sempre que a taxa de juros i e o período n têm
de ser referidos à mesma unidade de tempo.

Assim, por exemplo, se num problema, a taxa de juros for i =12% ao ano = 12/100 = 0,12 e o período
n = 36 meses, antes de usar as fórmulas deveremos colocá-las referidas à mesma unidade de tempo,
ou seja:

a) 12% ao ano, aplicado durante 36/12 = 3 anos , ou


b) 1% ao mês = 12%/12, aplicado durante 36 meses, etc.
Exemplos:

01 – Quais os juros produzidos pelo capital R$ 12.000,00 aplicados a uma taxa de juros simples de
10% ao bimestre durante 5 anos?

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Solução 01:

Temos que expressar i e nem relação à mesma unidade de tempo.

Vamos inicialmente trabalhar com BIMESTRE (dois meses):

i = 10% a.b. = 10/100 = 0,10

n = 5 anos = 5 x 6 = 30 bimestres (pois um ano possui 6 bimestres) Então: J = R$ 12.000,00 x 0,10 x


30 = R$ 36.000,00
Solução 02:

Para confirmar, vamos refazer as contas, expressando o tempo em meses.

Teríamos:

i = 10% a x b = 10/2 = 5% ao mês = 5/100 = 0,05 n = 5 anos = 5 x 12 = 60 meses

Então: J = R$ 12.000,00 x 0,05 x 60 = R$ 36.000,00

02 – Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa mensal de 5%. Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?

Solução 01:

Temos: M = P(1 + in). Logo, o capital estará duplicado quando M = 2P. Logo, vem:

2P = P(1 + 0,05n); (observe que i = 5% a.m. = 5/100 = 0,05). Simplificando, fica:

2 = 1 + 0,05n 1 = 0,05n, de onde conclui-se n = 20 meses ou 1 ano e oito meses.

Exercício Proposto 02:

Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa anual de 10%. Depois de quanto
tempo este capital estará triplicado?

Resposta: (?) anos.

Juros Compostos

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas modali-
dades, a saber:

a) Juros simples – ao longo do tempo, somente o principal rende juros;

b) Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua
vez, a render juros. Também conhecido como "juros sobre juros".

O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são acrescidos ao
capital formando um montante, capital mais juros, do período.

Este montante, por sua vez, passará a render juros no período seguinte formando um novo montante
e assim sucessivamente. Pode-se dizer então, que cada montante formado é constituído do capital
inicial, juros acumulados e dos juros sobre juros formados em períodos anteriores.

Este processo de formação de juros compostos é diferente daquele descrito para os juros simples,
onde somente o capital rende juros, não ocorrendo remuneração sobre os juros formados em perío-
dos anteriores.

Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compos-
tos, com um exemplo:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Suponha que R$ 1.000,00 são empregados a uma taxa de 20% a.a.,por um período de 4 anos a juros
simples e compostos Teremos:

P= R$ 1.000,00 i= 20% a.a n= 4 anos

n Juros Simples Juros Compostos

Juros por periodo Montante Juros por periodo Montante

1 1.000,00 x 0,2 = 200 1.200,00 1.000,00 x 0,2 = 200 1.200,00

2 1.000,00 x 0,2 = 200 1.400,00 1.200,00 x 0,2 = 240 1.440,00

3 1.000,00 x 0,2 = 200 1.600,00 1.440,00 x 0,2 = 288 1.728,00

4 1.000,00 x 0,2 = 200 1.800,00 1.728,00 x 0,2 = 346 2.074,00

O gráfico a seguir permite uma comparação visual entre os montantes no regime de juros simples e
de juros compostos. Verificamos que a formação do montante em juros simples é linear e em juros
compostos é exponencial:

Fonte: Elaborado pelo autor

Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que o crescimen-
to segundo juros compostos é EXPONENCIAL, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

Exemplo 2:

Um empresário faz uma aplicação de R$ 1.000,00 a taxa composta de 10% ao mês por um prazo de
dois meses.

1º Mês:

O capital de R$ 1.000,00 produz um juros de R$ 100,00 (10% de R$ 1.000,00), pela fórmula dos juros
simples já estudada anteriormente, ficaria assim:

M = C x (1 + i) M = 1.000,00 x (1 + 0,10) M = 1.100,00

2º Mês:

O montante do mês anterior (R$ 1.100,00) é o capital deste 2º mês servindo de base para o cálculo
dos juros deste período. Assim:

M = 1.100,00 x (1 + 0,10) M = 1.210,00

Tomando-se como base a fórmula dos juros simples o montante do 2º mês pode ser assim decom-

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

posto:

M = C x (1 + i ) x (1 + i ) M = 1.000,00 x (1 + 0,10 ) x (1 + 0,10 )

M = 1.000,00 x (1 + 0,10)2 M = 1.210,00

Exemplo 3:

A loja São João financia a venda de uma mercadoria no valor de R$ 16.00,00, sem entrada, pelo
prazo de 8 meses a uma taxa de 1,422. Qual o valor do montante pago pelo cliente.

M = C x (1 + i) n M = 16.000,00 x (1 + 1,422)8 M = 22.753,61

Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as


quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros com-
postos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Fórmula para o cálculo de Juros compostos

Considere o capital inicial (P) R$ 1.000,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10%
(i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal + juros), mês a mês:

• Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1+0,1)


• Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1+0,1)2
• Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1 + 0,1)3
Dando continuidade ao raciocínio dos juros compostos, a evolução dos juros que incide a um capital
para cada um dos meses subseqüentes Após o nº (enésimo) mês o montante acumulado ao final do
período atingiria :

S = 1000 (1 + 0,1) n

De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado a uma taxa de juros compostos i du-
rante o período n :

Ou

Onde:

S / M = montante;

P / C = principal ou capital inicial ; i = taxa de juros e

n = número de períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado.

NOTA: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem
de ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês
durante 3 x 12=36 meses.

Taxa Nominal e Taxa Real

Taxa nominal

A taxa nominal de juros relativa a uma operação financeira, pode ser calculada pela expressão:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do empréstimo

Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00, deve ser quitado ao final de um ano, pelo
valor monetário de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:

Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00 Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 =


0,50 = 50%
Taxa Real

A taxa real expurga o efeito da inflação.

Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros é que, elas podem ser inclusive, negativas!

Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um
determinado capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a uma certa taxa nominal in .

O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).Consideremos agora que durante o
mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital corrigido por esta
taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).

A taxa real de juros, indicada por r, será aquela que aplicada ao montante S2, produzirá o montante
S1. Poderemos então escrever:

S1 = S2 (1 + r)

Substituindo S1 e S2 , vem: P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)

Daí então, vem que:

(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:

in = taxa de juros nominal

j = taxa de inflação no período r = taxa real de juros

Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e
real são coincidentes.

Veja o exemplo a seguir:

Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em
um ano com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se
calcular as taxas nominal e real deste empréstimo.

Teremos que a taxa nominal será igual a:

in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 =


25%

Portanto in = 25%

Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:

(1 + in) = (1+r). (1 + j)

(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)

1,25 = (1 + r).1,10

1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364

Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros: (1 + 0,25) = (1

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+ r).(1 + 0,30)

1,25 = (1 + r).1,30

1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615

Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa!

Valor Presente e Valor Futur

Deve ser acrescentado ao estudo dos juros compostos que o capital é também chamado de valor
presente (PV) e que este não se refere necessariamente ao momento zero. Em verdade, o valor pre-
sente pode ser apurado em qualquer data anterior ao montante também chamado de valor futuro
(FV).

As fórmulas do valor presente (PV) e do valor futuro (FV) são iguais já vistas anteriormente, basta
trocarmos seus correspondentes nas referidas fórmulas, assim temos:

ou

Onde (1 + i) n é chamado de fator de capitalização do capital, FCC (i,n) a juros compostos, e 1 / (1 +


i) n é chamado de fator de atualização do capital, FAC (i,n) a juros compostos.

A movimentação de um capital ao longo de uma escala de tempo em juros compostos se processa


mediante a aplicação destes fatores, conforme pode ser visualizado na ilustração abaixo:

Observe que FV no período n é equivalente a PV no período zero, se levarmos em conta a taxa de


juros i. Esta interpretação é muito importante, como veremos no decorrer do curso. É conveniente
registrar que existe a seguinte convenção: seta para cima, sinal positivo (dinheiro recebido) e seta
para baixo, sinal negativo (dinheiro pago).

Esta convenção é muito importante, inclusive quando se usa a calculadora HP 12C. Normalmente, ao
entrar com o valor presente VP numa calculadora financeira, o fazemos seguindo esta convenção,
mudando o sinal da quantia considerada como PV para negativo, usando a tecla CHS, que significa
uma abreviação de "change signal", ou seja, "mudar o sinal".

É conveniente ressaltar que se entrarmos com o PV positivo, a calculadora expressará o FV como um


valor negativo e vice versa, já que as calculadoras financeiras, e aí se inclui a HP 12C, foram projeta-
das,

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

considerando esta convenção de sinais. Usaremos sempre a convenção de sinal negativo para VP e
em conseqüência, sinal positivo para FV. Veremos com detalhes este aspecto, no desenvolvimento
do curso.

Exemplos Práticos:

Qual o valor de resgate de uma aplicação de R$ 12.000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à
taxa de juros composta de 3,5% a .m.?

Solução:

PV = R$ 12.000,00

n = 8 meses

i = 3,5 % a . m. FV = ?

FV= PV (1 + i) n FV= 12.000,00 (1+0,035)8

FV= 12.000,00 X 1,316 FV= R$ 15.801,71

Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje numa
poupança que rende 1.7% de juros compostos ao mês?

Solução:

FV = R$ 27.500,00

n = 1 ano (12 meses) i = 1.7% a . m.

PV = ?

PV = FV.

PV = 27.500,00.

PV = 27.500,00 (1 + i) n(1 + 0,017) 12 1,224

PV = 22.463,70

Exercícios Propostos 03:

Aplicando-se R$ 1.000,00 por um prazo de dois anos a uma taxa de 5% ao semestre, qual será o
montante no fim do período?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 04:

Um capital de R$ 2.000.000,00 é aplicado durante um ano e três meses à taxa de 2% a.m. Quais os
juros gerados no período?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 05:

Determinado capital aplicado a juros compostos durante 12 meses, rende uma quantia de juros igual
ao valor aplicado. Qual a taxa mensal dessa aplicação?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 06:

Calcule o montante de R$1.000,00 aplicados a 10% a.a. durante 50 dias.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Resposta: R$ (?)

Equivalência Financeira

Diz-se que dois capitais são equivalentes a uma determinada taxa de juros, se os seus valores em
um determinado período n, calculados com essa mesma taxa, forem iguais.

Exemplo 01:

1º Conjunto 2º Conjunto

Capital (R$) Vencimento Capital (R$) Vencimento

1.100,00 1 º a.a 2.200,00 1 º a.a

2.420,00 2 º a.a 1.210,00 2 º a.a

1.996,50 3 º a.a 665,5 3 º a.a

732,05 4 º a.a 2.196,15 4 º a.a

Verificar se os conjuntos de valores nominais, referidos à data zero, são equivalentes à taxa de juros
de 10% a.a.

Para o 1.º conjunto:

P0 = 1.100 x FAC (10%; 1) + 2.420 x FAC (10%; 2) +

+ 1.996,50 x FAC (10%; 3) + 732,05 x FAC (10%; 4)

P0 = 1.000 + 2.000 + 1.500 + 500

P0 = 5.000,00

Para o 2.º conjunto:

P0 = 2.200 x FAC (10%; 1) + 1.210 x FAC (10%; 2) +

+ 665,50 x FAC (10%; 3) + 2.196,15 x FAC (10%; 4)

P0 = 2.000 + 1.000 + 500 + 1.500

P0 = 5.000,00

Logo os dois conjuntos de capitais são equivalentes, pois P0 de um é igual ao P0 de

outro.

Exemplo 02 :

Seja um capital de R$ 10.000,00, que pode ser aplicado alternativamente à taxa de 2%

a.m ou de 24% a.a. Supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são equivalen-
tes:

Solução:

Aplicando o principal à taxa de 2% a.m. e pelo prazo de 2 anos teremos:

J1 = R$ 10.000,00 x 0,02 x 24 = R$ 4.800,00

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Agora se aplicarmos o principal à taxa de 24% a.a. e pelo prazo de 2 anos teremos:

J2 = R$ 10.000,00 x 24 x 2 = R$ 4.800,00

OBS: Na utilização das fórmulas o prazo de aplicação (n) e a taxa (i) devem estar expressos na
mesma unidade de tempo. Caso não estejam, é necessário ajustar o prazo ou a taxa.

Descontos Simples

Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras: o desconto comercial e o
desconto racional. Considerando-se que no regime de capitalização simples, na prática, usa-se sem-
pre o desconto comercial, este será o tipo de desconto a ser abordado a seguir.

• Desconto Racional: Nesta modalidade de desconto a “recompensa pela liquidação do título antes de
seu vencimento é calculada sobre o valor a ser liberado (Valor Atual).Incorpora os conceitos e rela-
ções básicas de juros simples. Veja”:

J = P . i . n => D = VD . d . n

• Desconto Comercial: Nesta modalidade de desconto a “recompensa pela liquidação do título antes
de seu vencimento é calculada sobre o Valor Nominal do título. Incorpora os conceitos de juros ban-
cários que veremos detalhadamente a seguir”:

J = P . i . n => D = VN . d . n

Vamos considerar a seguinte simbologia:

N = valor nominal de um título. V = valor líquido, após o desconto.

Dc = desconto comercial. d = taxa de descontos simples. n = número de períodos.

Teremos:

V = N - Dc

No desconto comercial, a taxa de desconto incide sobre o valor nominal N do título.

Logo:

Dc = Ndn Substituindo, vem: V = N(1 - dn)

Exemplo:

Considere um título cujo valor nominal seja R$10.000,00. Calcule o desconto comercial a ser conce-
dido para um resgate do título 3 meses antes da data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5%
a.m.

Solução:

V = 10000 . (1 - 0,05 . 3) = 8500

Dc = 10000 - 8500 = 1500

Resp: valor descontado = R$ 8.500,00; desconto = R$1.500,00

Desconto Bancário

Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma a contemplar as despesas
administrativas (um percentual cobrado sobre o valor nominal do título) e o IOF - imposto sobre ope-
rações financeiras. É óbvio que o desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes
do vencimento, através desta técnica, faz com que o valor descontado seja maior, resultando num
resgate de menor valor para o proprietário do título.

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Exemplo:

Um título de R$ 100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do vencimento, à taxa de


desconto comercial de 5% a.m. O banco cobra uma taxa de 2% sobre o valor nominal do título como
despesas administrativas e 1,5% a.a. de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário
do título e a taxa de juros efetiva da operação

Solução:

Desconto comercial: Dc = 100000 . 0,05 . 6 = 30000

Despesas administrativas: da = 100000 . 0,02 = 2000

IOF = 100000 . (0,015/360) . 180 = 750

Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750

Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250 Logo, V = R$ 67.250,00

A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 = 8,12% a. m.

Observe que a taxa de juros efetiva da operação, é muito superior à taxa de desconto, o que é am-
plamente favorável ao banco.

Duplicatas

Recorrendo a um dicionário encontramos a seguinte definição de duplicata: Título de crédito formal,


nominativo, emitido por negociante com a mesma data, valor global e vencimento da fatura, e repre-
sentativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de mercadoria a prazo), destinado a aceite
e pagamento por parte do comprador, circulável por meio de endosso, e sujeito à disciplina do direito
cambiário.

Observação:

a) A duplicata deve ser emitida em impressos padronizados aprovados por Resolução do Banco
Central.

b) Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.


Considere que uma empresa disponha de faturas a receber e que, para gerar capital de giro, ela diri-
ja-se a um banco para trocá-las por dinheiro vivo, antecipando as receitas. Entende-se como duplica-
tas, essas faturas a receber negociadas a uma determinada taxa de descontos com as instituições
bancárias.

Exemplo:

Uma empresa oferece uma duplicata de R$ 50000,00 com vencimento para 90 dias, a um determina-
do banco. Supondo que a taxa de desconto acertada seja de 4% a. m. e que o banco, além do IOF de
1,5% a.a. , cobra 2% relativo às despesas administrativas, determine o valor líquido a ser resgatado
pela empresa e o valor da taxa efetiva da operação.

Solução:

Desconto comercial = Dc = 50000 . 0,04 . 3 = 6000

Despesas administrativas = Da = 0,02 . 50000 = 1000 IOF = 50000(0,015/360).[90] = 187,50

Teremos então:

Valor líquido = V = 50000 - (6000 + 1000 + 187,50) = 42812,50

Taxa efetiva de juros = i = [(50000/42812,50) - 1].100 = 16,79 % a.t. = 5,60% a.m. Resp: V = R$
42812,50 e i = 5,60 % a.m.

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Exercícios Propostos 07:

Um título de R$ 5.000,00 vai ser descontado 60 dias antes do vencimento. Sabendo-se que a taxa de
juros é de 3% a.m., pede-se calcular o desconto comercial e o valor descontado.

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 08:

Um banco realiza operações de desconto de duplicatas a uma taxa de desconto comercial de 12% a .
a., mais IOF de 1,5% a . a. e 2% de taxa relativa a despesas administrativas. Além disto, a título de
reciprocidade, o banco exige um saldo médio de 10% do valor da operação. Nestas condições, para
uma duplicata de valor nominal R$ 50000,00 que vai ser descontada 3 meses antes do vencimento,
pede-se calcular a taxa efetiva de juros da operação. Resposta: R$ (?)

Fluxo de Caixa

Conjunto de entradas e saídas de dinheiro (caixa) ao longo do tempo. Um diagrama de fluxo de caixa,
é simplesmente a representação gráfica numa reta, dos períodos e dos valores monetários envolvi-
dos em cada período, considerando-se uma certa taxa de juros i.

Traça-se uma reta horizontal que é denominada eixo dos tempos, na qual são representados os valo-
res monetários, considerando-se a seguinte convenção:

• dinheiro recebido seta para cima


• dinheiro pago seta para baixo.
Exemplo:

Veja o diagrama de fluxo de caixa a seguir:

O diagrama da figura acima, por exemplo, representa um projeto que envolve investimento inicial de
800, pagamento de 200 no terceiro ano, e que produz receitas de 500 no primeiro ano, 200 no se-
gundo, 700 no quarto e 200 no quinto ano.

Convenção: dinheiro recebido flecha para cima valor positivo

dinheiro pago flecha para baixo valor negativo

Vamos agora considerar o seguinte fluxo de caixa, onde C0, C1, C2, C3, ..., Cn são capitais referidos
às datas, 0, 1, 2, 3, ..., n para o qual desejamos determinar o valor presente (PV).

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O problema consiste em trazer todos os capitais futuros para uma mesma data de referencia. Neste
caso, vamos trazer todos os capitais para a data zero. Pela fórmula de Valor Presente vista acima,
concluímos que o valor presente resultante - NPV - do fluxo de caixa, também conhecido como Valor
Presente Líquido (VPL), dado será:

Esta fórmula pode ser utilizada como critério de escolha de alternativas, como veremos nos exercí-
cios a seguir.

Exercícios:

1 - Numa loja de veículos usados são apresentados ao cliente dois planos para pagamento de um
carro:

Plano A: dois pagamentos, um de $ 1.500,00 no final do sexto mês e outro de $ 2.000,00 no final do
décimo segundo mês.

Plano B: três pagamentos iguais de $ 1.106,00 de dois em dois meses, com início no final do segun-
do mês.

Sabendo-se que a taxa de juros do mercado é de 4% a.m., qual o melhor plano de pagamento?

Solução:

Inicialmente, devemos desenhar os fluxos de caixa correspondentes:

Plano A:

Plano B:

Teremos para o plano A:

Para o plano B, teremos:

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Como o plano A nos levou a um menor valor atual (ou valor presente), concluímos que este plano A é
mais atraente do ponto de vista do consumidor.

Exercício:

1 - Um certo equipamento é vendido à vista por $ 50.000,00 ou a prazo, com entrada de $ 17.000,00
mais três prestações mensais iguais a $ 12.000,00 cada uma, vencendo a primeira

um mês após a entrada. Qual a melhor alternativa para o comprador, se a taxa mínima de atrativida-
de é de 5% a.m.?

Solução:

Vamos desenhar os fluxos de caixa:

À vista:

A prazo:

Vamos calcular o valor atual para esta alternativa:

Como o valor atual da alternativa a prazo é menor, a compra a prazo neste caso é a melhor alternati-
va, do ponto de vista do consumidor.

Exercício:

1 - Um equipamento pode ser adquirido pelo preço de $ 50.000,00 à vista ou, a prazo conforme o
seguinte plano:

Entrada de 30% do valor à vista, mais duas parcelas, sendo a segunda 50% superior à primeira, ven-
cíveis em quatro e oito meses, respectivamente. Sendo 3% a.m. a taxa de juros do mercado, calcule
o valor da última parcela.

Solução

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Teremos:

Resolvendo a equação acima, obtemos x = 19013,00

Portanto, o valor da prestação é $19013,00.

Exercício Proposto 09:

Uma loja vende determinado tipo de televisor nas seguintes condições: R$ 400,00 de entrada, mais
duas parcelas mensais de R$ 400,00, no final de 30 e 60 dias respectivamente. Qual o valor à vista
do televisor se a taxa de juros mensal é de 3% ?

Resposta: R$ (?)

Noção Elementar de Inflação e Saldo Médio Bancário

Outro conceito importante no estudo da Matemática Financeira é o de inflação.

Entenderemos como INFLAÇÃO num determinado período de tempo, como sendo o aumento médio
de preços, ocorrido no período considerado, usualmente medido por um índice expresso como uma
taxa percentual relativa a este mesmo período.

Para ilustrar uma forma simples o conceito elementar de inflação apresentamos acima, vamos consi-
derar a tabela abaixo, onde está indicado o consumo médio mensal de uma determinada família em
dois meses distintos e os custos decorrentes associados:

Indicadores Mês 01 Mês 02

Produto Quantidade Preço ($) Subtotal Preço ($) Subtotal

Arroz 5 kg 1,20 6,00 1,30 6,50

Carne 15 kg 4,50 67,50 4,80 72,00

Feijão 4 kg 1,69 6,76 1,80 7,20

Óleo 2 latas 2,40 4,80 2,45 4,90

Leite 20 litros 1,00 20,00 1,10 22,00

Café 1 kg 7,60 7,60 8,00 8,00

Açúcar 10 kg 0,50 5,00 0,65 6,50

Passagens 120 0,65 78,00 0,75 90,00

TOTAL ********** 195,66 ********** 217,10

A variação percentual do preço total desta cesta de produtos, no período considerado é igual a:

V = [(217,10 / 195,66) - 1] x 100 = 0,1096 = 10,96 %

Diremos então que a inflação no período foi igual a 10,96 %.

Notas:

a) Para o cálculo de índices reais de inflação, o número de itens considerado é bastante superior e

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são obtidos através de levantamento de dados em determinadas amostras da população, para se


determinar através de métodos estatísticos, a "cesta de mercado", que subsidiará os cálculos;
b) A metodologia sugerida no exemplo acima é conhecida como método de Laspeyres ;
c) Podemos entender agora os motivos que determinam as diferenças entre os índices de inflação
calculados entre instituições distintas tais como FIPE, FGV, DIEESE, entre outras.

Juros e Saldo Médio em Contas Correntes

Vamos considerar o caso de uma conta corrente, da qual o cliente saca e deposita recursos ao longo
do tempo. Vamos ver nesta seção, a metodologia de cálculo do saldo médio e dos juros mensais
decorrentes da movimentação dessa conta.

As contas correntes associadas aos "cheques especiais" são exemplos corriqueiros da aplicação
prática da metodologia a ser apresentada.

Juros em contas correntes (cheques especiais)

Considere os capitais C1, C2, C3, ... , Ck aplicados pelos prazos n1, n2, n3, ... , nk, à taxa de juros
simples i. A fórmula abaixo, permite o cálculo dos juros totais J produzidos no período considerado:

J = i.(C1.n1 + C2.n2 + C3.n3 + ... + Ck.nk)

O cálculo dos juros pelo método acima (conhecido como "Método Hamburguês") é utilizado para a
determinação dos juros sobre os saldos devedores dos "cheques especiais".

Serie de Pagamentos

Série de pagamentos - é um conjunto de pagamentos de valores R1, R2, R3, ... Rn,

distribuídos ao longo do tempo correspondente a n períodos, podendo esses pagamentos

serem de valores constantes ou de valores distintos. O conjunto de pagamentos (ou recebimentos) ao


longo dos n períodos, constitui - se num fluxo de caixa. Vamos resolver a seguir, os problemas nos
quais R1 = R2 = R3 = ... Rn = R, ou seja: pagamentos (ou recebimentos) iguais.

Quando a série de pagamentos (ou recebimentos) se inicia um período após a data

zero, o fluxo recebe o nome de POSTECIPADO. Quando o início dos pagamentos ou recebimentos
ocorre na data zero, o fluxo recebe o nome de ANTECIPADO.

Exemplos:

1 - Pagamentos no início dos períodos: Fluxo ANTECIPADO

2 - Pagamentos no final dos períodos: Fluxo POSTECIPADO

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Fator de acumulação de capital – FAC

O problema a resolver é o seguinte:

Determinar a quantia S acumulada a partir de uma série uniforme de pagamentos iguais a R, sendo i
a taxa de juros por período

Vamos considerar dois casos: fluxo postecipado e fluxo antecipado.

NOTA: na calculadora HP12C, R é expressa pela tecla PMT (pagamentos periódicos).

Portanto R e PMT possuem o mesmo sentido, ou seja, a mesma interpretação. Da mesma forma, S
corresponde a FV na calculadora HP 12C.

A) Fluxo postecipado

Considere o fluxo de caixa postecipado a seguir, ou seja: os pagamentos são feitos nos finais dos
períodos.

Vamos transportar cada valor R para o tempo n, supondo que a taxa de juros é igual a i, lembrando
que se trata de um fluxo de caixa POSTECIPADO, ou seja, os pagamentos são realizados no final de
cada período.

Teremos:

S = R(1+i)n-1 + R(1+i)n-2 + R(1+i)n-3 + ... + R(1+i) + R

Colocando R em evidencia, teremos:

S = R[(1+i)n-1 + (1+i)n-2 + (1+i)n-3 + ... + (1+i) + 1]

Observe que a expressão entre colchetes é a soma dos n primeiros termos de uma progressão geo-
métrica de primeiro termo (1+i)n-1, último termo 1 e razão 1/(1+i).

Aplicando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica, teremos:

Nota: em caso de dúvida, consulte sobre Progressão Geométrica (1+i)n-1 + (1+i)n-2 + (1+i)n-3 + ... +
(1+i) + 1 =

Substituindo o valor encontrado acima, vem finalmente que:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

• o fator entre colchetes é denominado Fator de acumulação de capital – FAC(i,n).


• assim, teremos: S = R . FAC(i,n). Os valores de FAC(i,n) são tabelados. Na prática, utilizam-se as
calculadoras científicas ou financeiras, ao invés das tabelas.

Usando-se a simbologia adotada na calculadora HP 12C, onde R = PMT e S = FV, teremos a fórmula
a seguir:

Fator de valor atual – FVA

Considere o seguinte problema:

Determinar o principal P que deve ser aplicado a uma taxa i para que se possa retirar o valor R em
cada um dos n períodos subseqüentes.

Este problema também poderia ser enunciado assim: qual o valor P que financiado à taxa i por perío-
do, pode ser amortizado em n pagamentos iguais a R?

Fluxo postecipado (pagamentos ao final de cada período, conforme figura a seguir):

Trazendo os valores R para o tempo zero, vem:

O fator entre colchetes representa a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica de
primeiro termo 1/(1+i), razão 1/(1+i) e último termo 1/(1+i)n.

Teremos então, usando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica.

O fato r entre colchetes será então igual a:

Substituindo, vem finalmente:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

• o fator entre colchetes é denominado Fator de valor atual – FVA(i,n);


• assim, teremos: P = R . FVA(i,n). Os valores de FVA(i,n) são tabelados;
• observe que P corresponde a PV e R corresponde a PMT na calculadora HP 12C.
Usando a simbologia da calculadora HP 12C, a fórmula acima ficaria:

Sistema De Amortização De Empréstimos

Sistema De Amortização Constante – (SAC)

Nesse sistema as parcelas de amortização são iguais entre si. Os juros são calculados a cada perío-
do multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente no período.

• Amortização numa data genérica t


Os valores são sempre iguais e obtidos por A= P/n onde A1 = A2 = A3 = ... An = A = cte e n = prazo
total

Isso implica que a soma das n amortizações iguais seja:

• Saldo Devedor numa data genérica t


No sistema SAC o saldo devedor decresce linearmente em um valor igual à amortização A = P/n .
Assim, o saldo devedor, logo após o pagamento da prestação (AMORTIZAÇÃO + JUROS ) corres-
pondente, será:

Assim, o valor dos juros pagos na referida data será:

ou então:

Jt = Ai (n – t + 1)

Onde: n = prazo total

t = o momento desejado

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Somatório Dos Juros

Como a variação de juros no Sistema SAC se trata de uma progressão aritmética, o somatório dos
juros de um determinado período se faz utilizando a fórmula do somatório dos n termos de uma P.A.

Com isso:

Prestação Numa Data Genérica T

Soma-se a amortização do momento desejado (que é constante em todos os momentos) como os


juros referentes a este momento.

R1 A + J1

R2 A + J2

R3 A + J3

Rt A + Jt

Assim , o pagamento de um financiamento pelo sistema SAC, num prazo de n períodos e à uma taxa
i por período seria como o diagrama e a tabela abaixo:

DATA S aldo Devedor Juros Amortização P res tação

T P t = P t- 1 - A Jt = P t- 1 . i At = A = P / n Rt = A + Jt

0 P0=P - - -

1 P1=P–A J1 = P . i A1 = A R1 = A + J1

2 P2=P1–A J2 = P 1 . i A2 = A R2 = A + J2

3 P3=P2–A J3 = P 2 . i A3 = A R3 = A + J3

4 P t = P t- 1 – A Jt = P t- 1 . i At = A R4 = A + J4

n P n = P n- 1 – A Jn = P n- 1 . i An = A Rn = A + Jn

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Orde m de
Obte nção
2.º 3.º 1.º 4.º
das Parc e las

Vejamos agora um exemplo numérico:

P = $ 1.000,00

n = 4 prestações i = 2% a.p.

t Saldo Devedor Amortização Juros P res tação

0 1.000,00 - - -

1 750,00 250,00 20,00 270,00

2 500,00 250,00 15,00 265,00

3 250,00 250,00 10.00 260,00

4 0,00 250,00 5,00 255,00

Sistema De Prestações Constantes - (PRICE) Prestação Numa Data Genérica T

No sistema PRICE a prestação é constante e em qualquer data t o seu valor é dado por:

Rt = R1 = R2 = ... = Rn = cte.

Rt = R = P x FPR(i,n) = constante

Juros Numa Data Genérica T

Os juros de um determinado período são calculados sobre o saldo devedor do período anterior.

Ou Jt = Rt - At Rt = R = cte.

Jt = R - At

Ou Jt = R - At = R - A1(1 + i)t-1 A1 = R – J1 = R – P.i

Assim: Jt = R – ( R – P.i ) ( 1 + i )t-1

Amortização numa data genérica t

No sistema PRICE o crescimento das amortizações é exponencial ao longo do tempo.

Dado que At=R – Jt e J= P.i, então:

DATA 1 – final do 1.º período

Juros = J1 = P.i

Amortização = A1 = R – J1 = ( R - P.i)

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

DATA 2 – final do 2.º período

Juros = J2 = P1.i = [ P (1 + i) – R ].i = [ P (1 + i).i – R.i ]

Amortização = A2 = R – J2 = R - P.( 1 + i).i + R = R.(1 + i ) – P.(1 + i).i

= (R – P.i) . (1 + i) = A2 = A1 (1 + i)

DATA 3 – final do 3.º período

Juros = J3 = P2.i = P.i – A1.i – A1 (1 + i).i

Amortização = A3 = R – J3 = R - [P.i – A1.i - A1 (1 + i).i] A3 = (R - P.i) + A1.i + A1 (1 + i).i

= A1 + A1.i + A1 (1 + i).i

= A1 (1 + i) + A1 (1 + i).i

= A1 (1 + i).(1 + i)

A3 = A1 (1 + i)2

Então teríamos:

A2 = A1 ( 1 + i ) A3 = A1 ( 1 + i )2 A4 = A1 ( 1 + i )3

... ..... ... An = A1 ( 1 + i )n-1

O que comprovaria a expressão:

At = A1.(1 + i)t-1 ; para uma data genérica t ou At = A1. FPS(i%, ( t - 1))

Para testar a consistência da fórmula acima:

A1 = 22.192 t=3

i = 8% a.a. A3 = ?

At = A1.(1 + i)t-1 A3 = 22.192.(1 + 0,08)2 A3 = 22.192 x 1,1664 = 25.884,75

Ou

At = A1 x FPS [ i , (t-1) ] pois (1 + i)t-1 = FPS [ i , (t-1) ] desse modo, no exemplo

anterior teríamos:

A3 = 22.192 x FPS( 8%,2) = 22.192 x 1,1664 = 25.884,75

Saldo Devedor numa data genérica t

O Saldo devedor de um determinado período é dado pela diferença entre o saldo devedor do período
anterior e a amortização do período.

Assim para um empréstimo P ;a taxa de juros i por período com um prazo de N períodos ; podería-
mos elaborar seguinte

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Saldo Devedor Juros P res taçõ es Cons Amortização


tantes
Datas

(t ) P t = P t- 1 - At Jt = P t- 1 . i Rt = R At = R – Jt

0 Po=P - - -

1 P 1 = P – A1 J1 = P .i R A1 = R – J1

2 P 2 = P 1 – A2 J2 = P 1.i R A2 = R – J2

3 P 3 = P 2 – A3 J3 = P 2.i R A3 = R – J3

T P t = P t- 1 – At Jt = P t- 1.i R At = R – Jt

. .... .... .... ....

N P n = P n- 1 – An Jn = P n- 1.i R An = R – Jn

n R n.R t n

TOTAIS Jt n.R P At P

1 t 1

Ordem de
obtenção
4.º 2 .º 1.º 3 .º
de parcelas

Vejamos agora um exemplo numérico:

P = 1.000,00

i = 2% a.p.

n = 4 prestações

t Saldo Devedor Amortização Juros P res tação

0 1.000,00 - - -

1 757,38 242,62 20,00 262,62

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

2 509,91 247,47 15,15 262,62

3 257,49 252,42 10,20 262,62

4 - 257,49 5,15 262,62

Um financiamento pelo Sistema Price pode ser calculado utilizando-se máquinas financeiras, pois
suas prestações são constantes.

Sistema De Amortização Mista – (SAM)

Aqui o valor da prestação é obtido através da média aritmética das prestações obtido através do sis-
tema PRICE e SAC.

Ex.:

P = 1.000,00 i = 8 % a.a. n = 4 anos

S IS T. P RICE

ANO Juros P res tação Amotização S aldo Final

S A LDO
DEVEDOR

1.000,00

1 1.000,00 80,00 301,92 221,92 778,08

2 778.08 62,25 301,92 239,67 538,41

3 538,41 43,07 301,92 258,85 279,56

4 270,56 22,36 301,92 279,56

S IS T. SAC

ANO Juro s P res tação Amotização S aldo Final

S A LDO
DEVEDOR

1.000,00

1 100,00 80,00 330,00 250,00 750,00

2 750,00 60,00 310,00 250,00 500,00

3 500,00 40,00 290,00 250,00 250,00

4 250,00 20,00 270,00 250,00

SIST. SAM

Ano P res t . P RICE P REST. SAC S OMA P REST. S AM

1 301,92 330,00 631,92 315,96

2 301,92 310,00 611,92 305,96

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

3 301,92 290,00 591,92 295,96

4 301,92 270,00 571,92 285,96

Essa modalidade de pagamento é conhecida como Sistema de Amortização Mista

(SAM) e vem sendo utilizada na liquidação de financiamento imobiliário.

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Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
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LOGÍSTICA

Logística

A logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma
racionalizada, o qual significará a esta Empresa o planejamento, coordenação, e a execução de um
processo de controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para a formação de esto-
ques, desde o momento de sua concepção até seu consumo final.

É de vital importância à redução de custos e ao aumento da competitividade. A Logística empresarial


nasceu da importância da redução de custos nas empresas e na maior importância que se dá hoje em
atendimento das necessidades dos clientes.

Quando todos os produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir
ser mais eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar.

Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras geo-
gráficas estão desaparecendo e a expectativa é que as empresas estejam preparadas para enfrentar
as realidades desse novo desafio.

Em termos atuais, pode-se dizer que a Logística é a arte da preparação da produção que cuida do
planejamento dos materiais, da obtenção de materiais, do planejamento da linha de produção, da ali-
mentação da linha de produção e da distribuição dos produtos finais.

A logística moderna passa a ser a maior preocupação dentro das empresas.

Ela deve abranger toda a movimentação de materiais, interna e externa à empresa, incluindo chegada
de matéria-prima, estoques, produção e distribuição até o momento em que o produto é colocado nas
prateleiras a disposição do consumidor final.

Fluxos / Processos

As empresas, desde a menor até a maior, passam por grandes mudanças devido ao fato de o consu-
midor estar cada vez mais conectado, o que trouxe uma série de comportamentos que são novidades
para o mercado.

Agilidade, qualidade de serviços e produtos são as principais prioridades do cliente. As compras são
facilmente feitas pela internet e não basta oferecer um bom produto.

Seu negócio pode perder para outras empresas que o entreguem mais rápido, com mais qualidade e o
armazenem de forma inteligente, com foco total em rentabilidade.

A logística tem um papel muito importante nesse cenário. Os processos manuais se esgotaram. Agora,
até mesmo os pequenos empresários podem contar com softwares processuais que otimizam os fluxos
logísticos da empresa.

Mas o Que São Fluxos Logísticos?

É o processo ou cadeia de processos fundamentais para atingir um objetivo com foco no menor espaço
de tempo, maior qualidade possível, visando o menor custo ou desperdício.

Os principais tipos de fluxos são:

• Fluxos de Materiais (responsável pelo transporte de materiais, que pode ser realizado por meios como
rodoviário, aeroviário, marítimo, entre outros);

• Fluxos de informações (é o fluxo de dados que devem ser sempre corretos e precisos para otimizar
a eficácia dos processos organizacionais. Este fluxo pode aumentar a competitividade empresarial);

• Logística Reversa (é a logística de devolução, muito comum em serviços de coletas);

• Fluxo econômico (trata-se do investimento estratégico em logística voltado para atingir lucros cres-
centes).

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LOGÍSTICA

O Fluxo de Informação na Logística de Armazenagem

Informação é um bem de grande valor para qualquer negócio. Por isso, encaixar todas as mudanças
que faz parte de uma rotina dinâmica de uma empresa em um fluxo de logística inteligente pode parecer
complicado.

Afinal, é necessário saber onde cada produto está, quando um item está acabando em alguma loja,
quanto tempo demora para que novos suprimentos cheguem e a melhor forma de estocar cada tipo de
produto. Esses são alguns dos desafios.

Por isso, é vital que a área de logística de uma empresa seja integrada por um bom software. Ele será
o motor do fluxo de informações que tornarão o processo de logística eficaz e rápido.

Número e Localização dos Armazéns

Um sistema de armazenagem eficaz precisa ter bem definido como ficará disposto o armazém em re-
lação à fábrica principal e consumidores.

Uma solução para isso é distribuir vários pequenos armazéns localizados em pontos estratégicos, ao
invés de uma grande central.

Essa configuração depende totalmente da estratégia do negócio. Se o armazém é para abastecer, por
exemplo, uma rede de lojas de varejo, é melhor ter uma central que possibilite uma entrega rápida.

Localização dos estoques dos produtos

Muito cuidado com a prática de encher o armazém principal com todos os produtos das lojas. Cada
estabelecimento deve ter um número suficientes de produtos à disposição.

Esse estoque em mostruário deve estar configurado em um sistema conectado ao armazém, para re-
alizar o abastecimento de forma rápida, quando for necessário.

Integração com Outras Áreas da Empresa

Qual a Importância de Desenvolver uma Gestão Empresarial Integrada?

A gestão empresarial é um conjunto de processos para administrar a corporação. Ela envolve a atuação
das diversas áreas que compõem o empreendimento, para manejar as atividades do negócio, buscando
sempre alcançar seus objetivos estratégicos.

No passado, era comum cada departamento ser visto de forma isolada. Seguindo um modelo cartesi-
ano aplicado às empresas, cada departamento se preocupava apenas com as suas responsabilidades
de acordo com uma visão “vertical” e hierarquizada de organização. O pensamento sistêmico e proces-
sual era deixado de lado, o que dificultava assumir uma posição 100% funcional na empresa.

Contudo, se os setores não dialogam, eles podem realizar ações contraproducentes, perder sinergia,
não agregar valor no processo de atendimento ao cliente final e perder a chance do aprendizado ca-
racterístico da integração.

A integração de setores também é importante no que diz respeito à capacidade dos tomadores de
decisão de colaborarem entre si. Quando os gestores dos departamentos conseguem trabalhar de
forma coordenada uns com os outros, eles têm mais facilidade para implementar planos de ação mais
eficazes e promovem uma cultura integrada aos seus liderados.

Principais Benefícios da Integração de Setores

Aqui está uma lista das principais vantagens que as empresas percebem ao promover a gestão inte-
grada de seus departamentos:

Ganho de produtividade;

Redução de custos operacionais;

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LOGÍSTICA

Facilitação de uma cultura de inovação a partir do intercâmbio de ideias entre diferentes tipos de habi-
lidades e visões;

Aumento da satisfação dos clientes, que passam a perceber mais eficiência no dia a dia do negócio;

Atração e retenção de talentos com potencial colaborativo e com facilidade de trabalhar em equipe;

Criação de planos de ação conjuntos entre departamentos para fortalecer a competitividade;

Diferenciação da concorrência, o que pode reverter em mais lucratividade.

Qual é a importância de um objetivo comum na integração de setores da empresa?

Ter um objetivo comum é o primeiro passo para estabelecer a integração de setores. Afinal, se cada
área é tão diferente, é preciso que haja algum elemento que unifique as ações dos profissionais.

A meta em comum faz esse papel. Ela possibilita que todos possam caminhar na mesma direção, o
que fortalece a sinergia nos times.

A TAM, uma das maiores empresas de serviços aéreos da América Latina— que após a fusão com a
chilena LAN, originou a LATAM — destaca-se no investimento em intersetorialidade. Em 2015, a revista
Exame apresentou a nova sede administrativa construída pela companhia em São Paulo, desenhada
em torno de uma estratégia para fortalecer a interação entre os departamentos.

O edifício conta com 11 andares, e quase nenhum funcionário tem mesa fixa. Além disso, os diretores
ficam em mesas em meio aberto, sem paredes em torno. Há diversos tipos de salas, como as de vidro
transparente para assuntos sigilosos e as mesas de reunião abertas.

Os profissionais da companhia circulam pelo ambiente de acordo com a demanda. O edifício reúne os
departamentos de RH, gestão financeira, TI e compras. A mudança na lógica de espaço possibilitou
que a corporação transformasse as interações de seus colaboradores, permitindo o diálogo entre as
várias áreas do empreendimento.

Que Estratégias Utilizar Para Promover a Integração de Setores da Empresa?

Depois de conhecer os benefícios da integração de departamentos na empresa, é importante saber


como colocar essa forma de gestão em prática.

Seja Cuidadoso na Socialização de Profissionais Novos

Quando um colaborador entra na empresa, a integração dele à equipe e ao trabalho é muito importante.
Esse processo envolve não só a aprendizagem do funcionamento da organização e das atividades,
mas também o conhecimento dos novos colegas.

Porém, não basta mostrar apenas aqueles com quem o recém-chegado vai dividir a sala e o trabalho.
É importante apresentar toda a organização e, se possível, colocar orientadores de diferentes departa-
mentos para apoiar os novatos.

Dessa maneira, desde o ingresso do profissional no empreendimento, haverá estímulos para a comu-
nicação dele com outros setores. Isso incentiva o novo membro a se adaptar e fortalecer a cultura de
integração na corporação.

Promova Confraternizações

As confraternizações são ótimas para integrar as equipes. São momentos de descontração nos quais
os membros de diferentes times podem se conhecer melhor e conversar sobre temas diferentes do
trabalho.

O ser humano precisa desses momentos, pois isso proporciona relaxamento, socialização e interações
saudáveis.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3
LOGÍSTICA

Com esses encontros, é possível descobrir afinidades e despertar a colaboração. Isso contribui para
melhorar as relações e facilitar a interação no dia a dia operacional. Desenvolver projetos, discutir pro-
blemas e procurar soluções fica bem mais fácil se os colaboradores se conhecem e têm contatos posi-
tivos também fora do ambiente corporativo.

Desenvolva Processos Intersetoriais

É importante criar e manter uma visão sistêmica da empresa. Dessa forma, os processos empresariais
conseguem melhor atender o cliente final por meio da interação interdepartamental e integração de
setores.

É o que fez a Vistajet, uma importante empresa no setor de aviação privada e uma das clientes da
Monitora. Nessa companhia, a integração entre setores, apoiada pela tecnologia da informação, pode
ser vista em vários processos que vão desde a venda e reserva de voos via app no celular, passando
pela automação dos processos de tripulação que impactam o cliente final até os processos financeiros.
A integração dessas rotinas aos processos de reserva e venda de voo garantem que a empresa fature
da forma correta e integrada com a contabilidade e a outros departamentos. Uma sequência lógica de
atividades foi estabelecida — e, logo, incorporada ao dia a dia dos profissionais.

Crie Projetos Conjuntos Entre Setores

Além dos processos empresariais integrados, o desenvolvimento de projetos envolvendo colaborado-


res de diferentes setores permite que um trabalho muito construtivo seja desenvolvido, realizando tam-
bém a integração de setores. Assim, eles vão ter a chance de interagir com pessoas diferentes, o que
promove amadurecimento e aprendizagem.

Além disso, profissionais com especialidades variadas têm experiência em áreas distintas. Cada um
pode contribuir com um conhecimento diferente. Isso permite o desenvolvimento de um trabalho mais
rico e interdisciplinar, que atende às amplas necessidades estratégicas e práticas da organização.

Invista em Ferramentas de Comunicação

Quando sua empresa possui recursos efetivos de comunicação, ela consegue transmitir melhor a in-
formação, o que facilita a aproximação e otimiza os processos. Afinal, se os colaboradores são bem
informados, eles também são mais engajados e capazes de desenvolver boas estratégias de atuação.

Investir em ferramentas tecnológicas é fundamental para fortalecer o vínculo entre os setores. Pode
ser uma rede social corporativa, um software ou alguma estratégia para que os trabalhadores de áreas
diferentes possam interagir mais uns com os outros.

Fortaleça a Automação de Processos

A automação dos processos por meio de ferramentas de TI também se mostra como uma ótima forma
de potencializar a integração entre setores.

A Monitora Soluções Tecnológicas desenvolveu um projeto interessante em uma das principais empre-
sas de aviação de carreira chilena (antes brasileira). O projeto foi implementado em uma das unidades
de negócio no setor de manutenção de aeronaves que fica localizada em São Carlos, interior de São
Paulo.

Neste projeto, conseguiu-se otimizar em até 15% o tempo do mecânico de aeronaves — ou seja, agora
o mecânico faz o mesmo trabalho gastando 15% de tempo a menos — simplesmente com a inserção
de um app que integra um processo que passava por dois setores diferentes da empresa.

Utilize Indicadores Compostos

Os indicadores de desempenho (também chamados de KPIs, ou key performance indicators) compos-


tos envolvem vários tipos de medições para apontar como andam os resultados da empresa.

Se é importante integrar o trabalho, por que não fazer uma avaliação de desempenho multissetorial?

Ao apostar em KPIs que envolvem variáveis de múltiplos departamentos, a empresa consegue construir
uma análise mais ampla. Com isso, é possível ter uma visão mais global do empreendimento e trabalhar

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LOGÍSTICA

em uma perspectiva na qual todos se engajam, responsabilizando-se e procurando soluções em cola-


boração.

Faça Uma Boa Gestão de Mudança ao Trabalhar a Integração de Setores

É bem verdade que os profissionais podem, inicialmente, ficar um pouco resistentes a uma cultura de
diálogo entre as várias áreas. Lidar com pessoas não é uma tarefa simples. Mas são essas diversidades
que permitem o enriquecimento do trabalho, a formação de estratégias mais construtivas e propostas
mais integradas.

Logo, a empresa que começa a empreender uma estratégia de integração de setores deve estar pre-
parada para fazer uma transição suave. A melhor escolha é fazer disso um projeto de médio prazo,
com etapas a serem implementadas aos poucos. Isso evita que os profissionais resistam à mudança
por não entenderem o objetivo ou, simplesmente, por terem suas rotinas modificadas do dia para a
noite.

Evolução

As empresas e organizações começaram a captar e a adotar a mensagem logística apenas nos pri-
mórdios do século XX (CARVALHO; DIAS, 2004). Nos anos 1960, a logística tinha, principalmente,
uma vertente operacional, isto é, era vista como sistemas de atividades integradas. Nos anos 1970,
passou a ser caracterizada por ter uma área funcional e estratégica.

Já nos anos 1980, a logística passa a ser vista como serviço, começam a aparecer os sistemas logís-
ticos de informação, e nos anos 1990, surge a gestão da cadeia logística (CARVALHO, 2002). Final-
mente, na atualidade, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: mar-
keting, finanças, controle da produção e gestão de recursos humanos, criando assim uma rede logística
(GOMES; RIBEIRO, 2004). No entanto, em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e aplicação
empresarial da logística, ainda estão longe dos tempos da logística aplicada em estratégias de guerra
(CARVALHO; DIAS 2004).

Evolução da Logística no Brasil

Com a economia, as empresas acordaram e começaram a vê-la como uma ferramenta necessária à
competitividade e à sobrevivência do negócio. Os empresários começaram a olhar seus custos mais
detalhadamente e encontrar respostas para perguntas do tipo: as minhas fábricas estão bem localiza-
das e preparadas para atender rapidamente às necessidades dos meus clientes?

De forma resumida, podemos dizer que LOGÍSTICA é a arte de gerenciar, de forma global e otimizada,
o fluxo de movimentos e informações da origem ao ponto final do processo, atendendo, satisfatoria-
mente, ao cliente final com um produto com alto nível de qualidade e competitividade e com custos
adequados.

Neste primeiro momento, as empresas já estão preocupadas com alguns custos de cadeia, especial-
mente, os de transporte, distribuição e armazenamento de seus produtos. Portanto, grande parte das
mesmas já sabe exatamente, pelo menos o custo de uma das partes do processo.

Neste contexto, outra forte tendência que está ganhando espaço rapidamente é a de terceirização des-
tas atividades operacionais. Isto tem provocado o aparecimento dos chamados “operadores logísticos”.
Outra realidade decorrente deste movimento é a carência e, ao mesmo tempo, a procura por profissio-
nais especializados na área. Este binômio tem provocado uma forte migração de recursos humanos de
outras áreas para a área de logística, evidenciando o assunto.

Até a década de 40, o mundo empresarial era caracterizado por:

-Alta produção;

-Baixa capacidade de distribuição;

- Despreocupação com custos;

- Inexistência do conceito de logística empresarial.

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LOGÍSTICA

De 1950 a 1965 surge o conceito de logística empresarial, motivado por:

- Uma nova atitude do consumidor;

-Pelo desenvolvimento da análise de custo total;

- Pelo início da preocupação com os serviços ao cliente e de maior atenção com os canais de distribui-
ção.

De 1965 a 1980:

- Consolidação de conceitos;

- Colaboração decisiva da logística no esforço para aumentar a produtividade da energia, visando com-
pensar o aumento da produção industrial;

- Crise do petróleo;

- Crescimento dos custos da mão de obra;

- Crescimento dos juros internacionais.

Após 1980:

- Desenvolvimento revolucionário da logística decorrente das demandas ocasionais:

- Pela globalização;

- Pelas alterações estruturais na economia mundial;

- Pelo desenvolvimento tecnológico.

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Noções de Armazenamento

A armazenagem nada mais é do que um conjunto de funções que tem nele a recepção, descarga,
carregamento, arrumação e conservação de matérias – primas, produtos acabados, ou semiacaba-
dos. Este processo envolve mercadorias, e apenas produz resultados quando é realizado uma opera-
ção com o objetivo de lhe acrescentar valor, de acordo com (DIAS – 2005).

A armazenagem pode ser definida como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as
empresas. Na prática isso só é possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os custos
de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos, segundo (CASADEVANTE, 1974.)

As atividades que compõem a armazenagem são (CASADEVANTE, 1974):

Recebimento: é o conjunto de operações que envolvem a identificação do material recebido, analisar


o documento fiscal com o pedido, a inspeção do material e a sua aceitação formal.

Estocagem: é o conjunto de operações relacionadas à guarda do material. A classificação dos esto-


ques constitui-se em: estoque de produtos em processo, estoque de matéria – prima e materiais auxi-
liares, estoque operacional, estoque de produtos acabados e estoques de materiais administrativos.

Distribuição: está relacionada à expedição do material, que envolve a acumulação do que foi recebido
da parte de estocagem, a embalagem que deve ser adequada e assim a entrega ao seu destino final.
Nessa atividade normalmente precisa-se de nota fiscal de saída para que haja controle do estoque.

Tipos de Armazenagem:

A armazenagem temporária tem como função conseguir uma forma de arrumação fácil de material,
como por exemplo a colocação de estrados para uma armazenagem direta entre outros.

Já a armazenagem permanente tem um local pré-definido para o depósito de materiais, assim o fluxo
do material determina a disposição do armazém, onde os acessórios do armazém ficarão, assim,
garantindo a organização do mesmo.

Vantagens da Armazenagem:

A armazenagem quando efetuada de maneira correta pode trazer muitos benefícios, nos quais traz
diretamente a redução de custos, de acordo com (CASADEVANTE, 1974):

Melhor aproveitamento do espaço;

Redução dos custos de movimentação bem como das existências;

Facilidade na fiscalização do processo;

Redução de perdas e inutilidades.

Desvantagens da Armazenagem:

Algumas desvantagens segundo (KRIPPENDORFF 1972):

Os materiais estão sujeitos a capitais os quais traduzem em juros à pagar;

A armazenagem requer serviços administrativos;

A mercadoria tem prazo de validade nos quais devem ser respeitados;

Um armazém de grande porte requer máquinas com tecnologia.

Movimentação Interna

É uma operação de deslocamento de materiais dentro das instalações do armazém. Segundo (CAS-
TIGLIONE, 2010), há três formas que essa movimentação pode acontecer:

Manual: é a operação executada com a força humana, às vezes, com a ajuda de algumas máquinas;

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Mecanizada: nessa operação se tem a utilização de equipamentos que são coordenados por pesso-
as;

Automatizado: essa operação é feita através de computadores.

Contudo, apesar do gerenciamento de atividades logísticas até pouco tempo eram bem perdidos,
pelo menos em 1844 a ideia de integração, que nada mais é do que o famoso trade- off logístico.

Segundo BALLOU (2001), nas escritas do francês Julie Duto, fica clara a opção da decisão da esco-
lha de modal de transporte considerando o impacto no custo de armazenagem.

Conclusão:

Podemos concluir que a armazenagem é um conjunto de funções que tem nele, recepção, descarga,
carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semiacabados.
Vimos que existem três atividades que compõem a armazenagem: recebimento, estocagem e distri-
buição.

Uma complementa a outra e sem elas nessa ordem certa não há movimentação adequada. Também
vimos dois tipos de armazenagem, que são: armazenagem temporária e a armazenagem permanen-
te. Uma com a função de arrumar com mais facilidade os materiais, e a outra com local já predefinido,
assim o fluxo do material determina a disposição do armazém, tendo como resultado a organização
do mesmo.

Vimos vantagens e desvantagens do armazenamento. Uma das vantagens é o melhor aproveitamen-


to do espaço, e uma desvantagem é que um armazém grande requer máquinas com tecnologia. E a
movimentação interna que é a operação de deslocamento interno. Existem três formas para essa
movimentação acontecer: manual onde é executada pela força humana, e a mecanizada que tem a
utilização de equipamentos que são coordenados por pessoas.

Noções Básicas De Almoxarifado, Estoque, Transporte De Materiais

Noções Básicas De Almoxarifado

Histórico Dos Almoxarifados Primitivos

O almoxarifado se constituía em um depósito, quase sempre o pior e mais inadequado local da em-
presa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra desqualificada.

Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante sofisticados, o que acar-
retou aumento da produtividade, maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção
das informações.

O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa " depositar".

Conceituação

Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não,


adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguar-
dando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondi-
cionados à política geral de estoques da empresa.

O almoxarifado deverá:

assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no local certo, quando necessário;

impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;

preservar a qualidade e as quantidades exatas;

possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendi-


mento rápido e eficiente;

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Depositar materiais em um almoxarifado é o mesmo que depositar dinheiro em um banco. Portanto


pode-se comparar o esquema de funcionamento do almoxarifado ao de um banco, conforme esque-
ma abaixo:

BANCO ALMOXARIFADO
Entrada para estoque
Ficha de depósito bancário
Nota fiscal de compra
Saída do estoque
Cheque
Requisição de material

Eficiência do Almoxarifado

A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente:

da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente aumento do número das
viagens de ida e volta;

do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;

da melhor utilização de sua capacidade volumétrica;

Organização do Almoxarifado

O organograma funcional do almoxarifado está demonstrado na figura abaixo:

Analisando o organograma funcional de um almoxarifado podemos resumir as suas principais atribui-


ções:

Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;

Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da empresa;

Manter atualizados os registros necessários;

Vamos analisar os setores componentes da estrutura funcional do almoxarifado:

Controle:

Embora não haja menção na estrutura organizacional do almoxarifado, o controle deve fazer parte do
conjunto de atribuições de cada setor envolvido, qual seja, recebimento, armazenagem e distribuição.

O controle deve fornecer a qualquer momento as quantidades que se encontram à disposição em


processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

Recebimento

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até
a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módulo de um sistema global inte-
grado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface
entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.

O recebimento compreende quatro fases:

1a fase: Entrada de materiais;

2a fase: Conferência quantitativa;

3a fase: Conferência qualitativa;

4a fase: Regularização

Armazenagem

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

A guarda dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser definidos no
sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem a quali-
dade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.

Fases Descrição

1A FASE
Verificação das condições de recebimento do material;

2A FASE
Identificação do material;

3A FASE
Guarda na localização adotada;

4A FASE
Informação da localização física de guarda ao controle;

5A FASE
Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;

6A FASE
Separação para distribuição;

Distribuição

Os materiais devem ser distribuídos aos interessados mediante programação de pleno conhecimento
entre as partes envolvidas.

Documentos Utilizados

Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das diversas rotinas de
trabalho:

Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não informatizadas): documento destinado a con-
trolar manualmente o estoque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas, visando
o seu ressuprimento;

Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas): documento utilizado para
indicar as localizações, através de códigos, onde o material está guardado;

Comunicação de Irregularidades: documento utilizado para esclarecer ao fornecedor os motivos da


devolução, quanto os aspectos qualitativo e quantitativo;

Relatório técnico de inspeção: documento utilizado para definir, sob o aspecto qualitativo, o aceite ou
a recusa do material comprado do fornecedor;

Requisição de material: documento utilizado para a retirada de materiais do almoxarifado;

Devolução de material: documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as quantida-


des de material porventura requisitadas além do necessário;

Perfil Do Almoxarife

O material humano escolhido deve possuir alto grau de sentimento de honestidade, lealdade, confi-
ança e disciplina.

Recebimento

Conceituação

Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor,


sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa.

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

As atribuições básicas do Recebimento são:

Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;

analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;

Controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a


serem efetivamente recebidos;

Proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a possíveis avarias na


carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;

Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;

Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;

Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;

Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;

A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases:

1a fase - entrada de materiais ;


2a fase - conferência quantitativa;
3a fase - conferência qualitativa;
4a fase - regularização;

1a Fase - Entrada De Materiais:

A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da empresa representa o início do pro-
cesso de Recebimento e tem os seguintes objetivos:

A recepção dos veículos transportadores;

A triagem da documentação suporte do recebimento;

Constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está autorizada pela empresa;

Constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega contratual;

Constatação se o número do documento de compra consta na Nota Fiscal;

Cadastramento no sistema das informações referentes a compras autorizadas, para as quais se inicia
o processo de recebimento;

O encaminhamento desses veículos para a descarga;

As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de entrega devem ser recusadas,
transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações
de análise de avarias e conferência de volumes é o "Conhecimento de Transporte Rodoviário de Car-
ga", que é emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.

As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às condições de contrato devem


motivar a recusa do recebimento, anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal as circunstâncias
que motivaram a recusa, bem como nos documentos do transportador.

O exame para constatação das avarias é feito através da análise da disposição das cargas, da obser-
vação das embalagens, quanto a evidências de quebras, umidade e amassados.

Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados ao Almoxarifado. Para
efeito de descarga do material no Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência de volumes,
confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros e controles de compra. Para a descarga

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

do veículo transportador é necessária a utilização de equipamentos especiais, quais sejam: paletei-


ras, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.

O cadastramento dos dados necessários ao registro do recebimento do material compreende a atua-


lização dos seguintes sistemas:

Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques: dados necessários à entrada dos mate-
riais em estoque, visando ao seu controle;

Sistema de Contas a pagar: dados referentes à liberação de pendências com fornecedores, dados
necessários à atualização da posição de fornecedores;

Sistema de Compras: dados necessários à atualização de saldos e baixa dos processos de compras;

2a Fase - Conferência Quantitativa;

É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde
efetivamente à recebida. A conferência por acusação também conhecida como " contagem cega " é
aquela no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada
pelo fornecedor.

A confrontação do recebido versus faturado é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que
analisa as distorções e providencia a recontagem.

Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser contados utilizando os seguintes
métodos:

Manual: para o caso de pequenas quantidades;

Por meio de cálculos: para o caso que envolvem embalagens padronizadas com grandes quantida-
des;

Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que envolvem grande quantidade de pe-
quenas peças como parafusos, porcas, arruelas;

Pesagem: para materiais de maior peso ou volume, a pesagem pode ser feita através de balanças
rodoviárias ou ferroviárias;

Medição: em geral as medições são feitas por meio de trenas;

Armazenagem e estocagem: entenda as diferenças de uma vez por todas

Apesar de não serem idênticos, conceitos como “armazenagem” e “estocagem” são muito confundi-
dos, mesmo por empreendedores mais experientes. Isso não é um equívoco tão grave, já que, real-
mente, os dois termos parecem apontar para uma coisa só.

Por isso, neste post explicaremos por que os termos armazenagem e estocagem indicam processos
diferentes, deixando bem claras as diferenças entre os conceitos, de forma que os gestores possam
otimizar os processos logísticos de suas empresas. Confira!

Entendendo O Conceito De Armazenagem

Armazenagem é um termo que deve ser aplicado para definir, em especial, o armazenamento de
produtos prontos. Ela é fundamental nos processos logísticos que envolvem a cadeia de suprimentos.
Para realizar a distribuição dos produtos e atender as demandas e as exigências do mercado, é pre-
ciso ter muita velocidade e flexibilidade nas operações.

Os fluxos das mercadorias entre diferentes postos durante os processos logísticos exigem que os
produtos sejam guardados por certo período. Para isso, então, serve a armazenagem.

A armazenagem de produtos implica na elaboração de inventários e dos custos relacionados, pois


certamente uma parte do capital de giro será utilizada para implantar e manter o sistema. Os funcio-

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

nários envolvidos nesse sistema devem ter conhecimentos sobre movimentação e transporte de mer-
cadorias.

Entendendo O Conceito De Estocagem

Os especialistas costumam definir estocagem como a guarda de matérias-primas. Contudo, esse


conceito não é suficiente para a definição de estoque: a verdade é que podem existir estoques de
matérias-primas, produtos semiacabados e produtos acabados.

É nessa grande possibilidade de estoques em uma mesma empresa que está o segredo para dife-
renciar os dois conceitos.

Comparando Armazenagem E Estocagem

Como se vê, há uma semelhança muito grande entre os dois conceitos, mas é possível encontrar
algumas diferenças. Considere que armazenagem está relacionada à guarda dos muitos estoques de
uma empresa. Portanto, para fazer armazenagem é preciso contar com uma estrutura física apropria-
da: um depósito — armazém — que possua paredes, divisórias, paletes, cobertura, prateleiras, empi-
lhadeiras, carrinhos, computadores, scanners e outros elementos de informática. Veja, agora, a sínte-
se da diferença entre os dois conceitos:

Armazenagem

Conceito mais amplo que envolve o de estocagem;

Dinamismo (cálculo de custos, movimentação e transporte dos itens, inventários);

Guarda temporária dos produtos até sua distribuição;

Relação direta com almoxarifados, centros de distribuição, ciclo operacional;

Conceito mais objetivo, relacionado principalmente com a estrutura física, ou seja, o armazém.

Estocagem

Menor dinamismo;

Guarda permanente de matérias-primas e produtos;

Relação direta com fluxo de caixa, fornecedores, estratégias de vendas e marketing;

Conceito mais subjetivo, relacionado principalmente com os itens que são depositados dentro do
armazém.

Sistema De Armazenagem:
Funções E Vantagens

O sistema de armazenagem, devido ao seu dinamismo, é importantíssimo para o negócio. Ele é res-
ponsável pelo controle de diversos processos:

Recebimento, identificação, conferência e separação dos itens, bem como o seu endereçamento para
o(s) estoque(s);

Estocagem;

Retirada dos itens do estoque (para atender pedidos);

Acumulação e embalagem dos itens;

Expedição dos pedidos;

Registro das operações.

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Quando bem efetuado, o sistema de armazenagem proporciona muitos benefícios à empresa, como a
redução de custos por meio do controle de estoque e a distribuição dos produtos em tempo hábil. A
armazenagem permite, entre outras coisas, separar lotes pequenos de lotes maiores, o que pode
trazer vantagens para a sua empresa:

Utilização do espaço;

Uso da mão de obra, dos equipamentos, da energia;

Rotatividade do(s) estoque(s);

Acesso e proteção dos itens;

Controle de perdas;

Produtividade;

Atendimento e serviços aos consumidores.

Logística:
Gestão De Estoques E Armazenagem

O conceito de armazenagem se relaciona com o processo de guarda e movimentação dos materiais


em uma instalação, ao passo que estocagem está diretamente ligada a colocação dos materiais em
um local dessa instalação.

A armazenagem de materiais representa um importante papel no processo logístico das empresas.


Seu correto planejamento e controle apresentam consequências benéficas na distribuição dos produ-
tos e nos resultados da organização. Nesse contexto, a rede de destruição deve ser adequadamente
dimensionada para atender a demanda, bem como apresentar, no mínimo, o nível de serviço exigido
pelos consumidores.

As instalações de armazenagem podem assumir diferentes papeis dentro de uma empresa. Por
exemplo, ela pode ser a recepção e consolidação das mercadorias de diversos fornecedores para
posterior envio a diversas lojas de uma rede de lojas; ou podem ser receptoras dos produtos de uma
fábrica para posterior distribuição a diversos clientes.

Basicamente, a armazenagem compreende quatro atividades básicas: recebimento, estocagem, ges-


tão de pedidos e expedição. As duas primeiras se relacionam com a entrada de materiais, enquanto
as duas seguintes fazem parte do processo de saída de materiais. O local em que ocorre a armaze-
nagem também pode ser chamado de centro de distribuição ou apenas CD.

O recebimento de matérias é a fase inicial do processo de estocagem. Faz-se uma conferência dos
materiais em relação à nota fiscal e em relação ao pedido. Não havendo divergência, o material é
encaminhado para estocagem, e é feito o crossdocking (Crossdocking é um processo de distribuição
onde a mercadoria recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia) e unitização de cargas.

A estocagem do produto envolve sua alocação ao seu ponto de guarda, que pode ser definido por
software, como o WMS (Warehouse Management System – Sistema de Gerenciamento de Arma-
zém).

A Gestão De Pedidos Está Diretamente Ligada Ao Processo De Saída De Produtos E Se Subdivide


Em Processamento E Separação:

O processamento envolve o recebimento de pedidos, a emissão de lista de separação e a ordem para


a separação de pedidos.

A separação de pedidos é feita assim que se recebe a lista de separação, faz-se a emissão de eti-
quetas de identificação, e é feito a movimentação dos produtos para a área de expedição.

Na fase de expedição ocorre o embarque e movimentação do produto ao cliente. Faz-se necessário a


conferência entre o pedido e a separação. A documentação é emitida. São realizados programas de
entrega (rotas e horários, seleção de transportadora) e controle do embarque dos produtos.

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Logística Da Armazenagem

Definição de Armazenagem - Gerenciar eficazmente o espaço tridimensional de um local adequado e


seguro, colocado a disposição para a guarda de mercadorias que serão movimentadas rápida e fa-
cilmente, com técnicas compatíveis as respectivas características, preservando a sua integridade
física e entregando-a a quem de direito no momento aprazado.

A logística da armazenagem abrange as atividades de planejamento, coordenação, controle e desen-


volvimento do processo de mantimento/abrigo de materiais, estocando estes em condições adequa-
das para uso e realizando sua distribuição dentro do prazo solicitado.

O uso do armazém objetiva:

Ø A maximização do uso dos espaços, aumentando a área estática através do uso de páletes, permi-
tindo o armazenamento de um número maior de produtos;

Ø Acesso rápido aos itens armazenados, através do uso de endereço, evitando o gasto de tempo
durante a sua busca;

Ø Proteção e conservação dos materiais, de acordo com as suas propriedades e especificações.

O uso de armazéns possibilita a redução de custos com transportes, através da consolidação de car-
gas; aproxima a empresa de seus clientes e fornecedores; agiliza a entrega dos produtos; e compen-
sa as defasagens ocorridas na produção. Entretanto, o capital se torna imobilizado, uma vez que a
mercadoria passa muito tempo parada, além de aumentar o risco de envelhecimento do produto,
necessitando assim de um maior controle e gerenciamento da armazenagem. Os custos com a mo-
vimentação também aumentam, devido a alta rotatividade dos produtos, visando atender a demanda.

O atual ambiente organizacional tem encontrado muitas dificuldades. Cumprir a missão empresarial
de forma independente está cada vez mais difícil. Dessa forma, as organizações tem buscado não só
o desenvolvimento e a implementação das estratégias competitivas como também, com importância
relevante e em franco crescimento, as estratégias cooperativas, visando atingir os objetivos com mais
rapidez e menor risco.

O atual ambiente organizacional tem encontrado muitas dificuldades. Cumprir a missão empresarial
de forma independente está cada vez mais difícil. Dessa forma, as organizações tem buscado não só
o desenvolvimento e a implementação das estratégias competitivas como também, com importância
relevante e em franco crescimento, as estratégias cooperativas, visando atingir os objetivos com mais
rapidez e menor risco.

A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoa-
mento do desempenho de uma organização quando é adequadamente entendida e executada. É um
conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.

Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, sendo responsá-
veis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa, chegando, em alguns
casos, a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empre-
sa.

Administrar materiais é acima de tudo colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela
participam.

Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das transações de


recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos de mo-
vimentações de entrada e de saída de material.

Dependendo do tipo de organização e de seu porte, a movimentação de material adquire maior, me-
nor ou relativa importância e complexidade dentro do sistema.

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento,


arrumação e conservação de matéria-prima, produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que este

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

processo envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma operação,
nas existências em trânsito, com o objetivo de lhes acrescentar valor.

Regras gerais aplicáveis à solução de determinados problemas, resultantes da experiência prática,

Direções a tomar na pesquisa da melhor solução,

Utilização econômica do equipamento, planejamento das operações e execução adequada.

Determinar o melhor método, do ponto de vista econômico para a movimentação, considerando as


condições particulares de cada operação,

Cada produto exige uma técnica adequada, sacos, paletes, granel,

Natureza do material, distância a ser percorrida, condições ambientais (temperatura, umidade, natu-
reza do piso e espaço), equipamento, grau de urgência, segurança,

Conhecer as técnicas utilizadas, verificar possibilidades de melhorias e inovações,

Análise ABC (custeio baseado em atividades), grandes oportunidades, produtos de alto volume, cen-
tavos X milhares de caixas = redução de custos, HE, contratações.

Integrar as atividades de movimentação, olhar para o conjunto: recebimento, estocagem, produção,


inspeção, embalagem, expedição e transporte,

Partes integrantes do sistema de movimentação como um todo,

Integração na cadeia de suprimentos, incluindo logística reversa,

Níveis de estoque reduzidos ao longo da cadeia reduzem a movimentação,

Fluxo de materiais e informações, concomitantes.

É essencial planejar um fluxo contínuo e progressivo de materiais (continuidade do fluxo na direção


do produto final,

Processo de fabricação: distâncias mínimas, posicionamento dos equipamentos deve prever a menor
movimentação possível,

Movimente os materiais em linha reta: a menor distância entre dois pontos é uma reta.

A força motora mais econômica é a gravidade,

Diferença de nível, verificar a possibilidade de se fazer a movimentação por gravidade,

Plano inclinado, escorregador ou roletes,

Custo, força para percorrer o processo,

Primeira de uma série de estações pode ser construída de modo que os materiais fluam sucessiva-
mente para os níveis inferiores,

Aproveitamento dos espaços verticais,

Percentual de ocupação, m³, capacidade cúbica,

Empilhamento de materiais, equipamentos adequados para a altura,

Limitação: taxa de compressão dos materiais,

Nas áreas de trabalho, espaços agrupados e não organizados e corredores bloqueados devem ser
eliminados.

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

É mais fácil movimentar um certo número de itens aglomerados em uma única unidade do que cada
um desses itens separadamente (unitização),

Menor incidência de danos e avarias ao material,

Risco de danos é diretamente proporcional ao número de operações a que cada item está sujeito,

Quando necessário, reprojete embalagens para melhor formação de cargas unitizadas e prevenir
avarias do produto,

Atentar-se para as limitações do edifício, corredores e equipamentos.

Reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do equipamento quanto da mão de obra,

Equipamentos parados geram custo para a empresa,

Uma unidade motora (trator, locomotiva) pode puxar uma carga muitas vezes superior àquela que ela
mesmo poderia suportar,

O uso de equipamento mecanizado em substituição a mão de obra geralmente aumenta a eficiência e


a economia do manuseio.

A produtividade aumenta conforme as condições de trabalho se tornam mais seguras,

Um dos objetivos da movimentação de materiais é melhorar as condições de trabalho.

Impacto ambiental e consumo de energia: critérios ao projetar-se sistema de movimentação,

Consciência ambiental: esforço para não perder os recursos naturais, prever e eliminar os possíveis
efeitos negativos das ações diárias,

Contentores, paletes: reutilização, biodegradáveis,

Materiais perigosos: necessidades especiais contra derramamento, combustão, outros riscos.

Usar equipamento mecanizado quando for praticável,

Máquinas propiciam uma produção mais uniforme,

Aumento de produtividade e redução de custos,

Sistema auxiliar,

Análise de custo benefício,

Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere
ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecâni-
ca quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais.

A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR,
são os artigos 182 e 183 da CLT (Consolidação das leis do trabalho).

Art. 182. O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:

I - as precauções de segurança na movimentação de materiais. nos locais de trabalho, os equipamen-


tos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a que estão sujeitas a operação e a
manutenção desses equipamentos, inclusive exigência de pessoal habilitado;

II - as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais, inclusive quanto às


condições de segurança e higiene relativa aos recipientes e locais de armazenagem e os equipamen-
tos de proteção individual;

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

III - a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de transporte, dos
avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das
substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das recomendações de primeiros socorros
e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo padronização internacional, nos rótulos dos
materiais ou substâncias armazenados ou transportados.

Art. 183. As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar familiarizadas
com os métodos racionais de levantamento de cargas.

Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução
para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os
custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos.

Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução
para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os
custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos.

É um subsistema responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo as atividades de


guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas normas
e métodos de armazenamento.

Entre os critérios mais comuns que orientam a elaboração de normas de armazenamento, podem ser
enumerados os seguintes:

Entre os critérios mais comuns que orientam a elaboração de normas de armazenamento, podem ser
enumerados os seguintes:

rotatividade de materiais;

volume e peso;

ordem de entrada/saída;

similaridade;

valor;

carga unitária;

acondicionamento e embalagem;

O critério de carga unitária baseia-se na constante necessidade de racionalização do espaço útil de


armazenamento, com o máximo aproveitamento do conceito de cubagem. Porém, aliada à racionali-
zação do espaço, a carga unitária favorece sobremaneira a boa movimentação do material, a rapidez
de carga e descarga e, consequentemente, a redução dos custos.

O critério de carga unitária baseia-se na constante necessidade de racionalização do espaço útil de


armazenamento, com o máximo aproveitamento do conceito de cubagem. Porém, aliada à racionali-
zação do espaço, a carga unitária favorece sobremaneira a boa movimentação do material, a rapidez
de carga e descarga e, consequentemente, a redução dos custos.

Também chamados de unidades de estocagem, esses equipamentos compreendem:

armações;

• estrados do tipo pallets;

• engradados;

• contenedores.

Todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos que são:

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NOÇÕES DE ARMAZENAMENTO

* juros;

* depreciação;

* aluguel;

* equipamentos de movimentação;

* deterioração;

* obsolescência;

* seguros;

* salários;

* conservação.

Para calcular o custo de armazenagem de determinado material, podemos utilizar a seguinte expres-
são:

CA = Q/2 x I x P

onde:

Q = Quantidade de material em estoque no tempo considerado.

I = Taxa de armazenagem, expressa geralmente em termos de porcentagem do custo unitário.

P = Preço unitário do material.

O uso de sistemas sofisticados, inclusive baseados em sistemas informatizados de gerenciamento,


permite uma base salutar para tomadas de decisões no tocante à movimentação e armazenagem de
materiais.

Movimentação e armazenagem de materiais são fatores que através de suas ações, resultam redu-
ção de custos consideráveis à organização.

As técnicas de movimentação e armazenamento de materiais são bastantes sofisticadas nos dias de


hoje. Mas, se não utilizada de maneira correta, recursos importantes serão desperdiçados pelas or-
ganizações. Existe uma grande variedade de equipamentos. Deve-se avaliar o custo-benefício. O
aumento da produtividade pode compensar gastos um pouco maiores. Em alguns casos, a escolha
fica limitada por causa do tipo de material, espaço disponível ou o próprio custo. Não basta ter o
equipamento certo - é preciso utilizá-lo de forma racional e otimizada.

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INVENTÁRIO

Inventário Físico

Inventário de Estoque

A falta de confiança sobre a acuracidade do seu estoque é responsável por prejuízos de diversas or-
dens. Todos os anos empresas registram grandes perdas financeiras devido a furtos internos ou exter-
nos, quebras e avarias, erros operacionais e validades expiradas de produtos. Se essas perdas não
forem controladas, não há como garantir que o estoque está correto e, além disso, se as informações
do estoque não são confiáveis, provavelmente a empresa estará constantemente com o risco de
stockout (falta de produtos em estoque) ou investindo mais capital do que o necessário superes tocando
mercadoria (estoque parado).

Outra perda, às vezes imperceptível ou não calculada, e que também é causada por divergências nas
informações de estoque (nesse caso, de posição no armazém), é o aumento do custo operacional, já
que que o estoque não está corretamente endereçado pelo sistema e o funcionário gastará mais tempo
para encontrá-lo. Todos esses problemas poderiam ser evitados se a empresa tivesse uma estratégia
eficiente de prevenção de perdas e uma correta política de inventário.

Você pode estar pensando: “mas eu realizo inventário em meu armazém e mesmo assim tenho muitas
perdas”. Talvez você esteja cometendo erros na execução do processo, na escolha do momento ideal
para inventariar ou do tipo de inventário mais adequado para o seu negócio e, ainda, na falta de uma
tecnologia que te dê suporte em todo o processo.

Ao longo deste texto você vai conhecer os benefícios do inventário, entender quando inventariar e como
inventariar, descobrir os principais tipos de inventário, a importância de definir uma política de inventário
e saber quais tecnologias ajudam no processo. Confira nos tópicos a seguir.

Mas afinal, o que é inventário?

O inventário é um processo de classificação, identificação e contabilização das mercadorias que estão


armazenadas no estoque.

Trata-se de uma visão completa e atualizada do estoque, ou seja, quais e quantos produtos estão no
armazém, seu valor e condição atual, além de sua localização.

Um processo de inventário tem três objetivos principais:

» Levantamento: contabiliza quais e quantos itens fazem parte de um estoque;

» Arrolamento: registro e conferência das características dos produtos, tais como quantidade/qualidade
por tipo;

» Avaliação: apreciação do valor dos itens armazenados, ou seja, calcular o capital armazenado.

Com a realização do inventário, a empresa consegue:

Conferir se as informações contábeis de entrada e saída de mercadorias condizem com a realidade


(com o que está armazenado fisicamente);

Verificar se houve qualquer prejuízo com perda, danificação ou extravio de produto;

Garantir que o estoque para a venda esteja realmente disponível;

Prever o momento certo para a reposição de mercadorias;

Evitar o acúmulo de produtos armazenados (estoque parado) e, quando isso for constatado, desenvol-
ver ações de marketing para que esses produtos tenham saída;

Evitar autuação da Receita Federal ou de algum outro órgão de fiscalização por divergências entre o
estoque contábil e físico.

Desse modo, os dados levantados pelo inventário formam o alicerce para que o gestor tome decisões
corretas e assertivas.

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INVENTÁRIO

Inventário = segurança financeira

Podemos dizer que o inventário garante a saúde financeira do seu negócio, já que estoque é dinheiro.
Cada produto que está armazenado no CD tem um custo não apenas relacionado ao valor pago ao
fornecedor, como também às despesas para a sua armazenagem e movimentação (espaço, mão de
obra e equipamentos). Nesse sentido, buscar o nível perfeito do estoque e controlar a quantidade que
entra e sai são ações imprescindíveis para quem quer o sucesso do negócio.

Vale acrescentar que a realização de inventários frequentes é fator primordial para aumentar a acura-
cidade do estoque, além de trazer outros ganhos diretos e indiretos como:

» Otimização da rotina operacional

Com todo o estoque correto (item, quantidade e localização), sua operação torna-se mais organizada
e ágil, facilitando o desempenho dos processos intralogísticos e garantindo a utilização inteligente dos
recursos do armazém (pessoas, equipamentos e área).

» Maior sincronização entre a Logística e o Comercial

A garantia do nível ideal de estoque e o compartilhamento das informações com o time de Compras e
Vendas eleva a eficiência da sua operação logística.

» Identificação rápida e assertiva dos produtos que têm um índice maior de divergência, rupturas e
perdas
A realização de contagens frequentes no seu estoque permite a rápida identificação dos itens com
divergência e o rastreamento das causas, possibilitando a tomada de decisões em tempo hábil para
corrigir as falhas.

» Aumento da segurança

A realização de inventários garante maior segurança ao seu armazém, especialmente em caso de itens
de maior valor agregado. Com as contagens frequentes, qualquer baixa pode ser rapidamente identifi-
cada e providências para identificar o desvio e aumentar a segurança podem ser tomadas.

» Elevação do nível de atendimento aos seus clientes

Ao fazer inventários, você evita ocorrências de stockout, pois o estoque físico e o disponível para a
venda estarão sincronizados. Isso tem um impacto direto na qualidade do atendimento ao cliente, pois
você não corre o risco de vender o que não tem. Lembre-se: se o cliente faz uma compra e tem o
pedido cancelado por falta de estoque, é provável que migre para o seu concorrente. E você certamente
não vai querer que isso aconteça.

Quando inventariar o estoque?

Antes de tratarmos especificamente dos tipos de inventário, vamos falar de um problema bastante co-
mum. Imagine uma empresa que trabalha com milhares de SKUs e que têm uma grande movimentação
de produtos. Se é realizado apenas um inventário ao ano, provavelmente não será possível identificar
o que gerou a (s) divergência (s) constatada (s), somente será feito o ajuste de estoque. As pequenas
divergências que acontecem na rotina daquele CD acabam se acumulando se não forem notificadas e
corrigidas a tempo.

Essa é uma realidade em muitos negócios que optam por fazer uma contagem anual. Entretanto, essa
estratégia de inventário geralmente é mais cara, pois envolve parar a empresa para fazer a contagem,
além de contar com horas extras dos funcionários. E, nesse caso, quando uma perda é percebida, não
há mais o que fazer, a não ser ajustar o estoque disponível no sistema de gestão. É por isso que a
primeira e mais importante recomendação, quando possível, é: faça inventários frequentemente.

Se você audita constantemente o seu estoque, fica muito mais fácil controlar as perdas/divergências,
evitando prejuízos. Além disso, ao fazer contagens frequentes, sua operação não precisa parar de
vender. Em outras palavras, trata-se de inserir a realização de inventários na sua rotina. E com a ajuda
de tecnologia, isso pode ser menos complicado do que parece.

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INVENTÁRIO

Quanto à frequência dos inventários, depende de cada negócio e produto comercializado. Eles podem
ser diários, semanais ou mensais, e variar de acordo com o giro do produto ou o seu valor. Contudo,
havendo qualquer ocorrência com uma mercadoria, seja nas movimentações internas (armazena-
gem/reposição) ou na saída, é sinal de que o inventário precisa ser realizado o quanto antes. Algumas
situações que merecem um acompanhamento por inventário são:

» Produtos com histórico de perdas frequentes;


» Produtos com ruptura identificada na preparação de pedidos ou no reabastecimento de linhas;
» Divergências encontradas nos inventários anteriores;
» Produtos visados – sujeitos a furtos;
» Produtos identificados como stockout ou superestocados.

O importante é criar uma rotina de controle de estoque para que você possa gerenciar seus produtos
de forma correta e, assim, obter os resultados desejados.

Como inventariar o estoque?

Agora que você já sabe a importância do inventário e de sua execução frequente, é hora de conhecer
todos os passos para realizar a contagem de maneira eficiente. Confira:

1) Defina uma data e horário para o início da contagem

É importante ter um bom planejamento e isso envolve o agendamento da tarefa. Ao definir quando
inventariar, considere a quantidade de produtos que será conferida e o tempo médio gasto nas conta-
gens anteriores. Assim, você terá uma previsibilidade maior acerca da duração da tarefa, podendo
escolher o melhor momento para que ela seja realizada.

2) Selecione os funcionários que irão participar da contagem e forme equipes com líderes

Como se trata de uma tarefa de suma importância, escolha colaboradores comprometidos e atentos
aos detalhes. Também é recomendável que você monte equipes de trabalho e defina seus líderes, que
serão responsáveis por coordenar os trabalhos, tirar dúvidas e oferecer ajuda quando necessário.
Quando se trabalha com equipes, a gestão fica distribuída, o que ajuda na comunicação e delegação
de tarefas.

3) Escolha as ferramentas que serão utilizadas

Tenha a tecnologia como uma aliada do processo de inventário. A utilização do WMS em conjunto com
dispositivos móveis faz toda a diferença. Nesse caso, é fundamental definir, por exemplo, o melhor
sistema para a sua empresa (parametrizável conforme as necessidades do seu negócio) e qual dispo-
sitivo utilizar (coletor de dados sem fio, computador com leitor de código de barras, smartphones, ta-
blets, etc.). Esqueça planilhas e papéis, pois registros de contagens feitos inicialmente à mão por um
funcionário e posteriormente digitados por outra pessoa estão sujeitos a erros. E o pior: nesse tipo de
trabalho é bem difícil identificar onde estão as falhas.

4) Organize a área de armazenagem

Não dá para fazer um inventário com um armazém desorganizado. É importante que os produtos este-
jam em posições identificadas (endereço), que as ruas e corredores estejam livres e que as áreas
estejam bem sinalizadas. Se possível, deixe os códigos de barras visíveis para facilitar a contagem,
defina como será a contagem de pallets, caixas e itens fracionados, e determine se as mercadorias
com defeito deverão ser contabilizadas ou direcionadas para áreas específicas.

5) Determine a estratégia de contagem

Elabore um roteiro. Defina se a contagem será em sequência ou em paralelo; se começará de baixo


para cima nos porta-pallets ou o contrário; se começará do centro para as extremidades nas ruas ou o
contrário; as regras para a recontagem (quem conta não reconta) e o número máximo de recontagens;
e como serão sinalizadas as áreas já contadas.

6) Trace estratégias para a melhor utilização de seus recursos

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INVENTÁRIO

Se o seu armazém possui produtos alocados em posições mais altas, você precisa definir a melhor
forma de contagem desses itens: se um funcionário irá utilizar um equipamento de elevação para fazer
a contagem ou se os pallets serão colocados no piso para a sua conferência. A primeira opção pode
ser mais rápida e econômica, considerando que as posições superiores alocam pallets fechados e,
portanto, não exigem uma contagem detalhada (item por item). Entretanto, gera uma concorrência pelo
uso do equipamento.

7) Treine seus funcionários e realize testes

É importante que toda a equipe esteja engajada para que o inventário seja realizado com sucesso. Daí
a necessidade de realizar treinamentos com a equipe que irá participar das contagens e com os líderes
que irão apoiar os grupos. O colaborador precisa saber o que fazer e, principalmente, que medida tomar
quando se deparar com cada tipo de situação que acontece no inventário (falta, sobra, avaria, etc.). O
funcionário precisa saber como contar cada produto, se contabiliza por embalagem ou unidade (regras
de contagem) e entender o tipo de código de barras usado em cada identificação (unitário ou caixa),
dentre outros detalhes.

Nesse caso, contar com um sistema WMS pode evitar dores de cabeça, pois o software gerencia a
contagem e registra tudo o que já foi auditado, evitando confusões e erros por parte dos funcionários.
Se você já possui um WMS, não se esqueça de treinar bem os seus funcionários quanto à utilização
do sistema e fazer testes no software antes de começar o inventário.

8) Defina como acompanhar o inventário

É importante que você determine quais indicadores irá avaliar durante e após a realização do inventário.
São essas métricas que te fornecerão importantes insights para a tomada de decisões, correção de
falhas, etc. O sistema WMS fornece uma série de KPIs exclusivos para inventário, por isso é funda-
mental que você avalie quais indicadores são oferecidos antes de escolher o software que melhor
atende o seu negócio.

9) Depois do planejamento, é hora de executar a tarefa

Acompanhe a contagem para se certificar que tudo está correndo bem. Se qualquer falha for cometida,
pare, reúna as equipes e tente encontrar uma solução.

Para que você não perca nenhuma informação, conte com um sistema WMS e a funcionalidade de Ges-
tão à Vista, que permite que você acompanhe o desempenho da contagem em tempo real, podendo se
antecipar aos erros e fazer os ajustes necessários.

10) Não se esqueça de fazer a auditoria da contagem

Quando a contagem for finalizada, verifique se todos os locais e produtos previamente definidos foram
realmente conferidos. Se tudo foi contabilizado, é hora de avaliar os resultados.

11) Avalie os resultados e tome as medidas necessárias para corrigir eventuais erros

Dependendo da sua programação, finalizado o inventário, você terá pouco tempo para avaliar os resul-
tados, já que a empresa não pode parar, principalmente em se tratando de negócios varejistas ou com
muitos SKUs. E, nesse caso, talvez não seja possível tratar individualmente todas as divergências. Daí
a importância de definir uma estratégia para verificar as maiores discrepâncias, podendo ser por valor
absoluto ou por quantidade.

Dada a complexidade dessa tarefa, seria muito bom contar com a tecnologia a seu favor, afinal, os
dados já estão no sistema, assim como os resultados das últimas contagens. Nesse caso, o sistema
tem condição de identificar quais as divergências que merecem a sua atenção. A Delage possui uma
solução específica para esse momento: o Accuinventory.

Esse sistema centraliza todos os dados e faz a análise com eficiência e agilidade, ou seja, gera ordens
de contagens periódicas, seleciona os produtos com maior probabilidade de divergência, notifica falhas
e ajuda na interpretação dos dados obtidos, permitindo a tomada de decisões assertivas e a rápida
correção dos desvios. Inclusive, quando acontecem situações recorrentes que claramente são geradas
por inversões de contagens, o sistema pode tomar as decisões por você de forma automática.

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INVENTÁRIO

Tipos de Inventário

Conheça os tipos mais comuns de inventário:

1) Inventário geral

Processo de contagem que abrange todos os itens armazenados, sendo geralmente programado para
períodos próximos ao fechamento contábil ou em ocasiões extraordinárias. Por envolver a contagem
de todas as mercadorias estocadas, o inventário geral tem uma duração relativamente prolongada,
requerendo, muitas vezes, que a operação seja paralisada para que aconteça. Nesse caso, uma boa
estratégia de contagem é dividir o armazém em regiões e contar por endereços/setores.

2) Inventário rotativo ou cíclico

Visa distribuir as contagens ao longo do ano, em intervalos regulares (ex: diários, mensais, bimestrais,
semestrais, etc.), sendo cada contagem concentrada em um conjunto de itens. Esse tipo de inventário
tem duração menor e oferece mais condições de analisar causas de divergências/perdas, pois as mes-
mas são identificadas rapidamente, e, assim, fazer os ajustes necessários. Com isso, há um maior
controle do estoque.

A contagem cíclica pode ser gerada a partir de uma parametrização prévia no sistema WMS. Esse tipo
de inventário pode ser completo ou por amostragem, tendo a possibilidade de chegar ao nível do pro-
duto, em seu detalhamento. Além disso, é possível incluir nas contagens rotineiras eventuais exceções
que surjam no CD, como por exemplo, a ruptura de um item no picking ou a falta de um item na repo-
sição.

Existem algumas submodalidades da contagem cíclica, tais como:

» Por amostragem: o gestor determina o percentual de produtos a ser contabilizado, conseguindo as-
sim ter uma amostra do nível de qualidade em que se encontra o estoque, por exemplo, pode se definir
uma contagem de 20% dos produtos que foram recebidos ou expedidos no dia anterior.

» Por itens movimentados: nesse caso, são inventariados apenas os itens que tiveram movimentação
no período. Essa forma de contagem baseia-se no preceito de que as mercadorias que foram movi-
mentadas estão mais sujeitas a falhas (devido ao manuseio de pessoas), não havendo a necessidade
de inventariar os demais itens armazenados.

» Por qualidade: contagem focada na análise da qualidade de determinados grupos de produtos, ava-
liando, por exemplo, seu estado físico, data de validade, contaminação ambiental (química ou bioló-
gica), dentre outros aspectos importantes. Nesse caso, é importante contar com uma equipe bem trei-
nada para a identificação das não conformidades. Dentro desse processo, é realizada a contagem e o
acerto do estoque, retirando todas as avarias detectadas.

» Geográfico: nesse caso, determina-se uma faixa de endereço no estoque que deve ser contabilizado.
A contagem acontece em uma região específica, inventariando apenas os produtos alocados nesse
local (modalidades: visual de endereços vazios, de localização, de reserva – movimentações para se-
gregação, região, ruas/corredores, estações de picking).

» Por produto: contagem de um grupo de produtos ou único produto pré-determinado em todas as áreas
do armazém.

» Por curva: esse é um tipo de inventário mais elaborado, muito comum nos clientes da Delage, onde
se determina pelo giro do produto (curva ABC) qual a periodicidade do fechamento do ciclo. Por exem-
plo, podem ser definidas regras de contagem em que produtos das curvas A e B (altíssimo giro) são
contados em ciclos mensais, e regras em que produtos B e C (médio e baixo giro) são contados em
ciclos trimestrais. Nessa configuração, todos os dias contam-se N itens, nas proporções de cada curva,
intercalando as duas regras citadas acima.

Ao determinar o plano de contagens cíclicas é fundamental considerar que todos os itens do estoque
sejam contabilizados ao menos uma vez ao ano. Geralmente, a determinação da frequência de conta-
gens e número de ciclos é feita em função da classificação ABC ou número de posições no CD (ende-
reços).

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GESTÃO INTEGRADO

Gestão Integrado

Até mesmo pequenos negócios como quiosques de rua contam com o suporte de algum tipo de
ferramenta de automação. Isso não é feito apenas para melhorar processos internos e simplificar a
gestão financeira. A indústria, por exemplo, conta com um sistema de gestão integrada.

A tecnologia definitivamente revolucionou a forma como as relações humanas e de consumo ocorrem.


Hoje, não podemos mais imaginar o mundo sem os tablets, smartphones e notebooks. Também não
vivemos mais sem as lojas virtuais, o relacionamento com empresas nas mídias sociais, entre muitas
outras facilidades. É claro que essa realidade afeta diretamente a rotina das empresas. Acima de tudo,
essa é uma forma de satisfazer as necessidades desse novo consumidor.

Um dos assuntos em pauta nas organizações é justamente o uso dessas ferramentas de automação:
os sistemas de gestão integrada. É com esses tipos de sistemas que podemos otimizar a rotina da
organização, cortando processos manuais e melhorando muito o desempenho da empresa.

O assunto é muito profundo, isso porque é necessário que o empreendedor domine bem alguns
aspectos para que possam refletir a respeito da situação da sua empresa. Pensando nisso, resolvemos
trazer um material especial, detalhando todas as informações o que os nossos leitores precisam saber
a respeito de um sistema de gestão integrada.

Aqui você vai saber o que é um sistema de gestão integrada e quais são seus benefícios, descobrir os
principais módulos, aprender a fazer uma gestão de mudança para o novo sistema, descobrir as
principais métricas para medir o desempenho do ERP e, além de tudo isso, saber como realizar a
contratação do melhor prestador de serviço na sua área.

Portanto, se você deseja que a sua empresa esteja por dentro das novidades e pretende implementar
um Sistema de Gestão Integrada, continue a leitura deste post e descubra tudo o que você precisa
saber sobre o assunto!

Afinal, O Que É Um Sistema De Gestão Integrada?

O sistema de gestão é um programa de computador desenvolvido para auxiliar na gestão dos


negócios. Eles são utilizados em todos os setores da empresa, independentemente do tamanho e do
ramo de atividade do negócio. São também conhecidos como ERP — do inglês Enterprise Resource
Planning

Normalmente os sistemas de gestão integrada estão interligados aos processos da empresa, desde a
solicitação de compra de um suprimento até o recebimento da fatura. Permeiam todas as etapas
produtivas e seus desdobramentos contábeis.

Benefícios Do Sistema De Gestão Integrada?

1. Melhoria No Controle Dos Processos

Com a utilização de um sistema de gestão integrada todos os seus processos estarão suportados e
controlados por ferramentas informatizadas.

Todas as operações serão registradas e o fluxo da informação e das atividades será monitorado.
Assim, quando a nota fiscal de um insumo for registrada no sistema, o ―contas a pagar‖ será informado,
gerando um título a ser pago.

O estoque no almoxarifado será incrementado e disponibilizado para a área produtiva utilizar o


suprimento. A área de manufatura manipulará este insumo e a área de vendas poderá vender o
produto acabado que foi produzido.

O faturamento será feito e o ―contas a pagar‖ receberá um valor a ser cobrado. Tudo isso com os
controles fiscais e contábeis sendo feitos.

2. Diminuição Dos Retrabalhos

Haverá uma redução muito grande do retrabalho. A informação fluirá pelos diversos setores da
empresa sem que haja manipulação e a alteração dos dados.

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GESTÃO INTEGRADO

Trabalhos repetitivos serão sistematizados, disponibilizando recursos humanos para outras tarefas
mais sofisticadas e estratégicas da empresa.

3. Confiabilidade Das Informações

Como as informações não serão mais manipuladas, a confiabilidade aumentará. A transferência dos
dados para os órgãos fiscalizadores será mais tranquila e a possibilidade de erros diminuirá.

O atendimento ao Sped — Sistema Público de Escrituração Digital —, tanto o contábil quanto o fiscal,
será feito com mais segurança e validado antes da transmissão para as instituições responsáveis.

Todos os registros de produção, necessários para o Bloco K, poderão estar disponíveis, facilitando o
envio. Aplicativos de apoio à tomada de decisão, dotados de gráficos e relatórios sintéticos, estarão
acessíveis para os gestores, facilitando a administração.

4. Utilização De Dashboards

Gerir uma empresa baseado em suposições pode acarretar inúmeros problemas. Por outro lado, a
utilização de dashboards de um sistema de gestão integrado apoia a decisão sobre cada tarefa a ser
executada.

Desse modo, um painel de controle permite visualizar o que é feito em cada departamento: isso
possibilita uma visão mais ampla do negócio e facilita o controle dos processos.

Além disso, gráficos são disponibilizados para apresentar o desempenho das tarefas. Assim, cada vez
que uma atividade não apresentar o resultado esperado, as falhas podem ser corrigidas em tempo real.

5. Agilidade Nos Processos

Os processos estarão mais ágeis e transparentes — podendo ser visualizados por todos os
departamentos da empresa. Além disso, alguns ERPs dispõem de facilidades para serem liberados
para o chão de fábrica, garantindo rapidez nas atividades fabris e uma segurança maior no controle e
acompanhamento da produção.

6. Otimização De Processos

Além de ágil, o sistema inteligente permite o aumento na produtividade e a otimização nos processos
da empresa. Isso porque os resultados podem ser monitorados e controlados pelo gestor.

Ao acompanhar o andamento das atividades, todas as tarefas podem ser organizadas para atingir as
metas propostas e avaliar o desempenho dos colaboradores — retrospecto de vendas, produtividade
da indústria, relacionamento com os clientes e a qualidade dos serviços, por exemplo.

A avaliação dos processos é baseada em dados confiáveis e precisos — e não somente em


―achismos‖ e na intuição que, muitas vezes, pode falhar. Logo, a tomada de decisões é apoiada por
aspectos realmente relevantes.

7. Redução De Custos

O custo da operação total será reduzido. As despesas eventuais, como multas e atrasos, serão
minimizadas face ao maior controle e supervisão. A eliminação do retrabalho e a assertividade nas
tarefas também trarão um decréscimo no custo.

8. Redução De Erros

De fato, as tarefas rotineiras executadas manualmente estão sujeitas a erros, principalmente quando a
pessoa responsável realiza diversas funções na empresa.

Ao utilizar um sistema de gestão integrada, muitas demandas são automatizadas. Assim, as falhas são
evitadas e o profissional pode se dedicar a atividades que realmente trazem retorno para a
organização.

9. Redução Nas Perdas

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GESTÃO INTEGRADO

Outro ponto importante é que um sistema ERP gera economia para a empresa e reduz as perdas. Isso
porque ele identifica quais pontos precisam ser melhorados e mostra as opções adequadas para que
as metas sejam alcançadas.

Assim, a redução das perdas refletirá em todas as fases do projeto: planejamento, execução, cadeia
produtiva e logística. Ou seja, todas as operações e atividades que não agregam valor ao produto final
são removidas do processo. Isso evita erros e desperdício de insumos e produtos.

Dessa forma, sem dúvidas, o melhor investimento que uma empresa pode fazer para otimizar os
custos e reduzir as perdas é implantar um sistema ERP em suas atividades.

10. Abolição De Diversos Softwares

Algumas empresas utilizam diversos programas exclusivos para cada função (contas a pagar, folha de
pagamento, impostos, controle das vendas, controle de produção, etc.). Além de sair caro o custo para
cada licença específica, muitas vezes não é possível a comunicação entre os softwares — e isso
representa desperdício de tempo e dinheiro.

Ao optar por um sistema ERP, todos os processos são integrados. Ou seja, existe um controle de
ponta a ponta de todo o gerenciamento da empresa. Assim, o negócio ganha uma comunicação interna
mais eficiente e os custos são drasticamente reduzidos.

Além desses benefícios que falamos até aqui, muitos outros serão acrescentados à sua empresa.
Entre eles, podemos destacar:

 Gera transparência e cria um clima organizacional (ambiente interno da empresa) mais saudável;

 Padroniza os processos;

 Fortalece a imagem da empresa no mercado;

 Aumenta as vendas e o número de clientes;

 Melhora a produtividade;

 Aumenta a competitividade;

 Utiliza as melhores práticas de gestão;

 Melhora o fluxo da informação;

 Reduz o tempo de reuniões;

 Elimina incertezas;

 Otimiza estoques;

 Aumenta a qualidade dos produtos e serviços;

 Diminui os riscos de acidentes (inclusive ambientais);

 Eleva a satisfação de funcionários, clientes, investidores e acionistas.

Gestão Integrada - Você sabe o que é?

Gestão integrada, nada mais é, que a integração de diversos sistemas de gestão com o objetivo de
implementar suas políticas e atingir seus objetivos de forma mais eficaz.

Qualquer empresa que queira melhorar seus processos internos e ainda minimizar os riscos, pode
adotar a gestão integrada.

E os benefícios vão muito além, entre eles é possível destacar:

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GESTÃO INTEGRADO

· Melhoria da qualidade dos produtos e serviços;


· Economia de tempo e custos;
· Fortalecimento da imagem da empresa;
· Satisfação dos clientes, funcionários, fornecedores e investidores;
· Prevenção de falhas, etc.

Uma adequada gestão integrada dos processos também traz benfeitorias nas esferas social e
ambiental da empresa.

Além disso, pode certificar pela qualidade de suas ações. O profissional ou empresa responsável pela
gestão integrada deve liderar uma equipe de outros gestores de cada área e acompanhar todos esses
trabalhos.

Para a implementação na empresa, recomenda-se a contratação de uma empresa para prestar


consultoria ou que toda a equipe passe por treinamentos.

Vale lembrar que os profissionais também devem ter qualificação para exercer tais funções.

Gestão Integrada De RH: Por Que É Importante Para A Sua Empresa?

Por que é importante para a sua empresa ter uma gestão de RH integrada?

É indiscutível a importância de uma excelente gestão de pessoas para o desenvolvimento de uma


empresa. Logo, é fundamental que o departamento pessoal esteja sempre atualizado e em harmonia
com os processos e decisões gerenciais da organização. Neste cenário, se destaca a implantação de
uma gestão integrada de RH.

Por meio desta ferramenta, é possível unir os sistemas utilizados para gerenciar um negócio com
consistência e coesão. A função de uma gestão pessoal integrada é agilizar e otimizar os processos de
uma empresa a fim de atingir seus objetivos de forma mais eficaz e precisa.

Por Que Integrar

Há muito tempo o papel do setor de RH vai além de apenas lidar com admissões, desligamentos,
pagamentos e procedimentos burocráticos ligados diretamente aos colaboradores.

Atualmente é fundamental que o departamento pessoal consiga gerar diagnósticos e soluções sobre a
imagem da empresa, o nível de satisfação de seus colaboradores e vários outros aspectos cruciais
para a saúde do empreendimento.

Desta forma, os processos geridos pelo RH devem estar completamente alinhados não somente aos
valores e à cultura organizacional, mas às metas e objetivos definidos pela empresa.

Consequentemente, é essencial que os sistemas aplicados na instituição dialoguem entre si, facilitando
análises e agilizando procedimentos que anteriormente eram executados isoladamente em cada setor.

Benefícios De Uma Gestão Integrada De RH

Ao estabelecer sinergia entre departamentos e sistemas de uma empresa, consegue-se estabelecer


uma visão mais clara dos pontos fortes e fracos da força de trabalho. Assim, executivos são capazes
de identificar com maior facilidade gargalos e falhas que afetam a produtividade final.

Com a integração dos sistemas, obtém-se dados mais precisos para a realização de um planejamento
eficiente, além de trazer rapidez e eficácia aos processos diários por meio da automatização. Vamos a
dois exemplos práticos de vantagens oferecidas pela integração da gestão de RH:

Contratações Melhores Com Menor Custo

Uma solução integrada ajuda a empresa a melhorar a eficiência do processo de recrutamento e


admissão de novos colaboradores. Várias tarefas como o anúncio de vagas, a seleção de currículos e

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GESTÃO INTEGRADO

o filtro de candidatos podem ser automatizadas. Como esperado, esse tipo de medida reduz
drasticamente o custo das contratações.

O Que É Um Sistema De Gestão Integrada?

Um software de gestão integrada é um sistema de gestão que integra todos os sistemas e processos
de uma organização num quadro completo, permitindo que a organização funcione como uma única
unidade com objetivos unificados.
Com um software de gestão integrada, a sua organização torna-se um todo unificado, com cada função
alinhada atrás de um único objetivo: melhorando assim o desempenho de toda a organização.

Um software de gestão integrada fornece uma imagem clara e holística de todos os aspectos da sua
organização, como afetam uns aos outros, e seus riscos associados. Há menos duplicação, e torna-se
mais fácil adotar novos sistemas no futuro.

O software de gestão integrada permite que a equipa de gestão possa criar uma estrutura que possa
ajudar, de forma eficaz e eficiente, a atingir os objectivos da organização. Desde gerenciar as
necessidades dos funcionários, a monitorizar as actividades dos competidores, desde encorajar as
melhores práticas a minimizar riscos e maximizar os recursos, uma abordagem integrada pode ajudar a
organização a alcançar os seus objetivos.

Quem Pode Beneficiar Do Software De Gestão Integrada?

O software de Gestão integrada é relevante para qualquer organização, independentemente do


tamanho ou setor, desde que procurem integrar dois ou mais dos seus sistemas de gestão num
sistema coeso, com um conjunto de documentação, políticas, procedimentos e processos holísticos.
Normalmente, as organizações mais receptivas a este produto serão aquelas que têm sistemas de
gestão antigos e que desejem introduzir outros sistemas de gestão à sua organização para obter
benefícios.

Gestão Integrada

Como posso garantir design e implementação eficaz?

Para garantir que a implementação seja feita de forma eficaz, os passos listados abaixo devem ser
seguidos:

 Definir o modelo de negócio e funções primárias

 Analisar os processos de negócios usando fluxogramas, técnicas de análise de falhas

 Formular as políticas operacionais que irão reger os processos e suas inter-relações

 Desenvolver processos internos do negócio para controlo de cada processo de negócio que definam
quem faz o quê, onde, quando e como

 Implementar práticas novas e melhoradas, se necessário

 Identificar as necessidades de documentação adequada através da ligação com os procedimentos de


controlo

 Documentar o sistema

Como Devem Os Sistemas Ser Integrados?

Existem várias abordagens, que podem ser tomadas, dependendo da posição atual da organização. No
entanto, todos os sistemas devem eventualmente compartilhar os seguintes processos:

 Análise da administração

 Desenvolvimento e controle documental

 Acompanhamento, análise e revisão

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GESTÃO INTEGRADO

 Auditoria interna

 Formação

 Melhoria contínua (Ações Corretivas e Preventivas)

O Que São Sistemas De Gestão Integrada?

Um sistema de gestão integrada (IMS) é um sistema de gestão, que integra todos os componentes,
relevantes, de um negócio num sistema coerente de modo a permitir a realização ideal dos seus
objectivos de negócio. A abordagem integrada exige a combinação de todas as práticas de gestão
interna, do negócio, num único sistema.

O Que Pode Ser Integrado?

Qualquer sistema, que seja exigido pelo funcionamento eficaz de um negócio, pode ser integrado, total
ou parcialmente sob uma estrutura de gestão unificada. Em essência, qualquer sistema, que tenha um
impacto no desempenho geral do negócio deve ser parte do sistema de gestão integrada.

O Que É Necessário Para Garantir Sistemas Eficazes De Gestão Integrada?

Para garantir sistemas eficazes, as seguintes funções devem ser executadas:

 Avaliação de risco – isto deve abordar as percepções dos clientes, riscos à saúde e segurança,
preocupações ambientais e impactos e modos de falha do processo. Por ter uma abordagem comum
será mais fácil comparar os riscos que ocorrem em diferentes partes do negócio.

 Gestão de normas e Regulamentos – para capturar normas e regulamentos no que diz respeito às
especificações do produto, segurança de ambiente e saúde e os seus impactos sobre o negócio.

 Gestão da Melhoria Contínua – este deve concentrar-se em programas de melhorias específicas


relacionadas com a qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. Abrangido assim clientes,
funcionários e público em geral.

Qual É A Melhor Abordagem A Adoptar?

Tenha ou não a organização um sistema existente (formal ou não), o melhor é adotar um software de
gestão integrada. Os benefícios são que pode ser construído um sistema coerente, que serve as
necessidades do negócio e não amarra a organização a um determinado padrão. Os padrões são
usados para ajudar a identificar tarefas e processos. Esta abordagem começa por ver o negócio como
um todo e estabelecer os seus objetivos.

Que Tipos De Sistemas Podem Ser Integrados?

Todos os sistemas relevantes ao negócio, certificados ou não, podem ser incluídos. Estes podem
incluir: Qualidade (ISO 9001); Ambiental (ISO 14001), Saúde e Segurança Ocupacional (OHSAS 18001
e BS 8800); Segurança Alimentar e Análise de Perigos Pontos de Controlo Críticos (HACCP); Práticas
de Comércio Éticas (SA 8000), Contabilidade Social e ética, Auditoria e Reporting (AA 1000); Investir
nas pessoas (IIP); Direito da Sociedade da Prática de Gestão Standard (LEXCEL), as Directivas
Europeias e Marcas CE; Segurança da Informação (BS 7799); Requisitos do Sistema de Qualidade
para Fornecedores da Indústria Automotiva (ISO / TS 16949 e QS 9000); Requisitos do Sistema de
Qualidade para Fornecedores de Telecomunicações (TL 9000) e

Modelo De Negócios Excellence (BEM)

A utilização de uma abordagem combinada ou integrada em todos os critérios de auditoria vai ajudar a
ganhar eficiência que não pode ser alcançada por sistemas de auditoria de gestão, individuais.

Muitas organizações optam por combinar auditorias de ISO 9001 e ISO 14001, ou ISO 14001 e
OHSAS 18001. Muitas outras combinações são possíveis.

A auditoria combinada ou integrada pode trazer muitos benefícios para a sua organização, tais como:

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GESTÃO INTEGRADO

menores custos de certificação, menos interrupções para a organização, documentação reduzida,


processos simplificados e objetivos mais consistentes através de vários sistemas.

Política De Gestão Integrada

Toda a actividade da Renascimento é baseada e orientada por uma política de qualidade, ambiente,
segurança e responsabilidade social. Assim sendo, a Direcção da empresa, estabelece um conjunto de
princípios e orientações que visam a melhoria contínua do sistema, a protecção do ambiente,
mecanismos anti-corrupção, assim como o bem-estar dos seus colaboradores, cumprimento dos
direitos humanos e do trabalho.

Para tal compromete-se a:

• Criar mais valor às organizações dos seus clientes e restantes parceiros, disponibilizando apoio
técnico e ambiental, uma adequada gestão dos seus resíduos e através da realização de ações de
sensibilização e formação;

• Cumprir, de uma forma contínua, os serviços nos prazos estabelecidos, respeitando as práticas
ambientais e de segurança mais adequadas e com qualidade que satisfaça e supere as expectativas
dos seus clientes e de partes interessadas, de forma a ter uma presença marcante e de excelência no
mercado da Gestão Global de Resíduos, tendo como objeto nuclear a satisfação do seu Cliente;

• Fomentar o respeito mútuo e defender o direito de igualdade no ambiente de trabalho sem


discriminação ou distinção de etnia, credo ou género, e abolir qualquer trabalho infantil;

• Promover a segurança, saúde e bem-estar dos colaboradores, através do desenvolvimento de ações


de sensibilização, formação e prevenção, contribuindo para o aumento da produtividade, eficiência,
motivação e qualidade dos serviços prestados, dando prioridade às medidas de proteção coletiva;

• Formar, informar e sensibilizar os colaboradores para que zelem pela sua própria Segurança e a dos
seus colegas, pelo Ambiente e pela Qualidade das tarefas que desempenham, atuando, sempre, de
forma consciente, ética e responsável;

• Prevenir a poluição através da aplicação de boas práticas de gestão ambiental, com destaque para
uma gestão criteriosa dos resíduos, privilegiando a redução, reutilização e reciclagem/valorização, e
preservação dos recursos naturais, contribuindo dessa forma para a melhoria contínua do seu
desempenho ambiental;

• Estimular o desempenho dos seus fornecedores e procurar relações estáveis e de confiança mútua a
longo prazo;

• Promover a melhoria contínua, avaliando o desempenho do Sistema de Gestão Integrado,


estabelecendo e revendo os objetivos estabelecidos;

• Cumprir a legislação, as normas de referência e outros requisitos que subscreva no âmbito da


Qualidade, do Ambiente, da Segurança e Saúde no Trabalho e da Responsabilidade Social;

• Interagir com as comunidades onde está inserida de forma a contribuir para o seu bem-estar, e
incentivar ou valorizar práticas de voluntariado e/ou atividades humanitárias;

• Garantir investimentos que assegurem o aumento da eficiência e a melhoria contínua da eficácia do


SGI e contribuam para a competitividade, sucesso e a sustentabilidade económico- financeira da
atividade da empresa.

A Direcção solicita assim a todos os seus colaboradores, aos prestadores de serviços e produtos e a
outras partes interessadas, que no âmbito das suas funções considerem esta cultura de Qualidade,
Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social como prioridade e a integrem como princípio básico
no desempenho das suas actividades, contribuindo assim, em conjunto, para um desenvolvimento
sustentável que a todos beneficia.

A Verallia está empenhada em constantemente buscar as melhores soluções para seus clientes, nas

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GESTÃO INTEGRADO

diferentes dimensões de nosso trabalho. Para isso utiliza um sistema de gestão integrado, que realiza
uma série de ações exercitadas a cada dia nas atividades da empresa:

 Valorizar e incentivar uma cultura organizacional em que a Qualidade seja ponto fundamental. Essa
cultura é baseada na inovação, no desenvolvimento de novos produtos, em processos mais eficazes e
na sustentabilidade. A Verallia busca orientar esse pensamento ao cliente, comunidades em que a
empresa está inserida, parceiros e fornecedores, para que todos os acionistas sejam capazes de
exceder suas expectativas, assegurando assim a proteção e sustentabilidade do ambiente, da
segurança alimentar do produto e da segurança e saúde no trabalho, num compromisso de melhoria
contínua;

 Executar e, se possível, melhorar os processos internos de forma a cumprir com absolutamente todos
os requisitos legais e normas da empresa, estabelecendo mecanismos proativos de prevenção de
acidentes, controle de riscos ambientais e busca de qualidade de vida. Para isso, contamos com a
participação ativa de todos os nossos colaboradores, independente de sua posição hierárquica na
organização.

 Incentivar a criatividade em todas as atividades da empresa, buscando intensamente a participação


interna para a melhoria contínua do desempenho da organização, que resulte na simplificação de todos
os processos, redução dos tempos de resposta e excelência nas soluções apresentadas aos clientes;

 Assegurar o envolvimento, participação e melhoria da satisfação de todos os colaboradores, por meio


de políticas de reconhecimento do compromisso e desenvolvimento profissional, estimulando o
trabalho em equipe e a flexibilidade.

O Que São Sistemas Integrados De Gestão?

Integração

Integrado significa combinado - colocar todas as práticas internas de gestão em um único sistema, mas
não como componentes separados. Para que esses sistemas sejam parte integrante do sistema de
gestão da empresa, devem haver ligações para que as fronteiras entre os processos sejam tênues.

Sistema

Sistema é a interligação de componentes para alcançar um determinado objetivo. Tais componentes


incluem a organização, os recursos e os processos. Portanto, fazem parte do sistema as pessoas, os
equipamentos e a cultura, bem como as práticas e as políticas documentadas.

Definição

Sistema Integrado de Gestão (SIG) é um sistema de gestão que integra todos os componentes dos
negócios da organização em um único sistema coerente, de forma que seja possível alcançar seu
propósito e missão.

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GESTÃO INTEGRADO

O Que Deve Ser Integrado?

Qualquer coisa que tenha efeito nos resultados da empresa deve fazer parte do sistema de gestão.
Portanto, o SIG deve integrar todos os sistemas atuais formalizados que focalizam qualidade,
segurança e saúde, meio ambiente, pessoas, finanças etc. Isso significa que todos os processos e
documentos que descrevem esses sistemas devem ser integrados.

O Que Não É Integração

Para integrar algo, não basta colocá-lo próximo aos outros componentes - é preciso fixá-lo aos outros
de maneira que forme um todo. Portanto, colocar o sistema financeiro, o sistema da qualidade e o
sistema ambiental em um único manual de políticas e procedimentos não é a mesma coisa que integrar
os sistemas de gestão. Criar uma norma nacional para sistemas de gestão não é integração. Comprar
um software que gerencie a documentação da qualidade, segurança e meio ambiente não é
integração. Fundir áreas como, por exemplo, alocar o gerente da qualidade, o gerente de segurança e
o gerente de meio ambiente em um mesmo departamento, não é integração.

Gestão Integrada

Às vezes, a palavra "sistema" é omitida, mudando assim o sujeito da integração de sistema para
gestão. Gestão integrada é um conceito no qual a gestão funcional é diluída por toda a organização, de
forma que os gerentes administrem uma série de funções. Por exemplo, o gerente de fabricação
poderia gerenciar planejamento, fabricação, segurança, pessoal, qualidade, meio ambiente, finanças
etc.

Por Que Integrar Os Sistemas De Gestão?

Razões

Há várias boas razões para a integração:

 Reduzir a duplicação e conseqüentemente os custos;

 Reduzir riscos e aumentar a lucratividade;

 Balancear objetivos conflitantes;

 Eliminar responsabilidades e relações conflitantes;

 Descentralizar o sistema de poder;

 Colocar o foco nos objetivos do negócio;

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GESTÃO INTEGRADO

 Formalizar sistemas informais;

 Harmonizar e otimizar práticas;

 Criar consistência;

 Melhorar a comunicação;

 Facilitar o treinamento e o desenvolvimento.

Pressão

A pressão para integrar sistemas de gestão vem de dentro. Dificilmente os clientes exigirão um SIG.
Não existem normas internacionais para sistemas integrados de gestão.

Como Integrar Os Sistemas?

Há vários métodos que podem ser usados, dependendo da situação atual da organização.

Conversão

Se a organização possui um Sistema de Gestão da Qualidade certificado, poderá começar a partir daí,
acrescentando os processos necessários para atender aos requisitos de saúde, segurança, meio
ambiente e outros requisitos de normas para sistemas de gestão. Todos os sistemas devem ter em
comum os seguintes processos:

 Desenvolvimento e controle de documentos;

 Treinamento;

 Auditoria interna;

 Análise crítica pela direção;

 Ação corretiva;

 Ação preventiva.

Eis alguns acréscimos importantes:

 Avaliação de riscos - deve abordar riscos de segurança, impactos ambientais e modos de falha de
processos. Com uma abordagem comum, será fácil comparar os riscos que afetam diferentes partes do
negócio da organização.

 Gestão de regulamentações - deve abranger a captação de regulamentações sobre saúde,


segurança etc, e a análise e o impacto das mesmas.

 Gestão de programas - deve focalizar programas específicos de melhoria como, por exemplo,
melhoria da segurança e do meio ambiente.

 Conscientização pública - deve abordar a notificação de aspectos de saúde, segurança e meio


ambiente.

A integração acontece após o acréscimo de novas práticas aos processos existentes, e a conseqüente
revisão dos documentos para que abranjam saúde, segurança etc.

O ponto fraco dessa abordagem é que a qualidade do resultado depende muito do enfoque usado pela
organização ao desenvolver o sistema da qualidade original.

Fusão De Sistemas

Se a organização tem mais de um sistema formal (ex.: um sistema de gestão da qualidade e um


sistema de gestão ambiental), poderá fundir os dois e prosseguir a integração de outros sistemas

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GESTÃO INTEGRADO

quando iniciar sua formalização. Com esse método, a organização poderá fundir a documentação que
serve de apoio ao mesmo processo. Contudo, continuarão existindo dois sistemas separados, a menos
que os rótulos sejam removidos e a qualidade, a segurança e o meio ambiente deixem de ser
separados no nível de detalhes.

Abordagem De Engenharia De Sistemas

Se a organização tem um sistema formal ou um sistema informal, poderá adotar o abordagem de


engenharia de sistemas para o desenvolvimento de sistemas de gestão; isto é, conceber um sistema
de cima para baixo para atender a um objetivo específico. O benefício é que será estruturado um
sistema coerente, que atenderá às necessidades da organização sem vinculá-la a uma norma
específica. As normas são usadas para ajudar a identificar tarefas e processos. Essa abordagem
começa com uma análise geral da empresa e o estabelecimento de seus objetivos, da missão e dos
processos centrais que levam ao cumprimento dessa missão. As etapas que se seguem são:

 Modelar os negócios da organização;

 Desdobrar funções para o modelo e formar equipes de desenvolvimento de processos;

 Analisar os processos da empresa por meio de fluxogramas, normas e técnicas de análise de modos
de falha;

 Formular políticas operacionais que direcionem os processos;

 Desenvolver procedimentos para controlar cada processo, nos quais seja definido quem faz o quê,
onde, quando e como;

 Captar a documentação existente;

 Identificar as necessidades de documentação, ligando os documentos existentes aos procedimentos


de controle;

 Estabelecer um plano de desenvolvimento de documentos;

 Documentar o sistema;

 Implementar as novas práticas.

Com essa abordagem, são utilizadas as descrições de processos, tarefas etc, quando contribuem para
o objetivo do processo. Se não contribuem, deve-se descartá-las e reescrevê-las. Afinal, o foco está no
processo e não em disciplinas separadas.

O Que É Sistema De Gestão Integrada - SGI

O Sistema de Gestão Integrada é a combinação de processos, procedimentos e práticas adotadas por


uma organização, para implementar suas políticas e atingir seus objetivos de forma mais eficiente do
que por meio de múltiplos sistemas de gestão. Direcionado para processos é a gestão que permite

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GESTÃO INTEGRADO

integrar de forma mais eficiente, nas operações do dia-a-dia das empresas, os aspectos e objetivos da
qualidade, do desempenho ambiental, da segurança e saúde ocupacional e da responsabilidade social.

A visão e orientação para o risco fomentam a prevenção e facilitam o entendimento da integração dos
Sistemas de Gestão. A excelência do desempenho e o sucesso no negócio requerem que todas as
atividades inter-relacionadas sejam compreendidas e gerenciadas segundo uma visão de
PROCESSOS.

As diversas normas para sistemas de gestão tratam de processos internos separados, relacionados
com a qualidade, o ambiente, a saúde e segurança ocupacional, a segurança da informação e outros.
Através de um sistema de gestão integrado, a organização pode adotar uma abordagem completa para
o aperfeiçoamento de seus processos internos e obter a certificação de todos os sistemas com
somente uma auditoria de certificação.

Para ter qualidade e excelência nos produtos (ou serviços) e nas empresas que os fabricam, é
necessário melhorar continuamente os sistemas de gestão.

Uma possível definição do que seja sistema de gestão integrado - SGI é a seguinte: ―Conjunto de
elementos e atividades que organizados e administrados em conjunto, de maneira padronizada e
uniforme, proporcionam a obtenção de resultados totais compatíveis com cada parte individual, mesmo
que cada elemento ou atividade de sua formação seja diverso em essência.‖

O objetivo do SGI é estabelecer um conjunto de elementos, interagindo com a força de trabalho, por
meio de diretrizes e padrões pré-estabelecidos com relação às questões de segurança, meio ambiente
e saúde.

Quem pode se beneficiar com o Sistema de Gestão Integrado.

Quaisquer empresas que queiram e precisem melhorar seus processos internos de forma competitiva,
garantindo o atendimento de padrões internacionais reconhecidos com responsabilidade.

A organização pode satisfazer a todas as exigências de uma só vez e obter um único sistema de
gestão documentado. Assim como todas as normas de gestão são construídas sobre o princípio
comum do aperfeiçoamento contínuo, você terá que passar por auditorias periódicas, ao menos uma
vez por ano, após a certificação inicial. Uma auditoria combinada significa menos auditorias individuais
e menos interrupção nos negócios com maior racionalidade.

Vários são os benefícios do Sistema Integrado de Gestão, entre elas estão:

- Melhoria de qualidade em produtos e serviços;

- Realização de objetivos e metas da empresa;

- Economia de tempo e custos;

- Transparência dos processos internos;

- Fortalecimento da imagem da empresa e a participação no mercado;

- Maior controle dos riscos com acidentes ambientais;

- Satisfação de clientes, funcionários e acionistas;

- Satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso ao capital;

- Aumento da competitividade;

- Assegurar às partes interessadas o comprometimento com uma gestão ambiental demonstrável;

- Redução e controle de custos ambientais;

- Oportunidades para conservação de recursos e energia;

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GESTÃO INTEGRADO

- Melhoria do relacionamento com todas as partes interessadas (clientes, acionistas, ONG's,


fornecedores, governo _e funcionários);

- Prevenção de falhas ao invés de suas correções.

- Definição dos objetivos e metas a serem alcançados;

- Ganhos de produtividade (redução de perdas e aumento da qualidade);

- Aumento do grau de maturidade das empresas e outros.

Modelo Do PDCA (Planejar – Fazer – Verificar - Atuar)

Consiste num modelo que se baseam algumas normas atuais cujo objetivo é controlar e melhorar
processos visando resultados assim como planejados (ou proximos). Num modelo de SGI este metodo
é aplicado de maneira sistematica.

De uma maneira simplificada, o método considera as seguintes ações:

1.Defina o que quer e como chegará lá (Planeje);

2.Obtenha apoio, capacite as pessoas e execute os trabalhos (Realize);

3.Cheque se as coisas saíram de acordo com o esperado (Controle);

4.Revise ou melhore o que for necessário (Melhore).

A integração consiste numa necessidade das empresas em si adequarem à dinâmica econômica,


contudo cada organização precisa se enquadrar de acordo com seu porte, estrutura organizacional,
potencialidades, meio a qual esta inserida, etc.

Este consiste num espaço para que possamos trocar experiências na área de SGI, baseado nas
normas ISO 9001, ISO-14001, OHSAS-18001, abordando temática ligada ao desenvolvimento
sustentável, segurança no trabalho e outras.

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

Terminais Modais e Multimodais

Para auxiliar a sua empresa na escolha do modal mais adequado para distribuir o insumo ou produto
que ela oferece ao mercado, abordaremos neste post os 5 principais modais de transporte no Brasil.
Assim, você saberá ainda qual é o tipo de produto mais indicado para ser transportado de acordo com
cada um dos modais de transporte. Também, quais as vantagens e desvantagens que sua empresa
pode enfrentar na contratação de cada um deles.

Dessa forma, tendo essas informações e com o auxílio de um sistema para a gestão logística, sua
empresa terá maior facilidade na tomada de decisão. Portanto, descubra qual modal ou multimodais a
empresa deve contratar no transporte de suas mercadorias. Então, siga conosco para ter acesso a
essas informações!

Os 5 principais modais de transporte de carga mais utilizados no Brasil

Sejam ferroviários, rodoviários, aéreos, aquaviários ou dutoviários, os custos logísticos em transporte


representam a maior parcela das despesas gerais de uma organização. Estima-se que cerca de 60%
desses custos sejam da área de transporte. O que pode, portanto, significar até três vezes o lucro de
uma empresa, como visto no setor de distribuição de combustíveis.

Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real. O transporte
continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quan-
tidade certa, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível.

Sabendo quando e qual o melhor modal a ser utilizado para o transporte de seu produto, ainda em
estágio de matéria-prima ou já industrializado. Portanto, a empresa pode aumentar sua margem de
lucros diminuindo os custos de distribuição, os gastos com produtos avariados e logística reversa.

Isso sem falar que ela ainda pode reduzir os custos com campanhas de marketing para o reconheci-
mento da marca. Uma vez que será bem-vista por seus clientes em razão da boa reputação com a
qualidade e tempo das entregas realizadas. Afinal, como saber qual o modal de transporte é mais indi-
cado para o seu negócio? Essa certamente foi a questão que veio à sua mente agora. Como promete-
mos há pouco, vamos apresentar 5 deles a seguir.

1. Rodoviário

O transporte rodoviário é o mais conhecido e utilizado em toda a extensão do território nacional. Aliás,
a distribuição por meio de caminhões e carretas nas rodovias brasileiras tem crescido desde a década
de 50. Esse modal de transporte permite criar rotas mais flexíveis, viabilizando diversos tipos de cargas.
Ele é aconselhável para o transporte a curta distância de produtos acabados ou semiacabados, com
alto valor agregado, como eletrônicos, e também perecíveis, como grãos, laticínios e carnes.

Principais Vantagens E Desvantagens Do Transporte Rodoviário

As principais vantagens do modal de transporte rodoviário são:

acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do território brasileiro;

facilidade para contratar ou organizar o transporte;

flexibilidade em organizar a rota;

pouca burocracia quanto à documentação necessária para o transporte;

maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias, se comparada aos outros modais.

Já as principais desvantagens do modal de transporte rodoviário são:

alto custo de carregamento, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível
geram;

baixa capacidade de carga;

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

menor distância alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte;

maiores chances de a carga ser extraviada, por causa de roubos e acidentes.

Visto que uma das suas principais desvantagens são seus altos custos. Principalmente em se tratando
de combustíveis, o mercado já está em busca de novas tecnologias para tornar esse transporte mais
econômico e eficiente.

O Futuro Do Transporte Rodoviário

Entre elas, caminhões movidos a energia elétrica podem ser uma nova tendência no mercado. Essa
inovação permite a redução da emissão de gases nocivos na natureza, já que uma das questões mais
preocupantes são a sua relação com o meio ambiente. O transporte rodoviário elétrico ainda está bem
distante de se tornar algo comum em nossas rodovias, pois apresenta algumas desvantagens como
alto custo, tempo de recarga de bateria extenso e baixa durabilidade de suas cargas.

Outra tecnologia que tem sido bem discutida e já testada nos Estados Unidos com sucesso é o uso de
caminhões autônomos, ou seja, sem motorista — uma inovação e tanto, não é mesmo? Desse modo,
essa tecnologia permite o aumento da produtividade, uma vez que eles podem rodar 24 horas e 7 dias
sem intervalos, resultando até mesmo em uma drástica redução de acidentes nas estradas.

2. Aéreo

A principal característica do modal de transporte aéreo é a agilidade e a facilidade em percorrer longas


distâncias no território nacional e internacional. O transporte aéreo é uma ótima opção quando os fato-
res tempo de entrega e segurança são um requisito para a sua empresa. Apesar de ter limitações no
volume de carga, tamanho, peso e quantidade a ser transportada, é ideal para produtos eletrôni-
cos, produtos frágeis ou com curto prazo de validade ou de consumo.

Principais Vantagens E Desvantagens Do Transporte Aéreo

As principais vantagens do modal de transporte aéreo são:

percorre longas distâncias independentemente dos acidentes geográficos que a rota possa ter;

trânsito livre e exclusivo;

aeroportos próximos ou em centros urbanos;

modal com o menor tempo de entrega da carga;

menor custo com embalagens, pois a carga é menos manuseada durante seu trânsito.

As principais desvantagens do modal de transporte aéreo são:

limitação na quantidade de carga transportada;

custo mais elevado que os demais modais de transporte citados;

necessita de terminais de acesso;

pode depender de outro modal.

As empresas aéreas têm se reinventado na logística, contando, por exemplo, com a ajuda de aplicati-
vos e robôs para aumentar a oferta de transporte de cargas por avião no país.

De acordo com a ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), em 2017, foi registrado acrés-
cimo de 1,8% na movimentação de cargas no mercado doméstico e de 23,4% no internacional. Devido
ao alto valor agregado, a carga movimentada representa 12% da corrente de comércio brasileira, mas
apenas 0,1% em peso.

Uma das propostas do setor é o comprometimento com seu cliente em entregar seus produtos de forma
mais rápida e pelo menor custo. Assim, as demandas que dependem da sazonalidade também são

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

uma ótima oportunidade de negócio. Visto que necessitam de mais rapidez na sua entrega devido às
suas características, como é o caso de alimentos que precisam de refrigeração.

Recentemente, surgiu uma nova preocupação nos aeroportos: o roubo de cargas. Em abril de 2018,
um carregamento de celulares foi roubado de um terminal de cargas do aeroporto do Galeão, no Rio
de Janeiro. A ação dos bandidos foi filmada pelo circuito interno de câmeras. Estima-se um prejuízo de
US$1 milhão, aproximadamente R$3,4 milhões.

3. Ferroviário

O transporte por meio de ferrovias é uma opção de modal bastante adequada para cargas de grandes
volumes. Percorrendo longas distância e com um destino fixo, esse modal não tem a mesma flexibili-
dade de rota que o rodoviário desfruta. De qualquer forma, apresenta baixo custo se comparado com
outros modais de transporte e conta com alta capacidade para transportar produtos em grande escala
e cargas pesadas.

É, inclusive, o modal ideal para transportar commodities em alta quantidade, como minério de ferro,
produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes, mercadorias agrícolas, entre outros.

Principais vantagens e desvantagens do transporte ferroviário

As principais vantagens do modal de transporte ferroviário são:

baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos;

grande capacidade de carga;

menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga.

Por outro lado, as principais desvantagens do modal de transporte ferroviário são:

rotas fixas e inflexíveis;

pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas cheguem efetivamente
aos seus destinos;

falta de investimento governamental em ferrovias;

necessita de maiores transbordos.

O futuro do transporte ferroviário

Pensando em melhorar cada vez mais o uso desse transporte, especialistas tentam desenvolver tec-
nologias que:

reduzam o uso de energia;

aumentem a velocidade dos trens;

diminuam a poluição;

evitem acidentes.

Uma alternativa desenvolvida pelos indianos é o trem que utiliza a energia solar como combustível,
buscando promover a economia em combustíveis e a diminuição da poluição. Outra alternativa encon-
trada pela Alstom, grupo industrial francês, é o trem movido a hidrogênio, que tem como principal ob-
jetivo eliminar em 100% a emissão de CO2 na atmosfera, demostrando também uma preocupação com
o meio ambiente.

Ainda assim, para o Brasil, de nada ou pouco adiantará ter tecnologias para aumentar a eficiência no
transporte de cargas por meio de ferrovias. Pois, é necessário que haja mais investimentos no aumento
da sua malha ferroviária.

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

4. Aquaviário

Capaz de transportar em bastante quantidade, como o ferroviário, o modal de transporte aquaviário é


indicado para produtos com baixo valor agregado. Inclusive, é capaz de transportar produtos de diver-
sas espécies e em todos os estados (líquido, sólido e gasoso), desde que estejam bem armazenados
e em contêineres adaptados.

Assim como o modal aéreo, pode transportar por longas distâncias, ainda que rapidez e agilidade não
sejam um diferencial. Por ser um modal que utiliza vias aquáticas, não disputa espaço com outros
modais de transporte.

Principais vantagens e desvantagens do transporte aquaviário

As principais vantagens do modal de transporte aquaviário são:

capacidade de transportar grandes quantidades;

percorre longas distâncias;

baixo risco de avarias nas mercadorias;

baixo custo de carregamento.

As principais desvantagens do modal de transporte aquaviário são:

tempo de trânsito longo;

burocracia na documentação de desembaraço da mercadoria;

necessita de terminais especializados para embarque e desembarque;

alto custo no seguro de cargas;

baixo investimento do governo em portos e fiscalização para liberação das mercadorias.

Para aumentar a produtividade nesse setor, o Brasil tem buscado investir na formação de profissionais.
Principalmente, para que esse transporte passe a ser mais explorado, aumentando assim sua eficiência
e qualidade.

5. Dutoviário

O modal de transporte dutoviário é possibilitado por meio da implantação de dutos e tubos subterrâ-
neos, submarinos e aparentes. Esse transporte é possível basicamente pelo controle de pressão inse-
rida nesses dutos. Então, é um modal que permite o transporte a longas distâncias e em grandes quan-
tidades. Apesar de ter uma alta despesa de implantação e um percurso inflexível, tem um baixo custo
operacional. Esse tipo de modal é recomendado para fluidos líquidos, gases e sólidos granulares.

Principais vantagens e desvantagens do transporte dutoviário

As principais vantagens do modal dutoviário são:

percorre longas distâncias com baixos custos operacionais;

transporta grande volume de carga de forma constante;

alta segurança e confiabilidade do transporte.

As principais desvantagens do modal dutoviário são:

alto custo de investimento inicial e fixo;

possibilidade de acidentes ambientais em grande escala;

necessidade de licença para atuação;

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

trajeto fixo com baixa flexibilidade dos pontos de bombeamento.

Principalmente quando comparado com os modais de transporte de carga rodoviário e ferroviário. O


modal dutoviário tem se tornado uma das alternativas mais econômicas para grandes volumes de pro-
duto. Em especial, de petróleo (e derivados), gás natural e álcool (etanol).

Tipo de produtos transportados no modal dutoviário

Como apresentam características como alto nível de segurança, transportabilidade constante e baixo
custo operacional, as dutovias viabilizam o transporte dos seguintes produtos:

petróleo e seus derivados: tipo de carga que pode ser transportado por oleodutos ou gasodutos;

não derivados de petróleo (polidutos ou alcooldutos): algumas cargas como álcool, CO2 (dióxido de
carbono) e CO3 (trióxido de carbono), também podem ser transportadas por oleodutos;

gás natural (gasoduto): é transportado por gasodutos que são bastante semelhantes aos oleodutos,
embora tenham suas particularidades, principalmente, no sistema de propulsão da carga — compres-
sores;

minério, cimento e cereais (minerodutos ou polidutos): o transporte é feito por tubulações que têm bom-
bas especiais, que impulsionam cargas sólidas ou em pó. Também se dá por meio de um fluido porta-
dor, como a água para o transporte do minério (média e longa distância), ou o ar, para o cimento e
cereais (curta distância);

carvão e resíduos sólidos (minerodutos): para esse tipo, utiliza-se uma cápsula para transportar a
carga, por meio da tubulação, impulsionada por um fluido portador, água ou ar;

águas servidas — esgoto (dutos sanitários): substâncias produzidas pelo homem podem ser conduzi-
dos por canalizações próprias até um destino adequado;

água potável: uma vez coletada em mananciais ou fontes, é conduzida por meio de tubulações até
estações para tratamento e distribuição. As tubulações envolvidas na coleta e distribuição são denomi-
nadas adutoras.

Formas de transporte

A forma de transporte também é um fator importante para uma melhor gestão de transportes. Pois,
trata de qual será a melhor forma de entrega, qual será a mais econômica e a mais ágil. Assim, ela
demostra quantos tipos de modais serão necessários para o transporte. Essa questão é tratada pela
modalidade e multimodalidade.

modal ou unimodal: envolve apenas uma modalidade de transporte;

intermodal: envolve mais de um tipo de transporte e, para cada trecho, é realizado um contrato;

multimodal: envolve mais de um tipo de modal, porém, acompanha apenas um único contrato.

Depois de conhecer as vantagens e desvantagens de cada modal, é hora de escolher o mais adequado
para sua carga. Portanto, os principais pontos a serem avaliados no processo decisório são:

urgência com que o cliente necessita do produto;

custos que cada um dos modais de transporte apresenta.

Igualmente, aspectos como a preservação do produto e a natureza da mercadoria também são pontos
de muitas exigências advindas dos seus clientes. Em outras palavras, manter a integridade também é
primordial.

As tendências do transporte no Brasil

Como explicado ao longo do texto, ainda que faça uso dos cinco modais, o Brasil concentra a sua
logística de cargas no modal rodoviário, seguido do aéreo e do ferroviário. Essa realidade mostra uma

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TERMINAIS MODAIS E MULTIMODAIS

necessidade de desenvolvimento do transporte no país. Para se adaptar as tendências do mercado, é


importante analisar o panorama logístico como um todo, avaliando o cenário prático do país. Assim, as
empresas conseguem identificar os pontos certos para o investimento dos seus recursos.

O que está mudando no transporte no Brasil?

Ainda que não seja em um ritmo acelerado, o transporte no Brasil tem passado por melhorias a cada
ano. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), no modal Rodoviário, por
exemplo, houve um crescimento significativo no tamanho das estradas do país, cerca de 3 mil novos
quilômetros.

Hoje, o Brasil já conta com 213.452,8 quilômetros de estradas pavimentadas. Mesmo que esteja longe
do ideal, já é uma realidade mais positiva. Já no modal ferroviário, segundo a ANTT, há uma previsão
de mais de 91 bilhões em investimentos na reforma e construção de ferrovias em todo país.

O modal aéreo é aquele que tem passado por mais mudanças em relação ao transporte no Brasil.
Desde que vários aeroportos foram privatizados ou negociados com contratos de longos períodos, as
infraestruturas dos locais têm sofrido inúmeras modificações. Isso se intensificou graças aos grandes
eventos que o Brasil sediou recentemente, como Pan-americano, Olimpíadas e Copa do Mundo de
futebol.

O que esperar para o futuro do transporte no Brasil?

Se o momento atual do transporte no Brasil é de estudo, muita burocracia e prática moderada, o futuro
parece ser muito mais promissor. Conheça algumas tendências.

Consolidação da terceirização logística

Embora a terceirização seja uma estratégia já utilizada por muitas empresas. Em curto período, a ten-
dência é que muito mais empreendedores busquem por essa alternativa.

Com o crescimento da demanda, muito graças ao e-commerce e uma maior exigência por parte dos
clientes, os empresários tendem a abrir mão de manter frotas próprias, bem como extensos quadros
de funcionários. Por essas e outras razões, a tendência é que a terceirização faça cada vez mais parte
da rotina logística das empresas.

Automatização de processos

Com o crescimento tecnológico, mais ferramentas surgirão para facilitar o dia a dia do setor de trans-
porte no país. Hoje, já é possível contar com softwares e plataformas online para controlar o fluxo de
produtos, assim como facilitar a criação de estratégias e planejamentos.

A logística 4.0 é um ótimo exemplo de como a automatização é uma tendência certa em um futuro
próximo. O grande desafio das empresas está em se adaptar em pouco tempo para esse novo cenário.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Equipamentos de transporte e Movimentação De Cargas

As tecnologias mudaram a maneira como um gerente de logística deve atuar em seu dia a dia de
trabalho. Como as ferramentas de trabalho são cruciais para o sucesso, é necessário conhecê-las e
manuseá-las com eficiência. Conhecer os principais equipamentos para a movimentação de carga é
um exemplo do que faz diferença no sucesso logístico da empresa.

Conhecer melhor esse maquinário ajuda a melhorar o tempo gasto na entrega, fazer uma melhor gestão
de estoque e ter agilidade na solução de problemas.

A logística é uma área estratégica para a grande parte das empresas, representando um importante
diferencial competitivo. Para que ela flua de forma eficiente, é fundamental investir em equipamentos
de movimentação de cargas a fim de que se possa aproveitar melhor o espaço físico dos almoxarifados,
ter mais segurança em suas operações e agilizar o transporte e o armazenamento de produtos.

Os equipamentos de movimentação de carga são equipamentos e máquinas, manuais ou automatiza-


dos, utilizados para mover cargas intermitentes, em diversos percursos com a distância variada e su-
perfícies e espaços apropriados, em que a principal função é transportar e/ou manejar.

A escolha do tipo de equipamento a ser utilizado para a movimentação de carga deve ser baseada no
tipo de mercadoria a ser trabalhada e a área disponível para a alocação ideal do maquinário.

Optar pela ferramenta ideal de transporte e movimentação de cargas é fundamental para alcançar as
principais metas da logística no que consiste em trabalhar no menor tempo, sem perder a qualidade
dos produtos e visando sempre a redução de custos.

Cada um tem um propósito e características próprias. Assim, é importante conhecer bem os principais
equipamentos para movimentação de cargas para uma melhor tomada de decisão.

Quais são os principais equipamentos para movimentação de carga?

Empilhadeiras

As empilhadeiras já fazem parte de toda empresa especializada em logística. Elas são equipamentos
amplamente utilizados para carregar e descarregar mercadorias e produtos.

Com elas é possível movimentar cargas que variam entre 1.000 e 16.000 kg sem que seja aplicado
grande esforço humano.

Entretanto, assim como todos os outros equipamentos do ramo logístico, é necessário saber manuseá-
las corretamente. Com o objetivo de evitar acidentes e outros problemas para sua gestão e funcioná-
rios, coloque essas ferramentas de trabalho em mãos capacitadas, para usá-las com eficiência e pra-
ticidade.

Existem vários tipos e modelos. Assim, elas podem funcionar a combustão de gás liquefeito de petróleo
(GLP) ou a bateria tracionária. Para o primeiro caso, recomenda-se utilizá-las, devido à emissão de
gases poluentes, em ambiente externos. Já para a segunda situação, os ambientes internos são exce-
lentes locais de trabalho.

Mostramos, abaixo, alguns de seus exemplos. Confira:

Empilhadeira Retrátil

A empilhadeira retrátil é um modelo compacto, ideal para o trabalho em ambientes internos pequenos
ou de difícil locomoção e que possibilita o alcance de locais mais altos. Então, ela oferece o melhor
aproveitamento na relação altura x corredor x versatilidade.

Por ser alimentada por uma bateria elétrica, ela não emite agentes poluidores na atmosfera e faz com
que sua gestão promova a preservação do meio ambiente, o que também é mais seguro em ambientes
fechados.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Além disso, ela é composta por uma torre que se movimenta de acordo com as necessidades e dos
comandos de seu operador. Com isso, os esforços realizados por seus colaboradores são mínimos,
prezando por sua segurança e aumentando a produtividade.

Outra vantagem desse equipamento é a fácil substituição em casos de quebra ou necessidade tempo-
rária de uso, como em inventários de warehouse.

Empilhadeira Patolada

Por não apresentar robustez em sua estrutura, a operação e a manutenção da empilhadeira pato-
lada não trazem grandes custos para uma gestão empresarial.

Nela, seu operador deve trabalhar de pé, andando ou a bordo, mas lembre-se que isso deve ser reali-
zado sempre levando em consideração a ergonomia e a saúde de seus colaboradores.

Então, essa é uma de suas maiores vantagens, pois, com essas alterações, é possível adequar seu
equipamento de maneira confortável e que aprimore cada atividade realizada.

Não se esqueça que seus movimentos de tração e elevação são acionados eletronicamente, garan-
tindo, assim como os outros exemplos, a ausência de esforços físicos.

Empilhadeira Contrabalançada

Nas empilhadeiras contrabalançadas, seu operador fica sentado. Seu nome tem origem no peso loca-
lizado na parte de trás do equipamento que é utilizado para equilibrar as solicitações da carga, fazendo
com que o sistema não perca o equilíbrio.

Elas são ótimas opções para ambientes largos e externos e para movimentar cargas em grandes dis-
tâncias.

Lembre-se também que elas podem funcionar com motor elétrico ou a combustão.

Transpaletes

O transpalete é um equipamento muito antigo. Sua principal função é o deslocamento de materiais


ordenadamente e com poucos custos, facilitando a vida de quem trabalha em um estoque.

Então, é preciso ter cuidado ao designá-los para a realização de alguma função, pois, eles são desti-
nados apenas para movimentações horizontais, o que dificulta os trabalhos em altura.

Além disso, para que essas atividades sejam facilitadas, suas rodas devem ter bons rolamentos.

Entretanto, é necessário ter cautela ao escolher o tipo de suas rodas. Para pisos lisos e abrasivos,
devido ao seu pequeno coeficiente de atrito, grande resistência e baixo custo, o nylon é a opção correta.

Já em casos mais sensíveis, como os pisos pintados e usinados, o poliuretano é a solução ideal. Esse
material também pode ser utilizado quando o objetivo é ter menos ruídos, pois sua superfície é mais
macia do que a do nylon.

Confira também alguns de seus tipos:

Transpalete Manual

O transpalete manual é uma ótima ferramenta de trabalho para quem atua na descarga de produtos
em armazéns e docas. Com a sua capacidade de carga para 2.500kg ele pode ser utilizado na movi-
mentação de mercadorias paletizadas com segurança e eficiência por um operário.

Transpalete Elétrico

O transpalete elétrico, como o seu próprio nome diz, é um equipamento de tração e elevação por acio-
namento elétrico. Para manuseá-lo, seu operador deve ficar de pé e andando.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Ele é indicado para a movimentação de cargas a médias distâncias horizontais, sendo amplamente
utilizados em indústrias e docas de todo o país.

Tomando pequenos cuidados em seu dia-a-dia e graças a qualidade de seus componentes, os custos
com sua manutenção são reduzidos.

Guindastes

À medida que as cargas vão ficando maiores e mais pesadas, é necessário utilizar equipamentos ade-
quados e prontos para suportar esses esforços, sendo o guindaste um de seus principais exemplos.

Como a agilidade e a segurança são dois importantes pilares de uma logística de sucesso, eles devem
ser utilizados sempre que necessário.

Desse modo, a construção civil, as indústrias, os terminais portuários e aeroportuários e todas as outras
áreas que exigem mobilidade no manuseio de um carregamento utilizam os guindastes.

Atualmente, existem vários tipos, como:

Grua

Também conhecida como guindaste de torre universal, a grua foi criada para transportar cargas tanto
na vertical quanto na horizontal. É um equipamento durável e versátil. Ao manter a sua manutenção
adequadamente pode durar por várias décadas. O controle por meio eletrônico permite que máquina
trabalhe de maneira mais suave além de auxiliar na economia de energia.

Pinça ou multiangular

Muito utilizada na construção civil, é uma ferramenta que pode ser desmontada apesar de ter grandes
dimensões e pesado. Seu formato, geralmente, é treliçado. Sua base se divide em duas extremidades
sendo que uma delas é composta pela pinça elevatória ascendente e/ou descendente e na outra, um
enorme contrapeso que estabiliza o maquinário para evitar a sua queda.

Pórticos

Os pórticos são mais usados em portos com intuito de manobrar e descarregar grandes contêineres ou
contentores e também embalagens logísticas padrão de transporte de mercadorias com capacidade de
até 20 metros cúbicos. Essa ferramenta tem força suficiente para carregar até 12 contêineres de 20 m
cúbicos cada um. Em alguns casos, suportam mais do que isso.

Grua florestal

Esse tipo de guindaste é comumente usado para carregar toras de madeira em caminhões ou carretas
específicas, as quais são transportadas para indústrias de transformação para a produção de papel e
celulose, carvão vegetal e para o abastecimento de caldeiras.

Munk

Esse guindaste rodoviário ou também chamado de truck-crane, é muito empregado na construção civil,
montagem de estruturas metálicas, descarga de máquinas e movimentação de silos, tanques e outros.
Ele é montado sobre caminhões de chassi alongado ou algumas marcas disponibilizam caminhões
convencionais já estruturados com o munk.

Transelevador

Os transelevadores são robôs desenvolvidos para armazenar produtos de forma automatizada, tanto
em paletes quanto em unidades de pequenas dimensões. Eles se deslocam ao longo dos estoques,
utilizando toda a altura do galpão com a função de alocar mercadorias e movimentá-las na entrada e
saída do armazém. Além disso, a automatização permite o transporte de produtos para a sua apresen-
tação no posto de picking.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

A exatidão na movimentação das mercadorias dentro do almoxarifado agiliza as atividades internas de


logística, o que torna todo o processo da cadeia de suprimentos mais eficiente. Isso significa que há
um aumento considerável da produtividade principalmente nas etapas de armazenagem e separação
de pedidos.

Existem vários tipos de transelevadores, que variam conforme as caraterísticas do estoque e das mer-
cadorias a serem manipuladas. O equipamento pode ser montado de acordo com o layout do armazém.
Entre os principais tipos podemos destacar:

• Unit load: criados para manipular mercadorias em paletes que, nesse caso, podem ser um pouco
mais pesadas;

• Mini load: esse tipo foi desenvolvido para armazenar produtos em unidades ou caixa, de peso menor
e tamanhos reduzidos.

Pontes Rolantes

A ponte rolante é um tipo de equipamento de elevação e transferência de carga, das mais variadas
características, possibilitando o seu deslocamento dentro de uma área fixa.

São mais empregadas para transferir produtos volumosos, pesados e desajeitados como os materiais
a granel, a distâncias menores, dentro de um armazém ou em chão de fábrica.

Podem ser encontradas no tipo ponte rolante apoiada, suspensa, uni-viga ou dupla-viga. A escolha
depende muito da disponibilidade física do local e do material a ser transportado além da velocidade
esperada para a movimentação.

Comboios

Esse equipamento, também conhecido como carrinho-comboio, funciona de maneira similar a uma lo-
comotiva. Ele é formado por vários compartimentos em seu prolongamento ideal para o transporte de
cargas volumosas.

Ele é muito utilizado em companhias de médio e pequeno porte com a finalidade de rebocar vagonetas
(vagões menores) compostas por determinados tipos de produtos. Além disso, eles podem transportar
um grande número de carga a médias e longas distância de maneira segura e econômica.

Assim como as empilhadeiras, os comboios também podem percorrer distâncias menores utilizando-
se de artifícios simples, flexível e baixo custo.

Esteiras Transportadoras

Os ambientes de trabalho de empreendimentos logísticos são marcados por grandes dimensões e ta-
manhos. Então, para não perder tempo na localização e no transporte de mercadorias, as esteiras
transportadoras são ótimas soluções para a otimização do tempo em uma gestão.

Elas são projetadas para dinamizar a movimentação de produtos em uma empresa, garantindo agili-
dade e segurança.

Como consequência disso, não é necessário a presença de uma pessoa para transportar ou carregar
essas mercadorias, reduzindo os danos às suas estruturas ou embalagens e evitando lesões físicas
em seus colaboradores.

Lembre-se que a racionalização dos processos e a redução dos custos são suas principais vantagens.

Qual é a importância de escolher bons equipamentos?

Depois de conhecer alguns dos principais equipamentos para movimentação de carga, ficará mais fácil
fazer a identificação do método mais apropriado para a sua empresa.

Além de conhecer bem as ferramentas disponíveis no mercado, outros fatores também devem ser le-
vados em conta para uma melhor tomada de decisão como:

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

• Tipo de embalagem que acompanha a mercadoria;

• Espaço disponível para a alocação do recurso;

• Layout do local;

• Modo de armazenagem: unitização, paletização ou conteinerização;

• Estrutura do armazém, dentre outros detalhes.

Além disso, contar com o auxílio de empresas especializadas para assessorar nessa questão é uma
ótima ideia. Eles já possuem todo o know-how necessário para facilitar a sua aquisição de ferramentas
fundamentais para o processo de movimentação de carga.

Uma escolha certa pode trazer inúmeros benefícios para empresa como:

• Redução de custos;

• Agilidade nos processos de armazenagem e transporte de materiais;

• Qualidade na realização das tarefas;

• Aumento da produtividade;

• Alavancagem na lucratividade do negócio;

• Reconhecimento no mercado por desenvolver atividades com excelência.

Com o objetivo de melhorar a performance de seu setor logístico, um gerente deve manter-se em cons-
tante atualização, tendo o controle sobre sua equipe de trabalho e prestando um serviço que atende às
exigências de seus clientes.

Ao conhecer os principais equipamentos para movimentação de cargas, você está preparado para re-
solver problemas corriqueiros, agilizar os processos internos e garantir a confiabilidade nos diagnósti-
cos. Neste artigo, você conheceu melhor sobre os tipos desse equipamento e agora está mais íntimo
do setor.

Pórticos e Pontes Rolantes

Pórtico e Ponte Rolante são muito parecidos, e servem para içamento e movimentação de cargas muito
pesadas, e que não poderiam ser erguidas e movimentadas apenas com a força humana.

As pontes rolantes trasladam de forma aérea, ou seja, os trilhos são montados em altura bem acima
das cabeças dos trabalhadores. Desta forma, independentemente da quantidade de máquinas ou pes-
soas no chão de fábrica, a ponte rolante nunca fará contato direto com outro equipamento que não seja
outra ponte no mesmo trilho.

Já para os pórticos e semipórticos, a situação é oposta, já que conceitualmente, pelo menos um dos
lados do equipamento terá as rodas trasladando na altura onde pessoas ou máquinas móveis podem
ser consideradas obstáculos.

Há três condições técnicas e econômicas para se decidir ter um ou mais equipamentos deste tipos:

• Necessidade de movimentação nas 3 direções X, Y, e Z, de cargas cuja massa é superior às capaci-


dades humanas individuais ou em grupo;

• Outros meios de transporte de cargas não se aplicam, como empilhadeiras manuais ou elétricas, ca-
minhões, guindastes;

• Mesmo quando houver outros meios de içamento, o uso deles tiver custo benefício menor, ou, ge-
rar perda de produtividade.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

As pontes rolantes podem ser dotadas de muitos dispositivos adicionais e opcionais, o que pode gerar
diferença de preços no mercado.

É importante conhecer sua necessidade, para poder definir corretamente o equipamento, evitando sub
ou superdimensionamentos. Por isso, sugerimos que entre em contato conosco para que possamos
ajuda-los na definição de seu escopo.

Movimentação de cargas é uma técnica utilizada para içar, transportar e deslocar determinada carga
seja com o auxílio de máquinas e equipamentos ou até de forma manual, e tem como objetivo facilitar
o transporte, a montagem e o armazenamento dos produtos.

Além disso, o processo de movimentação de cargas por meio de máquinas minimiza ou elimina possí-
veis riscos ergonômicos (movimentos repetitivos, esforço físico intenso, levantamento e transporte ma-
nual de peso, etc) presentes na realização da atividade quando feita manualmente.

Principais Equipamentos Para Movimentação De Cargas

Há diversos tipos de equipamentos para realizar esse trabalho e, dentre eles, destacaremos os seguin-
tes: transportadora de roletes, transelevadores, pórticos, comboios, paleteiras e empilhadeiras.

Transportadora de roletes

Responsável pela movimentação de pallets, caixas aramadas e uma infinidade de mercadorias, o trans-
portador de roletes suporta dimensões e pesos diversificados.

A construção do transportador de roletes com características modulares permite a adaptação de todas


as mercadorias movimentadas, garantindo maior agilidade e segurança no ambiente de trabalho.

O transportador de roletes é acionado através de uma corrente de roletes precisa que, por consequên-
cia, se engata nas rodas das correntes sendo guiado e transportado por deslizadores específicos.

Transelevadores

Os transelevadores são sistemas de armazenamento automático, controlados via software de gestão.


São ideais para inventários permanentes e controle de processos FIFO e LOTE.

Seu sistema automatizado para o armazenamento de pallets proporciona o aumento da capacidade de


armazenagem de materiais, redução de custos e de recursos operacionais necessários para a movi-
mentação e estocagem, eliminação de erros e aumento da produtividade.

Pórticos

Os pórticos são recomendados para empresas que necessitam mover cargas muito pesadas com efi-
cácia e proteção, pois trabalham especificamente sobre as áreas de armazenagem. Por esse motivo
não é necessário utilizar de corredores.

Eles são utilizáveis a céu aberto ou galpão e capazes de movimentar cargas de forma lateral, vertical
e longitudinal.

Algumas de suas vantagens são o baixo custo de manutenção, a estabilidade ao movimentar cargas,
a fácil operação e o acesso a espaços no qual o guindaste não é capaz. Entretanto, os pórticos preci-
sam de um terreno estável.

Comboios

Os comboios são utilizados para rebocar vagonetas.

A principal vantagem desses equipamentos é que são econômicos para grandes volumes que precisam
ser movidos em distâncias maiores.

Paleteiras

Por meio de uma alavanca, o deslocamento da paleteira é feito para arranjar as mercadorias.

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EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

O equipamento pode ser manual, com capacidade de carga de até 4.500kg, ou do tipo elevadora (muito
utilizada em depósitos de alimentos) com capacidade de 1.400 a 3.600kg.

Empilhadeiras

As empilhadeiras são utilizadas para mover materiais na horizontal e na vertical e transportam pallets
por meio de suas lâminas de garfos. Assim, é possível empilhar e movimentar vários itens de uma só
vez.

Vale ressaltar que comprar ou locar (muitas vezes, alugar o equipamento é a alternativa mais viável e
econômica) uma empilhadeira, vai da necessidade de operação.

Características como estabilidade estática e dinâmica com máxima carga, velocidade de elevação e
descida, habilidade de vencer rampas, curvas e outros obstáculos devem ser observadas.

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Logística Internacional

Logística Internacional é o ramo da Logística cujo objetivo principal é melhorar a importância dos "sis-
temas logísticos externos" que ligam o fabricante aos seus parceiros da rede industrial, como fornece-
dores, transportadores e operadores.

As redes logísticas estão se tornando cada vez mais internacionais. À medida que a competição se
intensifica, as empresas estão descobrindo que precisam compartilhar economias e competências em
áreas como pesquisa e desenvolvimento, qualidade assegurada e logística.

À medida que as redes logísticas se tornam mais abrangentes, restrições geográficas, legislações,
dificuldades financeiras e culturais surgem, particularmente com os processos Just-in-Time. Ao mesmo
tempo que o mercado único está ajudando a harmonizar, as barreiras geográficas vêm sendo supera-
das pela concentração de fornecedores-chave próximos das fábricas.

A tendência atual para as operações internacionais é caracterizada pelo surgimento de novos tipos de
relações profissionais.

A indústria automobilística vem se empenhando em estabelecer estes tipos de relações, frequente-


mente mencionadas como "parcerias" ou "alianças". O termo "aliança" envolve um relacionamento for-
mal a longo prazo entre duas ou mais empresas, que unem alguns aspectos dos negócios para um fim
comum, e inclui o compartilhamento de informações.

A profissionalização também conduziu a um foco mais sólido na competência essencial, resultando na


desintegração vertical e em ter fornecedores mundiais.

Por sua vez, isto conduz a menos fornecedores primários e mais terceirização e supridores internacio-
nais. Esta tendência melhora a importância dos "sistemas logísticos externos" que ligam o fabricante
aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.

O Just-in-Time foi uma das maiores inovações logísticas do mundo automotivo, que utiliza-o para ge-
renciar fluxos de produtos. Visa a reduzir leadtimes e estoques, aumentar a qualidade do produtos e
serviço e fornecer a flexibilidade necessária para acompanhar o ritmo das demandas flutuantes.

Sabe-se que as montadoras automobilísticas estão dando aos fornecedores duas vezes mais respon-
sabilidade e os selecionarão, não em função do preço, mas em sua habilidade de integrar com outros
fabricantes de componentes.

Um dos principais obstáculos a isto é a comunicação insatisfatória entre fabricantes de autopeças e as


montadoras, bem como as dificuldades de terceirizar módulos completos.

Nenhuma atividade da logística está livre, portanto, da influência da cultura, embora os elementos hu-
manos na administração sejam mais dependentes da cultura do que a tecnologia.

Além do lado tecnológico da logística, o foco está no homem, que está, em grande parte, tomando
parte do planejamento, pilotando e executando os sistemas.

A indústria automobilística fez esforços substanciais para estabelecer sistemas JIT entre fabricantes e
fornecedores, exigindo maior colaboração. O ambiente econômico mundial integra diferentes culturas
e, assim sendo, é confrontado por múltiplas influências culturais, não necessariamente convergentes.

A Logística Internacional ocorre quando as cadeias cruzam as fronteiras internacionais do país. Está
relacionado ao fluxo de materiais de um país para outro. É sobre o movimento de materiais para ex-
portação ou importação, um fator chave para satisfazer a demanda nos mercados internacionais.

Em um ambiente globalizado, não são apenas os produtos que competem, as cadeias logísticas tam-
bém competem.

Essas cadeias representam combinações de fabricantes, distribuidores e operadores logísticos, que


colaboram para produzir a mais alta eficiência e o menor custo possível para cada produto, com os
requisitos de disponibilidade e flexibilidade necessários a qualquer momento. Por sua vez, as cadeias

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

logísticas giram em torno de polos logísticos intermodais especializados de alta capacidade, redes e
elementos de infraestrutura de transporte.

A colaboração entre empresas envolvidas na mesma cadeia de suprimentos também ajuda a otimizar
recursos, minimizar a necessidade de estoque e reduzir o tempo de fornecimento por meio do uso de
operações de comércio cruzado, por exemplo, aplicando sistemas de otimização logística como manu-
fatura enxuta.

A complexidade das operações de comércio internacional torna essencial os serviços de um operador


Logístico Global, permitindo que o exportador se concentre no desenvolvimento de suas vantagens
competitivas.

Fatores que Incentivam a Logística Internacional

Existem vários fatores que incentivam as compras internacionais na Logística Internacional.

Eles incluem o seguinte:

A indisponibilidade de certas matérias-primas locais pode levar uma organização a buscar o forneci-
mento deles no exterior;

Pode haver problemas de qualidade no mercado local. O mercado local pode não oferecer a qualidade
exigida por alguns países. A maioria dos supermercados em países como a África que produzem frutas
e legumes são abastecidos com os mesmos produtos comprados da UE e dos EUA, porque o mercado
local falha em fornecer a qualidade exigida pelos clientes;

O lead time é um problema. Algumas organizações podem demorar muito para fornecer os materiais
exigidos pelo mercado de compras. Assim, a organização pode obter os produtos necessários no ex-
terior mais rápido do que em fontes locais;

Os esforços de integração regional podem fazer com que produtos estrangeiros de outros região sejam
mais barato, obrigando as empresas locais a comprar dessa região em vez de localmente;

Por exemplo, há esforços dentro da região da EAC (East African Community) para remover do comércio
impostos intra-regionais. Isso tornará os produtos locais mais baratos;

A tecnologia é um problema. Algumas empresas podem exigir produtos que a tecnologia disponível
localmente não produz. Isso exigirá que eles importem;

A fabricação de certos produtos (como carro) exige adquirir diferentes materiais de vários países e
continentes. Para fazer uma camisa pode exigir botões, linhas, zíperes, etc. que não podem ser obtidos
no mercado local.

O Processo Logístico no Comércio Internacional

O agendamento para a cadeia logística deve começar a partir do momento em que uma empresa de-
senvolve planos para importar ou exportar um produto.

Isso ocorre porque afeta tudo, desde o design de contêineres ou pacotes até os termos de entrega que
serão acordados no contrato de venda, entre muitos outros aspectos. Além dos custos inerentes a
todas as operações logísticas, os principais elementos que devem ser considerados incluem:

Natureza e características dos produtos;

A unidade de carga;

O modo de transporte;

O processo de transporte;

Legislação e padrões;

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Logística no contrato de venda internacional.

Natureza e características dos produtos

Esses aspectos determinam a configuração da unidade de carga e até o modo de transporte que deve
ser utilizado, bem como os sistemas de armazenamento e manuseio. Vale a pena fazer uma distinção
entre:

Carga geral em unidades soltas (carga fracionada) ou agrupadas em paletes (carga unitária), a que é
majoritariamente transportada em contêineres;

Carga a granel, que pode ser embarcada em contêineres ou outras unidades de transporte de carga,
ou ainda em navios graneleiros, petroleiros, caminhões-tanque, etc;

Carga de grandes dimensões, que requer condições especiais para manuseio ou transporte;

Carga de temperatura controlada: refrigerada, congelada, ultracongelada ou quente;

Mercadorias perigosas, particularmente aquelas incluídas em regulamentos internacionais: Convenção


ADR, Código IMDG, Regras IATA DGR e a Convenção RID;

Carga rolante, composta de plataformas que podem ser roladas sobre rodas, caminhões reboques,
caminhões, vagões de trem, etc. Outros bens, como bens valiosos ou animais vivos.

A Unidade De Carga

A unidade de carga deve ter duas qualidades básicas: resistência e estabilidade. Estes são alcançados
através dos contêineres e embalagens utilizados para os produtos.

A carga fracionada é geralmente agrupada em paletes, que, uma vez estrechadas, representam unida-
des de carga individuais que podem ser mais facilmente manuseadas e armazenadas. Isso aumenta a
segurança e contribui para um manuseio mais eficiente.

Os paletes são normalmente transportados em unidades de transporte de carga (CTUs) construídas


para uso em transporte intermodal. Essas CTUs são geralmente contêineres de transporte, caixas por-
táteis, vagões de trem de carga ou trailers de caminhões.

O carregamento ou a consolidação do contêiner deve levar em conta os padrões estabelecidos para a


embalagem e a segurança das mercadorias, e isso pode ser feito pela empresa exportadora ou pelo
operador logístico. Isso pode resultar em um contêiner cheio (FCL) ou em um contêiner consolidado
(LCL).

O Modo de Transporte

A seleção do modo de transporte na Logística Internacional é condicionada por fatores como o país de
destino, a natureza, valor e volume dos produtos e o tempo de entrega planejado.

A empresa de transporte deve informar o exportador sobre os itinerários e o modo de transporte ou


combinação de modos (transporte intermodal, no âmbito de um contrato de transporte único), que de-
vem ser contratados para cada etapa da viagem:

Marítimo – regulamentado pelas Regras de Haia e quando o contrato for formalizado no conhecimento
de embarque;

Rodoviário – onde o contrato é formalizado na carta de transporte da CMR, regulada pela Convenção
CMR;

Aéreo – regulado pela Convenção de Montreal e com o contrato formalizado na carta da transportadora
aérea;

Ferrovia – onde o contrato é formalizado na carta de transporte da CIM e regulado pela Convenção
CIM.

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Embora a maioria das mercadorias embaladas em contêineres viajem em navios porta-contêineres que
seguem rotas regulares intercontinentais, também há produtos que viajam por via aérea (produtos de
temperatura controlada, produtos valiosos, animais vivos, peças de reposição etc.).

O Processo de Transporte na Logística Internacional

Embora haja muitos detalhes que podem variar, a Logística Internacional tem uma série de processos
comuns:

Assinatura do contrato de transporte entre a empresa de carga (pode ser o exportador ou o importador,
dependendo dos termos acordados no contrato de venda e estabelecido através das regras apropria-
das do Incoterms) e o operador logístico internacional;

Recolha das mercadorias no armazém da empresa exportadora, geralmente utilizando caminhões. As


mercadorias são enviadas para o terminal de expedição (contêiner cheio) ou para o depósito do ope-
rador logístico (carga fracionada);

Manuseio e armazenamento na plataforma logística do operador ou terminal de transporte;

Carregamento e embalagem no meio de transporte (navio, trem, caminhão ou avião) após o processa-
mento aduaneiro no terminal de embarque;

Envio da mercadoria pelo principal meio de transporte;

Desembalar e descarregar no terminal de destino e importar o processamento aduaneiro;

Manuseio e armazenamento no terminal marítimo ou na plataforma logística do operador de transporte


internacional;

Transferência das mercadorias (contêiner cheio) para o depósito da empresa importadora, ou após a
desconsolidação do contêiner, se a carga fracionada estiver envolvida.

Legislação E Padrões

Embora o operador logístico internacional seja o responsável por aconselhar a empresa exportadora
ou importadora sobre as leis e normas aplicáveis a cada operação de embarque, é importante ter o
conhecimento mais detalhado possível de certas questões relacionadas exclusivamente à empresa de
carga, assim como:

Embalagem e garantia da carga;

Armazenamento e transporte de mercadorias perigosas;

Armazenamento e transporte de bens ou produtos perecíveis para consumo humano;

Transporte de espécies protegidas.

Logística Internacional no contrato de venda

Existem aspectos relacionados à logística que exigem um planejamento cuidadoso antes que quaisquer
riscos e responsabilidades sejam assumidos no contrato de venda, tais como:

Estabelecer e concordar com o ponto exato de entrega no país de destino;

Riscos físicos associados à operação (condições climáticas, roubo, pilhagem, etc.);

Realizar uma avaliação aprofundada das regras mais apropriadas do InCoTerms 2020 para adequar a
complexidade logística da operação;

Os benefícios de usar um operador logístico internacional confiável para controlar o gerenciamento do


envio;

A necessidade de cobertura de seguro para todo o processo logístico em toda a cadeia de embarque.

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Formas De Pagamento Na Logística Internacional

As condições para o pagamento cobrem principalmente o preço do não pagamento. Os riscos comer-
ciais ou de exportação podem ser cobertos pelo seguinte:

Garantindo o pagamento através de um corretor (insurance broker);

Dividindo os riscos de não entrega entre o comprador e o vendedor, especificando as tarefas de cada
um.

Formas de Pagamento em Compras Internacionais

Existem cinco (5) formas principais de pagamento no comércio internacional. Estes são o pagamento
antecipado, remessa sem saque, cobrança documentária, carta de crédito e conta aberta.

Dependendo do método de pagamento, o grau de risco pode aumentar para o vendedor ou para o com-
prador.

Métodos de Pagamento na Logística Internacional

Pagamento antecipado – Este é o método de pagamento mais seguro para o exportador; e o menos
atraente para os compradores. O pagamento é esperado na íntegra pelo exportador antes do embarque
das mercadorias. Esta forma de pagamento coloca mais risco para o comprador.

O pagamento não é necessário para o envio da mercadoria ao comprador. Em alguns casos, o vende-
dor primeiro usa o dinheiro por algum período antes de enviar a mercadoria.

Remessa sem saque – O saque, também chamado de letra de câmbio, é um título de crédito. Esse
documento serve como comprovação da responsabilidade de pagamento do importador. Em caso de
não pagamento, ele pode ser protestado. Porém, na remessa sem saque esse documento não é utili-
zado.

Isso significa que o exportador efetua o embarque da mercadoria e, posteriormente, envia a documen-
tação, incluindo a fatura, diretamente ao importador. Não existe nenhum banco intermediário e, como
não existe o saque, o exportador não possui formas legais de efetuar a cobrança em caso de inadim-
plência.

Cobrança documentária – A cobrança documentária é outra opção dentre as modalidades de paga-


mento no comércio internacional. Nela, o processo de pagamento é intermediado por um banco. O
exportador embarca a carga e remete os documentos, incluindo fatura, ao banco. Esse, após confe-
rência da documentação, envia os papéis ao seu representante bancário no país do importador.

Carta de crédito – A carta de crédito para pagamento internacional não é muito diferente daquelas que
você já conhece. Basicamente, é um documento em que uma instituição bancária autoriza o vendedor
a dispor de certa quantidade de dinheiro, desde que cumpridas as condições negociadas.

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Conta Aberta – Onde o pagamento das mercadorias é feito após a entrega das mercadorias sem qual-
quer segurança. O vendedor dá crédito ao comprador por um determinado período de tempo após a
entrega de mercadorias. O período de crédito é geralmente curto. O comprador geralmente efetuará o
pagamento através de transferência bancária.

Termos Comerciais Internacionais (InCoTerms)

Os inCoTerms são uma terminologia comercial universal que foi publicada pela primeira vez em 1936
pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) para esclarecer as obrigações de ambas as partes na
venda e compra.

Nas últimas décadas, sempre houve uma revisão das Regras dos Incoterms coincidindo com o primeiro
ano de cada década 1990, 2000, 2010 e 2020, que é a versão mais recente e atualmente em vigor.

Os Incoterms 2020 foram elaborados por um Comitê de Peritos (Grupo de Redação) que pela primeira
vez inclui representantes da China e da Austrália, embora a maioria dos membros seja europeia. Este
Comitê se reúne periodicamente para discutir as diferentes questões que vêm dos 150 membros (prin-
cipalmente Câmaras de Comércio) da Câmara de Comércio Internacional.

Os novos Incoterms foram lançados em no dia 10/09/2019 pela ICC, International Chamber of Com-
merce, e entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2020.

Embora eu ainda não tenha acesso a lista oficial dos novos Incoterms, temos uma indicação das alte-
rações abordadas pelo Comitê de Redação:

Principais alterações previstas

Remoção dos Incoterms EXW e DDP

Isso será uma mudança significativa, porque o EXW (ExWorks) é um Incoterms muito usado por muitas
empresas.
O DDP (Delivered Duty Paid) é comumente usados para mercadorias (por exemplo, peças de reposi-
ção) em toda a logística e desembaraço aduaneiro até a entrega no endereço do comprador.
A razão por trás da remoção desses dois termos é que eles devem cobrir apenas transações domésti-
cas, ou seja, pelo exportador-vendedor do EXW pelo importador-comprador do DDP.

Remoção do Incoterm FAS

O FAS (Free Alongside Ship) é um Incoterm muito pouco usado e, de fato, não contribui quase nada
para o FCA (Free Carrier Alongside) que é usado quando a mercadoria é entregue no porto no país do
exportador.

Com a FCA, o exportador também pode entregar as mercadorias no cais, assim como com FAS, uma
vez que o cais faz parte do terminal marítimo. Por outro lado, se o FAS for usado e houver um atraso
na chegada do navio, a mercadoria estará disponível para o comprador no cais por vários dias e, pelo
contrário, se o navio chegar com antecedência, a mercadoria não estará disponível para envio.

Na verdade, o FAS é usado apenas para a exportação de algumas mercadorias (minerais e cereais) e,
nesse sentido, o Comitê de Redação está avaliando a conveniência de criar um Incoterm específico
para esse tipo de produto.

Divisão do FCA em Dois Incoterms

A FCA é o Incoterm mais utilizado (cerca de 40% das operações de comércio internacional são reali-
zadas com este Incoterm), pois é muito versátil e permite a entrega de mercadorias em diferentes locais
(endereço do vendedor, terminal de transporte terrestre, porto, aeroporto etc.) ) que, na maioria das
vezes, estão no país do vendedor. O Comitê está pensando na possibilidade de criar dois Incoterms
FCA; um para entrega terrestre e outro para entrega marítima.

FOB e CIF Para Envio de Contêineres

A modificação feita na edição do Incoterms 2010 de que, quando a mercadoria é transportada em um


contêiner, o Incoterms FOB e o CIF não devem ser usados, mas seus equivalentes FCA e CIP não

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

estão sendo aplicados pela grande maioria das empresas exportadoras e importadoras, nem pelos
agentes envolvidas no comércio internacional (transitários, operadores logísticos, bancos, etc.).

Isso se deve ao fato de o FOB e o CIF serem dois incoterms muito antigos (o FOB já era usado na
Inglaterra no final do século XVIII), e a Câmara de Comércio Internacional não se esforçou para trans-
mitir essa mudança adequadamente, o que é muito importante, uma vez que aproximadamente 80%
do comércio mundial é feito em um contêiner.

Na versão dos Incoterms 2020, é possível que FOB e CIF possam ser usados novamente para o trans-
porte de contêineres, como foi o caso do Incoterms 2000 e versões anteriores.

Criação de um novo Incoterm: CNI

O novo Incoterm seria denominado CNI (Custo e Seguro) e cobriria uma lacuna entre a FCA e o CFR
/ CIF. Ao contrário da FCA, que incluiria o custo do seguro internacional por conta do vendedor-expor-
tador e, em oposição ao CFR / CIF, não incluiria frete. Como nos outros Incoterms em “C”, esse novo
Incoterm seria um “Incoterm de chegada”, ou seja, o risco de transporte seria transmitido do vendedor
ao comprador no porto de partida.

Dois Incoterms Baseados em DDP

Assim como na FCA, o DDP (Delivered Duty Paid) também gera alguns problemas devido ao fato de
os direitos aduaneiros no país importador serem pagos pelo exportador-vendedor, independentemente
do local de entrega da mercadoria. Por esse motivo, o Comitê de Redação está considerando criar dois
Incoterms baseados no DDP:

DTP (Delivered at Terminal Paid – Entregue no Terminal Pago): quando as mercadorias são entregues
em um terminal (porto, aeroporto, centro de transporte, etc.) no país do comprador e o vendedor as-
sume o pagamento de direitos aduaneiros.

DPP (Delivered at Place Paid – Entregue no local pago): quando as mercadorias são entregues em
qualquer local que não seja um terminal de transporte (por exemplo, no endereço do comprador) e o
vendedor assume o pagamento dos direitos aduaneiros.

Além da eliminação e criação de alguns Incoterms, o Comitê de Redação está analisando outros as-
suntos a serem incluídos na nova versão dos Incoterms 2020.

Entre eles estão:

Segurança de transporte;

Regulamentos sobre seguro de transporte.;

Relação entre os Incoterms e o Contrato de Venda Internacional.

O Comitê se reuniu periodicamente nos últimos meses tratar dessas e de outras questões que serão
incorporadas ao Incoterms 2020. Esperamos que a versão sirva para facilitar o comércio internacional
entre exportadores e importadores, adaptando-se às mudanças ocorridas na última década.

O que é um Contêiner

Um contêiner é um módulo de aço que foi construído de acordo com os padrões de fabricação ISO em
conformidade com os padrões estabelecidos pelo estudo da Organização Marítima Internacional (IMO),
que iniciou sua revisão inicial em 1967.

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Naquela época, esperava-se que o Container fosse usado apenas para fins de envio, portanto, a IMO
iniciou um projeto de pesquisa para criar algum tipo de “certificação de engenharia” padronizada para
esses novos contêineres Globalmente.

Alguns anos depois, os resultados desta pesquisa foram apresentados em conjunto às Nações Unidas
e à IMO para considerar o esboço final.

O resultado dessa conferência conjunta foi a adoção do rascunho e a formação da Conferência para
Contêineres Seguros (CSC) em 1972. O CSC 1972 exigia um Engenheiro qualificado em todas as
fábricas para inspecionar e certificar cada Contêiner, por assinar, em seguida, emitir uma placa CSC a
todos os contêineres conforme foram fabricados.

Tamanhos de Contêineres

Os contêineres de expedição comuns e os módulos ISBU são contêineres secos de 20 ‘e 40’ e o setor
de remessas refere-se a todos os contêineres e estatísticas como TEU, ou seja, unidade equivalente a
vinte pés (TEU). Um contêiner de 20 ‘é referido como 1 TEU Um contêiner de 40’ é referido como 2
TEU Outros tamanhos de contêineres certamente estão disponíveis, como 8 ‘, 10’.

No entanto, esses tamanhos são feitos especialmente e são uma minoria como estoque global, mas
estão crescendo.

Os tipos mais comuns de contêineres ISO são:

20 ‘GP

40′ GP

20 ‘HC (que significa High Cube (cubagem alta). A diferença é 1 pé mais alto que um padrão de 20’
GP)

40 ‘HC (que significa High Cube (cubagem alta). a diferença é 1 pé mais alta que um GP padrão de 40
‘(GP) de 40’ (GP) de

45 GP (somente para uso doméstico)

53′ (apenas para uso doméstico)

Reefers (contêineres congelados e refrigerados também estão disponíveis, mas não são recomenda-
dos para os projetos de construção ISBU de vários módulos).

Avaria no Contêiner

Container amassado, arranhado, enferrujado com dano ou perda – o que fazer o detectar avarias na
carga, de modo a preservar os direitos às obrigações contratuais

Notifique a sua seguradora

Se algum dano ou perda em sua carga for aparente após o recebimento, você deverá notificar sua
seguradora de carga imediatamente. Eles o aconselharão sobre como proceder e quais os procedi-
mentos necessários para proteger totalmente sua cobertura de seguro.

Entre em contato com o Atendimento ao cliente

Ao mesmo tempo, você também deve entrar em contato com o departamento de atendimento ao cliente
local para que eles possam ajudá-lo da maneira mais eficaz.

Mitigue a perda da carga

Observe que, por uma questão de lei, você deve fazer o máximo para mitigar a sua perda. Tais medidas
podem incluir precauções para proteger o valor da carga, segregando a carga danificada.

Colete toda a documentação necessária

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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Você deve tirar fotos de toda a carga danificada (para que seja possível a comparação).

Submeta uma reivindicação quantificada

Sua reivindicação formal deve ser enviada em papel timbrado da sua empresa e incluir uma declaração
e cálculo detalhados das reivindicações com o valor específico de dano ou perda da carga.

Proteja-Se Contra O Tempo

Na maioria dos casos, sua reivindicação está sujeita a um prazo de um ano. Se a sua reclamação
permanecer sem resolver após um ano a partir da data de entrega (ou entrega prevista se a remessa
for perdida), você deverá iniciar um processo legal contra a companhia ou solicitar, por escrito, que
prorrogue o tempo para iniciar um processo legal. Se você não der esse passo, a obrigação de proces-
sar a sua reivindicação expirará.

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PROCESSO LICITATÓRIO

Processo Licitatório

Noções Sobre Licitação

Fonte De Receita

É a classificação da origem dos recursos; dividem-se em recursos do tesouro (códigos 00 a 47) e recur-
sos de outras fontes (códigos 50 a 92).

Pedido de Empenho

Documento que serve para solicitar a autorização do ordenador de despesa para que seja emitida uma
nota de empenho. No pedido de empenho deve constar: identificação do processo de aquisição/contra-
tação que originou a despesa, número seqüencial do pedido de empenho, dados do credor, órgão, uni-
dade, projeto/atividade, natureza(classificação) da despesa, fonte do recurso, objetos, quantidades e
respectivos valores unitário e total, etc.

Empenho

O artigo 58 da Lei 4320 define empenho da seguinte forma: "O empenho da despesa é o ato emanado
de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de imple-
mento de condição".

Administrativamente pode ser definido também assim: "Ato emanado de autoridade competente que de-
termina a dedução do valor da despesa a ser executada da dotação consignada no orçamento para
atender a essa despesa. É uma reserva que se faz, ou garantia que se dá ao fornecedor ou prestador
de serviços, com base em autorização e dedução da dotação respectiva, de que o fornecimento ou o
serviço contratado será pago, desde que observadas as cláusulas contratuais e editalícias".

Para complementar o conceito repetimos também outros dois artigos da Lei 4320:

Art. 59 - "O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos". Ou seja, os
valores empenhados não poderão exceder o valor total da respectiva dotação.

Art. 60 - "É vedada a realização de despesa sem prévio empenho".

Nota De Empenho

Nota de empenho é o documento que materializa o empenho, ou seja, empenho é o ato enquanto a nota
de empenho é o documento que o materializa.

O §1º do artigo 60 da Lei 4320 menciona que em casos especiais, previstos em legislação específica,
poderá ser dispensada a emissão da nota de empenho.

Liquidação Da Despesa

A Lei 4320 trata de liquidação em dois artigos, a saber:

Art. 62 - "O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após a sua regular liquidação".
Ou seja, a liquidação da despesa é que permite à Administração reconhecer a dívida como líquida e
certa, surgindo daí a obrigação de pagamento, desde que as cláusulas contratadas tenham sido cumpri-
das.

Art. 63 - "A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito". Ou seja, a liquidação vem a ser a verifi-
cação do implemento de condição que a Lei menciona em seu artigo 58, sempre com base em docu-
mentos específicos devidamente atestados por quem de direito (basicamente nota fiscal ou fatura).

Ordenador De Despesa

Segundo o §1º do art.80 da Lei 4320 , "Ordenador de Despesa é toda e qualquer autoridade de cujos
atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos"
da Administração.

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PROCESSO LICITATÓRIO

Licitação

É o processo formal que permite à Administração Pública contratar com terceiros e, segundo o artigo 3º
da Lei 8666, "destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar
a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publici-
dade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhe são correlatos".

Edital

O Edital é a lei da licitação e do contrato dela decorrente, pois o que nele se contiver deve ser rigorosa-
mente cumprido, sob pena de nulidade (princípio da vinculação ao instrumento convocatório).
O Edital assemelha-se a um contrato de adesão cujas cláusulas são formuladas, unilateralmente, pelo
Estado e aceitas, em bloco, pelos licitantes, vinculando ambas as partes.

Convite

Segundo o §3º do artigo 22 da Lei 8666 "Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o esten-
derá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas."

O §6º do mesmo artigo diz que "existindo na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo
convite realizado para objeto idêntico ou assemelhados é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações."

O §7º do mesmo artigo complementa "Quando por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos
convidados for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no $3º deste artigo (22),
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do con-
vite.

O limite para a aquisição de materiais/contratação de serviços na modalidade Convite é, atualmente, de


R$80.000,00.

O prazo mínimo para a divulgação da Carta-Convite é de 5 dias úteis, não havendo a obrigatoriedade de
divulgação pela imprensa.

Tomada De Preços

Segundo o §2º do artigo 22 da Lei 8666 "Tomada de Preços é a modalidade de licitação entre interessa-
dos devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação".

Essa modalidade de licitação é utilizada para as compras/contratações cujo valor estimado esteja entre
o valor mínimo de R$80.000,01 e o valor máximo de R$650.000,00.

O prazo mínimo para a divulgação é de 15 dias para as tomadas normais e de 30 dias quando a tomada
de preços for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço". A divulgação tem que ser efetuada através
da Imprensa Oficial e em jornal diário de grande circulação.

Concorrência

Segundo o §1º do artigo 22 da Lei 8666 "Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer inte-
ressados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos que
qualificação exigidos no edital para a execução de seu objeto".

As compras e contratações com valor estimado acima de R$650.000,00 devem obrigatoriamente, ser
realizadas através da modalidade Concorrência.

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PROCESSO LICITATÓRIO

O prazo mínimo para a divulgação é de 30 dias para a concorrência normal e de 45 dias para a concor-
rência do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço". A divulgação tem que ser efetuada através da Im-
prensa Oficial e em jornal diário de grande circulação.

Dispensa De Licitação

São os casos de aquisição/contratação especificados pelo artigo 24 da Lei 8666, em que a Administração
fica dispensada de realizar procedimento licitatório. O caso mais usual é aquele cujo valor estimado da
compra ou contratação for igual ou inferior a R$8.000,00 que é chamado, no DEAM, de compra informal.

Inexigibilidade

São os casos de aquisição/contratação especificados pelo artigo 25 da Lei 8666, em que fica inviável a
competição entre os possíveis fornecedores/prestadores de serviço. O caso mais usual é aquele cujo
material só pode ser fornecido por fabricante ou representante comercial exclusivo.

Pregão Eletrônico

O pregão é uma modalidade de licitação realizada mediante a apresentação de propostas e lances em


sessão pública, para a aquisição de bens e fornecimento de serviços comuns, qualquer que seja o valor
estimado. O Pregão Eletrônico caracteriza-se por ser inteiramente realizado utilizando-se de recursos da
informática. Instituído através da Lei Federal no. 10.520 de 15 de julho de 2002, está regulamentado pelo
Decreto Estadual no. 4.880, de 16 de outubro de 2001.

Para a instrumentalização do Pregão Eletrônico o Governo do Estado do Paraná firmou acordo com o
Banco do Brasil, visando à utilização do sistema informatizado Licitações-e, construído e utilizado pelo
Banco.

Como Funciona O Licitações-

Através da internet, o DEAM/SEAP registra, no sistema, os editais para a aquisição de bens e serviços.

Os fornecedores poderão oferecer suas propostas iniciais de acordo com hora e data previstas no edital.
No horário especificado, as propostas são abertas e o pregoeiro e os representantes dos fornecedores
entram numa sala virtual de disputa.

Em seguida, partindo-se do menor preço cotado nas propostas iniciais, os fornecedores oferecerão lan-
ces sucessivos e de valor decrescente, em tempo real, até que seja proclamado o vencedor (aquele que
tiver apresentado o menor lance).

O encerramento do pregão ocorrerá após o transcurso de 30 minutos, depois do comando implementado


pelo pregoeiro, acrescido em tempo aleatório de até 30 minutos, quando o aviso de fechamento é emitido
pelo sistema Licitações-e.

Como Ingressar No Pregão Eletrônico

Se a empresa já é fornecedora de órgãos governamentais, ou se pretende atuar nesse mercado, basta


procurar uma agência do Banco do Brasil para registrar-se no Licitações-e e participar dos pregões ele-
trônicos utilizados pelos órgãos públicos para a aquisição de bens e contratação de serviços.

Os documentos e informações necessários são os seguintes: contrato social e alterações, cartão CNPJ,
procuração, comprovante de residência, identificação pessoal do representante (RG e CPF), e o e-mail.

Sistema De Registro De Preços

O Sistema de Registro de Preços está especificado pelo artigo 15 da Lei 8666, e regulamentado no
Estado do Paraná pelo Decreto nº 2391, de 24 de março de 2008.

O Sistema de Registro de Preços permite uma ponderável otimização de procedimentos e de redução


de custos operacionais, à medida que viabiliza a habilitação de fornecedores e respectivos preços cota-
dos por um período não superior a doze meses, mas não obriga à aquisição ou contratação, por parte
do Estado, das quantidades licitadas; ou seja, , durante a vigência do registro de preços poder-se-á

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PROCESSO LICITATÓRIO

contratar apenas o que for efetivamente necessário, ou o que os recursos disponíveis permitirem, sem a
necessidade de efetuar novas licitações.

Tal sistemática, pela sua inerente rapidez, torna desnecessária, também, a formação de estoques, uma
vez que os materiais são comprados somente quando e nas quantidades necessárias.

O registro de preços é obrigatoriamente efetuado mediante um processo licitatório na modalidade Con-


corrência Pública, independentemente do valor estimado da aquisição/contratação.

Quando Se Aplica O Sistema De Registro De Preços

O Sistema de Registro de Preços é aplicável, preferencialmente, nos seguintes casos:

Quando, pelas características do bem ou serviço, houver a necessidade de aquisições freqüentes;


Quando for mais conveniente a aquisição de bem ou prestação de serviço de forma parcelada; ou
Quando a aquisição do bem ou prestação do serviço destinar-se ao atendimento de mais de um órgão
ou unidade.

Vantagens Do Sistema De Registro De Preços

Este Sistema permite a redução de custos operacionais e a otimização dos processos de aquisição e
contratação de bens e serviços pelo Estado.

Reduz custos de:

Processos - porque permite que mediante a realização de poucos processos licitatórios anuais (sempre
Concorrência Pública do tipo menor preço) seja contratada a aquisição de todos os bens e serviços de
uso geral e constante. Tal fato implica na redução de custos com publicações, de trâmite de processos,
arquivamento, mão de obra, etc.

Armazenagem - porque dispensa a manutenção de estoques rotativos, com a consequente eliminação


dos custos de armazenagem, seguros de estoques, equipamentos, instalações, mão de obra de ma-
nejo de cargas, etc.

Otimização de processos - porque reduz consideravelmente o número de processos licitatórios, bem


como permite a renegociação de preços registrados sem a necessidade de novos eventos licitatórios.

Preço Estimado

É o preço máximo para as cotações, compras ou contratações de um determinado item (material ou


serviço). Esse preço é definido pelo DEAM, com base em pesquisas de mercado e reflete, geralmente,
o preço médio de mercado para o item em questão.

Preço Praticado

É o preço efetivamente pago pelo DEAM ao fornecedor/prestador de serviço por um determinado item
(é o constante das notas fiscais/faturas de serviço).

Preço Registrado

Preço registrado é o resultante de um processo licitatório realizado pelo Sistema de Registro de Pre-
ços. Tem validade máxima de doze meses a contar da data de lavratura da ata de registro de preços.

O preço registrado poderá ser renegociado, enquanto válido, tanto por iniciativa da Administração Pú-
blica como do respectivo fornecedor / prestador de serviço, quando em função da dinâmica do mercado
puder-se caracterizar, justificadamente, a necessidade da sua redução ou elevação.
A renegociação de preços registrados está regulamentada, no Estado do Paraná, pela Resolução
SEAP nº 1957 de 10 de maio de 2000.

Decreto n. 2.745/1998

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PROCESSO LICITATÓRIO

Aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - PETRO-


BRÁS previsto no art . 67 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Consti-
tuição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 67 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A.
- PETROBRÁS, na forma do Anexo deste Decreto.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de agosto de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Raimundo Brito

Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.8.1998

ANEXO

REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO LICITATóRIO SIMPLIFICADO


DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

1.1 Este Regulamento, editado nos termos da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e do art. 173,
§ 1º, da Constituição, com a redação dada pela Emenda nº 19, de 4 de junho de 1998, disci-
plina o procedimento licitatório a ser realizado pela PETROBRÁS, para contratação de obras,
serviços, compras e alienações.

1.2 A licitação destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa para a realização da obra, ser-
viço ou fornecimento pretendido pela PETROBRÁS e será processada e julgada com obser-
vância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da
igualdade, bem como da vinculação ao instrumento convocatório, da economicidade, do jul-
gamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

1.3 Nenhuma obra ou serviço será licitado sem a aprovação do projeto básico respectivo, com a
definição das características, referências e demais elementos necessários ao perfeito enten-
dimento, pelos interessados, dos trabalhos a realizar, nem contratado, sem a provisão dos
recursos financeiros suficientes para sua execução e conclusão integral.

1.3.1 Quando for o caso, deverão ser adotadas, antes da licitação, as providências para a indis-
pensável liberação, utilização, ocupação, aquisição ou desapropriação dos bens, necessários
à execução da obra ou serviço a contratar.

1.4 Nenhuma compra será feita sem a adequada especificação do seu objeto e indicação dos
recursos financeiros necessários ao pagamento.

1.4.1 As compras realizadas pela PETROBRÁS deverão ter como balizadores:

a) o princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnica e de


desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência téc-
nica e de garantia oferecidas;

b) condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; e

c) definição das unidades e quantidades em função do consumo e utilização prováveis.

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PROCESSO LICITATÓRIO

1.5 Estarão impedidos de participar de licitações na PETROBRÁS firma ou consórcio de firmas


entre cujos dirigentes, sócios detentores de mais de dez por cento do Capital Social, respon-
sáveis técnicos, bem assim das respectivas subcontratadas, haja alguém que seja Diretor ou
empregado da PETROBRÁS.

1.6 Ressalvada a hipótese de contratação global ( turn - key ), não poderá concorrer à licitação
para execução de obra ou serviço de engenharia pessoa física ou empresa que haja partici-
pado da elaboração do projeto básico ou executivo.

1.6.1 É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o item anterior,
na licitação de obra ou serviço ou na sua execução, como consultor técnico, exclusivamente
a serviço da PETROBRÁS.

1.7 O ato de convocação da licitação conterá, sempre, disposição assegurando à PETROBRÁS


o direito de, antes da assinatura do contrato correspondente, revogar a licitação, ou, ainda,
recusar a adjudicação a firma que, em contratação anterior, tenha revelado incapacidade téc-
nica, administrativa ou financeira, a critério exclusivo da PETROBRÁS, sem que disso de-
corra, para os participantes, direito a reclamação ou indenização de qualquer espécie.

1.8 No processamento das licitações é vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos convo-
catórios, cláusulas ou condições que:

a) restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação;

b) estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio


dos licitantes.

1.8.1 A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis a todos os interessados os atos de
seu procedimento.

1.9 Sempre que economicamente recomendável, a PETROBRÁS poderá utilizar-se da contrata-


ção integrada, compreendendo realização de projeto básico e/ou detalhamento, realização
de obras e serviços, montagem, execução de testes, pré-operação e todas as demais opera-
ções necessárias e suficientes para a entrega final do objeto, com a solidez e segurança
especificadas.

1.10 Sempre que reconhecida na prática comercial, e sua não utilização importar perda de com-
petitividade empresarial, a PETROBRÁS poderá valer-se de mecanismos seguros de tras-
missão de dados à distância, para fechamento de contratos vinculados às suas atividades
finalísticas, devendo manter registros dos entendimentos e tratativas realizados e arquivar as
propostas recebidas, para fins de sua análise pelos órgãos internos e externos de controle.

1.11 Com o objetivo de compor suas propostas para participar de licitações que precedam as con-
cessões de que trata a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, a PETROBRÁS poderá assinar
pré-contratos, mediante expedição de cartas-convite, assegurando preços e compromissos
de fornecimento de bens ou serviços.

1.11.1 Os pré-contratos conterão cláusula resolutiva de pleno direito, sem penalidade ou indeniza-
ção, a ser exercida pela PETROBRÁS no caso de outro licitante ser declarado vencedor, e
serão submetidos à apreciação posterior dos órgãos de controle externo e de fiscalização.

CAPÍTULO II

DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO

2.1 A licitação poderá ser dispensada nas seguintes hipóteses:

a) nos casos de guerra, grave perturbação da ordem ou calamidade pública;

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PROCESSO LICITATÓRIO

b) nos casos de emergência, quando caracterizada a urgência de atendimento de situação que


possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa-
mentos e outros bens;

c) quando não acudirem interessados à licitação anterior, e esta não puder ser repetida sem
prejuízo para a PETROBRÁS, mantidas, neste caso, as condições preestabelecidas;

d) quando a operação envolver concessionário de serviço público e o objeto do contrato for


pertinente ao da concessão;

e) quando as propostas de licitação anterior tiverem consignado preços manifestamente supe-


riores aos praticados no mercado, ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos estatais in-
cumbidos do controle oficial de preços;

f) quando a operação envolver exclusivamente subsidiárias ou controladas da PETROBRÁS,


para aquisição de bens ou serviços a preços compatíveis com os praticados no mercado, bem
como com pessoas jurídicas de direito público interno, sociedades de economia mista, empre-
sas públicas e fundações ou ainda aquelas sujeitas ao seu controle majoritário, exceto se hou-
ver empresas privadas que possam prestar ou fornecer os mesmos bens e serviços, hipótese
em que todos ficarão sujeitos a licitação; e quando a operação entre as pessoas antes referidas
objetivar o fornecimento de bens ou serviços sujeitos a preço fixo ou tarifa, estipuladas pelo
Poder Público;

g) para a compra de materiais, equipamentos ou gêneros padronizados por órgão oficial,


quando não for possível estabelecer critério objetivo para o julgamento das propostas;

h) para a aquisição de peças e sobressalentes ao fabricante do equipamento a que se desti-


nam, de forma a manter a garantia técnica vigente do mesmo;

i) na contratação de remanescentes de obra, serviço ou fornecimento, desde que aceitas as


mesmas condições do licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido e
mediante ampla consulta a empresas do ramo, participantes ou não da licitação anterior;

j) na contratação de instituições brasileiras, sem fins lucrativos, incumbidas regimental ou es-


tatutariamente da pesquisa, ensino, desenvommento institucional, da integração de portadores
de deficiência física, ou programas baseados no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069, de 13 de Julho de 1990), desde que detenham inquestionável reputação ético-profissi-
onal;

k) para aquisição de hortifrufigrangeiros e gêneros perecíveis, bem como de bens e serviços a


serem prestados aos navios petroleiros e embarcações, quando em estada eventual de curta
duração em portos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo ou movimentação ope-
racional, e para equipes sísmicas terrestres.

2.2 A dispensa de licitação dependerá de exposição de motivos do titular da unidade administrativa


interessada na contratação da obra, serviço ou compra em que sejam detalhadamente escla-
recidos:

a) a caracterização das circunstâncias de fato justificadoras do pedido;

b) o dispositivo deste Regulamento aplicável à hipótese;

c) as razões da escolha da firma ou pessoa física a ser contratada;

d) a justificativa do preço de contratação e a sua adequação ao mercado e à estimativa de


custo da PETROBRÁS.

2.3 É inexigível a licitação, quando houver inviabilidade fática ou jurídica de competição, em espe-
cial:

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PROCESSO LICITATÓRIO

a) para a compra de materiais, equipamentos ou gêneros que possam ser fornecidos por pro-
dutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca;

b) para a contratação de serviços técnicos a seguir enumerados exemplificadamente, de natu-


reza síngular, com profissionais ou empresas de notória especialização:

- estudos técnicos, planejamento e projetos básicos ou executivos;

- pareceres, perícias e avaliações em geral;

- assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras;

- fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

- patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas, em especial os negócios jurídicos


atinentes a oportunidades de negócio, financiamentos, patrocínio, e aos demais cujo conteúdo
seja regido, predominantemente, por regras de direito privado face as peculiaridades de mer-
cado;

- treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

c) para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de


empresário, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;

d) para a obtenção de licenciamento de uso de software com o detentor de sua titularidade


autoral, sem distribuidores, representantes comerciais, ou com um destes na hipótese de ex-
clusividade, comprovada esta por documento hábil;

e) para a contratação de serviços ou aquisição de bens, em situações atípicas de mercado em


que, comprovadamente, a realização do procedimento licitatório não seja hábil a atender ao
princípio da economicidade;

f) no caso de transferência de tecnologia, desde que caracterizada a necessidade e essencia-


lidade da tecnologia em aquisição;

g) para a compra ou locação de imóvel destinado ao serviço da PETROBRÁS, cujas caracte-


rísticas de instalação ou localização condicionem a sua escolha;

h) para a formação de parcerias, consórcios e outras formas associativas de natureza contra-


tual, objetivando o desempenho de atividades compreendidas no objeto social da PETRO-
BRÁS;

i) para a celebração de "contratos de aliança", assim considerados aqueles que objetivem a


soma de esforços entre empresas, para gerenciamento conjunto de empreendimentos, com-
preendendo o planejamento, a administração, os serviços de procura, construção civil, monta-
gem, pré-operação, comissionamento e partida de unidades, mediante o estabelecimento de
preços "meta" e "teto", para efeito de bônus e penalidades, em função desses preços, dos
prazos e do desempenho verificado;

j) para a comercialização de produtos decorrentes da exploração e produção de hidrocarbone-


tos, gás natural e seus derivados, de produtos de indústrias químicas, para importação, expor-
tação e troca desses produtos, seu transporte, beneficiamento e armazenamento, bem como
para a proteção de privilégios industriais e para opeações bancárias e creditícias necessárias
à manutenção de participação da PETROBRÁS no mercado;

k) nos casos de competitividade mercadológica, em que a contratação deva ser iminente, por
motivo de alteração de programação, desde que cornprovadamente não haja tempo hábil para
a realização do procedimento licitatório, justificados o preço da contratação e as razões técni-
cas da alteração de programação;

l) na aquisição de bens e equipamentos destinados à pesquisa e desenvolvimento tecnológico


aplicáveis às atividades da PETROBRÁS.

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PROCESSO LICITATÓRIO

2.3.1 Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de


sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que seu trabalho é o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.

2.3.2 Considera-se como produtor, firma ou representante comercial exclusivo, aquele que seja o
único a explorar, legalmente, a atividade no local da contratação, ou no território nacional, ou
o único inscrito no registro cadastral de licitantes da PETROBRÁS, conforme envolva a opera-
ção custo estimado nos limites de convite, concorrência ou tomada de preços.

2.4 A Diretoria da PETROBRÁS definirá, em ato específico, as competências para os atos de dis-
pensa de licitação.

2.5 Os casos de dispensa (item 2.1) e de inexigibilidade (item 2.3) de licitação deverão ser comu-
nicados pelo responsável da unidade competente à autoridade superior, dentro dos cinco dias
seguintes ao ato respectivo, devendo constar da documentação a caracterização da situação
justificadora da contratação direta, conforme o caso, a razão da escolha do fornecedor ou pres-
tador de serviço e a justificativa do preço.

CAPÍTULO III

MODALIDADES, TIPOS E LIMITES DE LICITAÇÃO

3.1 São modalidades de licitação:

a) A CONCORRÊNCIA

b) A TOMADA DE PREÇOS

c) O CONVITE

d) O CONCURSO

e) O LEILÃO

3.1.1 CONCORRÊNCIA - é a modalidade de licitação em que será admitida a participação de qual-


quer interessado que reuna as condições exigidas no edital.

3.1.2 TOMADA DE PREÇOS - é a modalidade de licitação entre pessoas, físicas ou jurídicas previ-
amente cadastradas e classificadas na PETROBRÁS, no ramo pertinente ao objeto.

3.1.3 CONVITE - é a modalidade de licitação entre pessoas físicas ou jurídicas, do ramo pertinente
ao objeto, em número mínimo de três, inscritas ou não no registro cadastral de licitantes da
PETROBRÁS.

3.1.4 CONCURSO - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para escolha de tra-
balho técnico ou artístico, mediante a instituição de prêmios aos vencedores.

3.1.5 LEILÃO - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a alienação de bens
do ativo permanente da PETROBRÁS, a quem oferecer maior lance, igual ou superior ao da
avaliação.

3.2 De acordo com a complexibilidade e especialização da obra, serviço ou fornecimento a ser


contratado, as licitações poderão ser dos seguintes tipos:

a) DE MELHOR PREÇO - quando não haja fatores especiais de ordem técnica que devam ser
ponderados e o critério de julgamento indicar que a melhor proposta será a que implicar o
menor dispêndio para a PETROBRÁS, ou o maior pagamento, no caso de alienação, obser-
vada a ponderação dos fatores indicados no ato de convocação, conforme subitem 6.10;

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PROCESSO LICITATÓRIO

b) DE TÉCNICA E PREÇO - que será utilizada sempre que fatores especiais de ordem técnica,
tais como segurança, operatividade e qualidade da obra, serviço ou fornecimento, devam guar-
dar relação com os preços ofertados;

c) DE MELHOR TÉCNICA - que será utilizada para contratação de obras, serviços ou forneci-
mentos em que a qualidade técnica seja preponderante sobre o preço.

3.2.1 O tipo da licitação será indicado pela unidade requisitante interessada e constará, sempre, do
edital ou carta-convite.

3.2.2 Nos casos de utilização de licitação de Técnica e Preço e de Melhor Técnica, a unidade admi-
nistrativa interessada indicará os requisitos de técnica a serem atendidos pelos licitantes na
realização da obra ou serviço ou fornecimento do material ou equipamento.

3.3 Para a escolha da modalidade de licitação serão levados em conta, dentre outros, os seguintes
fatores:

a) necessidade de atingimento do segmento industrial, comercial ou de negócios correspon-


dente à obra, serviço ou fornecimento a ser contratado;

b) participação ampla dos detentores da capacitação, especialidade ou conhecimento preten-


didos;

c) satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;

d) garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;

1. velocidade de decisão, eficiência e presteza da operação industrial, comercial ou de


negócios pretendida;

f) peculidaridades da atividade e do mercado de petróleo;

g) busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da eficiência;

h) desempenho, qualidade e confiabilidade exigidos para os materiais e equipamentos;

i) conhecimento do mercado fornecedor de materiais e equipamentos específicos da indústria


de petróleo, permanentemente qualificados por mecanismos que verifiquem e certifiquem suas
instalações, procedimentos e sistemas de qualidade, quando exigíveis.

3.4 Sempre que razões técnicas determinarem o fracionamento de obra ou serviço em duas ou
mais partes, será escolhida a modalidade de licitação que regeria a totalidade da obra ou ser-
viço.

3.5 Obras ou serviços correlatos e vinculados entre si serão agrupados e licitados sob a modali-
dade correspondente ao conjunto a ser contratado.

3.6 Nos casos em que a licitação deva ser realizada sob a modalidade de convite, o titular da
unidade administrativa responsável poderá, sempre que julgar conveniente, determinar a utili-
zação da concorrência.

CAPÍTULO IV

REGISTRO CADASTRAL, PRÉ-QUALIFICAÇÃO

E HABILITAÇÃO DE LICITANTES

4.1 A PETROBRÁS manterá registro cadastral de empresas interessadas na realização de obras,


serviços ou fornecimentos para a Companhia.

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PROCESSO LICITATÓRIO

4.1.1 Para efeito da organização e manutenção do Cadastro de Licitantes, a PETROBRÁS publi-


cará, periodicamente, aviso de chamamento das empresas interessadas, indicando a docu-
mentação a ser apresentada, que deverá comprovar:

a) habilitação jurídica;

b) capacidade técnica, genérica, específica e operacional;

c) qualificação econômico-financeira;

d) regularidade fiscal.

4.2 As firmas cadastradas serão classificadas por grupos, segundo a sua especialidade.

4.3 Os registros cadastrais serão atualizados periodicamente, pelo menos uma vez por ano.

4.4 Os critérios para a classificação das firmas cadastradas serão fixados por Comissão integrada
por técnicos das áreas interessadas, indicados pelos respectivos diretores e designados pelo
Presidente da PETROBRÁS e serão estabelecidos em norma específica, aprovada pela Di-
retoria.

4.5 Feita a classificação, o resultado será comunicado ao interessado, que poderá pedir reconsi-
deração, desde que a requeira, no prazo de cinco dias, apresentando novos elementos, ates-
tados ou outras informações que justifiquem a classificação pretendida.

4.5.1 Decorrido o prazo do subitem anterior, a unidade administrativa encarregada do Cadastro


expedirá o Certificado de Registro e Classificação, que terá validade de doze meses.

4.6 Qualquer pessoa, que conheça fatos que afetem a inscrição e classificação das firmas exe-
cutoras de obras e serviços ou fornecedoras de materiais e equipamentos, poderá impugnar,
a qualquer tempo, total ou parcialmente, o registro, desde que apresente à unidade de Ca-
dastro as razões da impugnação.

4.7 A inscrição no registro cadastral de licitantes da PETROBRÁS poderá ser suspensa quando
a firma:

a) faltar ao cumprimento de condições ou normas legais ou contratuais;

b) apresentar, na execução de contrato celebrado com a PETROBRÁS, desempenho consi-


derado insuficiente;

c) tiver títulos protestados ou executados;

d) tiver requerida a sua falência ou concordata, ou, ainda, decretada esta última;

e) deixar de renovar, no prazo que lhe for fixado, documentos com prazo de validade vencido,
ou deixar de justificar, por escrito, a não participação na licitação para a qual tenha sido con-
vidada.

4.8 A inscrição será cancelada:

a) por decretação de falência, dissolução ou liquidação da firma;

b) quando ocorrer declaração de inidoneidade da firma;

c) pela prática de qualquer ato ilícito;

d) a requerimento do interessado;

4.9 A suspensão da inscrição será feita pela unidade encarregada do Cadastro, por iniciativa
própria ou mediante provocação de qualquer unidade da PETROBRÁS. O cancelamento da
inscrição será determinado por qualquer Diretor, ou pela Diretoria da PETROBRÁS no caso

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PROCESSO LICITATÓRIO

da letra " b " do subitem anterior, com base em justificativa da unidade administrativa interes-
sada.

4.9.1 O ato de suspensão, ou de cancelamento, que será comunicado, por escrito, pela unidade
encarregada do Cadastro, fixará o prazo de vigência e as condições que deverão ser atendi-
das pela firma, para restabelecimento da inscrição.

4.9.2 A firma que tiver suspensa a inscrição cadastral não poderá celebrar contratos com a PE-
TROBRÁS, nem obter adjudicação de obra, serviço ou fornecimento, enquanto durar a sus-
pensão. Entretanto, poderá a PETROBRÁS exigir, para manutenção do contrato em execu-
ção, que a firma ofereça caução de garantia satisfatória.

4.10 Para o fim de participar de licitação cujo ato de convocação expressamente o permita, admi-
tirse-á a inscrição de pessoas físicas ou jurídicas reunidas em consórcio, sendo, porém, ve-
dado a um consorciado, na mesma licitação, também concorrer isoladamente ou por intermé-
dio de outro consórcio.

4.10.1 As pessoas físicas ou jurídicas consorciadas instruirão o seu pedido de inscrição com prova
de compromisso de constituição do consórcio, mediante instrumento, do qual deverão cons-
tar, em cláusulas próprias:

a) a designação do representante legal do consórcio;

b) composição do consórcio;

c) objetivo da consorciação;

d) compromissos e obrigações dos consorciados, dentre os quais o de que cada consorciado


responderá, individual e solidariamente, pelas exigências de ordem fiscal e administrativa
pertinentes ao objeto da licitação, até a conclusão final dos trabalhos que vierem a ser con-
tratados com consórcio;

e) declaração expressa de responsabilidade solidária de todos os consorciados pelos atos


praticados sob o consórcio, em relação à licitação e, posteriormente, à eventual contratação;

f) compromisso de que o consórcio não terá sua composição ou constituição alteradas ou,
sob qualquer forma, modificadas, sem prévia e expressa anuência, escrita, da PETROBRÁS,
até a conclusão integral dos trabalhos que vierem a ser contratados;

g) compromissos e obrigações de cada um dos consorciados, individualmente, em relação


ao objeto de licitação.

4.10.2 A capacidade técnica e financeira do consórcio, para atender às exigências da licitação, será
definida pelo somatório da capacidade de seus componentes.

4.10.3 Nos consórcios integrados por empresas nacionais e estrangeiras serão obedecidas as dire-
trizes estabelecidas pelos órgãos governamentais competentes, cabendo, sempre, a brasilei-
ros a representação legal do consórcio.

4.10.4 Não se aplicará a proibição constante da letra " f " do subitem 4.10.1 quando as empresas
consorciadas decidirem fundir-se em uma só, que as suceda para todos os efeitos legais.

4.10.5 Aplicar-se-ão aos consórcios, no que cabíveis, as disposições deste Regulamento, inclusive
no tocante ao cadastramento e habilitação de licitantes.

4.10.6 O Certificado do Registro do Consórcio será expedido com a finalidade exclusiva de permitir
a participação na licitação indicada no pedido de inscrição.

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PROCESSO LICITATÓRIO

4.10.7 O edital de licitação poderá fixar a quantidade máxima de firmas por consórcios e estabele-
cerá prazo para que o compromisso de consorciação seja substituído pelo contrato de cons-
tituição definitiva do consórcio, na forma do disposto no art. 279 da Lei nº 6.404 de 15/12/76,
sob pena de cancelamento da eventual adjudicação.

4.11 A PETROBRÁS poderá promover a pré-qualificação de empresas para verificação prévia da


habilitação jurídica, capacidade técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade fis-
cal, com vista à participação dessas empresas em certames futuros e específicos.

4.11.1 O edital de chamamento indicará, além da(s) obra(s), serviço(s) ou fomecimento(s) a ser(em)
contratado(s), os requisitos para a pré-qualificação e o seu prazo de validade.

4.11.2 Uma vez pré-qualificadas, a convocação das empresas interessadas será feita de forma sim-
plificada, mediante carta-convite.

4.12 O Certificado fornecido aos cadastrados substituirá os documentos exigidos para as licitações
processadas dentro do seu prazo de validade, ficando, porém, assegurado à PETROBRÁS o
direito de estabelecer novas exigências, bem como comprovação da capacidade operativa
atual da empresa, compatível com o objeto a ser contratado.

CAPÍTULO V

PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO

5.1 As licitações da PETROBRÁS serão processadas por Comissões Permanentes ou Especiais,


designadas pela Diretoria ou, mediante delegação desta, pelo titular da unidade administrativa
interessada.

5.1.1 O procedimento da licitação será iniciado com o ato do titular da unidade administrativa inte-
ressada, que deverá indicar o objeto a ser licitado, prazo para a execução da obra, serviço ou
fornecimento desejado, bem como os recursos orçamentários aprovados ou previstos nos pro-
gramas plurianuais correspondentes.

5.1.2 Quando for o caso, o pedido de licitação deverá vir acompanhado do ato de designação da
Comissão Especial que a processará.

5.2 O pedido de licitação deverá conter, dentre outros, os seguintes elementos:

I - NO CASO DE OBRA OU SERVIÇO:

a) descrição das características básicas e das especificações dos trabalhos a serem contrata-
dos;

b) indicação do prazo máximo previsto para a conclusão dos trabalhos;

c) indicação do custo estimado para a execução, cujo orçamento deverá ser anexado ao pe-
dido;

d) indicação da fonte de recursos para a contratação;

e) requisitos de capital, qualificação técnica e capacitação econômico-financeira a serem sa-


tisfeitos pelas firmas interessadas na participação;

f) local e unidade administrativa onde poderão ser obtidos, pelos interessados, elementos e
esclarecimentos complementares sobre a obra ou serviço, bem como o preço de aquisição das
especificações técnicas, plantas e demais elementos da licitação.

II - NO CASO DE COMPRA:

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PROCESSO LICITATÓRIO

a) descrição das características técnicas do material ou equipamento a ser adquirido;

b) indicação da fonte de recursos para a aquisição;

c) indicação, quando for o caso, dos requisitos de capacitação econômico-financeira, qualifica-


ção e tradição técnica a serem satisfeitos pelos fornecedores interessados;

d) indicação ou requisitos de qualidade técnica exigidos para o material ou equipamento a ser


fornecido;

e) preço de aquisição das especificações técnicas e demais documentos da licitação, quando


for o caso.

5.2.1 Quando exigido como requisito para a participação, o capital social mínimo não será superior
a dez por cento do valor estimado para a contratação.

5.2.2 A Comissão de Licitação poderá solicitar da unidade administrativa requisitante quaisquer ele-
mentos e informações que entender necessários para a elaboração do edital ou carta-convite
da licitação. A Comissão restituirá à unidade requisitante o pedido de licitação que não contiver
os elementos indicados no subitem anterior, bem assim os que não forem complementares
com os dados e informações adicionais requisitados.

5.3 As licitações serão convocadas mediante edital assinado e feito publicar pelo titular da unidade
administrativa interessada, ou através de carta-convite expedida pela Comissão de Licitação
ou por servidor especialmente designado.

5.3.1 Na elaboração do edital deverão ser levados em conta, além das condições e exigências téc-
nicas e econômico-financeiras requeridas para a participação, os seguintes princípios básicos
de licitação:

a) igualdade de oportunidade e de tratamento a todos os interessados na licitação;

b) publicidade e amplo acesso dos interessados às informações e trâmites do procedimento


licitatório;

c) fixação de critérios objetivos para o julgamento da habilitação dos interessados e para ava-
liação e classificação das propostas.

5.4 A concorrência será convocada por Aviso publicado, pelo menos uma vez, no Diário Oficial da
União e em jornal de circulação nacional, com antecedência mínima de trinta dias da data
designada para apresentação de propostas.

5.4.1 O aviso de convocação indicará, de forma resumida, o objeto da concorrência, os requisitos


para a participação, a data e o local de apresentação das propostas e o local onde poderão
ser adquiridos o edital e os demais documentos da licitação.

5.4.2 O edital da concorrência deverá conter o número de ordem em série anual, a sigla da unidade
administrativa interessada, a finalidade da licitação, a menção de que será regida por esta
Norma e, mais, as seguintes indicações:

a) o objeto da licitação, perfeitamente caracterizado e definido, conforme o caso, pelo respec-


tivo projeto, normas e demais elementos técnicos pertinentes, bastantes para permitir a exata
compreensão dos trabalhos a executar ou do fornecimento a fazer;

b) as condições de participação e a relação dos documentos exigidos para a habilitação dos


licitantes e seus eventuais sub-contratados, os quais serão relativos, exclusivamente, à habili-
tação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal;

c) o local, dia e horário em que serão recebidas a documentação de habilitação preliminar e as


propostas e o local, dia e hora em que serão abertas as propostas;

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PROCESSO LICITATÓRIO

d) o critério que será adotado no julgamento das propostas;

e) o local e a unidade administrativa onde os interessados poderão obter informações e escla-


recimentos e cópias dos projetos, plantas, desenhos, instruções, especificações e outros ele-
mentos necessários ao perfeito conhecimento do objeto da licitação;

f) a natureza e o valor da garantia de propostas, quando exigida;

g) o prazo máximo para cumprimento do objeto da licitação;

h) as condições de reajustamento dos preços, quando previsto;

i) a declaração de que os trabalhos, ou fornecimento deverão ser realizados segundo as con-


dições estabelecidas em contrato, cuja minuta acompanhará o edital;

j) as condições de apresentação das propostas, número de vias e exigências de serem datilo-


grafadas e assinadas pelo proponente, sem emendas ou rasuras, com a indicação do respec-
tivo endereço;

k) as condições para aceitação de empresas associadas em consórcio e para eventual sub-


contratação;

l) esclarecimento de que a PETROBRÁS poderá, antes da assinatura do contrato, desistir da


concorrência, sem que disso resulte qualquer direito para os licitantes;

m) prazo de validade das propostas;

n) outras informações que a unidade requisitante da licitação julgar necessária.

5.4.3 Nas concorrências haverá, sempre, uma fase inicial de habilitação preliminar, destinada à ve-
rificação da plena qualificação das firmas interessadas. Para a habilitação preliminar os inte-
ressados apresentarão os documentos indicados no edital, além do comprovante de garantia
de manutenção da proposta, quando exigida.

5.4.4 A habilitação preliminar antecederá a abertura das propostas e a sua apreciação competirá à
Comissão de Licitação.

5.4.5 O edital da concorrência poderá dispensar as firmas inscritas no cadastro da PETROBRÁS e


de órgãos da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal, da apresentação dos do-
cumentos de regularidade jurídico-fiscal exigidos para a habilitação, desde que exibido o Cer-
tificado de registro, respectivo.

5.4.6 Quando prevista no edital, a exigência de capital mínimo integralizado e realizado, ou de patri-
mônio líquido, não poderá exceder de dez por cento do valor estimado da contratação.

5.4.7 Mediante despacho fundamentado, a Diretoria poderá autorizar a redução do prazo de publi-
cação do edital, para, no mínimo, vinte dias, quando essa providência for considerada neces-
sária pela urgência da contratação.

5.5 A tomada de preços será convocada por Aviso publicado no Diário Oficial da União e em jornal
de circulação nacional, com a antecedência mínima de quinze dias da data designada para
recebimento das propostas.

5.5.1 O edital de tomada de preços conterá, além dos requisitos do subitem anterior, que forem
cabíveis, as seguintes indicações mínimas:

a) a descrição detalhada do objeto da licitação, as especificações e demais elementos indis-


pensáveis ao perfeito conhecimento, pelos interessados, dos trabalhos que serão executados,
ou dos materiais ou equipamentos a serem fornecidos;

b) o local, data e horário em que serão recebidas as propostas e as condições da apresentação


destas;

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PROCESSO LICITATÓRIO

c) a informação de que somente poderão participar da licitação firmas já inscritas no registro


cadastral de licitantes da PETROBRÁS;

d) especificação da forma e o valor da garantia de proposta, quando exigida, e indicação do


local e a unidade administrativa da PETROBRÁS onde os interessados obterão informações
complementares, cópias das especificações, plantas, desenhos, instruções e demais elemen-
tos sobre o objeto da licitação;

e) o critério de julgamento das propostas, com o esclarecimento de que a PETROBRÁS po-


derá, antes da assinatura do contrato, revogar a licitação, sem que disso resulte qualquer di-
reito para os licitantes.

5.5.2 Mediante despacho fundamentado, o Diretor da área a que estiver afeta a licitação poderá
autorizar a redução do prazo de publicação do edital, para dez dias, quando essa providência
for considerada necessasária pela urgência da contratação.

5.6 O convite será convocado por carta expedida pelo Presidente da Comissão de licitação ou pelo
servidor especialmente designado, às firmas indicadas no pedido da licitação, em número mí-
nimo de três, selecionadas pela unidade requisitante dentre as do ramo pertinente ao objeto,
inscritos ou não no registro cadastral de licitantes da PETROBRÁS.

5.6.1 A carta-convite será entregue, aos interessados, contra recibo, com antecedência mínima de
três dias antes da data fixada para a apresentação das propostas. A carta-convite será acom-
panhada das características e demais elementos técnicos da licitação e deverá conter as indi-
cações mínimas, necessárias à elaboração das propostas.

5.6.2 A cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, a convocação será es-
tendida a, pelo menos, mais uma firma, dentre as cadastradas e classificadas no ramo perti-
nente.

CAPíTULO VI

JULGAMENTO DAS LICITAÇÕES

6.1 As licitações serão processadas e julgadas com a observância do seguinte procedimento:

a) abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação, e sua apreciação;

b) devolução dos envelopes fechados aos licitantes inabilitados, desde que não tenha havido
recurso ou após a sua denegação;

c) abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes habilitados, desde que trans-
corrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após
o julgamento dos recursos interpostos;

d) verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do instrumento convoca-


tório, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;

e) classificação das propostas e elaboração do Relatório de Julgamento;

f) aprovação do resultado e adjudicação do objeto ao vencedor.

6.2 A abertura dos envelopes contendo os documentos de habilitação e as propostas, será reali-
zada sempre em ato público, previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada,
assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão de Licitação.

6.3 Todos os documentos de habilitação e propostas serão rubricados pelos licitantes e pela Co-
missão de Licitação.

6.4 O disposto no item 6.1 aplica-se, no que couber, ao leilão e ao convite.

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PROCESSO LICITATÓRIO

6.5 O concurso será processado com a observância do procedimento previsto no respectivo ins-
trumento convocatório.

6.6 Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não cabe des-
classificá-las por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenien-
tes ou só conhecidos após o julgamento.

6.7 É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção


de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do procedimento licitató-
rio, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originaria-
mente da proposta.

6.8 Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decor-
rente de fato superveniente e aceito pela Comissão.

6.9 É assegurado a todos os participantes do procedimento licitatório o direito de recurso, na


forma estabelecida no Capítulo IX deste Regulamento.

6.10 O critério de julgamento das propostas constará, obrigatoriamente, do edital ou carta-convite.


Na sua fixação levar-se-ão em conta, dentre outras condições expressamente indicadas no
ato de convocação, os fatores de qualidade e rendimento da obra ou serviço ou do material
ou equipamento a ser fornecido, os prazos de execução ou de entrega, os preços e as con-
dições de pagamento.

6.11 A Comissão fará a análise, avaliação e classificação das propostas rigorosamente de confor-
midade com o critério estabelecido no ato de convocação, desclassificando as que não satis-
fizeram, total ou parcialmente, às exigências prefixadas.

6.12 Não serão levadas em conta vantagens não previstas no edital ou carta-convite, nem ofertas
de redução sobre a proposta mais barata.

6.13 No caso de discordância entre os preços unitários e os totais resultantes de cada item da
planilha, prevalecerão os primeiros; ocorrendo discordância entre os valores numéricos e os
por extenso, prevalecerão estes últimos.

6.14 Na falta de outro critério expressamente estabelecido no ato de convocação, observado o


disposto no subitem anterior, a licitação será julgada com base no menor preço ofertado,
assim considerado aquele que representar o menor dispêndio para a PETROBRÁS.

6.15 Na avaliação das propostas, para efeito da classificação, a Comissão levará em conta todos
os aspectos de que possa resultar vantagem para a PETROBRÁS, observado o disposto no
subitem 6.25.

6 16 As propostas serão classificadas por ordem decrescente dos valores afertados, a partir da
mais vantajosa.

6.17 Verificando-se absoluta igualdade entre duas ou mais propostas, a Comissão designará dia
e hora para que os licitantes empatados apresentam novas ofertas de preços; se nenhum
deles puder, ou quiser, formular nova proposta, ou caso se verifique novo empate, a licitação
será decidida por sorteio entre os igualados.

6.18 Em igualdade de condições, as propostas de licitantes nacionais terão preferência sobre as


dos estrangeiros.

6.19 Nas licitações de MELHOR PREÇO será declarada vencedora a proponente que, havendo
atendido às exigências de prazo de execução ou de entrega e às demais condições gerais
estabelecidas no ato de convocação, ofertar o menor valor global para a realização da obra
ou serviço, assim considerado aquele que implicar o menor dispêndio para a PETROBRÁS,
ou o maior pagamento, no caso de alienação.

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PROCESSO LICITATÓRIO

6.20 Nas licitações de TÉCNICA E PREÇO e MELHOR TÉCNICA o julgamento das propostas será
feito em duas etapas.

6.20.1 Na primeira, a Comissão fará a análise das propostas com base nos fatores de avaliação
previamente fixados no edital, tais como: qualidade, rendimento, assistência técnica e treina-
mento, prazo e cronograma de execução, técnica e metodologia de execução, tradição téc-
nica da firma, equipamentos da firma, tipo e prazo da garantia de qualidade oferecida, po-
dendo solicitar dos licitantes as informações e esclarecimentos complementares que consi-
derar necessários, vedada qualquer alteração das condições já oferecidas.

6.20.2 Concluída a avaliação das propostas técnicas, a Comissão convocará os licitantes, por es-
crito, e, no dia, hora e local designados, em sessão pública, divulgará o resultado da 1ª etapa
do julgamento e proclamará as propostas classificadas tecnicamente. Após a leitura do Rela-
tório Técnico, o Presidente da Comissão prestará aos licitantes os esclarecimentos e justifi-
cativas que forem solicitados. As indagações dos licitantes e os esclarecimentos prestados
pelo Presidente constarão da ata da sessão. Em seguida, o Presidente da Comissão fará a
abertura dos envelopes das propostas financeiras, cujos documentos serão lidos e rubricados
pelos membros da Comissão e pelos licitantes. Serão restituídos, fechados, aos respectivos
prepostos, os envelopes de preços dos licitantes cujas propostas técnicas tenham sido des-
classificadas.

6.20.3 O Presidente da Comissão não fará a abertura dos envelopes de preços das firmas cujas
propostas técnicas tenham sido objeto de impugnação, salvo se, decidida, de plano, a impro-
cedência desta, o impugnante declarar, para ficar consignado na ata, que aceita a decisão da
Comissão e renuncia a recurso ou reclamação futura sobre o assunto.

6.20.4 Também não serão abertos, permanecendo em poder da Comissão, os envelopes de preços
das firmas cujas propostas técnicas tenham sido desclassificadas e que consignarem em ata
o propósito de recorrer contra tal decisão, bem assim os daquelas contra as quais tenha sido
impugnada a classificação, até a decisão final sobre o recurso ou impugnação.

6.20.5 O resultado da avaliação das propostas técnicas constará de RELATÓRIO TÉCNICO, no qual
deverão ser detalhadamente indicados:

a) as propostas consideradas adequadas às exigências de ordem técnica da licitação;

b) as razões justificadoras de eventuais desclassificações.

6.20.6 Na segunda etapa do julgamento, a Comissão avaliará os preços e sua adequação à estima-
tiva da PETROBRÁS para a contratação, bem assim as condições econômico-financeiras
ofertados pelos licitantes e fará a classificação final segundo a ordem decrescente dos valores
globais, ou por item do pedido, quando se tratar de licitação de compra.

6.21 Nas licitações de TÉCNICA E PREÇO será proclamada vencedora da licitação a firma que
tiver ofertado o melhor preço global para a realização da obra ou serviço, ou o melhor preço
final por item do fornecimento a ser contratado, desde que atendidas todas as exigências
econômico-financeiras estabelecidas no edital.

6.22 Nas licitações de MELHOR TÉCNICA será proclamada vencedora a firma que obtiver a me-
lhor classificação técnica, desde que atendidas as condições econômico-financeiras estabe-
lecidas no edital. Entretanto, o edital conterá, sempre, a ressalva de que a PETROBRÁS
poderá recusar a adjudicação, quando o preço da proposta for considerado incompatível com
a estimativa de custo da contratação.

6.23 Qualquer que seja o tipo ou modalidade da licitação, poderá a Comissão, uma vez definido o
resultado do julgamento, negociar com a firma vencedora ou, sucessivamente, com as de-
mais licitantes, segundo a ordem de classificação, melhores e mais vantajosas condições
para a PETROBRÁS. A negociação será feita, sempre, por escrito e as novas condições dela
resultantes passarão a integrar a proposta e o contrato subseqüente.

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PROCESSO LICITATÓRIO

6.24 O resultado das licitações, qualquer que seja o tipo ou modalidade, constará do RELATÓRIO
DE JULGAMENTO, circunstanciado, assinado pelos membros da Comissão, no qual serão
referidos, resumidamente, os pareceres técnicos dos órgãos porventura consultados.

6.25 No Relatório de Julgamento a Comissão indicará, detalhadamente, as razões da classificação


ou desclassificação das propostas, segundo os fatores considerados no critério pré-estabe-
lecido, justificando, sempre, quando a proposta de menor preço não for a escolhida.

6.26 Concluído o julgamento, a Comissão comunicará, por escrito, o resultado aos licitantes, fran-
queando-lhes, e a qualquer interessado que o requeira por escrito, o acesso às informações
sobre a tramitação e resultado da licitação.

6.27 Decorrido o prazo de recurso, ou decidido este, o Relatório de Julgamento será encaminhado
pelo Presidente da Comissão ao titular do órgão interessado, para aprovação e adjudicação.

6.27.1 O titular da unidade competente para a aprovação poderá converter o julgamento em diligên-
cia, para que a Comissão supra omissões ou esclareça aspectos do resultado apresentado.

6.27.2 Mediante decisão fundamentada, a autoridade competente para a aprovação anulará, total
ou parcialmente, a licitação, quando ficar comprovada irregularidade ou ilegalidade no seu
processamento.

6.28 Os editais e cartas-convites conterão, sempre, a ressalva de que a PETROBRÁS poderá,


mediante decisão fundamentada da autoridade competente para a homologação do julga-
mento, revogar a licitação, a qualquer tempo, antes da formalização do respectivo contrato,
para atender a razões de conveniência administrativa, bem como anular o procedimento, se
constatada irregularidade ou ilegalidade, sem que disso resulte, para os licitantes, direito a
reclamação ou indenização.

6.29 As licitações vinculadas a financiamentos contratados pela PETROBRÁS com organismos


internacionais serão processadas com observância do disposto nas recomendações contidas
nos respectivos Contratos de Empréstimos, e nas instruções específicas dos órgãos federais
competentes, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Regulamento.

6.30 Os editais para essas licitações indicarão os requisitos a serem atendidos pelas firmas es-
trangeiras eventualmente interessadas na participação.

CAPÍTULO VII

CONTRATAÇÃO

7.1 A execução de obras e serviços e a aquisição ou alienação de materiais, na PETROBRÁS,


serão contratados com o concorrente classificado em primeiro lugar na licitação correspon-
dente, ressalvados os casos de dispensa desta, estabelecidos neste Regulamento.

7.1.1 Os contratos da PETROBRÁS reger-se-ão pelas normas de direito privado e pelo princípio da
autonomia da vontade, ressalvados os casos especiais, obedecerão a minutas padronizadas,
elaboradas com a orientação do órgão jurídico e aprovadas pela Diretoria.

7.1.2 As minutas dos contratos e dos respectivos aditamentos serão previamente analisadas pelo
órgão jurídico da PETROBRÁS, na forma do disposto nas normas operacionais internas.

7.1.3 Os contratos deverão estabelecer, com clareza e precisão, os direitos, obrigações e responsa-
bilidades das partes e conterão cláusulas específicas sobre:

a) a qualificação das partes;

b) o objeto e seus elementos característicos;

c) a forma de execução do objeto;

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PROCESSO LICITATÓRIO

d) o preço, as condições de faturamento e de pagamento e, quando for o caso, os critérios de


reajustamento;

e) os prazos de início, de conclusão, de entrega, de garantia e de recebimento do objeto do


contrato, conforme o caso;

f) as responsabilidades das partes;

g) as que fixem as quantidades e o valor da multa;

h) a forma de inspeção ou de fiscalização pela PETROBRÁS;

i) as condições referentes ao recebimento do material, obra ou serviço;

j) as responsabilidades por tributos ou contribuições;

k) os casos de rescisão;

l) o valor do contrato e a origem dos recursos;

m) a forma de solução dos conflitos, o foro do contrato e, quando necessário, a lei aplicável;

n) estipulação assegurando à PETROBRÁS o direito de, mediante retenção de pagamentos,


ressarcir-se de quantias que lhes sejam devidas pela firma contratada, quaisquer que sejam a
natureza e origem desses débitos.

7 1.4 A Diretoria Executiva definirá, em ato interno específico, as competências para a assinatura
dos contratos celebrados pela PETROBRÁS.

7.2 Os contratos regidos por este Regulamento poderão ser alterados, mediante acordo entre as
partes, principalmente nos seguintes casos:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação téc-
nica aos seus objetivos;

b) quando necessária a alteração do valor contratual, em decorrência de acréscimo ou dimi-


nuição quantitativa de seu objeto, observado, quanto aos acréscimos, o limite de vinte e cinco
por cento do valor atualizado do contrato;

c) quando conveniente a substituição de garantia de cumprimento das obrigações contratuais;

d) quando necessária a modificação do regime ou modo de realização do contrato, em face de


verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

e) quando seja comprovadamente necessária a modificação da forma de pagamento, por im-


posição de circunstâncias supervenientes, respeitado o valor do contrato.

7.3 A inexecução total ou parcial do contrato poderá ensejar a sua rescisão, com as consequências
contratuais e as previstas em lei, além da aplicação ao contratado das seguintes sanções:

a) advertência;

b) multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a PE-


TROBRÁS, por prazo não superior a dois anos;

d) proibição de participar de licitação na PETROBRÁS, enquanto perdurarem os motivos de-


terminantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação, perante a própria autoridade
que aplicou a pena.

7.3.1 Constituem motivo, dentre outros, para rescisão do contrato:

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a) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

b) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

c) a lentidão no seu cumprimento, levando a PETROBRÁS a presumir a não-conclusão da


obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;

d) o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

e) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação


à PETROBRÁS;

f) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação da contratada com outrem, a


cessão ou transferência, total ou parcial, exceto se admitida no edital e no contrato, bem como
a fusão, cisão ou incorporação, que afetem a boa execução deste;

g) o desatendimento das determinações regulares do preposto da PETROBRÁS designado


para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

h) o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas em registro próprio;

i) a decretação da falência, o deferimento da concordata, ou a instauração de insolvência civil;

j) a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

k) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que, a juízo


da PETROBRÁS, prejudique a execução da obra ou serviço;

l) o protesto de títulos ou a emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos, que carac-
terizem insolvência do contratado;

m) a suspensão de sua execução, por ordem escrita da PETROBRÁS por prazo superior a
cento e vinte dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna
ou guerra;

n) a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da


execução do contrato.

7.3.2 A rescisão acarretará as seguintes conseqüências imediatas:

a) execução da garantia contratual, para ressarcimento, à PETROBRÁS, dos valores das mul-
tas aplicadas e de quaisquer outras quantias ou indenizações a ela devidas;

b) retenção dos créditos decorrentes do contrato, até o limite dos prejuízos causados à PE-
TROBRÁS.

7.4 O contrato poderá estabelecer que a decretação da concordata implicará a rescisão de pleno
direito, salvo quando a firma contratada prestar caução suficiente, a critério da PETROBRÁS,
para garantir o cumprimento das obrigações contratuais.

CAPÍTULO VIII

LICITAÇÃO PARA ALIENAÇÃO DE BENS

81 Observado o disposto no Estatuto Social, a alienação de bens do ativo permanente, devidamente


justificada, será sempre precedida de avaliação e licitação, dispensada esta nos seguintes ca-
sos:

a) dação em pagamento, quando o credor consentir em receber bens móveis ou imóveis em


substituição à prestação que lhe é devida;

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PROCESSO LICITATÓRIO

b) doação, exclusivamente para bens inservíveis ou na hipótese de calamidade pública;

c) permuta;

d) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;

e) venda de títulos, na forma da legislação pertinente.

8.2 A alienação será efetuada mediante leilão público, ou concorrência, quando se tratar de imóveis,
segundo as condições definidas pela Diretoria Executiva, indicadas no respectivo edital, previa-
mente publicado.

CAPÍTULO IX

RECURSOS PROCESSUAIS

9.1 Qualquer interessado, prejudicado por ato de habilitação, classificação ou julgamento, prati-
cado pela Comissão de Licitação, ou por representante autorizado da PETROBRÁS, em fun-
ção deste Regulamento, poderá recorrer, mediante:

a) Pedido de Reconsideração;

b) Recurso Hierárquico.

9.1.1 O Pedido de Reconsideração será formulado em requerimento escrito e assinado pelo interes-
sado, dirigido à Comissão de Licitação ou à unidade responsável pelo ato impugnado e deverá
conter:

a) a identificação do recorrente e das demais pessoas afetadas pelo ato impugnado;

b) a indicação do processo licitatório ou administrativo em que o ato tenha sido praticado;

c) as razões que fundamentam o pedido de reconsideração, com a indicação do dispositivo


deste Regulamento ou, quando for o caso, da legislação subsidiariamente aplicável.

9.1.2 O Pedido de Reconsideração será apresentado no protocolo local da PETROBRÁS, instruído


com os documentos de prova de que dispuser o recorrente. Quando assinado por procurador,
deverá vir acompanhado do correspondente instrumento do mandato, salvo quando este já
constar do processo respectivo.

9.1.3 Mediante o pagamento do custo correspondente, a parte poderá requerer cópias das peças do
processo da licitação, ou de quaisquer outros documentos indispensáveis à instrução do re-
curso.

9.1.4 Quando o interessado o requerer, o Pedido de Reconsideração poderá converter-se em Re-


curso Hierárquico, na hipótese de indeferimento da Comissão de Licitação ou da unidade ad-
ministrativa à qual tenha sido dirigido.

9.1.5 O Recurso Hierárquico, formulado com observância do disposto no subitem 9.1.1, será dirigido
à unidade administrativa imediatamente superior àquela responsável pelo ato impugnado.

9.1.6 Quando se referir a ato praticado em processo de licitação, o requerimento do Recurso Hierár-
quico será apresentado, através do protocolo local da PETROBRÁS, à Comissão de Licitação,
que o encaminhará a unidade administrativa competente, com as informações justificativas do
ato praticado, caso decida mantê-lo.

9.1.7 Interposto o recurso hierárquico, a Comissão de Licitação comunicará aos demais licitantes,
que poderão impugná-lo no prazo comum de cinco dias úteis.

9.1.8 A Comissão de Licitação, ou a unidade administrativa responsável pelo ato impugnado, deci-
dirá sobre o Pedido de Reconsideração no prazo de três dias úteis, contados do término do

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PROCESSO LICITATÓRIO

prazo para impugnação e, em igual prazo, comunicará o resultado ao interessado, ou encami-


nhará o processo ao superior hierárquico, na hipótese prevista no subitem 9.1.4.

9.1.9 O Recurso Hierárquico será decidido pela unidade administrativa competente no prazo de
cinco dias úteis, contados da data em que receber, devidamente instruído, o processo respec-
tivo.

9.2 É de cinco dias corridos, contados da data de comunicação do ato impugnado, o prazo para
formulação do Pedido de Reconsideração e do Recurso Hierárquico.

9.2.1 Quando se tratar de ato divulgado em sessão pública do procedimento licitatório, o prazo para
recorrer contar-se-á da data da realização da sessão.

9.2.2 Nos demais processos vinculados a esta Norma, o prazo para recorrer contar-se-á da data em
que a parte tomar conhecimento do ato.

9.2.3 Quando o recurso se referir ao resultado final da licitação, o prazo de recurso será contado da
data da notificação do resultado, feita pela Comissão de Licitação aos interessados.

9.2.4 Na contagem do prazo de recurso excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento,


prorrogando-se este para o primeiro dia útil, quando recair em dia em que não haja expediente
na PETROBRÁS.

9.3 Os recursos terão efeito apenas devolutivo. Entretanto, quando se referirem à habilitação de
recorrentes, ou ao resultado da avaliação e classificação de propostas, os recursos acarretarão
a suspensão do procedimento licitatório, mas apenas em relação à firma, ou a proposta, atin-
gida pelo recurso.

9.3.1 A seu exclusivo critério, a autoridade competente para apreciar o recurso poderá suspender o
curso do processo, quando isso se tornar recomendável, em face da relevância dos aspectos
questionados pelo recorrente.

9.3.2 A parte poderá, a qualquer tempo, desistir do recurso interposto. Responderá, entretanto, pe-
rante a PETROBRÁS, pelos prejuízos que, porventura, decorram da interposição de recurso
meramente protelatório.

CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

10.1 A disciplina estabelecida neste Regulamento poderá ser complementada, quanto aos aspectos
operacionais, por ato interno da Diretoria Executiva da PETROBRÁS, previamente publicado
no Diário Oficial da União, inclusive quanto à fixação das multas a que se refere a alínea " g "
do subitem 7.1.3.

10.2 Quando da edição da lei a que se refere o § 1º do art. 173 da Constituição, com a redação dada
pela Emenda nº 19, de 4 de junho de 1998, o procedimento licitatório disciplinado neste Regu-
lamento deverá ser revisto, naquilo que conflitar com a nova lei.

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

Lei n.º 13.303.2016

Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades de
economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se
refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou superfatu-
ramento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publici-
dade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sus-
tentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do julgamento
objetivo. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

§ 1º Para os fins do disposto no caput , considera-se que há:

I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados são expressiva-
mente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário de um item,
se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, ou ao valor global do objeto, se a
licitação ou a contratação for por preço global ou por empreitada;

II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da empresa pública ou da sociedade de eco-


nomia mista caracterizado, por exemplo:

a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas;

b) pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição da qua-
lidade, da vida útil ou da segurança;

c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem o desequilíbrio


econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;

d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais antecipados,
distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com custos
adicionais para a empresa pública ou a sociedade de economia mista ou reajuste irregular de preços.

§ 2º O orçamento de referência do custo global de obras e serviços de engenharia deverá ser obtido a
partir de custos unitários de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus corresponden-
tes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), no caso de
construção civil em geral, ou no Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), no caso de obras e
serviços rodoviários, devendo ser observadas as peculiaridades geográficas.

§ 3º No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o disposto no § 2º, a estimativa de


custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, em publicações téc-
nicas especializadas, em banco de dados e sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa
de mercado.

§ 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista poderão adotar procedimento de manifesta-


ção de interesse privado para o recebimento de propostas e projetos de empreendimentos com vistas
a atender necessidades previamente identificadas, cabendo a regulamento a definição de suas regras
específicas.

§ 5º Na hipótese a que se refere o § 4º, o autor ou financiador do projeto poderá participar da licitação
para a execução do empreendimento, podendo ser ressarcido pelos custos aprovados pela empresa
pública ou sociedade de economia mista caso não vença o certame, desde que seja promovida a ces-
são de direitos de que trata o art. 80.

Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes: (Vide
Lei nº 14.002, de 2020)

I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos convocatórios e das minutas de contratos,


de acordo com normas internas específicas;

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa pública ou sociedade de economia mista,
considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, in-
clusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação eco-
nômica e a outros fatores de igual relevância;

III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação de licitantes, sem perda de economia de
escala, e desde que não atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e II;

IV - adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei nº 10.520,
de 17 de julho de 2002 , para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados aqueles
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio
de especificações usuais no mercado;

V - observação da política de integridade nas transações com partes interessadas.

§ 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente, as normas
relativas à:

I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contratadas;

II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação ambiental,
que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;

III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo de


energia e de recursos naturais;

IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;

V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da avaliação
do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados por empresas públicas e sociedades
de economia mista;

VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 2º A contratação a ser celebrada por empresa pública ou sociedade de economia mista da qual de-
corra impacto negativo sobre bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial tombados
dependerá de autorização da esfera de governo encarregada da proteção do respectivo patrimônio,
devendo o impacto ser compensado por meio de medidas determinadas pelo dirigente máximo da em-
presa pública ou sociedade de economia mista, na forma da legislação aplicável.

§ 3º As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrônica, deverão ser realizadas exclusivamente


em portais de compras de acesso público na internet.

§ 4º Nas licitações com etapa de lances, a empresa pública ou sociedade de economia mista disponi-
bilizará ferramentas eletrônicas para envio de lances pelos licitantes.

Art. 33. O objeto da licitação e do contrato dela decorrente será definido de forma sucinta e clara no
instrumento convocatório. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista, na licitação para aquisição de bens,
poderão: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses:

a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto;

b) quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor constituir o único
capaz de atender o objeto do contrato;

c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a identificação de determinada marca ou mo-
delo apto a servir como referência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão “ou
similar ou de melhor qualidade”;

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualificação e na fase de julgamento das propostas


ou de lances, desde que justificada a necessidade de sua apresentação;

III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do processo de fabricação, inclusive sob o as-
pecto ambiental, por instituição previamente credenciada.

Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da proposta, a adequação às
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da qualidade do produto
por instituição credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Sinmetro) .

Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima semestral, em sítio eletrônico oficial na in-
ternet de acesso irrestrito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas e
pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes informações: (Vide Lei nº 14.002,
de 2020)

I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da quantidade adquirida;

II - nome do fornecedor;

III - valor total de cada aquisição.

Art. 63. São procedimentos auxiliares das licitações regidas por esta Lei: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

I - pré-qualificação permanente;

II - cadastramento;

III - sistema de registro de preços;

IV - catálogo eletrônico de padronização.

Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput deste artigo obedecerão a critérios claros e
objetivos definidos em regulamento.

Art. 64. Considera-se pré-qualificação permanente o procedimento anterior à licitação destinado a iden-
tificar: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas para o fornecimento de bem ou a exe-
cução de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente estabelecidos;

II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da administração pública.

§ 1º O procedimento de pré-qualificação será público e permanentemente aberto à inscrição de qual-


quer interessado.

§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista poderão restringir a participação em suas


licitações a fornecedores ou produtos pré-qualificados, nas condições estabelecidas em regulamento.

§ 3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou segmentos, segundo as especialidades dos
fornecedores.

§ 4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos de habilitação
ou técnicos necessários à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de condições
entre os concorrentes.

§ 5º A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizada a qualquer
tempo.

§ 6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exigida a comprovação de qualidade.

§ 7º É obrigatória a divulgação dos produtos e dos interessados que forem pré-qualificados.

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

Art. 65. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para efeito de habilitação dos inscritos em pro-
cedimentos licitatórios e serão válidos por 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizados a qualquer
tempo. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

§ 1º Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e ficarão permanentemente abertos para a


inscrição de interessados.

§ 2º Os inscritos serão admitidos segundo requisitos previstos em regulamento.

§ 3º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo regis-


tro cadastral.

§ 4º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de
satisfazer as exigências estabelecidas para habilitação ou para admissão cadastral.

Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente destinado às licitações de que trata esta Lei
reger-se-á pelo disposto em decreto do Poder Executivo e pelas seguintes disposições: (Vide Lei nº
14.002, de 2020)

§ 1º Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer órgão ou entidade responsável pela execução
das atividades contempladas no art. 1º desta Lei.

§ 2º O registro de preços observará, entre outras, as seguintes condições:

I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;

II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em regulamento;

III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e atualização periódicos dos preços registrados;

IV - definição da validade do registro;

V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com
preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, assim como dos lici-
tantes que mantiverem suas propostas originais.

§ 3º A existência de preços registrados não obriga a administração pública a firmar os contratos que
deles poderão advir, sendo facultada a realização de licitação específica, assegurada ao licitante regis-
trado preferência em igualdade de condições.

Art. 67. O catálogo eletrônico de padronização de compras, serviços e obras consiste em sistema in-
formatizado, de gerenciamento centralizado, destinado a permitir a padronização dos itens a serem
adquiridos pela empresa pública ou sociedade de economia mista que estarão disponíveis para a rea-
lização de licitação. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)

Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser utilizado em licitações cujo critério de julga-
mento seja o menor preço ou o maior desconto e conterá toda a documentação e todos os procedi-
mentos da fase interna da licitação, assim como as especificações dos respectivos objetos, conforme
disposto em regulamento.

Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) esferas de governo fiscalizarão as empre-
sas públicas e as sociedades de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas domiciliadas
no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos, sob o
ponto de vista contábil, financeiro, operacional e patrimonial.

§ 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata o caput , os órgãos de controle deverão
ter acesso irrestrito aos documentos e às informações necessários à realização dos trabalhos, inclusive
aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista, nos
termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 .

§ 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empresas públicas e sociedades de economia


mista no ato de entrega dos documentos e informações solicitados, tornando-se o órgão de controle
com o qual foi compartilhada a informação sigilosa corresponsável pela manutenção do seu sigilo.

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

§ 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capítulo aplicar-se-ão, também, às empresas


públicas e às sociedades de economia mista de caráter e constituição transnacional no que se refere
aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, independentemente de estarem incluídos ou não
em seus respectivos atos e acordos constitutivos.

Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a licita-
ções e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados ele-
trônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.

§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública e da sociedade de economia mista


serão disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em formato
eletrônico editável.

§ 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, ordinárias ou extraordinárias, dos conselhos


de administração ou fiscal das empresas públicas e das sociedades de economia mista, inclusive gra-
vações e filmagens, quando houver, deverão ser disponibilizados para os órgãos de controle sempre
que solicitados, no âmbito dos trabalhos de auditoria.

§ 3º O acesso dos órgãos de controle às informações referidas no caput e no § 2º será restrito e indivi-
dualizado.

§ 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário, estratégico, comercial ou industrial serão
assim identificadas, respondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos danos causados à
empresa pública ou à sociedade de economia mista e a seus acionistas em razão de eventual divulga-
ção indevida.

§ 5º Os critérios para a definição do que deve ser considerado sigilo estratégico, comercial ou industrial
serão estabelecidos em regulamento.

Art. 87. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei
será feito pelos órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de contas competente, na forma
da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e as sociedades de economia mista responsá-
veis pela demonstração da legalidade e da regularidade da despesa e da execução, nos termos da
Constituição.

§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação
desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a ocorrência
do certame, devendo a entidade julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem pre-
juízo da faculdade prevista no § 2º.

§ 2º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao tribunal de contas
ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei,
para os fins do disposto neste artigo.

§ 3º Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar


para exame, a qualquer tempo, documentos de natureza contábil, financeira, orçamentária, patrimonial
e operacional das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias no
Brasil e no exterior, obrigando-se, os jurisdicionados, à adoção das medidas corretivas pertinentes que,
em função desse exame, lhes forem determinadas.

Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão disponibilizar para conhe-
cimento público, por meio eletrônico, informação completa mensalmente atualizada sobre a execução
de seus contratos e de seu orçamento, admitindo-se retardo de até 2 (dois) meses na divulgação das
informações.

§ 1º A disponibilização de informações contratuais referentes a operações de perfil estratégico ou que


tenham por objeto segredo industrial receberá proteção mínima necessária para lhes garantir confiden-
cialidade.

§ 2º O disposto no § 1º não será oponível à fiscalização dos órgãos de controle interno e do tribunal de
contas, sem prejuízo da responsabilização administrativa, civil e penal do servidor que der causa à
eventual divulgação dessas informações.

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ARTIGOS 31 A 33, 47 E 48, 63 A 67, 85 A 90

Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de economia
mista, pelo órgão a que se vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia conferida
pela lei específica que autorizou a criação da entidade supervisionada ou da autonomia inerente a sua
natureza, nem autoriza a ingerência do supervisor em sua administração e funcionamento, devendo a
supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.

Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na
gestão das empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerência
no exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas.

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TRÁFEGO URBANO

Tráfego Urbano

As Vias Públicas, assim denominadas as ruas, avenidas, vielas, etc. são classificadas e colocadas
em Hierarquia Viária. Eis algumas dessas classificações.

Para a cidade de Cascavel, PR, o Plano Diretor diz o seguinte:

I. VIAS EXPRESSAS REGIONAIS - Compreendem as rodovias junto ou próximas à malha urbana.

II.VIAS ESTRUTURAIS - Formam a estrutura viária principal da cidade, destinadas a receber a maior
carga de tráfego, definindo os principais acessos da cidade e ligações interurbanas.

III.VIAS PERIMETRAIS - Conjunto de vias para o fluxo de tráfego pesado, limitando a sua circulação
na periferia da área central.

IV.VIAS COLETORAS - São as vias que recebem e distribuem o tráfego de vias locais e alimentam
as vias estruturais. Formam o itinerário das linhas de transporte coletivo.

V. VIAS LOCAIS - São as vias de unidade de residência, cuja função básica é de formar o itinerário
de veículos das vias coletoras às habitações.

VI. VIAS DE PEDESTRES - São as de uso predominantemente de pedestres e dotadas de equipa-


mentos adequados para esta finalidade, desde que garantido o trafego de veículos em toda a sua ex-
tensão.

Para Morada Nova (cidade?) a classificação é a seguinte:

Vias Expressas:

São vias que apresentam elevado padrão de fluidez, sendo destinadas a atender grandes volumes de
tráfego de média e longa distância, de passagem, e a ligar os sistemas viários urbanos, rurais e regio-
nais.

Vias Arteriais:

As canalizar o tráfego mais rápido liberando o centro urbano, sendo compostas por: Via Paisagística
da Lagoa da Salina e Via Paisagística Beira.

Vias Coletoras:

A principal função das vias coletoras é interligar as ruas dos setores residenciais às vias arteriais e
expressas. Caracterizam esse tipo de rua a multiplicidade das suas funções, sendo prioritário o deslo-
camento de pedestres e veículos.

Vias Locais:

São as vias de acesso às residências e devem ter um tratamento adequado priorizando a circulação
dos pedestres, bicicletas e prevendo-se a circulação facilitada para os deficientes físicos através de
rampas e apoios.

Ciclovias:Vias de circulação exclusiva para ciclistas. São propostas na malha existente nas vias que
permitam a adaptação.vias arteriais são as canalizadoras principais da circulação veicular urbana e
são previstas para um tráfego ativo com percursos rápidos e seguros. Servem o tráfego dentro do li-
mite urbano, interligando os bairros e conectando as vias expressas com a malha viária.

Vias Projetadas:

(Vias de Contorno Norte): É necessária a construção de duas vias arteriais mais ao norte destas no
sentido leste - oeste da Cidade, para que as mesmas possam absorver parte do fluxo e tráfego desa-
fogando mais a área central, e de modo mais intenso nas Ruas José Epifânio e Cipriano Maia. Uma
fará a ligação entre as Ruas Paulino Maçaranduba e Cel. José Ambrósio e a outra entre as avenidas

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TRÁFEGO URBANO

do Contorno Leste e Agostinho Chagas, respectivamente.

Vias Paisagísticas:

As vias paisagísticas conformam áreas de proteção ambiental, protegendo os recursos naturais de


ocupação indevida, revitalizando e promovendo essas áreas através do uso coletivo. As vias paisa-
gísticas de Morada Nova, tem também características de vias arteriais, com função de canalizar o trá-
fego mais rápido liberando o centro urbano, sendo compostas por: Via Paisagística da Lagoa da Sa-
lina e Via Paisagística Beira.

Vias Coletoras:

A principal função das vias coletoras é interligar as ruas dos setores residenciais às vias arteriais e
expressas. Caracterizam esse tipo de rua a multiplicidade das suas funções, sendo prioritário o deslo-
camento de pedestres e veículos.

Vias Locais:

São as vias de acesso às residências e devem ter um tratamento adequado priorizando a circulação
dos pedestres, bicicletas e prevendo-se a circulação facilitada para os deficientes físicos através de
rampas e apoios.

Ciclovias:

Vias de circulação exclusiva para ciclistas. São propostas na malha existente nas vias que permitam
a adaptação.

Para a cidade de Ribeirão Preto, SP, o Plano Diretor estabelece:

O Plano concebe a hierarquização das vias, caracterizando suas funções específicas visando um
deslocamento racional de pessoas e bens, compatibilizado com os diferentes modos de transporte,
tanto público quanto privado.

Tal concepção promove , por meio do Sistema Viário Principal a definição dos limites das Unidades
de Ocupação Planejada , prevista no Plano Diretor .Desse modo, o Plano Viário ora encaminhado à
Câmara Municipal de Ribeirão Preto contempla uma visão moderna de planejamento de nossa malha
viária, que ao ser implantado, trará benefícios que nossa população merece, especialmente em ter-
mos de qualidade de vida.

A estruturação viária baseia-se num Anel Viário circundante da área urbanizada.

Interno ao Anel Viário existe a continuidade destas vias expressas destinadas à integração dos diver-
sos subsetores que compõe a cidade, permitindo o rápido deslocamento entre os mesmos, junto às
quais deverão ser localizados futuros sistemas de transporte coletivo de alta capacidade.

Organizadas de forma radial ou circular, mantendo uma distância aproximada de 4 km entre si, sendo
que as Vias Expressas de Fundo de Vale devem ter largura variável, conforme exposto nas legisla-
ções ambientais pertinentes, preservando uma faixa mínima de sessenta metros de cada lado das
margens dos cursos d'água. As Vias Expressas que não se localizarem em áreas de fundo de vale
terão largura mínima de 92 metros, e as Vias Expressas Fechadas 32 metros.

As Vias Arteriais subdividem-se em:

a. Vias Expressas de Fundo de Vale ou não - vias de alta velocidade destinadas apenas a veículos
motorizados, onde será proibida a circulação de pedestres, dotadas de faixas de segurança e marge-
adas por via de trânsito local ou secundária, para onde as propriedades lindeiras poderão Ter acesso;
e

b. Vias Expressas Fechadas - vias de alta velocidade, também destinadas exclusivamente a veículos
motorizados e portanto vedadas aos pedestres, ao longo das quais as propriedades lindeiras não te-
rão saída de espécie alguma.

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TRÁFEGO URBANO

Em segundo lugar na hierarquia viária encontram-se as Vias Principais - vias que delimitam os sub-
centros, fazendo a interligação entre os mesmos. São vias destinadas à circulação geral a uma velo-
cidade média de 65 Km/h., distribuindo-se a uma distância média de 1 km entre si, Interno ao Anel
Viário, devendo ter largura variável conforme o zoneamento da área onde se insere, e com a sua im-
portância para a estrutura geral da cidade. As vias principais subdividem-se em:

a. Avenidas Parques - vias localizadas em áreas de fundo de vale, localizadas a uma distância mí-
nima de sessenta metros das margens dos córregos, conforme especificam as legislações vigentes
de proteção do meio ambiente: e

b. Avenidas - vias com largura mínima de 33 metros nas áreas residenciais e mistas e 40 metros nas
áreas predominantemente industriais.

Externo ao Anel Viário esta malha é espaçada de 1,5 km aproximadamente; respeitada a topografia e
dando continuidade à malha interna do anel.

Ao longo destas Vias Principais, bem como nas marginais de Vias Expressas serão instalados os cor-
redores comerciais e de prestação de serviços, conforme o uso do solo existente em cada trecho.
Continuando a hierarquia viária, em terceiro lugar, encontram-se as Vias Secundárias de Distribuição
ou Coletoras, destinadas à circulação local, mantendo uma distância aproximada de 500 m das Vias
Principais, nas áreas internas do Anel Viário e, 750 m nas áreas externas ao Anel Viário, que distri-
buem ou coletam o fluxo de trânsito a partir de ou até as vias principais, para as vias de acesso, inter-
namente aos subcentros. Estas vias devem apresentar uma largura mínima de 18 metros.Em último
lugar nesta hierarquia de veículos motorizados, encontram-se ainda três tipos de vias, de igual impor-
tância com relação ao sistema viário, a saber:

a. Ruas de Circulação Local, são as vias que dão acesso aos lotes, devendo ter largura mínima de 14
metros, definidas de acordo com o loteamento, sempre respeitando e dando continuidade à malha
viária lindeira existente;

b. Ruas de Acesso, destinadas ao acesso aos lotes com comprimento máximo de 220 metros e lar-
gura mínima de 12 metros, terminando em uma praça de retorno que deverá ter no mínimo 20 metros
de diâmetro, podendo localizar-se apenas em loteamentos residenciais; e

c. Parques Lineares de Fundo de Vale, que deverão manter uma distância mínima de 45 metros dos
cursos d'água, conforme reza a legislação específica vigente, possibilitando o fácil deslocamento en-
tre os diversos setores entre si e destes para a área central da cidade.

Para a complementação do sistema viário os trechos de vias já comprometido com a urbanização,


deverão sofrer intervenções para alargamento e/ou implantação, por meio de projetos específicos.

Sistema Viário

O Sistema Viário E Seus Usuários

O sistema viário possui estrutura e operação complexas.

Os usuários do sistema viário, geralmente leva em consideração pontos importantes, que influem di-
retamente na forma de sua utilização. A demanda é por deslocamentos mais rápidos, seguros, diretos
e econômicos, porém, estas qualidades não fazem parte da realidade de toda a população.

Buscar deslocamentos eficientes, ou quase eficientes, é uma tarefa mais fácil para pessoas que pos-
suem veículos próprios, que fazem escolhas simples e significativas para o resultado final da viagem,
escolhas como horários, trajetos, etc.

A utilização do trajeto favorável, realizado por usuários de veículos privados, tem como consequência
o tráfego de vias que não possuem qualquer relação com o seu usuário, servindo apenas de rota
para passagem. Em geral, é importante um deslocamento com bom desempenho operacional, mas
este é um conceito questionável, variando de usuário para usuário, como rotas com acessos diretos,
várias opções viárias, comportamento do veículo dependendo do tipo de via, etc.

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TRÁFEGO URBANO

A divisão da demanda é o fator que determina o nível de utilização e o desempenho operacional das
vias. Tal divisão geralmente alcança um certo equilíbrio quando as vias têm as mesmas propriedades
e são capazes de suportar o tráfego.

Analisar o sistema viário é importante na hora de realizar qualquer tipo de intervenção, pois estas po-
dem ter uma ação significativa na qualidade de um trecho, alterando todas as rotas e suas deman-
das.

Princípios Da Hierarquização Funcional Viária

As vias são elementos estruturais urbanos que desempenham diferentes funções viárias, que podem
ser classificadas de acordo com suas características, seja deslocamento entre locais, circulação,
acesso a edificações e ambiente urbano.

É importante esclarecer que as vias não servem apenas os veículos, mas eles se destacam à medida
que a cidade se torna mais populosa e com maior número de usuários motorizados.

O pensamento da sociedade tem mudado com relação aos incentivos e priorização de utilização dos
ambientes públicos, o trânsito de pedestres, bem como o de ciclistas têm ganhado mais discussão e
espaços em projetos de intervenções e implantação de novas vias.

A hierarquização das vias acontece como forma de classificar e organizar o sistema viário, facilitando
a resolução de qualquer conflito de função e obtendo maior eficiência, por isso, segue o princípio
clássico de hierarquia funcional, definindo a função prioritária de cada elemento do sistema, levando
em consideração qualquer transição, gerando um sistema contínuo e balanceado.

A função prioritária da via se dá pelas características mais importantes a serem cumpridas, uma vez
que é impossível atender a todas as funções e ser eficiente em todas elas.

A classificação de transição gradativa entre funções acontece quando muda-se de função em trechos
que as vias passam a utilizar recursos como a redução de velocidade, o que melhora o entendimento
e adaptação dos usuários e a segurança no trânsito.

O sistema viário, quando contínuo em termos de função, minimiza as transições, proporcionando des-
locamentos mais eficientes. Já o tipo balanceado é aquele sistema proporcional à demanda de usuá-
rios, que tenha condições para a viabilidade adequada da hierarquização funcional.

O desbalanceamento do sistema viário pode causar problemas significativos na sua capacidade de


operação e função, fazendo com que seus usuários realizem outras viagens e trajetos, acarretando
problemas funcionais para essas vias que ganharam funções que antes não tinham.

A utilização da hierarquização funcional do sistema viário permite melhor planejamento, organização


e eficiência, tanto em projetos de criação, como de intervenções, fazendo com que as vias sejam cor-
respondentes com a função e sua demanda, seja de acesso, seja de percurso.

Classificação Viária

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é considerado trânsito toda utilização das vias para “circula-
ção, parada, estacionamento e operação de carga e descarga” (BRASIL, 1997).

Ainda de acordo com o Código, são considerados vias todas as ruas, avenidas, logradouros, cami-
nhos, passagens, estradas e rodovias, bem como praias abertas e vias internas de condomínios.

A classificação viária, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, estabelece as vias urbanas:
Vias de Trânsito Rápido; Arteriais; Coletoras; Locais; e as vias rurais: Rodovias; Estradas.

As Vias de Trânsito Rápido foram criadas nos anos 60, nos Estados Unidos, com o objetivo de agili-
zar deslocamentos diários urbanos de longas distâncias, o que resultou no desenvolvimento dos su-
búrbios da classe alta da sociedade norte-americana.

Estas vias têm um alto grau de facilidade quanto ao percurso, devido a vários fatores, como o fluxo

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TRÁFEGO URBANO

ininterrupto, aliado à falta de obstáculos, condições adequadas de entrada e saída da via, geralmente
por meio de uma faixa exclusiva de aceleração ou desaceleração e condições geométricas de segu-
rança.

O tráfego é composto por automóveis, carga, ônibus e expressos; vias de 2 faixas (no mínimo) por
sentido, com largura de 3,60 m; acostamentos com largura de 3,00 m; canteiro central, com 2,50 m
de largura, obrigatório; estacionamento é proibido; e a velocidade recomendada de 80 km/h. As Vias
de Trânsito Rápido são caracterizadas pelos longos deslocamentos, atendendo grande demanda. Es-
tas vias possuem acessos de trânsito livre, mas sem cruzamentos ou semáforos, nem acesso direto
aos lotes lindeiros e a travessia de pedestres deve ser feita em desnível, ou seja, por passarelas ou
passagens subterrâneas.

As Vias Arteriais também têm como principal característica o tráfego de passagem, porém estas pos-
suem interrupções, o controle de acesso é parcial e as interseções são em nível e espaçadas, uma
vez que quanto maior o espaçamento, maior a eficiência do trânsito.

Com cruzamentos e semáforos, estas vias permitem acesso direto aos lotes lindeiros e às vias secun-
dárias e locais, propiciando deslocamentos entre as regiões de uma cidade. Possuem, no mínimo, 2
faixas de tráfego por sentido, com 3,50 m de largura cada e calçadas e 2,50 m. Apesar de não obriga-
tório, o canteiro central de 2,50 m de largura ainda é recomendado e o estacionamento de veículos
também é proibido.

É comum encontrar Vias Arteriais com função estrutural, atendendo e sendo importantes para o funci-
onamento das cidades. Sua velocidade recomendada é de 60 km/h e o tráfego é feito por automó-
veis, carga e ônibus.

As Vias Coletoras, com sua velocidade máxima de 40 km/h, têm o objetivo de, como o próprio nome
diz, “coletar” e, ainda, distribuir os usuários, auxiliando nas conexões com as Vias de Trânsito Rápido,
Vias Arteriais e Locais, o que permite deslocamentos dentro das regiões de uma cidade, além de
acesso ao interior da mesma.

Nestas vias, o tráfego é composto por automóveis e ônibus, com interseções em nível e não tão es-
paçadas como nas Vias Arteriais, possuem 2 faixas de tráfego por sentido, com largura de 3,25 m
cada uma, calçadas de 2,50, é recomendável canteiro central de 2,50 m e o estacionamento já é re-
gulamentado.

As Vias Locais são caracterizadas pelos acessos lindeiros e pelas interseções em nível, geralmente o
tráfego é por automóveis e com velocidade recomendada de 30 km/h, a sua função é permitir o
acesso local. Estas vias possuem faixas simples de 3,00 m de largura e calçadas de 2,50 m de lar-
gura; o canteiro central é desnecessário e o estacionamento é permitido.

As rodovias são vias rurais pavimentadas que, quando não sinalizadas, podem ter 110 km/h de velo-
cidade máxima para automóveis, camionetas e motocicletas, 90 km/h para ônibus e micro-ônibus e
80 km/h para demais veículos.

Já as estradas são vias rurais não pavimentadas, e possuem velocidade máxima de 60 km/h.

Algumas classificações quanto às funções denominam as Vias de Trânsito Rápido e as Arteriais com
Vias Estruturais, uma vez que estas atendem o deslocamento como função preferencial, já as Vias
Coletoras e Locais são denominadas Vias Complementares por atender demais funções. Outras clas-
sificações utilizam o padrão físico das vias para determinar particularidades, mas é importante ter em
mente a classificação legal (elaborada pelo Código de Trânsito Brasileiro de 1997) e a noção da hie-
rarquização viária anteriormente descrita para controle de ferramentas básicas de entendimento e
planejamento do Sistema Viário.

Hierarquia Funcional Do Sistema Viário

Organizar o trânsito nas cidades é um desafio e tanto, sobretudo nos médios e grandes centros urba-
nos. Interesses diversos e muitas vezes conflitantes devem ser analisados e ponderados pelo órgão
competente, que deve fazer intervenções visando sempre um sistema viário com fluidez e, principal-

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TRÁFEGO URBANO

mente, democrático e seguro. Em Ordenamento do trânsito eu mostrei alguns deles, como aquele en-
tre pedestre – que quer fazer travessias com segurança – e motorista – que quer se deslocar com flui-
dez -, ou aquele entre proprietários de estabelecimentos, motoristas e passageiros de ônibus, quanto
à localização dos pontos de ônibus e áreas para estacionamento na via e para operações de carga e
descarga.

De outro lado, você já deve ter percebido que parece existir uma certa hierarquia entre as vias da sua
cidade. Existem aquelas vias que muitos de nós acostumamo-nos a chamar de “principais”, que geral-
mente é asfaltada, tem um fluxo maior de veículos e possui uma certa diversidade de bens e serviços,
enquanto outras têm um uso mais residencial, com um fluxo menor de veículos, normalmente de pa-
ralelepípedo ou de terra e que dão acesso às vias tidas como principais. Essa diferença não é por
acaso e constitui um campo de atuação muito importante em Engenharia de Tráfego: o princípio da
hierarquização funcional das vias. Esse princípio ajuda os órgãos de trânsito a definir aquilo que é
permitido e o que é proibido no espaço viário, visando diminuir o impacto potencial dos conflitos sobre
os quais falamos acima.

Bem, mas o negócio não é tão simples como diferenciar vias “principais” de “não principais”. Não
existe apenas uma classificação possível para distinguir as vias quanto à sua função dentro do sis-
tema viário. A classificação viária básica reconhece apenas três classes de via: arteriais, coletoras e
locais. Enquanto as vias arteriais suportam os grandes deslocamentos, as coletoras fazem a ligação
entre as áreas de tráfego local e as vias de tráfego de passagem e as locais destinam-se a acomodar
acesso e egresso às edificações, restringindo o fluxo de passagem. A classificação mais usual admite
ainda um quarto tipo, a via expressa, que, assim como a arterial, normalmente é chamada de estrutu-
ral. Observem a classificação abaixo:

Para entendermos melhor essa funções, podemos pensar na seguinte relação, no que diz respeito às
facilidades de acesso e de percurso:

Em função dessa hierarquia funcional, tem-se as seguintes características típicas das interseções:

Vias locais Vias coletoras Vias arteriais Vias expressas

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TRÁFEGO URBANO

Vias locais Interseções


sem controle de
tráfego
Vias cole- Interseções Interseções semafori-
toras com sinalização zadas (todos os mo-
de prioridade vimentos permitidos)
Vias arteri- Não deve ocor- Interseções semafori- Interseções semafori-
ais rer zadas (alguns movi- zadas (alguns movi-
mentos proibidos) mentos proibidos)
Vias ex- Não deve ocor- Não deve ocorrer Cruzamentos em Cruzamentos em
pressas rer desnível (ou conexão desnível; Seções de
por ramais de entrelaçamento
acesso)

No modelo abaixo, que decorre de uma simplificação da realidade para fins didáticos, podemos visua-
lizar como esses quatros tipos de vias se conformam fisicamente e como cada um exerce um papel
diferente num percurso hipotético.

Observem: ao mesmo tempo em que as vias coletoras recebem o tráfego que vem das arteriais e
distribui para as locais, também coleta o das locais e distribui para as arteriais; as interseções entre as
vias coletoras e arteriais, semaforizadas e com certos movimentos proibidos, suscitando a necessidade
de contornar o quarteirão; os cruzamentos entre as expressas e as arteriais, em desnível, garantindo a
fluidez necessária para essas vias.

No Brasil, o Código de Trânsito (Lei 9.503, de 23 de setembro de 2017) traz, no Anexo I, as defini-
ções que devem reger as classificações adotadas pelas cidades brasileiras. Propositalmente, a termi-
nologia legal se aproximada muito da técnica. Segundo a lei:

Via local – aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao
acesso local ou a áreas restritas;

Via coletora – aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou
sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade;

Via arterial – aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo,
com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as
regiões da cidade;

Via de trânsito rápido – aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interse-
ções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.

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TRÁFEGO URBANO

Ocorre que em muitos casos a classificação legal pode não ser capaz de contemplar a complexidade
da rede viária de uma cidade. Na prática, muitas vezes é interessante distinguir, por exemplo, vias
semi-expressas, como um ponto intermediário entre as expressas e as arteriais, ou mesmo combinar
a classificação funcional com outros critérios, como o físico: ciclovia, via exclusiva de pedestre, etc.
Ou ainda pensar no papel que a via desempenha numa escala urbana ou regional: vias arteriais radi-
ais, vias arteriais perimetrais, vias locais centrais ou de bairro, etc.

Não menos importante, a ocupação urbana, que no Brasil é geralmente baseada na especulação
imobiliária e sem pensar na eficiência do sistema de mobilidade, é outra variável que deixa essa
equação ainda mais complexa.

Diante de tudo isso, os órgãos de trânsito acabam tendo a missão de adotar critérios de classificação
complementares, como fez São Paulo (vide Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, de
31 de julho de 2014).

É importante, contudo, observar que essa hierarquia diz respeito à classificação viária clássica. Nos
projetos de Engenharia de Tráfego não se pode negligenciar os meios não motorizados de transporte.

Os princípios mencionados nesse texto são importantes para organizar o sistema viário de uma ci-
dade e, consequentemente, o trânsito, mas eles estão voltados para uma visão macro e motorizada
da mobilidade. Não se pode esquecer que os meios de transporte não motorizados devem ser priori-
dade sobre os motorizados, de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587 de
2012).

Teoria Do Fluxode Tráfego

Apresentação

O texto que segue é uma adaptação de trabalhos originais do Prof. Dr. Hugo Pietrantonio, da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo.

Ele gentilmente consentiu e colaborou para que este material fosse publicado como texto de apoio à
disciplina “Engenharia de Tráfego Urbano”, presente na grade curricular do 8º semestre do curso de
graduação em Engenharia Civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O modelo linear de Greenshields - Histórico

O pioneiro do desenvolvimento da Teoria do Fluxo de Tráfego foi o Engenheiro americano Bruce Dou-
glas Greenshields. Ele nasceu em Winfield, Kansas, em 14 de abril de 1893. Morreu em 12 de feve-
reiro de 1979. Formou-se na Universidade do Oklahoma e fez seu mestrado e doutorado em Enge-
nharia Civil na Universidade do Michigan.

Sua teoria foi decorrente de experimentos em campo, apoiado por um sistema que ele criou de regis-
tros fotográficos em série, usando uma câmera de cinema de 16 mm. O equipamento foi conectado a
um motor que disparava a câmera em intervalos regulares, gerando fotos que permitiam a observação
posterior do espaçamento e da velocidade dos veículos em uma rodovia.

O resultado de seus estudos foi apresentado pela primeira vez no 14º Encontro Anual de Comitê de
Pesquisas Rodoviárias, em 1935, sob o título “A Study of Traffic Capacity” e naquele mesmo ano foi
publicado nos anais do evento.

A obra pioneira de Greenshields foi uma grande contribuição para os estudos do fluxo de tráfego.
Com o passar dos anos, outras pesquisas foram aperfeiçoando o modelo de Greenshields e dados
obtidos por meio de medições mais acuradas, com instrumentos mais modernos e precisos, trouxe-
ram a constatação de que o fluxo de tráfego não apresenta um comportamento regular, com diferen-
ças significativas entre as condições de normalidade e de saturação.

A Teoria

A teoria contida em todo este texto considera o fluxo de tráfego somente em regime contínuo, isto é,
em rodovias e vias expressas.

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TRÁFEGO URBANO

Embora limitada, a Teoria do Fluxo de Tráfego tradicional, decorrente do trabalho de Greenshields, foi
aqui utilizada para apresentar as relações básicas que permitirão uma análise inicial dos fenômenos
da operação de tráfego.

O primeiro passo para conhecer a Teoria do Fluxo de Tráfego é o estudo das relações entre fluxo de
tráfego e velocidade de percurso. Essas relações são expressas pela equação de continuidade do
tráfego e a tradicionalmente chamada equação fundamental do tráfego. Esta última recebeu esse
nome por ter sido uma das primeiras relações que permitiram completar uma teoria capaz de dar ex-
plicações relevantes sobre fenômenos de interesse.

A equação de continuidade do tráfego exprime uma relação física entre os veículos que passam por
uma seção da via e aqueles que ocuparam o trecho anterior a tal seção. Em função do período de
medição do fluxo de tráfego (F), um trecho anterior maior contribuirá com veículos passando pela se-
ção da via e a extensão deste trecho de contribuição é naturalmente função da velocidade dos veícu-
los. Esta relação é facilmente estabelecida considerando uma corrente de tráfego estacionária (isto é,
estável ao longo do tempo) e homogênea, onde os veículos tem todos a mesma velocidade (V) e
pode ser utilizada em situações mais gerais.

Se um trecho de extensão L anterior à seção A de medição do fluxo de tráfego tem N veículos, todos
passarão por A em um intervalo de tempo I (Figura 1).

Note que o número de veículos no trecho pode flutuar ao longo do tempo e, com isso, flutuando a densi-
dade de tráfego de forma correspondente. Entretanto, ele não depende do intervalo usado para a me-
dição: para cada intervalo de medição I haveria uma extensão de contribuição L, ao contrário do fluxo
de tráfego F, que cresce com o intervalo de medição e solicita a contribuição de um trecho de extensão
maior.

Se a corrente de tráfego é estacionária mas não é homogênea, isto é, os veículos tem velocidades de
percurso distintas, a validade da equação de continuidade pode depender da seleção de uma veloci-
dade média adequada ou da introdução de termos complementares.

de todos os veículos que passam em uma dada seção da via, ao longo de um período de tempo T;

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TRÁFEGO URBANO

- a velocidade média espacial (VS)

Aritmética, em um dado instante, das velocidades individuais vi

Veículos que se distribuem ao longo de uma extensão da via L.

De forma geral, a velocidade média espacial (VS) tende a ser menor que a velocidade média temporal
(VT) porque os veículos lentos ficam mais tempo em um trecho de extensão qualquer e são, por isso,
mais prováveis de serem amostrados no trecho em relação à sua participação no volume de tráfego.
Na velocidade média temporal, a probabilidade de ser amostrado é igual à proporção no volume de
tráfego dos veículos de cada faixa de velocidade. Dois resultados gerais são conhecidos sobre a rela-
ção entre as velocidades média temporal e média espacial:

- tendo-se a variância da distribuição estatística das velocidades individuais

- como o tempo que um veículo permanece em um trecho de extensão qualquer é inversamente pro-
porcional à sua velocidade individual, a velocidade média espacial pode ser medida observando os
veículos que passam em uma seção ao longo do tempo utilizando uma média harmônica

As velocidades média temporal e espacial são diferentes (exceto quando a corrente de tráfego é ho-
mogênea e ambas são iguais à velocidade comum V). No entanto, adotando-se a velocidade média
de tráfego definida pela velocidade média espacial, mesmo com tráfego heterogêneo, em condições
estacionárias, a equação de continuidade de tráfego é:

Média do tráfego é a velocidade média espacial (e não a temporal). Naturalmente, a densidade do trá-
fego utilizada na equação de continuidade é também o valor médio para o período de medição do
fluxo de tráfego (I), mas neste caso é um simples média aritmética.

Uma observação interessante é que, visto que a densidade de tráfego é o inverso do espaçamento
médio entre veículos: D = (da mesma forma que o fluxo de tráfego é o inverso do intervalo médio en-
tre veículos F = ), a equação de continuidade do trafego pode ser escrito como

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TRÁFEGO URBANO

(outra relação intuitiva que é satisfeita apenas pela velocidade média espacial). Note que o espaça-
mento (E) entre veículos inclui o veículo em si (Figura 2), ao contrário da distância entre veículos.
Também vale notar que o intervalo entre veículos I inclui a passagem dos veículos, ao contrário da
brecha entre veículos. Deve-se também observar que a equação de continuidade de tráfego pode ser
aplicada para cada faixa de tráfego ou, como é mais comum, para toda a via, com todas as faixas me-
didas coletivamente.

Figura 2

Em regime transitório, ou seja, aquela na qual as condições de tráfego estão variando, a equação de
continuidade de tráfego é estabelecida como equação diferencial ou de diferenças.

Neste caso, a variação da densidade de tráfego em um intervalo elementar Dt é dado por

s e
Fg é o fluxo (líquido) gerado pelas contribuições adjacentes, Fe e Fs são o fluxo de tráfego que entra
e que sai do trecho elementar d (Figura 3).

Figura 3

A equação anterior pode ser incorporada a um esquema numérico de simulação do tráfego em que a
densidade é atualizada iterativamente. Admitindo um esquema simplificado, os fluxos mostrados na
equação seriam determinados pelas densidades nos períodos anteriores (e assim recursivamente).
Nessa simulação macroscópica, em que o tráfego é representado como fluxo (não veículo a veículo,
como na simulação microscópica), a via seria dividida em trechos elementares e o período dividido
em intervalos elementares, de maneira a calcular a evolução do tráfego de forma detalhada.

Dois comentários são relevantes sobre a equação de continuidade de tráfego. A equação expressa

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TRÁFEGO URBANO

uma relação física válida em qualquer situação. Por exemplo, é válida tanto com a velocidade média
de percurso quanto com a velocidade média global. Entretanto, sua aplicação não é suficiente para
determinar as condições de operação porque a relação é intermediada por uma variável de serviço
adicional, a densidade de tráfego. O mesmo fluxo de tráfego pode ocorrer com diversas combinações
entre densidade e velocidade de tráfego.

Uma situação interessante e esclarecedora é a relacionada com a implantação de redutores de velo-


cidade. Normalmente, estes dispositivos não criam gargalos de capacidade no sistema viário (por isso
não geram filas cumulativas). Portanto, o mesmo fluxo de tráfego está sendo escoado antes do redu-
tor, na seção do redutor e após o redutor. A redução de velocidade tem, então, de ser compensada
pelo aumento da densidade do tráfego. Quanto menor a velocidade praticada junto ao redutor, maior
terá de ser a densidade de tráfego. Naturalmente, há situações em que o redutor de tráfego pode
criar gargalos de capacidade (o que é indesejável).

A equação fundamental do tráfego, apresentada a seguir, é a relação adicional entre as variáveis


consideradas que permite estabelecer as condições de operação de forma inequívoca. Esta equação
exprime o comportamento dos usuários da via (condutores dos veículos, no caso do tráfego motori-
zado) na seleção da velocidade praticada, diante das condições encontradas.

Na verdade, a equação fundamental do tráfego corresponde à representação macroscópica do com-


portamento do tráfego. Mesmo atualmente, coexistem diversas representações destas relações de
comportamento que adotam formas mais detalhadas, microscópicas (isto é, representando os veícu-
los individuais como as representações baseadas nas teorias de carro-seguidor) ou mesoscópicas
(distinguindo grupos de manobras ou veículos na corrente de tráfego). As representações macroscó-
picas representam toda a corrente de tráfego em um trecho de via, coletivamente.

A representação macroscópica incorporada às versões mais simplificadas da equação fundamental


do tráfego é também uma relação de equilíbrio, que admite condições de tráfego consistentes com a
situação assumida pelos usuários. Estas formulações permitem analisar condições estacionárias, isto
é, estáveis ao longo do tempo, ou transitórias, embora neste caso seja mais adequado formulações de
ajuste dinâmico do comportamento no tráfego (correspondente às restrições de reação dos usuários
da via e de aceleração/desaceleração dos veículos). Estas características estão ausentes da formula-
ção simples apresentada a seguir.

A questão básica respondida pela equação fundamental do fluxo de tráfego é, dadas as velocidades
de tráfego desejadas pelos usuários no sistema viário (as velocidades de fluxo livre de cada usuário),
como seu comportamento adapta-se às condições de operação encontradas, que podem colocar res-
trições à prática da velocidade desejada?

A formulação macroscópica clássica estabeleceu essa equação de comportamento dos usuários por
meio de uma relação entre a velocidade média de tráfego praticável e a densidade de veículos no trá-
fego da via. Considerando que as velocidades de tráfego desejadas variam de um usuário a outro, o
aumento da densidade de tráfego faz com que os veículos rápidos encontrem veículos lentos com mais
frequência (isto é, a intervalos menores) e com que a dificuldade de ultrapassá-los aumente, fazendo
com que os veículos mais rápidos fiquem mais tempo seguindo os veículos lentos, em velocidade me-
nor que a desejada.

Além disso, a complexidade da tarefa de conduzir-se no tráfego mais denso (com outros veículos mais
próximos) faz com que os usuários da via reduzam a velocidade praticada e/ou aumentem a distância
em relação aos demais veículos de forma a diminuir a carga de vigilância e atuação necessária para
manter-se em condições seguras no tráfego. Por estes motivos, a relação entre velocidade média
praticada e a densidade média no tráfego é decrescente.

A falta de uma base teórica mais firme faz com que a equação fundamental do tráfego tenha de ser esti-
mada empiricamente. Sendo decrescente, pode ter uma forma qualquer e normalmente é não linear e
descontínua. Alguns pontos notáveis são, no entanto, conhecidos: a velocidade de fluxo livre deve
ocorrer a baixas densidades; altas densidades somente podem ocorrer a baixas velocidades. Com os
veículos parados, ocorre a densidade de saturação, máxima.

A formulação mais simples da equação fundamental do tráfego seria uma relação decrescente linear,
conforme investigações de Greenshields, e seria da forma

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TRÁFEGO URBANO

Figura 4

Como veremos à frente, esta não é uma hipótese válida, com precisão suficiente para aplicações práti-
cas, mas permite uma análise qualitativamente interessante das suas implicações para a análise da
operação do tráfego. Portanto, será utilizada para este fim.

Partindo da equação de continuidade do tráfego F = D.V e introduzindo, por simplicidade, uma das
formas lineares da equação fundamental do tráfego, tem-se

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TRÁFEGO URBANO

Independentemente da curva contínua e simétrica correspondente às formas parabólicas derivadas


da equação fundamental do tráfego linear (uma aproximação imprecisa), as conclusões qualitativas
obtidas são confirmadas pela observação empírica:

• Existe um fluxo máximo que pode ser escoado pela via e ocorre em condições intermediárias de trá-
fego determinado, segundo a hipótese incorporada na equação fundamental do tráfego, pelo compor-
tamento dos usuários da via;

• Qualquer fluxo menor que a capacidade pode ocorrer em duas situações distintas: uma corresponde
a altas velocidades e baixas densidades e outra corresponde a baixas velocidades e altas densidades
no tráfego;

• O regime de altas velocidades e baixas densidades seria normalmente selecionado pelos usuários
da via (por resultarem em menores tempos de viagem) e correspondem às condições de fluxo normal;

• O regime de baixas velocidades e altas densidades correspondem às condições de fluxo forçado,


que ocorrem nas filas acumuladas em função da existência de gargalos de capacidade que impedem
o escoamento da demanda de tráfego.

A Figura 7 mostra as três figuras anteriores (4, 5 e 6), alinhadas por seus pontos comuns, o que faci-
lita a visualização e a correspondência entre as três variáveis (fluxo ou volume, densidade e veloci-
dade).

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A seguir, como curiosidade, as Figuras 8 e 9 mostram reproduções de gráficos obtidos empiricamente


por Greenshields e publicados em sua obra “A Study of Traffic Capacity”.

1. Níveis de serviço
A densidade reflete a qualidade do tráfego. Quanto menor a densidade (e, consequentemente, maior
o espaçamento), maior o conforto no deslocamento, a facilidade de mudança de faixa e a escolha da
velocidade. Essas condições de intensidade do tráfego podem ser associadas de forma qualitativa e
quantitativa à níveis de serviço.

A descrição a seguir traz os níveis de serviços classificados de forma qualitativa:

- Nível A: descreve a condição de fluxo livre com baixos volumes e altas velocidades. A densidade de
trânsito é baixa. Existe pouca ou nenhuma restrição à liberdade de manobra devido à presença de
outros veículos e os motoristas podem manter a velocidade desejada com pequeno ou nenhum retar-
damento;

- Nível B: constitui a zona de fluxo estável, com velocidades de operação começando a sofrer restri-
ção devido à presença de outros veículos. Os motoristas ainda têm razoável liberdade na escolha da
sua velocidade e faixa de trânsito para operação. Reduções de velocidade são razoáveis, com baixa
probabilidade do fluxo se tornar restrito. O limite inferior (mais baixa velocidade e mais alto volume)
deste nível tem sido associado a volumes de serviço empregados no projeto de rodovias rurais;

- Nível C: constitui ainda faixa de fluxo estável. Muitos dos motoristas, no entanto, sofrem restrições
na liberdade de escolha de sua própria velocidade, mudança de faixa ou ultrapassagem. Uma veloci-
dade de operação relativamente satisfatória ainda pode ser obtida. São os volumes de serviço dese-
jáveis no projeto de vias urbanas;

- Nível D: aproxima-se do fluxo instável, com velocidade de operação toleráveis, embora considera-
velmente afetadas pela mudança na condição operacional. Flutuações no volume e temporárias res-
trições ao fluxo podem causar substanciais quedas na velocidade de operação. Os motoristas têm
pouca liberdade de manobra e o conforto e a convivência são sofríveis, mas essas condições podem
ser toleradas por curto período de tempo;

- Nível E: não pode ser descrito apenas pela velocidade. Porém apresenta velocidades de operação
ainda inferiores àquelas do nível D, com volumes próximos ou iguais à capacidade da rodovia. Ao
atingir a capacidade, as velocidades são tipicamente de 48 km/h, embora nem sempre. O fluxo é sen-
sível e podem ocorrer paradas com duração de alguns instantes;

- Nível F: descreve a operação em fluxo forçado e onde os volumes são inferiores à capacidade. Es-
sas condições usualmente resultam em filas de veículos que se formam devido à restrição a jusante.
O trecho em estudo serve como área de armazenamento durante uma fração ou toda a hora de pico.
As velocidades são reduzidas substancialmente e as paradas podem ocorrer por períodos de tempo
curtos ou longos devido ao congestionamento a jusante. Em um caso extremo, tanto a velocidade
como o volume podem cair a zero.

A escala quantitativa de nível de serviço para tráfego contínuo mais conhecida e aplicada mundial-
mente é a do Highway Capacity Manual – HCM, publicado pelo Transportation Research Board – TRB
(EUA). A classificação do HCM também segue a divisão de “A” até “F”, cuja separação é determinada
pela densidade, usando como unidade pc/mil/ln (passenger car/mile/lane). A Tabela 1 traz os valores
constantes na versão 2010 do HCM (a mais recente), adaptados para a unidade cp/km/fx (carro de pas-
seio por quilômetro por faixa).

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Tabela 1

A Figura 10 traz novamente a relação entre fluxo e velocidade, com a particularidade de que as coorde-
nadas são resultantes das razões entre a velocidade média (Vm) e a de fluxo livre (Vl) e a do fluxo (F)
sobre a capacidade (C). As faixas de nível de serviço correspondem às apontadas na Tabela 2.

As figuras a seguir representam exemplos de duas condições de serviço de tráfego bem distintas: a
Figura 11 apresenta a operação em nível A (baixo fluxo, velocidade livre, baixa densidade e longo es-
paçamento), com pleno conforto de condução ao motorista. No outro extremo, a Figura 12 mostra a
condição de nível F, em que a demanda supera a oferta, tendo como consequência o congestiona-
mento. Nessa situação, tem-se frequentes ocorrências de velocidade e fluxo zero, densidade máxima
e espaçamento mínimo. Esse nível de saturação é indesejável por vários motivos: além do descon-
forto aos ocupantes dos veículos e todo o decorrente quadro de danos à saúde da população, como
estresse e elevação dos níveis de poluição sonora e atmosférica, são verificados também prejuízos
econômicos, como perdas com produção e elevação do preço dos fretes.

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A Moderna Teoria Do Fluxo De Tráfego

Como vimos, as pesquisas iniciadas por Greenshields foram o ponto de partida para a teoria do fluxo
de tráfego, Desde então ela foi sendo aperfeiçoada. Na década seguinte à teoria de Greenshields, em
1959, outro Engenheiro americano, Harold Greenberg, publicou um artigo no qual teorizava que o
fluxo de tráfego poderia ser comparado às características gerais do fluxo dos líquidos. Greenberg
chegou a uma relação logarítmica entre velocidade e densidade, conforme equação a seguir:

Onde V é a velocidade média, Vc é a velocidade na capacidade e Dsat é a densidade de saturação. A


partir de Greenberg, a relação entre velocidade e densidade deixa de ser linear. A Figura 13 mostra o
resultado de um dos experimentos levados a cabo por Greenberg em 1958 no Lincoln Tunnel, que
liga Nova York a New Jersey.

Figura 13

Apesar de se aproximar mais do comportamento real do tráfego, o modelo de Greenberg também tem
limitações, sendo a principal que quando a densidade se aproxima de zero a velocidade tende ao infi-
nito.

Com a evolução dos equipamentos de medição, que passaram a permitir coleta de dados múltiplos e
simultâneos, como fluxo, ocupação, intervalo e demais parâmetros, a teoria do fluxo de tráfego conti-
nuou sendo aperfeiçoada. As Figuras 14 a 16 trazem gráficos obtidos a partir de coletas de dados em
campo e permitem ver que os perfis das curvas resultantes se distanciam dos padrões simétricos ob-
tidos inicialmente por Greenshields.

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TRÁFEGO URBANO

Portanto, com os modelos teóricos mais modernos é possível prever a condição de operação resul-
tante de níveis variados de demanda. Apenas duas situações podem ocorrer. Se não há gargalo de
capacidade adiante, impedindo a operação em condições de fluxo normal, ocorrerá a situação pre-
vista ao regime de altas velocidades e baixas densidades, com o escoamento da demanda de tráfego
existente.

Se há um gargalo de capacidade adiante e a fila acumulada em função disso alcançar o trecho em


análise, o fluxo escoado será determinado pela capacidade do gargalo e ocorrerá a operação no re-
gime de baixas velocidades e altas densidades.

Planejamento De Transportes Urbanos E Regionais

Unidade 1 – Introdução

• Conformação de áreas urbanas

• O Transporte e o processo de planejamento urbano e regional

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• Dinâmica das cidades e a relação com o planejamento de transportes urbanos

Unidade 2 – Instrumentos do Planejamento de Transportes

• Conceitos: área de estudo; área de pesquisa; zonas de tráfego

• Caracterização de viagens e fluxos de tráfego

• Estudos de demanda

• Estudo da oferta

• Tratamento e análise de dados para o planejamento de transportes

Unidade 3 – Pesquisas e Monitoração de Transporte e Tráfego

• Definição e planejamento de pesquisas

• Principais pesquisas de transporte e tráfego

• Metodologias de pesquisa de transporte e tráfego

• Tratamento e análise de dados

• Controle de qualidade

Unidade 4 – Circulação urbana

• Circulação e o planejamento de redes de tráfego

• Sistemas viários, hierarquização, uso do solo e legislação

• Circulação de pedestres e ciclistas

• Movimentos veiculares e canalizações

• Telemática aplicada à engenharia de transporte

Unidade 5 – Sistemas de transportes públicos por ônibus

• Prioridade para o transporte público na circulação

• FreqUência, intervalo e frota do sistema ônibus

Unidade 6 – Segurança Viária

• Acidentes de trânsito

• Estatísticas, índices de acidentes

• Tratamento de pontos críticos

• Programas de redução de acidentes

• Moderação de tráfego

Interseções Em Vias Urbanas E Suburbanas

Estudos norte-americanos revelam que, embora apenas uma pequena parcela de um sistema de ro-
dovias seja ocupada por interseções, nelas ocorrem cerca de 60% de todos os acidentes. Este alto
número resulta do potencial elevado de conflitos, na junção de duas ou mais rodovias. Além disso, a
possibilidade de erro humano é muito mais elevada nas interseções, onde os motoristas enfrentam
uma grande quantidade de decisões: escolha de faixa, velocidade, rota e orientação para execução

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da manobra desejada, que deve ser executada em espaço e tempo relativamente curtos. Projetos de
interseções ambíguos ou complexos podem causar problemas operacionais e de segurança, não
apenas para os motoristas, mas também para ciclistas e pedestres. Os idosos são frequentemente os
mais afetados. Os projetos devem ser desenvolvidos de acordo com as recomendações do Manual
de Projeto de Interseções – DNIT – 2005.

Aspectos Do Projeto

Embora se disponha dos resultados de uma quantidade bem elevada de pesquisas sobre projeto de
interseções seguras, as muitas variáveis que contribuem para a ocorrência de acidentes dificultam a
identificação das soluções mais adequadas. As seguintes características foram identificadas como
elementos geométricos específicos que aumentam a segurança e devem ser considerados durante o
projeto de uma interseção.

A) Projeto Das Esquinas

Os raios das curvas de concordância das esquinas afetam a segurança e a qualidade da operação de
uma interseção. Raios maiores geralmente melhoram o fluxo de veículos, principalmente quando há
ocorrência de grandes caminhões. Raios de 10 a 15 m e curvas compostas de três centros tendem a
facilitar o movimento dos veículos e, no caso de ônibus e caminhões, reduzem a invasão das rodas
traseiras nas faixas adjacentes. Por outro lado, raios maiores aumentam as velocidades de giro e as
extensões das travessias dos pedestres. O posicionamento e visibilidade dos dispositivos de controle
de tráfego podem ser mais difíceis com o uso de raios maiores. Por essa razão, raios menores são
considerados como mais convenientes para o fluxo de pedestres. Assim sendo, a escolha dos raios
deve ser cuidadosamente feita, de modo a atender ao motorista e ao pedestre, sem prejudicar a se-
gurança de ambos.

Quando se prevê tráfego elevado de pedestres, os raios das curvas de concordância devem ser os
menores admissíveis, para reduzir as distâncias a atravessar e aumentar suas distâncias de visibili-
dade. Ilhas canalizadoras, que podem criar áreas de refúgio para os pedestres e reduzir sua exposi-
ção na travessia de uma interseção, devem ser consideradas como alternativas. Quando se permite
estacionamento ao longo do meio-fio, em ambos os lados, a redução das distâncias a atravessar de
12 a 15 m pode passar a 6 a 7,50 m.

Os deficientes físicos exigem tratamento especial nas interseções. Em locais onde se prevê grande
número de pedestres deficientes, as características do projeto devem ser selecionadas, de modo a
permitir seu deslocamento com segurança. Uma das medidas típicas para atender aos deficientes é a
preparação de rampas para cadeiras de rodas com os meios-fios das calçadas rebaixados, ligadas às
faixas de travessia. Leis devem tornar obrigatórias essas rampas nas interseções, em novas constru-
ções. Aumenta-se a segurança, tornando mais rápida sua passagem nas interseções e diminuindo
sua exposição ao tráfego de veículos. Se possível, as rampas devem ter uma inclinação suave, não
maior que 1:12, e textura antiderrapagem, para segurança dos usuários de cadeiras de rodas e para
que pedestres cegos as identifiquem. As coletas de água para drenagem devem ficar a montante das
travessias e rampas de acesso.

B) Canalização

Interseções largas ou complexas podem ser confusas para os motoristas, se as direções a seguir não
são claras ou se há decisões demais a tomar. Pedestres que desejam atravessar essas interseções
são expostos a tráfego de várias direções, por períodos superiores aos normais, aumentando drama-
ticamente o perigo de acidentes. A canalização pode reduzir esses problemas. Estudos têm mostrado
que, quando usada corretamente, pode orientar bem a passagem pelas interseções e reduzir consi-
deravelmente os conflitos de pedestres e veículos.

As estratégias de canalização exigem projeto cuidadoso, como observado no Manual de Projeto de


Interseções do DNIT, para tornar a travessia óbvia, fácil de seguir e de continuidade indiscutível. Um
número mínimo de escolhas deve ser apresentado ao motorista e os movimentos proibidos tornados
inacessíveis. Cuidados devem ser tomados para evitar canalização pouco clara ou que requeira mais
de uma decisão de cada vez. Grandes ilhas delineadas por meios-fios são mais visíveis que ilhas pin-
tadas e tendem a ser mais eficientes. Ilhas cercadas por meios-fios, com áreas inferiores a 7 m2, de-
vem ser evitadas ou cuidadosamente avaliadas quanto à visibilidade e acessibilidade para manuten-
ção. Onde uma ilha pequena ou estreita for necessária, pode ser preferível uma ilha pintada, porque,

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com a diminuição da sua visibilidade, a própria ilha pode ser objeto de impacto. As ilhas devem ser
precedidas de sinalização apropriada, que pode incluir placas, marcas do pavimento, pinturas termo-
plásticas, tachões, pavimentos de cor e textura diferentes. Uma revisão de todos os planos de canali-
zação deve incluir, além da análise do próprio projeto, a verificação se, do ponto de vista de um moto-
rista, a informação fornecida é correta e sem ambiguidades.

Informações adicionais sobre canalização podem ser encontradas no Manual de Projeto de Interse-
ções - DNIT, no Manual de Projeto de Geométrico de Travessias Urbanas – DNIT, no Manual de Si-
nalização Rodoviária – DNIT e nas publicações A Policy on Geometric Design of Highways and
Streets – AASHTO – 2004, e Intersection Channelization Design Guide – NCHRP Report 279 – TRB –
1985.

C) Distância De Visibilidade

Diversos estudos mostram que, quando a distância de visibilidade de uma interseção é aumentada, o
índice de acidentes decresce. Análises de benefício-custo também são favoráveis à sua melhoria.
Essa distância é afetada por uma grande variedade de fatores, tais como a interferência de arbustos,
sinais, edificações, cercas, paredes e mudanças dos alinhamentos horizontal e vertical. De um modo
geral, a maior distância de visibilidade possível deve ser incorporada ao projeto de uma interseção.
Onde houver problemas de visibilidade, devem ser tomadas medidas corretivas, através do projeto ou
de elementos de controle.

A distância de visibilidade é reconhecida como de particular importância para os idosos e para os mo-
toristas de ônibus e de grandes caminhões. O tempo de reação dos motoristas idosos pode ter sido
reduzido com a idade. O aumento da distância de visibilidade da interseção provê uma maior margem
de segurança, para compensar as deficiências desses motoristas. Esse aumento também é impor-
tante para caminhões em geral, devido à sua menor capacidade de aceleração. Onde grande volume
de tráfego de caminhões é esperado, devem-se usar as taxas de aceleração de caminhões, ao invés
das de carros de passeio, para determinar as distâncias mínimas de visibilidade a tolerar.

D) Faixas Exclusivas De Giro

Faixas exclusivas para giros à esquerda ou para giros à direita tornaram-se elementos comuns em
muitas interseções urbanas e suburbanas. Elas podem aumentar a capacidade, melhorar a operação
e reduzir consideravelmente a incidência de colisões traseiras. O projeto inadequado do comprimento
da faixa reservada para veículos, aguardando a oportunidade de efetuar a manobra de giro à es-
querda, pode criar um problema de segurança, ao invés de uma melhoria. Por sua vez, o uso de fai-
xas contínuas de giro à direita pode criar problemas de segurança para ciclistas e deve ser objeto de
controle, quanto ao seu número e seus comprimentos.

Em função dos fluxos da interseção, devem ser determinados os comprimentos para as faixas de giro
à esquerda, que impeçam que os veículos, desejando efetuar essa manobra, precisem esperar na
faixa adjacente de tráfego direto, bloqueando-a. As faixas de armazenamento devem prever, pelo me-
nos, espaço para dois carros de passeio ou um carro e um caminhão (ou ônibus, se for mais fre-
quente), onde houver mais de 10% de caminhões e ônibus. Os tapers devem ter de 30 a 54 m, de-
pendendo da velocidade da via. Onde se dispuser de canteiros centrais largos, parte do canteiro pode
ser usada para separar o tráfego de giro do tráfego direto.

E) Curvas Horizontais E Superelevação

Podem surgir problemas no projeto da superelevação em uma curva horizontal da rodovia, em inter-
seções de áreas urbanas e suburbanas. Se a via secundária que atravessa a curva vier do seu lado
externo, atinge primeiro a maior altura da seção e desce para a mais baixa. Em tempo chuvoso, os
veículos da rodovia principal, que giram à esquerda, a partir do lado mais alto, correm o risco de desli-
zar lateralmente sobre veículos que se aproximam, pelo lado oposto. A necessidade de supereleva-
ção, nessas situações, deve ser cuidadosamente avaliada.

F) Pedestres Idosos

Estudos revelam que os idosos têm menor participação percentual em acidentes que os mais jovens,
mas representam cerca de um décimo dos que são feridos e mais de um quarto das mortes de pe-
destres, sendo, portanto, muito mais sujeitos a serem mortos, se forem atingidos por um veículo, que

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os jovens. A maioria dos acidentes que os pedestres idosos sofrem ocorre durante o dia, nos dias
úteis, nas interseções e em áreas urbanas.

Os dados envolvendo acidentes com idosos revelam características comuns. Aparentemente, os ido-
sos aparecem em maior número nos acidentes, em que o veículo envolvido está andando em marcha
à ré, principalmente em ruas, acessos a propriedades e áreas de estacionamento. Em interseções,
parece sofrer maior risco, quando eles descem do meio-fio e são atingidos por veículos efetuando gi-
ros à esquerda ou saindo de uma interseção.

Outros fatores que contribuem para acidentes de pedestres idosos incluem a presença de anúncios
visuais e, à sua aparência, pouco perceptível, principalmente à noite e durante os meses de inverno,
com a presença de sombras longas e ofuscamento, provocado pelos raios de sol com ângulos baixos.
Os tempos das fases dos semáforos e a fé que os idosos depositam nos mesmos também parecem
contribuir para acidentes. A permissão de giros de veículos à direita com o sinal vermelho e os giros à
esquerda são, também, aspectos críticos do projeto, que afetam os pedestres idosos.

Engenheiros e planejadores devem procurar medidas a aplicar em áreas com uma grande concentra-
ção de idosos e de acidentes que os atingem, tais como locais de reunião ou retiro de idosos, shop-
ping centers, áreas centrais e hospitais. A identificação desses locais é uma medida preliminar efetiva
para lidar com esse problema.

Essas medidas incluem: maiores intervalos para os pedestres em sinais luminosos (semáforos), com-
plementação com sinais sonoros, fases exclusivas para pedestres, cancelas, restrição ou proibição de
giros à direita com o sinal vermelho, medidas de controle de tráfego específicas para a área, instala-
ção ou melhoria dos passeios laterais e ilhas para refúgio. Devem ser avaliados osefeitos dessas me-
didas no tráfego de veículos.

G) Ilhas De Refúgio E Canteiros Centrais

Ilhas de refúgio e canteiros centrais constituem áreas seguras para pedestres entre correntes de trá-
fego opostas ou em uma interseção. Devem ser delineados com marcas no pavimento (pintura, ta-
chões ou materiais contrastantes), ou ser dotados de meios-fios intransponíveis. Devem ter caracte-
rísticas que permitam seu uso por pedestres idosos.

Ilhas de refúgio ou canteiros centrais podem ser atravessadas em estágios sucessivos, permitindo
observar separadamente o tráfego de cada sentido. Elas são instaladas usualmente em ruas largas,
de várias faixas, em que o tempo para travessia exige que se interrompa o fluxo de veículos. Uma ilha
de refúgio deve ser considerada, sempre que a largura da via, de meio-fio para meio-fio, exceder 25
m. Essa observação é especialmente importante onde houver número substancial de pedestres com
deficiências ou idosos. Quando um local semaforizado for acionado por botoeiras, uma delas deve
ficar na ilha. Essas ilhas devem ter pelo menos 2,50 m de largura e, em nenhum caso, menos que
1,20 m. Seu comprimento não deve ser menor que a largura da faixa de travessia e nunca inferior a
1,50 m. O nariz da aproximação da ilha deve receber tratamento que a torne bem visível para os mo-
toristas.

H) Barreiras Para Pedestres

Estudos indicam que os atropelamentos respondem por uma em cada cinco mortes do tráfego e po-
dem representar de 30 a 50% de todas as colisões nas áreas urbanas. Porém, devido ao fato da par-
ticipação de pedestres ser maior nas áreas urbanas, constituem cerca de 50% dos acidentes com
mortos em algumas cidades. Quase 40% das mortes ocorrem quando pedestres atravessam ruas en-
tre interseções; os acidentes com feridos seguem a mesma tendência. Uma medida para evitar atro-
pelamentos é o uso de barreiras para pedestres. Pode ser feita com correntes, cercas, telas, gradis,
jardineiras, muretas, defensas ou outras medidas que separem os pedestres do tráfego de veículos.
Essas barreiras podem conduzir os pedestres a locais com travessia segura e impedindo que atraves-
sem em locais perigosos. Barreiras no canteiro central podem reduzir muito as travessias de meio de
quadra e a presença de pedestres correndo na via. Podem ser instaladas exclusivamente como bar-
reiras para pedestres ou ser incorporadas em barreiras do canteiro central, para separação de veícu-
los.

Barreiras no passeio lateral normalmente são localizadas junto ao meio-fio, afastadas destes de, pelo
menos, 0,30 m. Conduzem os pedestres a travessias seguras ou em nível diferente e impedem que

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atravessem em locais potencialmente perigosos. Barreiras de plantas não são recomendadas em


uma área lateral sem outros obstáculos ou em passeios estreitos, em que possam impedir a circula-
ção de pedestres.

Nas vias expressas urbanas, o tipo de barreira utilizado para impedir que o pedestre atravesse a via,
mais comumente adotado, é uma barreira rígida com tela de proteção colocada ao longo da via.

I) Superfície Do Pavimento

Acidentes com tempo chuvoso são comuns. Aproximadamente 25% de todas as colisões, bem como
13,5% das colisões com mortes, ocorrem com pavimento molhado. Quando são estudados os aciden-
tes em relação às características do pavimento, nos locais em que ocorrem, as interseções estão em
terceiro lugar em número de batidas, em pavimentos molhados. Greides maiores que 3% ou menores
que -3% apresentam maiores números de colisões que greides horizontais. O Special Report 214 do
TRB (Designing Safer Roads) informa que as interseções são os locais que mais exigem da relação
pneu-pavimento. Quase todas as combinações pneu-pavimento provêm suficiente atrito para a execu-
ção das manobras usuais. As piores condições ocorrem quando um número elevado de veículos, com
grande velocidade de aproximação, em pavimento molhado, tem que parar rapidamente.

O tipo do material da superfície, seu desgaste pelo uso ou estado de polimento pelo tráfego e a decli-
vidade da superfície são atributos importantes na definição do atrito entre o pneu e o pavimento. Ra-
nhuras (grooving) podem ser feitas, para compensar parcialmente a textura deficiente do pavimento.
A fricção entre o pneu e o pavimento afeta, de forma primária, as colisões que ocorrem quando o pa-
vimento está molhado.

Uma grande cidade norte-americana empreendeu um programa para melhorar as interseções, depois
de constatar que 70% dos acidentes ocorriam nas interseções, molhadas ou não. Foi aplicado um re-
capeamento de grande coeficiente de atrito, em mais de 800 interseções e em outras áreas potencial-
mente perigosas, como as proximidades das travessias de pedestres. O estudo do comportamento do
projeto indicou 31% de redução dos acidentes. Embora o tratamento feito seja caro (resina de epoxi,
com agregado calcinado de bauxita), os resultados compensaram economicamente. As aproximações
das interseções são potencialmente indicadas para melhorias destinadas a reduzir os acidentes nos
dias de chuva.

Aspectos Operacionais

A) Travessias De Pedestres

Quando necessária e localizada adequadamente, a marcação com pintura de uma travessia de pe-
destres (faixas de pedestres) pode apresentar os seguintes resultados:

- Servem, de uma forma limitada, como um aviso para lembrar aos motoristas que conflitos com pe-
destres podem ser esperados;

- Indicam aos pedestres o lugar mais seguro para atravessar;

- Limitam as travessias de pedestres a locais específicos;

- Ajudam a reforçar a regulamentação das travessias de pedestres.

Há travessias em que as faixas são úteis e outras em que são danosas para a segurança dos pedes-
tres. Geralmente as travessias dotadas de faixas pintadas são mais benéficas em interseções sema-
forizadas, com grande volume de pedestres, travessias de meio de quadra controladas por semáfo-
ros, incluindo fases específicas para pedestres, e travessias junto a escolas, que são controladas por
adultos ou policiais, durante os períodos de entrada e saída das aulas. As faixas devem ser pintadas
onde há necessidade de indicar o lugar adequado para a travessia, para evitar dúvidas e confusão
por parte dos pedestres e motoristas. Critérios relativos aos volumes de pedestres nas travessias po-
dem ser encontrados na publicação Investigation of Exposure Based Pedestrian Accident Áreas:
Crosswalks, Sidewalks, Local Streets, and Major Arterials – FHWA – 1987.

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TRÁFEGO URBANO

Travessias de pedestres em canteiros com meios-fios também exigem atenção. Frequentemente, o


canteiro central serve como área de refúgio para pedestres. É desejável que o meio-fio seja rebai-
xado, para permitir a passagem de cadeiras de rodas. A largura desejada é de 2,50 m e a mínima é
1,20 m, para se tenha um abrigo seguro para pedestres com deficiências.

As faixas para pedestres podem ser de três tipos:

- Tipo paralela (linhas paralelas, limitando a faixa de travessia);

- Tipo zebrada (linhas paralelas, limitando a faixa de travessia, ligadas por transversais igualmente
espaçadas);

- Pintura de toda a área a ser utilizada para travessia.

Nas faixas zebradas, a largura das linhas varia de 0,30 a 0,40 m e o espaçamento entre elas, de 0,30
a 0,80 m. A largura mínima das faixas deve ser de 3,00 m, podendo variar em função do volume de
pedestres e da visibilidade.

Pesquisas indicam problemas de segurança em travessias em meio de quadra. Se a travessia não


puder ser evitada, pré-sinalização combinada com sinalização suspensa sobre a travessia é a forma
mais eficiente de alertar o motorista. Extensões de calçadas (bulb-outs) são adequadas para controlar
o estacionamento e ajudar a percepção do pedestre (Figura 40).

B) Sinais Sonoros Para Os Pedestres

Sinais sonoros para pedestres são dispositivos conectados ao controle dos semáforos que emitem
um som, para alertá-los de que o intervalo para travessia começou. O sinal é particularmente impor-
tante para os idosos, que frequentemente são lentos em iniciar sua travessia em uma interseção.

Com essa informação complementar, os pedestres podem começar a travessia imediatamente, facili-
tando sua conclusão antes da mudança do sinal. Com base na experiência americana, sinais auditi-
vos são viáveis, mas não devem ser instalados em qualquer lugar. Devem ser seguidos os seguintes
critérios, para sua instalação:

- A interseção deve ter sinalização semafórica (sinais luminosos);

- O mecanismo de controle deve permitir sua adaptação;

- O sinal audível também pode ser emitido nos casos de acionamento pelo pedestre;

- A localização do sinal sonoro deve ser audível, levando em conta as condições de tipo de uso da
área lateral, do nível de ruídos local e da aceitação pelos habitantes;

- Deve ser demonstrada a sua necessidade.

Sinais sonoros não são usualmente utilizados no Brasil, a não ser em travessias de ferrovias e em
portas de garagens, para avisar saídas ou entradas de veículos.

A avaliação dos fatores de interesse deve incluir segurança da interseção, uso de pedestres, condi-
ções do tráfego e condições de mobilidade.

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C) Fases Do Semáforo Para Giros À Esquerda

Manobras de giro à esquerda em interseções semaforizadas podem começar de uma faixa auxiliar ou
da faixa esquerda da via (usada em conjunto com o tráfego direto). Essas manobras são executadas
das seguintes maneiras:

- Giros protegidos: feitos a partir de uma faixa reservada para giros à esquerda, durante uma fase es-
pecial da sinalização, em que o tráfego oposto conflitante é obrigado a parar;

- Giros permitidos: feitos através de intervalos do tráfego oposto, que tem preferência. Se iniciarem a
partir de uma faixa compartilhada com o tráfego direto, pode ser provocado algum congestionamento;

- Giros sem oposição: não necessitam de uma fase especial, porque não têm que dar preferência a
tráfego em sentido contrário. Isso ocorre em interseções com três ramos, interseções de rodovias de
sentido único, ou quando os movimentos são controlados por fases independentes, para cada ramo.

A necessidade de uma fase para giros à esquerda é baseada no volume de giros à esquerda, volume
do tráfego oposto, duração do ciclo e outros fatores. Onde o tráfego que gira à esquerda exigir uma
fase independente (giros protegidos), a mesma pode preceder ou suceder a fase correspondente ao
tráfego direto. Neste caso, em que os giros são executados com a interrupção do tráfego direto no
sentido oposto, tem-se a situação mais segura, mas que resulta em maiores demoras e eventuais in-
frações. Esta fase aplica-se, também, a pedestres e ciclistas.

Quando se permitem giros à esquerda, quando há um intervalo suficiente na corrente oposta, o ciclo
do sinal é menor, reduzindo a demora. Trata-se de uma técnica eficiente, embora ofereça mais segu-
rança à existência de uma fase de proteção dos giros à esquerda.

Os critérios que se seguem devem ser atendidos para que se adote diretamente a fase de proteção
de giros à esquerda, se o engenheiro de tráfego considerar que giros, através de intervalos do tráfego
oposto, possam reduzir a segurança:

- É deficiente a visão do tráfego oposto, devido à curvatura da rodovia (horizontal ou vertical) ou de


veículos do sentido oposto, que giram à esquerda;

- A velocidade limite do tráfego oposto é superior a 70 km/h;

- O tráfego que gira à esquerda tem que atravessar três ou mais faixas do tráfego direto oposto;

- A fase de permissão está correntemente em uso e o número de colisões de veículos que giram à
esquerda, incluindo pedestres e ciclistas, causados por veículos que giram à esquerda, é superior a 6
por ano;

- Existe uma geometria pouco comum no local da interseção, o que torna o uso da fase de permissão
de giros à esquerda particularmente confusa ou insegura;

- A aproximação da interseção tem duas ou mais faixas de giro à esquerda.

O Manual de Semáforos e o Manual de Sinalização Semafórica do CONTRAN fornecem orientação


para determinação da fase adequada.

D) Giro À Direita (Esquerda) Com Sinal Vermelho

Os giros à direita com sinal vermelho, em interseções semaforizadas, são frequentemente permitidos
e têm-se revelado uma forma efetiva de reduzir demoras, evitar frustração dos motoristas e baixar o
consumo de combustível. Há realmente algumas interseções em que devem ser colocados sinais pro-
ibindo esses giros, devido a conflitos com pedestres e ciclistas, pouca distância de visibilidade ou um
histórico documentado de colisões. Distância de visibilidade limitada é o critério básico para determi-
nação da conveniência de proibir esses giros. Uma das maneiras de aumentar a distância de visibili-
dade dos motoristas que giram à direita com sinal vermelho, proveniente de uma via de duas ou mais
faixas, é recuar, cerca de 1,50 a 3,00 m, as linhas de espera das faixas da esquerda e/ou central.

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Os giros à esquerda com sinal vermelho em interseções semaforizadas são menos usados, mas po-
dem ser permitidos em algumas áreas, onde duas vias de sentido único se interceptam. Também re-
duzem as demoras, as frustrações dos motoristas e o consumo de combustível, mas podem não ser
adequadas para todas as interseções. O Manual de Sinalização Rodoviária do DNIT e o Manual do
CONTRAN fornecem sinais apropriados para ambos os tipos de giro, à direita e à esquerda.

E) Iluminação

Devem ser identificados os locais críticos que necessitam de iluminação adequada. Sua justificativa
pode ser um número elevado de acidentes noturnos, em relação ao total de acidentes, ou um registro
de acidentes ou congestionamentos em locais com visibilidade inadequada, passíveis de serem redu-
zidos por iluminação. Tais locais incluem:

- Área de entrelaçamento;

- Rampas de entrada e saída;

- Cruzamentos apresentando movimentos conflitantes de tráfego ou uma canalização deficiente do


tráfego;

- Ruas urbanas, apresentando conflitos com pedestres;

- Cruzamentos rodoferroviários em nível.

Os suportes das luminárias devem ser construídos e colocados, de forma tal a oferecer o menor pe-
rigo possível aos veículos desgovernados.

Os postes altos ou a iluminação em torres reduz a quantidade de suportes exigidos, resultando tam-
bém em sua localização em áreas seguras. Esse tipo de iluminação tem demonstrado a sua eficácia,
especialmente nas áreas dos entroncamentos. Contudo, todo o cuidado deve ser tomado, no sentido
de não localizar postes na linha de visão normal dos motoristas.

Conceito De Segurança Viária

Prevenção de acidentes de trânsito


O conceito segurança viária é utilizado para referir ao conjunto de medidas, disposições e normas
existentes em relação à circulação de pessoas e automóveis pelas ruas e rodovias, com o objetivo de
prevenir acidentes de trânsito aos sujeitos envolvidos.

Todas as pessoas, especialmente, as que vivem nas grandes cidades, convivem com o trânsito prin-
cipalmente nos horários de pico, com a enorme circulação de pessoas e automóveis que se deslocam
de suas casas para o trabalho, escola, entre outros lugares.

O trânsito é intenso e além do mais muito perigoso porque todos querem circular, chegar rápido ao
destino, assim, esse ímpeto causa tremendos acidentes que custam a vida de pedestres e motoristas.

Políticas De Prevenção, Leis Que Punem

A segurança viária, implantada e regulamentada pelo estado, propõe o combate deste problema atra-
vés da implementação de leis que tem a função de organizar o trânsito e sua circulação promovendo
leis que punam aqueles que a descumpram.

O Compromisso Dos Pedestres E Motoristas

Além da responsabilidade do estado na hora de promover políticas neste sentido e exercer o papel de
controlador, deve haver também um compromisso dos pedestres, ciclistas e motoristas em relação à
circulação nas vias assim como respeitar as leis e comprometer-se de maneira absoluta para que te-
nhamos um trânsito seguro.

Parte deste compromisso deve ser obedecida pelos motoristas como respeitar as faixas exclusivas
para pedestres, as ciclovias trafegadas por ciclistas, as velocidades máximas e mínimas de circulação
pelas ruas, avenidas e rodovias, entre outros.

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Por sua vez, os pedestres também devem cumprir com as leis estabelecidas ao circular pelas ruas,
principalmente quando vão atravessar as mesmas, assim devem respeitar sua vez no cruzamento.
Muitos acidentes de trânsito estão vinculados a isso, são pedestres que atravessam as ruas em luga-
res indevidos e por isso são atropelados pelos motoristas desprevenidos.

Elementos Que Agregam Segurança

Dentro da segurança viária existem elementos que influenciam para melhorar o trânsito e a prevenir
acidentes, tais como placas indicadoras que antecipam os cruzamentos ou curvas perigosas, além
dos componentes dos próprios veículos como freios, faróis, airbag, cinto de segurança, entre os mais
importantes.

Não Usar Celulares: Os Mesmos Podem Distrair

Não devemos deixar de lado a importância da atenção que devem ter os pedestres e motoristas. A
ausência de atenção, principalmente quando os mesmos respondem mensagens ou atendem uma
chamada telefônica têm sido a causa de vários acidentes de trânsito.

Sobre Pensar Coletivamente A Segurança Viária

Em tempos de exacerbada violência, a busca pela efetivação da segurança torna-se cada vez mais
importante para um convívio social minimamente harmônico. A segurança é a palavra de ordem, sua
ausência é a pauta diária da imprensa e a efetivação desse direito fundamental torna-se um dos prin-
cipais reclamos de uma sociedade amedrontada. Em nome dela, segurança, direitos são relativizados
e obrigações são impostas às pessoas. Assim, apenas para ilustrar o que aqui se argumenta, não é
incomum nos dias atuais que, para se adentrar numa empresa ou num edifício residencial, seja exi-
gida a identificação do visitante e a observância de outros procedimentos (cadastramento, busca pes-
soal, inspeção de bolsas, pacotes etc.) pois isso é parte de uma “política de segurança” que objetiva
minimizar os riscos para quem trabalha ou mora no local.

Fora do ambiente privado, nas estradas e rodovias, por exemplo, regras existem e, em nome da se-
gurança, precisam ser observadas com rigor, devendo ser cumpridas.

O ato de dirigir, cujo potencial de risco excede o campo do indivíduo, requer muita responsabili-
dade. No ideal, antes de colocar o veículo automotor em movimento, o condutor consciente deveria
sempre se autoquestionar, nos seguintes termos: como posso e como devo me comportar para que o
meu ato de dirigir (individual) não venha a se transformar em fonte de insegurança para mim e, em
especial, para os demais usuários da via (esfera coletiva)? Na prática, é notório que condutores brasi-
leiros com esse perfil e grau de conscientização figuram no campo das exceções…

Voltando à questão da segurança predial, metaforicamente utilizada na introdução deste despretensi-


oso texto, é habitual que no condomínio, residencial ou comercial, haja um profissional (porteiro, vigia
ou vigilante) responsável por fiscalizar e cobrar a observância das normas de segurança.

Não obstante isso, todos os moradores/usuários do prédio são igualmente responsáveis pela normali-
dade no âmbito daquele prédio e, por uma questão de lógica, devem ser até mais interessados no
cumprimento das regras estabelecidas visando à otimização da segurança, pois, caso ela se mostre
falha, poderão ser os principais prejudicados. Se um morador do prédio permite ou faculta indevida ou
inadvertidamente a entrada de alguém que oferece perigo, não só esse morador restará exposto aos
riscos que isso representa. Não é difícil compreender que, nessa hipótese, a ação descuidada impli-
cará na fragilização do sistema como um todo e, por conseguinte, em riscos potenciais para todos os
usuários do prédio.

No trânsito, prevalece o mesmo raciocínio: existem profissionais (policiais rodoviários, agentes de fis-
calização, guardas municipais etc.) que, tal qual o porteiro, vigia ou vigilante do prédio, recebem a
atribuição de fiscalizar e cobrar o cumprimento das normas (no caso, o Código de Trânsito Brasileiro
e a legislação complementar em vigor) visando promover a segurança viária. Não obstante, os “usuá-
rios do sistema” são, todos eles, igualmente responsáveis, incumbindo-lhes, individualmente, obser-
var e cumprir as regras que têm como objetivo a segurança de uma coletividade de protagonistas
(uma vez que todos desempenham papeis igualmente relevantes) do fenômeno que se convencionou

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TRÁFEGO URBANO

denominar de trânsito, e no qual cada indivíduo, com maior ou menor frequência, encontrar-se-á inse-
rido.

O condutor ou um dos demais atores do trânsito que não leva em consideração tais premissas é, mui-
tas vezes, autor e vítima, a um só tempo, de sua própria desídia (materializada em condutas impru-
dentes, negligentes ou eivadas de imperícia), protagonizando os chamados “acidentes de trânsito”.
No geral, carecemos atualmente de mais solidariedade e de mais empatia nas relações, onde quer
que elas se desenvolvam. Entretanto, nesse ambiente coletivo de convivência representado pela via
pública e a utilização que dela fazemos, essa necessidade se amplia demasiado: egocentrismo e indi-
vidualismo em excesso no trânsito, matam muito! Nesse ponto, oportuno refletir com Roberto DaMa-
tta, o qual aduz que nos falta “o respeito e a obediência à lei em função do Outro – do cocidadão que
conosco compartilha, como um igual, do mesmo espaço público –, e não apenas pela lei em si ou
pela autoridade que a representa”. Infelizmente, há que se concordar com ele.

Referência Em Segurança Viária

De 18 a 25 de setembro comemora-se a Semana Nacional do Trânsito, cujo tema a ser trabalhado


em 2017 é “Minha escolha faz a diferença no trânsito”. A principal finalidade é conscientizar o cidadão
de sua responsabilidade no trânsito, valorizando ações do cotidiano e visando a participação de todos
para o alcance da segurança viária.

Apoiadora deste projeto, a FALCONI participa ativamente de ações para melhoria da segurança viária
no Brasil, atuando, desde 2014, em parceria com organizações públicas e privadas no combate ao
alto índice de mortes e feridos no trânsito. As ações da FALCONI envolvem a participação em proje-
tos como o Retrato de Segurança Viária.

Retrato De Segurança Viária

Iniciativa em conjunto com a Ambev que objetiva destacar a relevância do tema para a sociedade,
oferecendo um panorama nacional por meio do cruzamento de dados de diversas entidades, como
Datasus, Denatran, IBGE e OMS, entre outros.

No Estado de São Paulo, em parceria com a AMBEV, a FALCONI desenvolveu uma metodologia es-
pecífica para geração de resultados na segurança viária a partir da melhoria da gestão pública, bus-
cando reduzir os números de acidentes com óbito e implementou o modelo prioritariamente em 15
municípios. Ao final de 12 meses, alcançou-se a meta de redução de 6% dos acidentes com óbito no
Estado e de 11% nos municípios-foco.

Infosiga

Para auxiliar o alcance da meta deste projeto, a FALCONI trabalhou no estabelecimento de indicado-
res e levantamento de dados que permitiram mapear a quantidade de acidentes, local e circunstância
da ocorrência e o perfil das vítimas. A partir daí foram propostas ações específicas para cada locali-
dade. Os números destes estudos estão acessíveis à população em um banco de dados chamado In-
fosiga. A plataforma é pioneira no nível de detalhamento das informações sobre acidentes de trânsito
por município no Estado de São Paulo.

“O que não era medido não era gerenciado. O Infosiga foi a primeira contribuição da FALCONI para
ajudar o Estado a desenvolver medidas mais eficazes para salvar vidas no trânsito”, informa Luis
Roma, consultor da FALCONI e líder do projeto.

A redução de óbitos e feridos em acidentes de trânsito obtida em 2016, em comparação com 2015,
representa R$ 256 milhões em custos e prejuízos evitados para o setor público e população do es-
tado de São Paulo.

Metodologia

O entendimento da segurança viária como um sistema traz à tona a importância de o trânsito ser
cada vez mais seguro para todos os usuários, promovendo a distribuição de responsabilidades entre
autoridades, tomadores de decisão e usuários do sistema.

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TRÁFEGO URBANO

A FALCONI tem contribuído neste sentido, com a implantação de um Sistema de Gestão da Segu-
rança Viária a partir do levantamento de dados e indicadores, da definição e desdobramento de me-
tas, e compartilhando os desafios e objetivos estratégicos entre as diversas secretarias e instituições
relacionadas à segurança viária, permitindo uma gestão mais eficaz dos resultados e identificação
permanente de oportunidades de melhorias. “O sistema de gestão da segurança viária implantado
pela FALCONI nos diversos estados e municípios tem entregado resultados excepcionais para a soci-
edade, salvando centenas de vidas e desafogando o sistema de saúde”, esclarece Luís Roma.

O sucesso desta metodologia levou a FALCONI a novos desafios, como o projeto Brasília Vida Se-
gura (parceria com o governo do Distrito Federal, Ambev e o Centro de Lideranças Públicas para re-
duzir o número de vítimas fatais no trânsito) e também no exterior, consolidando seu pioneirismo no
assunto.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

Tecnologia Da Informação Aplicada À Logística

No mercado atual em que vivemos com a competitividade em alta, a empresa que não se atualiza com
as especificações e exigências do mercado, acabam perdendo espaço e, consequentemente, clientes.
Para aumentar a competitividade de uma empresa é fundamental e muito utilizado a melhoria da es-
tratégia logística.

Essas estratégicas logísticas muitas vezes estão associadas à revisão de planejamentos e, também, a
troca de equipamentos por outros mais avançados que permitem maior eficiência, como por exemplo,
a inserção cada vez maior da tecnologia da informação (TI) através de softwares. Para um melhor
entendimento do uso desses sistemas, aqui iremos falar um pouco sobre como a tecnologia da infor-
mação se aplica à logística.

A ti é um grupo de atividades que incluem o uso de software, banco de dados e uma arquitetura de
rede que trabalham para tornar mais fácil o acesso e o gerenciamento das informações das organiza-
ções. Sendo assim, facilitam a vida de seus usuários. A área de ti utiliza a informática para prover
informações que auxiliam as atividades que se destinam, a produzir, transmitir, armazenar, acrescentar
e interpretar os dados, a fim de obter resultados mais precisos e agilizar a taxa de resposta entre seto-
res, clientes e fornecedores.

A ti, seus bancos de dados e softwares transformaram a logística. Com eles, as ferramentas se moder-
nizaram, facilitando a integração entre atividades (como já dito anteriormente). Dessa maneira a tecno-
logia evoluiu-se a ponto de ser uma forte aliada e trabalhar lado a lado com os procedimentos de uma
organização.

As ferramentas mais famosas e utilizadas na logística são o crm (customer relationship manage-
ment), edi (electronic data interchange), WMS (warehouse management system), erp (enterprise re-
source planning) e o tms (transportation management systems).

Nos dias atuais vivemos em uma constate mudança, no mundo, seja ela de caráter intelectual ou físico,
a tecnologia vem auxiliando o homem para alcançar resultados nunca vistos antes na história, cabe ao
homem saber como lidar com a tecnologia a sua volta e saber mais do que tudo como usa-la de forma
correta para assim chegar ao seu objetivo de forma rápida fácil e com o mínimo de esforço possível,
com os avanços dos métodos computacionais nas últimas décadas tal fenômeno proporcionou o de-
senvolvimento de novas ferramentas que servem de apoio para as práticas logísticas trazendo assim
pontos positivos a execução e o controle logístico, proporcionado assim o desenvolvimento da tecno-
logia, hoje vem desempenhando um papel de destaque dentro das organizações, ofertando ferramen-
tas de natureza computacional aos métodos logísticos que são empregados nas empresas, oferecendo
assim para a nossa pesquisa os benefícios de sua adoção por parte das organizações, e suas ferra-
mentas que tornam vitais para o sucesso dentro de um mercado cada vez mais competitivo.

Hoje os avanços tecnológicos tem proporcionado à humanidade um patamar de informação jamais


visto antes na história da humanidade, o mundo tornou-se um espaço onde tudo está interligado grade
parte desse nível de informação se deve a evolução computacional e a rede mundial de computadores.

“a evolução da tecnologia da informação tornou possível um meio global de comunicação com total
disponibilidade de informação, juntamente com a estabilidade de informações, juntamente com o esta-
belecimento de uma nova fronteira digital, para caminhar na direção de uma economia globalizada” (Di
sério e Duarte, 2001).

Devido essa evolução no nível de informação o modo de tratamento dela também evoluiu, surgindo
assim como ferramenta de tratamento dessas informações a tecnologia da informação segundo pes-
quisa realizada sebrae1 (2010) apontam que cerca de 60% das mpes (micro e pequenas empresas) no
país fazem investimentos em tecnologia da informação. Em 2009, esses investimentos atingiram us$
7, 4 bilhões

Hoje não basta apenas oferecer um serviço ou determinado produto para um mercado consumidor, as
organizações tem que levar em conta vários estudos de mercado como por exemplo condição finan-
ceira da população, como esse produto será distribuído qual o retorno de lucro para a organização, tais
informação podem determinar a vida ou morte das empresas. A tecnologia vem atuando com um im-
portante papel nas organizações nos processos de planejamento, implementação e controle de uma
forma bem satisfatória tanto para o consumidor como para as empresas que adotam essa pratica.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

A logística é percebida como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores
(bowersox e closs, 2011). De acordo com council of supply chain managetemente professionals –
cscmp (2007), a logística consiste no processo de planejamento, implementação e controle, de forma
eficiente e eficaz, do fluxo e armazenagem de produtos, serviços desde o ponto de origem até o ponto
de consumo, em conformidade com as demandas do cliente.

Detalhando o conceito de logística, sales (2000) propõe que:

“logística é a busca de otimização das atividades de processamento de pedidos, dimensionamento e


controle de estoques, transporte, armazenagem e manuseio de materiais, projetos de embalagem,
compras e gerenciamento de informações correlatas às atividades de forma a prover valor e melhor
nível de serviço ao cliente. A busca pelo ótimo dessas atividades é orientada para a racionalização
máxima do fluxo do produto/serviço do ponto de origem ao ponto do consumo final, portanto, ao longo
de toda a cadeia de suprimentos.” (salles, 2000, p. 57)

Para ballou (2006), a logística deve ser entendida a partir de uma visão sistêmica na qual:

“a logística é um conjunto de atividades funcionais inter-relacionadas (transportes, controles de esto-


ques, etc.), que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo
convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”.(ballou, 2006, p. 29).

Pode-se definir logística como sendo a união de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimen-
tação, armazenagem e entrega de produtos. O termo logístico, de acordo com dicionário aurélio, vem
do francês logíst. ique e tem como uma de suas definições:

“a parte da arte da guerra que trata do planejamento, e da realização de projetos e desenvolvimento,


obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material
(para fins operativos ou administrativos)”.

Nas organizações atuais, sendo elas públicas ou privadas, podemos observar uma interligação do mer-
cado. Onde todos dependem de todos, sendo uma hora ofertante, outra hora ofertada por serviços ou
produtos.

O uso dos serviços logísticos está presente em empresas como: transporte, empresas alimentícias,
forças armadas, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público, e muitas outras, toda
essa integração chama-se mercado globalizado, onde uma boa consistência das informações soa de
fundamental importância no mercado tanto para a obtenção de informações como para a disponibiliza-
ção de serviços provenientes das necessidades observadas no mercado.

A logística tem como foco principal disponibilizar para as empresas que adotam soluções para a dimi-
nuição de gastos, sendo assim, aumentando a rentabilidade das atividades exercidas, sendo essas das
obtenções ou distribuição e armazenagem, tornando assim algo fundamental tanto para as organiza-
ções quanto para os clientes, que muitas vezes encontram-se distantes das empresas quanto para
seus clientes onde se mostra eficaz na busca de soluções para tais problemas de mercado.

Atualmente as organizações têm sido desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz. Onde o diferen-
cial é o que faz garantir a continuidade de suas atividades dentro de um mercado cada vez mais exi-
gente e competitivo; a logística realmente vem sendo uma atividade implementada com sucesso várias
empresas que visam aumentar a rentabilidade de suas atividades como podemos observar no caso da
natura anunciou em outubro 2010, seu novo modelo logístico.

Em seu site a natura informa a ampliações relacionadas a logística:

“destaque para a ampliação de seus atuais centros de distribuição locais onde são realizadas as sepa-
rações dos itens – abertura de novos centros e inauguração de mais dois hubs, utilizados para a esto-
cagem dos produtos”. Além disso, a empresa anuncia o reforço estrutural de seus CDS na Argentina,
Chile, Peru, Colômbia e México a fim de prestar suporte ao crescimento do mercado internacional.

Hoje a tecnologia assim como a logística é vital para um bom desempenho das organizações no mer-
cado, mas de que forma essa tecnologia pode ajudar a logística?

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

Alguns exemplos mostram o sucesso de empresas que adotaram a tecnologia como ferramentas de
aprimoramento de práticas logísticas.

Dell computer: investiu em vendas pela internet faturamento cresceu 60% em um ano. Lucro us$ 1
bilhão” - revista business week em 1998. O jack wolfskin, atacadista de artigos esportivos sediados na
alemanha, é uma empresa com altos índices de crescimento e rentabilidade consistente. Em 2004, a
empresa foi convidada pela gigantesca karstadt a conectar seus sistemas aos sistemas de reposição
de estoques em tempo real daquela rede varejista.

Antes, a reposição dos estoques da wolfskin à karstadt era feita duas vezes por ano. Atendendo às
orientações da diretoria, a equipe de ti da wolfskin lançou um novo projeto, denominado wolftalk, que
aproveitou os recursos existentes de ti para se conectar ao sistema da karstadt. A equipe utilizou o
software de desenvolvimento de processos microsoft biztalk para criar, desenvolver e programar as
conexões ao sistema da karstadt.

O que é TI?

“tecnologia da informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para tratar e ou proces-
sar dados ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto,
quer esteja aplicada no processo” cruz (2010, p.26)

Ti é uma ferramenta essencial para as empresas atualmente; este tem como objetivo aumentar o fluxo
de informações trafegadas na mesma, ou seja, aumento das operações e atividades e competitividade
no mercado além de reduzir os custos da empresa. Oferecendo a ela, estatística de crescimento em
vendas, raio de atuação entre outros. Ti organiza as informações dentro da empresa, proporcionando
rápido transporte da informação.

“a importância da informação no mercado tão globalizado como nos dias de hoje é um dos protagonis-
tas pelo crescimento do mercado de ti; a tecnologia da informação pode ser decisiva para o sucesso
ou fracasso de uma empresa, contribuindo assim para que a organização seja ágil, flexível e forte"
(albertin, 2ooo).

“os computadores não supriam as necessidades de modo satisfatório e exigiam mão de obra especia-
lizada, devido à complexidade de seus programas. Nos anos 70 e 80, os equipamentos tornam-se mais
acessíveis, houve acentuado queda nos preços” (boar,1999)

Surgem de forma rudimentar, os microcomputadores, os quais permitiram melhor integração entre os


usuários e os especialistas de ti, abrindo caminhos para novas descobertas tecnológicas. “definitiva-
mente os microcomputadores ganharam espaço e tornara-se popularizados, devido ao preço e a ca-
pacidade de armazenamento de informação” (laurentino, 2002).

O principal propósito de coletar, manter e manipular os dados dentro da empresa e tomar decisões,
abrangendo desde o estratégico até o operacional. “estas atividades foram conduzidas informalmente
por vários anos. Entretanto, com a disponibilidade de computadores de alta velocidade, que possuem
capacidade de armazenagem de dados cada vez maior, os procedimentos em torno do manuseio de
dados tornaram-se mais estruturados” (ballou, 2001, p.109)

Os computares tornou-se muito mais velozes, de diferentes tamanhos. Seus meios de armazenamento
tem maior capacidade permitindo acessos aos dados de forma mais direta. Nas tecnologias de entrada.
Dos cartões e fitas de papel perfurados, chegou-se ao teclado, ao scaneamento óptico, e mais recen-
temente, ao reconhecimento de voz. “nas tecnologias de saída, dos relatórios impressos, evolui-se pra
as para as exibições de textos e gráficos em vídeo os hipertextos multimídia” (costa e siqueira, 2002).

“novos sistemas operacionais e programas para gerenciamento de redes locais tornaram-se populares
e mais fáceis de serem utilizados gerenciadores com novas funções e armazenamento dados não es-
truturados já estão presentes no mercado” (dolci et al, 2004).

Mas surgiu a necessidade de se ter uma visão global deste fluxo. Somente na década de 90, o desen-
volvimento tecnológico avançou significativamente e a ti venceu os obstáculos e criou novas alternati-
vas. “surge uma das mais importantes ferramentas que revolucionou a história da informação: a inter-
net” (laurindo, 2002,p. 28-31).

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

Durante os anos de 90 e até os dias atuais, o desenvolvimento da tecnologia da informação e a expan-


são da internet em todo o planeta têm sido por diversas perspectivas, de fundamental importância. Não
há duvida de que no futuro a época atual será lembrada com a mesma intensidade como por exemplo,
a época da revolução industrial, alavancada pela máquina a vapor. “guardadas as devidas proporções,
o computador e a internet são certamente a máquina a vapor dos dias atuais” (pires, 2004, p.46)

A ti tem como obrigação disponibilizar recursos para a execução de tarefas seja eficaz de armazena-
gem, solicitação de produtos ou serviços ofertados pelas empresas. Possui também um papel funda-
mental na coleta de informações e até mesmo nas necessidades do mercado. Auxiliando e disponibili-
zando tais informações para uma boa tomada de decisões dentro da empresa, tornando assim a im-
plementação da logística mais eficiente, tais recursos são de natureza computacional, são programas
de computadores, onde há uma infinidade de ofertas no mercado, todos com finalidade de apresentar
soluções logísticas que ajudem a empresa a ser torna eficaz nas suas atividades como controle de
entrada e saída de mercadorias o fluxo das informações é muito importante nas operações ligadas á
logísticas, como: pedidos de clientes, necessidade de estoque, movimentações nos armazéns, entrega
e entre outras ações.

Há alguns estudiosos que chama esse informalmente este fluxo de informação logística de “modal
infoviário” modelo este criado para trafegar quantidades enormes de dados para assim facilitar e agilizar
os processos no transporte de carga. Antigamente, este fluxo dava-se através de papeis chamados
‘’blocos de pedidos’’ onde o pedido era descrito manualmente, feito isso o pedido era enviado para o
centro de processamento de dados o (CPD), onde lá era analisado o cliente e seu limite de credito
antes cadastrado, e só então seu pedido era liberado, isso tonava o processo com uma comunicação
lenta pouco confiável e com grande possibilidade de erros, sem contar que o raio de atuação das em-
presas limitava-se a alguns quilômetros de seu espaço físico, devido não ter tratamento informatizado
para transferir essas informações.

Atualmente o gerenciamento e transferência de dos eletrônicos tem sido um grande avanço uma vez
que , com isso podemos obsevar uma eliminação de alguns processos que tornavam a atividade logís-
tica lenta e menos rentável para a empresa, no que se diz respeito á comunicação informatizada o
ganho tanto na agilidade quanto na consistência da informação veio a aumentar. A quantidade de erros
dentro do processo diminui como um todo e um dos grandes parceiros que possibilitaram este avanço
foram os sistemas de informação aplicados às empresas.

Sendo assim, para o tratamento destas informações, não bastar ter apenas equipamentos e materiais
para a produção, a mão de obra qualificada vem a ser, um dos fatores primordiais dentro de qualquer
empresa, o responsável pelo tratamento das informações que é o profissional da tecnologia da infor-
mação. Este deve ter formação específica para manusear, exercer tarefas relacionadas à informática
dentro das empresa tornado as execuções das tarefas confiáveis e aplicáveis.

Conforme chopra e meindln (2001, p.354)

“informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento de cadeia de suprimentos porque
ela proporciona o conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões. A tecnologia
da informação proporciona as ferramentas para reunir estas informações e analisá-las objetivando to-
mar as melhores decisões sobre a cadeia de suprimentos.”

Ti é uma ferramenta essencial para as empresas atualmente, este tem como objetivo aumentar o fluxo
de informações trafegadas na mesma, ou seja, aumento das operações e atividades e competitividade
no mercado além de reduzir os custos da empresa. Oferecendo a ela estatísticas de crescimento em
vendas, atendimento, raio de atuação entre outros. Ti organiza as informações dentro da empresa,
proporcionando rápido transporte da informação e oferecendo sigilo a dados que pertence somente à
empresa, conforme chopra e meindl (2001):

“informação é essencial para tomar boas decisões, a tecnologia da informação proporciona as ferra-
mentas para reunir estas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões”.

De maneira geral, eficiência significa fazer bem as coisas, enquanto que eficácia fazer as coisas certas.
A eficácia está associada ao uso dos recursos, enquanto a eficácia está associada com a satisfação
de metas, objetivos e requisitos. Eficiência está relacionada com aspectos internos a atividades de ti e
a adequada utilização dos recursos, enquanto que a eficácia confronta os resultados das aplicações
de ti com os resultados das aplicações de ti com os resultados no negócio da empresa e os possíveis

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

impactos na sua operação e estrutura. Ser eficaz em ti significa utilizá-la para alavancar o negócio da
empresa, tornando-a mais competitiva.

A transferência de informações é de suma importância nas atividades logísticas, assim como: dados
de clientes, controle de estoque, movimentação dentro do deposito, etc. Antigamente, estas informa-
ções eram trafegadas via papel, o que tornava a comunicação muito lenta e insegura sujeito a erros. A
transferência, armazenamento e gerenciamento informatizado dessa informação e tão eficaz quanto à
prestação de serviços.

Um exemplo é a troca de mensagens entre uma empresa, e suas filias, na matriz fica a ti onde são
processados todos os dados das empresas, e as filias movimentam todas as vendas o estoque finan-
ceiro s, e tudo isso através de um link onde faz como que a mesma permaneça conectada. Outro
exemplo é web sites de compra, a comodidade para o cliente de fazer compras de casa, e o produto
chegarem á sua residência. Todos os processos ligados á informação e a logística estão diretamente
ligados em um procedimento integrado, utilizando ferramentas informatizadas (hardware e software)
para gerenciar as informações e operações em uma empresa.

De acordo com bowersox e closs (1996, p. 186), “ao abordarem a questão da necessidade de ter infor-
mações rápidas, em tempo real e com alto grau de precisão para que se possa gerir de forma eficiente
a logística e da cadeia de suprimentos, apresentam três razões fundamentais:

Primeiro: clientes entendem que informações do andamento de uma ordem, disponibilidade de produ-
tos, programação de entrega e dados do faturamento são elementos fundamentais do serviço ao cli-
ente.

Segundo: com a meta da redução do estoque: em toda a cadeia de suprimentos, os executivos perce-
bem que com informações adequadas, eles podem, efetivamente, reduzir estoques e necessidades de
recursos humanos. Especialmente, o planejamento de necessidades sendo feito usando informações
mais recentes, permite reduzir estoques através da minimização das incertezas da demanda. Em ter-
ceiro, a disponibilidade de informação: aumenta a flexibilidade com respeito, ao saber quanto, quando
e onde os recursos podem ser utilizados para obtenção de vantagens estratégicas.

É uma ferramenta que interliga as atividades logísticas num processo integrado. Este processo inte-
grado é constituído por quatro níveis de funcionalidade: transações, controle gerencial, apoio de deci-
são e planejamento estratégico (bowesox, 1996, p. 194). Basicamente, podemos diferir os sistemas de
informações em 4 níveis funcionais, ilustrados no modelo piramidal abaixo: sistema transacional: re-
presenta a base das outras operações, de onde são retiradas as informações das atividades de plane-
jamento e coordenações. É o local onde são compartilhadas as informações logísticas

Com as outras áreas da empresa (produção, marketing, finanças,..) Ou da cadeia de suprimento

Controle gerencial: este nível funcional busca as informações no sistema transacional para poder ge-
renciar as atividades logísticas, incluindo neste patamar as ferramentas de mensuração como indica-
dores em geral.

Apoio á decisão: este patamar da pirâmide de funcionalidade dos sistemas de informação logística
utiliza softwares como ferramenta decisória para as atividades operacionais e estratégicas complexas,
para que estas não sejam praticadas com embasamento em feeling.

Planejamento estratégico: as informações logísticas obtidas dos três níveis abaixo do topo entram
como suporte para o desenvolvimento e para a melhoria continua da estratégia logística.

Para que o ti tenha êxito nas execuções das tarefas, é necessário definir sistemas que melhor atendem
a necessidade da empresa, tendo em visita que logística podem ser atuados em vários ramos e ativi-
dades segundo bowersox e closs 2001 “o compartilhamento da informação gera inúmeras vantagens
como a redução do custo de processamento de pedidos, a diminuição das incertezas de planejamento
e operações e a redução dos níveis de estoque”, entre os mais destacados são: esse sistema é também
conhecido como WMS, é uma tecnologia utilizada de forma gradual em armazéns integrando e proces-
sando as informações de acordo com a localização do material, segundo arozo (2003): “os sistemas
de WMS são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-a-dia de um armazém.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

Apesar de possuírem alguns algoritmos, sua utilização está restrita a decisões totalmente operacionais,
tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, entre outras”.

De acordo com banzato (1998), um WMS “é um sistema de gestão de armazéns, que aperfeiçoa todas
as atividades operacionais (fluxo de materiais) e administrativas (fluxo de informações) dentro do pro-
cesso de armazenagem, incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, em-
balagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, entre outras, que integradas
atendem às necessidades logísticas, maximizando os recursos e minimizando desperdícios de tempo
e de pessoas.” Toda essa informação do estoque tem como ferramenta principal o coletor de dados,
que é um equipamento com capacidade de transmitir e receber rápidas informações de armazenagem
quando conectados diretamente ao sistema através de uma rede sem fio”.

“no início da década de 90, os sistemas integrados de gestão ou erps passaram a ser largamente
utilizados pelas empresas” (juliana veiga & edmundo escrivao filho, 2002)

Os sistemas empresariais (erp) são sistemas de grande complexibilidade, integrando de forma eficaz
todos os sistemas operacionais de uma empresa. Por ser é um sistema que auxilia toda parte gerencial
da empresa, sua adoção não é simples, exigindo da empresa pré-requisitos na sua implementação.

Podemos definir ainda que o erp seja composto basicamente na integração de todas as atividades
atuantes em uma empresa, podendo ser elas: produção, recursos humanos, finanças, transporte e etc.
Tendo como papel fundamental tornando o fluxo das informações algo visível e palpável, possibilitando
assim uma tomada de decisão mais precisa, esse sistema tem como característica a permissão de
análise de custo-benefício de suas aquisições, podemos observar algumas vantagens na sua aquisição
por uma organização sendo estas:

São desenvolvidos através de modelos padrões de processos.

Integram sistemas de várias áreas das empresas.

Utiliza um banco de dados centralizado.

Possuem grande abrangência funcional.

É necessário para a empresa, identificar suas reais necessidades antes mesmo de pensar em adotar
o sistema integrado para que assim ela possa ter sucesso na implantação do sistema. “como o projeto
é de caráter amplo, a maioria das empresas perdem de vista as motivações originais e naufragam
diante das dificuldades encontradas” (dempsey, 1999).

Algumas das principais empresas fornecedores desse tipo de software no mundo já estão no brasil. A
sap3, além de ocupar a liderança mundial neste mercado, como se pode observar no gráfico de acordo
com gelog-ufsc 2006 (grupo de estudos logísticos. Universidade federal de sa nta catarina), também
ocupa essa posição no brasil, com 38% das vendas de licença de software; por outro lado, a datasul
possui o maior número de clientes, com 23% do mercado. Alguns exemplos de sucesso da implantação
de sistemas erp4:

• autodesk - passou a embarcar 98% de seus pedidos dentro de 24 horas após a implantação de um
erp;

• a divisão storage systems, da ibm - passou a poder refazer sua lista de

Preços em cinco minutos, contra os anteriores cinco dias; o tempo de embarque de uma peça de repo-
sição caiu de 22 para 3 dias;

• votorantim - o giro do estoque melhorou de 30 a 40% e o número de funcionários administrativos pôde


ser reduzido em 30%, resultando em ganhos de us$ 6 milhões anuais;

• indústria média norte-americana de autopeças - reduziu o tempo entre o pedido e a entrega de seis
para duas semanas. Outra diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que demo-
rava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos.

12. Cases

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGISTICA

Se alguém ainda tem dúvida sobre os ganhos de competitividade gerados por investimentos em tecno-
logias da informação e de comunicações (TIC), basta ver os dados da pesquisa information and
communications for development 2006, realizada pelo bird. Nos países que estão em pleno cresci-
mento, as companhias que realizam investimento em tecnologia da informação (TI), avançam de ma-
neira mais rápida do que as concorrentes que não investem nessa área, segundo pesquisa do banco
mundial (BIRD).

O documento mostra que, nos países em desenvolvimento, as companhias que realizam investimentos
em TIC cresceram 9,5 vezes mais que os concorrentes que não visam projetos na área, entre 2000 e
2003. Enquanto o primeiro grupo observou suas vendas crescerem 3,8% no período, os últimos avan-
çaram somente 0,4%.

Crescendo de maneira mais rápida, as empresas que investiram em TIC também abriram mais portas
de trabalho, o que gerou um grande impacto social para os países em desenvolvimento. De acordo
com o BIRD, no período pesquisado, o número de funcionários das companhias que implementaram
políticas de TIC subiu 5,6%, contra 4,5% entre as que não implantaram nenhum projeto nesse setor.

A modernização gerada pelas novas tecnologias também aumentou a taxa de lucro das empresas.
Aquelas que apoiaram ações nessa área registraram uma taxa de lucro de 9,3%, ante os 4,2% das
demais. Por último, o valor agregado por funcionário foi de 8 712 dólares nas empresas com programas
bem estruturados de TIC, ante 5 288 dólares nas concorrentes.

A modernização gerada pelas novas tecnologias também aumentou a taxa de lucro das empresas.
Aquelas que apoiaram ações nessa área registraram uma taxa de lucro de 9,3%, ante os 4,2% das
demais. Por último, o valor agregado por funcionário foi de 8 712 dólares nas empresas com programas
bem estruturados de TIC, ante 5 288 dólares nas concorrentes.

A tecnologia da informação coloca a nossa disposição, diversos meios de armazenamento de dados


estruturados, com o objetivo de coletar os mesmos e armazenar todas as informações em um local
único. A tecnologia da informação está cada vez mais presente no dia-dia.

O uso de computadores nas pequenas empresas, ao longo dos últimos cinco anos, teve um cresci-
mento entre 30 a 80%, dependendo da localização e natureza do negócio. Porém, pouca literatura foi
encontrada na

Análise da tecnologia da informação - TI em pequenas empresas, principalmente, nos países em de-


senvolvimento, como é caso do brasil.

A tecnologia pode ser considerada também como uma potente força no sentido de capacitar uma ex-
tensão nas habilidades humanas, portanto a tecnologia da informação deve ser vista como suporte aos
processos de logísticas e as decisões operacionais e de negócios das organizações.

Um recurso tecnológico bem empregado em um ambiente empresarial pode tornar-se um grande ali-
ado, no que diz respeito ás vantagens competitivas. Observa-se também que outra vantagem que a
tecnologia da informação fornece para a logística tem uma grande perspectiva crescimento para o
mercado, isso é justificado pela tamanho do mercado existente, atualmente. Sendo que as vantagens
baseadas no crescimento da ti em logística ocorrem com o atendimento da necessidade de aquisição
do isso da tecnologia de informação para integração da cadeia produtiva, a fim de atender o cliente
final.

É atualmente a fonte de vantagem competitiva mais cobiçada no mercado, porém devem ser repensa-
dos os processos organizacionais e seu redesenho. Toda a tecnologia que hoje está á disposição da
solução da logística empresarial é capaz de gerar soluções que satisfaçam qualquer necessidade de
mercado.

De um modo geral, o sucesso da implantação de sistema logísticos nas empresas e as vantagens


advindas de sua aplicação dependem do processo de amadurecimento empresarial. Dessa forma con-
clui-se que a ti é peça fundamental para o crescimento das empresas que pretendem disparar na frente
no mercado competitivo, podendo assim atender seus clientes com muito mais eficácia e rapidez.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Transformação Digital

O que é transformação digital

Se contextualizamos a necessidade da transformação digital com a história é mais fácil entender o que
está acontecendo dentro dos negócios.

Empresas constituídas antes do surgimento da internet enfrentam um grande desafio: muitas das re-
gras que orientavam o progresso dos negócios na era pré-digital não se aplicam mais.

A boa notícia é que a mudança é possível! Essas empresas podem se transformar e florescer na era
digital.

Transformação digital é um processo de mudança de mentalidade nas empresas que passam a usar a
tecnologia para cumprir o objetivo de se tornarem mais modernas, melhorarem os seus desempenhos,
aumentarem o alcance de mercado e ampliarem os avanços tecnológicos que impactam pessoas do
mundo todo.

Portanto, ela muda radicalmente as organizações e garantem seu lugar no futuro.

Mas então praticamente todas as empresas estão investindo nisso, certo? Errado! Esse conceito é
muito mais amplo do que ter uma fanpage ou um blog corporativo.

Trata-se de uma mudança radical na estrutura das organizações, a partir da qual a tecnologia passa a
ter um papel estratégico central, e não apenas uma presença superficial.

Isso leva tempo e consome recursos, mas não são só as grandes organizações que podem implantar
programas de transformação digital, até porque isso não se resume a quem tem mais dinheiro.

Antes, é preciso entender o processo todo que leva a essa mudança e trabalhar de forma colaborativa
para alcançá-la.

Isso, por si só, torna a transformação digital um desafio muito mais de gestão do que apenas de mar-
keting ou tecnologia.

Entre os fatores que precisamos entender está o impacto desse tipo de mudança na sociedade de
forma geral, o que nos leva ao próximo tópico.

Como Funciona A Transformação Digital Nas Empresas

Implementar a transformação digital nas empresas gera diversos benefícios, mas antes, aparecem os
desafios no processo de inovação digital.

Para obter sucesso na etapa inicial, é importante ter um escopo bem definido para evitar grandes ad-
versidades.

Quando o procedimento se inicia, é normal surgirem dificuldades técnicas para assegurar o bom funci-
onamento, alguma resistência a mudanças por parte dos envolvidos e a necessidade de fazer investi-
mentos para que tudo saia conforme planejado.

Assim, a fim de garantir que o processo de implementação seja eficiente e ocorra de modo suave, é
importante superar esses desafios e empregar todo o esforço possível.

Diagnóstico Da Situação Atual

Para entender como o processo de transformação digital pode contribuir para o seu negócio, é essen-
cial determinar quais as suas necessidades atuais. Para algumas empresas, é necessária fazer a au-
tomação no atendimento, melhorias no sistema de pagamentos ou, talvez, a inclusão de sistemas para
gestão.

Como não é possível implementar mudanças em todos os departamentos, identificar qual a situação
atual e as principais dificuldades enfrentadas contribui para definir as prioridades da empresa.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Alinhamento Da Gestão

O processo de transformação digital afeta toda a dinâmica de trabalho e a gestão do negócio. Por
isso, engajar as lideranças e alinhar o formato de administração ajuda a incorporar novas tecnologias
de maneira mais efetiva.

As estratégias de gestão de pessoas e de projetos devem considerar os novos recursos disponíveis, e


usá-los para otimizar a produtividade de toda a equipe. Assim, o entrosamento entre os colaboradores
e as mudanças provenientes desse processo são facilitados quando você conta com uma liderança
inovadora.

Implementação Da Estratégia

Após avaliar as necessidades do seu negócio e alinhar o time com as novas mudanças, é necessário
partir para a implementação do processo de transformação digital na empresa. Nesse momento, você
decide que ERP contratar, quais sistemas de pagamento usar, se deve incluir recursos de autoatendi-
mento nas lojas e demais elementos que foram listados como prioridade na primeira etapa de avaliação.

Testes E Experimentações

Após trazer tais novidades para sua corporação, é importante verificar se elas atenderam às expecta-
tivas ou não. Além disso, vale testar o quanto tais recursos contribuem para melhorar o relacionamento
com os clientes ou a performance dos colaboradores.

O uso de tecnologias para otimizar o desempenho da empresa pode contar com diversos objetivos,
mas o principal deles é aumentar os seus lucros. Por isso, vale verificar se essas mudanças consegui-
ram tornar a equipe mais eficiente ou maximizar as vendas para os consumidores.

Avaliação De Melhorias

Após fazer todos os testes e experimentos necessários, você consegue identificar quais são as possi-
bilidades de obter processos ainda mais otimizados, assegurando que tudo funcione de forma simples
e prática em sua empresa.

Nesse sentido, é importante analisar com calma tudo o que foi implementado e verificar os resultados
que estão sendo obtidos a partir das mudanças adotadas no negócio. Uma boa forma de fazer isso é
acompanhar indicadores-chave.

Ao investir em transformação digital nas empresas, é possível obter melhores resultados por meio
da criatividade e inovação. Otimizar processos que estavam ultrapassados e garantir que sua organi-
zação se diferencie da concorrência é essencial para ampliar sua parcela de mercado e assegurar o
crescimento de longo prazo do negócio.

Impacto Da Transformação Digital Na Sociedade

É essencial compreender que a transformação digital tem profundo impacto sobre a sociedade, de
maneira geral. A partir dessa conclusão, se torna mais claro o valor de implementar programas de
mudança nas empresas.

Mas como esse impacto acontece? É simples, pense em como o uso da tecnologia vem transformando
as nossas vidas a cada dia.

As coisas ficaram mais rápidas, o volume de informações é infinitamente maior que antes e não para
de aumentar.

Tudo isso faz com que as pessoas estejam mais distraídas e exigentes do que nunca. Essa é a primeira
mudança: há uma clara alteração de comportamento.

Além disso, a nossa vida ficou bem “mais fácil”, pois serviços e produtos automatizados oferecem uma
comodidade impensada alguns anos atrás.

Pensando do ponto de vista de serviços de utilidade pública, como no caso de hospitais, autoridades
policiais e bombeiros, isso significa mais vidas salvas graças à tecnologia.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Por outro lado, surgem desafios novos como transtornos ligados ao não preparo das empresas em
relação às reclamações de clientes e o ato de digitalizar sem preocupar com a experiência do usuá-
rio ao longo do processo de compra.

Com a evolução da tecnologia, surgem tanto novas soluções quanto problemas que precisam de aten-
ção, o que obriga as empresas a se adaptar para suprir as demandas da sociedade.

É aí que entra a transformação digital! Por meio dela, é possível otimizar vários processos. As possibi-
lidades são ilimitadas.

Futuro e a Geração Z

A geração Z é composta por pessoas que nasceram a partir de 1994 e são consideradas nativos digi-
tais. De acordo com a Fast Company, até 2020 a geração Z representará 40% de todos os consumido-
res.

Essa geração cresceu cercada pelos dispositivos digitais. Portanto, elas serão as pessoas que mais
cobrarão essas mudanças. E esse futuro não está distante. Hoje em dia, os mais velhos da geração já
estão no mercado de trabalho, formando em faculdades.

Por serem multitarefas e poderem processar informações mais rapidamente do que qualquer geração
anterior, os membros dessa geração estão aniquilando práticas de marketing que se tornaram obsole-
tas.

Eles são capazes de consumir conteúdos digitais em multi telas, usando uma ampla gama de disposi-
tivos de forma simultânea. Além disso, eles já têm poder de compra e esperam que as empresas sejam
digitais.

E qual o papel das empresas nesse contexto?

Elas são encarregadas de fornecer às gerações a tecnologia de espaço de trabalho digital que melho-
rará a experiência dos funcionários, com o objetivo de atender suas diferentes expectativas e preferên-
cias.

É preciso pensar na constante mudança do seu cliente para entender a importância da transformação
digital.

Progresso Tecnológico

A transformação digital não é só mais uma palavra da moda, um termo bonito para dizer que vale a
pena investir em Facebook Ads ou algo do tipo.

Pelo contrário, ela faz parte de um processo muito maior, que é chamado de progresso tecnológico.
São três fases principais, sendo a transformação digital a última.

Veja o que consiste em cada uma dessas etapas, e como elas culminam nesse movimento que estamos
presenciando atualmente:

Digitização

Digitização é descrita como o processo de transição de informação analógica para uma forma digital.
Como assim?

Se trata da representação de sinais, sons, imagens e objetos no meio digital por meio de valores biná-
rios (cada valor é representado por 0 ou 1).

Em outras palavras, os dados são transformados em bits e armazenados em dispositivos eletrônicos.

Indústrias inteiras se beneficiaram muito desse processo, pois tornou-se bem mais fácil guardar e pro-
teger informações importantes e, por vezes, confidenciais.

Digitalização

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A digitalização já é bem mais abrangente e consiste nas mudanças reais realizadas nas organizações
por meio da tecnologia.

Isso inclui alguns conceitos bem avançados, como Big Data, internet das coisas, blockchain, criptomo-
edas, entre outros.

Um erro comum é acreditar que a digitalização significa usar mais TI, mas os exemplos citados mostram
que vai muito além disso, já que envolve uma visão mais holística da tecnologia a fim de causar mu-
danças.

Transformação Digital

Agora chegamos, por fim, à transformação digital, que é descrita no progresso tecnológico como “o
efeito total e geral da digitalização na sociedade”. O que isso quer dizer?

Com a digitalização em seu estado completo, novas oportunidades de mudança e evolução surgem
para organizações de todo tipo.

É possível — e por vezes necessário — mudar estruturas socioeconômicas, padrões organizacionais,


barreiras culturais e até leis.

Dessa forma, podemos dizer que a digitização é a conversão, a digitalização é o processo e a transfor-
mação digital o efeito.

Para facilitar ainda mais a compreensão do que de fato é a transformação digital, fizemos um vídeo
completo que explica ainda mais sobre o assunto. Confira!

6 mitos sobre a transformação digital que você precisa esquecer

Já deu para ter uma noção do quanto a transformação digital impacta a vida das pessoas em todas as
esferas da sociedade, não é mesmo?

Consequentemente, isso também afeta profundamente a maneira com que temos de fazer negócios
hoje em dia.

O problema é que muitas empresas ainda não conseguem iniciar um programa de transformação por-
que se prendem a mitos sobre o assunto.

Portanto, antes de apresentar mais sobre essa estratégia, confira 6 desses mitos que você precisa
apagar da sua mente agora mesmo e qual a forma correta de pensar sobre cada um deles:

1. Esse assunto é só para empresas de tecnologia

É muito fácil se esconder atrás do pensamento de que a transformação digital só deve acontecer para
empresas que já nasceram em um contexto digital, como e-commerces, SaaS e outros negócios “nati-
vos digitais”.

Mas será que esse é mesmo o caso? De jeito nenhum! Qualquer empresa, não importa de que seg-
mento, pode se beneficiar por desenvolver uma cultura que privilegia o digital.

Não é à toa que existem tantas ferramentas, pagas ou gratuitas, disponíveis para praticamente qual-
quer tipo de iniciativa digital que se consiga imaginar.

2. Tudo se resume a experiência do cliente

Outro mito é de que a transformação digital está resumida em criar a melhor experiência do cliente
possível. É verdade que isso realmente importa, mas não basta.

Novamente, vale a pena destacar: a transformação digital é um processo que precisa estar espalhado
por toda a empresa, então naturalmente não se resume à experiência do cliente.

3. A transformação vem de iniciativas pequenas

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Que tal deixar que as pequenas iniciativas dos colaboradores se desenvolverem a fim de, aos poucos,
criar uma organização realmente digital?

Em teoria, essa ideia pode até parecer fazer sentido, mas as coisas não funcionam dessa forma. A
transformação precisa vir do topo. Por quê?

Uma mudança tão grande precisa não só de liberdade, mas da iniciativa dos líderes em desenvolver
programas claros de mudança e implementá-los nas empresas.

Assim, a empresa poderá mudar de forma organizada e eficiente e os colaboradores entenderão o que
se espera deles nessa transição.

4. Quem vai realizar a transformação é o setor de TI

A tecnologia da informação, ou apenas TI, precisa ser muito bem estruturada para garantir o nível de
atuação que uma empresa digital precisa.

Porém, entre afirmar isso e dizer que a transformação digital é responsabilidade só da equipe de TI
existe um abismo!

O que precisa haver é uma aproximação entre os gestores e quem vai colocar a tecnologia para funci-
onar, e não uma terceirização de responsabilidades dessa forma.

O setor de TI é apenas um dos envolvidos na transformação digital de qualquer empresa. Mas é im-
portante sim garantir que ele esteja afiado para atender à demanda do dia a dia.

5. É possível esperar para ver, dependendo da indústria

A demanda por inovação é real e urgente em todo o mercado e quem decidir esperar para ver o que
acontece provavelmente não vai gostar do cenário que encontrar.

Pense, por exemplo, no agronegócio. Antigamente essa indústria era praticamente sinônimo de atua-
ção livre de processos tecnológicos. Mas o que dizer de hoje?

É um dos setores que fazem melhor uso da tecnologia para prever possíveis dificuldades, otimizar
processos e, por conta disso, obter melhores resultados.

Isso mostra que não importa o segmento, arriscado mesmo é adiar essa mudança.

6. Basta desenvolver várias iniciativas digitais

Esse talvez seja o maior engano por parte dos executivos e tomadores de decisão nas empresas.

O pensamento é mais ou menos assim: “se a minha empresa já tem x iniciativas digitais em andamento,
já faço parte dessa transformação”.

Quem dera fosse tão fácil, mas a questão é mais profunda que isso.

É ótimo desenvolver estratégias como o marketing de conteúdo — que, aliás, tem grande participação
na transformação digital — , mas essas estratégias são apenas parte da solução.

Por isso, continue firme com suas estratégias digitais, mas não caia na ilusão de que elas são a trans-
formação em si.

Novos Modelos Da Transformação Digital

Como já foi dito logo acima, os projetos da transformação digital não são somente do profissional de
TI. Nesse momento, é necessário que toda a empresa esteja envolvida.

No entanto, a responsabilidade da gestão desse processo precisa vir dos líderes administrativos, como
o CEO e o CMO.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A falta de liderança é uma das maiores barreiras para se alcançar a transformação digital. É preciso
que essa mudança parta do topo para ser disseminada por meio das decisões estratégicas e processos.

Confira as principais mudanças com as quais você terá que se preocupar quando for fazer a transfor-
mação digital do seu negócio:

Cultura Empresarial

A transformação digital é sobre a adaptação da cultura do negócio e da maneira como ele opera para
trabalhar com as novas tecnologias.

Portanto, uma abordagem centrada nas pessoas é a melhor opção para os projetos de transformação
digital, porque são elas que vão colocar esse projeto em prática.

Essa estratégia é algo que fará parte do cotidiano. No entanto, para ter sucesso, é necessário criar
uma cultura de forte aprendizado e adaptação da equipe da empresa.

As mudanças na tecnologia são diárias e manter-se atualizado é muito importante para entender ativa-
mente o consumidor digital.

Para isso, faça pesquisas constantes, crie uma rotina de aprendizado e invista em treinamentos para
que seja possível estar capacitado nas últimas tendências.

Gestão das Empresas

O código de cultura é essencial para o engajamento dos funcionários no novo modelo operacional e
isso é preocupação da gestão.

É importante considerar que, ao criar um sistema novo na empresa, é preciso pensar em uma nova
gestão e nos novos cargos e funções do time.

Isso acontece porque, na transformação digital, as pessoas estarão no centro da estratégia e não o
produto. Com isso, os objetivos e tarefas de times como marketing e vendas não serão muito diferentes
e ficarão mais conectados.

Modelo de Negócios

Além de afetar a maneira de fazer a gestão das empresas, a estratégia de transformação digital muda
o modelo de negócios.

Esse modelo ganha novos contornos quando são incluídas as possibilidades do mundo digital. A soci-
edade, que está infiltrada na evolução da tecnologia, espera que a empresas mudem a forma de ofe-
recer experiências.

Se, de forma geral, a sociedade é fortemente afetada pela evolução da tecnologia, se torna imperativo
mudar a forma de fazer negócios.

Isso acontece principalmente por meio de:

crescimento do alcance digital: você atingirá novas pessoas e públicos;

ampliação de produtos e serviços: criar recursos digitais para expandir a utilidade de um produto ou
serviço físico é algo comum e bem eficiente;

transição do físico para o digital: lojas físicas que fecham as portas para dar lugar a e-commerce são
exemplos perfeitos dessa transição;

produtos digitais desde a concepção: empresas SaaS, apps e fintechs são alguns dos produtos e ser-
viços que já nascem digitais e fazem muito sucesso;

serviços compartilhados: hoje em dia existem serviços de carona compartilhada, aluguel de espaços e
por aí vai, e isso exige uma integração imensa entre o digital e o físico.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Porém, para alguns, essa mudança pode ser um pesadelo. A organização precisará pensar como seu
negócio pode ser transformado tecnologicamente e em quais pontos será preciso trabalhar, seja adap-
tando seu serviço ou oferecendo uma experiência totalmente digital.

Relação com o Cliente

As tecnologias digitais mudaram a maneira como nos conectamos com os clientes e lhes oferecemos
valor.

Muitos de nós crescemos em um mundo em que as empresas transmitiram mensagens e forneciam


produtos aos clientes.

Hoje, porém, a relação é muito mais interativa, de mão dupla. As mensagens e as avaliações dos
clientes fazem com que eles sejam muito mais influentes que a propaganda, transformando a partici-
pação deles e tornando-a mais dinâmica e crítica para o sucesso das empresas.

Vamos falar mais sobre isso logo abaixo no tópico de domínios da transformação digital.

Processo Operacional

Apesar de não ser tão evidente quanto as mudanças na experiência do cliente, também há muitas
vantagens em dedicar-se na melhoria de processos operacionais internos.

A sensação de realizar o trabalho de maneira mais simples ou eficiente dá motivação extra, aumenta a
produtividade e contribui até para o bom relacionamento de todos.

Para isso, alguns pontos precisam ser observados:

comunicação mais rápida: quanto mais rápida e ampla a comunicação entre todos na empresa, mais
ágeis serão os processos, sem perda de tempo;

integração de setores: integrar diferentes setores é uma das melhores formas de ampliar o conceito de
colaboração e fazer com que todos trabalhem em sintonia;

transparência organizacional: é muito mais fácil seguir orientações quando se compreende os porquês,
e a transparência leva exatamente a isso;

decisões baseadas em dados: decisões baseadas em dados estão além de discussão, além de ter
maiores chances de dar certo. Só o que funciona melhor deve ser mantido;

acesso das informações: os processos serão automatizados e compartilhados de forma virtual em


tempo-real;

automação de atividades: a equipe não perderá tanto tempo analisando grandes relatórios por se con-
centrar em atividades mais estratégicas;

organização: em empresas que são digitais, o processo de trabalho como o home office e o espaço de
coworking serão realidades que realmente funcionam;

acompanhamento de desempenho: com as ferramentas disponíveis no meio online ficará mais fácil
analisar o desempenho do time, permitindo que o gestor possa tomar decisões corretas.

Contratação E Serviço Externo

Quando pensamos em novas funções na empresa, ficamos na dúvida entre contratar pessoas novas,
especializar os funcionários já existentes ou terceirizar o serviço.

Como todo o time precisa estar envolvido com o processo, não adianta contratar pessoas novas que
tem uma boa experiência, mas não se preocupar com a evolução da sua equipe.

É claro que se houver a necessidade de contratar um especialista, é preciso considerar essa opção.
Porém, treinar todos os funcionários e ser bem claro com o objetivo do projeto é essencial.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

O ideal é ter um equilíbrio e não desqualificar a sua equipe.

Quais são os pilares da transformação digital?

De acordo com o livro “Transformação Digital: repensando o seu negócio para a Era Digital”, de David
L. Rogers, especialista em estratégia digital, existem 5 domínios estratégicos em mutação nessa era
que fazem com que possamos observar esse novo mundo mais de perto. Eles são os clientes, compe-
tição, dados, inovação e valor.

Ao longo desses 5 domínios, as tecnologias digitais estão redefinindo muito dos princípios básicos da
estratégia e mudando as regras de como as empresas devem operar no mercado para serem bem-
sucedidas.

Muitas das velhas restrições foram superadas e novas possibilidades estão disponíveis agora.

As empresas que se constituíram antes da internet precisam se conscientizar de que muitos dos seus
pressupostos fundamentais devem ser atualizados. Vamos aprofundar um pouco sobre cada um des-
ses domínios.

Cliente

O primeiro domínio da transformação digital é o cliente. Isso não é novidade para você, já que menci-
onei tanto a sua importância durante esse post.

Pela teoria convencional, os clientes eram somente telespectadores aos quais as empresas dirigiam
suas propagandas e o modelo de negócio era a produção e comunicação em massa.

Na era digital, estamos avançando para um mundo mais dominado pela rede de clientes.

Nesse paradigma os clientes se conectam e interagem com a marca dinamicamente. Hoje, eles estão
o tempo todo se influenciando reciprocamente e construindo a reputação das empresas e marcas.

O uso de ferramentas digitais está mudando a maneira como os consumidores descobrem, avaliam,
compram e usam os produtos, e como compartilham, interagem e se mantêm conectados com as em-
presas.

Isso está forçando as empresas a repensarem seus funis de marketing tradicionais e a reexaminar os
caminhos dos clientes para as compras, que podem se alternar entre o uso de redes sociais, mecanis-
mos de busca, laptops ou até mesmo por meio de um chat-online feito por um chatbot.

Em vez de ver os consumidores apenas como alvos de vendas, as empresas precisam reconhecer que
os clientes em rede podem ser o melhor grupo de foco, influenciadores e parceiros de inovação em seu
negócio.

Por isso, valorize o seu cliente e trate-o da melhor maneira possível!

Aspectos do Cliente

Com o aumento da concorrência e o poder de decisão nas mãos do consumidor, a experiência do


cliente é fundamental para atrair e fidelizar quem compra de você.

Descubra como trabalhar com eles para oferecer uma experiência cada vez melhor:

segmentação do público: com base em ferramentas de analytics é possível segmentar o público com
base em diversos dados e abordar os leads de forma personalizada;

monitoramento das redes sociais: saber o que as pessoas pensam da marca é outra forma de conse-
guir feedback honesto que leva a melhorias na experiência do cliente;

marketing de precisão: fidelizar quem já é cliente por fazer ofertas únicas, alinhadas com suas respec-
tivas inclinações, é uma tendência que veio para ficar;

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

processo de vendas simplificado: o cliente atual não quer complicação, é preciso tirar as barreiras dele
para facilitar que chegue até a compra;

atendimento ao cliente: estratégias como o suporte premium, SAC 2.0 e Customer Success garantem
que o cliente tenha todas as necessidades supridas o tempo todo;

conveniência e identificação: atender em vários canais e ser coerente na linguagem são formas de criar
identificação com os clientes sem deixar de lado a conveniência.

User Experience

Um bom investimento é o User Experience e design de serviços para saber a percepção dos usuários
ao utilizar os seus serviços, pois proporcionar para cada usuário a sensação de que aquele produto foi
feito para ele e personalizado de acordo com seus gostos, o que faz com que ele sinta-se mais perto
da sua marca.

A experiência do usuário (UX) diz respeito a todas as práticas destinadas a tornar qualquer tipo de
ferramenta digital — sites, softwares, aplicativos — mais acessível e adequada para a sua finalidade.

Além disso, recursos estéticos e lúdicos também estão associados a essa atividade, promovendo de-
sign a um instrumento de engajamento.

Em meio à transformação digital que vivemos nos dias atuais, o UX design se torna decisivo para o
sucesso de uma marca.

Competição

O segundo domínio da transformação digital é a competição.

Está acontecendo algo engraçado em relação a esse aspecto. Tradicionalmente competição e coope-
ração eram vistas como opostos.

As empresas competiam com empresas rivais muito parecidas com elas mesmas e cooperavam com
parceiros da cadeia de fornecimento que distribuíram seus bens ou forneciam os inputs necessários
para a sua produção.

Hoje estamos caminhando para um mundo de fronteiras mais fluidas em relação aos setores. Os nos-
sos maiores desafiadores podem ser concorrentes fora do nosso segmento que oferecem valores pa-
recidos.

Essa “desintermediação digital” está virando de ponta cabeça parcerias e cadeias de fornecimento —
os nossos parceiros de negócios de longa data podem tornar-se nossos maiores concorrentes se os
nossos aliados tradicionais começarem a servir diretamente aos nossos clientes.

O resultado final dessas mudanças é um grande deslocamento do que chamamos de competição.

A batalha é sobre uma disputa de influência entre empresas, com modelos de negócio muito diferentes,
cada uma buscando a alavancagem diante ao consumidor final.

Dados

O domínio seguinte da transformação digital são os dados: como as empresas produzem, gerenciam e
usam a informação.

Até algum tempo atrás, os dados eram oriundos de pesquisas e pastas físicas armazenadas em gran-
des armários. Esses dados eram utilizados para previsões, avaliações e tomadas de decisões.

Em contraste, hoje nos deparamos com uma grande quantidade de dados. A maioria dos dados que
inunda as empresas não é gerada por qualquer planejamento, como pesquisa de mercado, interações
e processos dos clientes com a empresa.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Com as mídias sociais, os dispositivos móveis e canais uma empresa, todos os negócios têm acesso
a uma enxurrada de dados não estruturados, que são gerados sem planejamento e que podem ser
usados, cada vez mais, para alimentar novas ferramentas analíticas.

Essas ferramentas de big data criam condições para que as empresas façam novos tipos de previsões,
descubram padrões inesperados nas atividades de negócios e liberem novas fontes de valor.

Agora, os dados estão se transformando em uma grande vertente para todas as unidades organizaci-
onais e em ativos estratégicos a serem desenvolvidos e explorados ao longo do tempo.

Os dados são componentes fundamentais de como todas as empresas funcionam, se diferenciam nos
mercados e geram novo valor.

Já falei um pouco sobre a importância dos dados ao longo do texto, mas se você quiser saber mais
sobre como usá-los de uma forma prática leia as tendências da transformação digital no próximo tópico.

Inovação

O quarto domínio da transformação digital é a inovação: o processo pelo qual novas ideias são desen-
volvidas, testadas e lançadas no mercado.

Tradicionalmente, a inovação era gerenciada com foco exclusivo no produto acabado. Como os testes
de mercado eram difíceis, a maioria das decisões sobre inovação se baseavam em intuição. Porém, o
custo do fracasso sempre foi alto, portanto evitá-lo era e ainda é fundamental.

As startups e empresas de tecnologia de hoje possibilitam que a inovação seja encarada de maneira
muito diferente, com base no aprendizado contínuo, por experimentação rápida.

À medida que facilitam e aceleram mais do que nunca o teste de ideias, é possível receber feedback
do mercado desde o início do processo de inovação, mantendo-o constante até o lançamento e depois.

Essa nova abordagem à inovação se concentra em experimentos cuidadosos e em protótipos de via-


bilidade mínima, que maximizam o aprendizado ao mesmo tempo que minimizam os custos.

As premissas são testadas sucessivas vezes e as decisões sobre o projeto são tomadas com base em
validação pelos clientes reais! Não é um processo mais confiável?

Dessa maneira, os produtos são desenvolvidos por meio de repetições sucessivas, mediante um pro-
cesso que economiza tempo, reduz o custo financeiro e melhora o aprendizado organizacional.

Valor

O domínio final da transformação digital é o valor que o negócio entrega aos clientes.

Tradicionalmente, a proposta de valor da empresa era considerada duradoura ou quase constante. Os


produtos podiam ser atualizados, as campanhas de marketing revigoradas, as operações melhoradas,
mas o valor básico oferecido pelo negócio aos clientes era constante e definido pelo setor de atividade.

O negócio de sucesso era aquele que tinha uma proposta de valor clara, que estabelecia alguma dife-
renciação no mercado e que focava na execução e na entrega da melhor versão da mesma proposta
de valor aos clientes, durante vários anos.

Na era digital, confiar em proposta de valor imutável é semear desafios e dar vantagem para concor-
rentes com propostas de valor mais atraentes.

Embora os setores sejam diferentes entre si quanto ao momento e à natureza de suas transformações
impostas pelas novas tecnologias, quem achar que seu momento de mudar está longe será um dos
primeiros a sentir o impacto.

A única prevenção segura em um contexto de negócios em mutação é escolher o caminho da evolução


constante, considerando todas as tecnologias como maneira de estender e melhorar a proposta de
valor aos clientes.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Em vez de esperar para adaptar-se quando a mudança tornar-se questão de vida ou morte, as empre-
sas devem concentrar-se em aproveitar as oportunidades, descartando as fontes ruins de vantagem
competitiva e adaptando-se desde agora para se manter na dianteira.

Negócios

O ambiente digital permite que diversas oportunidades apareçam tanto para empresas já estabelecidas,
quanto para negócios que estão surgindo inteiramente inseridos nesse novo mercado.

Para aproveitar esse cenário favorável ao desenvolvimento, diversas corporações estão incorporando
políticas com foco nos seus objetivos e investindo em inovações para explorar outras fontes de cresci-
mento por meio dos canais digitais.

Desse modo, os negócios representam uma parcela de grande importância na transformação digital,
pois é por meio dela que surgem novos produtos, serviços e um ecossistema completo para estimular
a negociação entre os agentes.

Até mesmo a maneira de negociar está mudando por conta das transformações ocorridas nesse novo
cenário.

Indivíduos de diversas nacionalidades podem negociar contratos, fazer acordos e fechar parcerias do
conforto de casa. Essa mudança cria uma nova dimensão para as empresas e permite alcançar um
novo nível de terceirização de tarefas.

Saúde

Saúde e qualidade de vida são algumas das preocupações cada vez mais frequentes nas novas gera-
ções. As buscas por um corpo em forma e uma alimentação equilibrada fazem parte da rotina de diver-
sas pessoas.

Por isso, o pilar da saúde ganha um destaque especial na transformação digital. Além de incorporar
aspectos relacionados a bons hábitos e ao bem-estar físico, há mudanças decisivas no segmento de
saúde que leva a tratamentos mais eficientes, processos menos invasivos e cria políticas para a cons-
cientização dos profissionais sobre o atendimento humanizado.

Quanto às inovações, a Internet das Coisas abre um universo de possibilidades para a integração entre
sistemas e equipamentos, além de alimentar uma grande base de dados para incorporação na IA.
Recursos médicos comuns, quando conectados à internet, ampliam a capacidade dos profissionais
coletar dados e otimizam a percepção de sintomas e doenças.

Educação

A transformação digital fez com que o setor da educação fosse um dos mais afetados. Por meio do
surgimento de novas metodologias, recursos digitais no ensino e jogos educativos, é possível promover
diversas experiências de aprendizado desde a infância.

O processo de educação representa a forma como indivíduos repassam conhecimentos e experiências


para os outros. Assim, ele representa um dos pilares mais importantes para a transformação digital.
Sua estrutura interfere diretamente na formação das novas gerações e na maneira como a internet será
utilizada para a criação de novos produtos e serviços.

Em contrapartida, a educação também é afetada pelo ambiente digital e o uso da tecnologia como
aliada no processo de aprendizado. Isso não se restringe apenas aos anos iniciais de formação.

Profissionais como médicos, engenheiros, arquitetos e demais indivíduos podem ter seu ensino aper-
feiçoado por meio da IA e do desenvolvimento da realidade virtual.

Consumo

O desenvolvimento de diversas economias está baseado nos hábitos de consumo da população. O ato
de consumir produz bem-estar e leva a uma vida mais confortável para as pessoas.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Enquanto o consumo desenfreado era parte da realidade das gerações passadas, agora, com a trans-
formação digital, essa relação mudou. A internet permitiu que os indivíduos realizem pesquisas, com-
param preços e acompanhem a experiência de outros usuários, realizando escolhas mais inteligentes
sobre o que deve ser adquirido.

Isso transformou o modo como as pessoas escolhem os itens de sua cesta de consumo. Mesmo na
hora de pedir um lanche, por exemplo, é comum conferir a avaliação dos outros consumidores e usar
essa informação geral para determinar se você deve ou não comprar de uma determinada empresa.

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CONCEITO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP)

Sistema Integrado De Gestão Empresarial

Planejamento de recurso corporativo (português brasileiro) ou planeamento de recurso corporativo


(português europeu) (em inglês Enterprise Resource Planning; ERP) é um sistema de informação que
integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser
vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação,
marketing, vendas, compras etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transa-
ções, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão etc).

O ERP é uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma
empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do negócio.

ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de transações que liga todas as
funções de uma empresa, por exemplo, de processamento de pedido de vendas, controle e gerencia-
mento de estoque, planejamento de produção e distribuição e finanças.

História

No fim da década de 1950, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa
tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os pri-
meiros sistemas de controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia.
A automatização era cara, lenta – mas já demandava menos tempo que os processos manuais – e para
poucos.

No início do década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram


o planejamento dos recursos de manufatura (Material Requirement Planning - MRP), antecessores dos
sistemas ERP. Sendo futilizada como parte de suas operações, esta aplicação "explode" um item nas
suas partes constituintes, de modo que possam ser encomendas ou produzidas. A saída do MRP segue
para o departamento de compras que deve adquirir matéria prima necessário para produção onde o
departamento de compras faz o pedido aos vendedores que fornecem matéria prima para a empresa.
O vendedor remete os produtos para fábrica e envia uma fatura para pagamento através da função de
contas a pagar da firma.[4]. Eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados
de pacotes, que conversavam entre si e que possibilitavam o planejamento do uso dos insumos e a
administração das mais diversas etapas dos processos produtivos.

Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a ser-
vidores– mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerencia-
mento de produção e logística. O MRP se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Re-
source Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava outras
atividades como mão-de-obra e maquinário.

Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento.
Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação.

O próximo passo, já na década de 1980, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabele-
cer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas,
também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finan-
ças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação admi-
nistrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.

A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 1990, entre outras razões pela evolução das
redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor – micro-
computadoresligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também
por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e gestão dos setores corporativos, que ga-
nhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.

As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracteri-
zada pelo "boom" nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, sur-
giram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um subs-
tituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data de dois dígi-
tos nos sistemas dos computadores.

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CONCEITO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP)

O crescimento atual dos ERPs é inevitável devido a necessidade de pequenas empresas fazerem uso
destes para tornarem-se mais competitivas.

A Importância Do ERP Nas Corporações

Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto como um grande banco de dados com
informações que interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com
seu status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da com-
panhia indicada.

Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo de produção, venda e fatura-


mento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produ-
ção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor adminis-
tração da produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura logística, pode ser repensado ou
simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a
um produto final, a companhia pode chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e
melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque.

A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma empresa que por alguma
razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um
de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma
integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo
à área de marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de
seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença do
sistema.

Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte-americana de autope-
ças, situada no estado de Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o pedido e a entrega de seis
para duas semanas, aumentando a eficiência na data prometida para envio do produto de 60% para
95% e reduzindo as reservas de insumos em 60%. Outra diferença notável: a troca de documentos
entre departamentos que demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos.

Esse é apenas um exemplo. Porém, de acordo com a empresa, seria possível direcionar ou adaptar o
ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção
quanto no apoio ao departamento de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de
integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em processos
que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.

Os sistemas integrados dão às empresas a flexibilidade para responder rapidamente as solicitações


dos clientes e ao mesmo tempo, produzir e manter em estoque apenas o necessário para atender os
pedidos existentes. Sua capacidade de tornar a expedição mais veloz e precisa, minimizar os custos e
aumentar a satisfação do cliente também gera mais lucratividade as empresas.[5]

Faço um comentário crítico com relação à integração: Tomo dois itens das Desvantagens:

• Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações
do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma
vez que as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho;

• Inserção de dados não confiáveis, quando é necessário o input pelo usuário;

Estes dois itens, para quem conhece e desenvolve Sistema Integrado de Gestão, é a prova real de este
ERP é interligado e nunca integrado. No Sistema Integrado de Gestão os módulos interagem, inter
dependem e inter-relacionam e não tem este dois e outros problemas. Todos os dados se entendem
de modo automático e, a cada entrada de dados, a posição dos relatórios gerenciais são automatica-
mente atualizados.

Nas Pequenas Empresas

A importância dos sistemas de ERP nas pequenas empresas em um mundo atualmente cada vez mais
competitivo deixa de ser uma opção e sim torna-se obrigatório sua utilização para tomadas de decisões
mais rápidas e assertivas.

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CONCEITO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP)

Vantagens Do ERP

Algumas das vantagens da a implementação de um ERP numa empresa são[6][7]:

• Qualidade e eficácia

• Redução de custos

• Agilidade empresarial

• Eliminar o uso de interfaces manuais

• Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)

• Otimizar o processo de tomada de decisão

• Eliminar a redundância de atividades

• Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado

• Reduzir as incertezas do Lead time

• Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa

• Reduzir o tempo dos processos gerenciais

• Redução de estoque;

• Redução da carga de trabalho, pois atividades repetitivas podem e devem ser automatizadas;

• Melhor controle das operações da empresa;

• Melhoria de Infra estrutura de Hardware;

• Aprendizado em TI;

• Adequação ao cumprimento das legislações federais, estaduais e municipais vigentes;

Desvantagens Do ERP

Algumas das desvantagens da implementação de um ERP em uma empresa são

Praticamente, na maioria dos casos os gerentes e profissionais de TI dessas companhias subestimam


a complexidade do planejamento, desenvolvimento e treinamento necessário para utilizar o novo sis-
tema ERP, que altera radicalmente os processos empresariais e sistemas de informação nos negócios.

• A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;

• Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício;

• Dependência do fornecedor do pacote;

• Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um


segmento;

• Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações
do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma
vez que as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho;

• Inserção de dados não confiáveis, quando é necessário o input pelo usuário;

• Dificuldade de repasse da cultura Organizacional aos funcionários;

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CONCEITO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP)

• O seu fornecedor pode descontinuar a sua versão de ERP sem aviso prévio;

Fatores Críticos De Sucesso

Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores críticos de sucesso
para um projeto de implantação de um ERP são:

• Envolvimento dos usuários

• Apoio da direção

• Definição clara de necessidades

• Planejamento adequado

• Expectativas realistas

• Marcos intermediários

• Equipe competente

• Comprometimento

• Visão e objetivos claros

• Equipe dedicada

• Infraestrutura adequada

• Constante qualificação da equipe usuária

• Presença de Consultoria Externa;

Custos Do Sistema ERP

A implementação do sistema ERP é comparável a um transplante de cérebro. Desativamos todas as


aplicações da companhia e passamos a utilizar o software de uma empresa especializada em sistemas
gerenciais para empresas. O risco, evidentemente, seria a interrupção das atividades da empresa, por-
que se o ERP não for implementado corretamente, com certeza você acabará matando a companhia
(Jim Prevo, Ceo da Green Mountain Coffee).

Embora as vantagens sejam muitas, os custos e riscos também são consideráveis. Os custos de
hardware e software são uma pequena parte dos custos totais, e que os custos de desenvolvimento de
novos processos empresariais (reengenharia) e de preparação dos funcionários para a utilização do
novo sistema (treinamento e gestão das mudanças) compõem a maior parte da implementação de um
novo sistema ERP. A conversão de dados do antigo sistema legado para o novo sistema ERP interfun-
cional é outra grande categoria dos custos de implementação do ERP.

Os custos e riscos de fracasso da implementação de um novo sistema ERP são significativos. A maioria
das companhias tem tido sucesso na implementação de ERP, no entanto, uma minoria razoável de
empresas sofre fracassos estrondosos e danosos para a companhia como um todo. Grandes perdas
de receita, lucros e participação de mercado ocorrem quando os processos empresariais básicos ou os
sistemas de informação falham ou não funcionam corretamente. Em muitos casos, pedidos e entregas
são perdidos, mudanças no estoque não registradas corretamente, e falta de ítens, por semanas ou
até meses, é causada pela imprecisão dos níveis de estoque.

Companhias como Hershey Foods, Nike, A-DEC e Connecticut General arcaram prejuízos que, em
alguns casos, chegaram a centenas de milhões de dólares. Há algumas questões-chaves para asse-
gurar que uma organização receba o valor do negócio de um ERP que devem ser examinadas antes
da implementação de um projeto de ERP. Primeiro, é necessário pesquisar diferentes fornecedores de
ERP e selecionar o fornecedor que atende as necessidades da empresa de forma mais eficiente. Se-
gundo, as organizações precisam reestruturar os processos para que possam otimizar seus processos

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CONCEITO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP)

de negócio, antes ou conjuntamente com os processos de desenvolvimento do sistema ERP. (TUR-


BAN et al 2010, p. 340)

Existem diferentes maneiras de implementação e níveis de orçamento para os projetos , de acordo com
pesquisas realizadas por Koch,Slater e Baatz (1999), diversos custos poderão não ser bem estimados
, um deles é o Custo com Horas de Consultoria que quando não planejados pelos usuários tornam-se
extremamente difíceis de estimar. Para evitar este tipo de problema as empresas devem estabelecer
medidas no contrato dos consultores que obrigue o aporte de conhecimento a um número determinado
de pessoas internas da empresa para que se tornem multiplicadores dentro do projeto como um todo.

Custos Típicos Na Implementação De Um Novo Sistema ERP:

• Reengenharia 40%

• Conversão de dados 20%

• Treinamento e gestão de mudanças 15%

• Software 15%

• Hardware 15%

Custos Para A Pequena Empresa

Com o crescimento dos ERPs nas pequenas empresas além dos custos iniciais acima existem outros
para aqueles que não possuem nenhum outro tipo de ERP instalado como o de infra-estrutura onde é
necessário realizar modificações físicas nos locais para instalação de cabeamento de redes, pontos
wifi, rede elétrica para comportar os equipamentos necessários para a operação de toda a solução.

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CARGAS PERIGOSAS

Cargas Perigosas

Se precaver contra acidentes, tomar medidas para garantir a sua segurança e prezar pelos cuidados
com a carga são hábitos rotineiros na vida de qualquer caminhoneiro.

Entretanto, quem realiza transporte de cargas perigosas precisa ter ainda mais atenção, pois elas exi-
gem prevenções específicas e o cumprimento dos regulamentos.

Quando todas as regras são seguidas e os cuidados necessários são tomados, o transporte de car-
gas perigosas pode acontecer sem maiores inconvenientes ou riscos para o motorista, para o meio
ambiente e para as demais pessoas na estrada.

Portanto, é fundamental entender as peculiaridades do transporte de cargas perigosas e como você


deve transportá-las.

O Que São Cargas Perigosas?

Em caso de imprudência ou de acidentes na estrada, quais são os riscos que sua carga pode ocasio-
nar? Se ela for capaz de causar danos à estrada, aos veículos ou até mesmo ao meio ambiente e à
saúde das pessoas, é classificada como carga perigosa. Confira alguns produtos considerados como
perigosos:

Líquidos inflamáveis;

Produtos transportados a altas temperaturas;

Explosivos;

Gases;

Sólidos inflamáveis;

Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;

Substâncias tóxicas e substâncias infectantes;

Substâncias radioativas;

Corrosivos;

Para evitar que essas situações prejudiciais aconteçam, há uma série de regras para que as cargas
perigosas sejam armazenadas, transportadas e entregues da maneira mais segura possível.

Consequentemente, você também deve ser preparado para manusear esses materiais, além de ser
extremamente cuidadoso e precavido na estrada. Para se preparar, fique atento para a lista de car-
gas perigosas:

Quais são os diferenciais no transporte de cargas perigosas?

As cargas explosivas seguem regulamentações específicas para garantir que não prejudiquem insta-
lações e construções físicas, o meio ambiente, as pessoas e o próprio caminhoneiro. Confira:

Embalagem

Há embalagens específicas para armazenar e transportar as cargas perigosas. Antes de mais nada, é
imprescindível que elas identifiquem claramente as características do item, o que inclui suas respecti-
vas marcações e/ou símbolos quanto aos riscos.

Além disso, as embalagens devem ter volume e cor que as deixem facilmente visíveis, eliminando as
chances de que alguém manuseie de maneira descuidada por engano.

Finalmente, elas também devem ser confeccionadas por materiais resistentes e duradouros, os quais
são próprios para suportar as singularidades do produto nelas acondicionados.

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CARGAS PERIGOSAS

Essas medidas são fundamentais para que ninguém entre em contato com cargas perigosas sem co-
nhecer a natureza do produto, o que aumenta consideravelmente os riscos em casos de acidentes na
estrada, por exemplo.

Para complementar os cuidados com as embalagens, certifique-se de que elas estejam em perfeito
estado antes de embalar as cargas perigosas ou de partir com seu caminhão. Todo cuidado é pouco!

Circulação

Para diminuir a exposição às cargas perigosas, o artigo 15 da Resolução 3665/2011 estabelece que
veículos as transportando não podem rodar por regiões com alta densidade de população, próximas a
reservatórios de água, que sejam ambientalmente protegidas ou que contenham reservas florestais e
ecológicas.

Entretanto, também há legislações municipais e estaduais quanto à circulação, pois as autoridades


responsáveis por cada via do país podem restringir seu uso por caminhões que transportem produtos
perigosos. Também pode haver delimitação de áreas específicas para estacionamento, carga e des-
carga desses materiais.

Portanto, quando o trecho completo para deslocamento for definido, é interessante que a empresa
verifique junto aos órgãos de trânsito de cada localidade se há restrições ou regras determinadas
para os trechos que você vai percorrer.

Treinamento

Não é qualquer motorista que pode realizar o transporte de cargas perigosas! Você deve ser devida-
mente treinado para exercer essa tarefa com segurança e responsabilidade. Para isso, existem cur-
sos específicos, cuja finalidade é aperfeiçoar, instruir, qualificar e atualizar condutores, habilitando-os
à condução de veículos de transporte de produtos perigosos.

A partir de aulas teóricas e expedientes práticos você terá todo o suporte necessário para conhecer e
aprender a respeito das características de alguns elementos químicos, como conciliar dirigibilidade e
a segurança da carga, ações preventivas e também como proceder em caso de acidente ou ocorrên-
cias inesperadas como vazamentos etc.

Além disso, você será instruído acerca da legislação vigente e aplicável a esse tipo de deslocamento,
segurança veicular e boas práticas no processo de transporte de produtos perigosos.

Para se matricular em um curso de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos é necessário


cumprir alguns requisitos básicos. São eles:

Ser maior de 21 anos de idade;

Possuir Carteira Nacional de Habilitação nas categorias “B”, “C”, “D” ou “E”;

Não ter sido autuado com infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias nos
últimos 12 meses;

Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da CNH, em razão de crime
de trânsito, ou estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.

Perceba que o transporte de cargas perigosas é bastante criterioso, justamente pela responsabilidade
e riscos que a atividade envolve. Vale destacar, ainda, que transportar cargas perigosas sem a de-
vida capacitação constitui crime ambiental, de acordo com artigo 56 da Lei 9605/98.

Quando na estrada, você deve viajar com os documentos que comprovem a capacidade de levar es-
ses materiais: o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP) e o Certifi-
cado de Inspeção Veicular (CIV), referente ao caminhão. Ambos são emitidos pelo Inmetro.

Caminhão

Os cuidados para transportar cargas perigosas, é claro, também se estendem ao caminhão. Ele deve
estar em dia com suas revisões e manutenções, algo que será comprovado pelo já citado CIV.

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CARGAS PERIGOSAS

Nesse sentido, vale mencionar que o caminhão, assim como a embalagem, deve ser compatível com
as características do produto transportado. Ou seja, cada tipo de produto perigoso demanda um mo-
delo específico de caminhão, assim como do reboque utilizado.

Por exemplo, mercadorias perigosas em estado líquido devem ser transportadas em reboques para
esse tipo de carga, respeitando-se o volume máximo, peso e variáveis da própria carga que afetam a
condução do veículo, como é o caso de líquidos que podem se mover e desestabilizar o veículo.

Outro ponto importante sobre o caminhão é a sua etiquetagem. Existem regulamentações próprias
que determinam que o veículo seja devidamente identificado como sendo destinado ao transporte de
cargas perigosas, bem como trazer de forma clara a indicação do material transportado. Isso é feito
por meio dos painéis de segurança afixados na parte externa do veículo, geralmente na traseira, que
informam a classificação do item e seus respectivos riscos.

Qual a documentação exigida para esse tipo de transporte?

Além dos diferenciais práticos relativos ao transporte de produtos perigosos, como acontece em di-
versas outras áreas, também é necessário cumprir alguns expedientes burocráticos para estar apto
ao transporte de cargas perigosas. A realidade é que o Estado precisa regular esse tipo de atividade,
dada a complexidade e risco que ações negligentes podem causar à coletividade.

Desse modo, existe todo um rigor no transporte de mercadorias dessa natureza. Fato esse que
obriga as empresas de transporte e também os motoristas ao cumprimento de uma série de exigên-
cias para que possam atuar nesse mercado sem nenhum tipo de risco ou embaraço.

Dito isso, é preciso estar atento à documentação necessária ao transporte e que deve estar na posse
do condutor do veículo:

Declaração de carga emitida pelo expedidor contendo a descrição completa e correta do produto peri-
goso transportado;

Guia impresso para o caso de ocorrência de algum tipo de acidente, indicando quais os procedimen-
tos de segurança mais indicados para cada tipo de situação;

Documento comprobatório de realização de Curso de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP)


para o motorista;

Certificado de capacitação dos veículos e dos equipamentos de transporte de produtos perigosos a


granel;

Documento de inspeção técnica veicular;

Documento fiscal do produto transportado, conforme o art. 22, II, do Regulamento de Transporte Ter-
restre de Produtos Perigosos;

Manifesto de Transporte;

Licença de transporte — que poder ser do estado ou município, a depender do caso;

Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras — CTF-APP, emitido pelo


IBAMA;

Comprovante de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas — RNTRC, em acordo


com Resolução 3056/2009 da ANTT;

Demais declarações, autorizações e licenças previstas.

Qual o papel da antt?

A lei 10.233/2001, ao promover uma reestruturação no sistema federal de transportes, firmou, em seu
art. 22, inciso VII, que compete à ANTT — Agência Nacional de Transportes Terrestres — regular
todo o transporte de cargas e produtos tidos como perigosos em rodovias e ferrovias de todo território
nacional.

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CARGAS PERIGOSAS

Atualmente, o transporte rodoviário de produtos perigosos, por exporem a risco a saúde geral das
pessoas, é submetido às regras e aos procedimentos técnicos trazidos pelo Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, Resolução ANTT 3665/11 e suas alterações, além das
complementações advindas da Resolução ANTT 420/04.

O papel da ANTT, então, é garantir a segurança nos deslocamentos de produtos especiais, seguindo
os padrões impostos em diversos outros países.

Quais cuidados eu devo tomar?

Além de seguir as regulamentações, você também deve fazer sua parte na hora de transportar mate-
riais de risco de maneira cuidadosa.

Veja só:

Seja Cauteloso

Isso vale para qualquer viagem, mas especialmente para aquelas envolvendo cargas perigosas: pre-
venir é melhor do que remediar! Portanto, ao dirigir, seja extremamente cauteloso e atencioso.

Jamais faça manobras arriscadas e, se se sentir cansado ou com mal-estar, pare imediatamente o
veículo.

Lembre-se de que o tipo de transporte realizado por você exige ainda mais responsabilidade e cau-
tela, de modo que os danos por qualquer acidente ou falha são ainda mais sérios se comparados a
outros tipos de carga.

Sendo assim, por exemplo, ao identificar situações de risco, como chuva forte durante o percurso ou
trechos de baixa visibilidade devido à neblina, é fundamental que você seja o primeiro a ter a atitude
de parar e aguardar até que as condições seguras se reestabeleçam e seja possível seguir viagem.

A direção defensiva, nesse tipo de transporte, deve ser posta como prioridade, tornando previsível
todo e qualquer tipo de situação que possa expor a sua saúde ou a saúde de terceiros a danos.
Pense nisso!

Não Transporte Outras Cargas Ao Lado De Produtos Perigosos

De acordo com os artigos 12 e 13 da já citada Resolução 3665/2011, é expressamente proibido trans-


portar cargas perigosas ao lado de alimentos, medicamentos ou quaisquer produtos destinados ao
uso animal ou humano. O mesmo procedimento vale para embalagens que virão a ter contato com
esses itens.

Além disso, fique muito atento ao fato de que não é permitido transportar diferentes tipos de produtos
perigosos lado a lado no mesmo veículo.

Afinal, cada material exige diferentes formas de manuseamento e prevenção em caso de acidentes e
há, ainda, o risco de reações perigosas caso eles entrem em contato uns com os outros.

Cuide Do Seu Caminhão

Por último, mas não menos importante, é fundamental que você valorize a revisão e a manutenção do
caminhão e que leve cargas perigosas apenas se ele estiver em perfeito estado de circulação.

Quando falamos de materiais de risco, qualquer defeito ou desgaste em alguma peça do motor, nos
freios ou nos pneus, por exemplo, pode significar um acidente gravíssimo. Sendo assim, antes de pe-
gar a estrada, certifique-se de que a revisão do caminhão está em dia.

Como proceder em caso de acidentes com cargas perigosas?

Diante de situações graves, como o caso de acidentes envolvendo cargas perigosas, você certa-
mente será o mais capacitado para tomar as devidas precauções até que a ajuda especializada che-
gue para dar o suporte.

Veja algumas medidas que você pode adotar nessas horas:

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CARGAS PERIGOSAS

Alerte Os Condutores Sobre A Natureza Da Carga

Em muitos casos de acidentes, nem sempre é possível que os outros motoristas que por ali passam
tenham conhecimento do tipo de material que está contido no veículo acidentado, ou está espalhado
pela pista, por exemplo.

Nesse tipo de situação é fundamental que você alerte os demais condutores, evitando que se aproxi-
mem ou passe sobre o líquido na pista, evitando incêndios e outras ocorrências mais graves.

Comunique os Órgãos Competentes

Outra medida primordial em caso de acidentes é comunicar o quanto antes os órgãos competentes
para tomar as devidas precauções. Tanto a Polícia Rodoviária, Bombeiros e também agentes que ad-
ministram a via — no caso de ser privatizada — devem ser comunicados do ocorrido para que os da-
nos e riscos sejam minimizados.

Além disso, os órgãos ambientais também devem ser acionados, sobretudo quando há o derrama-
mento de produtos tóxicos próximos a lavouras, rios e outras áreas que podem representar riscos de
contaminação do solo e das pessoas.

Neutralize o Produto Derramado

Em situações em que cargas líquidas foram derramadas, uma ação bastante recomendada e efici-
ente é neutralizar os seus efeitos cobrindo a área com areia, serragem ou outros tipos de materiais
alcalinos. No caso de líquidos inflamáveis, por exemplo, isso reduz as chances de o material entrar
em combustão e causar ainda mais danos.

Procure Assistência Médica Mesmo em Caso de Pequenos Acidentes

Vale destacar, ainda, que mesmo que você sofra um acidente aparentemente simples, procurar ajuda
médica é fundamental para a sua saúde. Por exemplo, um pequeno contato com substâncias radioati-
vas ou a inalação de gases, embora na hora não cause nenhum dano, podem gerar sérios riscos à
saúde. Então, sempre que algo de errado acontecer no manuseio de produtos perigosos, a depender
da sua natureza, busque auxílio médico o quanto antes.

Por fim, como vimos, o transporte de cargas perigosas é uma ação extremamente técnica e que exige
uma série de cuidados e procedimentos específicos. Conhecê-los certamente tornará o seu trabalho
mais responsável e seguro, além de evitar problemas para a empresa em razão do descumprimento
de alguma exigência legal.

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NR 11

NR 11

Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materias

11.1 Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e


máquinas transportadoras

11.1.1 Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura,
exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos.

11.1.2 Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar prote-
gida por corrimão ou outros dispositivos convenientes.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores


de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as ne-
cessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que
deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

11.1.3.3 Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições es-
peciais de segurança.

11.1.4 Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treina-
mento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão


dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia,
em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado
deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (bu-
zina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defei-


tuosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

11.1.9 Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transpor-
tadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites
permissíveis.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras,


movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutraliza dores adequa-
dos.

11.2 Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte ma-
nual de sacos" toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte
manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compre-
endendo também o levantamento e sua deposição.

11.2.2 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de
um saco.

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NR 11

11.2.2.1 Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante
impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração meca-
nizada.

11.2.3 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m
(um metro) ou mais de extensão.

11.2.3.1 As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinquenta
centímetros).

11.2.4 Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá
o auxílio de ajudante.

11.2.5 As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada ao nível de resistência do
piso, à forma e resistência dos materiais de embalagem e à estabilidade, baseada na geometria, tipo
de amarração e inclinação das pilhas.

11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente a 30 (trinta) fiadas de
sacos quando for usado processo mecanizado de empilhamento. ( Alteração dada pela Portaria SIT
82/2004)

11.2.6. A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando for usado
processo manual de empilhamento.(Revogado pela Portaria SIT 82/2004).

11.2.7 No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou


empilhadeiras.

11.2.8 Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual,
mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;

b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x
1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e
cinco centímetros);

c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o
espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e
cinco centímetros);

d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que
assegure sua estabilidade;

e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda
a extensão;

f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente


qualquer defeito.

11.2.9 O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utili-
zando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.

11.2.10 Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.

11.2.11 A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da saca-
ria.

11.3 Armazenamento de materiais.

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11.3.1 O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o
piso.

11.3.2 O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipa-
mentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de
pelo menos 0,50m (cinquenta centímetros).

11.3.4 A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de
emergência.

11.3.5 O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de ma-
terial.

11.4 Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras ro-


chas (Acrescentado pela Portaria SIT 56/2003).

11.4.1 A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas


deve obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta
NR. (Acrescentado pela Portaria SIT 56/2003)

O QUE A NR 11 DIZ SOBRE ELEVADORES, GUINDASTES E MÁQUINAS TRANSPORTADORAS?

A primeira parte da NR 11 versa sobre as normas de segurança para operação de elevadores, guin-
dastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.

Em diversos tipos de atividade as máquinas elevadoras ou transportadoras são indispensáveis à ativi-


dade, seja pelo volume de material que podem carregar, seja pelo deslocamento vertical ou horizontal
a ser vencido.

A norma chama de Equipamento de Elevação de Carga todo equipamento que faça o trabalho de le-
vantar, movimentar e abaixar cargas, incluindo seus acessórios.

A necessidade de trazer para as Normas Regulamentadoras esse assunto está no fato de que cerca
de 22% das lesões na indústria ocorrem na movimentação de materiais. Normalmente, essas lesões
são graves ou até fatais, como por exemplo prensagens, mutilações e fraturas.

Os elevadores são os equipamentos exclusivamente utilizados para elevação ou descida de materiais


e pessoas.

Especificamente na inspeção e manutenção desses equipamentos, deve ser dada especial atenção
aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos, os quais devem ser inspecionados, perma-
nentemente, realizando substituições sempre que for necessário.

Os poços de elevadores e monta-cargas devem ser cercados em toda a sua altura, exceto nas portas
para entrada e saída dos pavimentos.

Existe uma capacidade máxima para equipamentos de elevação de carga?

Cada equipamento de elevação de carga é projetado para suportar uma determinada carga máxima, a
qual não deve ser excedida em nenhuma hipótese.

A carga máxima do equipamento deve estar indicada em local visível aos trabalhadores.

É necessário obedecer a carga máxima descrita em cada máquina.

Como a NR 11 trata dos transportes de carga motorizados?

Para a operação de transporte de cargas em veículos motorizados é necessário um treinamento espe-


cífico, dado pela empresa ao trabalhador que irá operar essa máquina, para o habilitar nessa função.

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NR 11

Os operadores desse tipo de equipamento deverão ser habilitados, conforme previsto na legislação
nacional de trânsito, e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de iden-
tificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

Algumas empresas solicitam que os operadores portem esse documento juntamente com o crachá,
compondo o padrão de identificação dos trabalhadores da empresa; outras preferem manter a identifi-
cação afixada no veículo, considerando que fora da empilhadeira o operador é um trabalhador comum,
ficando essa identificação sem efeito.

É uma forma de interpretação da norma, que pode ser utilizada com sucesso em locais onde as empi-
lhadeiras são exclusivas de um determinado operador.

Esse cartão ao qual a NR 11 se refere tem validade de um ano, e só será renovado após a realização
e consequente aprovação de exames médicos completos, apropriados à função, sempre bancados
pelo empregador.

Na maioria das empresas, o operador que se enquadra nessa situação é o operador de empilhadeira
e máquinas similares (paletizadora, transpaleteira, entre outras).

O Curso De Operação De Empilhadeiras

Não há na legislação, uma carga horária mínima definida para o curso de operação de empilhadeira,
sendo comum no mercado cursos entre 20 e 40 horas, abrangendo teoria e prática.

Ainda, poderíamos utilizar de forma análoga, o previsto no item 18.14.2.1 da NR 18 (PCMAT), que
define que: a qualificação do trabalhador para operação de equipamentos para movimentação e trans-
porte de materiais e pessoas, deverá possuir carga horária mínima de 16 horas.

O Risco Com A Emissão De Gases Dos Transportes Motorizados

Um outro ponto abordado pela NR 11 no tópico transporte motorizado é com relação à emissão de
gases. Encontramos no mercado opções de empilhadeiras, paleteiras ou transpaleteiras que se utilizam
de motor a combustão, normalmente movidas a GLP (gás liquefeito de petróleo).

Esse tipo de motorização gera emissões de gases que, em ambientes fechados, podem colocar
em risco a saúde e a integridade física do trabalhador.

A norma estabelece que em locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos deverá
ser controlada, com o intuito de evitar concentrações acima dos limites permissíveis dentro do ambiente
de trabalho.

Também é proibida a utilização de máquinas transportadoras movidas a motores de combustão interna


em ambientes fechados e sem ventilação, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

Vale lembrar que há, como opção no mercado às empilhadeiras a gás, equipamentos similares movidos
a bateria, recarregada na rede elétrica do local de trabalho. Nesse caso, devem ser observados os
dispositivos de segurança relacionados à eletricidade.

A Utilização De Empilhadeiras E Similares Em Vias Públicas

As empilhadeiras e similares são veículos motorizados para serem utilizados no interior das empresas;
caso seja necessário circular com uma máquina dessas nas vias públicas, é preciso licenciar – e con-
sequentemente emplacar – a máquina, seguindo a legislação de trânsito.

Mesmo circulando em vias restritas, as regras de boa convivência no trânsito ainda valem.

Os operadores de empilhadeira devem zelar pela segurança das outras pessoas, da sua própria, dos
equipamentos e instalações, através de uma direção segura, priorizando o pedestre, respeitando as
sinalizações e demarcações de solo, e principalmente, respeitando os limites de velocidade.

Se esses não estão formalizados, deve-se adotar uma velocidade compatível com a atividade sem
provocar riscos.

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NR 11

Como são as normas para o trabalho em atividades de transporte de sacas?

No contexto da movimentação de cargas, enquanto algumas atividades não podem ser exercidas sem
o auxílio da máquina, outras ainda dependem da força braçal, apesar de todo o avanço tecnológico e
logístico.

Uma dessas situações é a que é descrita no item 11.2 da NR 11: normas de segurança do trabalho em
atividades de transporte de sacas.

Conforme a definição dessa norma, é abordada toda atividade realizada de maneira contínua ou des-
contínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente,
por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição.

A NR 11 não permite o transporte de sacas nessas circunstâncias por distâncias superiores a 60 me-
tros. Se for necessário atravessar distâncias maiores, é obrigatório o uso de mecanismos de impulsão,
como vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada.

Também não é permitido o transporte manual quando for necessário atravessar, sobre pranchas, vãos
superiores a um metro.

Apesar de prezar pela saúde do trabalhador, a NR 11 não estabelece um peso máximo para o carre-
gamento manual de sacas.

A CLT estabeleceu como padrão o valor máximo de 60 kg para homens e 25 kg para mulheres, porém
esse número não leva em consideração diversas variáveis, além de estar defasado.

Outra norma regulamentadora que não estabelece parâmetros é a NR 17, sobre ergonomia. Existem
padrões internacionalmente aceitos, como o americano NIOSH.

Apenas profissionais habilitados podem trabalhar com movimentação de cargas.

Há regras para empilhamento de sacas na NR 11?

A sequência lógica de um trabalho de levantamento e transporte de materiais é o seu estoque ou acon-


dicionamento adequado. Sendo assim, a partir do item 11.2.5, a NR 11 trata dos assuntos relacionados
ao empilhamento e armazenamento de sacas.

As pilhas de sacarias devem ter uma altura máxima definida de acordo com o limite de resistência do
piso, levando ainda em consideração a forma e resistência dos materiais de embalagem e a estabili-
dade, baseada na geometria, tipo de amarração e inclinação das pilhas.

A norma sugere que, na operação de empilhamento mecanizado, sejam utilizadas esteiras rolantes ou
empilhadeiras.

O material armazenado deve ser disposto evitando a obstrução de portas, equipamentos de proteção
e combate a incêndio, saídas de emergências, entre outros. A disposição das cargas também não pode
dificultar o trânsito e iluminação.

Todos os materiais armazenados devem manter no mínimo cinquenta centímetros de afastamento das
paredes, e se houver algum requisito de segurança especial ao tipo de material, essa situação deve
ser observada.

Quais são as recomendações específicas para o transporte de chapas de mármore, granito e outras
rochas?

A parte final da NR 11 é dedicada a movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore,


granito e outras rochas, através de seu Anexo 1, cujo título é “Regulamento Técnico de Procedimentos
para Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Rochas Ornamentais”.

Apesar das especificidades desse tipo de trabalho, o conceito que foi tomado durante toda norma per-
siste: é necessário preparar o trabalho, manter os equipamentos apropriados em perfeito estado de
funcionamento e equipe habilitada e treinada para a função.

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NR 11

A NR 11 trata da operação de elevadores, guindastes, transportes industriais e máquinas transporta-


doras que possuam força motriz própria. Para estes casos os operadores de equipamentos de trans-
porte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar
um cartão de identificação, com o nome e foto, em lugar visível.

O trabalhador deve receber treinamento da empresa e este cartão tem validade de 1 (um) ano e só
poderá ser restituído com um exame medico geral, por conta do empregador.

Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como: ascensores, elevadores de


carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
transportadores de diferentes tipos devem ser calculados e construídos, de modo que ofereça segu-
rança, conservação e boas condições de trabalho, deve ter sua carga máxima exposta visivelmente e
sinal de aviso sonoro (buzina).

Devem ter inspeção permanente, assim como os cabos de aço, corda, roldana e ganchos, para detec-
ção de partes defeituosas e se encontradas serem substituídas imediatamente. Em todo o equipamento
será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

Os poços de elevadores e monta carga, devem estar cercados totalmente e forma segura, menos nas
portas ou cancelas dos pavimentos. E quando a cabina do elevador não estiver no nível do pavimento,
abertura deve ser protegida por corrimão ou similares. Nos locais fechados ou poucos ventilados, é
proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se
providas de dispositivos neutralizadores adequados.

Transporte Manual de Sacos é: toda a atividade continua ou descontinua essencial ao transporte ma-
nual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um trabalhador, compreen-
dendo também o levantamento e sua operação. O transporte Manual de um saco deve ter no máximo
60 metros de distancia e, além disso, deve ser feito com uso de tração mecânica.

Podem ser usadas pranchas, mas para isso elas devem ter largura de 50 centímetros e estarem apoi-
adas em um vão com no máximo 1 metro. Deve ser evitado o transporte manual em locais escorrega-
dios, este deve ser de material não escorregadio, sem aspereza e em perfeito estado de conservação,
a empresa deve providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga. Cargas ou descar-
gas em caminhões ou vagões devem ser feitas com ajudante.

O armazenamento de materiais também é mencionado nesta NR a fim de orientar sobre a forma correta
para armazenar materiais considerando o peso do material, o local de armazenamento, a quantidade
correta de empilhamento evitando assim, acidentes aos trabalhadores.

A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granitos e outras rochas devem


obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo 1 desta NR, que
trata especificamente das proteções que evitem quedas, do tipo de transporte, do local e forma de
estocagem. Informa como deve ser feita a movimentação das chapas com uso de ventosas, cabos de
aço e garras objetivando sempre a segurança do operador a fim de evitar acidentes.

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TEORIA DO FOGO

Teoria do Fogo

A Segurança Contra Incêndio é extremamente dependente do conhecimento da dinâmica do fogo.

Uma boa interpretação de possíveis cenários leva ao projetista ou o gestor de segurança contra incên-
dio a uma possibilidade maior de identificação de risco e criar meios para que ele não venha a iniciar.

Uma vez iniciado, o conhecimento dos elementos deste cenário trará uma possibilidade de entrada
mais forma segura e ocorrer um combate efetivo.

O fogo é necessário para a vida do homem, portanto há uma necessidade que o homem o conheça
bem para utilizar esse recurso de forma segura

O estudo da dinâmica deste fenômeno deve ser feito de forma global, envolvendo as causas, formação
e consequências.

Devemos ter em mente algumas definições básicas:

Combustão

É uma reação química que necessita de um combustível somado a um comburente para que possa
acontecer.

Somente esta mistura não é capaz de gerar a combustão. A presença de combustível e oxigênio (com-
burente), não é suficiente para iniciar o fogo.

Para que esta reação química aconteça, há a necessidade de uma “força de ativação” que será uma
fonte de calor.

Essa força de ativação pode ser, pequena chama, fagulha ou até mesmo um contato com um objeto
com uma temperatura mais elevada.

Após a ativação, a presença de combustível mais o comburente e o calor resultante desta reação tere-
mos todos os componentes para que esta reação tenha continuidade.

A energia resultante da combustão é muito maior do que a energia de ativação.

O Fogo

O fogo é um dos resultados da reação química que definimos como combustão. Fogo é a energia
desprendida em forma de luz e calor.

Este calor é responsável pela emissão de fumaça, gases e outros resíduos.

O Incêndio

O incêndio por sua vez é um fogo não controlado. Nele há presença de combustível, comburente e
uma fonte de calor.

Onde não há o controle desta reação, que devemos corretamente classifica-la como uma reação quí-
mica em cadeia não controlada.

Diferença Entre Fogo e Incêndio

No fogão a válvula controla a entrada do combustível, o calor que dará início está em um fósforo ou na
fagulha em caso de fogões automáticos.

O comburente é encontrado no ar normalmente.

A válvula controla a entrada do combustível, quando for fechada a entrada do combustível cessa e o
fogo apagará.

No incêndio não há o controle de nenhum dos elementos, sendo impossível o controle da reação em
cadeia.

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TEORIA DO FOGO

Características dos elementos componentes do fogo

Pirólise

A pirólise é uma transformação química que acontece por aquecimento de um material sólido combus-
tível, sem a formação de chamas.

Trata-se exatamente da decomposição térmica de um material pelo aumento da temperatura.

A temperatura aumenta a ponto de fazer com que o sólido passe por uma transformação forçada de
estado.

O que era parte de um componente sólido passa a ser gases que são emitidos para o ambiente.

Estes gases se misturaram com o oxigênio geram uma mistura gasosa inflamável.

Por ação da pirólise o sólido cria em sua superfície resíduos carbonizados, que vão aparecer natural-
mente como resultado desta transformação química.

Explosões

É importante definir que a explosão a qual vamos abordar nesse post é aquela que acontece através
da combustão em alta velocidade, a explosão química.

A explosão química é o resultado de uma mistura de gases com a presença de um material combustível,
a qual deve também estar confinado em um determinado ambiente com temperatura elevada.

Três fenômenos são muito estudados, todos eles estão em inglês pois foram descritos inicialmente na
literatura com estas línguas.

BLEVE

Iniciais de Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion

Este tipo de explosão acontece quando um vaso de pressão que contêm um tipo de gás liquefeito ou
combustível líquido inflamável tem sua pressão interna elevada de tal forma que inicia um vazamento.

Após isso, forma uma nuvem de combustíveis, que ao entrar em contato com uma fonte de calor ex-
plode.

É uma explosão bem específica, que necessita de um cenário muito bem montado para treinamento,
mas deve se conhecer este efeito por fins diversos.

Backdraft

Este fenômeno acontece quando há um incêndio em um ambiente fechado, onde o nível de oxigênio
inicial é de 21%, começa a cair e chega a ser menor que 15%.

Neste caso o ambiente que antes estava com grandes labaredas passou a ter um fogo em estado de
latência.

Ao mesmo tempo os gases que estão neste ambiente foram provenientes de uma queima de uma
combustão parcial. Gerando um ambiente com calor e combustível em forma de gases e vapores.

Uma entrada brusca de oxigênio fará com que aconteça uma deflagração instantânea.

Flashover

Acontece da mesma forma do Backdraft. O incêndio cessou em função da baixa quantidade de com-
burente. No backdraft a entrada do oxigênio é repentina e em alta quantidade, porém no Flashover o
aumento do oxigênio é progressivo .

Temperaturas Características

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TEORIA DO FOGO

Ponto de Fulgor (Flash Point)

Muito conhecida por temperatura de inflamação.

É percebida quando há um aquecimento de um material inflamável (sólido ou líquido). Naturalmente


este material aquecido liberará gases inflamáveis até uma temperatura que, ao entrar em contato uma
fonte de calor, solta pequenas chamas as quais não se mantém por muito tempo.

No caso dos combustíveis líquidos o aquecimento faz com que libere gases por evaporação, em com-
bustíveis sólidos é por pirólise, decomposição química através de uma fonte de calor.

Ponto de Combustão (“Fire Point”)

O ponto de combustão acontece quando o aquecimento de um combustível alcança uma temperatura


capaz de fazer com que o material combustível libere gases ao ponto de, ao entrar em contato com
uma fonte de calor, o material combustível inicie a queima e se mantenha.

Ponto de Ignição ou Autoignição

É a temperatura a qual combustíveis sólidos ou gasosos começam a emitir vapores em sua superfície
entrando em ignição de forma espontânea, ou seja, sem a necessidade de uma fonte de calor local. A
própria temperatura ambiente faz com que o material entre em autoignição.

Propagação do Fogo

São vários os fatores que indicam que o foco do fogo será extinto ou irá se propagar:

Quantidades, volumes e espaçamento entre materiais combustíveis no local;

Tamanho e situação das fontes de ignição;

Área e localização das janelas;

Velocidade e direção do vento;

A forma e as dimensões do local.

Estas variáveis apontam para a possibilidade do fogo se propagar, que isso acontecerá em forma de
três formas de transmissão de calor.

Propagação por condução

Ao ter contato direto de as labaredas ou por contato com um meio que servirá de ponte para outro
ambiente ou outro objeto.

Propagação por Convecção

É a transmissão que acontece estritamente por meio gasoso. Os gases, vapores ou fumaças podem
estar em uma temperatura que fará com que o combustível que fizer contato entre em combustão.

Propagação por radiação

É dada por uma onda de calor ou raios caloríficos gerados por um objeto já aquecido.

É o calor experimentado ao ficar no sol ou ao se aproximar de uma fogueira, por exemplo, o objeto que
recebe este calor poderá aquecer tanto que entre em combustão.

É importante observar que mesmo ao estudarmos cada um dos pontos de forma separada em um
incêndio, a propagação do calor acontece de forma simultânea.

Claro que uma delas será a determinante para inicio do fogo em um outro objeto, ambiente ou até
mesmo em uma outra edificação.

Teoria do fogo-Elementos de sua composição

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TEORIA DO FOGO

Sabendo que o fogo é uma reação química, devemos conhecer quais são os elementos que compõem
essa reação. A teoria nos diz que são 3 elementos básicos: combustível, comburente e calor. Esses
três elementos, reagindo em cadeia, dão origem ao fogo. A literatura denomina esses elementos, bem
como a relação entre eles, por triângulo do fogo ou tetraedro do fogo (este último mais recente, consi-
derando, também, a reação em cadeia).

Logo, é de extrema importância que seja entendido como age cada um desses elementos e como eles
se relacionam.

Combustível

Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de combustíveis e, consequentemente, à gaso-
lina, ao etanol e ao diesel, tendo esses líquidos como a única forma existente de combustível. Esse
pensamento é errôneo. É fundamental que se entenda que combustível é toda a substância capaz de
queimar e alimentar a combustão. Sendo assim, podemos ainda classificar combustível como líquidos,
sólidos e gasosos, ao passo que existem substâncias nos mais diferentes estados que atendem ao
pressuposto inicial.

Sólidos

Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e, consequentemente,
o processo de combustão. A madeira, o papel, os cereais e o algodão são exemplos de combustíveis
sólidos.

Líquidos

Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que podem dificultar a extinção do fogo, au-
mentando o perigo a quem venha o combater. Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do
líquido, ou seja, sua capacidade de misturar-se com outros líquidos. É importante saber que a água e
os líquidos derivados do petróleo (hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos
como álcool e acetona (solventes polares), têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um
ponto em que a mistura não seja inflamável. Outra propriedade é a volatilidade, que é a facilidade com
que os líquidos liberam vapores.

Também é de grande importância, visto que quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de
haver fogo, ou mesmo explosão. Quanto à volatilidade, os líquidos podem ser classificados em: líquidos
inflamáveis – aqueles que têm ponto de fulgor abaixo dos 38°C (gasolina, álcool, acetona), e líquidos
combustíveis – aqueles que têm ponto de fulgor acima dos 38°C (óleos lubrificantes e vegetais, glice-
rina). Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm. Se derramados, os líqui-
dos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando como base o peso
da água, cujo litro pesa 1 Kg, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É
importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água e, portanto, flutuam sobre
ela.

Gasosos

Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que estão
contidos. Se o peso do gás é menor que o peso do ar (no caso do GN), o gás tende a subir e dissipar-
se. Mas, se o peso do gás é maior que o peso do ar (no caso do GLP – Gás Liquefeito de Petróleo), o
gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno.

Comburente

É o elemento que ativa e dá vida à combustão, se combinado com os vapores inflamáveis dos com-
bustíveis. O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis. Dependendo da
concentração que está no ar (inferior a 16%) fica incapaz de sustentar a combustão. Porém, além do
oxigênio, há outros gases que podem se comportar como comburentes para determinados combustí-
veis. Assim, o hidrogênio queima no meio do cloro, os metais leves (lítio, sódio, potássio, magnésio
etc.) queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre. O magnésio
e o titânio, em particular, e se finamente divididos, podem queimar ainda em atmosfera de gases nor-
malmente inertes, como o dióxido de carbono e o azoto.

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TEORIA DO FOGO

Calor

O calor é uma forma de energia. É o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague. Verifica-
se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para prover calor
necessário para o início de uma combustão.

Reação em cadeia

Os elementos combustível, comburente e calor, isoladamente, não produzem fogo. Quando interagem
entre si, realizam a reação em cadeia, gerando a combustão e permitindo que ela se automantenha.
Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto elemento, porém, analisando a fun-
ção dela na combustão, verifica-se que ela nada mais é do que a interação do combustível, do combu-
rente e do calor.

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

Prevenção e Combates de Incêndios

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente
no momento em que eles ocorrem.

Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de transformar-se em tragédia, se
forem evitados e controlados com segurança e tranquilidade por pessoas devidamente treinadas. Na
maioria das vezes, o pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas que o próprio acidente.

Uma das principais providências que a Comissão Interna de Biossegurança pode tomar, para que
qualquer acidente seja controlado, é alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções quan-
do ocorrer algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo vazamentos de gás,
fumaça, fogo e vazamento de água.

O primeiro passo é detalhar em procedimentos operacionais padrões que deverão ser distribuídos para
todos os trabalhadores, contendo informações sobre todas as precauções necessárias, como: os cui-
dados preventivos; a conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono do
local de trabalho; a indicação de medidas práticas sobre o combate e a retirada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que todos os trabalhadores ou usuários da
edifícação coloquem em prática as normas estabelecidas sobre os cuidados preventivos e o compor-
tamento diante do incidente, promovendo exercícios, através da simulação de incêndios. Esse tipo de
prática contribui suficientemente para a prevenção e a segurança de todos. Mas para efetuar essa ope-
ração é necessário um fator indispensável, a existência - em perfeito estado de uso e conservação - de
equipamentos destinados a combater incêndios.

A prudência também é outro fator primordial no combate aos incêndios. Todos sabem que qualquer
instalação predial deve funcionar conforme as condições de segurança estabelecidas por lei, que vão
desde a obrigatoriedade de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros, chuveiros auto-
máticos (sprinklers) e escadas com corrimão.

Entre esses equipamentos, o mais utilizado no combate a incêndios é o extintor, que deve ser submeti-
do a manutenção pelo menos uma vez por ano, por pessoas credenciadas e especializadas no assun-
to. É importante também, além de adquirir e conservar os equipamentos de segurança, saber manu-
seá-los e ensinar a todos os trabalhadores como acionar o alarme, funcionar o extintor ou abandonar o
recinto, quando necessário, sem provocar tumultos.

Regras Básicas

* Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros - 193

* Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeita condições de uso e somente as utilize em caso
de incêndio.

* Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, devidamente carregados e revi-
sados (periodicamente).

* Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, procurando inclusive constatar também a
existência de possíveis vazamentos de gases.

* Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis.

* Evitar a falta de ventilação.

* Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo ou outras saídas para áreas
livres. Nem obstruí-las com materiais ou equipamentos.

* Tomar cuidado com cera, utilizada nos piso,s quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas em-
bebidas em óleos ou graxas em locais inadequados.

* Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) e sobre o cuidado de atirar fósfo-
ros e pontas de cigarros acessos em qualquer lugar.

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

* Aconselhar os trabalhadores para que verifiquem antes de sair de seus locais de trabalho, ao término
da lornada de trabalho, se desligaram todos os aparelhos elétricos, como estufas, ar condicionado,
exaustores, dentre outros.

* Em caso de incêndio, informar o Corpo de Bombeiros o mais rápido possível: a ocorrência, o acesso
mais fácil para a chegada ao local e o número de pessoas acidentadas, inclusive nas proximidades.

* Nunca utilizar os elevadores no momento do incêndio.

* Evitar aglomerações para não dificultar a ação do socorro e manter a área junto aos hidrantes livre
para manobras e estacionamento de viaturas.

Normas de Segurança

Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações prediais, estão a conservação
e a manutenção das instalações elétricas. Existem vários tipos de sistemas de proteção das instala-
ções elétricas, como fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar funcionando perfei-
tamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por descargas de curto-circuíto.

Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos e números de pontos
de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas características de consumo. Quando na presença de uma
sobrecarga este circuito não dimensionado para uma corrente de curto-circuito eleva-se em muito a
temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de um incêndio. Por este motivo
cuidado com a utilização de benjamins.

Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de segurança contra incêndio
para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem e todos devem colaborar, pois é mais importante
evitar incêndios do que apagá-los.

Alarme Geral

Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame imediatamente o Corpo de Bombei-
ros.

Combate ao Fogo

Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a propagação do fogo com-
batendo as chamas no estágio inicial.

Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da edificação.

Evacuação da Edificação

Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas escadas. Ao sair, feche
todas as portas atrás de si, sem trancá-las..

Não utilize o elevador como meio de escape.

Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no pavimento em que se encontra,
aguardando a chegada do Corpo de Bombeiros.

Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de evacuação pelo alto, ou se a situação o
exigir.

Instruções complementares

- Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e feche as saídas de gás.

- Procure sempre manter a calma e não fume. Não tire as roupas. Dê o alarme.

- Mantenha, se possível, as roupas molhadas.

- Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo.

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

- Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado interno e vedada
com toalha ou papel molhados.

- Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço molhado.

- Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, proporcionadas pelo Corpo de Bombei-
ros. Indique sua posição no edifício acenando para o Corpo de Bombeiros com um lenço.

- Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros.

- Em caso de incêndio, se você se encontra em lugar cheio de fumaça procure sair, andando o mais
rente possível do piso, para evitar ficar asfixiado.

- Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo procura correr. Não o faça: a vítima deve procurar
não respirar o calor das chamas. Para o evitar, dobre os braços sobre o rosto, apertando-os: jogue-se
ao chão e role, ou envolva-se numa coberta ou num tecido qualquer.

- Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe faze-lo. Obrigue-a a jogar-se ao
chão e rolar lentamente.

- Use de força, se necessário, para isso.

- Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado.

- No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na vítima, enquanto ela está rolando. Se
puder, envolva o acidentado com um cobertor, lona ou com panos grossos.

- Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca envolva a cabeça da vítima, pois
assim você a obriga a respirar gases.

- Ao perceber um incêndio não se altere; estando num local com muitas pessoas ao redor, não grite
nem corra. Acate as normas de prevenção e evite acidentes.

- Trate de sair pelas portas principais ou de emergência, de maneira rápida, sem gritos, em ordem, sem
correrias. Nunca feche com chaves as portas principais e as de emergência.

- Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cera ou outros inflamáveis.

- Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para recarregamento.

O fogo, que ao longo da história, tem trazido grande desenvolvimento para a humanidade através da
geração de energia, quando fora do controle assume a sua natureza destruidora trazendo perdas hu-
manas e do patrimônio.

A prevenção juntamente com o desenvolvimento das Normas de Segurança (cujo cumprimento é exigi-
do no projeto das edificações), têm sido, sem dúvida, as maiores ferramentas para se evitar grandes
tragédias. Assim cada pessoa conscientizada pode contribuir para a sua própria segurança e também
dos ocupantes do ambiente ao qual faz parte.

Podemos destacar como atitudes prevencionistas:

1) Proibir o fumo em locais onde existam quantidades significativas de materiais combustíveis;


2) Evitar o armazenamento de materiais, sem a devida ordem e limpeza;
3) Utilizar como Norma a desenergização, ao final do expediente, de todos os equipamentos elétricos
utilizados no setor;
4) Proibir a utilização de derivação tipo “T” e “extensões ” elétricas, que são condenadas pelas normas
técnicas e historicamente responsáveis por grandes incêndios;
5) Manter produtos como álcool de cozinha e fósforos longe do alcance de crianças, em local ventilado
e afastado de fontes de calor;

Métodos de Transmissão de Calor

Irradiação: É a transmissão de calor sem meio físico. Exemplo: calor do sol.

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

Condução ou Contato: É a passagem do calor de molécula para molécula, sendo condição essencial
a continuidade de matéria entre a fonte calorífica e o corpo que recebe calor. Exemplo: Os metais, de
modo geral são bons condutores de calor. Se uma barra de ferro, for aquecida numa extremidade, den-
tro de pouco tempo estará aquecida na extremidade oposta.

Convecção: É o método de transmissão de calor característico dos fluídos (líquidos e gases). A porção
mais próxima da fonte de calor se aquece mais rapidamente que as demais porções. Esta porção dila-
ta-se e torna-se mais leve, sendo impelida para a superfície, formando uma corrente ascendente. Com
isto, as porções superiores mais frias, descem para ocupar o lugar da porção que subiu – corrente des-
cendente , ficando mais próxima da fonte de calor. Forma-se então um ciclo contínuo de correntes de
convecção. A convecção é responsável pelo alastramento de muitos incêndios, às vezes a comparti-
mentos bastantes distantes do local de origem do fogo.

Processos de Extinção de Incêndio

Sendo o fogo originário da reunião de combustível, oxigênio e calor, para extingui-lo basta que se su-
prima qualquer um destes elementos.

Retirada de Calor – Resfriamento

Retirada de Oxigênio – Abafamento

Retirada do Combustível – Isolamento

Importante

1) Os primeiros instantes de um incêndio são os mais possíveis de obter-se sucesso na extinção;


2) O extintor de incêndio portátil é eficaz apenas para eliminação de princípios de incêndio;
3) O foco de incêndio, uma vez extinto, deve ser monitorado, pois existe o perigo de reignição do fogo;
4) A retirada das pessoas (evacuação do prédio) deve ser feita em ordem, por rotas de fuga pré-
determinadas.

Classes de Incêndio e Extintores adequados

Classe de incêndio Extintor Adequado EXTINTORES DE IN-


CÊNDIO
A Madeira, papel, estopas, tecidos etc. ÁGUA
B Gasolina, óleo diesel, álcool etc. PQS CO2
C equipamentos elétricos quando energiza- CO2 PQS
dos.
D Metais pirofóricos – magnésio, titânio etc. PÓ QUÍMICO ESPECI-
AL

Extintor de Gás Carbônico – CO2

A utilização do CO2 torna a atmosfera do incêndio pobre em oxigênio, não permitindo a combustão,
sendo por conseguinte o fogo extinto pelo método de abafamento e secundariamente, por resfriamento.

Extintor a base de pó químico seco – PQS

Quando lançado sobre um líquido inflamado, reage quebrando a reação química do fogo.

Extintor de Água

A água atua por resfriamento. Este extintor não é recomendável em incêndios classe B, pois espalha o
combustível e não pode ser usado em incêndios classe C, pois a água conduz eletricidade.

Manuseio do Extintor:

1) Selecionar o extintor correto;

2) Levar o equipamento até o princípio de incêndio;

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

3) Retirar o pino de trava da válvula;

4) Acionar a válvula;

5) Direcionar o jato de agente extintor para a base do fogo;

6) Utilizar o extintor sempre na vertical.

No princípio de Incêndio:

1) Agir com firmeza e decisão, mas sem se arriscar desnecessariamente;


2) Manter a calma e afastar as pessoas;
3) Desligar os circuitos elétricos envolvidos;
4) Constatar não haver risco de explosão;
5) Utilizar o agente extintor correto.

Independente do tamanho e proporção que atingi, um incêndio sempre traz prejuízos materiais e as
vezes pessoais. Algumas dessas perdas nunca serão recuperadas…

A prevenção é sempre a melhor escolha, e pensando nisso hoje trataremos sobre como evitar in-
cêndios, agindo de forma preventiva, afinal, a melhor proteção é a prevenção.

Para a prevenção contra incêndios algumas atitudes são importantes:

Respeite a sinalização indicativa de combate e ação em casos de incêndios

A sinalização indicativa é muito importante, em caso de incêndio é ela que mostrará as ações a serem
tomadas para que as pessoas saiam do lugar em segurança.

Não obstrua o acesso aos corredores de passagem de emergência e escadas

Lembrem-se em caso de incêndio eles são a esperança de uma saída rápida e segura, mantê-los de-
sobstruídos é fundamental para a segurança de todos que estão no ambiente.

Não fume próximo a produtos inflamáveis

Isso parece obvio, mas acredite, acontece! Obedecer a sinalização de não fumar é um ato de inteligên-
cia.

Fume apenas nos lugares permitidos para tal.

Cuide bem da manutenção da rede elétrica

Boa parte dos incêndios ocorrem por causa de curto circuitos elétricos. Não faça gatos e gambiarras
elétricas em máquinas e na rede elétrica.

Não sobrecarregue as tomadas

Elas não foram feitas para suportar vários equipamentos ligados ao mesmo tempo.

Substitua os extintores avariados

Principalmente em ambientes com circulação constante de empilhadeiras é comum que aconte-


çam avarias em alguns extintores, tornando-os inadequados para uso.

Fazer a substituição no menor tempo possível é muito importante para manter o ambiente mais prepa-
rado para uma eventual ação.

Mantenha os extintores com carga de água longe dos equipamentos energizados

Isso é importante para evitar que na hora da correria, algum desavisado use e com isso sofra uma des-
carga elétrica (a água conduz eletricidade).

Mantenha os extintores com carga de água longe dos produtos químicos inflamáveis

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

Lembre-se, os extintores de água podem fazer com que as chamas se espalhem, e com isso o fogo
poderá se tornar incontrolável.

Conheça os produtos químicos da sua empresa

Alguns produtos químicos reagem em contato com outro, e essa reação às vezes gera fogo. Conhecer
os produtos químicos e sua reação irá fazer com que tome as medidas para armazená-los a uma dis-
tância certa e lugar seguro, e com evitar o risco.

Mantenha os materiais combustíveis em local seguro

Não improvise, na dúvida procure opinião especializada.

Nunca obstrua o acesso aos extintores

Os extintores são as vezes a única chance de um combate a tempo de evitar que as chamas se tornem
incontroláveis.

Lembre-se os primeiros minutos são os mais importantes no combate a incêndio, quanto mais
demorar em combater, maior a chance de que ele fique incontrolável.

Os incêndios são acidentes muito temidos pela maioria das pessoas. Isso porque quando eles aconte-
cem, os resultados são verdadeiros estragos, onde aproveitar o que sobrou depois do fogo é um desa-
fio extremamente difícil, e em muitos casos, impossível.

No entanto, o que pouca gente sabe, é que existem algumas maneiras de se prevenir e evitar que os
incêndios aconteçam. São pequenos detalhes e pequenas ações que podem ser realizadas durante o
dia a dia para evitar que esses grandes estragos cheguem a acontecer. Além disso, além da preven-
ção, é também de grande importância que se aprenda a combater os incêndios, pois quando as medi-
das são tomadas ainda em tempo, os estragos são bem menores.

Dessa forma, além de se prevenir, aprender a combater os incêndios também é uma das melhoras
formas de amenizar os resultados desagradáveis.

Sabendo disso, veja algumas dicas de como prevenir que os incêndios aconteçam, e ainda, como se
comportar diante de um acontecimento como esse.

Dicas de prevenção:

1. Caixas de Incêndio

Hoje em dia, é lei que todo lugar que se tenha um número significativo de circulação de pessoas, se
tenhaos equipamentos de segurança necessários, como as caixas de incêndio e extintores. No entan-
to, mais importante do que ter esses equipamentos, é mantê-los sempre em dia, em perfeitas condi-
ções para serem utilizados.

2. Extintores

É fundamental que os extintores estejam sempre em condições de uso, e também, que estejam bem
distribuídos em locais de fácil acesso. Os extintores devem estar sempre carregados e ser revisados
periodicamente, para que na hora de um acidente, ele possa ser utilizado.

3. Instalações Elétricas

Construções muito antigas possuem redes elétricas também muito ultrapassadas, que muitas vezes,
pode apresentar alguns sinais e riscos de incêndio. Dessa forma, a melhor forma de prevenir que aci-
dentes aconteçam, é realizar manutenções e vistorias nas instalações elétricas, de modo a detectar
possíveis falhas que podem ocasionar um incêndio futuramente.

4. Vazamentos de Líquidos Inflamáveis

Locais que possuem grandes quantidades de líquidos inflamáveis precisam tomar uma série de cuida-
dos para que não se tenha nenhum vazamento desse material.

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PREVENÇÃO E COMBATES DE INCÊNDIOS

5. Ventilação

Muitas vezes, os incêndios tomam grandes proporções pela falta de ventilação. Por isso, ao fazer suas
construções, procure sempre manter uma entrada de ar, através de portas e janelas em locais favorá-
veis.

Essas são algumas dicas para se prevenir contra os incêndios. Mas como reagir quando um não pode
ser evitado?

O que se deve fazer para combater um incêndio? Confira as dicas a seguir:

1. Corpo de Bombeiros

Ninguém melhor que o Corpo de Bombeiros para combater de forma eficaz os incêndios. Por isso,
tenha sempre em mãos o número 193, e assim que perceber os primeiros sinais de fogo, acione o
Corpo de Bombeiros.

2. Evitar Aglomerações

Durante os incêndios, as pessoas costumam ficar desesperadas e acabam se aglomerando. É impor-


tante que todos procurem a saída de emergência mais próxima e não fiquem aglomerados.

3. Treinamento

E por fim, principalmente quando falamos em empresas, é importante que os funcionários reali-
zem curso de brigada de emergência, para saber como reagir diante de uma situação como essa. As-
sim, até que os Bombeiros cheguem ao local, os próprios funcionários podem tomar as primeiras inicia-
tivas para evitar um desastre maior.

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REFERÊNCIAS

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