Uma Proposta para A Avaliação Da Qualidade Dos Serviços Da Administração de Shopping Centers, Utilizando o Modelo Servqual
Uma Proposta para A Avaliação Da Qualidade Dos Serviços Da Administração de Shopping Centers, Utilizando o Modelo Servqual
Uma Proposta para A Avaliação Da Qualidade Dos Serviços Da Administração de Shopping Centers, Utilizando o Modelo Servqual
ii
iii
A meus pais, João Manuel (in memoriam) e Laura, e a
minha segunda mãe tia Norma, a quem devo tudo o que
sou; por me fazerem acreditar que o mais importante na
vida é crer em Deus e saber que Ele estará sempre
presente, olhando por nós.
A minha irmã Raissa pelo carinho e constante apoio.
iv
AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. Denise Dumke de Medeiros, pela brilhante orientação científica, dedicação e
estímulo constantes durante a realização deste trabalho; pela confiança em mim depositada e,
principalmente pela amizade nos momentos difíceis.
Aos gerentes e demais colaboradores da Administração do Shopping pesquisada, que
possibilitaram a realização deste trabalho.
À Débora Eleonora P. da Silva, Gisele Cristina Sena da Silva e Maria Auxiliadora do
Nascimento Melo, pela dedicação à minha pessoa e principalmente pela convivência amiga. A
vocês declaro toda minha admiração e carinho.
A todos que fazem o Grupo de pesquisa Plansp, pelo ambiente de amizade e colaboração, pela
ajuda diária e dedicada; em especial, Felipe, Marcone, Inês, Renata.
Aos colegas do Mestrado de Engenharia de Produção, em especial, Nádia Kelner, Vanessa
Campos, Felipe Rios, pela sincera amizade e excelente convivência.
A todos que fazem o Departamento de Engenharia de Produção da UFPE, funcionários e
técnicos, em especial a Dona Maria que manteve sempre o nosso ambiente organizado.
À secretária do mestrado, Ivani, Jane e Juliane, e a secretária da graduação Bel, pela atenção e
apoio.
À minha família, de quem recebi amor, carinho e estímulo na busca de novos horizontes. Em
especial à minha mãe, que sempre esteve ao meu lado e à minha irmã, Raissa, pelo apoio e
incentivo, valorizando assim o meu trabalho.
À minha prima Adriana pela convivência carinhosa, paciência e amizade.
Às minhas queridas tia Norma, tia Arlene e Madrinha Sônia pelo carinho e apoio constante e a
meu tio Fernando sempre acreditando e incentivando meus projetos.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram com este trabalho.
Ao CNPq pela concessão da Bolsa.
A Deus, por me conceder a graça de viver este momento.
v
“Um homem apenas não pode ver tudo”
Eurípedes – dramaturgo, século V. a.c. em as Fenícias
vi
RESUMO
Atualmente os mercados estão imersos em uma economia de serviços, que trata como
vantagens competitivas à qualidade de serviço prestado. A qualidade de serviço contém
muitas características psicológicas, ao contrário de um produto com características físicas que
podem ser facilmente mensuradas. O cliente faz um pré-julgamento do produto ou serviço,
formando um padrão, analisando a discrepância entre o esperado e o recebido, em relação ao
qual a avaliação real é feita. Satisfação é conceituada como um padrão formado por
expectativas e modificada pela qualidade perceptível através do consumo do produto ou
serviço. No modelo proposto neste trabalho, as expectativas são consideradas como os
objetivos a serem atingidos e a confirmação, ou não confirmação destas expectativas, altera a
satisfação resultante. Diante de tal realidade, o presente trabalho tem como objetivo
desenvolver uma proposta para avaliação da qualidade de serviço, que foi aplicada para
avaliar a qualidade dos serviços da administração de um dos grandes shoppings da região
metropolitana do Recife, sobre o ponto de vista dos prestadores de serviços existentes nele. A
proposta para a avaliação compara as expectativas com as percepções dos clientes obtendo a
qualidade percebida do serviço, as expectativas dos clientes com a percepção da
administração sobre estas expectativas, analisando quais são os serviços de qualidade para o
cliente, e compreender como os clientes formulam suas expectativas.
vii
ABSTRACT
Currently the markets are immersed in a economy of services, that deals with as
competitive advantages to the quality given service. The quality of service contains many
psychological characteristics, in contrast to a product with physical characteristics that can
easily be measures. The customer makes a daily pay-judgment of the product or service,
forming a standard, analyzing the discrepancy between the waited one and the received one,
in relation to which the real evaluation is made. Satisfaction is appraised as a standard formed
for expectations and modified by the perceivable quality through the consumption of the
product or service. In the model considered in this work, the expectations are considered as
the objectives to be reached and the confirmation, or not confirmation of these expectations,
modifies the resultant satisfaction. Ahead of such reality, the present work has as objective to
develop a proposal for evaluation of the quality of service, that was applied to evaluate the
quality of the services of the administration of one of great shoppings of the region
metropolitan of Recife, on the point of view of the rendering of existing services in it. The
proposal for the evaluation compares the expectations with the perceptions of the customers
getting the quality perceived of the service, the expectations of the customers with the
perception of the administration on these expectations, analyzing which are the services of
quality for the customer, and to understand as the customers formulate its expectations.
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................01
1.1 A Importância do tema e justificativa ..............................................................................01
1.2 Objetivos ..........................................................................................................................03
1.1.1 Objetivos gerais ...........................................................................................................03
1.1.2 Objetivos específicos ..................................................................................................04
1.3 Estrutura da dissertação ...................................................................................................04
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..........................................................................................06
2.1 Planejamento estratégico ..................................................................................................06
2.1.1 Conceitos de estratégia.................................................................................................08
2.1.2 Vantagem competitiva ................................................................................................09
2.2 Fatores críticos de sucesso ...............................................................................................11
2.2.1 Considerações sobre o sucesso ...................................................................................12
2.2.2 Fatores críticos de sucesso na organização .................................................................14
2.3 Administração de serviços ...............................................................................................17
2.3.1 Conceito e classificação de serviços ...........................................................................17
2.3.2 Aspectos exclusivos dos serviços ...............................................................................20
2.3.3 Importância da atividade econômica da área de serviços ...........................................23
2.3.4 A importância do papel exercido pelos clientes ..........................................................25
2.3.5 Qualidade total em serviços ........................................................................................27
2.4 Shopping Center ...............................................................................................................29
2.4.1 Classificação dos shoppings ........................................................................................33
2.5 Resumo do capítulo .........................................................................................................34
3. INSTRUMENTOS PARA AVALIAR A EXPECTATIVA E A PERCEPÇÃO ..........36
3.1 Escolha do método ...........................................................................................................36
3.1.1 SERVQUAL (ou Modelo de Falhas) ..........................................................................38
3.1.2 Dimensões da qualidade .............................................................................................39
3.1.3 Modelo de análise do GAP da qualidade ....................................................................41
3.1.4 Zona de tolerância .......................................................................................................45
3.1.5 Escala SERVQUAL ....................................................................................................47
3.1.6 Confiabilidade do instrumento de pesquisa ................................................................47
3.1.7 Críticas ao SERVQUAL .............................................................................................48
3.2 Entrevista com o grupo de foco .......................................................................................49
ix
3.3 Entrevistas pessoais .........................................................................................................51
3.4 Resumo do capítulo ..........................................................................................................51
4. UMA PROPOSTA PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇO ..........53
4.1 Etapas para a avaliação da expectativa e da percepção ....................................................53
4.1.1 Elaboração do questionário..........................................................................................54
4.1.2 Selecionar a amostra ...................................................................................................58
4.1.3 Realizar o pré-teste ......................................................................................................59
4.1.4 Entrevistar o grupo de foco e entrevistas pessoais .....................................................60
4.1.5 Interpretar os resultados ..............................................................................................61
4.2 Característica do Shopping Center pesquisado ................................................................62
4.3 Resumo do capítulo .........................................................................................................64
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................66
5.1 Aplicação do questionário ................................................................................................66
5.2 Análise e interpretação dos dados obtidos .......................................................................67
5.2.1 Expectativas e percepção do cliente ............................................................................68
5.2.2 Percepção da administração quanto às expectativas do cliente ..................................75
5.2.3 Qualidade do serviço percebido ..................................................................................76
5.3 Resumo do capítulo ..........................................................................................................80
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................................83
6.1 Conclusões quanto ao objetivo ........................................................................................83
6.2 Conclusões quanto ao suporte conceitual ........................................................................84
6.3 Recomendações para trabalhos futuros ............................................................................84
6.4 Considerações finais ........................................................................................................85
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .....................................................................................87
APÊNDICE .............................................................................................................................94
x
LISTA DE FIGURAS
iii
LISTA DE TABELAS
iv
LISTA DE EQUAÇÕES E FÓRMULAS
v
Capítulo 1 Introdução
1 INTRODUÇÃO
deve analisar cuidadosamente os processos de geração de valor por parte de seus clientes,
saber o que eles querem e fazer mudanças no seu planejamento para satisfazê-los.
A partir de uma mudança planejada, o planejamento estratégico passa a ser uma técnica
gerencial fundamental para se atingirem os melhores resultados. Isso porque busca, mediante
a análise do ambiente de uma organização, criar a consciência de suas oportunidades e
ameaças, assim como dos seus pontos fortes e fracos e, a partir daí, traçar os rumos ou direção
que essa organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades, potencializar os pontos
fortes e minimizar ameaças e riscos, buscando obter assim qualidade e sucesso (Sbragia,
1999).
O tema qualidade tem-se tornado um importante conceito gerencial, principalmente
quando se considera um ambiente de negócios altamente competitivo, como afirma
Feingenbaum (1999). Isso induz à pesquisa e ao desenvolvimento de metodologias e técnicas
com o intuito de diminuir estes gap’s (discrepâncias) segundo Parasuraman, Zeithaml e Berry
(1990, apud Hermosilla, Rodrigues, Colenci, 2002); porém, há de se considerar as
peculiaridades da área de serviços.
A ABRASCE não possui dados que informem o percentual dos serviços existentes no
shopping, porque isso também depende do tipo de shopping, se as administradoras dos
shopping centers têm uma estratégia voltada para os prestadores de serviços existentes nos
shoppings, que analise as necessidades e expectativas especificas desses clientes.
1.2 Objetivos
3
Capítulo 1 Introdução
Tendo em vista alcançar o objetivo geral, os objetivos específicos deste trabalho são os
seguintes:
• demonstrar a importância de um planejamento estratégico para uma empresa de serviços,
voltado para os fatores críticos de sucesso;
• utilizar o SERVQUAL como base para a determinação das expectativas e percepções,
analisando os gap´s do modelo e o seu questionário;
• identificar as principais dimensões da qualidade, responsáveis pela qualidade dos serviços,
perante a expectativa e percepção do cliente e a percepção da administração;
• apresentar um panorama da qualidade percebida pela administração, apontando os pontos
fortes e fracos dos serviços prestados pela administração de uma empresa;
• discutir os resultados.
4
Capítulo 1 Introdução
5
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo serão abordados os principais temas que dão suporte para o atingimento
dos objetivos citados anteriormente. Dentre os temas mais importantes a serem tratados,
observam-se os seguintes: planejamento estratégico, fatores críticos de sucesso, administração
de serviços aos shoppings centers, local do estudo da pesquisa.
6
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
(Certo e Peter, 1993, apud Moretti, Bigatto e Batocchio, 2003), pois na medida em que pontos
de vista, até mesmo conflitantes (o que é comum dentro das organizações), são considerados,
mais realistas serão as metas, os objetivos e as estratégias a serem alcançados. Uma maior
participação de todos os membros organizacionais favorece a responsabilização de um maior
número de pessoas com metas a serem seguidas e apoiadas por todos.
O conceito de planejamento estratégico proposto por Ansoff (1977), apud Brondani e
Santos (2003), considera a estratégia como um mix produto/mercado, ou seja, passa a levar
em conta o ambiente externo e o princípio da descontinuidade temporal, sem a preocupação
com os problemas internos da organização. O princípio da descontinuidade temporal significa
que os sistemas complexos nunca vão se comportar no futuro como se comportavam no
passado, pois têm de acompanhar as mudanças culturais e os avanços tecnológicos.
Para Brondani e Santos (2003), o processo de planejamento é mais importante que seu
produto final, identificando-se com prováveis mudanças, estabelecendo assim uma harmonia
entre a organização produtiva e o ambiente no qual ela está inserida.
A estratégia é uma necessidade para qualquer empresa, não importa o seu tamanho. De
certo modo, talvez seja ainda mais importante para as empresas menores, uma vez que as
grandes empresas têm mais margem de manobra – porque seus recursos e sua inércia são
maiores – e conseguem sobreviver mesmo com uma estratégia deficiente. Para uma empresa
pequena, o único modo de sobreviver é ter uma noção clara do nincho de mercado em que
trabalha e da maneira de se diferenciar dos concorrentes. Ela não deve se preocupar com um
processo de planejamento estratégico, com consultorias caras. A pequena empresa deve
descobrir como criar uma cadeira de valor diferencial, ou seja, desenvolver um sistema
exclusivo de atividades em que ela vai ganhar o mercado pela diferenciação, segundo Porter
(1997). Para Porter (1999, p. 63), “Estratégia é criar uma posição exclusiva e valiosa,
envolvendo um diferente conjunto de atividades.”
Segundo Mintzberg e Quinn (2001), a estratégia vem a ser um plano ou padrão que
integea as principais metas, políticas e seqüências de ações de uma organização em um todo
coerente. Uma estratégia bem-formulada ajuda a ordenar e alocar os recursos de uma
organização para uma postura singular e viável, com base em suas competências e
deficiências internas relativas, mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes
realizadas por oponentes inteligentes.
8
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
9
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
fabricação pela empresa. É o modo como uma empresa cria e mantém a vantagem na
elaboração da estratégia.
A estratégia competitiva, conforme Porter (1996), deve surgir de uma compreensão
sofisticada das regras da concorrência que determinam a atratividade de uma indústria. A
meta final da estratégia competitiva é lidar com e, em termos ideais, modificar essas regras
em favor da empresa. Para que qualquer indústria, seja ela doméstica, seja intencional,
produza um produto ou um serviço, as regras da concorrência estão englobadas em cinco
forças competitivas: a entrada de novos concorrentes, a ameaça de substitutos, o poder de
negociação dos compradores, o poder de negociação dos fornecedores e a rivalidade entre os
concorrentes existentes.
As cinco forças, segundo Porter (1996), determinam a rentabilidade da empresa porque
influenciam os preços, os custos e o investimento necessário das empresas – os elementos do
retorno sobre o investimento. O poder do comprador influencia os preços que as empresas
podem cobrar, por exemplo, da mesma forma que a ameaça de substituição. O poder dos
compradores também pode influenciar o custo e o investimento, porque compradores
poderosos exigem serviços dispendiosos. O poder de negociação dos fornecedores determina
os custos das matérias-primas e de outros insumos. A intensidade da rivalidade influencia os
preços, assim como os custos da concorrência em áreas como fábrica, desenvolvimento de
produto, publicidade e força de vendas. A ameaça de entrada coloca um limite nos preços e
modula o investimento exigido para deter entrantes.
Segundo Porter (1998), no estudo das estratégias competitivas é necessário fazer a
análise do meio ambiente e a avaliação de cenários, onde se inicia a montagem da matriz
SWOT mediante a identificação dos pontos fortes e fracos da empresa, além de suas
principais oportunidades e ameaças. SWOT é o método de análise da situação atual e
competitiva da empresa, o qual facilita a observação do melhor caminho a ser seguido,
eliminando os pontos fracos e as áreas de risco e maximizando os pontos fortes com o
aproveitamento das oportunidades identificadas (Wright, Kroll e Parnell, 2000).
capacidade para delegar tarefas e decisões, capacidade prospectiva para detectar tendências
futuras, e espírito de liderança para conduzir e orientar equipes.
Vianna (1993), apud Medina e Silveira (2002), destaca em seu trabalho que empresas
triunfadoras pensam em primeiro oferecer resultados para, depois, cobrar e merecer,
principalmente, os financeiros, que são colocados como conseqüência. O autor considera que
nenhuma das empresas pesquisadas coloca a maximização do lucro ou a especulação
financeira de curto prazo como diretriz principal de seu sucesso. As razões do triunfo ficam
sempre situadas no campo da reflexão (visão de longo prazo) e da oferta de valor agregado
(qualidade e competitividade).
Muitas empresas obtiveram sucesso quando conseguiram diferenciar-se de seus
concorrentes. A diferenciação possibilita vantagem para a empresa sobre a concorrência,
trazendo lucro e satisfação dos clientes (Marcondes e Bernardes, 1997, apud Medina e
Silveira, 2002).
O sucesso de uma empresa não é absoluto, mas relativo, por estar ligado a uma situação
competitiva. A partir do momento em que tal situação se encerra, o sucesso poderá ser coisa
do passado. Essa inconstância é acentuada por Zaccarelli (2000, p. 10), ao ressaltar que “A
concepção de sucesso é sempre dinâmica, está ligada a um processo, ao contrário de algo
conquistado e acabado, portanto estático”. O sucesso é mais importante para a empresa do que
a obtenção de lucros, porque uma empresa pode estar tendo lucro, embora esteja no início de
uma crise, por falta de competitividade; ou, mesmo que o lucro não exista, a empresa pode
estar crescendo e alicerçando o seu poder competitivo para o futuro.
Conforme Nakagawa (1994), apud Carreira (2001), em razão de a economia e a
competição não serem estáticas, os concorrentes podem a qualquer momento superar as
vantagens competitivas, do mesmo modo que essas também podem sofrer mudanças de
padrão; ou seja, o que hoje é uma vantagem competitiva para a empresa, pode não o ser
amanhã.
Quando exercida de forma correta, a administração é o fator determinante para a
sobrevivência e o sucesso. Caso contrário, é o fator que determina o fracasso.
Para Degen (1989), os negócios de sucesso são aqueles pequenos, que têm a
possibilidade de, em curto espaço de tempo, serem transformados em grandes
empreendimentos, e representam, portanto, negócios com grande potencial de crescimento e
lucro.
12
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
e) Criar, administrar e motivar uma equipe vencedora que faça o que uma pessoa não pode
fazer sozinha;
f) Manter os registros e controles contábeis de que o administrador precisa para compreender
e administrar a empresa;
g) Nunca ficar sem disponibilidade de caixa, pois o dinheiro é o principal no mundo das
pequenas empresas;
h) Evitar as armadilhas do crescimento rápido, administrar a expansão da própria empresa;
i) Conhecer bem a própria empresa, è assim que o administrador criará o alicerce para
controlar a empresa e aumentar seus lucros;
j) Planejar o futuro, formular objetivos importantes que imponham desafios, mas que sejam
alcançáveis, e convertê-los em atividades produtivas.
Conforme os autores citados, a empresa deverá manter-se em um processo constante de
mudanças, tecnologias de processos, qualidade de seus produtos e ser sempre objetiva. Para
que as condições apresentadas possam ser executadas, um dos fatores relevantes a
organização da empresa, é o oferecimento de bons produtos e bom atendimento, procurando
satisfazer seus clientes.
Ainda segundo os autores, vários são os fatores que podem levar uma empresa ao
sucesso, que podem ser diferentes em cada empresa, dependendo de como a mesma se
posiciona no mercado em que atua.
Empresas de Sucesso
Empresas Fracassada
A Figura 2.1 caracteriza o serviço bem definido de acordo com o conceito de Cobra e
Zwarg (1986): no centro, os FCS, que são identificados a partir de análises do cenário da
organização, realizadas nos ambientes interno e externo. Os FCS caracterizam as diferenças
entre empresas de sucesso e empresas malsucedidas.
Segundo Medina e Silveira (2002), o ambiente interno é fácil de entender. Eles incluem
todas as ineficiências dentro da organização, assim como fatores externos, tais como
capacidade de resposta às exigências do cliente, redução do tempo decorrido entre o início e o
fim do processo produtivo, redução dos pedidos para assistência técnica, etc. Os ambientes
externos se relacionam ao benchmarking competitivo e ainda podem ser desmembrados em
três subelementos:
− Percepções do cliente da organização em comparação com os concorrentes;
− Percepções próprias das forças e fraquezas em relação aos concorrentes;
− Benchmarking competitivo em relação ao melhor.
Desdobrando os subelementos apresentados, Medina e Silveira (2002) concluíram que:
a percepções do cliente para a qualidade, "cliente é qualquer pessoa que seja impactada pelo
produto (bens, serviços ou processos). Por extensão, a percepção dos clientes é derivada,
principalmente, de sua expectativa antes de utilizar o produto e o que acontece na realidade."
Pesquisar a opinião dos clientes é um excelente meio de coleta de dados sobre a
satisfação e a percepção deles.
Percepção das forças e fraquezas, com base em dados que descrevem a situação atual
do ambiente de mercado da organização, devem-se identificar as maiores oportunidades/
ameaças, forças/fraquezas e os assuntos com que a organização se defronta com seus bens ou
serviços, em relação à concorrência.
Oportunidades e ameaças referem-se aos fatores externos que podem afetar o futuro do
negócio. Servem para sugerir ações possíveis de ser executadas.
Devem-se também identificar as forças e fraquezas da organização (fatores internos) e
compará-las com as oportunidades e ameaças (fatores externos). As forças da organização
definem as estratégias que ela pode usar com sucesso, ao passo que as fraquezas se referem a
pontos que a empresa tem que corrigir. A estratégia adotada vai fazendo a análise dos fatores
de sucesso externos e internos na empresa, e é ela que vai determinar se a empresa
potencialmente será ou não bem sucedida.
A tendência observada hoje no mundo é a de ir além dos concorrentes e procurar o
melhor em sua área de atuação, sem levar em consideração o tipo de organização.
16
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
Zeithaml e Bitner (2000) afirmam que o principal objetivo dos fornecedores de serviços
é idêntico aos de outros setores; ou seja, desenvolver e proporcionar ofertas que satisfaçam as
necessidades dos consumidores e suas expectativas, garantindo, assim, sua própria
sobrevivência econômica. Para atingir esse objetivo, os fornecedores de serviços precisam
compreender como os consumidores escolhem e avaliam suas ofertas.
A maioria dos autores conceitua serviço por meio da sua comparação com os bens
materiais, enquanto resultado de um processo produtivo. Todos concordam, entretanto, que a
palavra atividade é fundamental para distinguir serviço de objeto. Assim, serviço é a atividade
que facilita a vida do cliente. A definição de serviço como uma atividade ajudou muito a
elucidar a necessidade de uma gestão da qualidade específica para serviços (Albrecht, 1992).
Apesar da simplicidade da definição de Quinn (1996), o setor de serviços é amplo e
possui muitas classificações. Todavia, a administração dos serviços é complexa devido a
alguns aspectos exclusivos aos serviços, que os diferenciam de outras atividades empresariais.
Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000, p. 43), “a classificação de serviço pode ajudar
na organização da discussão sobre administração de serviços e quebrar as barreiras da
indústria com a troca de conhecimentos”, pois um setor de serviço pode vir a auxiliar a
administração do outro mediante essa troca de conhecimentos.
Schmenner, apud Fitzsimmons (2000), propôs uma matriz de processos de serviços, na
qual os serviços são classificados conforme o grau de intensidade de mão-de-obra e o grau de
interação e personalização que afetam as características do processo de atendimento do
serviço. Segundo o autor, o grau de intensidade de trabalho é definido pela proporção entre o
custo do trabalho e o custo do capital. Os serviços que estão no alto da tabela necessitam de
mais investimentos de capital, com equipamentos e instalações; já os serviços que estão em
baixo necessitam de maior investimento em qualificação da mão-de-obra, em comparação
com os investimentos com equipamentos. O grau de interação com o cliente e de
personalização será baixo quando o serviço é padronizado ao invés de personalizado. A
matriz de processo de serviços é apresentada na Figura 2.2.
18
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
Alto Baixo
Grau de Interação Serviços profissionais: Lojas de serviços:
e Personalização
Médicos Hospitais
Veterinários Oficinas de serviços
Alto Administradores de manutenção
Contadores
Arquitetos
A matriz de processo representada acima possui quatros quadrantes que são: serviços
profissionais, lojas de serviços, serviço de massa, indústria de serviços. No quadrante de
serviços profissionais, os clientes recebem um atendimento personalizado, com profissionais
treinados para executar o serviço especificado. Já nos serviços de massa, o cliente recebe um
serviço padrão, no qual o prestador de serviço não busca a personalização. Nas empresas de
serviços existe um alto investimento financeiro no ambiente físico e tecnológico. A indústria
de serviços é “semelhante à linha de produção de uma fábrica” (Fitzsimmons e Fitzsimmons,
2000, p. 44), onde os serviços recebem um alto investimento financeiro e são padronizados.
A definição de serviço como uma atividade elucidou a necessidade de uma gestão da
qualidade específica para os serviços (Albrecht, 1992).
Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000, p. 62) afirmam que a natureza do ato do serviço
deve ser dividida em duas dimensões: “Quem ou o que é o receptor direto do serviço e a
natureza tangível do serviço”, o que levaria, segundo o autor, a quatro possíveis
classificações: “1) ações tangíveis dirigidas ao cliente; 2) ações tangíveis dirigidas à
propriedade dos clientes; 3) ações intangíveis dirigidas ao intelecto do cliente; 4) ações
intangíveis executadas com ativos dos clientes”. Na Figura 2.3 é possível observar essas
considerações.
19
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
20
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
distinguem os serviços dos bens físicos, entre si. Na Figura 2.4, é apresentada uma síntese das
idéias desses autores.
• A intangibilidade
A intangibilidade é algo que é experimentado, mas não pode ser tocado ou preservado.
Os serviços são intangíveis por natureza, ou seja, eles não podem ser tocados ou
possuídos pelo cliente, como os bens manufaturados. Logo, o cliente vivencia o serviço que
lhe é prestado, o que torna mais difícil a avaliação desse serviço, pois ela assume um caráter
subjetivo.
Uma das características dos serviços é que o cliente possui apenas lembranças ou
resultados, como um cabelo bem cortado ou um maior conhecimento adquirido (Churchill,
2000, apud Rocha e Oliveira, 2003). Essa característica de intangibilidade dificulta a
avaliação do serviço pelo cliente. Sendo assim, devem-se utilizar evidências físicas para
tornar tangível o valor oferecido pelos serviços (Parasuraman et alii, 1985; Zeithaml et alii,
1990; Gronroos, 1995).
21
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
• A perecibilidade
• A Inseparabilidade
serviço vai até o cliente” (Fitzsimmons e Fitzsimmons, 2000, p. 50). Essa presença de pessoas
e outros clientes no sistema operacional torna difícil unificar e controlar a variabilidade, tanto
nos insumos como nos produtos do serviço.
Normalmente, uma organização tem pouco ou nenhum controle sobre as ações e
atitudes que o cliente assume ao participar da produção do serviço. Por isso, muitos autores
apontam a variabilidade como mais uma característica específica dos serviços (Parasuraman
et alii, 1985; Zeithaml et alii, 1990; Ghobadian et alii, 1994; Gronroos, 1995 e Kotler, 1998).
Denton (1990) reforça essa idéia da variabilidade, não como uma característica mas como
uma tendência para, assim, não induzir os gerentes de serviços a se “conformarem” com essa
“característica inerente”, diminuindo dessa forma os esforços para a redução da variabilidade
e da garantia de um serviço consistente ao cliente.
O setor produtor de serviços vem assumindo papel cada vez mais importante no
desenvolvimento da economia mundial, tanto do ponto de vista da geração de renda e
emprego, como da substancial contribuição para a dinâmica econômica dos países. Crescem,
portanto, o interesse e a demanda pelas estatísticas de serviços, tradicionalmente mais
precárias e rarefeitas do que as do segmento produtor de bens.
Atualmente, os mercados estão imersos em uma economia de serviços. No que diz
respeito ao Brasil, a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do setor produtor de
serviços, em conceito amplo, segundo as Contas Nacionais, representou 58,3% em 1999,
respondendo por 57,2% da absorção de mão-de-obra na economia, como demonstram as
Figuras 2.4 e 2.5, o que é compatível, em linhas gerais, com aquilo que é observado em outros
países, informação obtida no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(http://www.ibge.gov.br).
23
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
Construção Civil
23,6%
Agropecuária
6,4%
Serviços
57,2%
Industria
12,8%
Construção
Civil
7,8%
Agropecuária
9,1%
Industria
Serviços 24,8%
58,3%
24
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
De acordo com a tabela 2.2, observa-se que o setor produtor dos serviços mercantis
não-financeiros, respondendo por 28,4% do PIB e 23,3% das pessoas. Mediante os dados
apresentados pode-se perceber a importância econômica dos serviços e, além disto, Levitt
(1990), Quinn (1996) e mais recentemente, Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), têm chamado
a atenção para outros aspectos, como por exemplo, a crescente servilização das atividades
econômicas. Esta tendência gera a necessidade das organizações se prepararem melhor para
poderem atender e satisfazer seus clientes e, para isto, faz-se necessário que determinem quais
são as suas expectativas.
Nesse novo modelo econômico, onde os produtos estão se transformando em
commodities, a diferenciação entre as empresas se dá pelos serviços que são oferecidos aos
clientes. Portanto, cada vez mais a interação entre a empresas e o consumidor ganha destaque.
A qualidade do serviço prestado, a disposição de lealdade do cliente e o lucro gerado por tudo
isso deve ocupar espaço significativo na agenda dos executivos.
25
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
26
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
Albrecht (1998) afirma que, quanto mais tempo a empresa estiver em um determinado
setor, maiores as chances de ela conhecer verdadeiramente seus clientes.
Vilela (1995), apud Aguiar e Macedo (2002), afirma que só recentemente o conceito de
qualidade surgiu como função da gerência formal. Em sua forma original, era relativa e
voltada para a inspeção. Hoje, as atividades relacionadas com a qualidade ampliaram-se e são
consideradas essenciais para o sucesso estratégico.
Percebe-se, então, que ao discutir sobre qualidade total em serviços, a empresa não
deve limitar-se apenas aos clientes externos, pois ela engloba, além dos clientes externos, seus
funcionários e administradores, ou seja, todos que com ela interagem.
Existem várias maneiras de se conceituar a qualidade, variando de autor para autor,
conforme o enfoque dado ao ato da sua elaboração.
Deming (1990) diz que, para um produto para ter qualidade, deve satisfazer os seus
clientes. Textualmente ele afirma que a qualidade só pode ser definida em termos de quem a
avalia. Por sua vez, Juran (1991) afirma que, para um produto ter qualidade, deve ser
adequado ao uso que se fizer dele. Assim, qualidade é adequação ao uso. Para Crosby (1979),
outro dos precursores da filosofia da qualidade, para um produto ter qualidade, deve ser
produzido de acordo com as suas especificações. Em suas palavras, qualidade é conformidade
com as exigências. Já na visão de Ishikawa (1993), qualidade é atender às expectativas dos
clientes a um certo custo. Em contrapartida, para Feingenbaum (1961), qualidade quer dizer o
melhor para certas condições do cliente. Essas condições são o verdadeiro uso e o preço de
venda do produto. Na percepção de Campos (1992), um produto ou serviço de qualidade é
aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no
tempo certo às necessidades do cliente.
Garvin (1992) identificou cinco abordagens principais para a definição da qualidade: a
transcendental, a baseada no produto, a baseada no usuário, a baseada na produção e a
baseada no valor.
Para Campos (1992), a gestão da qualidade total pode ser definida como uma filosofia
de administração com o foco no cliente e que utiliza a melhoria contínua como um dos
princípios para obter vantagem competitiva.
Segundo Costa e Turrioni (2003), a gestão da qualidade total também pode ser definida
como um conjunto de princípios, métodos, ferramentas e procedimentos que fornecem
diretrizes para a administração de uma organização.
27
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
Teixeira (1999) e ainda Koda (1998), apud Valente e Lima (2002), revelam que as
diretrizes preconizadas pela qualidade total constituem expoentes fundamentais nas
estratégias de sobrevivência das organizações em um mundo globalizado e competitivo. Com
a qualidade total, existe o controle do processo de desenvolvimento desenhado pelo
planejamento estratégico, permitindo, assim, sua avaliação de forma a se garantir a
retroalimentação do sistema.
Medir a qualidade dos serviços é um desafio, pois a satisfação dos clientes é
determinada por muitos fatores intangíveis (Fitzsimmons e Fitzsimmons, 2000). O autor
supracitado também afirma que, se a organização de serviços pretende manter-se no mercado
competitivo, a melhoria contínua em produtividade e qualidade deve fazer parte de suas
estratégias e da cultura corporativa. A pesquisa do clima organizacional é uma ferramenta que
pode contribuir muito para isso.
Segundo Corrêa e Caon (2002), muito embora a prática da qualidade se tenha tornado
uma questão de sobrevivência mundial, constata-se, por meio da literatura, que o termo
qualidade não apresenta uma uniformidade conceitual. Juran (1990, p. 10) aponta que “não
existe a possibilidade de adoção de definições universais, a não ser que seja desenvolvido um
glossário patrocinado por um organismo reconhecido de padronização”. Os diversos enfoques
de gestão da qualidade são frutos de uma contínua evolução da qualidade ao longo dos
tempos, classificada em quatro fases básicas: inspeção, controle de qualidade, garantia da
qualidade e gestão da qualidade total.
Um modelo de gestão com enfoque na qualidade pressupõe a definição concreta das
metas e objetivos da organização. Segundo Porter (1996), um programa de qualidade deve
apoiar-se principalmente nas estratégias e políticas da organização, ter formas precisas de
medição e avaliação de seu desempenho, basear-se nos melhores padrões externos, fixar-se
nos pontos vitais para não perder o foco e assim alcançar bons resultados.
É válido ressaltar algumas causas fundamentais do insucesso na implantação de
programas de qualidade. Segundo Wood Jr. e Urdan (1994), apud Souza (2002, p. 45), “essas
causas são: foco na imagem, não em fatos e resultados; foco nos processos internos,
conhecidos e visíveis, e não nos mais críticos; foco em padrões mínimos já existentes, não no
alinhamento com os objetivos estratégicos; dificuldade em manter o momento da mudança”.
Early e Godfrey (1998), apud Souza (2002, p. 45), também indicam outras causas que podem
levar programas de qualidade ao insucesso: “Definição de missão inconsistente; falta de
fixação em pontos críticos; planos de implementação deficientes e falta de medição de
desempenho.”
28
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
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Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
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Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
papel na economia, como geradores de grande número de empregos diretos e com expressiva
integração com a comunidade (ABRASCE, 2004).
Para Paulino e Guerra (2003), o governo tem fundamental importância para o
crescimento desde setor econômico. Na entrevista feita à revista da ABRASCE (2004), o
economista Renato Rique aponta a importância do governo que afeta fortemente o setor de
shoppings,. Segundo ele, com a aprovação da reforma da Previdência, a dívida pública
brasileira diminuiria, o que seria um bom sinal para o mercado, permitindo assim a queda da
taxa de juros. Sendo os juros o instrumento utilizado para conter a inflação e, por conterem a
demanda, provocaram o estrangulamento da economia, travando o crescimento econômico.
No caso da reforma tributária, é importante ampliar a base de arrecadação, tendo como
principal objetivo desestimular a informalidade da economia e incentivar o consumo.
Os shoppings estão cada vez mais investindo em expansão e reformas, acompanhando
um mercado que representa 18% do varejo nacional, excluindo os setores automobilísticos e
os derivados de petróleo. Segundo dados da ABRASCE em 2002, 48% dos shoppings
brasileiros já haviam feito alguma expansão. Outro dado importante, segundo a Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), existem 51 shoppings em fase de construção e
26 com projetos já definidos de inauguração. Seguindo essa tendência nacional, os shoppings
nordestinos também estão investindo alto nesse setor que tem grande capacidade
empreendedora, principalmente no que diz respeito às áreas destinadas a serviços e lazer. De
acordo com Underhill (2004), as atividades de lazer e serviço existentes em um shopping
constituem o aspecto diferencial dos shoppings, pois as lojas costumam ser as mesmas.
Segundo o BNDES (2003), as atividades de shopping center vêm passando por diversas
transformações, dentre as quais se destacam:
– O crescimento da oferta de shoppings em ritmo superior ao crescimento do mercado, fato
notado com mais intensidade nas regiões metropolitanas, o que eleva os riscos de
superposição de empreendimentos e o aumento da competição dos shoppings por lojistas,
resultando na redução do poder de barganha dos empreendedores e, conseqüentemente, na
redução da cessão de direitos de uso ("luvas") recebida dos lojistas que irão compor o mix do
empreendimento;
– A crescente utilização dos espaços do shopping para a instalação de clínicas e consultórios
médicos, laboratórios, serviços públicos, universidades e outras atividades relacionadas com
serviços e lazer, o que é positivo para o shoppings, pois gera um fluxo de passagem em
horários, dias e épocas que não concorre com os picos das lojas tradicionais. Porém pode ser
considerado ruim para os shoppings, pois reduz a receita média por metro quadrado, porque,
32
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
se confederar essa unidade de medida, tais atividades pagam aluguel menor que o das lojas-
satélite;
– Redução da participação dos fundos de previdência privada no setor de shopping centers.
Tal fato, uma vez que representa o fim de uma das principais fontes de recursos para o
investimento em shopping, forçou a criação de novas modalidades de financiamento (por
exemplo, fundos imobiliários);
– Redução dos espaços livres para a construção de shoppings nas regiões metropolitanas, o
que pode inviabilizar ou, pelo menos, ampliar os custos de construção daqueles
empreendimentos localizados nas grandes cidades. Uma das conseqüências é a expansão dos
shopping centers em direção às cidades secundárias. Segundo a ABRASCE (2004), a
participação dos empreendimentos localizados no interior do país cresceu de 15% em 1983,
para 45% em meados de 2002;
– Administração de shopping centers por terceiros. Atualmente, segundo a ABRASCE
(2004), 43% dos shoppings possuem administração terceirizada. Além disso, vem ampliando
o número de serviços internos no shopping, contratados por terceiros, tais como: atividades de
marketing, comercialização de espaços, auditoria de lojas, arquitetura, estacionamento, etc.; e
aumento do peso do gasto com energia, em função da elevação das tarifas, o que se reflete
em alterações arquitetônicas para aproveitar melhor a luz solar, de modo a racionalizar o
consumo de energia.
Se o shopping apresenta um mix de todos os serviços da matriz de serviços, a
administração deve adaptar-se para atender às necessidades e conciliar no mesmo espaço
físico essa diversidade de serviços.
Para estabelecer se uma categoria de classificação dos shoppings deve considerar o tipo
de serviço que ele oferece e as características das lojas. Definição dos tipos de shopping
centers, segundo a ABRESCE:
• Shopping regional: fornece mercadorias em geral (uma boa porcentagem de vestuário) e
serviços completos e variados. Suas principais lojas são as âncoras tradicionais, lojas de
departamentos de descontos ou hipermercados. Nele é comercializada uma linha completa de
mercadorias que constitui no seu todo uma variabilidade encontrada no comércio tradicional.
33
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
34
Capítulo 2 Revisão Bibliográfica
a análise sistemática dos pontos fortes e fracos da empresa, das oportunidades e ameaças do
meio ambiente, tendo em vista seus objetivos.
A análise do ambiente em que a empresa se encontra, do ambiente externo e do
ambiente interno, determinará se a empresa vai ser ou não bem sucedida, comparando a
estrutura interna existente com a estrutura dos seus concorrentes. Com essa análise, será
possível determinar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos, seus FCS.
A atividade de serviços está cada dia se mostrando mais significativa na economia
atual. É preciso medir a qualidade do serviço prestado, tendo em vista que o serviço é algo
abstrato e intangível, que possui várias características e dimensões particulares. Sendo assim,
verifica-se a necessidade de se conhecerem a percepção e a expectativa daqueles que estão
recebendo o serviço, realizando-se medições externas à empresa por meio de pesquisas de
serviço ao cliente.
Os shopping centres são grandes atrativos modernos. Neles encontram-se vários tipos
de serviços centrados no mesmo local. Além das vantagens competitivas empresariais que
oferece, traz benefícios aos clientes, como: localização, estacionamento, segurança,
comodidade de possuir várias lojas do mesmo setor em uma mesma área, atende às
necessidades psicos-sociais do cliente, dentre outras facilidades.
No capítulo seguinte será abordada, além da escolha do método, a entrevista para se
executar a coleta dos dados.
35
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Neste capítulo, são apresentados os itens que formam o escopo para a coleta dos dados
necessária para este trabalho. A primeira parte trata da escolha do método que vai ser a base
para a coleta de dados. A segunda e terceira partes referem-se aos métodos de entrevistas
utilizados para executar essa coleta de dados.
36
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
pode ser usada, conforme Miguel e Salomi (2004), como um indicador da generalização do
modelo de serviço ou se esse foi aplicado a um serviço específico.
37
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
pesquisador, que podem ser obtidas a partir de extensas entrevistas de focus group, na fase
qualitativa da pesquisa (Rocha e Oliveira, 2003). Os autores, segundo Fitzsimmons e
Fitzsimmons (2000, p. 254), “sugerem muitas aplicações para o SERVQUAL, mas sua função
mais importante é a identificação das tendências da qualidade em serviços por meio de
pesquisas periódicas com os clientes”, fornecendo assim à empresa informações estratégicas
essenciais para o melhoramento contínuo da qualidade dos serviços prestados: “Onde a chave
para assegurar uma boa qualidade de serviços é obtida quando as percepções dos clientes
excedem suas expectativa” (Eleutério e Souza, 2002, p. 55).
A versão mais recente do SERVQUAL, além da mensuração da qualidade percebida do
serviço, é medir de modo dual as expectativas do consumidor, que são: o serviço mínimo que
o cliente está disposto a aceitar (serviço adequado) e o serviço que gostaria de receber
(serviço desejado), existindo uma zona de tolerância entre ambos.
39
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Foram identificadas as cinco dimensões que o cliente julgava ser mais importantes para
determinar a qualidade dos serviços: aspectos tangíveis, empatia, segurança, presteza e
confiabilidade. Com base nessas dimensões, surgiu o conceito de falha de qualidade em
serviços ou SERVQUAL, o qual consiste na diferença entre a expectativa de um cliente com
relação a um serviço a ser prestado e sua percepção quanto à forma com que o mesmo é
realizado. Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988) detalham as cinco dimensões da qualidade:
Segundo Garvin (1992), cada fator é estanque e distinto, pois um produto ou serviço
pode estar bem classificado em uma dimensão, mas mal cotado em outra. Entretanto, muitas
vezes as dimensões estão inter-relacionadas, de modo que uma melhoria só pode ser obtida às
40
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Por meio de uma pesquisa exploratória com clientes e executivos de quatro diferentes
tipos de empresa de serviço: banco varejista, cartão de crédito, seguros e serviços de
manutenção, os autores abordaram questões que incluíam as razões para a satisfação e
insatisfação dos consumidores com o serviço; descrição do serviço ideal; significado da
qualidade de serviço; fatores importantes para a avaliação da qualidade de serviço, e
performance de expectativas a respeito do serviço (Eleutério e Souza, 2002). Nas entrevistas,
os criadores, Zeithaml, Berry e Parasuraman, verificaram pontos comuns às empresas de
serviços, o que indica que as percepções de qualidade de serviço são influenciadas por uma
série de gaps (falhas) que ocorrem nas organizações, os quais podem ser representados pelo
modelo ilustrado na Figura 3.1, base para a identificação de um conjunto de discrepância
entre a percepção da qualidade do serviço desses executivos e as tarefas associadas à
prestação dos mesmos. Segundo Moraes e Lacombe (2004), esses gaps seriam grades
obstáculos na tentativa de se atingir um nível de excelência na prestação do serviço.
O modelo de análise do gap busca identificar um conjunto de fatores que afetam a
magnitude e a direção dos gaps relacionados à empresa (Gaps 1, 2, 3 e 4), que representam as
causas relacionadas com o prestador de serviços. O Gap 5 representa o cliente. Segundo
Consoli e Martinelli (2001), boa parte desses fatores estão relacionados com a comunicação e
o processo de controle, usados na empresa para gerenciar os funcionários. Porém outros
fatores, como ambigüidade e conflito, conseqüências desses processos , também afetam o
resultado do serviço de qualidade.
O modelo proposto pelos pesquisadores estabelece cinco gaps para identificar o
problema, o efeito e as causas da discrepância entre a expectativa e a percepção do cliente,
Figura 3.1:
41
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
# ! !
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Esses gaps se estruturam para efeito de aplicação da seguinte forma, segundo os autores
Consoli e Martinelli (2001), Miguel e Salomi (2004), Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000),
Bateson e Hoffman (2001) e Souza (2002):
O Gap 1, gap de conhecimento, ocorre inicialmente pela falha do gestor ao não
identificar apropriadamente quais são os serviços de qualidade para o cliente, não
compreender como os clientes formulam suas expectativas. Para Parasuraman, Zeithaml e
42
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Berry (1985), a falha da administração causa lacunas no Gap 1. A lacuna entre as expectativas
do consumidor e a percepção que os executivos têm de tais expectativas tem impacto sobre a
avaliação que os consumidores fazem sobre a qualidade dos serviços. Segundo Fitzsimmons e
Fitzsimmons (2000), os clientes formulam suas expectativas por meio de várias fontes:
anúncios publicitários, experiências anteriores com a empresa e seus concorrentes,
necessidades pessoais e informações de amigos. Os fatores que podem influenciar o
surgimento desse primeiro gap são a falta ou o uso inadequado de pesquisas de mercado, a
falha na comunicação e interação entre o pessoal de base, que tem contato com os clientes, e
os altos níveis da organização, a alta hierarquização.
Corrêa e Coan (2002) apresentam as seguintes medidas para se corrigirem e/ou
prevenirem os Gap 1: selecionar os clientes que vão ser o foco, reduzir a amplitude das
expectativas; executar periodicamente pesquisas quantitativas e qualitativas focalizadas na
qualidade, para acompanhar as mudanças de expectativa dos clientes; buscar compreender os
critérios de desempenho pelos quais os clientes avaliam a qualidade do serviço; utilizar canais
de comunicação formal, como caixas de sugestões e reclamações, central de atendimento aos
clientes, e comunicação informal, motivar o pessoal que tem contato direto com o cliente a
obter informações sobre a satisfação do cliente após a execução do serviço; reduzir os níveis
hierárquicos, fazendo com que a gerência seja acessível ao pessoal de contato e executando o
job rotation, em que os gestores vão para a linha de frente ter um contato direto com os
clientes; gerenciar os recursos humanos, voltados para saber ouvir e interpretar o cliente
interno.
O Gap 2, gap de padronização, é conseqüência da dificuldade da administração de
elaborar níveis de qualidade de serviço que equivalham às percepções das expectativas dos
clientes, ou é a percepção equivocada da administração quanto às expectativas e a
incapacidade de executar os serviços com essas características. A lacuna entre as percepções
dos gerentes acerca das expectativas dos clientes e as especificações de qualidade do projeto
afetam a percepção da qualidade do serviço pelo cliente (Parasuraman, Zeithaml e Berry,
1985). Essa lacuna corresponde ao Gap 2.
Na literatura, vários autores definem como devem ser as medidas para corrigir dessas
falhas. Porém considera-se, Gronroos (2003) é mais objetivo ao apresentar suas tomadas de
correção, que são: identificar como cada elemento dos serviços pode influenciar a avaliação
do cliente, avaliar as etapas da prestação do serviço segundo a visão do cliente, e analisar os
momentos da verdade relevantes do serviço, para atender e superar as expectativas dos
clientes.
43
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
44
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
que esse pessoal que já executa o serviço, possa também esclarecer o serviço para o cliente,
de forma a corrigir as expectativas com a prestação do serviço.
E, finalmente, o Gap 5, qualidade percebida, é o efeito das causas dos 4 gaps citados
anteriormente, “depende do tamanho e da direção das quatro falhas associadas à prestação de
serviços” (Fitzsimmons e Fitzsimmons ,2000, p. 254). Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985)
sugerem a afirmação seguinte para defini-lo: “A qualidade que o cliente percebe numa
prestação de serviço é uma função da magnitude e da direção – positiva ou negativa – da
lacuna entre o serviço esperado e a percepção do serviço recebido.”
O quinto gap é o que representa a questão foco de estudo da qualidade de serviços, ou
seja, a diferença entre a expectativa e a percepção dos clientes. Em geral, as pesquisas de
satisfação do cliente voltam-se para o quinto gap, pois ele aponta facilmente as falhas do
serviço mais relevantes para os clientes.
Normalmente, a Escala Servqual é aplicada ao Gap 5 e ao Gap 4, pois esses visam à
satisfação do cliente, trazendo possíveis recomendações às empresas. Porém, é de grande
relevância que também façam uma avaliação dos Gaps 1, 2 e 3, que avaliem o conhecimento
desde o proprietário até o pessoal de linha de frente sobre a percepção dos clientes, no que se
refere à qualidade do serviço prestado.
o mínimo que o consumidor julga aceitável para a prestação de um determinado serviço. Isso
é baseado, em parte, na avaliação do consumidor do que será o serviço, ou seja, o padrão de
serviço esperado pelo consumidor. Uma prestação julgada abaixo do nível de serviço
adequado não seria aceita pelo consumidor, ou esse tenderia a mudar de prestador.
Entre esses dois níveis de serviço, o desejado e o adequado, há uma zona de tolerância
que “se dilata e se contrai como um acordeão” (Parasuraman, Zeithaml e Berry, 1991, p. 42).
Essa zona, apresentada na figura a seguir, pode variar de um consumidor a outro e,
potencialmente, de uma situação a outra para o mesmo consumidor.
Baixa Alta
Adequado Desejado
46
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Tal abordagem faz uma avaliação objetiva da desconformidade. Por meio dos escores
individuais, é possível calcular os escores agregados, dependendo da estrutura dimensional
que se está desenvolvendo.
47
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
diferente do escore original da característica que está sendo observada. Esses erros podem ser
de dois tipos: o erro sistemático e o aleatório (Malhotra, 1996). O erro sistemático é o que se
apresenta de maneira constante, como resultado da deficiência inerente à própria escala. Toda
vez que a escala for usada, ele estará presente. Já o aleatório, por sua vez, é aquele não se
apresenta com a mesma constância e afeta o resultado de forma diferente toda vez que a
escala é usada. Dessa forma, o grau de erro apresentado pela escala deve ser considerado.
48
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Para auxiliar a coleta de dados para o modelo Servqual, vai ser utilizado o método de
entrevista focalizada de grupo, pesquisa de motivação, ou, do original em inglês, focus group.
Segundo Albrecht (1995), trata-se de um método simples de pesquisa, com um questionário
direto, fácil de ser implementado, que pode ser aplicado rapidamente, tendo como objetivo
selecionar uma quantidade de clientes pelo uso de um método para reduzir a amplitude das
expectativas. A razão para o nome “foco”, segundo Berry (1996, p. 48), é porque “as
perguntas são relativas a um tópico ou questão específica”. Para Livingstone (1982), a
pesquisa de grupo de foco é uma pesquisa primária, porque obtém as informações por meio
das opiniões pessoais de um grupo.
O método define que o grupo seja formado por pessoas que possuam as mesmas
características, e que sejam os “clientes potenciais”, segundo Albrecht (1995), Mattar (1996,
p. 18) define a composição de grupo como: “Pessoas com características demográficas,
socioeconômicas e de estilo de vida extremamente homogêneo”, a fim de manter as
expectativas no mesmo patamar, não ocorrendo posições conflitantes causadas por resultados
diferentes.
“Em pesquisas sobre qualidade em serviços, os grupos de foco são um cenário ideal
para os clientes discutirem os problemas de serviços que estão enfrentando e propor uma série
de melhorias” (Berry, 1996, p. 48). Os clientes fornecem um feedback imediato sobre o que
julgam que determina a qualidade do serviço, permitindo à empresa ampliar seus
conhecimentos e avaliar os detalhes de uma determinada questão. Ao fazer um grupo de foco
com os funcionários, a empresa obtém um feedback rápido sobre as formas de superar
determinados tipos de problemas nos serviços prestados.
De acordo com Berry (1996), as sessões de grupo de foco são na verdade sessões de
brainstorming, em que são apresentadas novas idéias e perspectivas diferentes.
As entrevistas com o grupo de foco, segundo os vários autores que abordam esse tema,
devem ser conduzidas por um moderador, mantendo-se focalizado no tema do qual se quer
obter os dados, com um pequeno grupo de participantes com as características acima
definidas. Para Mattar (1996), o aplicador da técnica deve ser um “moderador experiente”.
49
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
Para Berry (1996) e para Albrecht (1995, p. 32), “qualquer pessoa razoavelmente capaz” pode
aplicar essa metodologia. Vale salientar que o moderador vai ser a pessoa responsável por
interpretar os dados, tendo de possuir sensibilidade e contexto para analisá-los. Cabe ao
moderador incentivar a participação de todos do grupo, fazendo com que todos expressem sua
opinião.
Os autores sugerem que o grupo de foco seja formado por um mediador e um grupo de
participantes em média de sete a doze pessoas, em que as entrevistas não devam exceder a
duas horas, para que as respostas não se tornem redundantes, desviando o foco da questão
apresentada e para que ela seja completamente debatida.
O mediador deve possuir alguns atributos, segundo a autora, tais como: deixar os
entrevistados à vontade para expressar suas opiniões, pois as pessoas gostam de participar de
sessões em grupo, já que estão ali para serem ouvidas; não intimidar os participantes, para que
todos expressem suas opiniões, pois normalmente as pessoas se esforçam para fazer
contribuições úteis. O mediador não pertence ao grupo, e o seu papel é perguntar e analisar as
respostas, não podendo assim interferir com o seu ponto de vista.
O mediador pode utilizar três tipos de questionários para executar a pesquisa. Segundo
Reis (2001), cabe ao mediador escolher o tipo de questionário que irá utilizar:
• Questionário plenamente estruturado: com perguntas enumeradas em uma seqüência pré-
definida.
• Questionário semi-estruturado: o mediador trabalha com títulos e não com perguntas pré-
formuladas.
• Questionário não-estruturado: o mediador trabalha com um roteiro básico, deixando o grupo
expressar suas opiniões.
Segundo Berry (1996), os grupos de foco são freqüentemente trabalhados
incorretamente. Muitas empresas utilizam o grupo de foco para fazer pesquisas sobre a
qualidade do serviço, porém o grupo de foco não é um substituto das pesquisas quantitativas,
sendo uma o complemento da outra.
Provavelmente, por isso, o método de entrevista de grupo de foco é suscetível a críticas
e serve como uma técnica de pesquisa exploratória: “A entrevista focalizada em grupo é uma
técnica recomendável para pesquisas exploratórias e não pesquisas conclusivas” (Mattar,
1996, p. 19).
Berry (1996) afirma que as pesquisas qualitativas e quantitativas usadas conjuntamente
podem melhorar o projeto de ambas. As pesquisas qualitativas podem necessitar de uma
50
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
pesquisa empírica para serem mais bem exploradas, como dados empíricos podem resultar em
uma questão que tem de ser avaliada por meio de um grupo de foco.
“As Entrevistas Pessoais são o método mais eficiente de levantar opiniões do cliente,
permitindo utilizar perguntas amplas e complexas e coletar respostas elaboradas e em grande
número” (Corrêa e Caon, 2002, p. 29). A entrevista pessoal pode ser feita em quatro tipos
distintos de lugares: no ambiente de prestação do serviço, em local público, na residência ou
local de trabalho do entrevistado e em um ambiente neutro, como a sede da empresa que está
realizando a pesquisa de mercado.
A entrevista no local de prestação do serviço é a mais utilizada, pelo baixo custo
decorrente da alta concentração de clientes. A adequação do método depende
fundamentalmente das características ambientais do espaço em que se dá o serviço. A
principal desvantagem desse método é o pouco controle sobre a amostra e sobre o executor da
entrevista, o que pode levar à manipulação dolosa dos resultados.
Outras alternativas de localização para as entrevistas pessoais são raramente utilizadas
devido aos altos custos decorrentes da pouca densidade dos clientes (em espaços públicos) ou
da necessidade de deslocamento do entrevistador ou do cliente.
A primeira parte deste capítulo tratou da escolha do método base para a coleta de dados
da pesquisa. Os métodos de entrevistas utilizados para executar a coleta de dados foram
apresentados na segunda e terceira partes do capítulo.
Mensurar a qualidade do serviço é uma árdua tarefa, pois, como o serviço é um produto
de característica intangível, a percepção da qualidade depende de fatores emocionais dos
clientes.
Na literatura, vários são os modelos propostos para a análise da qualidade do serviço,
porém o SERVQUAL é o que melhor se enquadra no objetivo do trabalho, pois pode ser
aplicado em diversos tipos de serviços, analisa por meio da escala Likert a qualidade
percebida e a expectativa com base nas dimensões da qualidade, que são expostas em um
questionário com vinte e duas questões.
51
Capítulo 3 Instrumento para Avaliar a Expectativa e a Percepção
O modelo ainda propõe um estudo do Gap da qualidade, que se divide em cinco, cada
um analisando uma determinada etapa , ou melhor, um segmento do processo de serviço, os
quais serão estudados conforme as necessidades e características da empresa.
O questionário é de fácil aplicação, podendo ser aplicado para a análise do grupo foco e/
ou para as entrevistas pessoais.
No capítulo seguinte, será abordada a metodologia que forneceu a base para a coleta de
dados deste trabalho.
52
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
Este capítulo apresenta a metodologia que forneceu a base para a coleta de dados da
pesquisa. Foi determinado um roteiro para auxiliar sua execução na fase de levantamento de
dados. A pesquisa de campo foi a técnica utilizada para a obtenção das informações. Trate-se
de uma pesquisa descritiva, de caráter quantitativo, cujos dados receberam um tratamento
estatístico para a análise dos resultados.
O principal objetivo dessa pesquisa é identificar se a administração do shopping está
suprindo as expectativas dos seus clientes.
Ao final do capítulo três, sugeriu-se a utilização do método de entrevista com grupos de
foco, com a escala SERVQUAL, para avaliar a percepção da administração de uma
organização, nesse caso um shopping center, sobre as expectativas do cliente, Gap 1. Foram
usadas as entrevistas pessoais, com a escala SERVQUAL como instrumento para melhor
conhecer os clientes da organização e suas expectativas, Gap 5. Esses métodos foram
apresentados no capítulo anterior e, a partir da decisão de utilizá-los, foi feito um
aprofundamento teórico em todas as suas etapas e buscando-se outras ferramentas
complementares que se fizessem necessárias.
Por mais que esses métodos se apresentem como os mais indicados, possuem, como
todos os demais, suas limitações. Sendo assim, foi proposto um roteiro que auxiliasse na
determinação das expectativas dos novos clientes, na priorização das mesmas, e que
auxiliasse na abordagem.
De forma esquemática, o roteiro que vai ser seguido para determinar a percepção da
administração sobre as expectativas do cliente e a percepção, está apresentado na Figura 4.1.
O roteiro tem possui seis etapas e é composto por entrevista com grupo de foco, com a
administração e entrevistas pessoais com os clientes, utilizando o SERVQUAL, interpretando
na estratégia da empresa e seus fatores críticos de sucesso.
53
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
ETAPAS
1ª Etapa
Elaborar o questionário
2 ª Etapa
Seleção da amostra
3ª Etapa
Realizar o pré-teste
4 ª Etapa
Entrevistas de Grupo de Foco e
Entrevistas Pessoais
5ª Etapa
Interpretar os resultados
6 ª Etapa
Elaborar as considerações finais
54
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
(Breen, 1991, apud Aguiar, 2001). Carvalho e Leite (1997) afirmam que o questionário é a
ferramenta mais difundida para coletar informações dos respondentes de uma determinada
população em estudo.
Aplicando-se como instrumento de coleta de dados a escala SERVQUAL, na Tabela
4.2, as dimensões utilizadas na escala e suas afirmativas relacionadas. Vale salientar que
foram utilizadas as dimensões tradicionais do modelo, que são: os aspectos tangíveis, a
empatia, a segurança, a presteza e a confiabilidade.
Tabela 4.2 - Dimensões e suas abordagens para a elaboração da escala SERVQUAL
Aspectos tangíveis:
1. Os prestadores de serviços devem ser centrados em um mesmo local.
2. A administração deve ter propagandas voltadas especificamente para as prestações de
serviços existentes no shopping.
3. A administração investe em modernização tecnológica.
4. O material associado ao serviço prestado pela administração, tais como prestação de contas,
faturas, são esclarecedores.
Empatia:
5. A administração tem horários convenientes de funcionamento para os seus clientes.
6. A administração demonstra interesse em solucionar suas queixas.
7. A administração mostra-se interessada em suas sugestões.
8. A administração entende suas necessidades específicas.
9. A administração está centrada no melhor serviço aos clientes.
10. A administração dá os clientes uma atenção personalizada.
Segurança
11. Os funcionários da administração transmitem confiança.
12. A pessoa se sente segura em suas transações com os funcionários da administração.
13. Os funcionários da administração são gentis.
14. Os funcionários recebem suporte adequado da administração para bem executar as suas
tarefas.
Presteza:
15. A administração dá rápidas respostas às questões do cliente.
16. A administração dá atendimento com presteza.
17. A administração não comunica aos clientes exatamente quando os serviços estarão
concluídos.
55
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
Confiabilidade:
18. A administração que mostrar segurança em seus procedimentos é confiável.
19. A administração mantém seus registros atualizados.
20. A administração presta o serviço certo da primeira vez.
21. Quando a administração promete fazer algo em determinado prazo, ela cumpre.
22. A administração se mostra solidária e prestativa quando o cliente, prestador de serviços,
tem problemas.
As respostas a essas questões são dadas em uma escala tipo Likert que varia de 1 a 7,
onde 1 equivale a “discordo fortemente”, e 7 a “concordo fortemente”, não havendo nenhuma
palavra associada às medidas intermediárias.
Abaixo estão os 44 itens que compõe cada uma das partes do qusetionário. Usamos a
nomenclatura de Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), em que o“E” são as expectativas e “P”
as percepções.
As dimensões usadas são:
56
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
• Expectativas de segurança
E11 - Os clientes deveriam ser capazes de confiar nos funcionários desta organização.
E12 - Os clientes deveriam ser capazes de se sentir seguros em suas transações com os
funcionários desta organização.
E13 - Os funcionários da administração deveriam ser gentis.
E14 - OS funcionários da administração deveriam receber suporte adequado da organização
para bem executar as suas tarefas.
• Expectativas de presteza
E15 - Há problema se os funcionários da administração estiverem muito ocupados para
responder prontamente às solicitações dos clientes.
E16 – Os funcionários da administração sempre precisam estar dispostos a ajudar os clientes.
E17 – Os clientes deveriam esperar que a administração comunicasse aos clientes exatamente
quando os serviços estarão concluídos.
• Expectativas de confiabilidade
E18 – A administração deveria ser confiável.
E19 – A administração deveria manter seus registros atualizados
E20 - A administração deveria fornecer seus serviços no prazo prometido.
E21 - Quando a administração se compromete a fazer algo em um prazo determinado, deveria
fazê-lo.
E22 - Quando os clientes enfrentam problemas, esta administração deveria ser solidária e
prestativa.
• Percepção de itens aspectos tangíveis
P1 - Os prestadores de serviços são centrados em um mesmo local.
P2 - A administração tem propagandas voltadas especificamente para as prestações de
serviços existentes.
P3 - A administração investe em modernização tecnológica.
P4 - O material associado com o serviço prestado pela administração, tais como prestação de
contas, faturas, é esclarecedor.
• Percepções de empatia
P5 - A administração tem horários convenientes de funcionamento para os seus clientes.
P6 - A administração demonstra interesse em solucionar as queixas dos clientes.
P7 - A administração mostra-se interessada pelas sugestões dos clientes.
P8 - A administração entende suas necessidades específicas.
57
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
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Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
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Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
Os questionários que foram aplicados na pesquisa para a obtenção dos dados do objetivo
da dissertação são apresentados no apêndice deste trabalho. Um questionário analisa a
percepção e expectativa dos clientes, e outro analisa a percepção da administração sobre a
expectativa dos seus clientes.
Por meio dessas entrevistas serão analisadas quais as expectativas e percepções dos
clientes sobre a administração do shopping center pesquisado, se a administração está
suprindo as expectativas do cliente, e se ela está tendo a percepção de quais são as
necessidades e desejos da clientela específica que ela administra.
Para a análise do Gap 5, que é a discrepância entre as expectativas e as percepções dos
clientes, utilizou-se a entrevista pessoal, com a qual foram analisadas, com o auxílio da escala
SERVQUAL, as expectativas e as percepções dos prestadores de serviços existentes, no
shopping estudado, sobre a administração.
As entrevistas devem ser feitas, inicialmente, com a apresentação do moderador,
entrevistador, ao participante, fazendo uma explanação sobre a pesquisa. Em seguida, inicia-
se a entrevista com a escala SERVQUAL, buscando sempre manter o foco da pesquisa. Por
último, perguntar aos entrevistados se eles já haviam participado de alguma pesquisa para
avaliar a qualidade dos serviços prestados pela administração, ou se a administração já os
havia questionado sobre suas idéias, se eles estão satisfeitos com a administração atual do
shopping.
As entrevistas pessoais vão ser feitas com o proprietário, gerente ou responsável pela
prestação de serviço, sendo marcado anteriormente um horário com essa(s) pessoa(s) para a
aplicação do questionário, a fim de que ele seja aplicado corretamente, com a pessoa voltada
totalmente para a entrevista, para que se tenham as respostas legítimas dos entrevistados,
tentando não deixar brechas para as falhas de compreensão das perguntas.
No Gap 1, que equivale à discrepância entre as expectativas do cliente e a percepção
pela administração dessa expectativa, vão ser analisados os tomadores de decisão da
administração do shopping, que são os gerentes, para determinar a característica do grupo. A
entrevista de grupo de foco vai ser realizada com os cinco gerentes da administração. A
entrevista, como já foi dito no capítulo 3, não pode exceder a 2 horas.
Inicialmente, o moderador vai se apresentar e pedir que os entrevistados se apresentem.
Logo depois fará uma explanação sobre a pesquisa e apresentará o questionário para que eles
respondam. Após todos terem respondido ao questionário, haverá um debate sobre as
60
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
questões, a fim de se saber o ponto de vista de cada um sobre o tema abordado. É função do
moderador incentivar a todos a discutirem os temas.
Ao final da entrevista, o moderador deve certificar-se de que obteve as respostas de que
necessitava para avaliar as prioridades dos entrevistados sobre a qualidade dos serviços
prestados pela administração do shopping.
Nesta etapa, deve-se ter a maior atenção, pois é nela que aparecem as limitações das
técnicas de entrevista e do questionário, como já foi abordado no terceiro capítulo. Nessa fase,
o mediador, entrevistador, decide finalizar o levantamento dos dados. Inicia-se o possesso de
análise dos dados apurados nas entrevistas, das variáveis qualitativas ordinárias.
Uma ferramenta que pode auxiliar o pesquisador na análise dos dados é a análise
estatística dos dados, que é de fundamental importância para a pesquisa.
Esse método descritivo para a análise dos dados coletados submete os dados a cálculos
estatísticos: média, moda e desvio-padrão.
Na análise de um conjunto de dados nas quais as variáveis são quantitativas e com
distribuição normal, é indicado para o cálculo da correlação linear o coeficiente de correlação
de Pearson (Fonseca, Martins e Toledo, 1985). Uma medida alternativa para o cálculo da
correlação é dada pelo coeficiente de correlação de Spearman, ou coeficiente de correlação
ordinal, segundo Spiegel (1993), quando as variáveis são categóricas.
Para se calcular o coeficiente de correlação de Spearman (rs), será utilizada a seguinte
fórmula:
rs = 1 – 6 di2 / [n (n2 – 1)] (4.1)
em que:
rs = coeficiente de correlação Spearman;
6 = constante;
di = diferença entre as posições relativas para as duas características;
n = número de observações (tamanho da amostra).
Para o cálculo desse coeficiente, levam-se em conta as posições que os valores das
variáveis ocupam, ordenados de modo crescente ou decrescente. O coeficiente rs varia de –1
(uma correlação negativa perfeita) a +1 (uma correlação positiva perfeita), dependendo do
grau da relação entre as variáveis e da forma coma se relacionam (direta ou inversamente). Se
61
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
r for igual a zero, significa que inexiste a correlação. Esse nível de corte varia, dependendo do
objeto de medição que está sendo desenvolvido (Snedecor e Cochran, 1989).
Para auxiliar a análise dos dados, vai ser utilizado o programa SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences), que permite realizar cálculos estatísticos complexos, como
os cálculos dos coeficientes de correlação de Spearman, e também da médias, do desvio
padrão e da distancia euclidiana quadrática , visualizar resultados, de forma rápida. Para
autores como Magalhães e Lima (2000), o computador contribui positivamente para a difusão
e o uso dos métodos estatísticos, para os estudantes e profissionais das diferentes áreas que
necessitam controlar e interpretar dados estatísticos de maneira a gerir e transmitir de uma
forma precisa e eficaz as informações relevantes para as suas atividades.
Finalmente, vale ressaltar que o pesquisador, na interpretação dos dados, deve
identificar as expectativas e a percepção dos clientes e a percepção da administração em
relação às dimensões pesquisadas e procurar priorizá-las.
- + ' * ' .
' enfermeiros treinados para prestar primeiros socorros; b
+ ' com recepcionistas bilíngües que esclarecem as dúvidas dos clientes e
recepcionam os turistas estrangeiros, para atrair e melhor servir a população que utiliza o
shopping.
* ' + '
% / %
' 0 , 1
2
' ' 3445' 6
, ' + '
7
84 9$ : 9; :
* ' , *
1 ' : * ' :
1 9
& '
' * :
1 9
O objetivo desta pesquisa de campo consiste na coletas de dados e análise dos dados
obtidos com a Escala SERVQUAL, nas entrevistas do grupo foco e nas entrevistas pessoais,
tendo como seu principal objetivo verificar se a administração está suprindo as expectativas
dos seus clientes, analisando esse objetivo mediante a percepção e a expectativa que os
clientes têm dos serviços prestados pela administração.
O questionário SERVQUAL, elaborado sobre cinco das dimensões da qualidade, foi a
fonte para a obtenção de informações, tais como: a percepção da administração sobre as
expectativas do cliente, a qualidade do serviço percebido e a expectativa e percepção dos
clientes sobre o serviço da administração.
A amostra selecionada para a coleta das informações foi a não-probabilística por quota
para a aplicação do instrumento de coleta de dados.
A interpretação dos resultados vai ser feita com o uso do coeficiente de correlação de
Spearman, para a análise das variáveis qualitativas ordinárias obtidas com a aplicação do
questionário.
64
Capítulo 4 Uma Proposta para a Avaliação da Qualidade de Serviço
65
Capítulo 5 Análise dos Resultados
Neste capítulo vão ser apresentados os resultados obtidos na coleta de dados, que serão
o objeto de uma análise e interpretação após a aplicação do questionário, a qual se divide na
avaliação da expectativa e percepção do cliente; percepção da administração das expectativas
do cliente e qualidade do serviço percebido.
66
Capítulo 5 Análise dos Resultados
A análise dos dados foi feita com o cálculo dos coeficientes de correlação de Spearman,
médias, desvio-padrão, qualidade do serviço, percepção da administração e distância
euclidiana quadrática, que foram realizados no programa SPSS v. 13.
Quanto à validade do questionário, foi realizado o teste de hipótese, que avalia o
coeficiente de correlação de Spearman para cada um dos grupos na escalas expectativa,
Tabela 5.1, e percepção, Tabela 5.2. Na análise da Tabela 5.1, os coeficientes de correlação
que não estão marcados com um asterisco (total 16), foram rejeitados no nível de 5% de
significância, ou seja, não há correlação entre a pontuação na afirmativa (por respondente) e o
total de pontos no instrumento (por respondente). Conseqüentemente, os coeficientes taxados
com asterisco não foram rejeitados no nível de 5% de confiança, isto é, há correlação ordinal
entre a pontuação na afirmativa (por respondente) e o total de pontos no instrumento (por
respondente). Essa análise é similar à da Tabela 5.2.; no entanto, a quantidade de variáveis
não-correlacionadas nesse Tabela 5.2. é maior que as não-relacionadas da Tabela 5.1.
67
Capítulo 5 Análise dos Resultados
Na Tabela 5.3, observa-se que nenhuma das variáveis foi rejeitada no nível de 5% de
significância; logo, não foi rejeitada a hipótese de que há correlação ordinal entre a pontuação
na afirmativa (por respondente) e o total de pontos no instrumento (por respondente).
As tabelas a seguir abordam o cálculo das médias e desvios-padrão das afirmativas para
os grupos que apresentaram correlação entre a pontuação na afirmativa e o total de pontos no
instrumento, de acordo com o teste de Spearman. Representação das tabelas: prestadores de
serviço de Lazer e Diversão existentes no shopping, Tabela 5.4 ; prestadores de serviços de
Alimentação existentes no shopping, Tabela 5.5; prestadores de serviços de Clínica Médica
existentes no shopping, Tabela 5.6; prestadores de serviços de Serviços existentes no
shopping, Tabela 5.7; prestadores de serviços de Faculdade existentes no shopping,Tabela
5.8.
68
Capítulo 5 Análise dos Resultados
Vale salientar que a Tabela 5.1 e a Tabela 5.2 apresentam o cálculo do coeficiente de
correlação de Spearman para todos os grupos e informações sobre o teste de Spearman.
69
Capítulo 5 Análise dos Resultados
prestadores de serviço em um mesmo local, que obteve a menor média. Houve também uma
média baixa para a análise da percepção.
Os valores médios para a percepção variaram de 3,05 a 7,00. A correlação entre os
níveis de 3 a 7 indica que o usuário apresentou uma grande diferença de percepção entre as
dimensões, o que também foi apresentado em relação à sua expectativa. A afirmativa que
analisa se a administração mantém os seus registros atualizados foi a de maior relevância
(7,00).
As médias do desvio-padrão para a expectativa (0,45) mostram-se inferiores às médias
do desvio-padrão da percepção (0,70), o que sugere que as avaliações dos usuários dos níveis
de expectativa são mais agregadas ao serviço percebido.
• Grupo Alimentação
70
Capítulo 5 Análise dos Resultados
• Grupo Médico
71
Capítulo 5 Análise dos Resultados
dimensões,o que também foi apresentado em relação à expectativa desse. A afirmativa que
analisa a centralidade dos prestadores de serviço foi a de maior relevância (6,00), estando
também na dimensão dos aspectos tangíveis a menor média (2,00) obtida; contudo, a
dimensão confiabilidade foi a que teve a maior média, e a dimensão empatia a que possuiu a
menor média, entre as dimensões.
As médias do desvio-padrão para a expectativa (0,58) mostram-se inferiores às médias
do desvio-padrão da percepção (0,78), o que sugere que as avaliações dos usuários dos níveis
de expectativa são mais agregadas ao serviço percebido.
• Grupo Serviços
72
Capítulo 5 Análise dos Resultados
• Grupo Faculdades
A análise dos resultados desse grupo mostra-se diferente da dos grupos anteriores, em
relação à análise da expectativa. Os valores médios para a expectativa variaram de 4,00 a
7,00. A concentração das respostas entre os níveis de 4 e 7 indica que o grupo de faculdades
dos prestadores de serviços apresenta níveis altos de expectativa em relação aos serviços da
administração. Nos grupos anteriores as afirmativas relacionadas à dimensão confiabilidade
apresentam as maiores médias. Nesse grupo, a dimensão presteza é que apresenta a maior
média, tendo três afirmativas com o valor máximo de relevância (7,00).
As três afirmativas com as menores médias analisando a expectativa variaram entre 4,00
e 5,00. Dentre elas destacam-se :
− a centralidade dos prestadores de serviço (4,00);
− a necessidade de a administração entender as necessidades específicas dos clientes
(5,00);
− a capacidade de os clientes em confiar na administração (5,00).
74
Capítulo 5 Análise dos Resultados
Essas afirmativas indicam que o grupo de clientes faculdade não atribui prioridade à
centralidade, nem à necessidade de a administração entender as necessidades específicas dos
clientes, à capacidade de confiar na administração, o que não significa que considere esses
itens satisfatórios na análise da percepção do serviço.
Os valores médios para a percepção variaram de 1,50 a 7,00. A correlação entre os
níveis de 1,50 a 7,00 indica que o usuário apresentou uma grande diferença de percepção
entre as dimensões. A afirmativa que analisa a centralidade dos prestadores de serviço foi a de
maior relevância (7,00). O nível mais baixo foi na segunda afirmativa, que analisa se a
administração deveria ter propagandas voltadas para os prestadores de serviço existentes no
shopping.
As médias do desvio-padrão para a expectativa (0,97) mostram-se inferiores às médias
do desvio-padrão da percepção (0,46), o que sugere que as avaliações dos usuários dos níveis
de expectativa são mais agregadas aos fatores ambientais e psicos-sociais, não estando
relacionados à percepção do serviço.
75
Capítulo 5 Análise dos Resultados
77
Capítulo 5 Análise dos Resultados
78
Capítulo 5 Análise dos Resultados
• Análise Bivariada
n 2
D =2
(Peri − Expi ) (5.1)
i =1
A Tabela 5.11, apresenta a distância euclidiana quadrática e a soma das afirmativas para
todos os grupos que apresentaram correlação entre a pontuação na afirmativa e o total de
pontos no instrumento, de acordo com o teste de Spearman, nas escalas expectativa e
percepção.
79
Capítulo 5 Análise dos Resultados
Dessa forma, o Gap 5 foi analisado com o somatório das respostas e não com a média.
Os resultados apresentados, apesar de mostrarem valores para as distâncias entre as escalas,
não identificavam se uma incongruência era um ponto forte (caso o valor da variável
encontrada na escala percepção fosse maior do que a da expectativa) encontrado, ou um ponto
fraco (caso contrário), uma vez que eles assumem valores positivos e iguais a zero (Rocha e
Oliveira, 2003). Assim, fez-se necessário, também, observar o somatório das pontuações
atribuídas aos itens nas duas escalas para, então, observar-se a desconformação encontrada era
um ponto forte ou fraco para o serviço em questão.
Como se pode observar, os escores apresentam menor dissimilaridade para a variável “a
centralização dos prestadores de serviços em uma mesmo lugar” (25). Os escores que
apresentam maior dissimilaridade para a variável foram em relação à afirmação “a
administração deveria ter propagandas voltadas especificamente para os prestadores de
serviço existentes nos shoppings” (642). Que reforça os resultados obtidos anteriormente
através da análise das médias dos dados .
80
Capítulo 5 Análise dos Resultados
A maior média obtida na análise da expectativa dos prestadores de serviço ocorreu nas
alternativas relacionadas com a dimensão confiabilidade. O fato demonstra concordância com
o estudo de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1990), e também evidencia a importância dessa
dimensão na formação das expectativas dos clientes.
Na análise dos valores médios dos grupos em relação às dimensões, a dimensão de
expectativa mais elevada para todos os grupos, com exceção do grupo faculdade, foi a
confiabilidade. O resultado, com nota 7,00, foi visto como o de maior freqüência na análise da
expectativa dos grupos. A dimensão também obteve as maiores médias para a análise da
percepção nos grupos.
Os aspectos tangíveis foram os que tiveram as médias mais baixas, em média nos
grupos, em relação à análise da expectativa e à análise da percepção.
As médias do desvio-padrão para a expectativa mostram-se inferiores às médias do
desvio-padrão da percepção, o que sugere que as avaliações dos usuários sobre os níveis de
expectativa são mais agregadas ao serviço percebido.
Analisando os valores do desvio-padrão, verificou-se em média uma baixa variabilidade
das respostas, o que indica um nível elevado de expectativa, confirmando a importância
desses itens, na opinião dos usuários.
Na análise do Gap 1, da percepção da administração quanto às expectativas do cliente,
apenas cinco resultados foram positivos, compatíveis com a percepção da administração,
mostrando que ela não está, como imaginava, a par das expectativas dos seus clientes.
As afirmativas que apresentaram os melhores resultados foram:
− manter os registros atualizados;
− comunicar aos clientes o prazo correto da conclusão dos serviços;
− a rápida resposta aos questionamentos dos clientes;
− prestar o serviço certo na primeira vez;
− fornecer os serviços nos prazos previstos.
Dentre as afirmativas que tiveram menores médias:
− a capacidade de confiar na administração;
− o atendimento individual aos clientes;
− a gentileza dos funcionários.
Na análise do Gap 5, apenas uma afirmativa apresentou um resultado positivo, com
nível de percepção maior que de expectativa, o que significa que os usuários avaliaram
81
Capítulo 5 Análise dos Resultados
positivamente esse item. As vinte e duas alternativas restantes tiveram um resultado negativo,
em que a expectativa foi maior que a percepção; ou seja, a qualidade do serviço não é
satisfatória, quando comparadas as suas expectativas e percepções.
As afirmativas que apresentaram os melhores resultados foram:
− a centralização dos prestadores de serviço no mesmo local;
− a capacidade de confiar na administração;
− a gentileza dos funcionários .
Dentre as afirmativas que tiveram menores médias, destacam-se duas relacionadas à
dimensão empatia, e uma à confiabilidade.
− administração deveria ter propagandas voltadas especificamente aos prestadores de
serviço existentes nos shopping;
− a administração deveria mostrar interesse pelas sugestões dos clientes;
− a administração deveria demonstrar interesse em solucionar as queixas dos clientes;
− a administração deveria fornecer os seus serviços no prazo prometido.
Isso significa, que a administração não está escutando os seus clientes, nem solucionam
suas queixas, havendo uma falha na comunicação entre os clientes e a administração.
Por fim, foi realizado o estudo de desconfirmação entre as escalas percepção e
expectativa, e uma análise bivariada, que confirmou o resultado obtido no Gap 5.
82
Capítulo 6 Conclusões e Recomendações
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O objetivo geral do presente trabalho foi apresentar uma análise crítica da avaliação da
expectativa e da percepção de clientes de serviços, tendo como base a qualidade percebida da
administração dos shopping centers e adotando o SERVQUAL.
Tendo em vista alcançar o objetivo geral, os objetivos específicos que nortearam este
trabalho foram os seguintes:
• demonstrar a importância de um planejamento estratégico para uma empresa de serviços,
voltado para os fatores críticos de sucesso;
• utilizar os gaps do SERVQUAL, como base para a determinação das expectativas e das
percepções;
• utilizar o questionário para analisar expectativas e percepção;
• identificar as principais dimensões da qualidade que são responsáveis pela qualidade dos
serviços, perante a expectativa e percepção do cliente e a percepção da administração;
• apresentar um panorama da qualidade percebida pela administração, apontando os pontos
fortes e fracos dos serviços prestados pela administração;
• discutir os resultados.
Acredita-se que o objetivo geral foi atingido. As metas definidas no objetivo
específico foram alcançadas com a base conceitual desenvolvida na revisão bibliográfica e na
escolha do método. Ressaltem-se os pontos apresentados a seguir:
Procurou-se destacar a importância dos serviços na economia moderna, em que o fator
satisfação dos clientes se tornou a ferramenta competitiva que as empresas utilizam para reter
a liderança do mercado, principalmente em empresas de serviço, que vendem um produto
abstrato e intangível, que é o serviço, que depende dos fatores psicos-sociais dos seus clientes
para ser avaliado.
83
Capítulo 6 Conclusões e Recomendações
84
Capítulo 6 Conclusões e Recomendações
aplicação em larga escala, ou seja, em diversos setores de serviço, para que se possam
generalizar os resultados. Sugere-se, assim, que a escala aqui avaliada seja aplicada em
amostras maiores a empresas não-governamentais, de tal forma que seja possível testar as
dimensões da escala SERVQUAL original e a sua validade como instrumento de mensuração
da qualidade de serviços, bem como analisar se existe algum padrão para os outros itens da
escala.
Sugere-se também aplicar o modelo SERVPERF, que representa melhor a qualidade
dos serviços que o modelo SERVQUAL, de acordo com alguns autores, já que o segundo
avalia a qualidade pelo desempenho dos serviços, não considerando a expectativa do cliente
pelo serviço, mas considerando que a satisfação do cliente é um antecedente da qualidade
perceptível do serviço. Entretanto, ainda não há uma certeza sobre qual modelo é mais o
adequado.
Após a análise que identificou os pontos fortes e os pontos fracos, verificou-se que a
administração de um shoppings necessita de mudanças para melhor se adaptar às necessidades
dos seus clientes, alterando sua forma de comunicação com esses clientes.
As afirmativas que apresentaram os melhores resultados foram a centralização dos
prestadores de serviço no mesmo local, a capacidade de confiar na administração e a gentileza
dos funcionários.
Dentre as afirmativas que tiveram menores médias, destacam-se duas relacionadas à
dimensão empatia, e uma à confiabilidade, a administração deveria ter propagandas voltadas
especificamente aos prestadores de serviço existentes nos shoppings; a administração deveria
mostrar interesse pelas sugestões dos clientes; a administração deveria demonstrar interesse
em solucionar as queixas dos clientes; a administração deveria fornecer os seus serviços no
prazo prometido.
Esses pontos críticos indicam a importância que o cliente dá aos aspectos ligados à
dimensão confiabilidade. Esse dado, é o aspecto apontado no estudo inicial de Parasuraman,
Zeithaml e Berry (1991) como sendo o ponto crítico para uma organização.
Os dados apontados ainda indicam que a avaliação realizada pelos clientes da
administração do shopping estudado sobre a qualidade do serviço da administração não é
satisfatório, pois a média geral do Gap 5 foi negativa.
85
Capítulo 6 Conclusões e Recomendações
A dificuldade de aplicação dos questionários é um dos fatores que deve ser ressaltado,
pois nem sempre há disponibilidade de tempo para os funcionários e clientes envolvidos.
Além disso, o método proposto envolve um número grande de questões, que muitas vezes
causam desmotivação para os respondentes. Outra dificuldade apresentada foi quanto a
acessibilidade da administração do shopping para a aplicação do questionário, já que esse
apontaria no final os pontos fortes e fracos da administração. Não foi possível, como havia
sido proposto, realizar as entrevistas de grupo foco, debatendo com os gerentes da
administração sobre o que eles concordavam e discordavam entre si, sendo feitas assim com a
administração entrevistas pessoais. O questionário não foi aplicado aos varejistas existentes
no shopping. Foi avaliada só a administração de um shopping. O questionário não foi aplicado
aos consumidores que freqüentam o shopping.
A análise dos dados da pesquisa de campo permitiu identificar lacunas em algumas
dimensões da qualidade na empresa estudada. Os resultados confirmam a potencialidade do
modelo utilizado neste trabalho como ferramenta de gerenciamento da qualidade de serviços
da administração.
Considerando que a percepção e a expectativa traduzem características dinâmicas, os
resultados aqui apresentados possuem uma veracidade temporária, devendo ser considerados
importantes para o período de aplicação do questionário, ficando a sugestão para sua
aplicação em trabalhos futuros. Aplicação de nova pesquisa no shopping estudado, pois o
trabalho é pioneiro na avaliação da qualidade da administração dos shoppings centers, e
também, para que seus resultados possam ser comparados com os da pesquisa realizada.
86
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ZEITHAML, V., PARASURAMAN, A., BERRY, L. Delivering quality service. New York:
Free Press, 1990.
93
APÊNDICE
94
PESQUISA DE PERCEPIÇÃO E
EXPECTATIVA DOS PRETADORES DE Entrevistador:
SERVIÇOS ___________________________
Instruções:
As perguntas a seguir são para auxiliar no tratamento dos dados.
1. Sexo do entrevistado: M F
2. Tempo de existência da loja no shopping
3. Cargo do entrevistado:
4. Área de atuação do prestador de serviço:
Instruções:
As afirmações a seguir são referentes à expectativa (e) e à percepção (p) sobre a
administração do shopping. As respostas estão em uma seqüência de 1 a 7 onde, onde 1
equivale a discordo fortemente e 7 a concordo fortemente, os valores intermediários vão ser
determinados pelo sentimento do entrevistado. Ou seja deve-se marcar o que se acredita ser
característico da administração.
LEGENDA:
- discordo fortemente
- concordo fortemente 1 2 3 4 5 6 7
1. Os prestadores de serviços:
e. deveriam ser centrados em um mesmo local. 1 2 3 4 5 6 7
p. são centrados em um mesmo local. 1 2 3 4 5 6 7
2. A administração do shopping:
e. deveria ter propagandas voltadas especificamente 1 2 3 4 5 6 7
para as prestações de serviços existentes no shopping.
p. tem propagandas voltadas especificamente para as 1 2 3 4 5 6 7
prestações de serviços existentes no shopping.
3. A administração do shopping:
e. deveria investir em modernização tecnológica. 1 2 3 4 5 6 7
p. investe em modernização tecnológica. 1 2 3 4 5 6 7
4. O material associado ao serviço prestado pela administração, tais com prestação de contas, faturas:
e. deveriam ser esclarecedores. 1 2 3 4 5 6 7
p. são esclarecedores. 1 2 3 4 5 6 7
5. A administração do shopping:
e. deveria ter horários convenientes de 1 2 3 4 5 6 7
funcionamento para os seus clientes.
p. tem horários convenientes de funcionamento para 1 2 3 4 5 6 7
os seus clientes.
6. A administração do shopping:
e. deveria demonstrar interesse em solucionar suas 1 2 3 4 5 6 7
queixas.
p. demonstra interesse em solucionar suas queixas. 1 2 3 4 5 6 7
7. A administração do shopping:
e. deveria mostra-se interessada em suas sugestões. 1 2 3 4 5 6 7
p. mostra-se interessada em suas sugestões. 1 2 3 4 5 6 7
95
LEGENDA:
- discordo fortemente
- concordo fortemente 1 2 3 4 5 6 7
8. Sobre suas necessidades específicas:
e. é realista esperar que a administração saiba quais 1 2 3 4 5 6 7
são as necessidades específicas de seus clientes.
p. a administração entende suas necessidades 1 2 3 4 5 6 7
específicas.
9. Em relação à otimização dos serviços prestados pela administração do shopping:
e. deveria ser esperado que a administração 1 2 3 4 5 6 7
devessem estar centrada no melhor serviço aos
clientes.
p. a administração esta centrada no melhor serviço 1 2 3 4 5 6 7
aos clientes.
10. A administração do shopping::
e. deveria dar atenção individual aos clientes. 1 2 3 4 5 6 7
p. dá os clientes atenção personalizada. 1 2 3 4 5 6 7
11. Em relação à confiança nos funcionários:
e. os clientes deveriam ser capazes de confiar nos 1 2 3 4 5 6 7
funcionários destas empresas.
p. os funcionários da administração transmitem 1 2 3 4 5 6 7
confiança.
12. Em relação à segurança nos funcionários:
e. os clientes deveriam ser capazes de se sentirem 1 2 3 4 5 6 7
seguros em suas transações com os funcionários destas
empresas.
p. você sente-se seguro em suas transações com os 1 2 3 4 5 6 7
funcionários da administração.
13. OS funcionários da administração do shopping:
e. deveriam ser gentis. 1 2 3 4 5 6 7
p. são gentis. 1 2 3 4 5 6 7
14. Os funcionários da administração do shopping::
e. deveriam receber suporte adequado de suas 1 2 3 4 5 6 7
empresas para bem executar as suas tarefas.
p. recebem suporte adequado da administração para 1 2 3 4 5 6 7
bem executar as suas tarefas.
15. Em relação ao retorno de suas questões:
e. há problema se os funcionários estiverem muito 1 2 3 4 5 6 7
ocupados para responder prontamente às solicitações
dos clientes.
p. a administração lhe dá rápidas respostas as suas 1 2 3 4 5 6 7
questões.
16. Em relação à presteza dos serviços da administração do shopping:
e. seus funcionários sempre precisam estar dispostos 1 2 3 4 5 6 7
a ajudar os clientes.
p. a administração dá atendimento com presteza. 1 2 3 4 5 6 7
17. A administração do shopping::
e. deveriam comunicar aos clientes exatamente 1 2 3 4 5 6 7
quando os serviços estarão concluídos.
p. comunica aos clientes exatamente quando os 1 2 3 4 5 6 7
serviços estarão concluídos.
96
LEGENDA:
- discordo fortemente
- concordo fortemente 1 2 3 4 5 6 7
18. A administração do shopping:
e. deveria ser confiáveis. 1 2 3 4 5 6 7
p. mostra segurança dos seus procedimentos, é 1 2 3 4 5 6 7
confiável.
19. A administração do shopping:
e. deveria manter seus registros atualizados. 1 2 3 4 5 6 7
p. mantém seus registros atualizados. 1 2 3 4 5 6 7
20. A administração do shopping:
e. deveria fornecer seus serviços no prazo 1 2 3 4 5 6 7
prometido.
p. presta o serviço certo da primeira vez. 1 2 3 4 5 6 7
21. Quando a administração do shopping:
e. se compromete a fazer algo em um prazo 1 2 3 4 5 6 7
determinado, deveria fazê-lo.
p. promete fazer algo em determinado prazo, ela 1 2 3 4 5 6 7
cumpre.
22.A administração do shopping:
e. deveria ser solidária e prestativa quando os 1 2 3 4 5 6 7
clientes enfrentam problemas.
p. se mostra solidária e prestativa quando o cliente, 1 2 3 4 5 6 7
prestador de serviços, tem problemas.
97
PESQUISA DE PERCEPIÇÃO E
EXPECTATIVA DOS PRETADORES DE Entrevistador:
SERVIÇOS ___________________________
Instruções:
As perguntas a seguir são para auxiliar no tratamento dos dados.
1. Sexo do entrevistado: M F
2. Cargo do entrevistado:
3. Setor que trabalha:
Instruções:
As afirmações a seguir são referentes à percepção (p) da administração do shopping sobre a
expectativa dos seus clientes (prestadores de serviços existentes no shopping). As respostas
estão em uma seqüência de 1 a 7 onde, onde 1 equivale a discordo fortemente e 7 a concordo
fortemente, os valores intermediários vão ser determinados pelo sentimento do entrevistado.
Ou seja deve-se marcar o que se acredita ser característico da administração.
LEGENDA:
- discordo fortemente
- concordo fortemente 1 2 3 4 5 6 7
1. Os prestadores de serviços:
e. deveriam ser centrados em um mesmo local. 1 2 3 4 5 6 7
2. A administração do shopping:
e. deveria ter propagandas voltadas especificamente 1 2 3 4 5 6 7
para as prestações de serviços existentes no shopping.
3. A administração do shopping:
e. deveria investir em modernização tecnológica. 1 2 3 4 5 6 7
4. O material associado ao serviço prestado pela administração, tais com prestação de contas, faturas:
e. deveriam ser esclarecedores. 1 2 3 4 5 6 7
5. A administração do shopping:
e. deveria ter horários convenientes de funcionamento 1 2 3 4 5 6 7
para os seus clientes.
6. A administração do shopping:
e. deveria demonstrar interesse em solucionar suas 1 2 3 4 5 6 7
queixas.
7. A administração do shopping:
e. deveria mostra-se interessada em suas sugestões. 1 2 3 4 5 6 7
8. Sobre suas necessidades específicas:
e. é realista esperar que a administração saiba quais 1 2 3 4 5 6 7
são as necessidades específicas de seus clientes.
9. Em relação à otimização dos serviços prestados pela administração do shopping:
e. deveria ser esperado que a administração devessem 1 2 3 4 5 6 7
estar centrada no melhor serviço aos clientes.
10. A administração do shopping::
e. deveria dar atenção individual aos clientes. 1 2 3 4 5 6 7
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LEGENDA:
- discordo fortemente
- concordo fortemente 1 2 3 4 5 6 7
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