Biópsia 2
Biópsia 2
Biópsia 2
Carvalho (1971) define biópsia como sendo um exame dos tecidos removidos
de um indivídup vivo. Por extensão, o exame de fluidos, com a finalidade de
diagnóstico citológico, pode ser considerado como uma forma especial de biópsia.
A expressão biópsia é usada pelos cirurgiões para designar o ato em si, da retirada
do material, enquanto os patologistas usam esse termo para significar o exame
macro e microscópico do material obtido cirurgicamente. A expressão engloba
tanto o ato da retirada do tecido como o exame anátomo-patológico desse tecido.
É claro que aprimórdios seria de esperar uma grande margem de erro, sobretudo
pela falta de experiência, de aprimoramento técnico e de equipamento. Hoje a
biópsia é um dos métodos mais precisos de diagnóstico (WILLIAMS, 1997).
Peterson et al. (1996) citam que a biópsia é indicada nos seguintes casos:
quando qualquer lesão que persiste por mais de duas semanas sem nenhuma
base etiológica, quando qualquer lesão inflamatória não responde ao tratamento
local depois de 10 a 14 dias (isto é, depois da retirada do irritante do local),
quando há alterações hiperceratóticas persistentes na superfície dos tecidos,
quando qualquer tumefação persistente, visível ou palpável sob tecido
relativamente normalm quando há alterações inflamatórias de causa
desconhecida que persistem por períodos prolongados, quando há lesões que
interferem com função do local (por exemplo, fibroma), quando há lesões ósseas
não identificadas especificamente por meio dos achados clínicos e radiográficos e
finalmente, quando há lesão que apresente características de malignidade.
De acordo com Howe (1995), são usadas três técnicas diferentes na prática
clínica, a fim de se obter um espécime de tecido para biópsia as quais podem ser
descritas como biópsia por excisão, por incisão e a biópsia por broca. Todavia,
conforme Petersonet al. (1996), há quatro tipos principais de biópsia na boca e a
sua volta: a citologia, biópsia por aspiração, biópsia incisional e biópsia excisional.
A biópsia incisional é realizada naquelas espécimes de lesão que seria dificil de
excisar totalmente, devido a sua extensão ou localização. Na boca, as lesões mais
comuns desse tipo são as lesões brancas de hiperqueratose que afetam a mucosa
oral. Nesses casos, as áreas sangrantes ulceradas, dolorosas ou com induração
devem ser removidas para biópsia. Não se deve escolher as áreas queratinizadas
mais espessas para o exame, pois as áreas cobertas com mucosa atrófica fina ou
com tecido de granulação são potencialmente mais perigosas.
Carvalho (1971) afirma que para diminuir a disseminação das lesões neoplásicas
malignas, deve-se manipular a área lesada o menos possível. Conforme Genovesi
et al. (1994), as principais causas de erros e falhas das biópsias são a falta de
representatividade do material colhido, a manipulação inadequada da peça, a
fixação inadequada, a introdução de anestésico sobre a lesão etc.