08 - Amostragem Estatística
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Arthur Leone
Amostragem
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Sumário
SUMÁRIO ................................................................................................................................................ 2
AMOSTRAGEM ........................................................................................................................................ 4
RESUMO ............................................................................................................................................... 42
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A aula de hoje é reservada ao assunto Amostragem em auditoria. Sobre o tema, a maior parte das questões
tem versado sobre itens contidos nas normas de auditoria. Entretanto, já apareceu em provas alguns cálculos
simplórios e a abordagem doutrinária. Assim, trata-se de assunto em que a abordagem pode variar da simples
teoria ao pequeno raciocínio matemático. Veremos todos os enfoques possíveis. O tema amostragem é cobrado
em qualquer tipo de auditoria (independente, governamental, interna etc.). Sendo assim, é um conhecimento
universal, de modo que ainda que a fonte utilizada seja a norma de auditoria independente, seus ensinamentos se
aplicam a todos os tipos de auditoria. Da auditoria fiscal à auditoria do TCU, passando pelas auditorias
empresariais (independente e interna) por exemplo.
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Introdução-ferramentas para seleção de itens
Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:
A seleção de todos os itens (censo) é apropriada quando a população é pequena; ou outros meios não
poderiam gerar uma evidência confiável; ou então quando seja prático apoiado por um sistema informatizado ou
repetitivo.
A seleção de itens específicos é indicada para selecionar um item em especial, de valor elevado ou com
maior propensão a erros. É uma amostragem não estatística baseada na experiência do auditor, no conhecimento
da população ou com base no processo de identificação de riscos preliminar a auditoria. Como não é amostragem
estatística, não pode ter seus resultados projetados para a população.
Amostragem em auditoria
Qualquer auditoria utilizará a amostragem como ferramenta de coleta de evidências, tanto para testes de
controle como os substantivos. O motivo é simples: o auditor precisa conduzir a auditoria com eficiência e eficácia,
não é factível examinar 100% das operações de uma empresa. Uma auditoria nesses moldes seria altamente
custosa e ineficiente. Entretanto, a amostragem não é algo obrigatório para auditor, apesar de ser raramente
factível uma auditoria que examine 100% das operações de uma entidade.
Segundo Attie (2010) “o uso de amostragem estatística tem sido, em alguns casos, considerado como
vantajoso. O emprego desta prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para
a medição dos resultados obtidos”.
Quando o auditor aplica procedimentos de auditoria em menos de 100% de itens da população relevante
para fins de auditoria, em que cada item tenha a mesma chance de ser selecionado, possibilitando ao auditor
concluir sobre a população a partir da amostra temos a amostragem em auditoria. Nenhuma novidade não é
mesmo? É uma definição que vem da Estatística. Vamos ressaltar um aspecto importante nesta definição, que é o
fato de que cada item tem que ter chances iguais de ser selecionado.
Para esquentar...
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A. rastreamento
B. observação.
C. recálculo.
D. inspeção.
E. amostragem.
Resolução: A questão é fácil, define a amostragem. Porém, há um aspecto bem interessante: as assertivas
misturam a amostragem (letra E) aos procedimentos de auditoria ( letras B,C,D). É importante saber que a
amostragem não é um procedimento de auditoria, mas uma técnica matemática separada dos procedimentos.
Por meio da amostragem, separamos os itens, os saldos, as contas etc. que serão submetidos aos procedimentos
de auditoria. Assim, é um meio, não o fim.
Resposta: E
Apesar dos benefícios da amostragem, em algumas situações não se recomenda a sua utilização, tais como:
a) Quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande. Em
populações muito pequenas, a amostra atinge valor quase que equivalente à população, o que equivaleria, em
termos de custos, à realização de um censo.
b) Quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja
pequena; e
c) Quando há a necessidade de alta precisão, recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o exame da
totalidade da população.
A aplicação do método da amostragem é, em geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso de a
população e a amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas características serem de difícil
mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.
( ) certo
( ) errado
Resolução: vejamos um resumo sobre situações não indicadas à amostragem: não é indicada para populações
pequenas; para populações grandes, mas de fácil mensuração; e quando se exige alta precisão. A questão se
apresenta com elementos verdadeiros e falsos.
Resposta: errado.
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Nesse sentido, eis a lição de questão de prova sobre a amostragem não-estatística (por julgamento):
Os procedimentos da amostragem por julgamento são largamente difundidos, ainda que possam ser
considerados teoricamente falhos, por determinadas razões, entre as quais inclui-se a impossibilidade de
os auditores estimarem quantitativamente o risco que assumem (Cespe 1).
Vamos ficar atentos a nomenclaturas sinônimas que podem aparecer e nos atrapalhar, especialmente
em bancas que avançam um pouquinho além das normas de auditoria. Veja os termos sinônimos à
amostragem estatística e não estatística:
1
Inspetor-RN/2009
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O próprio nome já responde: é a utilização, pela primeira, da teoria das probabilidades. Quando a
amostragem se fundamenta em leis estatístico-matemáticas e seleção aleatória, sendo possível mensurar
matematicamente as variáveis envolvidas, como o risco de amostragem, níveis de erro e confiança, teremos
amostragem estatística.
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos itens
que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma mostra que possa
proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas, como
também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período.
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) III, apenas.
Resolução:
Todas estão corretas. Merece comentário o item III, pois corresponde ao texto da antiga NBC T11, revogada desde
2009. O “problema” é que relação direta poderia ser interpretada como uma relação proporcional, de modo que,
por exemplo, se a população crescesse 50%, a amostra deveria crescer também em 50%. Ocorre que isso não
acontece em amostragem em auditoria. As normas atuais, muito mais consistentes, por serem normas
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internacionais, deixam claro que o tamanho da população tem um efeito negligenciável no tamanho da amostra
Quando a população cresce muito, chega-se a um ponto que a amostra varia minimamente.
Devemos interpretar, portanto, a “relação direta” como a pertinência da amostra à população, as naturezas dos
saldos etc., levando em conta as características da população, não restringindo o enfoque ao tamanho da
população.
Resposta: C
( ) certo
( ) errado
Resposta: errado.
A respeito do uso de amostras para a realização dos trabalhos de auditoria, assinale a alternativa correta.
A. A utilização de amostras nos trabalhos de auditoria não é autorizada pelas normas brasileiras de auditoria por
comprometer a imparcialidade que deve orientar os trabalhos do auditor.
B. Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados, não
poderão ser empregadas técnicas de amostragem.
C. A utilização de amostragem estatística deve ser evitada nos trabalhos de auditoria por não permitir segurança
suficiente a respeito dos seus achados.
D. Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa
proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
E. Amostra e população são conceitos sinônimos em matéria de procedimentos de auditoria com base em
estatísticas.
Resolução:
Letra B – Falso. Esse é um juízo do auditor. Utilizar ou não a amostragem , assim como utilizar um método
estatístico ou não estatístico é questão de julgamento profissional.
Letra E – Falso. População é o universo de itens (100% das unidades). Amostra é uma fração desta população
Resposta: D
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Os testes de observância utilizam a amostragem com a finalidade de verificar a taxa de desvios aplicada a um
determinado tipo de controle. Sua aplicação relaciona-se aos procedimentos que irão servir de base à valoração e
a mensuração das transações ocorridas e também de seus valores monetários. Para tanto, faz-se necessária a
existência de uma trilha de evidência documental referente ao procedimento de controle que se está testando.
( ) certo
( ) errado
Resolução: A amostragem utilizada nos testes de controle visa, de fato, verificar desvios nos controles e necessita
de uma trilha documental como registros, assinaturas, autorizações e outros. Sua aplicação relaciona-se aos
procedimentos que servirão de base à valoração e à mensuração das transações ocorridas, mas não fornece
conclusões sobre valores monetários, o que seria objeto dos procedimentos substantivos. Assim, nos controles
o objeto de análise é um atributo. O erro na assertiva fica por conta do “e também de seus valores monetários”.
Resposta: errado.
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São duas as abordagens mais comuns à amostragem em procedimentos substantivos: a abordagem clássica
de variáveis e a de unidades monetárias, também conhecida como amostragem de probabilidade proporcional ao
tamanho (PPT). Não nos interessa explorar “tudo” sobre a amostragem, já que a ciência matemática exigiria um
curso novo apenas para tratá-la. Nosso limite será a “doutrina dominante” na literatura e, claro, as normas de
auditoria. Afinal, vamos fazer uma prova de auditoria e não de estatística!
Diante desse aspecto, vamos cuidar da amostragem PPT, pois ela aparece nas normas de auditoria. Nas
normas de auditoria, seu nome “nome oficial” é amostragem por unidade monetária (AUM). Assim, fique sabendo
que PPT é o mesmo que AUM.
Outra característica da amostragem PPT é que, como ela evidencia uma amostra proporcional ao tamanho
do valor monetário envolvido, é dispensável a estratificação da amostra. Percebeu? Como o resultado já é
disponibilizado por valor monetário, não precisamos segmentar em estratos a amostra.
A AUM é também conhecida como amostragem de atributos e variáveis. Como assim? Atributo e variável ao mesmo tempo?
Sim. Ela é “por atributo”, mas produz seu resultado em termos monetários. Isso dá pegadinha!
( ) certo
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( ) errado
Descreve as principais características da amostragem PPT. Dentre as quais, o fato de ser baseada na amostragem
de atributos, apesar de fornecer resultados em termos monetários e, também, sua maior eficácia para trabalhar
com a superavaliação.
Resposta: certo.
Desdobrando a tabela, enxergamos já calculados os fatores de segurança para os seus respectivos níveis de
confiança (Não precisa decorar, apenas vamos interpretar!). Quando apareceu em provas, as tabelas foram dadas
pelo examinador (ninguém vai precisar calcular fator e confiança numa prova de auditoria. Espera-se.)
Analisemos um exemplo de cálculo quando envolvida a amostragem PPT. Nela, primeiro devemos calcular
o intervalo da amostragem (IA):
A distorção tolerável corresponde ao valor definido pelo auditor conforme avaliação de materialidade.
Supondo-se que a materialidade é R$ 15.000,00, desejando trabalhar em um nível de confiança de 95%, devemos
fazer o seguinte:
Então, temos:
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A próxima etapa de cálculo é definir a amostra, o que é feito dividindo-se a população (P) pelo intervalo de
amostragem (IA):
Supondo que a nossa população (saldo da conta) seja R$ 500.000, será necessária uma amostra (n) de 100
unidades.
Agora veremos um exemplo em testes de controles. Por óbvio, não temos nos controles os valores
monetários no erro tolerável, mas um valor qualitativo: uma taxa de desvio tolerável, que corresponde aos eventos
classificados como “sucesso” ou “fracasso”.
Imagine que precisamos definir a amostra para testar os controles com nível de confiança de 90%, admitindo
um erro tolerável, isto é, uma taxa tolerável de desvio de 5%. Recorrendo à tabela, temos:
No nível de confiança de 90%, o respectivo fator de confiança constante na tabela é 2,3. Então, temos:
Logo, a amostra deve ter, no mínimo, 46 unidades para garantir os níveis de 90% de confiança com 5% de
desvio tolerável.
Esse tipo de abordagem em provas de auditoria não tem sido comum, porém já apareceu:
Tabela 1:
Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa
tolerável de desvio de 5%, o número de itens a serem testados é
a) 19.
b) 05.
c) 60.
d) 30.
e) 10.
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Resolução: A tabela já resume os cálculos estatísticos necessários. Para encontrar o tamanho da amostra (n),
devemos fazer: n= FC/DT, logo n=3,0/0,05=60
Resposta: C
Esse é mais um assunto que não tem sido comum. Mas a ESAF já cobrou, o que nos deixa sempre uma
possibilidade de outra Banca de bom nível também o fazer. O mais provável seria uma questão sobre a fórmula,
como a abaixo:
ESAF - AFRF/2009
No processo de amostragem o LSE – Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela:
Resposta: A
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Podem existir distorções não detectadas devido à presença do risco de amostragem e do risco de não
amostragem.
Resolução:
Como a distorção está abaixo do nível de materialidade, aparentemente a distorção seria irrelevante (9500 menor
que 10.000). Ocorre que a distorção se aproximou muito do nosso parâmetro (R$ 10.000), de modo que o auditor
está com muito pouca “folga” em relação ao resultado, pois sempre temos que contar que alguma coisa pode “dar
errado”; afinal, estamos trabalhando com uma inferência feita a partir da amostragem e isso envolve risco. Ao
adicionarmos nessa conta o risco de amostragem e de não amostragem, nossa margem poderia ser diminuída ou
romper a barreira de R$ 10.000.
Resposta certo
É importante saber que a UA pode ser um item monetário ou físico, pois não são apenas os documentos
como cheques, notas fiscais, faturas, contratos, estoques etc. que são elementos sujeitos a serem selecionados
como amostra. Existe uma técnica de amostragem, que utiliza a unidade monetária como itens da população.
Suponha que em uma conta tenhamos 50 notas fiscais contabilizadas no valor total de R$100.000,00.
Conforme a técnica de amostragem, o auditor poderá considerar a população desta conta de duas formas: pelo
item físico (50) ou por item monetário (100.000). Veja:
Então o auditor decidiria em realizar a amostragem com base na população de 50 notas fiscais, ou
consideraria a população como 100.000 itens monetários passíveis de seleção. O auditor tomará essa decisão
conforme o nível de detalhes que queira imprimir aos procedimentos de auditoria.
Percebeu?
Diante de várias possibilidades de amostragem, a população poderá ser o saldo ou poderá ser o item. Tudo
depende do método utilizado.
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Populações contábeis
População é um conceito oriundo da estatística, mas a auditoria não é a única técnica a requisitar a
amostragem. Isso faz com que atentemos para as características especiais das populações que são alvo da
auditoria, já que são distintas das de populações-alvo de outros ramos do conhecimento. Segundo Oliveira (1989),
“(...) As populações contábeis diferem da maioria das demais populações porque, antes de o auditor iniciar seus
testes, os dados já foram conferidos, acumulados, compilados e sumariados”.
Porque a população contábil tem características especiais. Não é qualquer população, mas aquela oriunda
dos registros da contabilidade, uma população qualificada. As normas de auditoria não fazem nenhuma referência
ou menção à “população contábil”, contentando-se em tratar o assunto genericamente como “população”. Apesar
disso, o assunto já foi mencionado em prova de concurso. Para justificar a especificidade da população contábil,
encontra-se o argumento de que são unidades de amostragem já tratadas e conferidas pela contabilidade, e não
um mundo totalmente desconhecido. Quanto aos valores, Oliveira (1989) afirma:
a distribuição de valores em uma população contábil geralmente difere de uma população não contábil.
Em uma população não contábil, os valores tendem a se concentrar-se ao redor da média da totalidade dos
elementos. A população contábil, diferentemente, tende a incluir alguns valores bastante elevados e
grande número de pequenos valores.
Os dados relativos a saldos de contas ou classe de transações que também mostram caminhos para avaliar
procedimentos ou aderência aos controles internos ou ainda, exatificarão de valores, denominam-se
b) unidades de testes.
c) populações contábeis.
d) ponderações de valores.
e) variáveis de populações.
Resolução:
Na amostragem, temos a população e as unidades amostrais. Quando focamos dados contábeis na amostragem
em auditoria, permanecemos em um nicho bem específico de dados. São dados de população qualificada e
específica. Trata-se de uma população contábil.
Resposta: C
Bom, como eu disse, em geral as questões mencionam simplesmente “população”. Mas, se a questão
resolver qualificar essa população como “contábil”, você já está sabendo o motivo da adição deste adjetivo. Não é
uma população qualquer, mas uma população que já está “arrumada” em gavetas, em armários, em ordem
cronológica etc. isto é, não é algo aleatório. Por exemplo: se a folha de pagamento é fechada no dia 30 de cada
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mês, não encontraremos documentos relativos a ela ao analisar uma pasta que reúne documentos do dia 15.
Percebeu? Não tem nada de aleatório, existe uma certa previsibilidade ou tendenciosidade.
Representatividade da amostra
A amostragem deve possibilitar ao auditor projetar os resultados para toda população de itens. Assim, uma
pesquisa eleitoral com 1000 eleitores ao concluir que o candidato “A” tem 30% dos votos, projetará, em relação ao
total de 100.000 eleitores, que o total de votos desse candidato será em torno de 30.000, desprezado outras
variáveis (como erros, desvios, confiança da amostra).
Para que isso seja possível, é necessário que a amostra seja representativa da população objeto de análise,
isto é: a amostra deve refletir os atributos da população. A amostra precisa conter em proporção tudo o que a
população possui qualitativamente e quantitativamente.
Na pesquisa eleitoral, se a amostra foi coletada inteiramente no reduto eleitoral do candidato “A”,
poderemos ter que essa amostra de 1000 eleitores selecionados não é uma boa representação da população total
de eleitores. O auditor também precisa ter esse cuidado para buscar uma amostra que represente a população,
caso contrário poderá concluir de forma equivocada sobre a população.
Uma maneira de se conseguir amostra representativa é definindo adequadamente o tamanho da amostra e
a forma de seleção dessa amostra. Uma seleção a partir de números aleatórios gerados a partir de tabelas
estatísticas auxilia a eliminar viés na seleção.
A NBC TA 530, que trata de Amostragem em Auditoria, preconiza que é importante o auditor selecionar uma
amostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham
características
a) semelhantes de amostragem.
b) típicas da população.
Resolução:
A amostra deve representar a população, caso contrário não teremos como concluir sobre o todo a partir da
amostra. Deve ser “honesta”, “representativa”, “típica” e outros termos correlatos.
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha
uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado para
selecionar os itens da amostra. Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir
quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma amostra
representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características
típicas da população.
Resposta: B
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Uma amostra, para ser considerada representativa de determinada população, deve conter as características dos
elementos dessa população.
( ) certo
( ) errado
Resolução: Para ser representativa, deve ser uma representação honesta da população.
Resposta: certo.
Estratificação da amostra
É o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de
amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
Considerando a nossa pesquisa eleitoral como exemplo, uma forma de obter melhores resultados e evitar
que todos os eleitores sejam do reduto eleitoral do candidato “A”, é fazendo a estratificação dos eleitores por
região.
Quando estratificamos, dividimos a população em estratos compostos por itens homogêneos internamente,
mas heterogêneos quando comparados um estrato com outro.
O plano de amostragem probabilística que pressupõe a disposição dos itens de uma população em
subgrupos heterogêneos representativos da população global é denominado amostragem estratificada
(FCC2, grifos nossos).
Percebeu que dentro do estrato é homogêneo e que de estrato para estrato é heterogêneo, não é?
Veja agora o mesmo tema por um outro ângulo, em assertiva também verdadeira:
A técnica que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características homogêneas ou similares, é denominada amostragem
estratificada (FCC3, grifos nossos).
2
Auditor TCE-AL/2008
3
TCM-PA - Técnico de Controle Externo/2010
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Cuidado para não cair em pegadinha! As unidades de amostragem são homogêneas e a subpopulação (os estratos) são
heterogêneos.
Apesar de a população ser semelhante (eleitores), haverá grande variabilidade de preferência de votos
conforme a região e é esse o objeto que a amostragem deve captar. Se a amostra levar em consideração esse
aspecto fazendo a estratificação, o resultado projetado terá menor risco.
Observem que estou falando em eleições apenas com a intenção de facilitar o entendimento, mas
poderíamos usar como exemplo de estratificação: Notas de venda do produto A, B, C; Vendas a partes
relacionadas e terceiros; estoques com mais de 1 ano, 2 anos e por aí vai. São várias formas de estratificar (por
idade, por valor, por região etc.)
ESAF-AFRFB/2014
a) aumentar a taxa de desvio aceitável da amostra, reduzindo o risco inerente e com características semelhantes.
b) diminuir o percentual a ser testado, mas utilizar a seleção não estatística para itens similares.
c) concluir que a distorção projetada é maior do que a distorção real de toda a amostra.
Resolução:
Letra A- Falso. Aumentar o desvio aceitável aumenta o risco, já que se pretende aceitar maiores valores de desvios.
O auditor não interfere no risco inerente. É um risco que já existe antes mesmo da auditoria. É intrínseco a uma
conta, saldo, transação...
Letra B- Falso. Se não utilizamos a amostragem estatística, não temos como medir o risco matematicamente e se
a amostra está em tamanho adequado. A utilização da amostragem estatística e não estatística é questão de
julgamento profissional, mas, em tese, se a população é homogênea é mais indicado a amostragem estatística. A
amostragem não estatística é mais utilizada quando o auditor deseja selecionar algo com base no seu feeling, na
sua experiência.
Letra C-Falso. Nesse caso não aumenta a eficiência, mas a prejudica, pois, o auditor destinará mais testes por
acreditar que as distorções são maiores do que realmente são. O auditor irá procurar por distorções que não
existem.
Letra D-Verdadeiro.
NBC TA 530, apêndice 1.
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A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a em subpopulações
distintas que tenham características similares. O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de
cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.
Resposta D
Risco de amostragem
É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população
fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria (NBC TA 530, item 5).
Em uma amostragem sempre haverá um risco, e isso decorre do fato de que é uma projeção de resultados a
partir de uma pequena parte da população. O risco decorre do tamanho da amostra ou então porque a amostra
não é representativa das características da população.
O risco de amostragem é medido em termos percentuais. Quando fixamos, p. ex., o risco de amostragem
em 5%, estamos afirmando o seguinte:
• 5% representam o nosso risco de inferir quanto à população com base na amostra de forma
equivocada.
• 95% representa o nosso nível de confiança na amostragem.
O risco de amostragem pode ser medido e controlado para a amostragem estatística, mas não para a
amostragem não estatística.
Por qual motivo não é possível controlar o risco de amostragem na amostragem não estatística?
Porque a amostragem “não estatística” não aplica a teoria das probabilidades. É, basicamente, uma
amostragem com base em julgamento profissional, não é possível, portanto, mensurar os riscos
matematicamente.
Voltando ao risco de amostragem, observe que o risco de amostragem não significa, necessariamente, que
o auditor vai ser levado a emitir uma opinião equivocada sobre a regularidade de uma conta ou controle.
Concretizando-se o risco, o auditor vai errar na inferência sobre a população, mas a consequência pode assumir
duas direções. Vamos ver de forma separada o impacto de uma inferência equivocada nos testes de controle e nos
testes de detalhes. Vamos ver que podem afetar a eficiência ou a eficácia da auditoria.
A. o risco de que a conclusão do auditor seja errônea por empregar inadequadamente a técnica de circularização.
B. o risco de que a conclusão do auditor tenha sido tomada sujeitando toda a população ao mesmo procedimento
de auditoria.
C. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser igual se toda a população fosse sujeita
ao mesmo procedimento de auditoria.
D. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse
sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
E. a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população.
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Resolução:
NBC TA 530, 5
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se
toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
Resposta: D
A NBC TA 530 – “Amostragem em Auditoria”, explicita que há riscos de amostragem e outros não resultantes da
amostragem. Conforme determina a referida norma, qual das opções a seguir descreve, corretamente, o risco de
amostragem?
a) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do
teste de controles, no qual os controles são considerados mais eficazes do que realmente são.
b) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de auditoria não apropriada decorrente do
teste de detalhes, no qual não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe.
c) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria, contudo é improvável que leve o auditor a emitir uma opinião
de auditoria inapropriada.
d) É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse
sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
e) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer razão que não seja relacionada ao risco
inerente.
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O risco que o auditor corre por considerar, como resultado de uma amostra que suporte sua conclusão, que
o saldo de uma conta ou classe de transações registradas estão relevantemente corretos, quando de fato
não estão, é denominado risco de aceitação incorreta (ESAF4).
4
AFRF/2002
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procedimentos adicionais até que se conclua pela ausência de distorções. O auditor vai superauditar algumas áreas
para tentar encontrar uma distorção que não existe, assim perde apenas eficiência (tempo, recursos etc.)
Auditor-AAO-Ceitec-Funrio/2012
O risco de amostragem a que está sujeito o auditor nos testes substantivos denomina-se
c) rejeição incorreta.
d) relevância comparada.
e) estratificação seletiva.
Então, podemos constatar que o risco de amostragem pode afetar a eficiência (demandar procedimentos
adicionais) ou a eficácia da auditoria (resultado).
Eficiência—não afeta o resultado (a opinião), mas pode demandar procedimentos adicionais. Gasta-se
tempo e demais recursos sem necessidade.
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Amostragem
Na determinação da extensão dos testes de auditoria, em geral, o auditor emprega técnicas de amostragem,
porém essas apresentam alguns riscos. Acerca dos riscos de amostragem, avalie as afirmativas a seguir.
I) O nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar dos resultados afeta o tamanho da amostra.
II) O auditor está sujeito aos riscos de amostragem tanto nos testes substantivos quanto nos testes de observância.
III) Os riscos de superavaliação de confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficiência da auditoria,
pois em geral conduzem o auditor a realizar trabalhos adicionais.
IV) Os riscos de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm
mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea.
a) somente I e II;
b) somente II e III;
d) somente I, II e IV;
Resolução:
Item III – Errado. Ao atribuir mais confiança no resultado do que a merecida, ou ao acreditar que não há distorções,
quando de fato há, inadvertidamente reduz-se os procedimentos de auditoria, afetando a eficácia e podendo
conduzir a auditoria para uma opinião inadequada sobre as DC.
Risco de não amostragem é, assim, um risco não estatístico. Não tem origem na matemática e inferência da
amostragem. Decorre de fatores outros como falta de zelo, aplicação inapropriada dos procedimentos de
auditoria, má interpretação dos resultados da amostra, confiança em informações errôneas de outra parte etc.
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Amostragem
“A empresa de auditoria controla a possibilidade de existência de tais erros por meio de treinamento
apropriado, supervisão adequada e programas de auditoria cuidadosamente montados.” (Gramling 2012).
Com certeza! Já vimos que a conclusão errônea com base na amostra (risco de amostragem) pode levar a
uma opinião inapropriada sobre a população, logo aumenta o risco de o relatório de auditoria das demonstrações
contábeis ser inapropriado. Da mesma forma, o risco não decorrente da amostragem (a falta de zelo, de
treinamento, má interpretação...) também pode levar a um relatório inapropriado.
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Amostragem
Erro e anomalia
Erro
No contexto das NBCs, erro é qualquer distorção constatada através de procedimentos substantivos ou
desvios de controle constatado em testes de controle.
Anomalia
É a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma
população. É um evento isolado.
Quando um erro é considerado uma anomalia ele não deve ser projetado para a população.
Existe uma relação inversa entre erro e tamanho da amostra. Quanto maior a amostra, menor o erro.
Tamanho
da amostra
erro
amostral
e) o valor monetário definido pelo auditor como limite para considerar que uma distorção é tolerável.
Resolução: Conceitua-se anomalia, conforme literalidade da NBC TA 530, como: “a distorção ou o desvio que é
comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população”.
Resposta: D
Erro tolerável
Distorção tolerável
É o erro no nível dos saldos e transações (afirmações).
É um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja
excedido pela distorção real na população (NBC TA 530, item 5).
Se:
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Amostragem
É a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado
de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. (NBC TA 530, item 5).
Tanto a distorção (nas afirmações) quanto o desvio (no controle interno) toleráveis, significam o máximo de
erro em uma população que o auditor está disposto a aceitar. Essa consideração tem forte ligação com o conceito
de materialidade.
A distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que o da materialidade na execução da
auditoria.
“Caso se verifique, na avaliação dos resultados de uma amostra, mediante o emprego do teste de controle,
que a taxa de desvios da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem selecionada
é falha.” (ACE/TCE-ES/Cespe/2012).
6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as
características da população da qual será retirada a amostra.
É muito importante que o auditor identifique por completo a população que será objeto da amostra. Esse
cuidado é fundamental, sob pena da amostra não representar a população, pois, assim sendo, a projeção dos
resultados seria, consequentemente, equivocada já que realizada a partir de uma amostra não representativa.
Imagine que o auditor está testando o saldo de contas a pagar. Contas de natureza credora são mais testadas
para subavaliação. Supondo que a empresa omitiu vários desses passivos na contabilidade, uma forma de tentar
identificar a população não teria sucesso olhando apenas a contabilidade, não é mesmo? Claro, uma vez muitos
passivos foram omitidos e a contabilidade não contempla toda a população.
Teríamos que recorrer a outras fontes que não a contabilidade para identificar a população. A listagem de
contas a pagar, por exemplo, poderia nos fornecer a população de contas a pagar. De posse dessa lista poderíamos
relacionar todas as faturas, inclusive as omitidas na contabilidade, e executar a amostragem.
Por sua vez ao testar para superavaliação, tentaremos identificar a população a partir dos registros contábeis
(esse aspecto estudamos em vouching x tracing, em procedimentos de auditoria).
Bom, o assunto acabou me levando a falar novamente sobre o teste direcional, mas o importante é fixar que
é preciso identificar a população alvo da amostragem de forma completa, caso contrário a amostra não pode ser
projetada para a população. Se eu estou testando laranjas, todas as laranjas da minha cesta devem ter a mesma
chance de ser selecionada para compor a amostra, não apenas uma parte delas. Da mesma forma, não deve haver
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Amostragem
bananas na minha amostra. O auditor precisa saber onde identificar a população (na contabilidade ou fora dela).
Por isso o assunto nos levou ao teste direcional.
7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável
(NBC TA 530, item 7).
O tamanho da amostra pode ser definido estatisticamente ou com base em julgamento profissional.
Influenciam nesta decisão o risco de amostragem, distorção e desvio toleráveis, características da população,
decisão do auditor etc.
Eis a lição de questão de prova... Nesse sentido, foi considerado correto o seguinte:
“Ao determinar o tamanho de uma amostra, o auditor deve considerar risco de amostragem, erro tolerável
e erro esperado” (ESAF5).
( a ESAF, apesar de “extinta”, nos fornece boas explicações sobre alguns temas. Por esse motivo, vez ou
outra trago alguns textos desta Banca para que possamos nivelar por cima)
Importante:
As NBCs se referem às características da população e não ao tamanho da população. O motivo é que a partir de
determinado tamanho de população, seu efeito é desprezível para definição da amostra. Ao definir amostras em
populações muito pequenas, o tamanho da população passaria a ser relevante, entretanto, em populações muito
pequenas não seria indicada a realização de amostragem. Eis a razão pelo qual os apêndices 2 e 3 deste material
indicam como de efeito negligenciável o tamanho da população.
Esse efeito negligenciável e quase desprezível pode ser visualizado no gráfico a seguir, no qual constatamos
a evolução do tamanho da amostra em uma população que varia de 200 a 4.000 unidades amostrais. A visão do
gráfico nos permite compreender e responder algumas questões já cobradas em concurso. Nosso primeiro passo
é afastar definitivamente a crença de que há uma relação direta entre tamanho da população e tamanho de
amostra. Naturalmente, para quem não está muito afeiçoado à estatística, convence-se quase que
automaticamente que quanto maior a população, maior deve ser o tamanho da amostra. Entretanto, essa
afirmação é verdadeira até certo ponto, desfazendo-se no momento em que a população se torna razoavelmente
grande. No gráfico, constatamos que a partir de determinado valor de população, o tamanho da amostra
necessária praticamente se mantém estável, o que se evidencia pela suavidade da curva, mesmo quando a
população aumenta consideravelmente. Constatamos que a curva, após crescer subitamente, sofre uma
estabilização, deixando de ser necessário aumentar a amostra à medida que a população cresce. A explicação
científica para esse fenômeno é que, a partir de determinado tamanho de amostra, as características da população
já foram adequadamente colhidas e estão representadas.
5
AFRF/2002
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Amostragem
Por isso, as normas de auditoria afirmam que há um efeito negligenciável na relação amostra x população.
Felizmente, as provas não têm exigido com frequência cálculos matemáticos para definir o tamanho da
amostra, quando o fazem, fornecem alguma tabela prática para interpretação. Por conta disso, vamos
exemplificar com a tabela do AICPA- American Institute of Certified Public Accountants. Naturalmente, não é para
decorar nada nem se assustar. Vamos apenas interpretar:
A tabela foi definida para um risco de amostragem de 10% para os controles. A utilização é muito simples. O
auditor vai definir a coluna que contempla a taxa de desvio tolerável (1 a 20%) que deseja trabalhar e faz a
interseção com a linha que contempla o desvio esperado. O resultado encontrado corresponde ao tamanho da
amostra e o número entre parênteses o total de desvios que podem ser encontrados.
Exemplo:
Ao definir o desvio tolerável em 4% e o desvio esperado em 1,25%, o auditor encontrará como resposta
132(2), que significa que o tamanho da amostra deve ser 132 itens e os desvios esperados podem ser de até 2 itens,
sem que implique na conclusão de que os controles não estão funcionando bem.
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Amostragem
Veja que para utilizar tabelas não é preciso grandes conhecimentos matemáticos. Quando o assunto
apareceu em provas, a tabela utilizada foi simplificada, como essas abaixo fornecidas em uma prova da ESAF (não
precisa decorar, apenas veja!):
ESAF – AFTE-RN/2005/Adaptada
Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 10%. No ano anterior a empresa de
auditoria constatou desvio de 4% e a taxa esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o
tamanho da amostra a ser utilizada.
a) 200.
b) 107.
c) 158.
d) 178.
e) 98.
Resolução: O primeiro passo é identificar qual a tabela a ser utilizada. Como é indicado que o risco a ser trabalhado
é de 10%, utilizaremos a tabela II. Identificando os demais dados fornecidos, temos: erro tolerável 4% e erro
esperado fixado em 1%. Agora basta localizar na tabela a intercessão entre a coluna que contém os 4% e a linha
que contém o 1,0%. O resultado é 98.
Resposta: E
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Amostragem
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a
mesma chance de ser selecionada. (NBC TA 530, item 8).
O pressuposto da amostragem estatística é que cada item tenha mesma chance de ser selecionado. Os
principais métodos de seleção utilizam as tabelas de números aleatórios ou softwares específicos para eliminar
qualquer viés na seleção.
9. O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade, para cada item selecionado.
10. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve executar o procedimento em um
item que substitua o anteriormente selecionado.
Se o auditor está testando uma amostra de laranjas e uma banana aparece na amostra, a banana deve ser
substituída por um item que atenda os objetivos do exame, ou seja, uma laranja. A banana não deve ser
considerada uma distorção! Deve ser substituída!
Exemplo:
O auditor está testando os controles que incidem sobre a assinatura de cheques e a autorização de
pagamentos. A amostra trouxe um cheque que foi cancelado, ou seja, um cheque que não corresponde à
população alvo do teste (apenas cheques emitidos interessam). O auditor deve substituir este item por um outro
cheque que tenha sido efetivamente emitido para que possa ser avaliado o objeto do teste, qual seja, a devida
assinatura e autorização para pagamento.
11. Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um
item selecionado, o auditor deve tratar esse item como um desvio do controle previsto, no caso de testes de controles ou uma
distorção, no caso de testes de detalhes.
O item 11 complementa o item 10. A norma indica que quando não for possível refazer o teste ou utilizar
procedimentos alternativos, o auditor deve considerar aquela distorção ou desvio como um erro. A norma é
rigorosa, pois o desvio ou distorção pode não ser efetivamente um erro, entretanto, a norma preferiu ser
conservadora para entre dois cenários possíveis, assumir o pior para evitar uma opinião inadequada. Tomando o
pior cenário como verdade, o auditor adota uma postura mais prudente, realizando procedimentos adicionais para
garantir uma opinião adequada.
12. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito
causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria.
O auditor não deve se contentar com o mero resultado matemático da amostragem. Precisa fazer um
esforço adicional e tentar ligar a situação descrita como erro às suas consequências nas DC.
Exemplo:
Imaginemos a situação em que o auditor constate que há algumas requisições de estoques do almoxarifado
que não cumpriram com os regulamentos de controle, entre os quais o preenchimento de formulário pelo gerente
da área.
O auditor precisa verificar se essa burla ao controle interno é algo generalizado a ponto de qualquer
funcionário solicitar material do almoxarifado verbalmente e sem justificativa.
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Amostragem
Conforme as circunstâncias, o saldo da conta almoxarifado pode conter distorção significativa pela ausência
de controle nas requisições, baixa e reposição.
13. Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descobertos na
amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam
representativos da população. O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais
de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante
da população.
Ao surgir um erro na amostra, o auditor pode entender que este “erro” não é efetivamente um desvio ou
distorção ao ponto de poder ser extrapolado para a população.
Exemplo:
O auditor constatou que ocorreram duas requisições de almoxarifado sem o procedimento formal de
preenchimento do formulário sequencial destinado a esta operação. O auditor verifica que os formulários de
requisição de material foram emitidos em sequência, 1, 2, 3, 4, ?, ? e 7. Não há registros dos formulários 5 e 6.
Se houve burla ao controle interno temos um erro na amostra. Mas, se nesse dia houve queda de energia na
empresa e danificou a impressora que imprime os formulários, e o material foi fornecido mediante solicitação
verbal, excepcionalmente, sem o registro apropriado, temos uma anomalia, um fato isolado que não merece ser
extrapolado para toda a população. O auditor certificando-se que esse evento não é um erro não projetará esses
desvios para a população.
Projeção de distorções
14. Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas na amostra.
A projeção é uma inferência que se faz sobre a população a partir da amostra. Se uma amostra indica que há
20% de erros, provavelmente a população contém 20% de erros.
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Amostragem
Exemplo:
O que significa que a população teria distorção total de R$ 2000,00. Sendo que: a distorção de R$ 200 já
encontramos na amostra. Então, ao olharmos para o restante da população que não compôs a amostra, ainda
encontraremos mais R$ 1800,00 (2000-200) em distorção.
O raciocínio é bem simples: se a distorção projetada é R$ 2.000 e já encontramos R$ 200 na amostra, ainda
faltam R$ 1.800 que estão presentes no restante da população. Analisemos o exemplo mediante uma planilha com
o fluxo do raciocínio.
O auditor deve comparar a Distorção tolerável com a distorção projetada na população a partir da
amostragem e verificar se está em nível aceitável. Com base na materialidade o auditor definirá se R$ 2000,00 é
relevante ou não a ponto de aceitar ou não a conclusão da amostragem.
O item A21 desta NBC esclarece que a melhor projeção do auditor, para testes de detalhes é a soma da
distorção projetada mais a distorção decorrente de anomalia.
A22. Se a distorção a distorção projetada mais a distorção anômala, se houver, excederem uma distorção tolerável, a amostra
não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada.
Fique atento:
(1) Distorção tolerável e (2) Taxa Tolerável de desvios tem, em sua essência, o mesmo significado, pois ambos
correspondem ao erro amostral. Porém, em auditoria, atribuem-se nomes diferentes ao erro. O primeiro se refere a
distorções em saldos de contas e transações (teste de detalhes) e o segundo aos desvios de controles (testes de controle).
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Amostragem
Aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios.
As tabelas de números aleatórios eliminam qualquer viés na seleção e dão chances semelhantes de seleção a todos
os itens da população. O sorteio das bolinhas em uma loteria também é um sistema gerador de números
aleatórios.
Em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para
dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das
primeiras 50, toda 50ª unidade (K) de amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser
determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de
um gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção
sistemática, o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas
de modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população.
FGV – Auditor-ALBA//2014
Uma seleção da amostra em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho
da amostra, para dar um intervalo de amostragem, é conhecida como seleção
a) aleatória.
c) sistemática.
d) ao acaso.
e) de bloco.
Resposta: C
Quando um auditor toma a quantidade de unidades de amostragem na população e a divide pelo tamanho da
amostra, para obter um intervalo de amostragem, equivalente a 20, por exemplo, e, após determinar um ponto de
início dentro das primeiras 20 unidades, toda 20ª unidade de amostragem seguinte é selecionada, estamos diante
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Amostragem
de um método específico de seleção de amostra. De acordo com a NBC TA 530, este método de seleção de amostra
é denominado seleção
A. ao acaso.
C. de bloco.
D. aleatória.
E. sistemática.
Resolução: Enquadramento perfeito no que acabamos de ver: seleciona-se um item a cada intervalo K. Trata-se
da amostragem sistemática.
Resposta: E
É um tipo de seleção em que o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em
valores monetários. É o mesmo que amostragem PPT (proporcional ao tamanho) que descrevemos nesta aula.
As normas de auditoria consideram que há diversas formas de seleção de amostras, e, naturalmente, não
poderiam esgotar o assunto, sendo a estatística área distinta da contabilidade. As normas consideram como
principais, de acordo com o apêndice 4 da NBC TA 530, os seguintes métodos de amostragem: aleatória,
sistemática, AUM e bloco. Observe que não mencionam a amostragem por conglomerado, porém ela costuma
aparecer nas provas de auditoria.
Na amostragem por conglomerado, cada unidade de amostragem é um grupo (ou conglomerado). Dividimos
a população em grupos e cada um deles a representa. A amostra é constituída por todos os elementos que
compõem o conglomerado selecionado. Cada conglomerado é heterogêneo internamente, mas homogêneo entre
os demais conglomerados.
Cabe destacar, porém, que seu uso em auditoria pode não ser eficaz, visto que, quando tratamos de
populações contábeis, esses dados já estão filtrados e organizados, dispostos com um certo padrão, por isso
poderá haver perda de confiança na amostra.
A amostragem por conglomerado é realizada quando a população a ser pesquisada é subdividida em regiões
homogêneas quanto às características a serem observadas ou testadas.
( ) certo
( ) errado
Resolução: Os grupos ou conglomerados são homogêneos entre si, mas o seu conteúdo é heterogêneo.
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Amostragem
Resposta: certo.
Na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma técnica
estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente
(por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos
de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma mesma
chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística.
“Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional, está utilizando
uma técnica denominada amostragem casual” (FCC6).
Atenção: na estatística, o “acaso” é normalmente uma referência a algo sem qualquer viés, aleatório. Entretanto, a literatura
em auditoria tem empregado o termo como algo que depende do julgamento do auditor. Isto é, o termo tem sido empregado
como algo não aleatório com base no “feeling” do auditor.
Seleção de bloco
Envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção de bloco geralmente não
pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que esses
itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens
de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que um procedimento
de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra.
A definição da amostragem em bloco constante das normas de auditoria é bastante consistente com a
definição de amostragem por conglomerado, exceto pelo fato de aquela ser um método não estatístico.
A amostragem por conglomerado, conforme Oliveira (1989), “pressupõe a disposição de itens de uma
população em subgrupos heterogêneos representativos da população global. Consiste, portanto, na seleção de
um bloco contíguo desses itens”.
Assim, se resolvermos fazer uma seleção aleatória dos “blocos”, na amostragem por bloco, nos
aproximaremos do conceito de amostragem por conglomerado. Esta sofre, inclusive, da mesma falta de confiança
quanto à sua aplicação em auditoria, uma vez que estamos trabalhando com populações contábeis.
6
Auditor SP/2007
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Amostragem
O tamanho da amostra é um remédio para controlar o risco. Quanto maior o risco, maior deve ser a dose do
remédio. Se alguma situação aumenta o meu risco de amostragem, preciso de uma amostra maior para atuar no
sentido contrário, diminuindo o risco. Do mesmo modo, uma situação que me permite trabalhar com um risco
maior, podemos nos dar ao luxo de utilizar uma amostra menor.
Ninguém conseguirá decorar os apêndices, portanto temos que aprender. Decorar é inútil, pois outras
situações não previstas neles podem ser criadas pelo examinador. Assim, tudo que devemos aprender é a relação
de causa e efeito que um risco “causa” na auditoria.
Por exemplo:
Se posso me dar ao “luxo” de trabalhar com risco alto sem medo, então minha amostra poderá ser menor.
Se vou testar uma afirmação específica com muitos testes específicos diretamente, então não preciso me
“preocupar muito” com a amostragem, logo poderei utilizar amostra menor.
Enfim, são inúmeras possibilidades de avaliar essa relação risco x amostra. A ideia central é que a amostra é
um “remédio” para combater o “doença-risco”. Se você pensar assim, não perderá nenhuma questão! Quanto mais
forte a doença, mais forte utilizaremos o remédio. Agora, sem metáforas, veja os apêndices para se acostumar
com esses mesmos problemas, mas com uma descrição técnica.
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Amostragem
Apêndice 2
FATOR EFEITO
NO
TAMANHO
DA
AMOSTRA
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Amostragem
Aumento
tolerável de desvio não população, maior deve ser o tamanho da amostra.
seja excedida pela taxa
real de desvio na
população
Apêndice 3
FATOR EFEITO
NO
TAMANHO
DA
AMOSTRA
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Amostragem
Redução
direcionados à mesma detecção relacionado com uma população em particular,
afirmação menos segurança o auditor precisa da amostragem e,
portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.
distorção tolerável não pela distorção real na população, maior o tamanho da amostra
é excedida pela precisa ser.
distorção real na
população
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Amostragem
Efeito negligenciável
(Entretanto, ao usar a amostragem de unidade monetária, um
aumento no valor monetário da população aumenta o
tamanho da amostra, a menos que isso seja compensado por
um aumento proporcional na materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo e, se aplicável, nível
ou níveis de materialidade para classes específicas de
operações, saldos de contas e divulgações).
Resumindo, para reduzir o esforço de memorização, observem que as conclusões sobre o tamanho da
amostra, de acordo com os apêndices citados anteriormente, são iguais tanto para testes de detalhes quanto para
testes de controle. Além disso, seguem uma lógica: toda situação que aumenta o risco ou exige resultado mais
preciso, exige uma amostra maior.
Com relação aos fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra para os
testes de detalhes e tendo como referência a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 530, indique se as
afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo.
( ) Quanto mais alta for a avaliação do risco de distorção relevante do auditor, maior deve ser o tamanho da
amostra.
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Amostragem
( ) Quanto maior o nível de segurança de que o auditor precisa de que os resultados da amostra sejam de fato
indicativos do valor real de distorção na população, excedido pela distorção real na população, maior o tamanho
da amostra precisa ser.
( ) Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na amostra, maior deve ser o tamanho da
população para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na amostra.
A. F – F – V – V
B. V – F – V – F
C. F – V – F – F
D. V – V – F – V
E. F – V – V – F
Resolução:
Item I- Falso. Se desejo tolerar menos riscos, preciso de amostra “forte”, isto é, amostra maior.
Item III- Verdadeiro. Para ficar “bem seguro”, preciso de amostra “forte”
Item IV- Falso. Devemos substitui “população” por “amostra” para torná-la correta.
Resposta: E
Considere que, na determinação da quantidade de processos licitatórios a serem analisados em uma auditoria, o
auditor tenha determinado o nível de confiança estatística em 95% e um erro tolerável de 5%, com emprego da
amostragem aleatória simples. Nessa situação, durante o processo de revisão, se a supervisão da equipe de
auditoria sugerir reduzir o erro tolerável, será necessário aumentar o tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo
nível de significância.
( ) certo
( ) errado
Resolução: Amostra e risco atuam de forma inversa. Circunstâncias que aumentam o risco exigem uma amostra
menor para compensar. Tolerar um erro menor significa o mesmo que tolerar menos riscos, logo será necessária
uma amostra maior. Essas e outras generalizações podem ser encontradas nos apêndices da NBC TA 530.
Resposta: certo.
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Amostragem
Resumo
Amostragem
Formas de amostragem:
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada. Unidade de amostragem,
por sua vez, é cada item que compõe a população.
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Amostragem
População contábil: “(...) As populações contábeis diferem da maioria das demais populações porque, antes
de o auditor iniciar seus testes, os dados já foram conferidos, acumulados, compilados e sumariados”.
Representatividade da amostra:
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha
uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado para
selecionar os itens da amostra. Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir
quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma amostra
representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características
típicas da população.
Estratificação da amostra
É o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de
amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
Risco de amostragem
É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população
fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria (NBC TA 530, item 5). Toda amostragem envolve algum risco
de amostragem.
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Amostragem
É um “risco não resultante da amostragem”. É um risco não estatístico. Não tem origem na matemática e
inferência da amostragem. Decorre de fatores outros como falta de zelo, aplicação inapropriada dos
procedimentos de auditoria, má interpretação etc.
Erro e anomalia
Erro
Anomalia
Quando um erro é considerado uma anomalia ele não deve ser projetado para a população.
Existe uma relação inversa entre erro e tamanho da amostra. Quanto maior a amostra, menor o erro.
Erro tolerável
Distorção tolerável
É um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja
excedido pela distorção real na população (NBC TA 530, item 5).
Se:
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Amostragem
É a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado
de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. (NBC TA 530, item 5).
6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as
características da população da qual será retirada a amostra.
7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável
(NBC TA 530, item 7).
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a
mesma chance de ser selecionada. (NBC TA 530, item 8).
9. O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade, para cada item selecionado.
10. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve executar o procedimento em um
item que substitua o anteriormente selecionado.
11. Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um
item selecionado, o auditor deve tratar esse item como um desvio do controle previsto, no caso de testes de controles ou uma
distorção, no caso de testes de detalhes.
12. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito
causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria.
13. Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descobertos na
amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam
representativos da população. O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais
de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante
da população.
Projeção de distorções
14. Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas na amostra.
A22. Se a distorção a distorção projetada mais a distorção anômala, se houver, excederem uma distorção tolerável, a amostra
não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada.
Fique atento:
(1) Distorção tolerável e (2) Taxa Tolerável de desvios tem, em sua essência, o mesmo significado, pois ambos
correspondem ao erro amostral. Porém, em auditoria, atribuem-se nomes diferentes ao erro. O primeiro se refere a
distorções em saldos de contas e transações (teste de detalhes) e o segundo aos desvios de controles (testes de controle).
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Amostragem
Questões comentadas
FCC- TRE-SP-Analista jud./2012
A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem
(A) randômica.
(B) estratificada.
(D) aleatória.
Vejamos as demais:
Letra A: Amostragem randômica = amostragem aleatória
Letra C: Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A
seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações
está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas
características diferentes de outros itens de outros lugares da população.
Letra D: Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo,
tabelas de números aleatórios ou outro mecanismo que garanta chances iguais e sem viés de seleção para os itens
da população).
Letra E: Seleção com base na experiência é amostragem não estatística, com base em julgamento do
auditor. Baseia-se no seu feeling e experiência.
Resposta B
A técnica utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais seguro do todo a ser
auditado é chamada de
(A) seleção objetiva.
(B) inspeção por pontos relevantes.
(C) auditoria especializada.
(D) exame qualitativo.
(E) amostragem.
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Amostragem
Resolução:
O enunciado está longe de ser uma bela definição de amostragem, mas temos alguns elementos que nos
ajudam a escolher a letra E. A técnica, indica a questão, nos permite “formar um conceito mais seguro do todo a
ser auditado”. Está implícito que esse conceito do todo é formado a partir de uma parte (amostra) da população.
Então temos a amostragem. Poderíamos complementar que se refere à amostragem estatística.
Resposta E
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Amostragem
NBC TA 530
6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra
7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um
nível mínimo aceitável.
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada
Letra A - Falso. Segundo a NBC TA 530, o tamanho da população tem efeito negligenciável na definição da
amostra.
Letra B - Falso. Isso é questão de julgamento profissional.
Letra C - Falso. Sempre haverá um erro esperado e um erro tolerável.
Letra D - Verdadeiro.
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Amostragem
Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional, está utilizando uma
técnica denominada amostragem
(A) por conglomerado.
(B) casual.
(C) por intervalos.
(D) estratificada.
(E) randômica.
Resolução:
Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora
nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou
previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros
ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da
população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem
estatística.
Atente para os sinônimos:
Seleção ao acaso = por julgamento= casual= a critério do auditor
Seleção aleatória = randômica= números aleatórios
Seleção por intervalos = sistemática
Resposta B
FCC- Auditor-TCE-AL/2008
O plano de amostragem probabilística que pressupõe a disposição dos itens de uma população em
subgrupos heterogêneos representativos da população global é denominado amostragem:
(A) aleatória simples.
(B) estratificada.
(C) baseada no julgamento pessoal do auditor.
(D) casual.
(E) não randômica.
Resolução:
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes -geralmente valor monetário-.
Resposta B
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Amostragem
FCC-TCE-CE-Auditor/2006
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Amostragem
“Ao determinar o tamanho de uma amostra, o auditor deve considerar risco de amostragem, erro tolerável
e erro esperado” (ESAF).
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Amostragem
Um teste de auditoria aplicado sob amostragem estatística requer que a amostra deva ser representativa da
população. Isso significa que
(A)) cada elemento tem igual chance de ser selecionado.
(B) a amostra deve compreender pelo menos 15% da população.
(C) a amostra não pode ser inferior a 46% da população.
(D) o intervalo de confiança não pode ser inferior a 99%.
(E) o desvio-padrão tem que ser conhecido.
Resolução:
Não há padrões e números prontos definidos pelas normas. O tamanho da amostra, os níveis de risco e erro
suportados são questões afetas ao julgamento profissional do auditor. O auditor pode desejar trabalhar com um
intervalo de confiança de 99%, 98%, 98,5% para uma empresa de alto risco e pode decidir por aceitar um nível
mais baixo de segurança para uma empresa de baixo risco. Tudo isso é questão de julgamento profissional, não há
“receita pronta”! Então descartemos sumariamente as letras A, C e D.
O que define a amostragem como estatística é a aplicação de métodos estatísticos em seu cálculo e a
aleatoriedade, isto é, todos os itens da população têm chances iguais de serem selecionados para compor a
amostra.
Resposta A
Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar:
A. O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e
permitir que o tamanho da amostra seja aumentado
B. Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho
da amostra.
C. Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma
população.
D. O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado
método de seleção aleatório.
E. Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou
procedimentos analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra.
Resolução:
A- Errado. Objetivo é reduzir a variabilidade dos itens.
B – Errado. A amostra “ataca” o risco. Se desejo risco baixo, preciso de amostra grande. O inverso também
é verdadeiro, com se verifica na letra E.
C – Errado. Não é representativo da população.
D – Errado. Seria a amostragem não estatística.
E - Certo.
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Amostragem
Resposta E
A técnica que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
unidades de amostragem com características homogêneas ou similares, é denominada amostragem
A. randômica.
B. estratificada.
C. não estatística.
D. por julgamento.
E. não aleatória.
Resolução:
O objetivo da estratificação é reduzir a variabilidade de itens em cada estrato da população. A eficiência da
auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que
tenham características similares. O objetivo da estratificação é reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e,
portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.
Resposta: B
FCC- ICMS-SP/2013
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Amostragem
Resolução:
Amostra e risco caminham em sentidos inversos. Para diminuir o risco ( aumentar a confiança), recorremos
a amostras maiores.
Resposta E
FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012
A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem
(A) randômica.
(B) estratificada.
(C) de seleção em bloco.
(D) aleatória.
(E) de seleção com base na experiência do auditor.
Resolução:
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
Resposta B
FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012
Os dados relativos a saldos de contas ou classe de transações que também mostram caminhos para avaliar
procedimentos ou aderência aos controles internos ou ainda, exatificação de valores, denominam-se
(A) interações de dados internos.
(B) unidades de testes.
(C) populações contábeis.
(D) ponderações de valores.
(E) variáveis de populações.
Resolução: Na amostragem temos a população e as unidades amostrais. Quando nos concentramos em
dados contábeis, e na amostragem em auditoria estamos em um nicho bem específico de dados. São dados de
população qualificada.
“A auditoria não é a única profissão a recorrer à amostragem. Ela, por exemplo, é empregada em pesquisas
de opinião, análises de mercado e nas investigações científicas, pelas quais é possível formar ou confirmar
juízo sobre vasta quantidade de dados examinando apenas parte deles. Existem, porém, grandes
diferenças entre a amostragem na auditoria e nas suas outras aplicações. As populações contábeis diferem
d a maioria das demais populações porque, antes de o auditor iniciar seus testes, os dados j á foram
conferidos, acumulados, compilados e sumariados. Ao invés de empregar a amostragem para e estimar
quantitativa ou qualitativamente o desconhecido, geralmente o objetivo do auditor é corroborar a relativa
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Amostragem
correção de certos dados tais como saldo de contas ou classes de transações, ou avaliar a aderência aos
procedimentos de controle interno no processamento dos dados.” (OLIVEIRA, Francisco Neves, Técnicas
de amostragem utilizadas pelos serviços de auditoria interna de empresas no Brasil Um estudo de casos.
Rio de Janeiro, FGV-ISEC, 1989. (Auditoria) ix / 156 1. Auditoria 2. Testes 3. Amostragem Dissertação:
Mestre em Ciências Contábeis).
Resposta C
FCC-Metrô-SP-Analista - C. Contábeis/2014
Dois analistas de desenvolvimento de gestão foram incumbidos de fazer exames de auditoria interna nos
registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 2013. Em razão do volume de informações,
utilizaram técnica de auditoria para a seleção de itens que deverão ser testados, representando o todo a ser
auditado. Essa técnica utilizada é denominada
(A) dimensionamento do trabalho de auditoria.
(B) direcionamento do trabalho de auditoria.
(C) amostragem.
(D) testes de parcialidade.
(E) seleção de suficiência de informações.
Resolução:
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de
população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma
chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda
a população.
Resposta C
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Amostragem
Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores na qual o tamanho, a seleção
e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.
Resposta E
Letra B – Errado. A amostra pode ser definida por técnicas estatísticas ou não estatísticas (julgamento)
Letra C – Certo.
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Amostragem
Resposta C
FCC- TCE-AM-Auditor/2007
Em relação à amostragem estatística em auditoria, é correto afirmar:
(B) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a população é pequena ou quando há
necessidade de alta precisão nas estimativas.
(C) Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a mesma chance de pertencer à amostra,
pois estão distribuídos de maneira uniforme.
(E) O grau de precisão das estimativas está relacionado ao percentual máximo que se admitirá de erros para
os resultados obtidos na amostra.
Resolução:
Letra C- Falso. A amostragem aleatória permite chances iguais de seleção. Não impede que os itens sejam
estratificados após a seleção.
Letra E – Verdadeiro.
Resposta E
d) uma estratificação.
Resolução:
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem
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Amostragem
Resposta: D
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos
itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma mostra que
possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas,
como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período.
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) III, apenas.
Resolução:
Todas estão corretas. Merece comentário o item III, pois corresponde ao texto da antiga NBC T11, revogada
desde 2009. O “problema” é que relação direta poderia ser interpretada como uma relação proporcional, de modo
que, por exemplo, se a população cresce 50%, a amostra deveria crescer também em 50%. Ocorre que isso não
acontece em amostragem em auditoria. As normas atuais, muito mais consistentes, por serem normas
internacionais, deixam claro que o tamanho da população tem um efeito negligenciável. Quando a população
cresce muito, chega a um ponto que a amostra varia minimamente.
Devemos interpretar a relação direta como a pertinência da amostra à população, as naturezas dos saldos
etc., levando em conta as características da população, não restringindo ao tamanho da população.
Resposta: C
Sendo impossível averiguar todos os lançamentos que compõem um determinado saldo contábil, torna-se
possível
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Amostragem
Resolução:
Normalmente é inviável analisar 100% dos lançamentos. Esse é um dos motivos pelo qual se recorre à
amostragem. Assim, analisa-se a amostra e projeta-se o resultado na população.
Resposta E
A auditoria contábil realiza a análise dos registros contábeis e financeiros, buscando certificar se os mesmos
estão corretos. Um dos procedimentos que pode ser utilizado pelo auditor é a amostragem, tema este
normatizado pelo Conselho Federal de Contabilidade, dentre outras pela Norma Brasileira de Contabilidade
Técnica de Auditoria − NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. Em relação à amostragem:
A. pode ser constituída de qualquer percentual inferior à 100% da amostra, todos os itens devem ser
relevantes e a seleção deve proporcionar a todos a mesma chance de seleção.
B. toda amostragem utilizada em auditoria deve ser realizada de forma aleatória e com utilização da teoria
das probabilidades, ou seja, amostragem estatística.
C. para avaliar o resultado da amostra de auditoria o auditor deve verificar somente se esta amostra forneceu
uma base razoável para suas conclusões em relação a população que ele está sendo ou foi testada.
D. ao definir uma amostra o auditor deve considerar o resultado geral esperado da auditoria e o conjunto de
procedimentos de auditoria que serão necessários para este fim.
Resolução:
A- Errado. A amostragem é feita com um percentual inferior à população. A população é todo o universo de
itens. A amostra é uma fração deste universo definida estatisticamente ou não.
E – Errado. Para tolerar menos risco, deve-se trabalhar com amostras maiores.
A banca considerou o gabarito A como correto. Mas não faz sentido. A assertiva troca o conceito de
população e amostra.
NBC TA 530
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de
população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham
a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor
concluir sobre toda a população.
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Amostragem
FCC-ISS Manaus/2019
A. é vedada a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento em item perdido”.
B. é possível a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento em item de substituição”.
C. é obrigatória a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento alternativo adequado”.
D. é recomendável a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento impossível”.
E. é vedada a análise de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento alternativo inadequado”.
Resolução:
Pessoal, eu tenho ficado um pouco mais burro ao responder certas provas de auditoria. Percebe-se que quem
elabora algumas questões não conhece auditoria. Apenas copia uns trechos de norma. Quando isso acontece, a
pessoa se perde por não conhecer a integralidade da auditoria, mas apenas aqueles trechinhos da norma que
utilizou para elaborar a questão.
Nessa questão a banca tentou copiar o exemplo que a norma apresenta e se enrolou um pouco, ainda assim
dava para responder à questão tranquilamente escolhendo a “menos errada”.
A ideia do item em substituição é, basicamente, substitui-lo quando não é pertinente ao caso. É como se
estivéssemos examinando “bananas” e de repente uma “maçã” aparece na amostra. Nesse caso,
desconsideraríamos a “maçã” e selecionaríamos outro item, no caso uma banana, pois é isso que estamos
avaliando. Não posso chegar à conclusão sobre “bananas” se na minha amostra tem “maçãs “ misturadas com
“bananas”.
Ao avaliar se um cheque cancelado teve autorização, o normal é desconsiderá-lo e substitui-lo por um cheque
efetivamente emitido.
Veja a lógica: se o cheque foi cancelado, é porque tem algum erro, até mesmo a falta de autorização. Assim,
para sanar o vício na emissão do cheque, o responsável fez cancelamento. Assim, o fato de cancelar o cheque não
é um problema, mas a própria solução.
Se quero testar autorizações para emissão de cheques, tenho que verificar cheques que foram efetivamente
emitidos e não os cancelados previamente por algum vício.
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Amostragem
Em síntese: ao analisar as autorizações dos cheques emitidos, encontrand0 um cheque cancelado, significa
que o cancelamento pode ter ocorrido até mesmo pela própria falta de autorização ou outra falha. Assim, devo
trocar este cheque por outro que permita testar o que me propus: a autorização de emissão de cheques.
Se assim não fizesse, é como se estivesse auditando “rascunhos”, “minutas” etc. Afinal, um cheque
cancelado não passa de um “rascunho”.
Assim, diante de itens desta natureza ( que não se adequam à finalidade do teste), é possível substitui-lo por
outro. O esperado seria selecionar outro cheque para testar (não necessariamente outro cheque cancelado).
Assim, vamos de letra B, mas saiba que selecionar um cheque cancelado atrás de outro seguidamente não faz
sentido, pois não serviria para testar a “autorização”.
Assim, a finalidade do procedimento é inaplicável ao item cheque cancelado. Precisamos de cheque emitido
para validar a autorização. Lembra das maçãs e bananas? Devo substituir a “maçã” por uma “banana”. Se eu trocar
a maçã por outra maçã será impossível concluir sobre bananas e não saímos do lugar.
É como se o avaliador aplicasse a nota da sua prova discursiva com base no rascunho da redação e não no
texto passado a limpo entregue oficialmente. O “rascunho” não vale.
Para facilitar na resposta, poderíamos eliminar aquelas que afirmam que é “obrigatório” ou “vedado”
selecionar “alguma coisa”, pois isso é questão de julgamento profissional. O auditor que decide se seleciona
“muito”, “pouco”, se faz abordagem substantiva, se opta por mais testes de controle, se quer mais evidência ou
menos etc. Assim, já reduziríamos as opções.
Resposta: B ( com ressalvas)
FCC-ICMS-BA/2019
A NBC TA 530 arrola as conclusões errôneas a que pode levar o denominado risco de amostragem. De acordo
com essa NBC, o risco de amostragem poderá acarretar conclusões equivocadas, tais como:
I. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados mais eficazes do que realmente são.
II. no caso de teste de detalhes, não ser identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe.
III. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados menos eficazes do que realmente são.
IV. no caso de teste de detalhes, ser identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe.
Está correto o que se afirma em
A. III e IV, apenas.
B. I e II, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I e IV, apenas.
E. I, II, III e IV.
Resolução:
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Assim, o risco em testes de controle é confiar mais do que o controle merece; ou confiar menos do que os
controles merecem.
Nos testes de detalhes o risco é achar que está tudo certo, mas na verdade está errado ( aceitação incorreta);
ou achar que está errado, mas na verdade está certo (rejeição incorreta). Entenda o “errado” como uma distorção
qualquer. Toas estão corretas.
Resposta: E
FCC-ICMS-BA/2019
A NBC TA 530 estabelece, em seu item 5, que risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor,
com base em amostra" pudesse “ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de
auditoria. O risco de amostragem pode levar a conclusões errôneas. De acordo com a referida NBC, o nível de risco
de amostragem que o auditor está disposto a aceitar
A. afeta o tamanho da amostra exigido, sendo que, quanto menor o risco que o auditor está disposto a
aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
B. não afeta o tamanho da amostra exigido, já que a escolha do tamanho da amostra é feita no momento do
planejamento do trabalho de auditoria.
C. afeta o tamanho da amostra exigido, sendo que, quanto maior o risco que o auditor está disposto a aceitar,
maior deve ser o tamanho da amostra.
D. não afeta o tamanho da amostra exigido, na medida em que pode ser compensado com o
aprofundamento do exame de cada unidade de amostragem e com arbitramentos e critérios de compensações.
E. é determinado, em reunião do auditor com os representantes da área contábil da entidade auditada, após
a apuração dos resultados de análise por amostragem feita anteriormente, de acordo com o valor cobrado no
contrato de auditoria para esse subtrabalho específico.
Resolução:
Risco e amostra possuem relações inversas. Para aceitar um risco menor, deve-se aumentar a amostra. Por
outro lado, se a situação permite assumir risco maior, poderíamos nos dar ao luxo de utilizar amostrar menor.
Resposta: A
FCC-ICMS-BA/2019
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A avaliação do resultado de uma amostragem em auditoria é um procedimento essencial a ser realizado pelo
auditor. De acordo com a NBC TA 530,
A. o auditor deve avaliar se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada ou, se preferir, pode transferir este ônus para uma auditoria interna paralela,
promovida pela entidade auditada, que deverá efetuar essa avaliação em prazo contratualmente estabelecido.
B. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele deve comunicar esse fato à administração da entidade auditada, para que
ela determine, em prazo contratualmente previsto, os procedimentos substitutivos a serem adotados, se assim o
desejar.
C. a entidade auditada, por meio de auditoria interna paralela realizada às suas próprias expensas, deve
avaliar os resultados da amostra, em prazo contratualmente estabelecido, antes de autorizar o prosseguimento
aos demais trabalhos de auditoria.
D. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele pode solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e
o potencial para distorções adicionais, e faça quaisquer ajustes necessários.
E. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele deve abandonar a utilização do critério de amostragem imediatamente.
Resolução:
A- Errado. Auditor não transfere sua responsabilidade.
B – Errado. Quem decide pelo melhor procedimento é o auditor. A Administração não diz qual procedimento
o auditor deve executar.
C – Errado. Não cabe misturar a auditoria interna com a externa. Cada um no seu “quadrado”. Um não é
revisor ou controlador da outra.
D – Certo.
NBC TA 530
A23. Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, o auditor pode:
1- solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o potencial para distorções
adicionais e faça quaisquer ajustes necessários; ou
2- ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de auditoria para melhor alcançar
a segurança exigida. Por exemplo, no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar o tamanho da
amostra, testar um controle alternativo ou modificar os respectivos procedimentos substantivos.
FCC-ICMS-BA/2019
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A. tal opção viola a missão institucional do controle interno, que deve analisar a legalidade de todos os atos
praticados pela administração.
B. é possível que se realize tal amostra, desde que seus resultados não sirvam de base para conclusão a
respeito da população da qual ela é selecionada.
D. houve equívoco no emprego da amostragem, pois tanto o exercício quanto o tipo de ato são ambos
determinados.
E. a amostragem é aceita, embora não exista norma específica de auditoria acerca do procedimento.
Resolução:
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Amostragem
O sentido de se utilizar a técnica de amostragem, uma vez que esta não é obrigatória, é que seja útil e que
leve em conta aquilo que se deseja testar. Isso se amolda na letra C, que é citação literal da NBC TA 530. Nas demais
há erros absurdos como:
Letra A – Errado. Qualquer auditoria, seja o controle interno de entidades ou governamental, a auditoria de
controle externo pelos tribunais de contas, do auditor independente, do auditor interno etc., em todos os casos,
teremos em maior ou menor grau, a utilização da amostragem, pois a auditoria sofre limitações de tempo e custo.
É impossível examinar tudo (100%).
Letra D – Errado. Sem sentido. Os testes são resultados de julgamento do auditor, não de normas. É o auditor
quem decide se utiliza amostragem ou não, se faz mais testes ou menos testes etc.
Na execução de uma auditoria tributária, e de acordo com as normas de amostragem em auditoria (NBC TA
530, aprovada pela Resolução CFC 1222/09), o Auditor pode lançar mão de diversos métodos de seleção da
amostra, dentre os quais se destacam:
− Método A: aplicado por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números
aleatórios.
− Método C: no qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma
técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade
consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos
lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma
mesma chance de seleção.
− Método D: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. Ao considerar as características da população da qual
a amostra será retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é mais
apropriada.
(A) aleatória, Seleção sistemática, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e
Seleção ao acaso.
(B) ao acaso, Seleção sistemática, Seleção aleatória e Seleção com base em valor (amostragem de unidade
monetária).
(C) com base em valor (amostragem de unidade monetária), Seleção aleatória, Seleção sistemática e Seleção
ao acaso.
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Amostragem
(D) aleatória, Seleção ao acaso, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e Seleção
sistemática.
(E) aleatória, Seleção sistemática, Seleção ao acaso e Seleção com base em valor (amostragem de unidade
monetária).
Resolução:
Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de
números aleatórios).
Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores (conforme descrito no
Apêndice 1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores
monetários.
Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora
nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou
previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros
ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da
população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem
estatística.
Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção de
bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está
estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas
características diferentes de outros itens de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias,
possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma
técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda a
população com base na amostra.
Resposta: E
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Amostragem
proprietários à Fazenda Federal. Os custos de obtenção e análise de todos os dados do IRPF, entretanto,
pareceram proibitivos.
Na circunstância narrada,
A. não é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, uma vez que ela se destina a situações em
que é inviável obter os dados de todas as ocorrências investigadas.
B. é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que somente deve ser empregada, entretanto,
por meio que garanta a absoluta aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
C. é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que pode ser empregada por meio da escolha
dos registros a serem analisados, a partir da experiência dos fiscais.
D. embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há como
garantir a aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
E. embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há outras
informações disponíveis, indispensáveis para a formação da amostra.
Resolução:
Pouco importa se você está estudando Auditoria Governamental, Auditoria Contábil realizada no âmbito
privado ou, ainda, a Auditoria interna. Teremos a mesma resposta, pois estamos tratando de conceitos genéricos.
Esmiuçando a situação, que pode ocorrer no âmbito privado ou público temos:
O município solicita uma informação para controle da evasão fiscal (risco) e para cada informação deve pagar
uma quantia. Logo, avaliando o custo x benefício temos um valor proibitivo. Não faz sentido aplicar esse
mecanismo de controle em todos, -absolutamente todos os contribuintes-, pois os custos superam os benefícios.
Na auditoria, é raramente factível o exame de todos os itens de uma população em razão do custo, tempo etc.
assim, recorre-se costumeiramente a Amostragem. A amostragem não é recomendada apenas quando a
população a ser examinada é pequena ou é possível examinar toda a população por meio informatizados ou de
baixo custo.
NBC TA 530, 5
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de
população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a
mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor
concluir sobre toda a população
Resposta C
A. o risco de que a conclusão do auditor seja errônea por empregar inadequadamente a técnica de
circularização.
B. o risco de que a conclusão do auditor tenha sido tomada sujeitando toda a população ao mesmo
procedimento de auditoria.
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C. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser igual se toda a população fosse
sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
D. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população
fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
Resolução:
NBC TA 530, 5
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente
se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
Resposta: D
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos
itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que
possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas,
como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período. Está
correto o que se afirma em
A. I e III, apenas.
B. II e III, apenas.
C. I, II e III.
D. I e II, apenas.
E. III, apenas.
Resolução:
Item II – Certo
NBC TI 01
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Amostragem
12.2.4.2 – Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
Item III – Certo com ressalvas. De acordo com norma já revogada, temos:
NBC T 11.11
11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas
posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.
O item III traz literalidade de norma revogada. Em auditoria, ao se revogar uma norma, não significa que o
seu texto passa a ser incorreto, afinal, a questão trata de amostragem e com ou sem revogação, a matemática
continua existindo. Uma norma de auditoria não modifica entendimentos de matemática/estática.
Ocorre que a nova norma de auditoria é muito mais consistente que a revogada neste quesito e deixa claro
que a amostra não precisa variar diretamente conforme a população aumenta, pois há o que chamamos de efeito
negligenciável. Assim, caberia recurso aqui.
Resposta: C (com ressalvas)
FCC-ICMS-GO/2018
Considere a seguinte situação hipotética:
Determinado Estado da Federação mantém programa de Cidadania Fiscal por meio do qual a emissão de
notas e cupons fiscais pode ser feita com a inclusão do número de CPF do consumidor final. Após cadastro no
programa, é possível que esses contribuintes diretos obtenham descontos no imposto sobre a propriedade de
veículos automotores – IPVA devido.
Em auditoria interna da base de dados de resgates de pontos na forma de descontos no IPVA, realizou-se
um teste para apurar a distância geográfica entre os estabelecimentos em que foram realizadas as compras dos
bens e serviços de onde se originou a pontuação resgatada, o endereço registrado no cadastro do programa e o
domicílio do proprietário constante da anotação no Departamento Estadual de Trânsito. O objetivo pretendido
era indicar possíveis erros, fraudes ou simulações.
Após inspeção gráfica dos dados, o auditor promoveu a exclusão de uma série de observações que, a seu
juízo, não poderiam estar corretas. Ao fim, chegou-se a uma relação de pessoas jurídicas como emissoras de
documentação fiscal com afastamento geográfico suspeito entre sede e local de utilização dos pontos derivados.
Sobre o caso e considerando a amostragem em auditoria, é correto afirmar.
A. Não é objetivo da auditoria interna assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.
B. As normas não permitem a exclusão dos chamados valores aberrantes (outliers), pois, sem a integralidade
do espaço amostral, as conclusões são tendenciosas.
C. Embora tecnicamente correto, tal trabalho nunca poderia subsidiar uma campanha de auditoria dirigida.
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Amostragem
D. Pode-se dizer que se trata de uma aplicação do método aleatório de seleção de amostra.
E. Se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da amostra.
Resolução:
A- Errado. Este é o objetivo da auditoria interna.
B – Errada. Isso é questão de julgamento profissional.
C – Errada. Isso é questão de julgamento profissional.
D – Errado. A seleção foi dirigida e baseada no critério geográfico. Assim, não havia mesma chance de
seleção para todos os contribuintes. Afasta-se assim o método aleatório.
E – Certo. Amostra menor gera maior risco.
Resposta E
CESPE - AFT/2013
A aplicação do método da amostragem é, em geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso
de a população e a amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas características serem de
difícil mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.
Resolução:
Resolução:
Não reconhecer uma distorção não é um erro gerado na amostragem propriamente dita, mas um erro que
deriva de treinamento inadequado, imperícia, aplicação incorreta das técnicas de amostragem etc. Logo, é um
risco não resultante da amostragem
NBC TA 530, A1
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção
ou de um desvio.
Resposta errado
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Amostragem
Resolução:
Não é indicada a amostragem para populações pequenas; não é indicada para populações grandes, mas de
fácil mensuração; não é indicada quando se exige alta precisão.
Resposta errado
Caso se verifique, na avaliação dos resultados de uma amostra, mediante o emprego do teste de controle,
que a taxa de desvios da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem selecionada é falha.
Resolução: Certo.
NBC TA 530, 5
Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo
auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela
taxa real de desvio na população.
Se:
Resposta certo.
CESPE – PF – perito/2013
Resolução:
A não detecção de distorções, independentemente de serem causadas por fraudes ou erros, decorre da
efetividade dos procedimentos de auditoria realizados. A amostragem, como ferramenta de seleção de itens para
testes, pode contribuir através do risco de amostragem, entretanto não é a única responsável por falhas dessa
natureza. Ademais, a amostragem não é um procedimento de auditoria, mas uma ferramenta para seleção dos
itens que serão testados.
Resposta errado
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A amostragem não probabilística, apesar de não permitir tratamento estatístico, pode ser utilizada em uma
auditoria, propiciando a generalização dos resultados obtidos.
Resolução:
Errado. Amostragem estatística permite generalizar na população. Amostragem não estatística permite
generalizar concluir apenas sobre a amostra.
Resposta: errado
Na definição do tamanho da amostra que o auditor utilizará para formar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis da auditada, quanto maior for o valor da distorção esperada na população analisada, maior deverá ser o
tamanho da amostra.
Resolução: quando se está diante de alto nível de distorção, significa que estamos diante de um trabalho de
risco alto. É natural que se deseje combater esse risco. E a forma de fazê-lo, na amostragem, é aumentar a
amostra.
Resposta: Certo
Considerando o uso de amostragem na realização de testes de controle, o fator que, mantidos todos os
demais constantes, acarreta redução do tamanho necessário da amostra a ser realizada é o aumento
C. do nível de segurança desejado pelo auditor de que a taxa real de desvio na população não exceda a taxa
tolerável.
Resolução:
Tamanho da amostra e erro mantém relação inversa. Assim, se a situação permite tolerar mais desvios ou
mais distorções, seria possível aceitar uma redução da amostra. Por outro lado, em situações em que se admite
menor nível de erro, é preciso aumentar a amostra.
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Resposta: E
A. estimar como uma mudança na variável independente influenciará o valor da variável dependente.
C. aferir resultados médios com bases em possíveis cenários futuros, que podem ocorrer ou não
E. calcular, por meio de iterações, estimativas de custos ou cronogramas, usando valores de entrada
aleatórios.
Resolução:
Resposta: B
Cespe-SECONT-ES-Auditor do Estado/2009
O censo é o oposto da técnica de amostragem e deve ser utilizado sempre que houver necessidade de alta
precisão dos dados.
Resolução
Uma vantagem da utilização da amostragem estatística em relação aos métodos de amostragem não
estatísticas em testes de controles é que
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(A) É mais fácil converter a amostra em um teste de duplo propósito útil para testes substantivos.
(B) Eliminar a necessidade de usar o julgamento para determinar tamanhos de amostra apropriados.
(C) Permite uma maior garantia que a amostra não estatística de igual tamanho.
(D) Fornece uma base objetiva para a avaliação quantitativa do risco da amostra.
Resolução:
Letra A: Falso. Vamos definir o teste de duplo propósito: Um teste de duplo propósito é, como o nome
sugere, um teste que tem duas finalidades. Pode fornecer evidência simultaneamente sobre os controles e sobre
a afirmação. Vejam a definição constante no item A 23 da NBC TA 330:
“Embora a finalidade de um teste de controle seja diferente da finalidade de um teste de detalhes, ambas
podem ser alcançadas simultaneamente mediante a execução de teste de controle e de detalhes da mesma
transação, também conhecido como teste de duplo-propósito. Por exemplo, o auditor pode planejar e avaliar os
resultados de um teste para examinar uma nota fiscal para determinar se ela foi aprovada e fornecer uma evidência
de auditoria substantiva da transação. Um teste de duplo-propósito é planejado e avaliado mediante a
consideração de cada finalidade do teste separadamente”
Letra B: Falso. O julgamento sempre estará presente na auditoria. A própria decisão em usar um ou outro
método de amostragem já é um exercício de julgamento profissional.
Letra C: Falso. Essa certeza nós não temos. A única diferença é que na amostragem estatística nós podemos
medir o risco utilizando a teoria das probabilidades. Na amostragem não estatística não temos como medir o risco.
Letra D: Verdadeiro. A amostragem estatística, por basear-se na teoria das probabilidades, elimina a
subjetividade. O seu resultado baseia-se em variáveis objetivas, por exemplo: seleção aleatória, mensuração do
risco de amostragem, avaliação objetiva da amostra etc.
Resposta D
ESAF-ISS RJ/2010
Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e
assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da
existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população
tenha a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um
aumento no risco identificado de distorção relevante.
a) V, V, F, V
b) F, V, V, V
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c) V, V, V, F
d) F, F, F, V
e) V, F, V, F
Resolução:
item I - Falso. Quanto menor a amostra maior o risco. Logo para diminuir o risco é preciso aumentar a
amostra.
item II - Verdadeiro. Se não há chances iguais de seleção não temos amostragem estatística. O item 8 da
NBC TA 530 esclarece:
“O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada”.
item III - Verdadeiro. É o chamado risco de não amostragem. Decorrem de imperícia, falta de experiência,
ou qualquer outra razão não resultante da amostragem. O item A1 NBC TA 530 exemplifica:
“Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de
um desvio".
"A21. Para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um
aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que sejam obtidas evidências adicionais de
auditoria que comprovem a avaliação inicial".
Resposta B
CRC-Exame Suficiência/2012.2
De acordo com a NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria, em relação à definição da amostra, tamanho e
seleção dos itens para teste em Auditoria Independente, é INCORRETO afirmar que:
a) a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a
algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a população da qual
a amostra é retirada.
b) ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra.
c) o auditor deve selecionar itens para a amostragem, de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
d) o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar é afetado pelo tamanho da amostra
exigido. Quanto maior o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra a ser
efetuada.
Resolução: Caso se deseje aceitar um risco maior, menor poderá ser a amostra.
Resposta D.
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(A) A amostra escolhida aleatoriamente pode não ser representativa das características da população.
(B) Um auditor pode selecionar os procedimentos de auditoria que não são apropriados para atingir o
objetivo específico.
(C) Um auditor pode deixar de reconhecer os erros nos documentos examinados para a amostra selecionada
(D) Os documentos relativos à amostra escolhida podem não estar disponíveis para inspeção.
Resolução: Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria (NBC TA 530, item 5).
Resposta A.
Quais dos seguintes fatores poderiam influenciar o tamanho da amostra para um teste de detalhes de uma
conta específica
Erro esperado Erro Tolerável
(A) Não Não
(B) Sim Sim
(C) Não Sim
(D) Sim Não
Resolução:
Ambos os fatores têm relação com o tamanho da amostra. Veja o que diz o apêndice 3 da NBC TA 530.
“Quanto menor for a distorção tolerável, maior o tamanho da amostra precisa ser.”
“Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na população, maior deve ser o
tamanho da amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na população. Os fatores
relevantes para a consideração do auditor do valor de distorção esperado incluem a extensão na qual os valores
dos itens são determinados subjetivamente, os resultados dos procedimentos de avaliação de risco, os resultados
dos testes de controle, os resultados de procedimentos de auditoria aplicados em períodos anteriores e os
resultados de outros procedimentos substantivos.”
Resposta B
Considere a sentença “O Auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens
que constituem uma classe de transações ou saldo contábil”. Sob a luz da Norma de Auditoria aprovada pela
Resolução CFC nº 1.217/09, é correto afirmar que:
a) em uma auditoria são analisadas apenas amostras, portanto a decisão de examinar 100% da população
não é adequada.
b) é improvável um exame de 100% no caso de testes de detalhes, contudo, é mais comum para testes de
controles.
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d) um exame de 100% da população pode ser apropriado quando, por exemplo, a população constitui um
número grande de itens de grande valor.
e) um exame de 100% da população pode ser apropriado quando há um risco significativo, mesmo que outros
meios forneçam evidência de auditoria apropriada e suficiente.
Resolução:
Letra A: Falso. A amostragem não é obrigatória, é apenas mais uma opção de ferramenta para coleta de
evidências. Se for viável, o auditor pode decidir examinar 100% dos itens.
Letra B: Falso. O item A53 da NBC TA 500 assim aponta... É improvável um exame de 100% no caso de testes
de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes.
Letra C: Verdadeiro. Transcrição literal de trecho do item A53 NBC TA 500. Uma das razões que inviabilizam
o exame de 100% é o custo x benefício. Mas se há um sistema informatizado capaz de examinar todas as operações
temos aí uma excelente relação custo benefício. Temos uma segurança maior uma vez que são avaliadas
eletronicamente todas as operações e ao mesmo tempo sem necessidade de incorrer em custos ou tempo
adicionais.
Letra D: Falso. Populações grandes inviabilizam o exame de 100%.
Letra E: Falso. Se outros meios fornecem evidência confiável, qual a razão em utilizar o mais dispendioso?
Nenhuma.
Resposta C
De acordo com a Norma de Auditoria aprovada pela Resolução CFC nº 1.222/09, é correto afirmar que a
amostragem estatística é aquela com característica de seleção:
a) na qual a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para
dar um intervalo de amostragem, determinando as unidades de amostragem da população estruturadas em um
padrão particular da população.
b) aleatória dos itens da amostra e que usa a teoria das probabilidades para avaliar os resultados das
amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
c) estratificada a partir da divisão de uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes.
d) de um ou mais blocos de itens contíguos da população apropriada, para o Auditor obter inferências válidas
sobre toda a população.
e) ao acaso, na qual o Auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada, evitando qualquer
tendenciosidade ou previsibilidade consciente.
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Amostragem
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do
risco de amostragem.”
Resposta B
ESAF - AFRF/2009
No processo de amostragem o LSE - Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela:
Resolução:
Erro projetado é projetar o erro da amostra na população e provisão de risco de amostragem é o risco de que
não seja verdadeira a projeção.
Resposta A.
ESAF - AFRFB/2012
Tabela 1:
Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma
taxa tolerável de desvio de 5%, o número de itens a serem testados é
a) 19.
b) 05.
c) 60.
d) 30.
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Amostragem
e) 10.
Resolução:
A tabela já resume os cálculos estatísticos necessários. Para encontrar o tamanho da amostra (n), devemos
fazer a aplicação da fórmula:
Resposta C
a) O conjunto das distorções relevantes identificadas na amostragem pode ter o mesmo valor ou valor maior
do que o da materialidade na execução da auditoria.
c) Pela amostragem estatística, os itens da amostragem são selecionados, de modo que cada unidade de
amostragem tenha a mesma probabilidade de ser selecionada.
d) Ao analisar desvios e distorções identificados, o auditor deve selecionar todos os itens da população e
limitar os procedimentos de auditoria nesses itens.
Resolução:
Alternativa C – Certo.
Alternativa D – Errado. Examinar tudo não é amostragem, mas poderia ser realizado, se factível. Os
procedimentos de auditoria não devem ser limitados a algumas áreas, embora possa ser direcionado esforços
maiores ou menores para uma ou outra de maior risco.
Resposta: C
a) A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a
algumas características dos itens selecionados, de modo a concluir ou ajudar a concluir sobre a população da qual
a amostra é retirada.
b) Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a
combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
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c) Ao considerar as características de uma população, para testes de controles, o auditor faz uma avaliação
da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de
pequena quantidade de itens da população.
d) A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de
julgamento do auditor em conjunto com a administração. Entretanto, o tamanho da amostra é um critério válido
para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
Resolução:
A decisão sobre qual tipo de amostragem será utilizada é questão de exclusivo julgamento profissional do
auditor.
Resposta D.
CESPE – ICMS-AL/2020
A adoção de amostragem em auditoria implica a admissão da existência de diferentes tipos de erros; nos
testes de observância, o erro tolerável é o erro monetário máximo no saldo de uma conta.
Resolução:
Em testes de controle, o erro é uma taxa de desvio (%). Em testes substantivos o erro é valor monetário (R$).
Resposta: Errado
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Amostragem
Lista de questões
FCC- TRE-SP-Analista jud./2012
A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem
(A) randômica.
(B) estratificada.
(D) aleatória.
A técnica utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais seguro do todo a ser
auditado é chamada de
(A) seleção objetiva.
(B) inspeção por pontos relevantes.
(C) auditoria especializada.
(D) exame qualitativo.
(E) amostragem.
O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do
contas a receber da empresa Financia S.A.
(A) obriga que a amostra seja aleatória.
(B) possibilita um aumento da amostra.
(C) causa uma diminuição da amostra.
(D) não influencia no tamanho da amostra.
(E) exige a estratificação da amostra.
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Amostragem
Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional, está utilizando uma
técnica denominada amostragem
(A) por conglomerado.
(B) casual.
(C) por intervalos.
(D) estratificada.
(E) randômica.
FCC- Auditor-TCE-AL/2008
O plano de amostragem probabilística que pressupõe a disposição dos itens de uma população em
subgrupos heterogêneos representativos da população global é denominado amostragem:
(A) aleatória simples.
(B) estratificada.
(C) baseada no julgamento pessoal do auditor.
(D) casual.
(E) não randômica.
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Amostragem
FCC-TCE-CE-Auditor/2006
A divisão da população em subgrupos homogêneos, com o objetivo de diminuir o tamanho da amostra, é
uma técnica denominada amostragem
(A) não probabilística.
(B) estratificada.
(C) aleatória simples.
(D) aleatória complexa.
(E) grupal.
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Amostragem
Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar:
A. O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e
permitir que o tamanho da amostra seja aumentado
B. Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho
da amostra.
C. Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma
população.
D. O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado
método de seleção aleatório.
E. Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou
procedimentos analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra.
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, o auditor
pode empregar técnicas de amostragem. Quando o auditor realiza o sorteio, sem reposição, das transações que
serão auditadas, ele usa a seleção de amostra
A. intencional.
B. aleatória.
C. não probabilística.
D. sistemática.
E. casual.
FCC- ICMS-SP/2013
É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra, que quanto
A. maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
B. menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da estratificação permitida.
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Amostragem
C. maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido.
D. menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida.
E. maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido.
FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012
A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem
(A) randômica.
(B) estratificada.
(C) de seleção em bloco.
(D) aleatória.
(E) de seleção com base na experiência do auditor.
FCC-TRE-SP-Analista Jud.-contabilidade/2012
Os dados relativos a saldos de contas ou classe de transações que também mostram caminhos para avaliar
procedimentos ou aderência aos controles internos ou ainda, exatificação de valores, denominam-se
(A) interações de dados internos.
(B) unidades de testes.
(C) populações contábeis.
(D) ponderações de valores.
(E) variáveis de populações.
FCC-Metrô-SP-Analista - C. Contábeis/2014
Dois analistas de desenvolvimento de gestão foram incumbidos de fazer exames de auditoria interna nos
registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 2013. Em razão do volume de informações,
utilizaram técnica de auditoria para a seleção de itens que deverão ser testados, representando o todo a ser
auditado. Essa técnica utilizada é denominada
(A) dimensionamento do trabalho de auditoria.
(B) direcionamento do trabalho de auditoria.
(C) amostragem.
(D) testes de parcialidade.
(E) seleção de suficiência de informações.
Entre os principais métodos de seleção de amostras citados nas Normas Brasileiras de Contabilidade
Técnicas de Auditoria, aquela em que o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão
em quantias de dinheiro é a amostragem
(A) ao acaso.
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Amostragem
(B) estatística.
(C) em bloco.
(D) aleatória.
(E) de unidades monetárias.
No processo amostral em auditoria, a teoria de amostragem de atributos está vinculada a técnica estatística:
(A) Amostragem da probabilidade proporcional ao tamanho.
(B) Amostragem clássica de variáveis.
(C) Distribuição normal.
(D) Valor esperado do erro.
(E) Amostragem por bloco.
FCC- TCE-AM-Auditor/2007
(B) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a população é pequena ou quando há
necessidade de alta precisão nas estimativas.
(C) Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a mesma chance de pertencer à amostra,
pois estão distribuídos de maneira uniforme.
(E) O grau de precisão das estimativas está relacionado ao percentual máximo que se admitirá de erros para
os resultados obtidos na amostra.
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Amostragem
Na auditoria das demonstrações contábeis de determinada empresa de economia mista do Estado, o auditor
pretende realizar auditoria, por amostragem, na conta “Duplicatas a Receber”. O auditor se quiser reduzir o
tamanho da amostra sem aumentar o risco de amostragem, dividindo a população em subpopulações distintas
que tenham características homogêneas ou similares, deve proceder
d) uma estratificação.
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos
itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma mostra que
possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas,
como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período.
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) III, apenas.
Sendo impossível averiguar todos os lançamentos que compõem um determinado saldo contábil, torna-se
possível
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Amostragem
A auditoria contábil realiza a análise dos registros contábeis e financeiros, buscando certificar se os mesmos
estão corretos. Um dos procedimentos que pode ser utilizado pelo auditor é a amostragem, tema este
normatizado pelo Conselho Federal de Contabilidade, dentre outras pela Norma Brasileira de Contabilidade
Técnica de Auditoria − NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. Em relação à amostragem:
A. pode ser constituída de qualquer percentual inferior à 100% da amostra, todos os itens devem ser
relevantes e a seleção deve proporcionar a todos a mesma chance de seleção.
B. toda amostragem utilizada em auditoria deve ser realizada de forma aleatória e com utilização da teoria
das probabilidades, ou seja, amostragem estatística.
C. para avaliar o resultado da amostra de auditoria o auditor deve verificar somente se esta amostra forneceu
uma base razoável para suas conclusões em relação a população que ele está sendo ou foi testada.
D. ao definir uma amostra o auditor deve considerar o resultado geral esperado da auditoria e o conjunto de
procedimentos de auditoria que serão necessários para este fim.
FCC-ISS Manaus/2019
A. é vedada a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento em item perdido”.
B. é possível a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento em item de substituição”.
C. é obrigatória a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento alternativo adequado”.
D. é recomendável a escolha de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento impossível”.
E. é vedada a análise de outro cheque cancelado para examinar, o que é referido na norma como
“procedimento alternativo inadequado”.
FCC-ICMS-BA/2019
A NBC TA 530 arrola as conclusões errôneas a que pode levar o denominado risco de amostragem. De acordo
com essa NBC, o risco de amostragem poderá acarretar conclusões equivocadas, tais como:
I. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados mais eficazes do que realmente são.
II. no caso de teste de detalhes, não ser identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe.
III. no caso de teste de controles, esses controles serem considerados menos eficazes do que realmente são.
IV. no caso de teste de detalhes, ser identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe.
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Amostragem
FCC-ICMS-BA/2019
A NBC TA 530 estabelece, em seu item 5, que risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor,
com base em amostra" pudesse “ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de
auditoria. O risco de amostragem pode levar a conclusões errôneas. De acordo com a referida NBC, o nível de risco
de amostragem que o auditor está disposto a aceitar
A. afeta o tamanho da amostra exigido, sendo que, quanto menor o risco que o auditor está disposto a
aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
B. não afeta o tamanho da amostra exigido, já que a escolha do tamanho da amostra é feita no momento do
planejamento do trabalho de auditoria.
C. afeta o tamanho da amostra exigido, sendo que, quanto maior o risco que o auditor está disposto a aceitar,
maior deve ser o tamanho da amostra.
D. não afeta o tamanho da amostra exigido, na medida em que pode ser compensado com o
aprofundamento do exame de cada unidade de amostragem e com arbitramentos e critérios de compensações.
E. é determinado, em reunião do auditor com os representantes da área contábil da entidade auditada, após
a apuração dos resultados de análise por amostragem feita anteriormente, de acordo com o valor cobrado no
contrato de auditoria para esse subtrabalho específico.
FCC-ICMS-BA/2019
A avaliação do resultado de uma amostragem em auditoria é um procedimento essencial a ser realizado pelo
auditor. De acordo com a NBC TA 530,
A. o auditor deve avaliar se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada ou, se preferir, pode transferir este ônus para uma auditoria interna paralela,
promovida pela entidade auditada, que deverá efetuar essa avaliação em prazo contratualmente estabelecido.
B. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele deve comunicar esse fato à administração da entidade auditada, para que
ela determine, em prazo contratualmente previsto, os procedimentos substitutivos a serem adotados, se assim o
desejar.
C. a entidade auditada, por meio de auditoria interna paralela realizada às suas próprias expensas, deve
avaliar os resultados da amostra, em prazo contratualmente estabelecido, antes de autorizar o prosseguimento
aos demais trabalhos de auditoria.
D. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele pode solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e
o potencial para distorções adicionais, e faça quaisquer ajustes necessários.
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E. caso o auditor conclua que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, ele deve abandonar a utilização do critério de amostragem imediatamente.
FCC-ICMS-BA/2019
Conforme estabelece a NBC TA 530, “o objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de
proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada”. A
adoção do critério de amostragem pressupõe, por parte do auditor, a definição da amostra, a determinação do seu
tamanho e a seleção dos itens para teste. De acordo com a referida NBC,
A. o auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
B. ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve flexibilizar a finalidade do procedimento de auditoria
bem como relevar as características negativas da população da qual será retirada a amostra.
C. cabe à entidade a ser auditada definir o tamanho da amostra, tendo por base os motivos que
determinaram a realização da auditoria.
D. o auditor e a administração da entidade devem selecionar, conjuntamente, itens para a amostragem de
forma que cada unidade de amostragem da população tenha uma maior ou menor chance de ser selecionada.
E. norteado pelos princípios da neutralidade e da imparcialidade, o auditor, ao definir uma amostra de
auditoria, deve relativizar a finalidade do procedimento de auditoria de modo a suavizar eventuais resultados
indesejados.
A. tal opção viola a missão institucional do controle interno, que deve analisar a legalidade de todos os atos
praticados pela administração.
B. é possível que se realize tal amostra, desde que seus resultados não sirvam de base para conclusão a
respeito da população da qual ela é selecionada.
D. houve equívoco no emprego da amostragem, pois tanto o exercício quanto o tipo de ato são ambos
determinados.
E. a amostragem é aceita, embora não exista norma específica de auditoria acerca do procedimento.
Na execução de uma auditoria tributária, e de acordo com as normas de amostragem em auditoria (NBC TA
530, aprovada pela Resolução CFC 1222/09), o Auditor pode lançar mão de diversos métodos de seleção da
amostra, dentre os quais se destacam:
− Método A: aplicado por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números
aleatórios.
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− Método C: no qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma
técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade
consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos
lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma
mesma chance de seleção.
− Método D: é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. Ao considerar as características da população da qual
a amostra será retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é mais
apropriada.
(A) aleatória, Seleção sistemática, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e
Seleção ao acaso.
(B) ao acaso, Seleção sistemática, Seleção aleatória e Seleção com base em valor (amostragem de unidade
monetária).
(C) com base em valor (amostragem de unidade monetária), Seleção aleatória, Seleção sistemática e Seleção
ao acaso.
(D) aleatória, Seleção ao acaso, Seleção com base em valor (amostragem de unidade monetária) e Seleção
sistemática.
(E) aleatória, Seleção sistemática, Seleção ao acaso e Seleção com base em valor (amostragem de unidade
monetária).
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C. é possível adotar a técnica conhecida como amostragem, que pode ser empregada por meio da escolha
dos registros a serem analisados, a partir da experiência dos fiscais.
D. embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há como
garantir a aleatoriedade do grupo de registros que será analisado.
E. embora possível, é contraindicada a adoção da técnica conhecida como amostragem, pois não há outras
informações disponíveis, indispensáveis para a formação da amostra.
A. o risco de que a conclusão do auditor seja errônea por empregar inadequadamente a técnica de
circularização.
B. o risco de que a conclusão do auditor tenha sido tomada sujeitando toda a população ao mesmo
procedimento de auditoria.
C. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser igual se toda a população fosse
sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
D. o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população
fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos
itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações.
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que
possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas,
como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período. Está
correto o que se afirma em
A. I e III, apenas.
B. II e III, apenas.
C. I, II e III.
D. I e II, apenas.
E. III, apenas.
FCC-ICMS-GO/2018
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Determinado Estado da Federação mantém programa de Cidadania Fiscal por meio do qual a emissão de
notas e cupons fiscais pode ser feita com a inclusão do número de CPF do consumidor final. Após cadastro no
programa, é possível que esses contribuintes diretos obtenham descontos no imposto sobre a propriedade de
veículos automotores – IPVA devido.
Em auditoria interna da base de dados de resgates de pontos na forma de descontos no IPVA, realizou-se
um teste para apurar a distância geográfica entre os estabelecimentos em que foram realizadas as compras dos
bens e serviços de onde se originou a pontuação resgatada, o endereço registrado no cadastro do programa e o
domicílio do proprietário constante da anotação no Departamento Estadual de Trânsito. O objetivo pretendido
era indicar possíveis erros, fraudes ou simulações.
Após inspeção gráfica dos dados, o auditor promoveu a exclusão de uma série de observações que, a seu
juízo, não poderiam estar corretas. Ao fim, chegou-se a uma relação de pessoas jurídicas como emissoras de
documentação fiscal com afastamento geográfico suspeito entre sede e local de utilização dos pontos derivados.
Sobre o caso e considerando a amostragem em auditoria, é correto afirmar.
A. Não é objetivo da auditoria interna assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.
B. As normas não permitem a exclusão dos chamados valores aberrantes (outliers), pois, sem a integralidade
do espaço amostral, as conclusões são tendenciosas.
C. Embora tecnicamente correto, tal trabalho nunca poderia subsidiar uma campanha de auditoria dirigida.
D. Pode-se dizer que se trata de uma aplicação do método aleatório de seleção de amostra.
E. Se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da amostra.
CESPE - AFT/2013
A aplicação do método da amostragem é, em geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso
de a população e a amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas características serem de
difícil mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.
Caso se verifique, na avaliação dos resultados de uma amostra, mediante o emprego do teste de controle,
que a taxa de desvios da amostra é maior que a taxa tolerável de desvio, então a amostragem selecionada é falha.
CESPE – PF – perito/2013
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A amostragem não probabilística, apesar de não permitir tratamento estatístico, pode ser utilizada em uma
auditoria, propiciando a generalização dos resultados obtidos.
Na definição do tamanho da amostra que o auditor utilizará para formar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis da auditada, quanto maior for o valor da distorção esperada na população analisada, maior deverá ser o
tamanho da amostra.
Considerando o uso de amostragem na realização de testes de controle, o fator que, mantidos todos os
demais constantes, acarreta redução do tamanho necessário da amostra a ser realizada é o aumento
C. do nível de segurança desejado pelo auditor de que a taxa real de desvio na população não exceda a taxa
tolerável.
A. estimar como uma mudança na variável independente influenciará o valor da variável dependente.
C. aferir resultados médios com bases em possíveis cenários futuros, que podem ocorrer ou não
E. calcular, por meio de iterações, estimativas de custos ou cronogramas, usando valores de entrada
aleatórios.
Cespe-SECONT-ES-Auditor do Estado/2009
O censo é o oposto da técnica de amostragem e deve ser utilizado sempre que houver necessidade de alta
precisão dos dados.
Uma vantagem da utilização da amostragem estatística em relação aos métodos de amostragem não
estatísticas em testes de controles é que
(A) É mais fácil converter a amostra em um teste de duplo propósito útil para testes substantivos.
(B) Eliminar a necessidade de usar o julgamento para determinar tamanhos de amostra apropriados.
(C) Permite uma maior garantia que a amostra não estatística de igual tamanho.
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Amostragem
(D) Fornece uma base objetiva para a avaliação quantitativa do risco da amostra.
ESAF-ISS RJ/2010
Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e
assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido em razão da
existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população
tenha a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um
aumento no risco identificado de distorção relevante.
a) V, V, F, V
b) F, V, V, V
c) V, V, V, F
d) F, F, F, V
e) V, F, V, F
CRC-Exame Suficiência/2012.2
De acordo com a NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria, em relação à definição da amostra, tamanho e
seleção dos itens para teste em Auditoria Independente, é INCORRETO afirmar que:
a) a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a
algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a população da qual
a amostra é retirada.
b) ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra.
c) o auditor deve selecionar itens para a amostragem, de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
d) o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar é afetado pelo tamanho da amostra
exigido. Quanto maior o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra a ser
efetuada.
(A) A amostra escolhida aleatoriamente pode não ser representativa das características da população.
(B) Um auditor pode selecionar os procedimentos de auditoria que não são apropriados para atingir o
objetivo específico.
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Amostragem
(C) Um auditor pode deixar de reconhecer os erros nos documentos examinados para a amostra selecionada
(D) Os documentos relativos à amostra escolhida podem não estar disponíveis para inspeção.
Quais dos seguintes fatores poderiam influenciar o tamanho da amostra para um teste de detalhes de uma
conta específica
Erro esperado Erro Tolerável
(A) Não Não
(B) Sim Sim
(C) Não Sim
(D) Sim Não
Considere a sentença “O Auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens
que constituem uma classe de transações ou saldo contábil”. Sob a luz da Norma de Auditoria aprovada pela
Resolução CFC nº 1.217/09, é correto afirmar que:
a) em uma auditoria são analisadas apenas amostras, portanto a decisão de examinar 100% da população
não é adequada.
b) é improvável um exame de 100% no caso de testes de detalhes, contudo, é mais comum para testes de
controles.
d) um exame de 100% da população pode ser apropriado quando, por exemplo, a população constitui um
número grande de itens de grande valor.
e) um exame de 100% da população pode ser apropriado quando há um risco significativo, mesmo que outros
meios forneçam evidência de auditoria apropriada e suficiente.
De acordo com a Norma de Auditoria aprovada pela Resolução CFC nº 1.222/09, é correto afirmar que a
amostragem estatística é aquela com característica de seleção:
a) na qual a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para
dar um intervalo de amostragem, determinando as unidades de amostragem da população estruturadas em um
padrão particular da população.
b) aleatória dos itens da amostra e que usa a teoria das probabilidades para avaliar os resultados das
amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
c) estratificada a partir da divisão de uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características semelhantes.
d) de um ou mais blocos de itens contíguos da população apropriada, para o Auditor obter inferências válidas
sobre toda a população.
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e) ao acaso, na qual o Auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada, evitando qualquer
tendenciosidade ou previsibilidade consciente.
ESAF - AFRF/2009
No processo de amostragem o LSE - Limite Superior de Erro para superavaliações é determinado pela:
ESAF - AFRFB/2012
Tabela 1:
Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma
taxa tolerável de desvio de 5%, o número de itens a serem testados é
a) 19.
b) 05.
c) 60.
d) 30.
e) 10.
a) O conjunto das distorções relevantes identificadas na amostragem pode ter o mesmo valor ou valor maior
do que o da materialidade na execução da auditoria.
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c) Pela amostragem estatística, os itens da amostragem são selecionados, de modo que cada unidade de
amostragem tenha a mesma probabilidade de ser selecionada.
d) Ao analisar desvios e distorções identificados, o auditor deve selecionar todos os itens da população e
limitar os procedimentos de auditoria nesses itens.
a) A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a
algumas características dos itens selecionados, de modo a concluir ou ajudar a concluir sobre a população da qual
a amostra é retirada.
b) Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a
combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
c) Ao considerar as características de uma população, para testes de controles, o auditor faz uma avaliação
da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de
pequena quantidade de itens da população.
d) A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de
julgamento do auditor em conjunto com a administração. Entretanto, o tamanho da amostra é um critério válido
para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
CESPE – ICMS-AL/2020
A adoção de amostragem em auditoria implica a admissão da existência de diferentes tipos de erros; nos
testes de observância, o erro tolerável é o erro monetário máximo no saldo de uma conta.
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GABARITO
1. B 31. D
2. E 32. A
3. B 33. C
4. C 34. E
5. D 35. C
6. B 36. D
7. B 37. C*
8. D 38. E
9. C 39. E
10. B 40. E
11. D 41. E
12. A 42. C
13. E 43. E
14. B 44. E
15. B 45. C
16. E 46. E
17. B 47. B
18. C 48. C
19. C 49. D
20. E 50. B
21. A 51. D
22. C 52. A
23. E 53. B
24. D 54. C
25. C 55. B
26. E 56. A
27. A** 57. C
28. B** 58. C
29. E 59. D
30. A 60. E