Contém Os Princípios Históricos Que Nasceram Nos
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(1648*); Revolução Francesa (1789); Congresso de Viena, 1815; doutrina Monroe, 1823; Liga
das Nações; ONU (1945).
– Pôs fim à guerra dos 30 anos (1618-1648 ). Hugo Grócio participou do Congresso
representando o rei da Suécia. Conseqüências: 1)- Princípio do Equilíbrio Europeu ( Pela
primeira vez, os Estados europeus reuniram-se para deliberar )
2)- Princípio da Igualdade Jurídica dos Estados “ Artigo 2, inciso 1 da CONU, diz: “A Organização
é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros.”
4)- O Tratado acolheu muitos dos ensinamentos de Hugo Grócio, surgindo daí o DIREITO
INTERNACIONAL tal como se conhece hoje. Marca o fim de um período e o início de outro.
2)- Princípio da Liberdade de Navegação em certos rios internacionais ( Reno, Mosa, Escalda,
etc. )
Doutrina Monroe – James Monroe enviou uma mensagem em 02/12/1823 ao Congresso dos
EUA.
1º)- O Continente Americano não pode ser sujeito no futuro a ocupação por parte de nenhuma
potência européia;
3º)- os EUA não intervirá nos negócios pertinentes a qualquer país europeu. Síntese:
Meados do Século XIX, fatos favoráveis ao progresso do DIP: CONGRESSO DE PARIS DE 1856
Normas relativas à Guerra no Mar –Aboliu o corso 1ª CONVENÇÃO DA CRUZ VERMELHA (1864)
O D.I. no século XX atingiu seu pleno desenvolvimento.(?) Marcos: 1906- Fauchille submeteu
um relatório sobre os aspectos legais das aeronaves ( Tridimensional ) Criação do Instituto de
Direito Internacional As Conferências Internacionais Americanas ( México-1901-1902, Rio de
Janeiro-1906 -, Buenos Aires –1910- Santiago do Chile- 1923 –Havana– 1928 – Outras ) 1907 –
2ª Conferência de Paz de Haia –44 países inclusive da América do Sul. Conferência Naval de
Londres ( Dezembro de 1908 a fevereiro de 1909 ) Conferência de Paz de Paris ( 1919 ) Criação
da Liga das Nações ( ou Sociedade DasNações. )
–Direito dos Tratados entre Estados e OI ou entre OI X OI. Após 2ª Guerra: Além do
Tridimensional. Espaço ultraterrestre, lua, corpos celestes.
(Teorias)
a) teoria da autolimitação (os Estados soberanos se submetem ao Direito das Gentes em razão
de autolimitação voluntária; há consentimento);
b) teoria da vontade coletiva (o DIP resulta da manifestação coletiva dos Estados soberanos
favoráveis à sua formação;
c) teoria da delegação do Direito Interno (a obrigatoriedade do DIP tem origem na Lei maior de
cada um dos Estados soberanos. É entendida como um reflexo da teoria da autolimitação;
Teorias Voluntaristas
d) teoria dos direitos fundamentais dos Estados: a existência dos Estados implica a aquisição
dos direitos fundamentais, os quais embasam o Direito Internacional;
Teorias Objetivistas
Para os autores modernos a melhor concepção é a do direito natural, pois que nas outras
teorias encontramos fartas objeções às suas aplicações.
ESCOLA MONISTA –Existe apenas uma ordem jurídica. Assim, um tratado internacional seria
também uma manifestação do povo brasileiro. O Tratado estaria dentro da pirâmide de
hierarquia e conviveria a CF com as leis ordinárias com atos etc. O direito é um só. O Estado
possui o Direito e o respeita, adota o direito internacional, porém não incorpora-o da forma
como na teoria dualista, que, inclusive, adota a teoria da “incorporação”
. 2 (DUAS) ESPÉCIES
– interna e externa. Num eventual conflito, a prevalência seria da lei interna, do direito
interno, ou seja, primazia do direito interno.
. Temos, pois, que:
Teoria Monista, segundo a qual, o Direito Internacional e o Direito Interno são dois ramos de
um mesmo sistema, emanam de uma só fonte. Para os Monistas, o Direito é um só, com
diferentes primazias.
Teoria Dualista,
segunda a qual, o Direito Interno e o Direito Internacional não se confundem, sendo tratados
como ordens distintas e incomunicáveis. Segundo Carlos Husek: “A opção é de cada país. O
Brasil não firmou a sua de forma clara, o que pode ser visto através das normas
constitucionais, que ora revelam uma tendência ao dualismo, ora ao monismo”.
Para os autores que defendem a escola dualista o DIP e o Direito Interno são dois sistemas
distintos, independentes, separados, que não se confundem. Um trata da relação entre
Estados. Outro, regras entre indivíduos. O DIP depende da vontade comum de vários Estados.
O D. Interno: vontade unilateral do Estado.
Dualismo
Segundo a doutrina dualista, para que uma norma internacional seja aplicada na ordem
interna de um Estado, este deve primeiramente transformá-la em norma de direito interno,
incorporando-a ao seu ordenamento jurídico doméstico. Esta doutrina costuma ser chamada
de teoria da incorporação. Nos termos desta doutrina, por serem as duas ordens jurídicas
completamente independentes, não existe a possibilidade de conflito entre si. Formularam-na
Triepel, Anzilotti, dentre outros.
ESCOLA DUALISTA- Também dita escola do paralelismo. O DIP e o Direito Interno são dois
sistemas distintos, independentes, separados, que não se confundem.
Um, trata da relação entre Estados . Outro, regras entre indivíduos. O DIP depende da vontade
comum de vários Estados. O D. Interno: vontade unilateral do Estado.
Na Teoria Dualista, ao contrário da Teoria Monista, ela alega que existem dois ramos do
Direito Internacional, ou seja, existem 2 ordenamentos jurídicos. Ele possui questões que não
se aplicam aos 2 ramos do Direito. Criam-se regras para adotar os tratados, como esse tratado
é recebido e incorporado no ordenamento jurídico interno. Para dar validade a um Tratado
Internacional tem-se que submetê-lo à aceitação dentro do ordenamento jurídico interno.
2 (DUAS) ESPÉCIES:
1) Dualista Extremada. Onde o Tratado está no mundo externo, a transformação dele numa lei
interna seria uma lei que promulgaria o Tratado e o transformaria numa lei interna = status de
lei ordinária.
Soberania
Dentre os elementos constitutivos do Direito Internacional Público, temos que esclarecer que
o Estado, para ser pessoa internacional, deve possuir soberania(*), isto é, o direito exclusivo de
exercer a autoridade política suprema sobre o seu território e a sua população.
(*) Entende-se por soberania a qualidade máxima de poder social através da qual as normas e
decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos
sociais intermediários, tais com: a família; a escola; a empresa, a igreja, etc. Neste sentido, no
âmbito interno, a soberania estatal traduz a superioridade de suas diretrizes na organização da
vida comunitária. A soberania se manifesta, principalmente, através da constituição de um
sistema de normas jurídicas capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento
humano. No âmbito externo, a soberania traduz, por sua vez, a idéia de igualdade de todos os
Estados na comunidade internacional Elementos da soberania:
é um poder (faculdade de impor aos outros um comando a que eles ficam a dever obediência)
perpétuo (não pode ser limitado no tempo) e absoluto (não está sujeito a condições ou
encargos postos por outrém, não recebe ordens ou instruções de ninguém e não é responsável
perante nenhum outro poder).
Características da soberania: é una e indivisível (não pode ser dividida por dois governantes ou
por vários órgãos), é própria e não delegada (pertence por direito próprio ao Rei), é
irrevogável (princípio de estabilidade política - o povo não tem direito de retirar ao seu
soberano o poder político o poder político que este possui por direito próprio), é suprema na
ordem interna (não admite outro poder com quem tenha de partilhar a autoridade do Estado),
é independente na ordem internacional (o Estado não depende de nenhum poder
supranacional e só se considera vinculado pelas normas de direito internacional resultantes de
tratados livremente celebrados ou de costumes voluntariamente aceites).
Faculdades da soberania: poder legislativo (fazer e revogar as leis), poder de declarar a guerra
e fazer a paz, poder de instituir cargos públicos, poder de cunhar e emitir moeda, poder de
lançar impostos e taxas, etc. Limites da soberania: tem de ser um governo reto, respeitando a
moral e as leis divinas e naturais; o soberano só se pode ocupar do que é de interesse público,
devendo respeitar a propriedade dos subditos; a soberania está limitada pelas leis humanas
comuns a todos os povos, ou seja, pelo direito internacional ou direito das gentes; etc
Igualdade ou Isonomia = Igualdade de condições = art. 5º. da CF "Art. 5o. Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Para REZEK, " pacta sunt servanda é o princípio segundo o qual o que foi pactuado deve ser
cumprido)".
Não traz um rol exaustivo, mas sim exemplificativo. Podem existir outras fontes não
elencadas nesse dispositivo, mas reconhecidas pela doutrina internacional.
2ª - Costumes internacionais – são a prova de uma prática geral aceita como sendo o
direito. O costume tem dois elementos:
- elemento material
–“opinio iuris” – crença de que aquilo é direito. Aceitação como direito. É a crença que os
atores da sociedade internacional têm em relação à obrigatoriedade jurídica da reiteração
desses atos. O elemento material é o hábito, o espiritual é a crença.
Para alguns juristas os “princípios gerais do direito” seriam aqueles aceitos pelos estados
in foro domestico. (Manual de Direito Internacional Público – Hildebrando Accioly e outros –ed.
Saraiva –2009 – 17ª. ed. P. 150).
O juiz deve transpor as normas do direito interno para o direito internacional. Nesse sentido,
as normas do direito civil se aplicam às normas do direito internacional
ex.: princípio da boa-fé, existe, então a observância da ordem jurídica comum e não somente
da ordem jurídica internacional.
(Ex.: No quadro de sociedade internacional, apontava C. BILFINGER (1938), Les bases fondamentales
de la communauté dês états (RCADI, 1938, t.63, p.129-242) - , a rarefação normativa, como então, em
tempos de ascensão nazi-fascismo, se exacerbava, o que conferiria aos princípios gerais caráter
indispensável, do que dependeria a função e tais ficções. No contexto pós-moderno, não mais se
padecer de falta de normas, mas cabe proceder à reorientação do todo o foco do sistema
internacional, no sentido de conjunto de princípios, para acolher o ser humano como eixo do direito
internacional).
Há juristas que informam que os princípios gerais do direito são os costumes internacionais porque
advêm da vontade e da manifestação de todos os Estados, ou melhor, do “do foro domestico.”
- (solução pacífica dos litígios, não-agressão, desarmamento, justa indenização, boa-fé, pacta sunt
servanda, lex posterior derogat priori, coexistência pacífica).
- doutrina – devem ser entendidos como doutrina não só os juristas pessoas físicas, mas tudo o que
possui um resguardo doutrinário;
Novas fontes do Direito Internacional Público (além do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de
Justiça):
1. atos unilaterais Estatais –não são normas, meros atos jurídicos, produzem conseqüências jurídicas,
porém, não há efetividade. a palavra do Estado deve ser firme, não pode titubear. Precisa ter valor;
2. decisões das Organizações Internacionais –também não figuram como fontes perante a CIJ (Corte
de Haia –1920) mas criam direitos para os Estados. Há Estados que não cumprem essas decisões,
apesar de possuírem efeito jurídico inculante;
Há duas teorias, como já dito, que buscam explicar as fontes formais do Direito Internacional:
positivista ou voluntarista e objetivista.
Os positivistas ou voluntaristas consideram a vontade conjunta dos Estados a única fonte formal do
Direito Internacional. Os objetivistas, com maior número de adeptos, identificam duas espécies de
fonte: formais e materiais.
Materiaisdeterminam a origem das fontes formais e auxiliam na sua compreensão. (verificar exemplo
dado por Gustavo Bregalda –pág. 8).
Tratados Internacionais
Conceito = Tratado é o acordo internacional celebrado pro escrito entre dois ou mais Estados ou outros
sujeitos de Direito Internacional, sob a égide do Direito Internacional, independentemente de sua
designação específica. Esse conceito deflui da conjungação entre o art. 2,1,ada Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados (1969) e o art. 2, 1,a, da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
entre Estados e Organizações Internacionais ou entre organizações Internacionais (1986). O Estatuto da
Convenção de Viena assim definiu o tratado, em seu artigo 2º, como sendo um “acordo internacional
celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento
único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação particular” (art.
2º, I, alínea “a”).
Além disso, em tal Convenção, o ato de firmar tratados deixou de ser exclusividade dos Estados,
acrescentando-se também as demais pessoas internacionais. Ou seja, tratado é o ato jurídico pelo qual
há a manifestação de vontades de duas ou mais pessoas internacionais, visando estabelecer um acordo.
O termo tratado, mais comum, não difere tecnicamente dos demais: convenções, acordos, pactos,
ajustes etc.
TRATADO
A expressão Tratado foi escolhida pela Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, como
termo para designar, genericamente, um acordo internacional, qualquer que seja sua denominação
específica. Tratado seria o ato bilateral ou multilateral ao qual se deseja atribuir especial relevância
política. Nessa categoria se destacam, por exemplo, os tratados de paz e amizade, tratados de amizade e
cooperação.
CONVENÇÃO
É o ato que dá execução a outro, anterior, devidamente concluído. Em geral, são colocados ao abrigo de
um acordo-quadro ou acordo-básico.
ACORDO POR TROCA DE NOTAS Emprega-se troca de notas diplomáticas para assuntos de natureza
administrativa, bem como para alterar ou interpretar cláusulas de atos já concluídos.
MEMORANDO DE ENTENDIMENTO Tem sido utilizado para atos de forma bastante simplificada,
destinados a registrar princípios gerais que orientarão as relações entre as Partes, seja nos planos
político, econômico, cultural ou em outros.
PROTOCOLO é um termo que tem sido usado nas mais diversas acepções, tanto para acordos
bilaterais, quanto para multilaterais. Aparece designando acordos menos formais que os tratados, ou
acordos complementares ou interpretativos de tratados ou convenções anteriores. É utilizado ainda
para designar a ata final de uma conferência internacional. Tem sido usado, na prática diplomática
brasileira, preferivelmente sob a forma de "protocolo de intenções".
PROTOCOLO DE INTENÇÕES É um ato de menor hierarquia que não encerra um acordo de vontades,
mas apenas um início de compromisso.
CONCORDATA O termo concordata possui, no direito dos tratados, significação singular. Esse nome é
estritamente reservado ao tratado bilateral em que uma das partes é a Santa Sé.
ESTATUTO Empregado para os tratados coletivos geralmente estabelecendo normas para os tribunais
internacionais (Estatuto da OEA).
MODUS VIVENDI designa um acordo temporário (modus vivendi de 1936 sobre a navegação do Reno)
PACTO É um tratado solene, formal. Foi utilizado pela primeira vez no Pacto da Liga das Nações (Pacto
de Renúncia à Guerra de 1928). E tantos outros (ver págs. 18/19 – Gustavo Bregalda)
Os tratados, fonte mais expressiva do Direito Internacional, revelam as normas jurídicas adotadas pelos
Estados e pelas organizações internacionais nos mais diversos assuntos. Formação de um tratado
Para que um tratado seja concluído, ele tem que respeitar algumas formalidades, havendo quatro fases
para a sua definitiva conclusão: as negociações preliminares, a assinatura ou a adoção pelo Executivo, a
aprovação parlamentar, e a ratificação ou adesão do texto do tratado.