RDC N° 661-2022 - Baixada Dia 18.11.2022
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Art. 21. O transporte dos resíduos do Grupo A das áreas de geração ou das
áreas de armazenamento temporário para o tratamento e/ou à disposição final,
deverá ser realizado por meio de veículos coletores específicos, de forma a não
interferir com o fluxo de meios de transporte e de pessoas.
§ 1º Os veículos coletores específicos para transporte de resíduos do
grupo A também poderão ser utilizados para os resíduos classificados como do grupo
E.
§ 2º Os veículos coletores devem ser identificados respeitando as normas
do órgão competente de veículos terrestres.
Art. 22. Os carros e as caçambas dos veículos coletores devem ser
fechados e sem compactação, constituídos de material rígido, lavável, impermeável,
com cantos e bordas arredondados, e identificados conforme descrito no art. 17.
Parágrafo único. Será permitida a utilização de veículos coletores
conteinerizados quando estes resguardarem as condições higiênico-sanitárias
satisfatórias.
Art. 23 As operações de transporte de resíduos deverão ser realizadas de
forma a não provocar o rompimento dos sacos e recipientes de acondicionamento.
Art. 24 Os veículos coletores, os recipientes de acondicionamento e os
carros coletores deverão ser submetidos a procedimentos de limpeza e desinfecção
conforme Anexo I deste regulamento sempre que necessário, para manter as
condições higiênico-sanitárias satisfatórias.
Subseção V
Armazenamento Temporário
Art. 25. No armazenamento temporário não poderá ocorrer disposição
direta dos sacos de acondicionamento sobre o piso, os quais deverão
obrigatoriamente ser depositados em recipientes de acondicionamento.
Art. 26. Os locais destinados ao armazenamento temporário dos resíduos
sólidos do Grupo A devem ser específicos para tal fim e identificados conforme
descrito no art. 17.
§ 1º Estes locais deverão ser restritos a pessoas autorizadas e capacitadas
ao serviço.
§ 2º Estes locais deverão apresentar cobertura, pisos e paredes revestidos
de materiais lisos, laváveis e resistentes, condições de luminosidade, escoamento de
efluentes e oferta de água.
§ 3º Os recipientes de acondicionamento deverão atender ao disposto no
art. 16.
Subseção IV
Coleta e Transporte
Art. 36. Os carros e veículos coletores devem ser constituídos de material
compatível com a especificidade dos resíduos transportados diretamente ou por
recipientes, garantindo a segurança da atividade.
Art. 37. O transporte deve ser realizado considerando as rotas, o volume e
o peso dos resíduos, de forma a não interferir com o fluxo de meios de transporte e de
pessoas.
Art. 38. O uso de recipientes deve observar os limites de carga permitidos
para o transporte realizado pelos trabalhadores, conforme normas do órgão
regulamentador.
Subseção V
Armazenamento Temporário
Art. 39. O armazenamento de resíduos do grupo B dar-se-á de acordo com
os regulamentos pertinentes, em especial as normas de armazenagem de produtos
perigosos.
Art. 40. Os resíduos do grupo B deverão ser armazenados em recipientes
ou áreas específicas, com dimensionamento compatível com a geração, segregação e
características físico-químicas.
Art. 41. O armazenamento temporário pode ocorrer em recipientes de
acondicionamento como contêineres e/ou tambores, em tanques e a granel, cujas
características devem seguir as recomendações das normas técnicas vigentes.
Art. 42. O local de armazenamento temporário deve conter identificação
conforme o descrito no art. 35.
Art. 43 O sistema de efluente proveniente da área de armazenagem
deverá considerar os tipos de resíduos químicos presentes, para realização de seu
tratamento, a fim de eliminar as características de periculosidade conforme as normas
preconizadas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e saneamento,
competentes.
Subseção VI
Tratamento e Disposição Final
Art. 44. Os resíduos do grupo B devem passar por processo de reutilização,
recuperação, reciclagem ou tratamento pertinente.
Parágrafo único. Quando da impossibilidade do reaproveitamento, estes
resíduos deverão ser dispostos em locais determinados que atendam a legislação
ambiental aplicável.
Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.
Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Subseção II
Acondicionamento
Art. 52. Quando os resíduos forem acondicionados em sacos, o material
utilizado deverá ser impermeável, resistente a ruptura e vazamento, respeitando-se os
limites de peso, e devendo ser substituídos sempre que necessário, ou quando
atingirem 2/3 de sua capacidade, ou pelo menos uma vez ao dia, sendo proibido
esvaziá-los ou reaproveitá-los.
§1º No caso de resíduos não alimentares será permitido o esvaziamento e
reaproveitamento dos sacos acondicionadores quando garantida a manutenção das
condições higiênico-sanitárias.
§ 2º Os sacos acondicionadores, ao completarem sua capacidade de
preenchimento, deverão ser lacrados de forma a não permitir o vazamento do
conteúdo existente em seu interior.
§ 3º Ao lacrar os sacos acondicionadores no próprio local de geração dos
resíduos deve-se expelir o excesso de ar de maneira segura.
§ 4º Após o lacre dos sacos acondicionadores, os mesmos deverão ser
dispostos em recipientes de acondicionamento de acordo com art. 53.
§5º Os sacos devem permanecer durante todas as etapas de
gerenciamento dentro de recipientes de acondicionamento.
Art. 53. Os recipientes de acondicionamento devem ser de material
lavável, resistente a ruptura, vazamento, punctura e queda, com tampa provida de
sistema de abertura, com capacidade compatível à geração de resíduos, atendendo às
especificações de normas técnicas.
Parágrafo único. Os recipientes de acondicionamento existentes em
escritórios administrativos não necessitam de tampa para vedação, exceto quando
utilizados também para resíduos alimentares.
Art. 54. Nos locais onde exista risco potencial de contaminação cruzada,
tais como locais de manipulação e produção de alimentos, estabelecimentos de
assistência à saúde, os recipientes de acondicionamento deverão ser providos de
tampas, com acionamento não manual.
Parágrafo único. Os recipientes de acondicionamento poderão
permanecer destampados apenas durante as atividades de produção e manipulação
de alimentos.
Subseção III
Identificação
Art. 55. A identificação deve ser feita nos recipientes de acondicionamento
usando símbolos e, quando possível, também o código de cores em conformidade com
as legislações vigentes.
§ 1º Os sacos de acondicionamento, preferencialmente, devem ser
identificados segundo código de cores, conforme disposto no caput deste artigo.
§ 2º Nos meios de transporte definidos no inciso I do art. 2º, a
identificação dos recipientes de acondicionamento prevista no caput deste artigo deve
ser aplicada a partir da coleta e retirada dos resíduos sólidos de bordo.
Subseção IV
Coleta e Transporte
Art. 56. Os carros e as caçambas dos veículos coletores devem ser
fechados, constituídos de material rígido, lavável e impermeável.
Parágrafo único. Será permitida a utilização de veículos coletores
conteinerizados desde que resguardadas as condições higiênico-sanitárias
satisfatórias.
Art. 57. O uso de recipientes de acondicionamento deve observar os
limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas
do órgão regulamentador.
Art. 58. Os carros e veículos coletores deverão ser específicos para este
tipo de transporte, de forma a não interferir com o fluxo de meios de transporte e de
pessoas.
Art. 59. Os veículos coletores, os recipientes de acondicionamento e carros
coletores deverão ser submetidos a procedimentos de limpeza e desinfecção conforme
Anexo I, sempre que necessário para garantir as condições higiênico-sanitárias
satisfatórias.
Subseção V
Armazenamento Temporário
Art. 60. Os locais destinados ao armazenamento temporário devem ser
específicos para tal fim e identificados como "Grupo D".
Parágrafo único. Deve ser garantido nestes locais condições de
luminosidade, escoamento de efluentes e ponto de oferta de água.
CAPÍTULO V
CENTRAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 80. Portos e aeroportos de controle sanitário, passagens de fronteiras
e recintos alfandegados poderão dispor de uma área reservada para o armazenamento
temporário dos diversos grupos de resíduos sólidos gerados, com estrutura física que
minimize os riscos inerentes a este armazenamento. Esta área será denominada
Central de Resíduos Sólidos e deverá cumprir os seguintes critérios:
I - exclusividade para tal finalidade, devida identificação, fácil acesso,
dimensionamento de área em conformidade com o volume de resíduos sólidos
gerados, tamanho e número de recipientes de acondicionamento adequados, podendo
ser compartilhada entre os diversos tipos de resíduos desde que respeitadas as
particularidades correspondentes a cada grupo;
II - edificação com separação física interna entre as áreas destinadas aos
grupos de resíduos;
III - acesso restrito às pessoas autorizadas e capacitadas ao serviço;
IV - pisos revestidos de material liso, lavável, impermeável e resistente ao
tráfego dos carros e/ou veículos coletores;
V - paredes lisas e laváveis;
VI - cobertura íntegra em toda sua extensão;
VII - paredes e rodapés com cantos arredondados;
VIII - canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para rede
de esgoto na qual está ligada, e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação;
IX - ponto de iluminação artificial com intensidade adequada para o local e
ponto de água dimensionado conforme normas técnicas;
X - sistema de renovação de ar que permita ventilação cruzada, com
aberturas para circulação do ar e tela de proteção contra fauna sinantrópica;
XI - recipientes de acondicionamento constituídos de material resistente,
liso, lavável e de fácil higienização, providos de tampa;
XII - porta provida de tela de proteção e barreira mecânica na parte
inferior contra fauna sinantrópica;
XIII - apresentar local destinado à guarda e manutenção dos EPI, provido
de local específico para aplicação dos procedimentos de limpeza e desinfecção, bem
como lavatório com lava-olhos e chuveiro para higienização dos trabalhadores que
operam nesta atividade;
Seção III
Capacitação
Art. 83. O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de
resíduos deve ser capacitado na ocasião de sua admissão e mantido sob educação
continuada.
Art. 84. É de responsabilidade das empresas envolvidas em todas as
atividades relacionadas a resíduos sólidos a capacitação de todos os seus
trabalhadores nas Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
CAPÍTULO VII
PRERROGATIVAS DA AUTORIDADE SANITÁRIA
Art. 85. Promover ações informativas e educativas, que visem à
efetividade do controle sanitário dos riscos e agravos à saúde da população e ao meio
ambiente, dirigidas aos usuários e comunidade portuária, aeroportuária, de passagens
de fronteiras e recintos alfandegados.
Art. 86. Disponibilizar e manter atualizada a listagem das áreas afetadas,
conforme definido pelos órgãos responsáveis.
Art. 87. Comunicar oficialmente a ocorrência de agravos à saúde pública às
autoridades envolvidas.
Art. 88. Ter livre acesso aos meios de transporte e áreas de abrangência
previstas nos art. 2º e 3º para o desempenho das ações de fiscalização e controle
sanitário na promoção e proteção da saúde pública.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 89. No ato da inspeção, a autoridade sanitária poderá documentar,
filmar e fotografar todas as ações inerentes às atividades de fiscalização.
Art. 90. Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS dos
portos e aeroportos de controle sanitário, passagens de fronteiras e recintos
alfandegados deverão se adequar a esta Resolução.
Paragrafo único. Os portos e aeroportos de controle sanitário, passagens
de fronteiras e recintos alfandegados e as empresas relacionadas no art. 3º que não
dispõe de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS deverão cumprir as
Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos descritas nesta
Resolução.
ANEXO I
Parâmetros Físicos, Químicos e Microbiológicos de Qualidade da Água para Consumo Humano
Plano de Limpeza e Desinfecção – PLD
(Retificado no DOU nº 83, de 4 de maio de 2022)
A) MÉTODOS
MÉTODO I: Limpeza
-Coletar e acondicionar os resíduos sólidos conforme legislações
pertinentes;
-Friccionar pano ou escova embebida com água e produtos detergentes,
sabão ou limpadores de uso geral nas superfícies, retirando os resíduos deixados após
operação;
-Enxaguar com água limpa e/ou passar pano úmido até que todos os
resíduos sejam retirados;
-Secar com pano limpo;
-Promover o descarte dos panos utilizados na operação ou, quando
reaproveitáveis, acondicioná-los em recipientes ou sacos acondicionadores, para
posterior limpeza e desinfecção.
MÉTODO II: Desinfecção
-Executar os procedimentos descritos no Método I;
-Aplicar sobre a área atingida o produto de desinfecção respeitando a
concentração recomendada para desinfecção, bem como a validade do produto;
-Aguardar tempo de ação, conforme indicação do fabricante;
-Enxaguar com água limpa e/ou passar pano úmido, até que todos os
resíduos sejam retirados;
-Secar com pano limpo;
-Promover o descarte dos panos utilizados na operação ou, quando
reaproveitáveis, acondicioná-los em recipientes ou sacos acondicionadores, para
posterior limpeza e desinfecção.
MÉTODO III: Desinfecção de alto nível
Este procedimento deverá ser realizado em situações em que são
constatadas contaminações por sangue, fezes, urina, vômitos ou outros fluidos
orgânicos. Antes de iniciar o procedimento deve-se interditar e isolar a área suspeita e
aguardar a liberação do local pela autoridade sanitária competente.
ANEXO II
Equipamento de Proteção Individual – EPI