Intervenções Educacionais para Pessoas Com Hipertensão Arterial
Intervenções Educacionais para Pessoas Com Hipertensão Arterial
Intervenções Educacionais para Pessoas Com Hipertensão Arterial
■ INTRODUÇÃO
Entre as complicações associadas à HA, pelo menos 45% das mortes estão
relacionadas com a ocorrência de IAM e 51% delas são decorrentes de AVE.2
:
No Brasil,3 a HA a!nge 36 milhões de indivíduos adultos, sendo 60% idosos.
As suas complicações apresentam alto impacto nas a!vidades laborais e na
renda familiar.
LEMBRAR
O tratamento da HA, a sua prevenção e o tratamento de suas
complicações são um desafio para os profissionais da saúde, pois a
prevalência dessa doença aumenta com a idade.4
LEMBRAR
A atenção ao paciente envolve diversos profissionais da saúde, como,
por exemplo, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos,
farmacêu!cos e enfermeiros. Além disso, é importante que os pacientes
entendam os bene#cios do controle e da diminuição da PA, auxiliando
assim a redução de suas complicações.5
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste ar!go, o leitor será capaz de
:
iden!ficar os principais fatores de riscos comportamentais para o
desenvolvimento da HA;
apresentar as IEs mais comumente u!lizadas em pacientes com HA;
iden!ficar os efeitos de cada intervenção na prevenção e no controle do
aumento da PA;
orientar e/ou direcionar os pacientes quanto aos métodos de IEs.
■ ESQUEMA CONCEITUAL
controlar a PA;
aumentar o conhecimento e as informações sobre a HA;
promover melhor gestão da doença por meio do desenvolvimento de
habilidades necessárias ao autocuidado;
promover maior conscien!zação sobre a HA e sobre o seu tratamento;
mo!var os pacientes a adotar um es!lo de vida melhor;
promover boa adesão terapêu!ca.
11
:
terapêu!ca e de reforçar os padrões de sucesso de uma medicação.11
■ TELEMONITORAMENTO
O telemonitoramento domiciliar merece destaque neste ar!go por ser uma
ferramenta recente e promissora, desenhada para ajudar os pacientes com
hipertensão a a!ngir o controle da sua PA.14 Essa tecnologia permite a
aquisição precisa da PA sistólica e diastólica, da frequência cardíaca e do
eletrocardiograma, bem como a transmissão automá!ca dos dados para os
profissionais da saúde que acompanham o paciente. Além disso, pode
promover mudança de comportamento integrada ao tratamento clínico
prescrito pelo médico.16,17
:
Logo após a aferição da PA no domicílio do paciente, os dados são
transmi!dos para aparelhos de telefone celular ou para computadores, pela
internet, por bluetooth ou via cabo de dados. Se os valores de PA do paciente
excedem os parâmetros predeterminados, uma mensagem de alarme é
automa!camente gerada e enviada a ele com instruções para contatar o
profissional da saúde responsável. Essa mensagem pode ainda ser programada
para ser encaminhada diretamente ao profissional da saúde para que uma
intervenção imediata seja feita.18,19
O telemonitoramento foi u!lizado em um estudo realizado em 16 clínicas com
450 pessoas com HA. Os pacientes foram instruídos a transmi!r pelo menos
seis mensurações da PA por semana (três pela manhã e três à noite) durante
seis meses. A frequência de transmissão foi diminuída pelos pesquisadores nos
seis meses seguintes de intervenção.20
No período seguinte de seis meses, foram realizados telefonemas a cada dois
meses para enfa!zar a importância da aderência à medicação e às mudanças
de es!lo de vida. Ao final do estudo, os autores observaram que em 72% dos
sujeitos avaliados houve redução da pressão sistólica nos 12 primeiros meses
(-9,7mmHg) e que esse controle con!nuou durante os seis meses posteriores
à intervenção.20
Os pontos posi!vos do telemonitoramento são:21,22
■ LEMBRETES
Diferentemente do telemonitoramento, a abordagem com lembretes é uma
estratégia simples de ser realizada. Esse !po de intervenção, além de educar o
:
paciente, proporciona um monitoramento frequente ao mesmo tempo em que
permite ao profissional da saúde concentrar sua atenção nos pacientes que
mais necessitam.25
imunização;
atendimento às consultas médicas;
adesão ao tratamento medicamentoso.
Segundo Kobak e colaboradores, pacientes são mais inclinados a reportar
problemas de saúde durante uma avaliação automa!zada do que diretamente
com o profissional da saúde.28
No entanto, os telefonemas automa!zados não devem ser realizados de forma
singular, e sim acompanhados de lembretes não automa!zados. Assim, os
profissionais da saúde podem discu!r o tratamento, responder dúvidas sobre
medicações e mudanças de comportamentos, lembrar as metas semanais ou
mensais, mo!var o automonitoramento, iden!ficar várias barreiras que os
pacientes podem estar enfrentando e tentar compreender a razão da não
aderência ao tratamento, além de traçar uma terapêu!ca mais direcionada às
diferentes situações.26,29
Esses telefonemas devem ser realizados por profissionais qualificados e bem
treinados30 e podem ser efetuados semanalmente, com o obje!vo de manter
o paciente aderente à terapia e às medicações, ou dias antes da consulta
médica.26
:
A abordagem realizada com lembretes é de grande valor a todos os
pacientes que não têm acesso às IEs convencionais para a redução da
HA, além de ser uma abordagem de baixo custo, de não demandar
esforço do paciente e de não consumir um tempo significa!vo do
profissional da saúde.30,31
ATIVIDADES
A) Apenas a I e IV.
B) Apenas a I, a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
A) F — V — V — F — F
B) V — F — V — V — F
C) F — F — F — V — F
D) F — V — F — V — F
Confira aqui a resposta
A) Apenas a I e IV.
B) Apenas a I, a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
:
■ PROGRAMAS EDUCACIONAIS
LEMBRAR
Vários são os fatores que contribuem para a aderência ao tratamento da
HA. Segundo a OMS, dois dos fatores mais importantes que colaboram
para a baixa aderência são, sem dúvida, a natureza assintomá!ca da
doença e a sua longevidade.
car!lhas;
reuniões individuais;
palestras e/ou seminários;
visitas domiciliares.
CARTILHAS
Quadro 1
Introdução à doença
Definição da HA
Principais complicações
Mensuração da PA
Dicas para uma nutrição saudável
Dicas e conselhos voltados para um es!lo de vida saudável
Dicas e comentários sobre os !pos de medicações an!-hipertensivas
Fatores que influenciam a seleção das medicações
Efeitos colaterais das medicações
Exemplos de estratégias para não esquecer os horários das medicações
Introdução ao automonitoramento e possíveis recomendações para a
seleção de um bom esfigmomanômetro
Dicas para uma mensuração mais precisa da PA
Figuras ilustra!vas
ser estratégicas;
ter número e duração bem definidos;
ter cronogramas bem detalhados, com ênfase sempre em um ponto
específico por dia (explicação sobre os fatores de risco e nutrição em dias
diferentes, por exemplo);
explicar e desmis!ficar a doença e seus efeitos em órgãos-alvo, na saúde, na
expecta!va de vida e na gestão;
encorajar os par!cipantes a criarem metas ao final de cada encontro;
explicar os bene#cios e a necessidade da terapia an!-hipertensiva;
esclarecer dúvidas gerais dos pacientes.
Sacke% e colaboradores50 enfa!zam que as palestras devem ser
acompanhadas de uma cartilha informativa e padronizada (explicada na
próxima sessão), e de vídeos intera!vos ou de áudios.
VISITAS DOMICILIARES
supervisionar o tratamento;
promover o envolvimento e a educação dos familiares;
aumentar o entendimento pessoal e do familiar sobre a doença;
iden!ficar formas que podem ajudar na aderência ao tratamento;
reforçar o comportamento de autocuidado e a importância de manter as
visitas médicas.
8
:
Ho e colaboradores8 sugeriram que as visitas domiciliares devem ser
direcionadas ao estresse, aos problemas psicossociais e às modificações
do es!lo de vida do paciente. Hennessy e colaboradores56 sugerem que
lembretes educacionais e mo!vacionais sejam entregues pelos
profissionais durante as visitas, aumentando assim a sua aderência ao
tratamento.
LEMBRAR
Em cada !po de IE, as mudanças de es!lo de vida devem ser
enfa!zadas, pois desenvolvem um papel significante no controle da PA
e no desenvolvimento da HA.59
ingestão de frutas;
peso corporal;
a!vidade #sica (ro!na e duração);
quan!dade de álcool consumido (em copos ou em mililitros);
número de cigarros fumados por dia;
estratégias realizadas para diminuir o estresse e se essa estratégia
funcionou.
O diário servirá como guia para os profissionais da saúde que acompanham o
paciente, que poderão analisar a progressão das mudanças e seus efeitos.66
ATIVIDADES
A) V — F — F — V
B) V — V — F — V
C) F — F — V — F
D) V — V — V — F
Confira aqui a resposta
A) Apenas a I e IV.
B) Apenas a I, a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
A) Apenas a I, a IV e a V.
B) Apenas a I, a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
■ CASOS CLÍNICOS
A seguir, serão apresentados casos clínicos envolvendo IEs para pessoas com
HA.
CASO CLÍNICO 1
ATIVIDADE
CASO CLÍNICO 2
:
N. M. S., 55 anos de idade, sexo masculino, motorista, divorciado, negro,
residente em região metropolitana de uma grande cidade.
ATIVIDADE
■ CONCLUSÃO
Os pacientes hipertensos precisam de aconselhamento, suporte e informação
dos profissionais da saúde para entender a importância do con&nuo controle
da PA durante o dia, o uso racional da medicação, além de aprender como
lidar com as doses esquecidas, como iden!ficar os efeitos adversos e o que
fazer quando eles aparecem.
A!vidade 1
Resposta: As IEs aumentam o conhecimento sobre a hipertensão e
influenciam o paciente posi!vamente quanto à confiança nos remédios,
permi!ndo o seu entendimento sobre as condições e a função da terapia.
A!vidade 2
Resposta: C
Comentário: A conduta do fisioterapeuta ao nível de educação em saúde para
a HA é direcionada aos grupos populacionais doentes e aos não doentes,
buscando transformar hábitos e condições de vida, promovendo a saúde e
prevenindo danos sistêmicos que potencialmente conduziriam esses pacientes
à perda da independência e da funcionalidade. O trabalho com IE exige
também o conhecimento e o envolvimento dos familiares do paciente. O
atendimento fisioterapêu!co pode ser individualizado e em grupo, bem como
domiciliar, no qual a equipe de saúde tem a possibilidade de avaliar a relação
entre o autocuidado, a assistência familiar e os fatores de risco de cada
paciente. A grande estratégia dos trabalhos em grupo consiste em atender
uma grande demanda e mo!var a adesão e a con!nuidade do tratamento,
caracterís!co por ser de longo prazo.
A!vidade 3
Resposta: A
Comentário: Os principais fatores de risco comportamentais para o
desenvolvimento da HA são o consumo excessivo de sódio (sal) e de gordura
nos alimentos, a baixa ingestão de frutas e de vegetais, o consumo crônico ou
abusivo de bebidas alcoólicas, o sedentarismo com reduzida ou nenhuma
realização de a!vidade #sica regular, o excesso de peso ou a obesidade, os
fatores socioeconômicos, tais como o nível de escolaridade, que é um fator de
risco real no Brasil, e o estresse excessivo.
A!vidade 4
Resposta: C
Comentário: A gestão da HA ocorre também por meio do desenvolvimento de
habilidades necessárias ao autocuidado.
A!vidade 5
Resposta: As IEs podem ser direcionadas aos profissionais de saúde, aos
pacientes, ocorrer por meio de cuidados específicos pelo profissional da saúde
:
e serem organizacionais, voltadas à prestação de cuidados.
A!vidade 6
Resposta: B
Comentário: Quando comparado ao monitoramento clínico da PA, o
automonitoramento pode encorajar a u!lização mais apropriada de recursos,
reduzindo as visitas desnecessárias à clínica, as quais só serão indispensáveis
quando o paciente es!ver com a PA alterada por um longo período de tempo
ou quando relatar desconfortos. O automonitoramento é realizado em
domicílio e também pode acelerar a velocidade em que os pacientes alcançam
suas metas com relação ao tratamento, gerando um comportamento de
autorregulação, seja ela medicamentosa ou dieté!ca, e evitando a necessidade
de esperar meses para ir ao consultório médico e realizar os ajustes. Quanto à
realização do automonitoramento, no primeiro dia, um profissional da saúde
deve ensinar ao paciente como manusear o esfigmomanômetro, sendo que o
paciente deve ser treinado a registrar todas as aferições realizadas em um
formulário. Além dos valores ob!dos com as aferições, qualquer mudança no
es!lo de vida ou de hábitos deve ser registrada no formulário, assim como
quaisquer sintomas adversos. Ademais, recomenda-se que o paciente leve o
formulário de automonitoramento para acompanhamento em todas as
consultas médicas. Quanto às aferições, elas devem ser realizadas diariamente
e ajustadas de acordo com a necessidade do paciente e com a fase da doença.
A!vidade 7
Resposta: O telemonitoramento, diferentemente do automonitoramento,
permite a aquisição precisa da pressão sanguínea, cujos dados são
transmi!dos de forma automá!ca aos profissionais de saúde responsáveis
pelo paciente.
A!vidade 8
Resposta: C
Comentário: O telemonitoramento oferece ao paciente um controle sobre
dados precisos relacionados à PA, estabelecendo comunicação direta com os
profissionais de saúde que o acompanham e promovendo conscien!zação
acerca da doença e da adesão ao tratamento. Apesar dos bene#cios desse
recurso, é uma abordagem de alto custo.
A!vidade 9
Resposta: D
Comentário: Os obje!vos da estratégia de intervenção com lembretes são
guiar o paciente ao tratamento correto e enfa!zar os seus pontos posi!vos.
A!vidade 10
Resposta: A natureza assintomá!ca e a longevidade da HA, a percepção e o
entendimento da doença pelos pacientes, o !po de tratamento escolhido pelo
profissional de saúde, a complexidade e a tolerância dos regimes
:
medicamentosos contribuem para a baixa adesão dos pacientes ao tratamento
an!-hipertensivo.
A!vidade 11
Resposta: A
Comentário: As IEs induzem o paciente à compreensão da doença e do seu
papel na terapia, gerando mudança em seu comportamento. Além do mais,
elas não são exclusivas, portanto, uma combinação entre elas pode trazer mais
bene#cios.
A!vidade 12
Resposta: B
Comentário: As car!lhas devem conter informações detalhadas, estar divididas
em sessões e ser escritas com linguagem predominantemente informal.
A!vidade 13
Resposta: Os obje!vos das reuniões individuais são reavaliar a medicação
prescrita e a aderência do paciente, enfa!zar a importância de retornar às
próximas consultas médicas, avaliar os hábitos comportamentais e incen!var o
início ou a manutenção da mudança de hábitos de vida, avaliar metas e as
razões de elas terem ou não sido alcançadas e desenvolver metas futuras
junto ao paciente.
A!vidade 14
Resposta: D
Comentário: As reuniões individuais, também chamadas reuniões face a face,
são caracterizadas por serem curtas, com duração entre 10 e 15 minutos,
podendo ser realizadas semanalmente ou mensalmente por um profissional da
saúde, seguindo um pré-agendamento ou logo após a saída do paciente do
consultório médico. Geralmente, a implementação desse !po de intervenção
pode consumir um tempo maior nos primeiros estágios, mas, durante a fase de
desenvolvimento, o foco da responsabilidade é progressivamente transferido
para os pacientes e eles conseguem ter maior controle e mais consciência dos
seus casos, tornando a intervenção menos exaus!va. Após as reuniões, os
profissionais da saúde podem ainda encorajar os pacientes a par!ciparem de
a!vidades em grupos, de sessões ou de palestras.
A!vidade 15
Resposta: A
Comentário: As reuniões em grupo devem ser realizadas em pequenos grupos
e ter um cronograma detalhado, abordando um tema específico por dia.
A!vidade 16
Resposta: Os principais fatores contribuintes para o sucesso de programas
educacionais são a mo!vação dos profissionais da saúde, uma quan!dade
suficiente de par!cipantes por sessão, a discussão de metas realistas e o
feedback.
:
A!vidade 17
Resposta: B
Comentário: Um dos obje!vos das visitas domiciliares é reforçar o
comportamento de autocuidado e a importância de o paciente manter as
visitas médicas.
A!vidade 18
Resposta: B
Comentário: Os principais obje!vos das mudanças comportamentais quanto
ao es!lo de vida são a prevenção de complicações e a redução da medicação
necessária para o controle da PA. As mudanças de es!lo de vida desenvolvem
um papel significa!vo no controle da PA e no desenvolvimento da HA,
devendo, por esse mo!vo, ser enfa!zadas em cada !po de intervenção. Vários
são os estudos demonstrando a diminuição dos níveis da PA ocasionada pelas
mudanças de es!lo de vida, e até mesmo uma aparente redução da PA pode
gerar enormes bene#cios em relação à redução de eventos cardiovasculares.
Além do mais, ao contrário da maioria dos tratamentos medicamentosos, as
modificações do es!lo e de hábitos de vida, além de reduzirem a PA, também
podem desenvolver hábitos saudáveis e prevenir ou controlar outras
condições crônicas.
A!vidade 19
Resposta: A
Comentário: Dentre as principais mudanças comportamentais direcionadas
aos pacientes com HA, no que se refere à ingestão de sódio, cálcio, magnésio
e potássio, recomenda-se a diminuição da ingestão de sódio para no máximo 5
gramas por dia. Além disso, deve-se aconselhar o paciente para que evite a
suplementação de cálcio e magnésio, a qual não é recomendada para a
prevenção ou para o tratamento da hipertensão, e indicar o aumento na
ingestão de potássio, desde que o paciente seja avaliado por um profissional
da saúde competente e não esteja em risco de desenvolver hipercalemia.
A!vidade 20
Resposta: D
Comentário: No que se refere às mudanças comportamentais relacionadas ao
estresse em pacientes com HA ou com risco para a doença, o profissional
deve encorajar os pacientes a expressar seus medos e preocupações sobre sua
saúde, auxiliar os pacientes no estabelecimento de metas realistas e a!ngíveis,
além de apoiá-los quanto ao uso de estratégias apropriadas, elogiar o seu
progresso e metas alcançadas e, se indicado, fornecer assistência com relação
ao encaminhamento para um assistente social ou psicólogo, visando
aconselhamentos adicionais.
A!vidade 21
Resposta: C
:
Comentário: A propósito das recomendações relacionadas com mudanças na
dieta para pacientes com HA ou com risco para a doença, recomenda-se a
adoção de uma dieta rica em frutas, vegetais e alimentos com pouca gordura.
Além disso, estão indicadas a inclusão de grãos ricos em fibras, cereais, aves e
peixes na dieta, a ingestão de poucas quan!dades de carne vermelha e seus
derivados, bem como o consumo de doces e de bebidas com alto índice de
açúcar; a ingestão de, pelo menos, 2 litros de água por dia e a redução do
consumo de café ou de produtos ricos em cafeína.
A!vidade 22
Resposta: Em relação ao caso clínico 1, um dos obje!vos é reforçar o
comportamento de autocuidado no paciente, além de conscien!zá-lo sobre a
importância da mudança de hábitos de vida, com alimentação saudável, baixa
ingestão de sódio e redução do consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, a
diminuição do seu peso corporal deve ser uma meta em curto prazo. A
estratégia adotada nesse caso poderia ser o automonitoramento com car!lhas
e orientações.
A!vidade 23
Resposta: O paciente do Caso Clínico 2 demanda uma intervenção médica
imediata, além das IEs com modificações capazes de reduzir a PA, como
nutrição adequada, prá!ca de exercícios #sicos, redução do estresse e do peso
corporal. Com relação ao exercício, para o paciente que está sedentário,
recomenda-se caminhada inicial de 15 minutos, adequando a sua jornada de
trabalho com períodos de descanso. As estratégias iniciais para o!mizar a
terapêu!ca desse paciente seria ele frequentar seminários ou palestras,
par!cipar de reuniões individuais, evoluindo para reuniões cole!vas, até
chegar ao autocuidado.
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doenças
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