#1.5 O Que Sobrou Do Nosso Amor - Aline Pádua
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#1.5 O Que Sobrou Do Nosso Amor - Aline Pádua
Aline Pádua
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Sumário
Sumário
Nota da autora
Agradecimento
Sinopse
Playlist
Prólogo
Parte I
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Bônus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
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Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Parte II
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
Outros livros da série
Anexo I
Outras obras
Contatos da autora
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Nota da autora
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Agradecimentos
Muitas vezes ouvi meu pai dizer que o difícil nessa vida não é
sonhar, e sim lutar por um sonho. Hoje, já crescida, vejo o quão ele
sempre esteve certo sobre isso. Além de estar certo de que nada nessa
vida se consegue sozinho, e que sempre iremos precisar de algum apoio,
seja ele qual for.
Portanto, como sempre farei, agradeço a Deus, por estar junto a
mim em todos os momentos de indecisão e até mesmo de certeza, os
quais me mostraram o quanto à fé pode nos levar longe. Agradeço a meu
namorado, por novamente, ser meu pilar, estar ao meu lado e
principalmente, lembrar que sou apenas uma sonhadora, e que faço meu
melhor. Agradeço a minha família por todo apoio, sem hesitar em
nenhum momento em me ajudar a cada necessidade, em sua maioria,
emocional. A Manuele Cruz, a qual dedico este livro, pois ela é uma peça
chave em todo desenvolvimento deste, pois sua sinceridade, sempre tira a
sombra que me persegue, e me permite enxergar os erros, dos mais
simples aos mais complexos. A Aline Lima, por sempre estar presente e
nunca negar sua ajuda, ser amiga (sogra), e principalmente, companheira.
A Beka Assis por ter me mostrado que sempre posso ir mais além.
E, portanto, como sempre faço, aos meus leitores, os quais me dão
forças para continuar a fazer o que amo, do jeitinho que gosto. Por mais
polêmico que sejam os enredos, entenderem como é a essência de cada
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Sinopse
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Playlist
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Prólogo
Melissa
No futuro
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meu autor favorito, o que deixa mais claro para mim quem é
esse homem. E ele com toda certeza, é o meu recomeço.
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Parte I
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Capítulo 1
Melissa
No presente
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várias caixas.
Daniel se afasta e beija minha testa.
— Tenho que ir, mas sabe que se...
— Dani, eu estou bem. Juro! — corto-o e ele sorri sem
graça.
Minutos depois, fecho a porta para Daniel, o qual
antes de sair, perguntou novamente se preciso de algo. Essa
mudança radical em minha vida tem sido complicada. Minha
família e amigos sempre pensam que estou quebrada, e até
mesmo sofrendo. Não é como se estivesse tudo a mil
maravilhas, mas depois de anos, de uma vida completamente
sufocada, consigo respirar.
Olho para a ampla sala do apartamento, e vejo Laura
encostada no sofá, lendo algum dos livros que deveria
guardar. Analiso-a e mesmo após tudo, noto que ela está
sofrendo um pouco, mesmo assim, não nos julgou. De algum
jeito, ela entendeu a situação entre eu e seu pai, mesmo não
sabendo de toda verdade.
Levi e eu assinamos o divórcio há cerca de uma
semana, e só assim, falamos com ela. Tudo entre eu e Levi
acabou assim que assinamos aqueles papéis, mas esse “tudo”
tem uma única exceção – Laura. Ela é uma parte de nós dois,
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Capítulo 2
Melissa
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caixa.
Pagamos pelos produtos e logo saímos. Lili fica em
silêncio e sinto-me um pouco desconfortável, sem saber como
agir.
— Vem! — diz de repente e segue para a praça de
alimentação.
Ela logo escolhe uma mesa, e se senta, faço o mesmo,
sem saber ainda o que dizer.
— O que mais me dói em Leonardo, não é o que
motivou nosso divórcio, ou ter sofrido tanto quando o perdi,
mas sim, a indecisão dele sobre nós dois. Eu ainda não
consigo contar o que passamos, porque dói demais, Mel.
— Lili, não precisa...
— Você disse, ele tem minha foto na mesa dele... Por
que? — ela coloca os cotovelos na mesa e passa as mãos
pelos cabelos. — Por que ele simplesmente não some da
minha vida como sempre promete?
Ela então esconde o próprio rosto e sinto a culpa me
invadir. Lili não está mal por conta do que fiz, ou melhor, o
que ia fazer. Mas sim, pelas atitudes de Leonardo.
— Eu não te culpo por ter escutado ele, de verdade.
Você é romântica, Mel, e acredita em finais felizes. Mas vá
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***
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chega por volta das oito da noite. Como ainda são cinco da
tarde, resolvo ir até o apartamento de Marta, a qual me
mandou uma mensagem cedo dizendo que estaria na
faculdade, mas que de tarde poderia vê-la.
Marta acabou decidindo parar de trabalhar pra Levi,
mas eu vi que minha amiga precisava do dinheiro todo o mês,
o qual era destinado a sua faculdade, e ela não teria condições
de pagar o aluguel. Portanto, como ela se negou a ir morar
comigo e Laura, dizendo que era “minha vida nova” e ela não
queria se meter, fiz meu irmão convence-la de ficar em um
dos vários apartamentos que ele tem, e conseguir pra ela um
estágio remunerado. Marta se negou prontamente a isso
quando chegamos com a proposta, mas meu irmão, com seu
jeitinho, disse a ela que era um investimento, já que ela está
estudando Marketing, e ele precisa de pessoal capacitado em
sua empresa. Fiquei feliz por ela ter aceitado, pois assim pode
conhecer ainda mais a respeito da profissão que escolheu.
Agora, vejo que não só minha vida parece diferente,
mas de todos ao meu redor. No fim, mudar significa muito
mais que a si mesma, a meu ver. Aquela velha frase “o mundo
muda quando você muda” nunca fez tanto sentido quanto
agora.
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Capítulo 3
Melissa
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Levi
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Capítulo 4
Melissa
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“se Levi me amar?” Ele não me ama, não há razões pra isso.
Por mais que ele tenha sofrido pelo que passamos, sei que a
culpa ainda ronda sua mente, e só isso pode explicar o modo
como agiu desde que descobri a traição.
Então fico sem palavras, tentando entender como Levi
pode me amar, apesar de tudo. Lembro-me bem de como ele
chegou a meu coração, em como nunca cogitei a possibilidade
de estar longe dele.
Eu amava o modo como os olhos verdes se destacam
na pele clara, o modo diferente que ele olha as coisas como se
as analisasse a cada segundo, até mesmo o modo fechado que
ele era comigo... Eu amava cada parte dele. Porém, pensando
agora, depois que nos separamos. Eu amava o que achei que
ele era, não por dentro, onde nunca cheguei a conhecer.
— Seu pai vai ser feliz, filha. Não se preocupe com
isso. — digo, tentando não assustá-la. — Eu sei que nos quer
juntos, imagino isso, mas sei também que não nos quer tristes,
e é assim que ficaríamos se voltássemos a ficar juntos.
Ela meneia a cabeça afirmativamente e não desvia
seus lindos olhinhos verdes de mim, como se conseguisse
realmente ler minha alma. Laura pode ser apenas uma criança,
mas em vários momentos, parece ser muito mais madura que
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isso. E eu realmente fico sem saber como agir perto dela por
diversas vezes.
— Eu entendo, mãe. — diz e sorri.
— Eu sinto muito, filha. Sinto muito mesmo. — digo,
e lágrimas descem por minha face.
Eu não queria magoar minha filha, muito menos fazê-
la sofrer. Mas sei que se continuasse a viver com Levi, ela
também seria prejudicada, pois viveria no meio de uma farsa.
— Eu te amo, mãe. — diz e passa as pequenas mãos
por meu rosto, limpando minhas lágrimas.
Puxo-a para um abraço e sinto-me em paz novamente.
Se tem algo que serei eternamente grata a Levi, é por termos
nossa filha, ela é a melhor coisa que me aconteceu.
***
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mulher, ainda dói ter me iludido por tanto tempo com esse
homem. No final das contas, não sou mais a mesma mulher, e
infelizmente, seja quem for que me mandou esse bilhete, não
conseguiu me encantar, fez-me ficar ainda mais perdida do
que já estou.
Levi
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Capítulo 5
Melissa
Dias depois
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— Eu também.
— Mas me diga, o que faz aqui e como conseguiu
meu endereço com meu irmão. — digo, para ver se consigo
acabar com minha curiosidade.
— Bom, prometi que pararia de dar em cima da
assistente dele. — diz, fazendo-me arregalar os olhos. —
Brincadeira, mas que ele está afim dela, ele está.
Sorrio.
— Sim, é o que acho também. Mas você ainda não
respondeu minha pergunta.
— Oh, me desculpe, minha donzela. — reviro os
olhos novamente. — Conheço Daniel há alguns anos, mas
precisamente, no Canadá, somos amigos.
— Que mundo pequeno, não? — Levi diz de repente,
e sinto-me intimidada por seu tom de voz, porém Bruno
parece não se importar.
— Vim falar com ele a respeito de um investimento,
daí, acabei vendo uma foto sua na mesa dele e bem...
— Entendi. — digo, sem conseguir acreditar em como
esse mundo realmente é pequeno.
Finalmente o elevador para e saímos.
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Levi
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Capítulo 6
Melissa
e eu assinto.
— Tinha algo lá que eu precisasse saber... Sabe, algo a
respeito de tudo que houve? — pergunto, e ele me encara
curioso. — É que tenho vagas lembranças sobre algo em meu
celular, mas não consigo me lembrar do quê.
Ele para de andar, o que me faz parar também.
— Eu deixei acho que dezenas de mensagens de voz
pra você após o que aconteceu. — diz e noto dor em sua voz.
— Não sei se isso é o que está procurando saber mas... Bom,
é o que sei.
— Tudo bem. — digo, um pouco aliviada por sua
sinceridade. — Obrigada.
— Estava pesquisando sobre os melhores celulares
atuais, e acabei encontrando o dessa loja. — ele indica com a
cabeça a loja atrás de mim, então me viro, encontrando uma
fachada completamente moderna. — Quer dar uma olhada?
— pergunta.
— Bom, você é bem mais capacitado que eu com isso,
então... O que achar melhor. Eu fico com a parte externa e
você com a parte interna, tudo bem? — pergunto, fazendo-o
rir.
— Ok, vamos.
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Bônus
Sophie
já vi".
Houve um tempo no qual até cheguei a querer saber
de quem se tratava, mas como nunca tive alguma amiga nessa
empresa, nenhuma delas sequer fez questão de me mostrar.
Poderia ter pesquisado na internet sobre ele, mas no fundo,
sempre senti que seria demais. Fui criada em uma ideologia
de que não devemos procurar e nem falar sobre a vida alheia,
e assim, contra minha vontade, não procurei.
Na primeira vez que o vi, constatei que todas as coisas
que ouvi a respeito de seu físico são reais, porém, nada me
preparou para quando ele começasse a falar. Desde então, os
gritos, maldições e ironias são constantes. Daniel Lourenzinni
pode até ser lindo por fora, mas é um verdadeiro monstro por
dentro.
— Se eu descontasse de seu salário todos os
momentos que te encontro divagando sentada nessa mesa,
tenha certeza de que não ganharia nada. — ouço sua voz dura
e firme atrás de mim.
Suspiro fundo, fechando de imediato o navegador e
pegando as pastas que ele pediu para que eu separasse. Assim
que me levanto, ele simplesmente pega as pastas e joga de
volta na mesa, encarando-me como sempre, de modo
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autoritário.
— Vem. — diz firme e mesmo sem entender, passo
por ele, entrando em sua enorme sala.
Não sei quanto tempo passei divagando comigo
mesma sobre meu chefe, que sequer percebi que ele tinha
chegado.
Permaneço em pé, em frente a sua mesa. Encaro meus
pés por alguns instantes, notando que preciso urgentemente
comprar um novo par de saltos, já que estes já mostram seu
desgaste. Com certeza, se meu querido chefe perceber, irá
criticar.
— Sente-se.
Mesmo estranhando seu pedido, sento-me e aguardo
ele passar por sua mesa e se sentar a minha frente.
Geralmente, o tempo que passo junto a ele, é entregando os
papéis e organizando, nenhuma vez, nesses meses que se
passaram, sentei nessa cadeira. Bom, ela é confortável.
— Há quanto tempo está formada, senhorita Moraes?
— pergunta, e o encaro sem entender.
Ele já leu meu currículo, não?
— Há três anos, senhor. — digo e ele assente,
passando as mãos pelos cabelos ralos, os quais nunca sei dizer
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detalhes.
Literalmente, Daniel Lourenzinni é a melhor definição
para ditador. E agora, ele simplesmente é meu homem. Como
vou lidar com isso?
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Capítulo 7
Levi
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assentindo.
A loira tenta beijá-lo, porém ele vira o rosto.
— Não. — diz, fazendo-me soltar o ar que não sabia
que segurava. — Aqui não.
Encaro-o incrédulo, enquanto a loira abre um enorme
sorriso. Tento dizer algo, mas nada sai de minha boca. Encaro
o semblante perdido de Caleb, o modo como não para de
beber e fingi ouvir o que a loira fala.
Olhando-o assim, lembro-me de mim.
Quantas vezes não fiz o mesmo? Usei de bebida e
sexo por pura fraqueza? Por estar perdido?
Não que minha traição tenha justificativa, nem eu
mesmo sei como falar a respeito disso com Melissa e sei que
não a mereço. E vendo meu amigo nesse estado, é como se
me olhasse por um espelho, de tempos atrás, onde fazia o
mesmo, só que mais discreto ainda.
Qual é meu maldito problema?
Deixo o tempo passar, e enquanto mais Caleb bebe,
mais vejo a loira o olhar impaciente, como se quisesse alguma
atitude dele. Vejo que ele sequer focou nela, e continua
bebendo. Pois é, a bebida por muitas vezes foi minha melhor
amiga também.
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Capítulo 8
Melissa
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deixa claro que, mesmo que não seja como antes, ele mexe
comigo.
Levi nunca fez o estilo de homem que tem que
conquistar algo, ou que luta por algo que não seja o trabalho.
Já hoje, a soma do que vem enviando mais ter largado tudo no
trabalho para escolher pessoalmente comigo algo para Laura,
mostra que algo mudou. O problema é entender, até que ponto
houve uma mudança e se isso, de alguma forma, modifica
minha vida.
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Capítulo 9
Levi
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&
Tuan Gutterman
Pais, filhos e amigos amados.
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Capítulo 10
Melissa
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assunto.
Nas duas semanas que se passaram, acabamos falando
como sempre de nossa filha, nesse caso, de todos os arranjos
para a festa. Como já tínhamos comprado toda a parte de
decoração e o presente, faltou apenas fecharmos com alguém,
a comida da festa.
De imediato, nós dois queríamos organizar tudo, não
queríamos algum organizador ou equipe de festas, e sabíamos
que isso daria ainda mais trabalho, mas valeria a pena. Então,
Levi se encarregou de conseguir uma boa opção de buffett,
para que tenhamos comida de qualidade, e eu fiquei com a
parte de encontrar o bolo perfeito. Laura não é uma criança
enjoada em relação a alimentos, e sei bem o quanto ama
apenas chocolate preto ao leite, por isso, saí em busca de algo
que seja de seu gosto, só que bem feito.
Tive assim que manter mais contato com Levi do que
o habitual, e felizmente, não foi nada embaraçoso. Apenas
tivemos algumas divergências de onde seria o local da festa,
já que ele queria que fosse na sua casa e eu no apartamento. A
princípio neguei de imediato sua proposta, pois ainda não
tinha certeza se queria estar naquela casa novamente, mas
após algumas conversas, percebi que era nossa melhor opção.
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Capítulo 11
Melissa
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indo.
— É que está tendo um evento de um autor, numa
livraria e... Bom, Victória, a esposa de Caleb, me deu dois
convites. — diz, surpreendendo-me. — Pensei que iria gostar.
— Nossa, eu... — fico sem fala, pois nunca fui em
nenhuma sessão de autógrafos antes. — Eu realmente gostei
da ideia.
— Desconfiei disso. — diz, mexendo no som.
O carro para em um sinal vermelho, e Levi me olha,
sorrindo de leve. Um sorriso que só agora noto que ele abre
quando me vê, mas que antes não existia. Mesmo assim, vejo
que há algo em Levi que o machuca, e não é como antes, a
respeito da morte de seus pais, parece algo mais profundo.
— Essa música é baixa, então tenho que aumentar o
volume. — explica, e finalmente uma melodia se inicia.
“So, so you think you can tell
Heaven from Hell
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
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How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here”
(Wish you were here – Pink Floyd)
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Capítulo 12
Melissa
- Aniversário da Laura
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Laura Gutterman
Cansada.
Exatamente assim que me sinto.
As boas horas que dormi no hotel com meus avós e no
carro, parecem não ter sido suficientes para tirar o cansaço de
toda diversão que tive. Mas, estou animada para ver meu pai,
e contar a ele tudo que fiz.
Pego minha mochila e coloco nas costas, onde levei
alguns livros para ler de noite. Mas com todo agito na piscina
com meus avós, não consegui ler uma página.
— Vai indo, Lau. — minha avó diz, tirando minha
pequena mala de rodinhas do porta-malas. — Vou pegar um
documento aqui para mostrar a seu pai.
— Ok, vó. — digo e já passo pelo portão.
Os últimos tempos tem sido difíceis. Várias coisas que
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presenciei. Meu pai, por mais que disfarce, sei que está triste,
pois em todas vezes que comemos juntos, ele sempre fica
encarando a cadeira ao meu lado, a qual minha mãe se
sentava. Já minha mãe, não parece completamente feliz, mas
de certa maneira, está contente, e isso me faz sorrir também.
O difícil é não conseguir ver felicidade na vida dos dois.
Coloco minha chave na fechadura e giro, abrindo a
grande porta de casa. Empurro devagar, levantando meus
ombros, que estão doídos pelo esforço dentro da piscina.
Levanto meu olhar e me assusto com o que vejo.
Surpresa! – é a única coisa que escuto.
Tento então, assimilar as coisas a minha frente. Há
balões de festa enfeitando toda a casa, meus colegas do
colégio gritam e cantam parabéns, junto a meus tios e primo.
Vejo as amigas de minha mãe e os amigos de meu pai, os
quais fazem o mesmo. Olho para frente, vendo as pessoas que
mais amo no mundo, lado a lado. Emociono-me, levando as
mãos aos olhos, chorando por ver tudo isso. Que tudo isso é
pra mim.
Sinto logo meu pai me pegar no colo, o qual beija meu
rosto e afaga meus cabelos. Minha mãe toca minha bochecha
de leve, dizendo diversas vezes o quanto me ama.
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Capítulo 13
Melissa
brincando.
Procuro meu irmão, e o encontro encostado em uma
árvore, abraçado com Sophie. Algo que eu nunca esperei ver.
Meus pais estão próximos a eles, e mamãe parece
conversar animada com Sophie, a qual sorri de algo.
— Isso é até estranho. — digo, olhando para Lili, o
qual dá de ombros. — Nunca imaginei Daniel apaixonado.
— Muito menos eu. — Lili diz e dá um
empurrãozinho em mim.
— O que foi? — pergunto sem entender.
— Ali, parados na frente do pula-pula. — diz.
Olho para onde ela diz e vejo Caleb, com a filha
agarrada a suas pernas. Além de Pedro, o qual conversa
animado com o primo.
— Não basta ser tudo de bom, ainda é um ótimo pai.
— diz, suspirando. — Fora a genética maravilhosa da família.
— Se controla. — digo, brincando e ela finge se
abanar.
Sinto um toque em meu ombro no mesmo instante,
assim me viro.
— Victória. — cumprimento a bela morena de olhos
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Capítulo 14
Melissa
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dela.
Laura abre a porta e já vejo um grande sorriso em seu
rosto.
Ela vai até a cama, onde está o balão de unicórnio e a
caixa com seu presente.
— Eu já dispensei o buffet. — Levi diz baixinho, e eu
assinto. — Ela parece encantada só com o embrulho.
Sorrio, concordando com ele.
Vou até Laura e me sento na cama. Enquanto ela de
pé, praticamente destrói o embrulho. Assim que ela vê a caixa
do celular, nos encara parecendo perplexa.
— Meu Deus! — praticamente grita e gargalhamos.
Ela finalmente abre e pega o aparelho em mãos.
— Eu não consigo acreditar. — diz e me abraça no
mesmo instante, e faz o mesmo com o pai. — É lindo...
Perfeito!
— É bom tomar cuidado e saber a hora de usar,
mocinha. — Levi diz e afaga os cabelos dela.
— Eu prometo, pai. Vou usar da melhor maneira. —
diz animada, e mexe um pouco no aparelho.
— Bom, acho melhor descansar da festa e depois usar
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Capítulo 15
Melissa
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mesa.
Levi está com uma simples regata e uma calça branca
de moletom. Ele me encara um pouco espantado. Acho que
não esperava me encontrar aqui nesse horário.
— Sem sono. — explico sua pergunta silenciosa. — E
você?
— Bom. — ele limpa a garganta e desvia o olhar,
como se escondesse algo. — Eu sempre fico aqui fora um
tempo, durante a madrugada.
— Por quê? — pergunto, sem entender.
— É complicado. — diz e passa a mão pela nuca, indo
até a pequena escada que dá para o jardim, e se sentando. —
Às vezes, nossos erros não nos deixam dormir.
— Houve um tempo, em que também fiquei aqui fora.
— conto, fechando os olhos e me lembrando do como foi
difícil. — Eu não conseguia mais entender o que fazíamos
juntos, pois eram raros os momentos que realmente ficamos
próximos. E aqui, era pra onde eu fugia.
— Passei noites e mais noites em meu antigo
apartamento. — ele diz, o que faz meu corpo retesar, e lembro
de Nicole. — Não estava com ela, nem com nenhuma outra
mulher, eu só... Não conseguia segurar a barra e fugia. Eu me
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culpava por ter te traído, mas também não sabia como ser um
homem bom. Eu realmente achava que não tinha motivos para
ser o príncipe que você tanto queria.
— Por que os documentos? Por que toda a
superproteção? — pergunto, abrindo os olhos e vendo que ele
esconde o rosto entre suas mãos. Como se não suportasse
falar nisso, mas é necessário, precisamos.
— Eu não sei... Antes de nos separarmos, eu sempre
pensei que foi porque te amava, mas hoje, sei que amor não é
isso. — confessa, limpando abaixo de seus olhos. — Eu tinha
medo de te perder, mas não por um motivo romântico ou
bonito, era o medo da perda em si. Eu não saberia lidar. Ainda
mais que perder você, faria com que perdesse nossa filha
também.
Fico espantada, sem saber o que dizer ou o que pensar.
— Sei que deve se perguntar sobre o meu amor por
você, se foi ou é real. — diz, encarando-me. Seus olhos
verdes estão vermelhos e ele limpa mais uma lágrima que
desce. — Eu não fui maduro em momento algum, nunca
discerni o que sentia por você, até... Até você me ver com ela.
Ver o seu olhar naquele instante, a sua decepção e o nojo
exposto em sua face, me fez ver que... Eu nunca deveria ter
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Capítulo 16
Levi
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choro.
Tento tirar meu braço de suas costas, para poder limpar minhas
lágrimas, porém ela as limpa com seus dedos. Olhando-me não com pena,
mas com compaixão.
Porém tento novamente me soltar, pois o choro não cessa. Não
consigo parar, tudo dentro de mim parece querer sair. Dói demais vê-la
assim, com esse olhar em minha direção, como se eu não fosse o homem
que tanto a magoou.
— Não fuja. — diz, e meus olhos continuam conectados nos seus.
Não sei quem se aproximou primeiro, mas logo seus braços me
envolvem e eu a seguro nos meus. Abraçamo-nos e choro tudo que
guardei por tanto tempo. Sinto meus ombros molharem, pois Melissa faz
o mesmo.
Não sei quanto tempo passa, mas apenas fico aqui, com ela junto a
mim. Aproveitando esse momento, como se fossemos parte de um só.
***
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Capítulo 17
Melissa
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nas vezes em que Laura passa um tempo com meus pais, meu
irmão ou Ricardo. Não queremos de jeito algum, com nossa
aproximação, causar algum dano futuro a nossa filha.
— Divagando. — pisco e encaro Lili, a qual sorri de
leve, sequer parecendo a mesma mulher de segundos atrás.
— Eu queria ser uma amiga melhor, Lili. — digo e
toco sua perna. — Mas eu quero que saiba, que por mais que
você e Leonardo não tenham a “esperança” de algo, como eu
e Levi, vocês tem algum sentimento, seja qual for. Talvez seja
bom descobrir o que os dois sentem a respeito de tudo. — ela
assente e se senta novamente, dando-me um abraço.
Logo ela se afasta e praticamente pula da cama.
— Mas hoje é a noite das garotas! — praticamente
grita, fazendo-me gargalhar. — Nossa princesinha está com o
tio, e temos a noite toda para dançar as músicas que amamos.
E finalmente, você vai para uma balda comigo. — diz,
animada.
— Eu não consigo te imaginar na época de faculdade.
— digo e rio, Lili apenas dá de ombros e dá alguns passinhos
ridículos com os pés. — Ok, pé de valsa. — brinco e ela
revira os olhos. — Liga pra Marta, eu já estou pronta!
Mexo em meus cabelos encaracolados, o qual acabei
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***
instante.
— Eu disse que essa balada era a melhor. — Lili diz e
bate palmas. — Toca músicas antigas, as quais eu ainda amo
demais.
Lili então me puxa pelo braço e faz o mesmo com
Marta. Vamos até o meio da pista e nos jogamos. Mesmo sem
saber ao certo o que fazer, deixo-me levar pela música e a
letra parece ter sido feita pra esse momento.
“Where's all my sould sisters,
Lemme heare ya flow sisters
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Capítulo 18
Melissa
viro pra ele, seus olhos verdes estão serenos, como nos
últimos tempos.
Ele guarda seu sorriso, mas pela sua expressão sei que
está feliz em me ver. Bom, eu também.
— E acredita no que? — pergunto, e ele toca de leve
em minha mão.
Aqueles mesmo arrepio de anos atrás, o que sempre
esteve entre nós, passa por mim. Coisas que parecem que
nunca vão mudar.
— Em nós. — diz e finalmente abre um sorriso. —
Uma dança? — pergunta e eu assinto.
Jogo a garrafa vazia no lixo e sigo com ele até uma
parte da pista de dança.
Levi me puxa para perto de seu corpo e eu encaro seus
olhos verdes, os quais parecem ler minha alma. Ele não foi
direto em nenhum momento sobre o que espera de mim, ou
sobre o que temos, deixando assim, mas que evidente, nossa
simples amizade. Mas o modo como falou comigo há
segundos atrás, deixa algo claro que ele não vai mais esconder
seus sentimentos.
— Essa música não faz meu estilo. — diz, colocando
as mãos em minha cintura e me puxando pra mais perto. — É
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horrível.
Rio do modo como ele fala e concordo com a cabeça.
— Prefiro mil vezes uma música mais calma. — digo,
já com uma playlist em mente.
— Eu também. — diz e mesmo com a batida forte da
música, dançamos do nosso jeito calmo, juntos.
Isso é tão certo como respirar.
— Podemos ir dançar em outro lugar. — sugere, e eu
penso nos prós e contras disso. — Tem um barzinho aqui
perto, é bem mais calmo e confesso que preferia estar lá.
— Eu também. — digo e indico com a cabeça a
direção da saída da boate.
Vou ao seu lado até sair da pista de dança e peço um
segundo. Pego meu celular para mandar uma mensagem para
as meninas, mas logo vejo que as duas já me mandaram.
Marta diz que está com Gustavo e Lili, que foi realmente
conversar com Leonardo. Bom, ao menos não preciso me
preocupar com elas.
Pagamos nossas comandas e saímos de dentro da
boate. Levi me indica com a mão por onde devo ir e a poucos
passos, próximo a uma esquina, há um barzinho.
Entramos e o clima é completamente diferente.
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si mesmo.
— Não parece um adolescente. — digo, analisando
acho que pela milésima vez o homem sentado a minha frente.
O garçom chega com a garrafa de vinho e enche duas
taças para nós. Começo a beber e conversamos a respeito de
tudo. E de uma coisa eu tenho absoluta certeza, não somos
mais adolescentes.
***
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Capítulo 19
Melissa
Chega de mentiras
De negar o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Eu preciso do seu beijo
Eu entrego a minha vida
Pra você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim!
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***
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nervoso. — Até quando nossa filha vai ficar bem tendo a mim
como pai? Ninguém que se aproximou de mim saiu ileso.
Ele então se afasta, antes que eu possa tocá-lo.
— Meus pais morreram, meu irmão teve que cuidar de
mim e no fim o que fiz foi decepcioná-lo por ser um fraco.
Você e Ricardo quase morreram por minha culpa. Além de
Rafael, Laura e Carla que foram sequestrados. — diz
rapidamente, andando até uma parede e de repente, despenca
sentado. — Eu a matei, Melissa. Eu matei, Nicole. — diz e
lágrimas descem por seu rosto. — Eu nunca a amei, mas isso
não significa que eu poderia ter destruído a vida dela daquela
maneira, feito-a se destruir e...
Ele então cai no choro e vou até ele, ajoelhando-me e
o puxando para mim.
Não digo nada, apenas deixo que ele sinta que isso
não vai me afastar dele. Aliás, isso só mostra o quão humano
ele é. Estranho seria se ele não se importasse com tudo que
aconteceu, mas a questão é que ele tem se culpado por tudo,
sem conseguir entender que, na realidade, foi uma escolha
dela.
Por mais que eles tivessem se envolvido, não foi ele
quem apertou o gatilho daquela arma. Não foi ele que fez com
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Capítulo 20
Levi
Um mês depois
aparece em seu rosto, sei bem que não conseguiria ficar sem
isso.
— Se acalma. — digo a mim mesmo, encarando o
espelho do banheiro do apartamento dela.
Desde que nos beijamos e assumimos praticamente
nossos sentimentos, temos nos encontrado aqui quando Laura
não está, falado a respeito de nós, da vida, do mundo... E
principalmente, estado juntos. Mas ainda sim, sei que faltam
algumas lacunas para preencher. Algumas coisas que preciso
fazer, sem assustá-la, a respeito de meus sentimentos que já
não consigo conter.
Eu tinha uma ideia diferente quando comecei com
isso, mas agora, como felizmente tudo está caminhando, eu
posso fazer disso um ato romântico, como Melissa merece.
Se tem uma coisa que aprendi com os romances que
ela tanto adora, é que não importa o tempo, lugar, ocorrido,
ou a própria vida, o amor sempre estará em nosso peito, caso
ele seja real. E o meu amor por Melissa, é assim.
Por ela eu aprendi que as coisas não são fáceis,
consegui perceber que tenho sim problemas, e que não
conseguiria ir em frente sem uma ajuda profissional. Ela está
aqui, comigo, me dando forças para fazer isso, ser o homem
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— Eu não...
— Claro que sim, Levi. — diz, sorrindo de mim. —
Mas agora acho que tenho coragem de contar a todos e
principalmente, colocar meu nome nos livros.
— Acho que está mais do que na hora, pra ser sincero.
— digo e ela assente, encarando o celular novamente.
— Bom, Laura está vindo mesmo, então...
— Eu já estou indo, mulher. — digo divertido. — Mas
antes quero te entregar algo.
— Sim, o que? — pergunta e me encara.
Ok, tenha coragem!
Melissa
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sempre quis para amar, e o homem que amo. Nada faz sentido
novamente longe de você. E eu sei, que aos poucos, a cada
dia, cada segundo, eu vou estar ainda mais feliz por ter você.
— digo, colocando meu coração em viva voz, deixando tudo
para trás, no seu devido lugar: no passado.
— Eu te amo tanto, minha menina. — ele diz,
segurando meu rosto, com lágrimas, acredito que de
felicidade, em seu rosto.
— Eu também te amo, mais do que um dia imaginei
poder amar alguém. — confesso. — Pois por você eu me
apaixonei novamente, sem saber como, mas entendendo o
porquê a cada dia que passamos juntos. Porque de todas as
coisas que você me mostrou, uma delas me conquistou
profundamente.
— O que? — ele pergunta num sussurro.
— Você se mostrou pra mim, foi honesto. E assim,
ganhou meu coração novamente.
Ele então sela nossos lábios, como uma promessa
precisa ser selada. Mesmo que não exista certeza alguma
nesse mundo, há algo que posso afirmar – eu fiz a escolha
certa.
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Parte II
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Capítulo 21
Melissa
Semanas depois
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Capítulo 22
Levi
Mais papéis!
Bufo sozinho encarando mais uma pilha de contratos
para rever. Preciso urgentemente de uma assistente! Se não
fosse Sophie – a assistente e namorada de Daniel – eu já teria
me perdido faz muito tempo. Fico apenas adiando a
contratação de uma nova, pois sempre me esqueço ou
simplesmente deixo de lado.
Qual o meu maldito problema?
Ouço batidas em minha porta e já levanto as mãos aos
céus, com certeza é Sophie com os papéis que lhe mandei
mais cedo para revisar, eles são de extrema importância no
contrato que estou perdido.
— Entre.
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Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?”
(Sozinho – Caetano Veloso)
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Capítulo 23
Melissa
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seios.
Vou em direção ao mar, sem olhá-lo, mas assim que
meus pés sentem a água fria, sinto mãos fortes rodearem
minha cintura.
— Estou pagando meus pecados hoje. — diz e noto
seu semblante sério. — Quem é você e o que fez com
Melissa?
Arqueio a sobrancelha e solto-me de suas mãos.
— Talvez essa seja uma parte minha que você ainda
não conhece. — digo e pisco pra ele.
— E que parte seria? — pergunta e se aproxima, mas
noto seu olhar mudar.
Ele me olha completamente diferente agora. Desejo
puro estampado em sua íris verde.
— A parte que te desestabiliza. — digo provocativa,
mas logo me calo, vendo-o vir até mim e me puxar pra perto
de seu corpo.
— Você me desestabiliza só por respirar, Melissa. —
diz e noto sua voz mais rouca.
O que aconteceu com o dia tranquilo na praia?
Seus lábios se aproximam dos meus e sinto minha
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Capítulo 24
Melissa
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Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
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Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?”
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Epílogo
Anos depois...
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dois até pouco tempo repartiam o mesmo teto com mais três
mulheres, e sim, elas comandavam tudo nesses dias. E tudo o
que eles podiam fazer era tentar amenizar a dor delas.
— Laura ligou, disse que está chegando. — Tuan
disse, voltando os olhos verdes para as panelas, onde pelo
jeito ele fazia panquecas e algo mais.
Levi apenas observou tudo ao seu redor, sorrindo,
vendo como o tempo passou. Voltou ao momento em que
descobriram sobre a gravidez de Melissa, há 16 anos, onde
apenas tinham a certeza que se amavam e enfrentariam o
mundo juntos. A notícia veio pra somar mais felicidade á
aquele momento, no qual contaram a Laura que voltariam a
ser uma família e ademais, a família cresceria.
A surpresa com o tempo, de que seriam gêmeos, e dos
sexos deles, deixou tanto Levi quanto Melissa desnorteados.
A princípio, eles gritaram de felicidade, depois choraram pelo
mesmo motivo, e após isso, fizeram amor até suas forças se
esgotarem. Se um dia foram infelizes, eles nunca mais
souberam, pois o passado ficou pra trás, bem pra trás.
— Vovô!
Levi despertou de seus pensamentos, ao ouvir o
gritinho de mais uma das mulheres de sua vida, que o deixava
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completamente bobo.
— Eu nem vi você chegar, pequena. — disse, ao pegar
a pequena Luz no colo, a qual tinha os olhos da mãe, ou seja,
os seus olhos também.
— Ela praticamente me obrigou a trazê-la. — Laura
disse, vindo até eles, sorrindo para o pai, e vendo o brilho de
felicidade em seu olhar.
Se tem algo que ela sempre seria grata, era pelo
caminho que seus pais a ensinaram a trilhar, mesmo nos
piores momentos, e o quanto o amor pode ser maior, maior
que tudo.
— Então quer dizer que Caleb vai querer socar minha
cara no próximo treinamento? — Levi perguntou e Tuan
gargalhou, sabendo que isso aconteceria.
— Bom, essa pequena passou o sábado na casa dele,
talvez não seja tão ruim assim. — Laura disse da boca pra
fora, ela sabia o quanto os dois avós de sua filha eram
ciumentos e possessivos. E ao mesmo tempo, sabia do grande
amor que Luz recebia das duas famílias.
— Onde mamãe está? — Lorena entrou na cozinha,
com os cabelos pra lá de revoltados e Laura foi a primeira a
gargalhar. — Nem vem, mana. Eu tô de tpm, me deixa.
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FIM
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Em breve!
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Anexo I
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Outras obras
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Sinopse
Castiel Soares ao contrário do que muitos pensam sempre foi o
mais centrado e obediente dos irmãos. Cometeu erros como qualquer ser
humano e alguns deles atormentavam seu sono... Até conhecê-la.
Danielle Campos sofreu uma grande perda no passado que
transformou sua vida completamente. E mesmo com a dor que sentia
nunca deixou nenhum sentimento ruim a corroer... Até conhecê-lo.
Ele pensou que ela seria sua salvação.
Ela quer de todas as formas sua destruição.
Um sentimento arrebatador entre a linha tênue do amor e do ódio.
Qual falará mais alto?
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Até a próxima!
Beijos e unicórnios
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