Ética - PDF de Conteúdo 39° Exame
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Ética
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1ª Fase | 39° Exame da OAB
Ética
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver, da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade.
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso.
Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação!
Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
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1ª Fase | 39° Exame da OAB
Ética
Ética
Prof. Leonardo Fetter
Sumário
1. Legislação da Ordem dos Advogados ..................................................................................... 4
2. Órgão de Gestão da OAB ........................................................................................................ 5
3. Eleições e mandatos na OAB ................................................................................................ 11
4. Inscrição na OAB ................................................................................................................... 14
5. Licenciamento e cancelamento da inscrição.......................................................................... 16
6. Estagiário ............................................................................................................................... 18
7. Advogado empregado ............................................................................................................ 19
8. Atividades privativas do advogado ......................................................................................... 21
9. Sociedade de advogados....................................................................................................... 22
10. Procuração e mandato ......................................................................................................... 23
11. Honorários advocatícios....................................................................................................... 25
12. Advocacia pro bono ............................................................................................................. 30
13. Direitos e prerrogativas do advogado .................................................................................. 31
14. Direitos da mulher advogada .............................................................................................. 36
15. Publicidade profissional ....................................................................................................... 38
16. Infrações e sanções disciplinares ........................................................................................ 43
17. Processo disciplinar ............................................................................................................. 45
18. Incompatibilidade e impedimento ......................................................................................... 47
Olá, aluno(a)! Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso prepara-
tório para a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas.
Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação perti-
nente.
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Inicialmente é importante ressaltar que é necessário estudar ética através de três normas, sendo
elas:
*Para todos verem: esquema
Atenção: a legislação para o estudo deve estar atualizada até a data do edital.
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inciso III do CPC, para ser considerado título executivo extrajudicial, e isso quer dizer que o contrato de
honorários é uma exceção, pois é sim possível ser executado como título executivo extrajudicial, ainda que
não cumpra os requisitos de CPC.
Por fim, o advogado, em uma condição de gestor da OAB, tem recebido legitimidade de interferir em
processos que não são “seus”, mas que neles está ocorrendo violação de prerrogativas do advogado atu-
ante.
*Para todos verem: esquema
Imunidade Tributária
(bens, rendas e serviços)
OAB
A partir da identificação dos órgãos de gestão da OAB, é possível perceber como a OAB se organiza,
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como a OAB é gerida e, após, entender as eleições, pois todos os órgãos de gestão são alcançados através
de eleições.
*Para todos verem: esquema
Conselho Federal
O voto da delegação é o de
sua maioria, havendo
divergência entre seus
membros, considerando-se
invalidado em caso de
empate.
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Importante! A competência do Conselho Federal está instituída nos incisos do art. 54 do Estatuto
da OAB:
Art. 54. Compete ao Conselho Federal:
I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advoga-
dos;
III – velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV – representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos inter-
nacionais da advocacia;
V – editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos
que julgar necessários;
VI – adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII – intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei
ou do regulamento geral;
VIII – cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou
autoridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disci-
plina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX – julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos
casos previstos neste estatuto e no regulamento geral;
X – dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos
privativos;
XI – apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII – homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos
Seccionais;
XIII – elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos
nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam
em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Con-
selho ou de outro órgão da OAB;
XIV – ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos,
ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações
cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV – colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos
pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou creden-
ciamento desses cursos;
XVI – autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus
bens imóveis;
XVII – participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em
todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII – resolver os casos omissos neste estatuto.
XIX – fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida
entre advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e
advogado associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteado-
res da associação sem vínculo empregatício;
XX – promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre
questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso
necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados, obser-
vado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. A intervenção referida no inciso VII deste artigo depende de prévia apro-
vação por dois terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho
Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar.
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB, conforme o art. 63 do Estatuto, acontecerá na
segunda quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação
direta, de comparecimento obrigatório, para todos os advogados regularmente inscritos na OAB.
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Presidente
Importante! Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa deverão ser
conselheiros federais eleitos, conforme o art. 67, parágrafo único do Estatuto.
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Atenção: a principal atribuição será de julgar, em primeiro grau, o processo disciplinar – seria a
primeira instância (a segunda instância seria uma das Câmaras vinculadas ao Conselho Seccional, ou seja,
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Compete à Subseção
2.3.1. Conferência Nacional dos Advogados (arts. 145 a 149 do Regulamento Geral)
A Conferência Nacional da Advocacia Brasileira é órgão consultivo máximo do Conselho Federal,
reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões
e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento da advocacia, conforme art.
145 do Regulamento Geral.
Ainda, na forma do §1º do art. 145 do Regulamento Geral, as Conferências da Advocacia dos Es-
tados e do Distrito Federal são órgãos consultivos dos Conselhos Seccionais, reunindo-se também trienal-
mente, no segundo ano do mandato.
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Efetivos: os Conselheiros e
Presidentes dos órgãos da OAB Convidados: as pessoas a quem a
presentes, os advogados e Comissão Organizadora conceder
estagiários inscritos na Conferência, tal qualidade, sem direito a voto,
todos com direito a voto; salvo se for advogado.
Atenção: os convidados, expositores e membros dos órgãos da OAB têm identificação especial du-
rante a Conferência. Os estudantes de direito, mesmo inscritos como estagiários na OAB, são membros
ouvintes, escolhendo um porta-voz entre os presentes em cada sessão da Conferência.
Órgãos da OAB
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Cabeção, importante!
*Para todos verem: esquema
Nas eleições diretas, o voto é obrigatório para todo advogado regularmente inscrito
na OAB.
Regulamento Geral
Art. 131. São admitidas a registro apenas chapas completas, que deverão atender ao
percentual de 50% para candidaturas de cada gênero e, ao mínimo, de 30% (trinta por
cento) de advogados negros e de advogadas negras, assim considerados os(as) inscri-
tos(as) na Ordem dos Advogados do Brasil que se classificam (autodeclaração) como ne-
gros(as), ou seja, pretos(as) ou pardos(as), ou definição análoga (critérios subsidiários de
heteroidentificação).
§ 6o Fica delegada à Comissão Eleitoral, de cada Seccional, analisar e deliberar os casos
onde as chapas das Subseções informarem a inexistência ou insuficiência de advogados
negros (pretos e pardos) e advogadas negras (pretas e pardas), com condições de elegi-
bilidade a concorrer nas chapas, no percentual aprovado em 30% (trinta por cento) referido
no caput deste artigo.
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Atenção: também não poderá ser candidato o advogado que exercer cargo público demissível ad
nutum, ou seja, que não tem estabilidade – o fato de não ter estabilidade retira a necessária independência
do advogado, não permitindo sua candidatura.
Cuidado, cabeçones! O presidente do Conselho Federal não precisa ser Conselheiro Federal (art.
67, par. ún., do Estatuto da OAB).
Importante: os três Conselheiros Federais de cada Estado, que assumem no Conselho Federal,
são chamados de delegação. Nas decisões de competência do Conselho Federal, esses Conselheiros Fe-
derais apresentarão um voto por delegação. Para a eleição de Diretoria do Conselho Federal, o voto é
individual de cada Conselheiro, não há voto por delegação.
Ainda, sobre as decisões dentro de cada órgão de gestão, é importante atentar-se para os seguintes
questionamentos:
Veja o esquema na página a seguir...
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É o direito de decisão.
Eleição na OAB
4. Inscrição na OAB
Inicialmente, é necessário recordar que a condição de Advogado se adquire com a inscrição na OAB
(e não com a aprovação no Exame da OAB – este é apenas um dos requisitos para postular a inscrição).
Dessa forma, os requisitos para inscrição junto a OAB estão definidos no art. 8 o do Estatuto:
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Capacidade civil
Idoneidade moral
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O advogado deverá possuir uma inscrição principal e poderá ter quantas inscrição suplementares
quiser (sempre uma – e apenas uma – por Conselho Seccional).
Importante! A inscrição suplementar será obrigatória quando:
1ª situação: quando o advogado estiver atuando em mais de cinco causas em Conselho Seccional
onde ele não tenha a inscrição principal. Ex.: advogado com inscrição principal no Rio Grande do Sul pode
atuar – exercer a advocacia – em qualquer Estado; mas se possuir mais de cinco ações num Estado, deverá
providenciar a inscrição suplementar naquele Conselho Seccional correspondente.
2ª situação: quando o advogado for sócio de Sociedade de Advogados, deverá obrigatoriamente
possuir inscrição (principal ou suplementar) perante o Conselho Seccional onde a sociedade foi registrada.
Não será exigido um novo exame de ordem para cada inscrição suplementar. Para cada ins-
crição (principal ou suplementar) haverá a incidência de uma anuidade (ex.: dez inscrições, dez anuidades).
Importante! Para atuar nos Tribunais Superiores não haverá necessidade de Inscrição Suplemen-
tar.
*Para todos verem: clique abaixo e ouça um podcast sobre o tema
Inscrição
5.1. Licenciamento
Licenciamento é forma de interrupção temporária da inscrição. Ou seja, é uma forma de o
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advogado suspender sua capacidade postulatória, pois durante o período de licenciamento ele não pode
advogar. Durante o período que o advogado estiver licenciado, ele não pagará a anuidade.
Atenção: o advogado licenciado não perde o número da sua inscrição, tampouco sua inscrição é
cancelada.
*Para todos verem: esquema
Hipóteses de
Licenciamento
A pedido (personalíssimo) - não precisa ser fundamentado, mas deve ser assinado
pelo advogado postulante.
EXCLUSÃO (pena mais grave do Estatuto) - a punição com a exclusão vai gerar o
cancelamento da inscrição.
Falecimento do Advogado.
Licenciamento e cancelamento
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Importante! Se a pessoa já possui atividade incompatível no ato da inscrição, haverá o seu indeferi-
mento (art. 8o do Estatuto).
A aplicação, por três vezes, da pena de suspensão gerará a pena de exclusão, que acarretará o
cancelamento da inscrição.
6. Estagiário
Para obter a inscrição como estagiário, devem ser obedecidos os requisitos do art. 9 o do Estatuto,
quais sejam:
*Para todos verem: esquema
Capacidade civil;
Idoneidade moral;
O Estagiário com inscrição na OAB paga anuidade, mas não pode votar. Além disso, o estagiário
tem direito de praticar todos os atos privativos da advocacia, desde que em conjunto com o advogado e
sob a responsabilidade deste.
Na forma do art. 29, §1º do Regulamento Geral, o estagiário inscrito na OAB pode praticar isolada-
mente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado:
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O Estagiário, para atuar no processo, deve ter poderes, ou seja, ele deve aparecer na procuração
ou no substabelecimento.
*Para todos verem: clique abaixo e ouça um podcast sobre o tema
Estagiário da OAB
Importante! Estagiário não pode fazer publicidade, nem mesmo em conjunto com o advogado.
É permitido ao bacharel em direito buscar inscrição como estagiário, na forma do art. 9o, § 4o, do
Estatuto.
Alteração singela, mas relevante, diz respeito à possibilidade de o estágio profissional ser feito no
regime de teletrabalho, fixando-se algumas exigências quanto a requisitos do termo de convênio e de está-
gio (art. 9o, §§ 5o e 6o, do Estatuto).
7. Advogado empregado
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Bacharel em Direito e Estagiário inscrito na OAB não são considerados advogados, ou seja, não
podem agir ou atuar naquelas atividades definidas como privativas da advocacia. Contudo, de acordo com
o §2º do art. 3º do Estatuto, o estagiário inscrito na OAB, pode praticar os atos previstos no art. 1º do
Estatuto, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
*Para todos verem: esquema
Visar atos
Consultoria e constitutivos Postular em
Direção e
assessoria (contratos sociais) juízo
gerência jurídica
jurídica de pessoa jurídica
Atenção: postular em juízo: é atividade privativa, mas com exceções (habeas corpus em qualquer
instância, jus postulandi trabalhista, JEC (limitação de valor), JEF/JEFP, e revisão criminal). No JEC crimi-
nal, a presença do advogado do acusado é obrigatória.
Microempresa e empresa de pequeno porte não precisam de visto de advogado para os seus
atos constitutivos. Nestes casos, das exceções, será possível postular em juízo sem a presença do advo-
gado.
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9. Sociedade de advogados
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Sociedade de advogados
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15 dias, conforme prevê o art. 104 do CPC e o art. 5ª, §1º do Estatuto.
Conforme o art. 11 do CED o advogado, atua como patrono da parte, quando no exercício do man-
dato, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordi-
nar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
Atenção! O advogado não pode aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído,
sem prévio conhecimento deste, conforme o art. 14 do CED. Contudo, por motivo plenamente justificável
ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis o advogado pode aceitar procuração de
quem já tenha patrono constituído.
10.2. Da renúncia
Nos termos do art. 16 do CED, a renúncia cessa a responsabilidade profissional, e isso quer dizer
que a renúncia é a forma de extinção da procuração e dos poderes nela outorgados e, é requerida pelo
advogado.
Notificado o cliente, o advogado ainda é responsável pelos atos processuais por dez dias, salvo se
um novo profissional se habilite antes de terminado tal prazo, na forma do §3º do art. 5º do Estatuto. Ainda,
não há necessidade de a renúncia ser motivada.
10.3. Da revogação
Revogação do mandado judicial é uma forma de extinção da procuração e dos poderes nela outor-
gados por iniciativa do cliente, conforme o art. 17 do CED. Na revogação, não existe o prazo de respon-
sabilização por dez dias.
Importante! A renúncia ou a revogação da procuração não desobriga o cliente ao pagamento dos
honorários advocatícios (inclusive verba de sucumbência – neste caso, de forma proporcional ao trabalho
desenvolvido).
10.4. Do substabelecimento
O substabelecimento é a forma de o advogado transferir poderes recebidos na procuração para
outro advogado (relação advogado com advogado). O substabelecimento pode ser com ou sem reserva de
poderes.
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Previsão legal: arts. 22 a 26 da Lei no 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advoga-
dos do Brasil).
Os honorários advocatícios correspondem à remuneração ao profissional da advocacia pelos servi-
ços prestados. São divididos em três tipos:
Fixados por
Convencionados arbitramento Sucumbência
judicial
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Atenção: a inclusão do art. 22-A no Estatuto fixa e define que será permitida a dedução de hono-
rários advocatícios contratuais dos valores acrescidos, a título de juros de mora, ao montante repassado
aos Estados e aos Municípios na forma de precatórios, como complementação de fundos constitucionais.
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Do vencimento do contrato;
Da desistência ou da transação;
Da renúncia ou da revogação.
Dicas!
• O advogado pode executar os honorários de sucumbência em seu nome;
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• Crédito de honorários não autoriza ao advogado o saque de duplicatas ou qualquer outro título
de crédito;
• O advogado pode emitir fatura contra o cliente para pagamento dos honorários – se o cliente
pedir ou autorizar, mas esta fatura não poderá ser levada a protesto;
• Cheque ou nota promissória emitidos pelo cliente para pagamento dos honorários podem ser
levados a protesto, desde que antes o advogado tenha tentado amigavelmente o recebimento
do crédito;
• É autorizado o uso de cartão de crédito para o recebimento de honorários.
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caput, qual seja: “O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a
intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento”. No parágrafo único foi criada uma exceção,
permitindo que o advogado substabelecido com reserva de poderes cobre diretamente o cliente, sem a
participação do advogado que substabeleceu, desde que tenha, o advogado substabelecido, contrato cele-
brado com o cliente.
Durante determinado período, entendeu-se que o advogado não poderia trabalhar sem cobrar ho-
norários, que tal atitude poderia configurar forma de aviltamento de honorários. Com o intuito de regular
essa atividade, foi adotado no sistema brasileiro a possibilidade do exercício da advocacia pro bono.
Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária (G E V) de serviços
jurídicos – essas são as características principais. Este tipo de atuação pode acontecer em favor de institui-
ções sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional. Também pode ser exercida para pessoas naturais hipossuficien-
tes. Entretanto, não poderá o advogado atuar como pro bono com objetivos político-partidários ou eleitorais,
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de
clientela.
Segundo o Provimento no 166/2015 do Conselho Federal da OAB, os advogados que desempenha-
rem a advocacia pro bono estão impedidos de exercer a advocacia remunerada, em qualquer esfera, para
a pessoa natural ou jurídica que se utilize de seus serviços pro bono (art. 4o e § 1o).
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Honorários
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O advogado deve zelar por sua liberdade e independência, assim, nos termos do parágrafo único
do art. 4 do CED, é legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito
consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que
tenha manifestado anteriormente.
Importante!
• Art. 5º do CED: O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mer-
cantilização;
• Art. 6º do CED: É defeso (proibido) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa
falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé;
• Art. 7º do CED: É vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indi-
retamente, angariar ou captar clientela.
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da apelação, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, embargos de divergência, ação
rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações de competência originária.
A realidade é que com essa regulamentação de hipóteses mais precisas de sustentação oral fica
superado, ao menos parcialmente, o entendimento do Supremo Tribunal Federal firmado na ADI n o 1.105-
7.
O § 6o-D do art. 7o do Estatuto traz a ideia de preservação do sigilo do conteúdo dos documentos
(mídia e objetos) não relacionados com a investigação (mesmo quando for impossível que eles sejam se-
parados daqueles que forem/devam ser apreendidos).
O § 6o-E do art. 7o do Estatuto traz a previsão no sentido de que, uma vez não observado o sigilo
das informações apreendidas e não relacionadas à investigação, o representante da OAB deverá informar
(via relatório), a fim de que a OAB tome as providências que entender adequadas, podendo inclusive apre-
sentar notícia-crime contra os envolvidos, os quais deverão ser nominados e identificados no relato apre-
sentado pelo representante.
O § 6o-I do art. 7o do Estatuto definiu a proibição para o advogado efetuar colaboração premiada
contra quem seja ou tenha sido seu cliente, fixando que tal situação pode ser punida com a sanção de
exclusão, prevista no inciso III do caput do art. 35 do Estatuto, bem como às penas do crime de violação de
segredo profissional, previstas no art. 154 do CP.
Vale recordar, aqui, que as hipóteses de exclusão estão previstas no art. 38 do Estatuto:
Ou seja, como não ocorreu a inserção ou modificação em tais dispositivos, presume-se que o legis-
lador esteja definindo que o advogado que fizer a colaboração premiada se tornará moralmente inidôneo.
Definir como crime infamante não parece adequado. Melhor, com certeza, teria sido que o legislador inse-
risse, nos arts. 34 e 38, dispositivo específico quanto à colaboração premiada.
Nos §§ 14, 15 e 16 do art. 7 o do Estatuto, foi atribuída competência privativa do Conselho Federal
da OAB, dentro de processo disciplinar próprio, para dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do
serviço jurídico realizado pelo advogado.
Fez-se a previsão de nulidade do “ato praticado com violação da competência privativa do Conselho
Federal da OAB”. Na mesma linha e intenção, também foi fixada a competência privativa do Conselho
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Federal para analisar e decidir sobre “os honorários advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo
advogado”. Verdadeiramente, tal dispositivo aprofunda o caráter da OAB como entidade singular de serviço
público independente, na exata definição do STF, na ADI n o 3.026.
No art. 7o-B do Estatuto, foi apenas incrementada a pena nele cominada, para o crime de violação
das prerrogativas do advogado, aumentando-a de 3 (três) meses a 1 (um) ano de detenção, e multa, para
2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
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garante o direito de prisão domiciliar (sempre até o trânsito em julgado da decisão condenatória).
Sempre que os autos estiverem protegidos pelo sigilo (segredo de justiça), o acesso do advogado,
seja para vistas, seja para carga, dependerá da procuração.
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Fixou o Estatuto, no art. 7 o-A, uma série de direitos que a advogada mulher possui, especificamente
aquela que for gestante, lactante, que der à luz ou adotar. Perceba-se, então:
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O direito assegurado no inciso IV do art. 7º-A do Estatuto à advogada adotante ou que der à luz
será concedido pelo prazo previsto no § 6º do art. 313 do CPC, ou seja, 30 (trinta) dias, contado a partir da
data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento
similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que
haja notificação ao cliente.
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IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
A palavra-chave nas regras referentes à publicidade é a moderação. Não pode a publicidade ter
um viés Mercantilista, Empresarial, Industrial ou Comercial.
Não pode o advogado fazer propaganda de seus serviços ou atividades, pois propaganda visa à
captação de clientela e tal conduta é vedada, faz-se necessário uma leitura atenta dos arts. 40 e 42 do
CED.
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis
com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação
de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários,
culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual partici-
pação em programas de rádio ou televisão, ou em
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade,
com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida
a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as
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Ainda, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de ca-
ráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria
cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do
meio jurídico, conforme o art. 45 do CED.
Endereço,
Divulgação em Áreas de
Títulos número de
jornal, revistas e interesse e
acadêmicos; telefone, e-mail
periódicos; atuação;
e site;
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em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem o mesmo es-
paço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço físico em que
se desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a atividade profissional é
desenvolvida em local de coworking.
Art. 9o Fica criado o Comitê Regulador do Marketing Jurídico, de caráter consultivo, vin-
culado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus membros, com mandato con-
comitante ao da gestão, e será composto por:
I – 05 (cinco) Conselheiros(as) Federais, um(a) de cada região do país, indicados(as) pela
Diretoria do CFOAB;
II – 01 (um) representante do Colégio de Presidentes de Seccionais.
III – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais de Ética e
Disciplina;
IV – 01 (um) representante indicado pela Coordenação Nacional de Fiscalização da Ativi-
dade Profissional da Advocacia; e
V – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes das Comissões da Jovem
Advocacia.
§ 1o O Comitê Regulador do Marketing Jurídico se reunirá periodicamente para acompa-
nhar a evolução dos critérios específicos sobre marketing, publicidade e informação na
advocacia constantes do Anexo Único deste provimento, podendo propor ao Conselho
Federal a alteração, a supressão ou a inclusão de novos critérios e propostas de alteração
do provimento.
§ 2o Com a finalidade de pacificar e unificar a interpretação dos temas pertinentes perante
os Tribunais de Ética e Disciplina e Comissões de Fiscalização das Seccionais, o Comitê
poderá propor ao Órgão Especial, com base nas disposições do Código de Ética e Disci-
plina e pelas demais disposições previstas neste provimento, sugestões de interpretação
dos dispositivos sobre publicidade e informação.
Art. 10. As Seccionais poderão conceder poderes coercitivos à respectiva Comissão de
Fiscalização, permitindo a expedição de notificações com a finalidade de dar efetividade
às disposições deste provimento.
Art. 11. Faz parte integrante do presente provimento o Anexo Único, que estabelece os
critérios específicos sobre a publicidade e informação da advocacia.
Art. 12. Fica revogado o Provimento no 94, de 05 de setembro de 2000, bem como as
demais disposições em contrário.
Parágrafo único. Este provimento não se aplica às eleições do sistema OAB, que possui
regras próprias quanto à campanha e à publicidade.
Art. 13. Este Provimento entra em vigor no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de
sua publicação no Diário Eletrônico da OAB.
Publicidade
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Art. 34
XXX - praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação.
E, nessa mesma linha, também foram conceituados assédio moral, sexual e discriminação:
Art. 34
§ 2º Para os fins desta Lei, considera-se:
I - assédio moral: a conduta praticada no exercício profissional ou em razão dele, por meio
da repetição deliberada de gestos, palavras faladas ou escritas ou comportamentos que
exponham o estagiário, o advogado ou qualquer outro profissional que esteja prestando
seus serviços a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de lhes causar ofensa
à personalidade, à dignidade e à integridade psíquica ou física, com o objetivo de excluí-
los das suas funções ou de desestabilizá-los emocionalmente, deteriorando o ambiente
profissional;
II - assédio sexual: a conduta de conotação sexual praticada no exercício profissional ou
em razão dele, manifestada fisicamente ou por palavras, gestos ou outros meios, proposta
ou imposta à pessoa contra sua vontade, causando-lhe constrangimento e violando a sua
liberdade sexual;
III - discriminação: a conduta comissiva ou omissiva que dispense tratamento constrange-
dor ou humilhante a pessoa ou grupo de pessoas, em razão de sua deficiência, pertença
a determinada raça, cor ou sexo, procedência nacional ou regional, origem étnica, condi-
ção de gestante, lactante ou nutriz, faixa etária, religião ou outro fator.
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A censura poderá ser convertida em advertência, situação em que será apenas remetido um ofício
reservado ao advogado, sem qualquer registro no prontuário.
Existindo circunstâncias atenuantes, previstas no art. 40 do Estatuto.
Importante! As penas somente poderão ser aplicadas após o trânsito em julgado da decisão con-
denatória. No entanto, existe uma exceção: a suspensão preventiva prevista no art. 70, § 3 o, do Estatuto
(havendo repercussão prejudicial à dignidade da advocacia), o Tribunal de Ética e Disciplina poderá notificar
o acusado para uma sessão especial, em que será analisada a aplicação ou não da suspensão preventiva
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(o acusado terá direito de apresentar sua defesa nesta sessão, pelo prazo de 15 minutos).
Caso aplicada a suspensão preventiva, o julgamento do processo disciplinar deve acontecer em 90
(noventa) dias, sob pena de constrangimento ilegal.
Existe, ainda, uma sanção acessória: a multa. É uma espécie de agravante, não existe sozinha,
apenas aplicada em conjunto com a censura ou a suspensão (na exclusão, não existe multa).
Para aplicação da exclusão, será necessária a manifestação de dois terços do Conselho Seccional
de forma favorável.
*Para todos verem: clique abaixo e ouça um podcast sobre o tema
Será instaurado de ofício ou mediante representação (essa não pode ser anônima). A atribuição
para conduzir o processo, na primeira instância, será do Tribunal de Ética e Disciplina, órgão subordinado
ao Conselho Seccional. Será garantido o sigilo do processo até a decisão final, proporcionando -se ao
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Súmula no 12/2022/OEP
O Órgão Especial do Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no
uso das suas atribuições conferidas no art. 86 do Regulamento Geral da Lei no 8.906/94, conside-
rando o julgamento do Recurso no 49.0000.2018.010646-4/OEP, decidiu, por unanimidade de votos,
em sessão ordinária realizada no dia 20 de setembro de 2022, editar a Súmula no 12/2022, com o
seguinte enunciado: “A AUSÊNCIA DO PARECER PRELIMINAR PREVISTO NO ART. 59, §7°, DO
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB, GERA NULIDADE RELATIVA, A SER RECONHECIDA
SE COMPROVADO O PREJUÍZO CAUSADO”.
Súmula no 13/2022/OEP
O Órgão Especial do Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no
uso das suas atribuições conferidas no art. 86 do Regulamento Geral da Lei no 8.906/94, conside-
rando o julgamento do Recurso no 49.0000.2016.006052-7/OEP, decidiu, por unanimidade de votos,
em sessão ordinária realizada no dia 20 de setembro de 2022, editar a Súmula no 13/2022, com o
seguinte enunciado: “Interrompem a prescrição as decisões do Conselho Federal da OAB que inad-
mitam recursos interpostos contra acórdão condenatório ou mantenham a sua inadmissibilidade por
ausência de violação à Lei no 8.906/94, ausência de contrariedade à decisão do Conselho Federal
ou de outro Conselho Seccional e, ainda, ausência de violação ao Regulamento Geral, ao Código
de Ética e Disciplina e aos Provimentos (art. 75, da Lei 8.906/94), por ostentarem caráter condena-
tório, nos termos do art. 43, § 2°, II, do Estatuto da Advocacia e da OAB.”.
18.1. Conceito
Impedimento é a proibição parcial (limitação) do exercício da advocacia e incompatibilidade é a
proibição total do exercício da advocacia.
A incompatibilidade pode ser definitiva (gerará o cancelamento da inscrição) ou poderá ser tem-
porária (circunstância que acarretará o licenciamento da inscrição). Já o impedimento não gera licencia-
mento ou cancelamento; o advogado impedido pode advogar, tem carteira da OAB (apenas exercerá a
advocacia com algumas limitações).
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seguintes atividades:
Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
A incompatibilidade não cessa quando o ocupante deixa de exercer o cargo que a gerou
temporariamente.
Estatuto da Advocacia e a OAB
Art. 28. (...)
§ 2o Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão
relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem
como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
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Atenção, cabeçones! Membro do Poder Legislativo que faz parte da mesa diretora exerce atividade
incompatível com a advocacia (não poder advogar). Então, e em resumo, quanto ao Poder Legislativo: a)
faz parte da mesa – incompatível; b) não faz parte da mesa – impedimento.
Vale recordar que o impedimento aparece na carteira da OAB.
Gerente de banco (público ou privado) não pode advogar; no entanto, o Gerente Jurídico de banco
pode, exclusivamente para o banco.
Por fim, destaca-se que existem alguns cargos públicos com poder de mando (p. ex.: Procurador-
Geral do Estados, Defensor Público Geral, Advogado Geral da União, entre outros) que são habilitados a
exercer a advocacia nos limites do seu cargo (não podem exercer em causa própria).
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade de dispositivos do Estatuto da
Advocacia que autorizavam policiais e militares na ativa a advogar em causa própria. A decisão unânime
foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7227.
Seguindo o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, foi julgado procedente o pedido formulado pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra os parágrafos 3º e 4º do artigo 28 do
Estatuto (Lei 8.906/1994). Os dispositivos, incluídos em 2022 pela Lei 14.365, permitiam a atuação
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"estritamente para fins de defesa e tutela de direitos pessoais", mediante inscrição especial na OAB.
Incompatibilidade e Impedimento
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