Paper 5 Fase Final
Paper 5 Fase Final
Paper 5 Fase Final
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Elaine Espindola¹
Tânia Mara da Rocha²
RESUMO
O objetivo desse estudo é refletir sobre a observação das vivências escolares, tendo a prática
pedagógica de atividades lúdicas na educação infantil como foco desta análise. A ludicidade, além
de necessária é de suma importância para o ensino e aprendizagem dos alunos e transcende o
simples brincar. O papel do professor é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de
forma crítica e reflexiva na sociedade, a metodologia lúdica proporciona essa mediação de forma
divertida e atrativa.
1. INTRODUÇÃO
demonstrar a importância do lúdico na educação infantil, bem como o preparo do professor para
mediar as brincadeiras e jogos? É necessário que a sociedade tenha essas informações para que a
ludicidade seja amplamente explorada não apenas na escola, mas como também em todos os
ambientes que frequenta, tendo sempre a intencionalidade na aprendizagem da criança.
A concepção de um jogo dentro desse contexto não pode ser visto como um ato de
nomear nem tampouco um ato solitário, ou seja, faz parte de um grupo social que é
capaz de compreender e se expressar da mesma forma, usando a língua como
instrumento de cultura da mesma sociedade aplicado ao real.
A brincadeira livre tem como premissa a imaginação e a fantasia, onde a criança fica livre
para brincar, imaginar, pensar e construir suas próprias regras dentro da brincadeira. De acordo com
Vygotsky (1989, p, 53):
A ação imaginária contribui para o desenvolvimento das regras de conduta social,
onde as crianças, através da imitação, representam papéis e valores necessários à
participação da mesma vida social que elas internalizam durante as brincadeiras em
que imitam comportamentos adultos.
De acordo com a teoria de Piaget (1971) uma das características da fase pré-operatório, que
abrange a idade de 2 a 7 anos, é o animismo, que é a capacidade que a criança tem de atribuir vida a
objetos inanimados, onde, com naturalidade, recriam a realidade da vida.
Brincando a criança reproduz situações do seu cotidiano, representando diferentes papéis,
facilitando a expressão de seus sentimentos e vontades, aprende a respeitar regras, desenvolve sua
motricidade, entende e supera suas limitações, adquire a habilidade de socializar, estimulando assim
seu desenvolvimento social, pessoal e cultural.
3
O professor tem como papel principal mediar o aluno a buscar sua identidade e atuar de
forma crítica e reflexiva perante os desafios da sociedade.
Na educação infantil, o professor precisa ver a ludicidade como uma possibilidade de prática
pedagógica carregada de intencionalidade que fortalece a prática e beneficia a aprendizagem da
criança. É necessária a consciência de que as brincadeiras não são apenas um recurso, elas
correspondem a um eixo estrutural da educação infantil, bem como um dos direitos de
aprendizagem e desenvolvimento descritos na Base Nacional Comum Curricular. Através da prática
lúdica, o professor pode conhecer as expressões da personalidade da criança, pois nestes momentos
de brincadeiras, o aluno se liberta e se identifica com ações e atividades propostas.
A formação pedagógica do docente não se restringe ao estudo limitado de alguns processos
práticos, é preciso conhecer diferentes metodologias, junto à formação acadêmica e sempre buscar
saber o que faz, por que faz e como faz. Para o professor que opta pela prática pedagógica lúdica
obtenha êxito com base na aprendizagem de seus alunos, o mesmo deve cercar-se de conhecimento
através de pesquisas, referências, trocas de experiência com outros docentes, em outras palavras,
obtendo a formação continuada. Bracht et al. (2002, p. 19) afirmam que “[...] a mudança de uma
prática pedagógica implica formação continuada, aquisição/desenvolvimento de sempre novos
saberes e competências [...]”.
Na metodologia lúdica, o professor necessita colocar a intenção do conteúdo de
aprendizagem e organizar, planejar, descobrir, pesquisar e coordenar a realização dessas atividades
em sala de aula de forma que atinja os objetivos necessários para aquela turma.
devem ser abolidas do planejamento escolar, pois uma das características mais latentes das crianças
na educação infantil é o egocentrismo, onde a criança acha que é o centro de tudo e não consegue,
devido a sua imaturidade, colocar-se no lugar do outro. De acordo com o Referencial Curricular
Nacional de Educação Infantil: “O docente deve conhecer a realidade de seus alunos, levando em
consideração a diversidade da turma e sua faixa etária, conhecendo os limites e medos das
crianças”.
O verdadeiro sentido da educação lúdica só estará garantido se o professor estiver preparado
para realizá-lo, se tiver conhecimento sobre os fundamentos da ludicidade e a vontade de estar em
contínuo aprendizado, pois trazer atividades que interessam aos alunos demanda pesquisa, estudo e
observação das crianças com as quais trabalha.
adulto é de fundamental importância para que a aprendizagem através de interações possa ocorrer
com a intencionalidade do desenvolvimento infantil:
Este documento serve de base de informações tanto para o professor quanto para a gestão
escolar, nele encontramos orientações dos conteúdos e objetivos de aprendizagem, possibilita ao
professor planejar as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula seguindo critérios para o
desenvolvimento infantil.
3 METODOLOGIA
Para que uma pesquisa seja confiável, é necessário buscar referências em artigos científicos,
livros publicados e documentos oficiais, disponibilizados pelo governo, no caso desta, o Ministério
da Educação e Cultura.
Através da pesquisa, o conhecimento é adquirido e poderá ser colocado em prática, em cada
área desejada. Na educação, seu uso é fundamental para que o ensino aprendizagem ocorra de
forma segura e abrangente, tomando os documentos oficiais como base, buscando novos autores e
perspectivas, fazendo da teoria uma possibilidade de prática.
O professor deve fazer uso de pesquisas bibliográficas de forma que possa se atualizar,
reconhecer atividades para a etapa da educação em que ele faz a mediação. A pesquisa faz parte da
formação continuada do professor, devendo ele recorrê-la sempre com a intencionalidade de
atualizar as atividades em sala de aula, tornando-as atrativas e divertidas para seus alunos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Desta forma, trabalhar o lúdico na educação infantil prepara a criança para o futuro, não só
escolar, como na sociedade, auxilia seu desenvolvimento completo, estimula sua imaginação,
criatividade e capacidade de resolver problemáticas de forma autônoma.
7
Para que o professor tenha sucesso no ensino aprendizagem com atividades lúdicas, é
necessário que haja intencionalidade por sua parte para que os objetivos relacionados aos conteúdos
sejam alcançados. A prática da ludicidade requer o professor como mediador, orientador e
observador nas brincadeiras e jogos. Segundo Schultz, Muller e Domingues (2006, p.5):
É preciso planejar, buscar brincadeiras e jogos atrativos à faixa etária que está na sala de
aula, para isso o professor necessita de formação continuada, atualizar-se sobre as culturas dos seus
alunos, inteirar-se sobre suas vontades e usar a criatividade. Conforme dito, Almeida (2009, p.37)
afirma que “uma aula com características lúdicas, não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz
ludicidade para a sala de aula é muito mais uma "atitude" lúdica do educador e dos educandos”.
O docente que trabalha com a ludicidade deve ter o pensamento de inovação contínua para
que sua aula seja atrativa, divertida e cumpra com os objetivos de aprendizagens propostos. Nessa
perspectiva, sua responsabilidade para com as atividades a serem trabalhadas é fundamental e
necessária, assim como planejamento, preparação, criatividade e pesquisas.
5. CONCLUSÃO
Esta pesquisa permitiu o aprofundamento no que diz respeito sobre a ludicidade através de
pesquisas bibliográficas de diversos autores, bem como nos documentos oficiais disponibilizados
pelo Ministério da Educação e Cultura.
O objetivo deste trabalho foi alcançado, pois permitiu que a importância da ludicidade na
educação infantil ficasse exposta como resposta, deixando claro que a brincadeira na infância
permite ao ser humano um desenvolvimento sadio de suas funções, preparando-o para viver em
sociedade desde criança. Assim como mostrou que a conduta do professor deve ser repleta de
intencionalidade, pesquisa, planejamento e aprendizado, onde o docente deve aplicar as atividades
lúdicas como um orientador, mediador e observador, podendo assim analisar seus alunos, suas
reações, realizações e desenvolvimento.
Por fim, ressalta-se que esta pesquisa serviu para preparar teoricamente uma futura
professora de educação infantil. Com ela ficou explícita a necessidade do brincar, dos jogos e de
fazer uma aula que agrade às crianças e cumpra com os objetivos de aprendizagem propostos.
Sugere-se para futuras pesquisas a avaliação da criança nas práticas lúdicas, como analisar suas
8
reações e atitudes, inclusive no cumprimento de regras nos jogos, bem como sua relação com os
colegas na hora da brincadeira.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter et al. A prática pedagógica em Educação Física: a mudança a partir da pesquisa-
ação. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 9-29, jan. 2002.
KISHIMOTO T. M. O jogo e educação infantil. São Paulo: 13ª Ed. – Saraiva, 1994.
9
SCHULTZ, Elis Simone. MULLER, Cristiane. DOMINGUES, Cilce Agne. A ludicidade e suas
contribuições na escola. Santa Maria: UFMS, 2006.
VELASCO, Calcida Gonsalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprit, 1996.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo, editora Martins Fontes,
1989.