Gestão Escolar
Gestão Escolar
Gestão Escolar
Gestão Escolar
Maria Cristina Munhoz Araújo
Gestão Escolar
2009
© 2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização
por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A69g
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-2180-2
O gestor escolar......................................................................... 31
Quem é o gestor escolar?........................................................................................................ 31
Qual o perfil desejado?............................................................................................................ 32
O líder: características, estratégias e práticas................................................................... 34
Do radicalismo do educador à realidade socioeconômica. Como adaptar?.......... 41
Gabarito......................................................................................113
Referências.................................................................................121
Anotações..................................................................................127
Apresentação
A primeira aula faz uma chamada para o tipo de escola que queremos em de-
corrência da sua gestão: educação para reproduzir e servir, ou para construir e par-
ticipar. E, evidente, cabe ressaltar que todo o conteúdo deste livro está centrado na
educação para construir e participar, é o seu princípio básico. A partir desse ponto
discorremos sobre a origem da Administração Escolar e suas implicações, os tipos
de escolas e modelos de gestão gerados, o técnico-científico e o sociocrítico, bem
como o destaque da especificidade da organização escolar e a significação e res-
significação da Gestão Escolar, conceituando, a seguir, a Gestão Democrática.
Maria Cristina
A Gestão da Educação
Origem e concepções
no seu desenvolvimento
Importa que nos debrucemos sobre a educação e sua gestão para conhecê-las como
elas são. Isso implica, em primeiro lugar, ultrapassar as aparências para encontrar
sua raiz, isto é, detectar ou desvelar as múltiplas determinações [...] que acabam por
determinar sua aparência, o jeito como as percebemos [...] somente o conhecimento da
gestão como de fato ela é [...] fundamenta decisões que podem alterá-la. (WITTMANN,
1993, p. 49-50)
Ainda que, neste estudo, o intuito maior seja despertar e trazer à tona
a necessária conscientização do permanente estudo e a decorrente refle-
xão para um melhor entendimento do que vem a ser a Gestão Educacio-
nal, não há como deixar de recomendar a busca da literatura específica
que traga no seu bojo a historicidade. Assim, pode-se compreender, pela
contextualização histórica, social, política e cultural, o percurso da Admi-
nistração Escolar Brasileira ao entendimento da atual conjuntura para, de
fato, poder intervir na realidade e proporcionar aos brasileiros e brasileiras
uma escola de qualidade, privilegiando valores, uma vida de significados
solidários, cooperativos e mais igualitários.
reproduzir e servir ou
construir e participar.
Gestão Escolar
[...]
12
A Gestão da Educação
[...]
gente que
pensa, sente
age,
sonha e,
mais importante, realiza.
Isso é vida. E por que essa incursão em algo tão significativo, mas puramente
abstrato, quando se adentra ao estudo da origem e desenvolvimento da Gestão
Escolar?
Gestão? Administração?
Reflita, hoje, sobre sua ação. A oportunidade é ímpar para proceder melho-
rias em sua gestão ou, por que não, transformá-la?
Apesar dos estudos, das pesquisas, das inovações em todas as áreas do co-
nhecimento humano, a educação e o seu “local próprio”, constituído pela socie-
dade (a escola), continua a funcionar nos moldes tradicionais, ou seja, de forma
racional e burocrática, sendo muito fácil a identificação dessa escola, pois a nós,
brasileiros, infelizmente ainda é a mais encontrada no nosso cenário educacio-
nal. Escola que prioriza a hierarquia e a autoridade, portanto, não considera a
participação. O planejamento, o controle e a avaliação são de inteira responsabi-
lidade do corpo diretivo da escola.
16
A Gestão da Educação
Parece difícil de explicar e de entender, mas vamos lá; talvez de forma menos
teórica.
É a Educação.
Marcos na significação e
ressignificação da Gestão Escolar
Da mesma forma, divergências na concepção de Administração Escolar são
também encontradas na discussão do tema Gestão da Educação. A exemplo da
transposição da Teoria Geral da Administração, colocam-se alguns autores da área
educacional enfaticamente que está a gestão empresarial a reproduzir a história
e conduzir a educação a título de Gestão Educacional. Outros autores superam
essa visão, buscando ressignificá-la, e há que se repensar também no respaldo
encontrado na legislação brasileira, na Constituição de 1988 e na LDB de 1996.
Capítulo III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção I
Da educação
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
19
Gestão Escolar
Art. 3.º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
[...]
VIII – gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
[...]
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A Gestão da Educação
Texto complementar
[...]
A participação do pedagogo, conforme a Resolução CNE/CP 1/2006 põe
em relevo, configura a formação do pedagogo como um gestor, superando,
assim, as compreensões restritas e unilaterais.
[...]
É a administração – a gestão – fazendo-se em ação na sala de aula, por
conter “em gérmen” o espírito e o conteúdo do Projeto Político Pedagógico
que expressa os compromissos e o norte da escola por meio da gestão do
21
Gestão Escolar
22
A Gestão da Educação
[...]
[...]
23
Gestão Escolar
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A Gestão da Educação
que consiste na identificação das situações nas quais se tem de decidir, dos
problemas que têm de ser resolvidos e no estudo das alternativas possíveis
para tomar a decisão. Quando essa consciência se dá no plano individual, a
passagem da decisão para a ação processa-se de forma autoritária, pois se
faz necessário fazer obedecer, tentar vencer, ambas atitudes degradantes. A
tomada de consciência da necessidade de decidir e o posterior processo de
decisão, quando feito no coletivo, propiciam a riqueza de ideias, o debate, o
confronto de argumentos diferentes que se constroem no próprio processo
coletivo de consciência do problema em questão.
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Gestão Escolar
[...]
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A Gestão da Educação
Dica de estudo
LARANJA, Mirza. Discutindo a gestão de ensino básico. In: COLOMBO, Sônia Simões
(Org.). Gestão Educacional: uma nova visão. Porto Alegre: Artmed, 2004.
A autora faz uma reflexão crítica e profunda sobre a gestão do ensino básico,
discutindo o caráter empresarial e a importância dos líderes, das equipes e dos
estudantes.
Atividades
1. Com base no texto estabeleça um paralelo entre gestão numa concepção
técnico-científica e a gestão numa concepção sociocrítica.
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Gestão Escolar
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A Gestão da Educação
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O gestor escolar
O líder: características,
estratégias e práticas
Quem trabalha na área educacional, e mesmo que esse não seja seu campo
de trabalho, diria, bastando apenas de certo conhecimento, ser capaz de fazer
a leitura da aldeia globalizada em que vivemos a fim de perceber a necessidade
de um novo tipo de líder para a escola que almejamos: a escola efetivamente
como locus do conhecimento para todos os participantes da comunidade es-
colar, assim concebemos a escola como espaço de aprendizagem, a escola que
aprende.
Peter Senge ressalta que essa mudança na escola deve ser iniciada por um novo
tipo de liderança, um novo líder educacional frente aos grandes desafios aos que
trabalham em uma escola na criação de uma estrutura que realmente aprenda e
que a transforme no que realmente deveria ser: uma comunidade de seres huma-
nos voltados para o mesmo objetivo, agindo de forma inteligente e eficaz.
34
O gestor escolar
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Gestão Escolar
Uma escola que aprende – deixando bem claro, todos aprendem, não a
mesma aprendizagem dos alunos (conteúdos), a do aprender a aprender – é uma
escola ou empresa que cria possibilidades, experimenta caminhos diferentes e
novos, inspira e transpira a ânsia pela descoberta, pelo novo, pelo fazer diferente,
sempre melhor. Cada pessoa ou profissional da comunidade escolar é estimula-
do a se desenvolver e desafiado a usar seu potencial para sempre fazer o melhor
de si. Senge sugere às escolas que querem aprender as suas cinco conhecidas
disciplinas:
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O gestor escolar
Tenho certeza de que, da mesma forma que ocorreu com você, ocorreu
comigo a relação com Paulo Freire.
A educação autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, me-
diatizados pelo mundo. Mundo que impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões
ou pontos de vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de esperanças ou
desesperanças que implicitam temas significativos, à base dos quais se constituirá o conteúdo
programático da educação. (FREIRE, 1987, p. 83–84)
37
Gestão Escolar
Bem, creio na expectativa de você que sempre se apresenta como nosso pri-
meiro desejo. Sim, e daí? O que é ser realmente um bom líder? Como proceder?
Existem diversas listas, algumas até chamadas de receitas para ser um bom
líder. Na verdade, não há como se apropriar de regras ou de receitas prontas para
se sobressair, obter sucesso como líder. Cada pessoa tem sua história própria,
sua personalidade, defeitos e virtudes e mais ainda a considerar a equipe com
que o líder trabalha, pois esta está diretamente ligada ao sucesso da liderança.
Não posso entender os homens e as mulheres, a não ser mais do que simplesmente vivendo,
histórica, cultural e socialmente existindo, como seres fazendo do seu caminho que, ao fazê-
lo, se expõem ou se entregam aos caminhos que estão fazendo e que assim os refaz também.
(FREIRE, 1998, p. 97)
Jack Welch, americano, dedicou 40 anos de sua vida à General Electric, dos
quais 20 como presidente. Lançou o livro Paixão por Vencer, no qual aponta os
caminhos para empresas e líderes que querem vencer e alcançar o sucesso. Re-
conhecidamente um bom líder, Welch desenvolveu suas estratégias e as repassa
como lições do gestor que soube trilhar o caminho certo.
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O gestor escolar
os líderes têm coragem para tomar decisões impopulares e agir com base
no instinto;
os líderes comemoram.
O líder para tal gestão deve ser capaz de ouvir e de se fazer ouvir, e não apenas
aceitar a opinião do outro, mas, sobretudo, de incentivá-lo a envolver-se no pro-
cesso, sendo participante dele. Não se resolve nada sozinho, mas se consideram
as decisões responsabilidade de todos, porque se acredita que os funcionários
podem dar o que têm, o que sabem e o que são.
Devemos ressaltar que, para uma boa gestão, não é suficiente a competência
administrativa, mas, também, competência técnica, liderança intelectual e co-
nhecimento humano. E a estes somam-se o dinamismo, a adaptação à realidade,
39
Gestão Escolar
Sabemos que toda e qualquer escola moderna deve ter uma missão bem de-
finida e é essa filosofia que garantirá a identidade própria à organização, uma
vez que, sem ela, instituir-se-ão as incoerências ou incompatibilidades de valo-
res com as pessoas envolvidas direta ou indiretamente.
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O gestor escolar
Do radicalismo do educador
à realidade socioeconômica. Como adaptar?
Ao estudar, deparei-me com um editorial de uma revista educacional da área
de gestão, que em seu final coloca o que aqui reproduzo.
Para ajudá-lo no lado negócio da educação. Controlar custos, aumentar faturamento, manter
a equipe didática motivada e entusiasmada é uma forma de melhorar a educação, o que deve
ser o objetivo final de toda missão de alguém que pensa em abrir uma escola. É sacerdócio.
Mas também não podemos esquecer de pagar as contas. (CLEBSCH, 2005, p. 2)
41
Gestão Escolar
Texto complementar
A liderança nível 5. Quem são os líderes excelentes?
Segundo Jim Collins (autor dos livros Feitas para Durar e Empresas Feitas
para Vencer) há nas empresas hoje três tipos de líderes: os maus, os bons e os
excelentes. Os maus obviamente não deveriam existir... pois, logo que iden-
tificados, deveriam ser retirados do cargo.
Os bons são os que fazem seu trabalho; não ajudam muito, mas também
não atrapalham. Seguem dia após dia fazendo não mais do que a obrigação.
42
O gestor escolar
Em seu último livro intitulado Empresas Feitas para Vencer, Jim Collins
classificou os líderes empresariais em 5 níveis:
O nível 5
Em seus estudos, o autor identificou dualidades entre os líderes classifica-
dos no nível 5: são modestos, mas determinados; humildes, mas corajosos.
Do outro lado, neste estudo feito por Collins, em mais de 3/4 das organi-
zações classificadas como “boas” foram encontrados líderes que torcem para
que seus sucessores não alcancem os mesmos resultados obtidos por eles.
43
Gestão Escolar
Ele tem toda a razão para ser orgulhoso, pois o sucesso que alcançou e
fez a Rubbermaid alcançar (a empresa teve 40 trimestres de crescimento
e ganhos sob a sua liderança) foi uma grande performance. Mas, e este é
ponto principal, ele não deixou para trás uma empresa que sabia sobreviver
sem ele.
Gault era um tremendo líder do nível 4, mas não é um líder nível 5 justa-
mente por não deixar sucessores tão (ou mais) competentes do que ele, que
fizessem com que a empresa continuasse a ter sucesso. Ela despencou após
sua saída.
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O gestor escolar
E você, em que nível da liderança está? Pense nisso. E se você ainda não
está no nível 5, mude suas ações, pois o seu trabalho não é somente geren-
ciar funcionários. Você é responsável pelo sucesso da sua organização e pela
sua excelência.
2. O que você prefere: fama, fortuna e/ou poder; ou construir, criar e con-
tribuir?
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Gestão Escolar
Quando as coisas dão certo, eles dão o mérito a suas equipes. Quando
dão errado, puxam a responsabilidade para si.
Dica de estudo
SENGE, Peter. Escolas que Aprendem. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Peter Senge e a sua equipe da Quinta Disciplina escreveram Escolas que Apren-
dem, a pedido de educadores. O livro concentra-se especificamente nas escolas
e na educação, para ajudar a recuperá-las. Um dos pontos fortes do livro é a
descrição de práticas que estão tendo sucesso em todo o mundo em escolas
que se reinventaram, usando princípios da aprendizagem organizacional. Com
contribuições de pesquisadores, como Howard Gardner e Jay Forrester, além de
gestores escolares bem-sucedidos, professores, administradores, pais e alunos,
o livro oferece uma riqueza de ferramentas práticas, experiências e orientações
que podem ser usadas para ajudar as escolas a aprender a aprender.
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O gestor escolar
Atividades
1. A partir do texto da aula, explique o seu entendimento sobre as duas dimen-
sões do perfil do gestor: a técnica e a política.
2. Eleja três características para ser um bom líder, argumentando uma a uma.
47
Pensar e construir uma escola
A escola como um todo, sua estrutura, seus meios, seus recursos, serão
todos definidos e organizados em função do Projeto Político Pedagógico.
Gestão Escolar
Paulo Freire
Assim...
50
Pensar e construir uma escola
Entretanto, sabemos que a escola não está para a sociedade unicamente com
vistas à socialização. Há que se observar o seu papel fundamental em se traba-
lhar com o conhecimento acumulado pela humanidade, visando à sua continui-
dade e principalmente aprimoramento, crescimento, ou seja, novas descobertas,
construção de novos conhecimentos, novamente ressaltando ao bem individual
e social, no sentido de hominização.
51
Gestão Escolar
Conhecer e buscar a
construção de uma nova escola
Inicialmente, convido você a fazer um passeio em diversas instituições de
ensino, naquelas em que estudamos, trabalhamos, nas que nossos filhos estu-
dam e em outras que conhecemos, e ainda naquelas pertencentes ao campo do
nosso imaginário, ou melhor, colocando em mente a escola dos nossos sonhos,
a idealizada, a da utopia. Entendida a utopia como algo ou lugar que não existe,
entretanto não quer dizer que não possa vir a existir.
Na medida em que não existe, mas que ao mesmo tempo se coloca como algo de valor,
algo desejável do ponto de vista da solução dos problemas da escola, a tarefa deve consistir,
inicialmente, em tomar consciência das condições concretas, ou das contradições concretas,
que apontam para a viabilidade de um projeto de democratização das relações no interior da
escola. (PARO, 1997, p. 9)
E por que não vamos nos mobilizar para sonhar, estudar, analisar, enfim, des-
vendar a realidade e buscar as condições necessárias e as possibilidades para a
viabilização e a realização do sonho? No entanto, nesse processo nos deparare-
mos com a linha do horizonte sempre em movimento, a cada conquista busca-
mos um novo desafio.
O desafio pode ser imenso, mas o sonho, o querer e o acreditar em uma edu-
cação diferenciada da que está posta, leva-nos à busca de uma administração
escolar voltada à transformação social.
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Gestão Escolar
54
Pensar e construir uma escola
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Gestão Escolar
Texto complementar
Paradigma contemporâneo da educação:
a construção do conhecimento
A análise do processo de transição de paradigmas na prática pedagógica
permite perceber que os mesmos foram sendo incorporados, não extintos
totalmente. Não significa romper com o “velho”, pois “[...] incorpora alguns
referenciais significativos do velho paradigma que ainda atende os anseios
históricos da época.” (BEHRENS, 2005, p. 26).
57
Gestão Escolar
Nessa tentativa, tomamos como referencial, para uma ação docente re-
flexiva, tendo como eixo central a produção do conhecimento, um entrela-
çamento entre as premissas de uma abordagem progressista na educação
(FREIRE, 1993) e os pressupostos do pensamento complexo (MORIN, 2000). Tal
entrelaçamento torna-se possível por suas características em relação ao que
se espera dos atores, da concepção, do contexto, da metodologia, enfim, do
cenário educacional, as quais procuramos sistematizar para fins didáticos, pois
como enfatiza Behrens (2005, p. 19), “[...] ensino precisa ser compatível com a
nova leitura de mundo advindo da visão sistêmica e complexa do universo”.
Dica de estudo
NOGUEIRA. Marco Aurélio. Administrar e Dirigir: algumas questões sobre a
escola, a educação e a cidadania. In: NAURA, Lourdes; FERREIRA, Machado (Org.).
Política e Gestão da Educação: dos olhares. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
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Pensar e construir uma escola
Atividades
1. Com base no texto, redija uma síntese, formulando um passo a passo para a
construção de um projeto para uma escola.
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Organizando e estruturando a escola
Podemos pensar cada exemplo citado de forma diversa, o que não o exime
de uma prática educativa, apenas o último deles:
a organização da escola pode propiciar um ambiente no qual seja estimu-
lada a competição, o isolamento e a falta de comunicação.
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Organizando e estruturando a escola
Fiz questão dessa colocação para mais uma vez chamar a sua atenção para a
vivência no dia a dia da escola, pois dela resultam as aprendizagens para todos
os que participam da organização escolar, assim como a organização também
aprende com os seus componentes.
Análise de paradigmas
Alerto você, gestor e empreendedor, para a necessidade de, em primeiro
lugar, fazer uma análise profunda dos paradigmas e eleger sob qual deles irá
pautar todo o trabalho da escola, pois será ele (o paradigma escolhido) que vai
fundamentar a construção de uma Proposta Educacional e em consequência o
desenvolvimento de uma nova forma de gestão.
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Gestão Escolar
A Gestão Democrática
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394/96, ao tratar da
Gestão da Educação, elege como um dos princípios a reger o ensino a Gestão
Democrática. Na realidade, convivemos ainda, uma década após a promulga-
ção da lei, com instituições de ensino administradas nos moldes de uma gestão
autocrática, tornando a organização educacional burocrática e tecnocrática,
poucas as que estão em processo de mudanças. A questão principal é que não
se trata apenas de mudanças nas estruturas organizacionais.
Os entraves para uma transição lenta, de uma gestão autocrática, para uma
Gestão Democrática são de fácil identificação:
país colonizado;
regime militar;
Estrutura organizacional
“O termo estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das fun-
ções que asseguram o funcionamento de um todo, no caso, a escola.” (LIBÂNEO,
2004, p. 127). A instituição escolar precisa de uma estrutura de organização in-
terna, definida no seu Regimento Escolar. Normalmente, essa estrutura é repre-
sentada graficamente num organograma, demonstrando as inter-relações entre
os diversos setores e as funções de uma organização. A leitura desse organogra-
ma, ou seja, da representação das funções e suas inter-relações, nos remete à
análise e constatação das diferentes estruturas organizacionais e de suas dinâ-
micas organizativas de escola para escola e, principalmente às concepções de
organização e de gestão.
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Gestão Escolar
Sob esse enfoque, Libâneo apresenta a estrutura básica das funções que ex-
pressam a organização do trabalho em uma escola, destacando, contudo, as di-
ferenças existentes entre as estruturas organizacionais das escolas em função da
legislação dos Estados e Municípios e ainda conforme as concepções de organi-
zação e gestão adotadas pelas escolas.
Conselho de
escola
Direção
– Assistente de direção ou
Setor técnico-administrativo Coordenador de turno
– Secretaria escolar Setor pedagógico
– Serviços de zeladoria, – Conselho de classe
limpeza, vigilância – Coordenação pedagógica
– Multimeios (biblioteca, – Orientação educacional
laboratórios, videoteca etc.)
Professores – Alunos
Pais e comunidade
– APM
Estrutura pedagógica
A estrutura pedagógica de uma organização escolar é determinada por sua
finalidade educacional, entendendo que a educação realiza sua finalidade nas
dimensões individual e social. Individual, pois a educação escolar realiza sua fi-
nalidade no espaço das consciências humanas e na social, pois vive e se concre-
tiza no espaço coletivo, na relação com o outro, em um tempo e espaço determi-
nados. A escola, portanto, tem sua finalidade definida na Filosofia da Educação,
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Organizando e estruturando a escola
uma vez que concebe o homem em suas dimensões individual e social, e ainda
na Sociologia, tendo em vista que esta situa a escola no tempo e espaço social.
(BORDIGNON; GRACINDO, 2000).
Estrutura física
A estrutura física das escolas brasileiras permite à sociedade uma leitura parcial
da realidade sobre as condições de cada instituição de ensino, no que concerne
ao próprio espaço físico, ao prédio escolar, às instalações e aos equipamentos.
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Gestão Escolar
A história
Por um determinado período, na TV, um programa elegia escolas que,
não sei por meio de que critérios, eram destacadas como escolas diferen-
ciadas pela qualidade de ensino que promoviam. Ao assistir a proposta de
um determinado município, interessei-me em conhecê-la, fiz contato com a
Secretaria Municipal de Educação e fui até lá.
68
Organizando e estruturando a escola
Ideal seria conciliar os dois. O pedagógico podendo contar com uma estru-
tura física coerente e esta a serviço do pedagógico. A questão principal está na
visão das pessoas.
Tenho ainda uma outra história contada pela professora Maria Cândida
Moraes, autora do livro O Paradigma Emergente. Ela foi convidada para conhecer
uma superescola, com equipamentos jamais vistos, um computador por aluno
e mais e mais... Ao ser perguntada sobre sua impressão, respondeu que para
ela não serviria, pois escola é um espaço de interações, especialmente entre
homens e não entre homem e máquina. Lembrou-se também das carteiras fixas,
que impossibilitariam os trabalhos coletivos.
69
Gestão Escolar
Financeiro
A instituição deve contar com um programa financeiro específico, contendo
planilhas de previsões e de realizações financeiras, para receitas e despesas, por
período diário, mensal e anual.
71
Gestão Escolar
Planilhas financeiras
PLAFON – novembro
(escola X dados fictícios)
Valor Valor
Descrição % % Diferença
previsto realizado
Receita 130.000,00 123.534,36 –6.465,64
72
Organizando e estruturando a escola
Valor Valor
Descrição % % Diferença
previsto realizado
FGTS 3.384,80 2,60% 3.384,80 2,74% 0,00
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Gestão Escolar
Valor Valor
Descrição % % Diferença
previsto realizado
Subtotal 98.972,00 76,13% 99.400,51 80,46% 428,51
Saldo 24.443,85
74
Organizando e estruturando a escola
Texto complementar
A organização escolar: o processo de gestão
A organização de uma escola é muito complexa: estruturas e intervenien-
tes como os gestores (administrativos e técnicos), o corpo docente, os fun-
cionários, o corpo discente, a comunidade, a gestão educacional dos órgãos
superiores, a legislação etc. Tudo isso acarreta uma série de problemas,
alguns já clássicos, como a deficiência de recursos humanos, materiais e finan-
ceiros. Para efeito de comparações, citaremos um autor português, Brito (1994,
p. 12), que aponta os principais problemas com que as escolas de Portugal
se defrontam. Incrível, mas, “lá como cá”, as coisas se assemelham em muitos
aspectos. Herança maldita?
75
Gestão Escolar
Para o mesmo autor (1994, p. 12), a “organização da escola” tem trés áreas
fundamentais de gestão: a) a pedagógico-didática; b) a funcional e dos espa-
ços; e c) a administrativo-financeira. Em Portugal ocorre a supervalorização da
área administrativo-burocrático-financeira em detrimento da pedagógico-di-
dática (qualquer semelhança...). A supervalorização de uma área pode degra-
dar os serviços das outras, com prejuízo para o trabalho educativo integral.
[...]
[...]
A escola que todos desejamos não deve ser uma utopia, mas uma reali-
dade democrática e de qualidade, devidamente organizada para atender às
características diferenciadas de crianças, jovens e adultos, com materiais e
equipamentos suficientes. A proposta pedagógica deve valorizar a cultura
do sucesso no ensino–aprendizagem e na vida profissional, social e familiar
de todos. Para implantar essa escola de sucesso, é necessária uma gestão
mais eficiente e moderna, e que novos papéis sejam atribuídos aos gesto-
res para que o Estado possa cumprir o preceito constitucional de garantir a
todos educação com qualidade e equidade.
[...]
[...]
76
Organizando e estruturando a escola
toda mudança é um grande desafio que deve ser enfrentado por pes-
soas diferentes, em diferentes posições, que lideram de maneiras dife-
rentes, mas nunca como heróis.
77
Gestão Escolar
Ferreira et al. (1997, p. 239-240) apontam dois elementos que devem estar
presentes em qualquer modelo de gestão.
78
Organizando e estruturando a escola
[...]
[...]
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Gestão Escolar
Dica de estudo
Recomendamos a leitura do livro Organização e Gestão da Escola: teoria e prá-
tica, de autoria de José Carlos Libâneo.
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Organizando e estruturando a escola
Atividades
1. Relacione três ou mais formas de organização da escola, entendendo-as
como prática educativa, elegendo para elas uma perspectiva de uma educa-
ção progressista.
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Gestão Escolar
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Organizando e estruturando a escola
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Planejamento e avaliação institucionais
Vamos, agora, a um breve relato desses três princípios, uma vez que
nos permitirá um melhor embasamento para o estudo mais detalhado do
planejamento e da avaliação.
Gestão Escolar
Princípios teóricos
Dialogicidade
Este princípio está ligado à teoria da argumentação. A dialogicidade
[...] designa várias formas de raciocínio que não se deixam enquadrar nas regras da lógica
convencional e que implicam um relacionamento entre pelo menos dois interlocutores, um
deles procurando convencer o outro ou refutar seus argumentos. (THIOLLENT, 1986)
Participação
Este princípio constitui um dos mais importantes pontos da fundamentação
teórica do planejamento e avaliação. Numa perspectiva dialógica e construtivis-
ta do conhecimento, o planejamento e a avaliação constituem-se em instrumen-
tos metodológicos, uma vez que levam ao envolvimento consciente e crítico de
todos os participantes, ou seja, de todos os que planejam e avaliam. Segundo
Ludke e André (1986), a participação representa
[...] uma ocasião privilegiada, reunindo o pensamento e a ação de uma pessoa, ou de um
grupo, no esforço de elaborar o conhecimento de aspectos da realidade que deverão servir
para a composição de soluções propostas aos seus problemas.
Diretividade
Ao que chamo de intencionalidade, como princípio de fundamento, do pla-
nejamento e da avaliação, leva para a especificidade do objeto pesquisado, com
o objetivo de conhecê-lo e transformá-lo. É a condução dos processos de plane-
jar e avaliar para a consecução dos objetivos previamente estabelecidos. Retra-
ta a função operacional do planejamento e da avaliação da educação, pois são
parte de planos e ações direcionadas ao estudo e transformação da realidade
social, na busca de sua formação democrática e cidadã.
86
Planejamento e avaliação institucionais
Planejamento educacional
Concepção e organização
Historiando, brevemente, a exemplo da Administração Escolar, também o
planejamento educacional enveredou no respaldo teórico da administração e
planejamento empresarial, objetivando organização racional e racionalidade fi-
nanceira com desempenho. Surgiram os técnicos de planejamento, importando,
copiando e sofisticando os modelos das empresas privadas, altamente capitalis-
tas. Dessa forma, os atores do processo tornaram-se meramente executores, dis-
tanciados, portanto, da elaboração e avaliação, pois o planejamento não é visto
como processo, a avaliação ocorre no final e é de interesse da administração.
Agrava-se o quadro ao detectar a não discussão do significado social e político
da ação, objeto do planejamento.
87
Gestão Escolar
O planejamento participativo
[...] constitui um processo político, um contínuo propósito coletivo, na deliberada e amplamente
discutida construção do futuro da comunidade, na qual participa o maior número possível de
membros de todas as categorias que a constituem. Significa, portanto, mais do que na atividade
técnica, um processo político à decisão da maioria, tomada pela maioria, em benefício da
maioria. (CORNELY apud ZAINKO, 1998, p. 89)
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Planejamento e avaliação institucionais
Ao tratar da participação temos que ter certeza do que se entende por parti-
cipar, pois há os que pensam que as pessoas devem participar para estarem bem
integradas, harmonicamente, sem conflitos. Isso significa apenas apoiar, traba-
lhar, colaborar, fazer o que está previsto que se faça. Também é permitido dar
sugestões, não reclamar, estar presente às programações da direção, ou seja, o
velho termo “vestir a camisa”, de acordo com Gandin e Gandin (1999, p. 56).
com uma caminhada. Dessa forma, tanto o dirigente pode cobrar coerência do
dirigente como dos companheiros entre si. Havendo um projeto, há uma maior
facilidade em não se tomar as críticas como pessoais; as críticas devem fazer
parte do cotidiano, se queremos superar as contradições.
gestão democrática;
No entanto, o projeto não pode ser idealizado como “panaceia”, como solução
para todos os problemas. Antes de qualquer coisa, precisamos de uma matéria-
-prima fundamental: as pessoas que buscam, sonham, pensam, interrogam, de-
sejam. Sujeitos, projeto e organização devem se articular a partir do fundamen-
tal que são as pessoas, construtoras e destinatárias da transformação social.
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Planejamento e avaliação institucionais
Não podemos ter essa ilusão. O que dá vida à escola são as pessoas, os sujeitos
que historicamente assumem a construção de uma prática transformadora.
“[...] discussões com a equipe de trabalho para uma maior participação dos
alunos e professores”.
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“democrático”.
“maior interdisciplinaridade”.
“participativo”.
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A disciplina e a relação
professor/aluno/coordenador/diretor
“[...] o diálogo como principal ferramenta para que as dificuldades sejam re-
solvidas”.
A disciplina e a relação entre todos deve ocorrer pelo diálogo, franco e aberto,
numa relação de respeito mútuo, no qual haja cumplicidade e trocas, com afeti-
vidade e limites.
“De forma a combater os elementos que excluam uns aos outros, interferindo
de forma consciente, buscando harmonia entre eles.”
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As atividades culturais
“Significativas para os alunos e contando com a participação e presença dos
pais e, quando possível, da comunidade.”
“Com democracia”.
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“Cooperativos”.
“[...] competência”.
Que professor?
“Professores atualizados, humanos, preocupados com as características indi-
viduais de cada aluno, aptos a mudanças, criativos, amigos e conscientes do
seu papel na formação dos alunos.”
“Professores amorosos, que valorizem cada aluno como eles são. Professores
mais amigos do que julgadores e juízes injustos. Professores firmes que não
deixam os alunos mandarem, mas que buscam um relacionamento de res-
peito mútuo [...]”
Avaliação institucional:
ferramenta para a tomada de decisão
O dia a dia da humanidade, desde os tempos remotos, está permeado de
ações que levam os indivíduos a medir, comparar, analisar e valorar emitindo
um juízo de valor.
Usamos Bertold Brecht, para, com seu pensamento, percebermos que a ava-
liação poderá ser utilizada tanto numa perspectiva diagnóstica e orientadora do
trabalho pedagógico, quanto concebida como processo e instrumento de des-
velamento da realidade, ou de maneira mais enfática, da vida.
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Nesse contexto, a avaliação institucional deve ser concebida como um processo sistemático de
análise, informação, acompanhamento e orientação das atividades desenvolvidas, cujo objeto
é a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e de sua gestão. (FREITAS; SILVEIRA, 1997)
Dissemos que avaliar é um ato que exercemos no nosso dia a dia, pois sempre
que precisamos tomar uma decisão fazemos avaliação dos aspectos positivos e
negativos e nesse processo estamos ao mesmo tempo atribuindo valores.
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Texto complementar
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cidas pela lei, com seu projeto, o caminho escolhido tem a sua marca, tem
feição própria, tem personalidade.
Nele não cabem adereços; deve ser um documento substantivo que de-
lineie os caminhos da instituição educacional; ter caráter permanente, du-
radouro. Deve ser, assim, o eixo norteador da instituição educacional. Não
pode e não deve ser substituído a cada momento, conforme Franco (2004),
“na busca da identidade do ensino superior”. Deve estabelecer a missão, a
vocação, os objetivos, os princípios e as diretrizes de uma instituição educa-
cional de ensino; revelar as características da instituição, de tal maneira que
se torne um instrumento permanente de pesquisa.
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[..] O planejamento que envolve as pessoas como sujeitos a partir de sua elaboração,
e com presença constante na execução e avaliação, não apenas como indivíduos, mas
sujeitos de um processo que envolve como grupo, visando ao desenvolvimento individual
e comunitário.
É preciso juntar objetividade e sonho para poder ver o trabalho como ele
é hoje, mas que pertence ao futuro. “Se não posso, de um lado, estimular os
sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a quem sonha o direito de
sonhar” (FREIRE, 1996, p. 144). Sonhar, aqui, se destaca no planejamento par-
ticipativo como a utopia do que se quer alcançar, bem como no diagnóstico,
quando se analisa a distância para alcançar esse objetivo, ou seja, prepara-
ção, avaliação e efetivação.
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Dica de estudo
GADOTTI, Moacir. Avaliação Institucional: necessidade e condições para a sua
realização. In: Perspectivas Atuais da Educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Esse texto, escrito por Moacir Gadotti, serviu de texto-roteiro para uma tele-
conferência organizada pela Assessoria de Avaliação Institucional da Secretaria
de Estado da Educação do Estado do Rio de Janeiro, no dia 6 de abril de 1999.
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Atividades
1. Registre o seu entendimento de Planejamento Participativo.
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Gabarito
A Gestão da Educação
1. Concepção técnico-científica:
O gestor escolar
1. O gestor escolar, em seu perfil, deve conciliar duas dimensões: a técnica e a
política.
2. A primeira característica a ser eleita a um bom líder é a de que ele deve atuar
como o principal agente de transformação, pois a gestão educacional só tem
razão de ser se promover transformações na realidade que sejam condizentes
ao ser feliz do homem, individual e coletivo. Assim, o gestor deve, na sua lide-
rança, ser proativo, envolvente, respeitado pela sua comunidade escolar, deve
ser capaz de abraçar a mudança e utilizá-la de forma socialmente benéfica.
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Gabarito
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2.
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Gabarito
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Gestão Escolar
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Referências
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ção? In: DAVIS, Cláudia et al. Gestão da Escola: desafios a enfrentar. Rio de Janei-
ro: DP&A, 2002.
_____. Professora Sim, Tia Não. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
GANDIN, Danilo; GANDIN, Luís Armando. Temas para um Projeto Político Pe-
dagógico. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
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Referências
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Editor Produtor Editor, 2003.
HORA, Dinair Leal. Gestão Democrática na Escola. 7. ed. São Paulo: Papirus,
2000.
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Gestão Escolar
MELLO, Thiago de. Faz Escuro, Mas Eu Canto: porque a manhã vai chegar. Civi-
lização Brasileira, Rio, 1965.
_____. Administração Escolar: introdução crítica. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
SNYDERS, Georges. Escola, Classe e Luta de Classes. 2. ed. São Paulo, Centauro,
1976.
VIEIRA, Sofia Lerche. Escola: função social, gestão e política educacional. In: FER-
REIRA, Naura S. Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs.). Gestão da educa-
ção: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000.
ZOHAR, Danah. O ser quântico. Exame, Rio de Janeiro, p. 106-112. 4 nov. 1998.
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Anotações
Gestão Escolar
Maria Cristina Munhoz Araújo
Gestão Escolar
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