Taxonomia de Brom

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

TAXONOMIA DE BLOOM, O QUE É E COMO APLICÁ-LA EM SUA ESCOLA.

Faz parte da rotina dos professores definir os objetivos de aprendizagem em seu plano
de aula, a fim de garantir que sejam compreendidos pelos alunos. Entretanto, para
conseguir isso é preciso, primeiro, que as ferramentas de avaliação dos alunos sejam
compatíveis com as metas. Nesse sentido, muitos educadores utilizam a taxonomia de
Bloom.
Conhecida, também, como a taxonomia dos objetivos educacionais, a taxonomia de
Bloom é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais, que
auxilia educadores e gestores na avaliação do aprendizado dos alunos.
Para potencializar o processo de ensino e aprendizagem na sua escola e entender
melhor o conceito da taxonomia de Bloom, continue a leitura!👇
O que é a taxonomia de Bloom?
A taxonomia de Bloom é compreendida como um sistema capaz de fazer um
ordenamento e classificação do aprendizado dos alunos. Esse instrumento é resultado
do trabalho de uma equipe multidisciplinar, liderada pelo psicólogo e pedagogo
Benjamin S. Bloom, na década de 1950.
Os estudos realizados pela equipe de Bloom chegaram à conclusão de que as
operações mentais podem ser classificadas em níveis de dificuldade crescente, da mais
simples à mais complexa.
Dessa forma, a taxonomia de Bloom se baseia na ideia de que, para um aluno adquirir
uma nova habilidade do próximo nível, é preciso que ele tenha dominado o
conhecimento do nível anterior.
Para hierarquizar esses níveis, a taxonomia de Bloom definiu três domínios necessários
para que a apropriação do conhecimento aconteça: Cognitivo; Afetivo e Psicomotor.
Cada domínio tem suas especificidades e aprofundamentos, chamados níveis, que são
orientados por objetivos e verbos de ação, conforme veremos mais adiante. É válido
enfatizar que o domínio cognitivo é o mais conhecido e utilizado nas escolas.
Por causa dessa estrutura, a taxonomia de Bloom é considerada mais que um modelo
de classificação, mas um instrumento que organiza, de forma hierárquica, os processos
cognitivos, de acordo com níveis de complexidade e objetivos de aprendizado.
Quais os objetivos da taxonomia de Bloom?
No dia a dia, nem sempre é uma tarefa fácil analisar quais competências e habilidades
o aluno, de fato, conseguiu desenvolver. Porém, com a taxonomia de Bloom, os
educadores conseguem ter mais controle dos objetivos educacionais e das estratégias
pedagógicas necessárias, até mesmo, para mudar pontos específicos no plano de aula,
quando necessário.
A taxonomia de Bloom também tem como objetivo auxiliar os alunos a criar um
pensamento crítico e aprofundado na resolução dos problemas, incentivando sua
autonomia.
Por exemplo: o aluno entender um fato da disciplina de matemática de maneira
simples, até conseguir fazer abstrações mais complexas, passando a dominar um
conceito e ser capaz de aplicá-lo sozinho.
Tabela de Bloom
A tabela de taxonomia de Bloom é um esquema que organiza a relação das dimensões
do processo cognitivo e seus níveis, com as habilidades e competências almejadas,
assim como 5 verbos de ação.
Acompanhe, a seguir, todos os níveis da taxonomia de Bloom, de acordo com o
domínio correspondente:

✍️Domínio cognitivo🧠
De acordo com a taxonomia de Bloom, o domínio cognitivo está relacionado com a
capacidade intelectual do aluno de adquirir um novo conhecimento e dar sentido às
informações que recebem. Os objetivos desse domínio foram agrupados em seis
níveis:
🧠Lembrar: envolve a capacidade de reconhecer, memorizar e lembrar de fatos, ideias,
termos e conceitos;

👌Entender: com os conhecimentos adquiridos na etapa anterior, o aluno consegue


interpretar o conteúdo e associá-lo a outros contextos;
🧐Aplicar: refere-se à habilidade de aplicar as informações recebidas para a resolução
de um problema;
🤔Analisar: aqui, o estudante é capaz de analisar e comparar partes do conteúdo,
levantar hipóteses para a solução, observando todas as variáveis, para entender a
estrutura do problema;

👥Sintetizar: envolve a percepção de todos os fatores que compõe um problema e a


capacidade de combinar informações para resolvê-lo;

💡Criar: nesse nível, o estudante consegue avaliar, de forma crítica, toda a estrutura do
problema;

✍️Domínio Afetivo🤗
O domínio afetivo diz respeito à maneira como o aluno lida com sentimentos e
emoções. Na taxonomia de Bloom, esse domínio tem o papel de estimular o estudante
a se envolver emocionalmente com o conteúdo. Esse domínio possui cinco níveis:
🤲Recepção: tomada de consciência das emoções e atitudes, tanto próprias, quanto de
outras pessoas;
Resposta: os alunos reagem aos estímulos recebidos na etapa anterior e participam
ativamente do seu processo de aprendizagem;

📋Avaliação: o aluno atribui valor às informações e fenômenos, a partir de


conhecimentos internalizados e que já fazem parte do seu repertório intelectual;

📊Organização: capacidade de administrar e priorizar suas ações com uma


compreensão maior;

📑Caracterização: Após a apreensão de todas as etapas anteriores, o aluno consegue se


apropriar dos conhecimentos, tornado-os valores e crenças.

✍️Domínio Psicomotor🧠⚙️
Os objetivos de aprendizado do domínio psicomotor estão relacionados às habilidades
físicas que ajudam o aluno a adquirir novos conhecimentos, como a manipulação de
objetos com as mãos. Esse domínio também possui cinco níveis:

👌Percepção: é a tomada de consciência do mundo externo, a partir dos cinco sentidos


do corpo;

🙋Predisposição: é a demonstração de que os alunos estão preparados nos âmbitos


mental, físico e emocional, para realizar as atividades propostas;

📈Resposta guiada: é quando o aluno consegue tomar atitudes orientadas pelo


professor, em um primeiro momento, para, depois, seguir com autonomia;
Resposta mecânica: os alunos passam a tomar atitudes automáticas depois de se
habituarem às ações guiadas;
Resposta completa e clara: nesse nível, os alunos são capazes de realizar as ações sem
precisar de ajuda.
Última versão da taxonomia de Bloom
Desde a primeira divulgação da taxonomia de Bloom, em 1956, algumas adaptações
foram feitas, com o intuito de aprimorá-la. A última revisão foi feita em 2001 por um
grupo de especialistas da área de educação e da psicologia cognitiva.
A taxonomia de Bloom revisada modificou os nomes das categorias do domínio
cognitivo que estavam em forma substantivos (Conhecimento, Compreensão,
Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação) para verbos de ação (Conhecer, Entender,
Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar), explicados anteriormente.
Também houve mudança na estrutura dela. Antes construída, apenas, sob uma
dimensão (no tipo de conhecimento), a estrutura da taxonomia de Bloom passou a ser
bidimensional, com foco também no processo cognitivo. Cada dimensão foi
subdividida em categorias: factual, conceitual, procedimental e metacognitiva.
Modelo de aplicação da taxonomia de Bloom
É possível aplicar a taxonomia de Bloom na construção de aulas, nas avaliações e
exercícios desenvolvidos em sala de aula. O educador também pode utilizar os três
domínios ou, apenas, o mais utilizado, que é o cognitivo.
NOTA: Dominando a Taxonomia de Bloom, o professor entenderá que, os objetivos
traçados no plano de aula, não são dele nem para ele, são para o aluno. É o aluno que
deve exercitar qualquer habilidades para alcançar o objetivo traçado pelo professor.
O objetivo que o professor alcança não é o objetivo traçado na aula, mas sim a
satisfação de dever cumprido como orientador nesse processo.
Fonte: DIÁRIO DE UM PROFESSOR, Pág. do Facebook.

Você também pode gostar