1 Entregue Ao Mafioso (Herdeiros Da Mafia) - Ana V
1 Entregue Ao Mafioso (Herdeiros Da Mafia) - Ana V
1 Entregue Ao Mafioso (Herdeiros Da Mafia) - Ana V
Dário Ruggiero
A máfia é minha vida, mas ela era minha obsessão. Mia Salvatore,
filha do capo da Outfit, ela está tentando escapar do nosso casamento há
algum tempo, tornando nosso jogo o mais agradável possível. Sua punição
será minha recompensa... Mas quando suas íris azuis colidem com as
minhas, algo acontece, eu vejo sua alma e toda a escuridão que a cerca. E
eu a quero para mim, não apenas por uma noite, mas por toda a vida.
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Epílogo
Prólogo
Milena funga e anda até mim com a corda que ela roubou do galpão
do papai. Ele jamais suspeitaria dela. A doce e obediente, diferente de mim,
a gêmea malvada. Seus olhos azuis brilham com lágrimas enquanto um
suspiro trêmulo escapa de seus lábios.
— Você não precisa ir, Mia. Daremos um jeito. Papai não pode
obrigá-la a casar com o Ruggiero.
Milena é tão inocente que às vezes sua inocência me irrita. Ela sabe
que papai já tomou a sua decisão, ele e Enrico decidiram o meu destino sem
ao menos me consultar.
Faço uma pausa e acaricio sua bochecha, seu olhar doce é como um
bálsamo para a minha alma atormentada. Milena lembra muito a nossa mãe.
Doce, gentil e acolhedora. Engulo um nó na garganta, sentindo o peito doer.
Se mamãe fosse viva, jamais deixaria isso acontecer. Ela sonhava em ver
suas filhas na faculdade, formadas, longe desse mundo fodido. Papai
prometeu isso a ela, no entanto, quebrou a sua promessa.
Os rumores são que a Outfit está em guerra com algumas
organizações e tem perdido muito com isso, além dos soldados abatidos em
confronto, dinheiro, fama e poder. Um capo não pode ser visto como fraco.
E isso, definitivamente, seria o fim do mundo para o meu pai.
Mas não posso deixá-lo decidir a minha vida, isso acaba agora.
— Agora vá, Mia. Antônio não vai demorar para voltar ao seu
posto e sabe como o idiota do nosso irmão adora checá-los todas as noites.
— Não procure o Jason. Se papai souber que não é mais virgem, irá
matá-lo. E isso seria um escândalo e traria visibilidade para os negócios
dele. — Claro, quando ela diz negócio, se refere à grande sujeira debaixo
do tapete. Drogas, jogos de azar e suspeito que até prostituição.
Mas não há nada que ele possa fazer, Jason e eu nos amamos e, de
jeito nenhum, me casarei com um homem de má reputação que se tornou o
capo da Cosa Nostra e se satisfaz espalhando um rastro de sangue por onde
passa.
Olho para baixo assim que as pontas dos meus pés tocam o chão.
Solto a corda que é imediatamente puxada para cima e corro em direção ao
muro de pedras da mansão. Não há câmeras aqui, e graças a Deus conheço
cada centímetro que possuem pontos cegos. Obrigada, Enrico. Sua
irrevogável vontade de agradar o nosso pai será a sua ruína. Ele é péssimo
em coordenar a segurança, assim como os seus homens.
Aperto a alça da minha mochila com força, a tensão cada vez mais
forte, dominando cada fibra do meu corpo. Certamente tenho um desejo de
morte, prometi para a Milena que não o procuraria, mas eu não posso me
ajudar. Estou uma bagunça. E só Jason pode me tirar da minha miséria.
Jason se afasta, seu rosto está pensativo enquanto anda até a sala.
Eu o sigo em silêncio, estudando a sua reação repentina. Ele estala a língua
e se vira para mim.
— Por favor, não diga que está grávida, está? — Com uma careta,
eu recuo.
— Mas eu…
Filho da puta! Ele me fez pensar que eu era especial. Quatro meses
de pura mentira, apenas para entrar na minha calcinha. Dou as costas para
ele, exausta. Nada que ele fale ou faça fará eu me sentir melhor. Ele tinha
me arruinado e não sente remorso por isso.
Arg!! Não faça isso, Mia. Jason é um idiota e não vale uma lágrima
derramada sequer.
Reviro os olhos.
Ele costumava falar que sempre adorou ver suas camisas em meu
corpo. Idiota!
Com um terno preto bem alinhado ao seu corpo, ele se afasta da sua
vítima, fechando o punho, avaliando o líquido carmesim em sua pele.
Jason mal se debate, sua face está injetada, perdendo a cor natural.
Ofego, gritando para Dário parar, mas ele parece estar em uma espécie de
transe, determinado a expurgar a vida do homem que ele considera seu
rival.
Meu pai rosna, suas mãos tremendo sem parar. Ele me solta,
jogando-me contra o sofá.
— Não!
— Deveria ter sido Milena desde o início. Dessa vez, fará um ótimo
casamento, Ruggiero.
— Ela não é mais pura. Tem certeza que a quer depois de tudo?
Minha visão borra por conta das lágrimas e a sala começa a girar.
Um soluço estrangulado escapa dos meus lábios, e eu mal consigo me
controlar. Uma mão agarra o meu braço e sou erguida do sofá sem nenhuma
gentileza.
Eu poderia ter aceitado desposar sua irmã, garanto que ela seria a
decisão mais acertada, ou simplesmente deixaria que seu pai a enviasse para
longe, mas algo me impediu. Como naquela noite que a vi pela primeira vez
na minha boate, com suas curvas perigosas e um olhar hipnótico capaz de
colocar qualquer rei em seus joelhos. Desde então, essa mulher tem estado
sob minha pele como uma doença incurável, se transformando em uma
violenta obsessão. Como consequência, um desejo voraz tomou conta de
mim, a fúria nublou os meus sentidos e quero fazê-la pagar por essa afronta.
Ninguém rejeita um Ruggiero e saí impune.
Meu olho direito se contrai ao notar seu corpo ainda coberto pela
camisa daquele garoto.
Estúpido!
O conheço bem o suficiente para saber que ele a deixou usando isso
de propósito.
Os cantos dos meus lábios se enrolam, mas nem seu queixo erguido
e sua voz implacável são capazes de apagar a sua imagem vestida com a
camisa dele.
Não ajuda que essa mulher esteja nua e à minha mercê, mas não
posso sucumbir aos meus desejos, por mais que eles estejam em um vórtice
violento, prestes a explodir dentro de mim.
Santo inferno!
Cazzo! Mas como me concentrar, sabendo que ela está nua, diante
dos meus olhos? Aperto maxilar ao mesmo tempo em que o agarre no cabo
da faca intensifica.
Em uma batida, seus olhos azuis como o mar do caribe estão nos
meus.
— O que acontecerá comigo, agora?
— Você é minha, Mia. E não há nada que possa fazer para mudar
isso. — rosno, me afastando para longe, antes que eu perca a cabeça e faça
algo que me arrependeria amargamente.
Ela é uma puttana traidora e será castigada por sua afronta, ou não
me chamo Dário Ruggiero. Capo da Cosa Nostra.
Capítulo 4
— Você é minha, Mia. E não há nada que possa fazer para mudar
isso. — Suas palavras carregadas de possessividade e fome ecoam como
uma maldição na minha mente.
O idiota deve ter deixado depois que voltei a dormir, o fato que ele
tem acesso livre ao quarto e me observa só aumenta a minha raiva.
Ele sai porta afora e minha mente alerta que esse pode ser o
momento perfeito para a minha fuga. Devagar, cruzo a mesma porta que ele
e sigo por um breve corredor, encontrando a sala principal, onde alguns
homens já estão reunidos. Eles parecem distraídos, conversando entre si,
que não é difícil passar para o outro lado sem ser vista.
Vejo uma viatura parada a poucos metros no meio fio e ando até
ela. Havia dois policiais conversando do lado de fora e, quando percebem a
minha presença, eles se empertigam.
— Amore, mio.
— Não posso acreditar que fui tão ingênua de pensar que você me
deixaria ir facilmente — balbucio, sentindo a tensão irradiar por todo o meu
corpo.
Pelo visto, Dario não tem só uma forte influência com os policiais
lá fora, mas, sim, com metade de Chicago.
Respira, Mia!
Ah, Mia…
— Resista o quanto quiser, mas você ainda vai implorar pelo meu
toque.
— Se você diz…
— Beber!
As portas do elevador se abrem, e ele acena com desgosto.
A sala está tomada por nossos homens, aceno para que saiam e
fiquem em pontos estratégicos. Em algumas horas, Mia será oficialmente a
minha esposa e não quero que nada dê errado.
— Tem certeza que quer fazer isso? Ela não é a melhor decisão.
Pode desfazer o acordo ou mandá-la para longe. — Envio-o um olhar de
alerta. — Ela pode ser umas das suas amantes.
Endireito-me assim que escuto a porta bater com força. Oh, merda!
Isso será interessante.
Não posso acreditar que Dário obrigará a me casar com ele agora,
em uma cobertura de hotel. Sem a presença da minha família, bem, das
minhas irmãs, já que papai e Enrico demonstraram que pouco se importam
com o meu destino. Meu olhar recai, encontrando os olhos escuros e
indiferentes de Pablo.
— Mas se…
— Venham! — Pablo interrompe-me, ignorando as minhas
súplicas. E, em um segundo, o quarto é invadido por uma equipe de
maquiadores e cabeleireiros, e ele já não está mais no quarto.
Idiota!
Seus olhos extraordinários não paravam por aí, havia uma raiva
tranquila que transbordava através deles e, alcançando-me em passos
rápidos, sua palma foi levantada e não percebi que me encolhi diante do seu
toque. Congelo ao sentir uma carícia provocante e irreverente na minha
bochecha.
— Vamos começar isso de uma vez. Não vejo por que esperar mais.
O homem acena discretamente, anda até a mesa redonda próxima
sacada, alcança uma pasta escura sobre ela e a abre, retirando alguns papéis
de dentro.
— Estão todos aqui. Agora, faça o que tem que fazer, e seja rápido.
Leva tudo de mim para não revirar os olhos assim que o homem
termina de falar. Que grande piada. Vontade de ambos? Oi? Por acaso estou
com cara de noiva feliz?
Bastardo!
— M-e solta, sua louca! Você não pode me expulsar, eu sou uma
convidada. — grasna, me fazendo revirar os olhos.
— Quero que todos vocês saiam! — Faz uma pausa, seu sorriso
beirando a algo perigoso. — Minha esposa e eu temos muito o que
conversar, não é mesmo, amore mio?
— Devo lembrá-la que, além de ser o seu marido, sou o seu capo?
Que me deve obediência e, sobretudo, respeito? — pergunta e se eleva,
andando em minha direção em passos lentos e olhar afiado.
Ele joga a cabeça para trás com uma risada de escárnio. — Você
não está em condições de exigir nada, amore mio. A menos que esteja
disposta a cumprir o seu papel de esposa. — Lambe os lábios, seus olhos
deliberadamente em uma varredura pelo meu corpo.
Com os olhos trancados nos meus, ele retira o cinto da sua calça e o
enrola no punho, andando em minha direção. Meus olhos se arregalam e
tento chutá-lo quando paira sobre mim, agarrando-me pelos meus
tornozelos, puxando-me para baixo.
— Não é isso que o seu corpo diz, pequena mentirosa. Aposto que
está molhada para mim, não é mesmo?
— Você gosta do que estou fazendo com você, amore mio… Gosta
de ser degradada e levada ao limite. — Seu tom endurece e seus dedos
entram e saem provocando sons de sucção. — Aposto que está doida para
encharcar o meu pau.
Balanço a cabeça, perdida em todas as sensações cruas e devassas
em que estou mergulhada.
— Espero que tenha dormido bem, amore mio. — Sua voz grave e
erótica invade minha mente ainda atordoada pela névoa do sono.
— Eu não sou benevolente, amore mio, não pense que não irei
reivindicá-la como minha. — Sua cabeça mergulha e sinto o roçar da sua
barba por fazer no meu pescoço, arregalo os olhos quando deixo que um
gemido rouco escape. — Non vedo l'ora di seppellirmi in te… — diz em
seu perfeito sotaque italiano.
Ele sorri.
Olho ao meu redor e percebo que ele me trouxe para uma cabine.
Me movo devagar, sentindo o colchão macio embaixo de mim. O
movimento chama a sua atenção e seus olhos azuis cruzam os meus. Ele
parece exausto e, sem parar de falar com quem quer que seja do outro lado
da linha, sua mão encontra a minha bochecha. Ele respira e afasta uma
mecha de cabelo da minha têmpora, começando uma carícia suave que aos
poucos me faz adormecer pela segunda vez.
Capítulo 9
Sicília…
— Que bom que sabe o quão perigoso posso ser, Mia. Mas os meus
homens são leais a mim, então, pense duas vezes antes de cometer alguma
estupidez.
Mia não faz contato visual, mas percebo como sua respiração está
acelerada, apesar de se encolher no assento. Aceno para Saul, que
imediatamente coloca o carro em movimento, rumo à mansão. O trajeto é
feito em silêncio, enquanto verifico alguns e-mails pendentes, de soslaio,
vejo Mia suspirar, olhando a paisagem.
O carro avança nos dando a perfeita visão dos altos muros de tijolos
da propriedade, os portões forjados a ferro se abrem, revelando a longa
entrada de terra que se estende até a mansão. Algumas pessoas diriam que
se trata de um castelo pela arquitetura luxuosa digna de realeza.
— Quero nomes de quem está por trás disso. Não importa em quais
confins teremos que ir para conseguir. Em seguida, quero que os traga para
mim. Fui claro? — rosno, incapaz de conter a fúria que ameaça explodir a
qualquer momento.
Olho para baixo, observando como os nós dos meus dedos estão
pálidos devido à força que empunho contra a beirada da pia. Balanço a
cabeça, negando veemente, por mais que minha intimidade pulse
enlouquecida de desejo.
Papai, embora seja temido por ser cruel com seus inimigos,
guardou esse seu lado longe da nossa casa, pelo menos até mamãe morrer e
inevitavelmente apenas rumores de suas atrocidades chegavam até nós.
— Não importa. Isso não quer dizer nada. Eu só posso estar doente.
Não ouviu falar que até mesmo a própria vítima pode se apaixonar pelo seu
sequestrador? — Indago de maneira desafiante, embora sinto a minha
bravata quase inexistente agora.
Sua cabeça quente toca o meu clitóris e mil arrepios explodem pelo
meu corpo. Se antes eu não tinha forças para resistir a ele, agora é quase
impossível. Um fraco suspiro escapa dos meus lábios cerrados e me vejo
cravando ainda mais as unhas em seus músculos rígidos.
— D-ário… P-or favor! — Para o meu horror, minha voz sai baixa,
como um mero sussurro suplicante.
— Isso não muda nada — digo, embora eu sinta que algo mudou
entre nós, mas nunca repetirei isso em voz alta.
Uma mão áspera segura o meu pulso com firmeza e minhas costas
colidem com o seu peito nu. Meus lábios se abrem com a sensação crua da
sua pele contra a minha.
Obsessão crua exala da sua voz, e não posso impedir meu corpo de
tremer e vibrar com a borda escura e letal do seu tom. Ele se afasta e, com
agilidade, abre o zíper da sua calça, a levando para baixo junto da boxer.
Em seguida, seus braços me alcançam e Dário nos leva para o banheiro.
Com cuidado, ele me posiciona embaixo do chuveiro, liga-o em uma
temperatura agradável e começa a lavar todo o meu corpo, massageando
suavemente como se venerasse cada centímetro dele. Suas mãos, embora já
tenham feito coisas atrozes, agora são cuidadosas e gentis, lavando-me
como se eu fosse a coisa mais importante da sua vida.
Capítulo 13
Toco sua bochecha, sentindo o seu calor rastejar sob minha pele.
Devia acordá-la agora mesmo e levá-la outra vez e fazê-la gritar de dor e
prazer. Respiro fundo, controlando o impulso assassino de machucá-la. Mia
desobedeceu às minhas ordens, desafiou-me mesmo eu deixando claro que
não seria misericordioso. Ela tem claramente um desejo de morte e sempre
desperta o pior de mim. O monstro cruel e impiedoso que aparece apenas
para os meus inimigos e traidores.
Após lavar todo o seu corpo e secá-lo, senti minha moglie se afastar
de mim, é como se os muros altos que sempre estiveram lá quando nos
conhecemos dobrassem de tamanho, tornando-se um escudo impenetrável.
Mia se deitou quase na ponta da cama e, engolindo minha irritação e desejo
de finalmente fazê-la se curvar a mim, deixei que fizesse, mas, no meio da
noite, senti seu cheiro delicioso de rosas e seu corpo macio descansar contra
o meu.
Quando pedi a meus homens que não a seguissem logo que recebi o
alerta da sua fuga no meu celular, estava determinado a dar-lhe uma lição.
Mas, assim que os meus olhos encontraram o azul-cobalto dos seus, todo o
meu plano caiu por terra e a besta sombria e faminta emergiu das minhas
entranhas, disposta a possuir cada centímetro daquela mulher.
Meus olhos disparam mais uma vez para a minha esposa, que se
agita durante o sono. Mia resmunga baixinho e, em seguida, suspira. O
brilho módico da lua embebedo sua face e silhueta, sua aliança
resplandecendo em sua mão que descansa sob seu queixo. Tenho que
agradecer Alessio por pensar tão rápido, Mia jamais suspeitaria de ter um
rastreador em sua aliança, tenho que reconhecer, assim, nunca a perderei de
vista. Continuo tragando o meu cigarro, um atrás do outro, assistindo à
noite desaparecer, dando lugar ao sol.
Não costumo dormir, aliás, não me lembro se algum dia tive uma
noite inteira de sono. Minha mente é como o meu corpo, não desliga nunca.
Graças às sessões excruciantes de tortura do meu pai, não consigo fechar os
olhos por muito tempo, meus nervos estão sempre em alerta, preparado para
qualquer evento que seja.
Não é segredo que meu irmão caçula não morre de amores pelo
meu guarda sênior e ser rebaixado alimentou seu desejo assassino de
sempre provar sua superioridade. A diferença entre os dois? Bom, Saul é
frio, calculista e, apesar da sua fachada inatingível, não é impulsivo. Ele
sempre está a um passo à frente do inimigo.
— Não firmei nem um acordo, além disso, Dom Michele sabe que
precisa de mim ao seu lado, tenho conexões que ele sabiamente aprecia em
todo o continente, ele pode superar isso.
Aceno para que sente à minha direita e, estranhamente, ela faz. Sua
postura é rígida e alerta ao meu lado e posso praticamente ouvir as
engrenagens dos seus pensamentos girando.
Mordo um sorriso ao tocar sua mão sob a mesa e sentir sua pele
arrepiar com o meu toque.
— Suas costas estão bem? — Suspiro e leva tudo de mim para não
mordiscar levemente a pulsação em sua garganta.
Karina tem sido minha companhia nos últimos dias, e fico feliz em
estar fora do radar do meu marido. Compartilhamos muito, mesmo que,
algumas vezes, tente extrair informações dos Ruggiero que possam me
salvar em algum futuro próximo. Mas ela é fiel e apenas desvia o assunto
sempre que tento uma investida.
Cansada de ficar reclusa no quarto, resolvo ir para a piscina.
Coloco um biquíni vermelho de tiras e alças finas e visto uma saída de
banho da mesma cor, transparente, com o comprimento até o meio das
coxas, acentuando cada curva do meu corpo. Pego meu par de óculos
escuros, chapéu e um livro de romance.
— Está na hora de ir! — exige, sem olhar para ele. Sua fúria ainda
dirigida a mim.
Uma mão agarra o meu queixo, levantando-o até nivelar os nossos
olhos. Seu corpo emanando uma energia profunda e destrutiva, enquanto o
meu estremece e se contorce com a dor física e mental das suas palavras.
Não tenho permissão para olhar para o seu irmão, que certamente já
está fora do nosso campo de visão, e, mais uma vez, o meu marido
pressiona, me fazendo explodir como uma maldita bomba.
— Eu estou na porra da minha casa, não estou? Não foi isso que
você falou na minha primeira noite na mansão? — Eu engulo, suavizando
um pouco da minha raiva. — Eu só estou indo para a piscina como uma
pessoa normal, ou deseja que eu tome banho de burca?
Uma veia salta em seu maxilar, mas meu marido apenas balança a
cabeça e se aproxima, levantando o indicador, me fazendo encolher quase
instantemente. Seus lábios se contraem e a sombra de um sorriso paira
sobre eles.
— Não é isso que seu corpo diz, amore mio. — Seu dedo desliza no
arco dos meus lábios, esfregando-os quase suavemente. — Mas se é isso
que repete para si mesma… — sorri —, vá em frente!
Não pedi para nascer nesse mundo cruel, mas posso impedir que
um inocente venha. Dário e eu não usamos proteção na nossa primeira vez,
mas, graças aos céus, tomo pílula. Não serei eu a dar-lhe um herdeiro.
Meu coração afunda no peito, e não consigo entender por que sua
atitude me incomoda tanto.
Capítulo 15
— Por que não informou da festa que terei que lhe acompanhar e
deixou que Karina fizesse isso?
Estendo a mão para ela, que engole em seco, seus olhos azuis
escurecendo na velocidade da luz.
Cruzando seus braços na altura do peito, ela recua, seus olhos estão
desafiantes, fixos nos meus. Meu sangue ferve em minhas veias e, com um
sorriso mordaz, desafivelo meu cinto, retirando-o das presilhas com um
movimento rápido. Seus lábios se entreabrem com um suspiro em choque e
sua pele alva com uma porcelana explode em um vermelho vivo. Apesar da
expressão assombrada, vejo em seus olhos outro sentimento escuro vibrar
através deles, como um animal selvagem prestes a quebrar a sua jaula.
Meu peito vibra em uma miríade com a tensão e fúria que emana
dessa bela criatura. Levanto-me e ando calmamente em sua direção,
assistindo à ascensão e queda do seu peito, enquanto minha bella moglie
arfa com minha aproximação.
Mia geme baixinho e, aos poucos, seu corpo cede contra o meu,
deixando-me ciente da sua submissão. Respiro fundo quando um rastro de
fogo se espalha pelo meu corpo e junto os seus pulsos, levando-os acima da
sua cabeça, empurrando-a e prensando-a contra a parede.
Mia grunhe e acerta uma joelhada em minhas bolas, que, por sorte,
não é forte o suficiente para causar nenhum dano. Ela me empurra e corre
em direção à porta, mas não chega muito longe, pois me recupero em
seguida, vermelho intenso explodindo entre as minhas pálpebras. Jogo-me
contra o seu corpo e agarro o seu calcanhar, levando-a para baixo em um
baque, arrancando um grito estrangulado dos seus lábios.
— Acho que já chega de fugir. Nós dois sabemos que não é isso
que quer.
Meu coração salta no peito com o tom rouco e profundo da sua voz,
meus olhos se chocando contra os seus, intensos e selvagens. Há tanto
significado por trás das suas palavras que, por um breve momento, me sinto
atordoada.
Sua testa se franze, mas ele não parece afetado com o meu desafio,
apenas sorri, exibindo uma fileira de dentes brancos perolados.
Olho para ele, fome brilhando em seus olhos. Empurro o seu peito,
incentivando-o a deitar-se de barriga para cima. Lambo os lábios e retiro o
restante das minhas roupas sob o seu olhar escaldante enquanto sinto-o se
deleitar com a minha nudez.
Inclino o meu corpo sobre o dele, observando seus olhos se
transformarem em dois poços brilhantes e sombrios.
Mordo o seu lábio inferior com força até sentir o gosto metálico
explodir em minha boca. Ele se afasta, seus olhos procurando os meus.
— Você vai ser meu para fazer o que eu quiser? — murmuro contra
a sua orelha, escutando sua respiração engatar com o meu próximo golpe.
Ele não para, e a pressão dos seus lábios combina com as estocadas
profundas dos seus golpes, sempre encontrando os meus.
— Você vai gozar no meu pau, não é, tesouro mio? Vai encharcá-lo
com essa sua boceta deliciosa, sì?
— Você acha que pode lidar com o que tenho aqui? — pergunta
com um rosnado profundo, batendo no peito desnudo com fúria. Encolho-
me com a escuridão que vejo transbordar em seus olhos. — Acredite, amore
mio, não há nada aqui que eu possa compartilhar com você.
— Não se preocupe com o meu marido, Karina. Ele não fará nada
com você, eu prometo. — Sorrio, embora esteja com uma tensão
percorrendo o meu corpo.
Não me importa que estamos nos dando bem, Dário não pode ditar
o que devo vestir. Isso é ridículo. Meus saltos estalam no mármore escuro,
quando o encontro à frente do bar, em um terno sexy preto, saboreando uma
dose de uísque. Seu olhar é penetrante quando encontra o meu, movendo-se
pelo meu corpo com perícia.
Ele leva o copo aos lábios e para a meio caminho, o brilho do lustre
nada pode fazer para esconder a beleza brutal que existe em cada traço
perfeito do seu rosto. Seus lábios se esticam discretamente e o brilho
perolado dos seus molares chamam a minha atenção, me fazendo arfar
baixinho e apertar as coxas contra a outra.
— Anda, não vai dizer que sua esposa está linda? — Coloco ambas
as mãos na cintura, recebendo um olhar duro dele seguido por um exalar
profundo.
Dário envolve minha cintura, puxando-me para ele, me fazendo
tropeçar em meus próprios pés.
— Não vou suportar que a olhem com cobiça ou essa festa acabará
em um banho de sangue — resmunga em indignação. — É isso que deseja?
— Sua punição essa noite será triplicada, espero que esteja pronta
para lidar com as consequências. — Suspiro a centímetros dos seus lábios.
Ele está tão perto que posso sentir o gosto do seu beijo.
— E-u não sou uma puta… — Ofego, enrugando o nariz. Dário ri,
acariciando minha bochecha. Surpresa é evidente em seus olhos. Andei
estudando com Karina, meu italiano continua péssimo, mas consigo
entender algumas palavras quando ele fala, principalmente as sujas e
devassas.
Ele nos conduz para dentro de uma mansão luxuosa, enquanto Soya
e Saul seguem o nosso encalço.
— Marco, não seja indelicado. Dário sabe da joia que tem ao seu
lado e, se eu fosse você, não o provocaria nem de brincadeira.
Seguro sua mão, e ele a leva até os lábios, deixando um beijo breve
no dorso dela. Retiro-me gentilmente do seu toque, sentindo uma sensação
estranha com o peso do seu olhar em mim.
— Onde está o seu chefe, e não minta para mim? — rosno baixo,
olhando de um lado para o outro para garantir que ninguém esteja prestando
atenção a nossa conversa.
Meu peito vibra com suas palavras, a maneira que ele fala minha
moglie tão possessivamente.
— Não finja que não me quer, se até poucos meses atrás, você e eu
iríamos nos casar. Você não pode ter me esquecido assim tão facilmente.
Meu autocontrole se vai com sua última frase. Abro a porta furiosa,
fitando a morena de olhos azuis e longo cabelo preto ao lado de Dário. Seu
vestido dourado está agarrado a belas e sensuais curvas. Seus lábios
pintados de vermelho se esticam em um profundo sorriso provocativo,
enquanto a fuzilo com o olhar. Ao julgar como seus olhos brilham, é claro
que essa oferecida sabe quem eu sou. Levanto uma sobrancelha.
Seu olhar escurece e me diz claramente que ela não fará isso.
Dário aperta meu quadril e sinto o quanto está duro contra a minha
bunda, posso escutar o exalar profundo da sua respiração. Ivana finge um
sorriso e recua.
Deslizo uma mão em minha barba por fazer e ando até ela,
enlaçando a sua cintura delicada.
— Scusami, por isso, amore mio. Eu sinto muito. — Toco em sua
bochecha, sentindo a maciez da sua pele. Encaixo uma mecha do seu cabelo
loiro no meu indicador, colocando-a atrás da orelha. — Enquanto a Ivana…
bem, não precisa se…
— Não quero falar dessa oferecida, e não quero que olhe na direção
dela, fui clara?
— Sim. Quero!
Sua raiva ainda não desapareceu, e a cada passo dado, percebo seus
olhos afiados olhando de um lado a outro. Espero que Ivana não me cause
mais problemas, não posso lidar com ela agora.
Andamos até o bar e peço uma dose dupla de uísque, enquanto Mia
pede um drink sem álcool. Quando nossos pedidos são entregues, Alessio e
Pablo surgem ao nosso lado.
Seus olhos escuros como a noite deslizam para Mia ao meu lado,
demorando-se mais que o necessário.
Seu olhar para ela me causa uma fúria fervente. Ele a olha com
desprezo, como se ela não merecesse o seu tempo, mas vejo além disso, a
luxúria e desejo distorcido transbordam em ondas através dos seus olhos.
Olho para Mia, levando as mãos em cada lado da sua face em uma
tentativa de acalmá-la.
— Eu… e você?
Ela acena, enquanto seco as lágrimas do seu rosto. Beijo sua testa e
me afasto, vislumbrando sombras de pânico em seus olhos. Mia agarra a
manga do meu terno.
Solto um praguejo.
— Algo errado?
— Preciso relatar isso a Don Michele. Ele terá que autorizar.
Rosno baixo.
— Que seja!
Um mês depois…
Estou fervendo por dentro, depois de ter sido baleado, Mia tem
tentado negar-me sexo, o que funcionou durante os primeiros dias, mas ela
deveria saber que um simples ferimento não apagaria a fome que eu tenho
dela, alguns pontos em minha carne não poderiam me impedir de foder a
minha bela moglie.
— Não tenho culpa se tenho uma maldita ereção sempre que você
está por perto. Você é a única culpada por isso, dolcezza — Sorrio. —
Desde a maldita noite em que a vi na minha boate em Chicago há meses
anos.
— É assim?
— Não fale o nome dele, porra! Não quando, segundos atrás era o
meu nome que você gemia sem parar!
— Signora?
Fecho os olhos brevemente, levando a mão ao peito ao escutar
Karina me chamar do limiar da porta.
— E-u vou ser… mãe! — profiro baixo com a voz embargada. Meu
coração salta no peito juntamente com o medo e a ansiedade.
— Não conte a ninguém, por favor, Karina. Nem mesmo Nina pode
saber disso — peço com um olhar suplicante.
— Minha bella…
Sorrio, correndo o meu indicador por seus lábios. Seus olhos azuis
acinzentados brilham sob a luz perolada do lustre, evocando a escuridão
hipnotizante que tanto amo nesse homem. Seu semblante sempre duro,
implacável, olhando-me com verdadeira admiração e fome. Começo a abrir
os botões do seu terno, o fazendo deslizar sobre os ombros, em seguida,
removo o colete e, por último, sua blusa social branca, expondo o seu torso
viril delicioso. Lambo os lábios, adorando sentir o contato quente da sua
pele bronzeada, cada cicatriz, tatuagem ou imperfeição que seja. Meu
núcleo pulsa, antecipação rolando ferozmente por cada fibra do meu ser. Eu
o desejo tanto que chega a ser doentio, e é surreal como o meu corpo falta
cantarolar com o seu toque. Inclino-me sobre seu corpo e belisco sua
orelha.
— Eu vou foder você, amore mio, tão duro que me sentirá por
vários dias…
Dário me corrompeu como disse que faria, mas eu não posso mais
me comportar assim. Todo o nosso sexo bruto pode prejudicar o nosso bebê.
Levo a mão à minha barriga de forma protetora acariciando-a suavemente.
Nosso filho… Meu pensamento divaga em um menininho de cabelo cor de
ébano, olhos azuis tão brilhantes quanto o céu e um sorriso caloroso
brincando em seus lábios pequenos. Uma cópia fiel do seu pai. Meu peito se
aperta ao vislumbrar
— Sono pazzo di te, amore mio. — Ele ferve, descansando sua testa
contra minha. Seus lábios brincam com a concha da minha orelha, me
arrancando um suspiro. Dário sempre me surpreende quando demonstra
lascas de doçura em sua personalidade feral. — Você vem comigo. — Meus
olhos se erguem subitamente para encontrar os seus.
— Seriamente?
— Grazie mille!
Dou de ombros.
— Eu poderia dar uma volta pelo clube, talvez ver a pista de dança?
— sugiro com uma risada.
— Você sabe a resposta, bella. Por que você não liga a tv? —
Aponta para a grande TV de tela plana no painel frontal.
Ele não pode fumar aqui dentro, há uma grávida na sala. Ele só não
sabe ainda.
— Então não se comporte como uma, porra! — ruge com uma voz
mortal.
Abro a boca para responder, mas sou interrompida por seu dedo
indicador pressionado contra meus lábios. Ele se inclina e deixa um beijo
rápido na minha testa, se afasta e olha por cima do ombro. — Leve-a em
segurança para a mansão. E proteja-a com sua vida.
Saul, por outro lado, não parece se importar e, caso faça, não dá
nenhuma dica.
Algumas raras vezes faço perguntas para Saul, que quase sempre se
esquiva, demonstrando lealdade para com Dário além da compreensão.
— Senhor, não permita que eu morra sem viver a alegria de ser mãe
— sussurro. — Eu… sinto muito se eu repeti tantas vezes que não queria ter
filhos. Eu só estava… com medo.
Com sua arma em punho, Saul olha para mim por cima dos ombros.
Por mais furiosa que esteja, percebo que todas as minhas tentativas
de me soltar são em vão.
Ele se agacha na minha frente, seus olhos frios e distantes, seu rosto
envelhecido exibindo um sorriso demoníaco. Ele levanta a mão novamente
cravejada de anéis de caveira em ouro maciço e, assustada, esperando o
próximo golpe, me encolho, fechando os olhos. Um minuto se passa até eu
perceber outra sombra ao seu lado. Ele segura o punho do juiz, seus olhos
duros, parece enviar-lhe um aviso silencioso. Esse homem é jovem, alto,
cabelos cor de ébano, olhos amendoados e, mesmo que esteja trajando
roupas pretas e jaqueta de couro da mesma cor, é elegante e poderia ser
facilmente confundido com um modelo.
— Papa!
Ele nem se parece com o Jason, além do mais o juiz sempre aparece
na mídia dando entrevistas e nunca mencionou ter outro filho.
— Quero que todos paguem pelo que fizeram com o meu Jason.
Essa puta merece morrer, assim como eu vou ter a cabeça do maldito
Ruggiero e ninguém vai me impedir, nem mesmo você — grita ele com o
punho cravado no peito do filho.
Meu peito dói e, sob o seu olhar ilegível e silencioso, faço a única
coisa que eu poderia fazer neste momento.
E segundos se passam até que ele se eleve sobre mim com toda a
sua aura sombria e me sente novamente, esmagando meu queixo em sua
mão, rosnando a centímetros do meu rosto.
A minha dolcezza…
— Se você quer sua puta de volta, esteja aqui às oito horas e venha
sozinho — o russo fala enquanto ouço um grunhido assustado.
O homem se vira e desfere um tapa em seu rosto com uma fúria que
estala e o silêncio é a única resposta que recebo dela.
Após gravar um vídeo e enviá-lo para o meu marido, ele tem estado
em alerta o tempo todo, enquanto oro baixinho para que ele não venha. Eu o
amo, Deus! Por mais difícil e doloroso que tenha sido o nosso começo,
Dário se tornou uma extensão de mim e agora estou gerando o fruto disso,
não vou suportar vê-lo morrer na minha frente. Não posso perdê-lo também.
Ele aponta para um dos seus homens e pede para revistá-lo, o qual
faz sem pestanejar. Por mais furioso que Dário pareça, ele leva um tempo
para se submeter a isso. Seus punhos cerrados ao lado corpo, seu queixo
projetado para frente, enfrentando o seu inimigo de frente.
O guarda afirma que ele está limpo, em seguida, seu punho o acerta
novamente no rosto. O som de osso quebrando estala, e só queria sair daqui
e libertá-lo de tudo isso. É tudo minha culpa!
— Não quero que você morra sem saber que eu… — Mordo meu
lábio inferior, reprimindo que lágrimas desçam pela minha face. — Eu amo
você, Dário!
— Dolcezza…
Lewis ou Nikita, seja lá quem diabos for o seu verdadeiro nome, ri,
seu olhar transbordando satisfação doentia.
— Bem, seu pedido será atendido, papa! Dessa vez vamos todos
para o inferno!
Luto com todas as forças que ainda me restam quando sua voz
rouca me faz parar.
— Eu não poderia morrer agora que vou ser pai, tesouro mio. Você
me fez o homem mais feliz da face da terra. Eu prometo que sempre vou
proteger vocês. Io amo te, dolcezza.
Eu estremeço não só pelo seu toque, mas pela dor que ainda sinto
pelos diversos cortes causados pelos anéis do maldito Nikita quando
golpeava o meu rosto.
Eu toco seu peito, levando minha mão por toda a parte, arrancando
um grunhido baixo dele.
— Ele? Isso significa que você está feliz com o nosso bebê?
— Eu sinto muito…
— Tudo bem, não vamos mais falar de coisas tristes. Que tal
falarmos como anda o seu casamento, pelo que presenciamos aqui, eu diria
melhor impossível, não?
— Sono pazzo di te, amore mio. Basta dizer sim, e vou passar o
resto dos meus dias dedicado a fazer você e nosso filho felizes. Vou me
ajoelhar para satisfazê-la e colocarei fogo na porra do mundo se isso te
deixar feliz. O que me diz, tesouro?
— Mia...
— Eu aceito, mio amore…
Um ano depois…
Mia foi minha obsessão doentia por meses e ela se tornou o próprio
ar que respiro. Coloquei uma longa mecha de seu cabelo loiro atrás da
orelha, admirando seu rosto delicado, ela usava pouca maquiagem, uma
coroa de rosas-brancas e peônias enfeitando a cabeça, além de lábios
pintados de nude. Minha esposa é a mulher mais linda que meus olhos já
viram. Levei suas mãos aos meus lábios e beijei cada junta.
— Io amo te, amore mio. Estou aqui para te receber com minha
moglie, minha companheira, a mãe dos meus filhos, minha regina, minha
dolcezza. Serei seu servo fiel e farei do nosso amor a minha religião. Você
me tem, amore mio, assim como meu cuore.
— Diga que foi uma menina má e que anseia os meus golpes e meu
pau moendo essa figa stretta! — ordeno, açoitando a sua pele, a fazendo
estremecer e gritar.
— D-ário… amore…
— Quero que conte cada estalo que eu der nessa bunda apertada,
dolcezza. Ou não terá a sua recompensa — rosno com a respiração
entrecortada, espancando o seu rabo delicioso. Quando os seus ofegos se
tornam demais, paro para admirar a minha obra de arte. Cada bochecha da
sua bunda explode em um vermelho vivo, e eu acaricio cada centímetro
com a língua, aliviando momentaneamente sua dor. Seguro novamente o
seu cabelo em meu punho, arrastando minha calça e cueca para baixo,
libertando o meu pau, que salta livre e pesado em minha mão, pulsando e
com o líquido do pré-gozo escorrendo pela ponta. Seguro e massageio-o
lentamente, sentindo ele inchar ainda mais sob o meu aperto.
Uma vez Mia confessou que ama minha escuridão, meu lado sádico
e cruel entre quatro paredes. Mas não imagina que só ela é capaz de
despertar esse lado e que nenhuma outra mulher conseguiu. Sombrio, voraz,
brutal, essas são as qualidades que a atraem, e eu serei um grande filho da
puta se não der isso a ela pelo resto de nossas vidas. Serei eu quem cairá de
joelhos a seus pés e adorará cada parte de seu corpo.
Dessa vez preciso olhar no azul rebelde de seus olhos, vejo quebrar
de prazer e a trago de costas, abrindo suas coxas e penetrando-a novamente.
Enrolo meu punho apertado em volta do pescoço dela e aperto, os olhos de
Mia dobram de tamanho e escurecem rapidamente. Eu rolo meus quadris
fazendo-a ofegar e gritar enquanto eu confisco seu ar.
— Vou te foder até você gritar e soluçar meu nome, amore mio.
Fim!!!
Tate Cameron
Prazer era a única linguagem que eu conhecia até ela aparecer.
Estou viciado nela. Aquela bela mulher se tornou o meu vício proibido. Era
para ser somente algumas noites de prazer sem amarras ou intimidade. Algo
não saiu como o esperado. Depois das nossas noites intensas de pura
paixão, eu a desejo como nunca. Obcecado, viciado, Tate Cameron fará de
tudo para ter Samantha Muniz em seus braços.
Samantha Muniz
Ele é como um ímã. Seus olhos transbordam perversão, seu corpo
exala sexo, poder, domínio. Não consigo resistir quando ele está perto.
Estou me apaixonando e isso não é bom. Tate Cameron é absurdamente
atraente, sexy, rico e muito poderoso, tudo isso se torna letal na mesma
equação.
Link: https://amz.run/5LZd
Valentina Miller é uma jovem doce, delicada e ingenuamente
sedutora. Sua vida controlada e confortável a leva a um lugar onde ninguém
deseja chegar: a traição.
Link: https://amz.run/58j9
Comprada em um leilão por um misterioso CEO, uma garota terá que
enfrentar a intensidade e o domínio de um homem imponente, que
despertará a insaciável luxúria em cada célula do seu corpo.
Aron Maldonado.
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Prazer Oculto
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