Guia para Unidades de Compostagem
Guia para Unidades de Compostagem
Guia para Unidades de Compostagem
Vários autores.
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Bibliografia.
ISBN 978-65-5702-019-7
23-182077 CDD-631.875
Índices para catálogo sistemático:
01 Definições................................................................................... 20
04
Preparação para implantação da unidade de compostagem........ 32
4.1 Resíduos que podem ser compostados................................................................................ 33
4.2. Segregação na origem e coleta seletiva de resíduos orgânicos........................................ 34
4.3. Preparação prévia do material fonte,.................................................................................. 38
4.4. Modelos e tecnologias aplicáveis à Baixada Santista........................................................ 38
4.5. Descrição das tecnologias sugeridas para aplicação na Baixada Santista....................... 43
4.5.1. Sistema L.A.P.A.....................................................................................................................................................................................43
4.5.2. Sistema de leiras estáticas com manta semipermeável............................................................................................46
4.6. Licenças e autorizações necessárias.................................................................................... 47
05
Implantação da unidade de compostagem............................. 50
5.1. Escolha da área...................................................................................................................... 51
5.2. Tamanho de área necessária................................................................................................. 51
5.3. Preparação do terreno.......................................................................................................... 51
5.4. Infraestrutura e equipamentos necessários....................................................................... 52
5.5. Custos..................................................................................................................................... 54
5.5.1. Pátio de Compostagem com sistema L.A.P.A...................................................................................................................54
5.5.2. Pátio de compostagem com sistema de leiras estáticas com manta semipermeável..........................56
gestão integrada
de resíduos sólidos
06
Operação da unidade de compostagem.................................. 59
6.1 Requisitos para operação...................................................................................................... 59
6.1.1. Unidade de Compostagem com sistema L.A.P.A...........................................................................................................61
6.1.2. Unidade de Compostagem com sistema de leiras estáticas com manta semipermeável.................62
6.2. Mão de obra necessária e treinamentos.............................................................................. 63
6.2.1. Unidade de Compostagem com sistema L.A.P.A...........................................................................................................63
6.2.2. Unidade de Compostagem com sistema de leiras estáticas com manta semipermeável.................63
6.3. Parâmetros para acompanhamento e monitoramento..................................................... 64
6.4. Cuidados com o entorno....................................................................................................... 67
6.5. Vida útil esperada.................................................................................................................. 67
6.6. Avaliação de custo-benefício............................................................................................... 68
6.7. Fatores institucionais e de gestão........................................................................................ 69
07
Utilização do composto produzido.......................................... 71
7.1. Avaliação de qualidade do composto.................................................................................... 71
7.2. Usos possíveis para o composto............................................................................................. 73
7.3. Modelo de gestão para uso e distribuição do composto..................................................... 73
10 Referências.................................................................................... 83
Apresentação
02
Legislação e metas
O capítulo 2 apresenta as principais legislações e
metas a nível nacional, estadual e regional rela-
cionadas ao desenvolvimento da compostagem.
03
Compostagem
O capítulo 3 apresenta as principais característi-
cas do processo de compostagem, como as fases
e fatores que afetam seu desenvolvimento.
Preparação
04
O capítulo 4 apresenta as ações necessárias
de preparação para a implantação da uni-
dade de compostagem, como seleção dos
resíduos, implantação de coleta seletiva de orgâ-
nicos, escolha da tecnologia de compostagem e
licenças necessárias.
05
Implantação
O capítulo 5 apresenta os passos para implanta-
ção de uma unidade de compostagem, incluin-
do: escolha e tamanho da área, preparação do
terreno, infraestrutura e equipamentos necessá-
rios e custos.
Operação
06
O capítulo 6 apresenta os requisitos para operação de
uma unidade de compostagem, incluindo a alimen-
tação e manutenção das leiras, mão de obra e treina-
mentos necessários, parâmetros de monitoramento,
vida útil esperada e avaliação de custo-benefício.
07
Uso do composto
O capítulo 7 apresenta as orientações para uso
do composto produzido, com avaliação de
qualidade e modelo de gestão para seu uso
e distribuição.
08
Educação Ambiental
O capítulo 8 apresenta as ações de educação am-
biental envolvidas no processo de implantação
de uma unidade de compostagem.
09 Baixada Santista
O capítulo 9 apresenta as experiências da Baixada
Santista na recuperação de resíduos orgânicos.
10
Referências
O capítulo 10 apresenta as referências utilizadas
e recomendadas para a implantação de unidades
de compostagem.
Definições
Coleta Seletiva: coleta de resíduos só- Resíduos de Alimentos: são aqueles resí-
lidos previamente segregados conforme duos compostáveis originados de restos de
sua constituição ou composição pelos ge- alimentos, preparados ou não, de origem
radores (também conhecida como coleta vegetal ou animal. Constituem no Brasil, em
diferenciada); consiste na separação, na pró- geral, a maior fração dos resíduos compos-
pria fonte geradora, dos componentes que táveis. Diferenciam-se de outros materiais
podem ser recuperados para reaproveita- compostáveis como os resíduos “verdes”
mento ou reciclagem, mediante um acondi- originados de restos de plantas ornamen-
cionamento distinto para cada componente tais e paisagísticas, madeiras não-resinadas,
ou grupo de componentes segregados con- papéis e bioplásticos compostáveis.
forme sua constituição ou composição.
Resíduos Sólidos Orgânicos ou
Compostagem: processo de decompo- Resíduos Compostáveis: são aqueles
sição biológica controlada dos resíduos representados pela fração orgânica dos
orgânicos, efetuado por uma população resíduos sólidos (não contaminada por ou-
diversificada de organismos, em condi- tros tipos de resíduos como recicláveis ou
ções aeróbias e termófilas, resultando em rejeitos), passível de compostagem, sejam
material estabilizado, com propriedades e eles de origem urbana, industrial, agrossil-
características completamente diferentes vipastoril ou outra.
daqueles que lhe deram origem.
Composto Orgânico: produto estabiliza-
Reciclagem: processo de transformação do, oriundo do processo de compostagem,
dos resíduos sólidos que envolve a alteração podendo ser caracterizado como fertilizan-
de suas propriedades físicas, físico-químicas te orgânico, condicionador de solo e outros
ou biológicas, com vistas à transformação produtos de uso agrícola.
em insumos ou novos produtos, observa-
das as condições e os padrões estabelecidos Unidade de compostagem: instalação
pelos órgãos competentes. A reciclagem, de processamento de resíduos orgânicos,
portanto, também pode ser biológica, cujo por meio do processo de compostagem,
exemplo típico é a compostagem, pois essa incluindo os locais de recepção e armaze-
visa reestabelecer o ciclo natural da matéria namento temporário dos resíduos in natu-
orgânica e seu papel natural de fertilizar os ra ou provenientes de outras unidades de
solos devolvendo nutrientes e matérias vi- tratamento de resíduos e dos rejeitos, do
vas ao processo de produção. processo de compostagem em si, e ainda
as instalações de apoio e armazenamento
do composto produzido.
Legislações e
metas aplicáveis
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) mínimo, em três frações (recicláveis, orgânicos
é o principal instrumento de gestão dos re- e rejeitos), e a Lei Federal n° 14.026/2020, que
síduos sólidos urbanos no país. Foi instituída institui o Novo Marco Legal do Saneamento,
pela Lei Federal nº 12.305 de 2010 e regula- inclui as atividades operacionais de composta-
mentada pelo Decreto Federal n° 10.936 de gem entre os serviços públicos especializados
2022. Com sua publicação, o processo de de limpeza pública e de manejo de resíduos
compostagem ganhou destaque como uma sólidos. Além disso, destaca-se a Resolução
forma de tratamento e destinação ambiental- CONAMA n° 481/2017, que estabelece critérios
mente adequada dos resí- e procedimentos para garantir o controle e a
duos sólidos orgânicos no qualidade ambiental do processo de compos-
A Política Nacional de país. A lei também estipula tagem de resíduos orgânicos no Brasil.
Resíduos Sólidos (PNRS) é que o resíduo orgânico é No Estado de São Paulo, os principais
o principal instrumento de considerado reciclável e instrumentos legais que abordam a compos-
não um rejeito, e estabele- tagem são a Resolução SMA nº 69/2020, que
gestão dos resíduos sólidos ce uma hierarquia de ações dispensa o processo de licenciamento am-
urbanos no país. Foi instituída ou ordem de prioridades na biental da CETESB para áreas que desenvol-
pela Lei Federal nº 12.305 de gestão dos resíduos sólidos, vam compostagem e vermicompostagem e
2010 e regulamentada pelo onde a compostagem está que recebam até 500 kg de resíduos orgânicos
incluída como uma forma por dia, e a Resolução SMA nº 102/2012, que
Decreto Federal n° 10.936
de reciclagem dos resíduos dispõe sobre dispensa de licenciamento am-
de 2022. orgânicos. biental para as atividades de compostagem e
No âmbito da legisla- vermicompostagem em instalações de peque-
ção federal, destaca-se ainda o Decreto Federal no porte, sob condições determinadas.
n° 10.936/2022, que regulamenta a PNRS e Com relação às metas de redução de re-
institui que os sistemas de coleta seletiva de- síduos orgânicos enviados aos aterros sani-
vem estabelecer a separação dos resíduos, no tários, em nível federal, o Plano Nacional de
03
O processo de
compostagem
dos resíduos
orgânicos
O processo de
compostagem dos
resíduos orgânicos
A compostagem, baseada na decomposição entanto, ele é útil para ilustrar as diferentes fa-
biológica natural da matéria orgânica, é um ses do processo.
processo controlado, cujo resultado é o com- • O processo se inicia com a quebra de mo-
posto, um produto homogêneo, estabilizado, léculas como açúcares solúveis, gerando o
equilibrado em nutrientes, portador de mi- aumento de temperatura (temperatura am-
crorganismos e substâncias benéficas ao solo biente até 40 ºC, com duração média de 3
e às plantas. O manejo equilibrado de alguns dias (fase mesófila inicial).
fatores é essencial para que a técnica da com- • Após o consumo das moléculas menores,
postagem seja bem executada e produza os incia-se o processo de quebra das prote-
resultados esperados. ínas, gorduras e celulose, com tempera-
turas superiores a 40 ºC, com duração de
aproximadamente 15 dias (fase termófila).
3.1. As fases do processo Nessa fase ocorre a sanitização do material,
de compostagem com a eliminação de patógenos, ervas e
sementes daninhas.
A degradação dos resíduos orgânicos na com- • Após esta etapa a temperatura começa a cair,
postagem acontece pela ação de microrganis- iniciando o processo de quebra das substân-
mos predominantemente aeróbios (bactérias, cias orgânicas de difícil degradação, como a
fungos e actinomicetos), ou seja, utilizam o lignina até a maturação final e produção do
oxigênio para seus processos de quebra das húmus. Destaca-se que o processo de com-
moléculas orgânicas presentes nos resíduos. postagem depende de aeração para que o
A combinação da ação destes microrganismos aporte de oxigênio seja garantido.
ao longo do processo sobre os diferentes subs- • Fase de maturação: fase de finalização da
tratos, geram intervalos de temperatura, defini- produção do húmus, com duração de até
das como fases do processo de compostagem 60 dias;
(Figura 2). O gráfico foi gerado a partir de um • Fase de finalização: fase de finalização do
experimento escolar e não reflete a realidade composto, com seu peneiramento e prepa-
de uma unidade de compostagem, onde o ração para distribuição.
processo leva aproximadamente 120 dias. No
40
Temperatura oC
30
20
Consumo
acelerado dos 10 Degradação lenta e prolongada da lignina e de
Quebra de proteínas, gorduras,
açúcares e amidos hemicelulose e celulose
outros compostos altamente resistentes, e
solúveis formação de uma mistura orgânica resistente
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
Tempo (dias)
Dentre os principais fatores que afetam o pro- Umidade e aeração: o interior da leira deve
cesso de compostagem, detalhados a seguir, ser úmido, mas sem encharcamento ou ex-
destacam-se a aeração adequada, o equilíbrio cesso de água (entre 50 e 75 %) e deve haver
de materiais orgânicos e a presença de micror- muitos espaços entre as partículas para que o
ganismos ativos, todos fundamentais para o ar circule sem dificuldade homogeneamente
sucesso desse processo. por toda massa de resíduos (entre 11 % e 14 %
de oxigênio é suficiente para a boa aeração).
Temperatura: é o fator síntese mais impor- Isso se consegue com o equilíbrio de materiais
tante no monitoramento do processo de estruturantes ricos em carbono e, em espe-
compostagem. A temperatura é função da cial, de lignina, com os materiais úmidos ricos
atividade microbiológica e inicia-se por uma em nitrogênio. A aeração deve ser garantida
fase mesófila (35 a 45 ºC) atinge uma fase por movimento convectivo interno da leira,
termófila (entre 55 ºC e 75 ºC) e uma fase de por frequentes revolvimentos ou por aeração
arrefecimento voltando lentamente à tempe- forçada, mas é muito importante que a aera-
ratura ambiente. Para que ocorra a sanitização ção seja a mais homogênea possível em toda
do resíduo durante a compostagem deve-se a massa de resíduos. O excesso de umidade
garantir pelo menos 14 dias com temperatu- deve ser retirado bem rápido do interior da
ras acima de 55 ºC ou 03 dias acima de 65 ºC leira por sistemas de drenagem para que não
(Resolução CONAMA Nº 481/2017 em Brasil, prejudique a entrada de ar. Quando há exces-
2017). Se a temperatura não atingir os 55 ºC so de umidade no interior da leira o ambiente
necessários, medidas corretivas devem ser fica anaeróbio, isto é, sem oxigênio, e pode
adotadas como, por exemplo, o revolvimento. gerar odores e atração de vetores.
Convém impedir que a temperatura da leira
04
Preparação para
implantação
da unidade de
compostagem
Preparação para
implantação da unidade
de compostagem
Figura 4 - Utilização
de contendores
sinalizados com
cores e imagens
para cada fração
da coleta seletiva
na cidade de São
Francisco (EUA)
Fonte: SF Public Works (2023).
Figura 5 - Caminhão
especializado da
coleta seletiva
de orgânicos em
condomínios de
Florianópolis (SC)
Fonte: Florianópolis (2021).
putrescibilidade. Para isso, é necessário o es- que ações de treinamento, produção e distri-
tabelecimento de um sistema robusto de co- buição de materiais informativos e fiscalização
leta seletiva, incentivos e fiscalização, que alie são essenciais para garantir a boa qualidade da
a disponibilização de infraestrutura municipal separação dos resíduos orgânicos na origem.
com ações de educação am-
Figura 6 – Sistema de coleta seletiva de resíduos orgânicos em Milão, Itália.
biental contínuas para sen-
sibilização e mobilização da Lixeira de cozinha ventilada
população para a correta A pequena lixeira de cozinha apresenta
uma estrutura especial aerada para
segregação dos resíduos garantir a oxigenação do saco
na fonte. compostável e de seu conteúdo,
Considerando esses minimizando a geração de odores e
aspectos, indica-se que líquidos.
se inicie o tratamento dos
resíduos orgânicos na uni- Sacos compostáveis
dade de compostagem Sacos produzidos com bioplásticos tem
propriedades e características muito
por aqueles de grandes ge- similares aos plásticos tradicionais,
radores, que já apresentam porém, são biodegradáveis e
algum grau de segregação Contentor com rodinhas compostáveis de acordo com a norma
europeia EN13432.
na origem, como as feiras Contentores de 120 L dispostos nas
calçadas*, para cada residência. Também
livres e mercados, sendo
disponível no tamanho de 35 L.
incorporados os resíduos
domésticos conforme for *gratuitamente
Os contentores são distribuídos
à população
avançando a implantação Fonte: adaptado de Heinrich (2017).
dos sistemas de coleta seletiva domiciliar dos
resíduos orgânicos. A utilização da unidade
de compostagem como um instrumento de
educação ambiental, bem como a distribuição
do composto produzido, podem servir como
sensibilizadores para a adoção da segregação
em três frações por parte da população, sendo
• Sistema de leiras estáticas com aeração força- A descrição das tecnologias, bem como ava-
da (aerated static pile composting) (Figura 8); liação de suas vantagens e desvantagens está
• Sistema de leiras estáticas de aeração passiva apresentada no Quadro 2.
(aeração passiva com ou sem tubos perfura-
dos – Método UFSC) (Figura 9);
• Sistema de leiras estáticas cobertas por man-
tas semipermeáveis nanoporosas e aeração
forçada automatizada (Figura 10);
• Sistema de leiras com arquitetura projetada
para a aeração (sistema L.A.P.A.) (Figura 11).
Quadro 1 – Critérios utilizados para seleção das tecnologias de compostagem mais adequadas à realidade da
Baixada Santista
Enquadramento nos requisitos exigidos pela Resolução CONAMA nº 481/2017, no que diz respeito à presença de condições
aeróbias e termófilas e tempo mínimo necessário para higienização do material;
Enquadramento nos critérios definidos pela IN MAPA/SDA nº 61/2020 para a produção de compostos orgânicos de Classe A, no
que diz respeito à utilização de resíduos orgânicos domiciliares e de limpeza urbana para a produ ção de fertilizante orgânico,
desde que segregados na fonte geradora e recolhidos por coleta diferenciada em, no mínimo, três frações (orgânicos, recicláveis
e rejeitos), isentos de contaminações sanitárias;
Capacidade de tratamento de todos os tipos de resíduos orgânicos gerados por residências, mercados, restaurantes, feiras livres
e provenientes da limpeza pública;
Existência de unidades em operação em território nacional, como referência de experiência prática para redução de risco
tecnológico e de custos de transferência de tecnologia.
Figura 7 - Unidade de
compostagem com sistema
de leiras revolvidas em
Fonte: Campinas (2023)
Campinas (SP)
Figura 8 - Unidade de
compostagem com sistema
de leiras estáticas de aeração
Fonte: Parajara 2023 forçada em Indaiatuba (SP)
Figura 9 - Pátio de
compostagem com sistema
de leiras estáticas de aeração
passiva (método UFSC) em
Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2022)
Florianópolis (SC)
Considerando as características de cada uma como “Método UFSC”, que segue a meto-
das tecnologias apresentadas e a realidade e dologia de Inácio e Miller (2009) e inclui as
características da Região, selecionou-se como seguintes características:
melhor aplicáveis à realidade da Baixada • Uso de bombonas plásticas para segregação
Santista o sistema de leiras com arquitetura na origem, armazenamento e transporte dos
projetada para aeração (sistema L.A.P.A.) e o resíduos orgânicos;
sistema de leiras estáticas com membrana se- • Leiras estruturadas com paredes perpendi-
mipermeável, que apresentam boa performan- culares ao solo, com auxílio de materiais ver-
ce de processamento por área, baixo impacto des como grama e outros resíduos vegetais,
de vizinhança, fluxo contínuo de alimentação que permitem a formação de uma estrutura
e baixa a média complexidade de operação. que se sustente com o peso dos resíduos
Essas tecnologias serão detalhadas no item aplicados no interior da leira, conferindo-se
a seguir. um formato retangular à mesma;
• Revolvimento manual ou mecanizado da
leira ao final da fase ativa.
4.5. Descrição das
tecnologias sugeridas O método de Leiras com Arquitetura Projetada
para Aeração - L.A.P.A. (Ricci-Jürgensen et al.,
para aplicação na 2016) representa uma evolução e um aperfei-
Baixada Santista çoamento do Método UFSC, tornando-o mais
robusto para atendimento dos critérios de
segurança e controle de riscos para compos-
4.5.1. Sistema L.A.P.A tagem em ambientes urbanos. Esse método
incorporou os seguintes critérios ao processo
O sistema de leiras com arquitetura pro- de compostagem:
jetada para a aeração (sistema L.A.P.A.) foi • Operação mecanizada e sem uso de bombonas;
desenvolvido incorporando vários aperfei- • A arquitetura da leira é construída de modo
çoamentos a partir do sistema de leiras es- a permitir o arraste de oxigênio para seu
táticas para aeração passiva desenvolvido interior pelo fluxo convectivo, facilitando
no Brasil pela Universidade Federal de Santa a atividade de decomposição microbiana
Catarina em Florianópolis (SC), conhecido e manutenção de fatores importantes no
A arquitetura da leira promove eficiência de • O calor e a umidade interna da leira são man-
aeração da seguinte forma: tidos pelo cobertor/telhado/parede de apa-
• O excesso de líquido percolado sai rapida- ras de grama devido à micropilosidade das
mente do interior da leira; folhas de gramíneas;
• O ar frio externo entra pelos espaços vazios • Atinge-se velocidades de arrasto do ar que
entre as partículas da base de poda triturada levam oxigênio para o interior da leira e o
e do mix de resíduos; processo é acelerado, atingindo com fa-
• A ação microbiana aquece o ar no interior da cilidade temperaturas termófilas (acima
leira que sobe e puxa o ar frio externo para de 55°C).
o interior da leira, iniciando o movimento
convectivo de maneira uniforme;
O método das leiras estáticas de aeração for- com camada interna de ePTFE expandido resol-
çada cobertas com mantas semipermeáveis veu de maneira definitiva os grandes desafios
com camada interna de ePTFE (Teflon®) expan- da compostagem de resíduos sólidos munici-
dido ou politetrafluoroetileno expandido se pais em áreas urbanas, ou seja, o controle de
desenvolveu para lidar com as limitações do odores, patógenos e vetores e da emissão de
método de leiras estáticas de aeração forçada. efluentes líquidos. Devido à sua característica
O sistema utiliza uma manta que garante que a modular, essa solução pode ser aplicada em
aeração se dê com pressão positiva, ou seja, o todas as escalas de operação, tendo restrições
oxigênio não cria canais preferenciais de saída apenas em relação aos custos de implanta-
da massa de resíduos e é empurrado unifor- ção, que são elevados, devido a tratar-se de
memente para o preenchimento dos espaços tecnologia importada.
vazios internos à massa de resíduos, garantin- Os custos de operação, no entanto, são
do uma aeração homogênea (Figura 13). mais baixos que os custos de outras alterna-
A manta utilizada no processo é composta tivas, devido ao baixo consumo de energia e
por três camadas: a primeira interna, de teci- combustível e a baixa demanda de mão-de-o-
do de nylon resistente a choques mecânicos bra. Assim, com os cuidados necessários para a
e à degradação microbiológica; a segunda (o preservação dos equipamentos, a vida útil da
“miolo” da manta) de tecido de ePTFE expan- tecnologia pode estender-se e tornar os custos
dido (ePTFE), que é inerte e extremamente finais competitivos.
resistente à degradação biológica, com uma Além disso, o monitoramento das variáveis
nanoestrutura que só permite a passagem de de controle da leira como pressão, oxigênio
gases e impede que saiam da leira gotículas de e temperatura e a possibilidade de correção
líquidos, microrganismos e compostos orgâni- remota e online imediata do programa dos
cos voláteis; e a terceira camada externa, que é aeradores entrega grande segurança de ope-
constituída de tecido resistente à degradação ração e facilidade de gerenciamento remoto
por raios ultravioleta e que protege o ePTFE por meio da internet. Essas características estão
expandido da ação desses raios e das intem- transformando essa tecnologia na mais utiliza-
péries, como chuva e ventos. da para unidades de compostagem de grande
Desse modo, o sistema de leiras estáticas de escala em áreas urbanas ou periurbanas nos
aeração forçada com mantas semipermeáveis países desenvolvidos.
1. Unidade de controle
2. Computador
3. Fixador de membrana
4. Sensor de temperatura
5. Sensor de oxigênio
6. Enrolador da membrana
7. Sistema de aeração
8. Manta semipermeável
9. Calhas de aeração
10. Tubos de aeração
Apresentação de informações que permitam avaliar Deve-se apresentar, em três vias, planta planialtimé-
4 e localizar o empreendimento, sendo separadas em
dezesseis segmentos;
10 trica do imóvel, em escala compatível com a área do
imóvel, contendo demarcações, divididas em seis
segmentos. No final, terá que ter a assinatura do pro-
Diagnóstico da área de influência do empreendi- prietário e do técnico habilitado junto ao CREA;
Apresentação das medidas mitigadoras, compensa- Deve ser emitida a Anotação de Responsabilidade
7 tórias e/ou de controle ambiental considerando os
impactos previstos no item anterior. Indicação dos
12 Técnica (ART), recolhida por profissional legalmente
habilitado junto ao conselho de classe profissional
responsáveis pela implementação das mesmas e o para elaboração da Planta Planialtimétrica e do Laudo
respectivo cronograma de execução; de Caracterização da Vegetação.
05
Implantação
da unidade de
compostagem
Implantação da unidade
de compostagem
Método L.A.P.A.
Infraestrutura Equipamentos
• Cercas, portões e barreira verde; • Trator com Pá carregadeira ou Mini-carregadeira;
• Ponto de água e energia; • Triturador de galhos;
• Iluminação de emergência para operação • Peneira manual inclinada ou de balanço,
noturna; mecânica horizontal ou rotativa;
• Pavimento adequado ao tráfego de caminhões • Ensacadora e seladora;
e máquinas (pedriscos ou outro);
• Balança;
• Galpão de Apoio e Finalização do Composto;
• Termômetro;
• Baias de Recepção e Mix de Resíduos;
• Bomba hidráulica semi-submersível tipo “sapo”;
• Sistema de Drenagem, Coleta e Recirculação
de Líquidos Percolados; • Carrinhos jerica, garfo reto, garfo curvo, pá,
enxada, vassourão.
• Base da leira em geomembrana de PEAD ou
em concreto;
• Caixas de inspeção;
• Caixas de acumulação.
Dimensionamento
1. Os custos reais podem variar em função das dificuldades locais de preparação do terreno, do escopo e escala do
projeto e outros fatores. Os exemplos indicados nesse item foram retirados de projetos reais, mas não se aplicam como
casos gerais.
Dimensionamento
06
Operação da
unidade de
compostagem
Operação da unidade de
compostagem
20 7 Canaleta
Caixas de inspeção
Área de secagem
do composto
Caixa de acumulação
Sistema de drenagem Leiras de Compostagem para recirculação
Impermeabilização com geomembrana Método L.A.P.A.
de PEAD e drenos corrugados
Tubulaçõespara
aeração e coleta de
líquidos percolados
Dimensionamento:
Área Prevista: ~ 7.500 m2
Área Coberta: 500 m
Dimensionamento das leiras: L 8,4 x H 3,5 x C 50m
Número de leiras: 6
Capacidade da central de compostagem: 120 t/dia Lago para coleta e tratamento de Área de armazenamento de materiais
líquidos percolados estruturantes e poda triturada
O mix homogeneizado deve ser carregado até a leira 5 fase de maturação (ou cura) do composto, onde os
2
fungos podem estender seus micélios e promover
para alimentação, que é feita abrindo-se pelo centro a a degradação de matérias duras como a celulose e
parte superior do telhado de aparas de gramínea, re- lignina.
volvendo-se o resíduo já decomposto e descarregan-
do o mix homogeneizado. Acrescenta-se inoculante
em fina camada e uma camada de poda triturada
Após o fim da fase de maturação com a leira em
antes de recobrir novamente o telhado de aparas de
6
temperatura ambiente deve-se remover o compos-
gramínea.
to para a área coberta de finalização do produto. A
partir desse momento o composto não pode ficar
estocado à mercê das intempéries, mas abrigado
O resíduo putrescível não deve ser armazenado na do sol e da chuva para evitar perda de qualidade e
nutrientes.
3
baia de recepção por mais de 3 dias, mesmo nesse
caso deve ser imediatamente misturado a resíduos
estruturantes e coberto com uma camada de aparas
Como o composto sai com alta umidade da leira,
de gramínea para evitar a anaerobiose e a produção
de odores. Somente durante a fase ativa da compos- 7 deve-se proceder reviramentos com o fim de se-
cagem e homogeneização do material antes do
tagem (3 meses iniciais do ciclo da leira) pode-se re-
procedimento de peneiramento e embalagem. Por
circular os líquidos percolados com auxílio da bomba
fim deve ser rotulado com informações sobre o lote,
hidráulica tipo “sapo” aspergindo com regador.
data, peso e informações de registro se for o caso.
Semanalmente
Mensalmente
Segurança e saúde Avaliação individual e coletiva das posturas de Saúde e Segurança dos Traba-
dos trabalhadores lhadores com indicações de ações para correção e melhoria.
Anualmente
A coleta para análise será realizada 120 dias após o início do processo de
Análise de compostagem. Metodologia indicada: EATON, A. Standard methods for the
amostras do examination of the waste and wastewater. 21a edição. Baker & Taylor, 2005. A
líquido percolado coleta para análise será realizada 120 dias após o início do processo de com-
postagem.
Metodologias indicadas:
AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, AMERICAN WATER WORKS ASSO-
Análise de amostras CIATION, WATER POLLUTION CONTROL FEDERATION. Standard Methods for
do ponto de the Examination of Water and Wastewater, 16a edição, 1985.
coleta de águas ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, RCRA. Groundwater Monitoring Te-
superficiais em chnical Enforcement Guidance Document, 1986.
ponto a montante e
jusante da unidade ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Methods for Chemical Analysis of
de compostagem Water and Wastes. EPA-600/4-79/020, 1983.
ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Test methods for Evaluating Solid
Waste - Physical/Chemical Methods, 2a edição, 1984
A análise do composto sólido será efetuada 120 dias após o início do processo
de compostagem. Metodologias indicadas:
Análise de BRASIL – MAPA. Instrução Normativa nº 27/2007;
amostras do
composto MAPA. Manual de métodos analíticos oficiais para fertilizantes minerais, orgâ-
finalizado nicos, organominerais e corretivos. Brasília: MAPA, 2007.
A análise do composto sólido será efetuada 120 dias após o início do processo
de compostagem.
Metodologia indicada:
Análises
microbiológicas WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Integrated Guide to Sanitary Parasi-
do composto tology. WHO, 2004.
sólido e líquido Devem ser realizadas a análise microbiológica para as amostras coletadas do
percolado percolado líquido e a análise microbiológica do composto sólido.
Geração de créditos de carbono 3,0 t CO2eq/t de Composto; (6.570 t de 3,0 t CO2eq/t de Composto; (33.811 t
CO2eq/ano)3 de CO2eq/ano)4
Fonte: Elaborado pelos autores.
07
Utilização
do composto
produzido
Utilização do
composto produzido
Umidade – 65 ºC (máx.) 50 50
pH 6,0 6,5
08
Estratégias
de educação
ambiental
Estratégias de
educação ambiental
População
Turistas
• Implementação de programas de educação ambiental, com foco em resíduos, voltados à
população flutuante nos municípios, principalmente nos meses de alta temporada (rea-
lização de eventos e distribuição de informações em locais de grande circulação, instala-
ção de faixas informativas, divulgação na mídia, entre outros);
• Orientação e divulgação de informações para permissionários de praia e comerciantes em
áreas turísticas sobre a correta separação e descarte de resíduos orgânicos.
Escolas
• Inserção do tema de gestão de resíduos no currículo escolar;
• Palestras e aulas sobre a importância da separação e tratamento de resíduos orgânicos;
• Implantar ações de caráter educativo e pedagógico, em parceria com entidades do setor
empresarial e sociedade civil organizada, para estudantes em todos os níveis de ensino, po-
pulação em geral e população flutuante;
• Treinamento dos funcionários da cozinha, alunos e professores sobre a separação dos resí-
duos e realização da compostagem;
• Implantação de composteiras para tratamento dos resíduos orgânicos gerados na escola,
operadas com apoio dos alunos e professores;
• Organização de visitas às unidades de compostagem;
• Construção de hortas e jardins utilizando o composto produzido.
Administração pública
• Implantação da separação e tratamento de resíduos orgânicos nos prédios da administração
pública, com produção de materiais de comunicação sobre a correta separação e descarte;
• Promover treinamentos sobre a segregação e formas de tratamento e disposição adequadas
para os resíduos orgânicos;
• Implantar canal de comunicação entre a população e a administração pública, para aumen-
tar a participação nos processos de gestão de resíduos orgânicos.
09
Boas Práticas
da Baixada
Santista
Boas Práticas da
Baixada Santista
Bertioga Santos
O Município teve dentro do Projeto RSU Energia, O Município possui o Programa Recicla Santos, que
em parceria com o IPT, a distribuição de compos- envolve a segregação de resíduos orgânicos des-
teiras domésticas e oficina de compostagem, além de a fonte. Possui também o Programa Compos-
da implantação de biodigestor para tratamento ta Santos, que implementou uma usina piloto de
de resíduos orgânicos municipais. Possui também compostagem e promove a compostagem em
um guia de reaproveitamento de resíduos de poda domicílio. No projeto foram distribuídas 59 com-
(Souza; Velasco, 2022). No Viveiro Municipal de posteiras-minhocários para entidades como ONGs
Plantas e Ideias Leopardo Francisco da Silva, co- e associações, as quais são supervisionadas e ser-
nhecido como Seo Leo, possui uma Composteira vem como centros de educação ambiental. Segun-
Verde para o tratamento dos resíduos orgânicos do a Secretaria de meio ambiente no programa
gerados na unidade. Além disso, a Secretaria de Composta Santos, em parceria com a Unifesp e o
Meio Ambiente distribui composteiras para aque- Mesa Brasil (Sesc), originou-se o projeto Feira Feliz
les interessados em iniciar o processo de compos- em 2022, iniciativa que analisou o descarte de resí-
tagem. duos orgânicos pelos feirantes e concluiu que 57 %
deles podem ser compostados.
10 Referências
Referências
AGÊNCIA MURAL. Prefeitura de SP oferece compostagem gratuita à população. 2021. Disponível em: https://
www.agenciamural.org.br/prefeitura-de-sp-oferece-compostagem-gratuita-a-populacao-saiba-como-retirar/. Acesso
em: 04 ago. 2023.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.448-2: Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes
renováveis - biodegradação e compostagem – requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. 10 p.
BRASIL. Decreto n° 10.936, de 12 de janeiro de 2022. Regulamenta a Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui
a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, Brasília, Seção I, Extra A, p. 2, 12 jan., 2022. Disponível
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/d10936.htm. Acesso em: 30 maio 2023.
BRASIL. Decreto nº 11.043, de 13 de abril de 2022. Aprova o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da
União, Brasília, 14 abr. 2022. Disponível em: Acesso em:1 jul. 2023.
BRASIL. Lei n° 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n° 9.605, de
12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 03 ago. 2010. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm. Acesso em: 30 maio 2023.
BRASIL. Lei n° 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do saneamento básico. Diário Oficial da União,
Brasília, Seção I, p. 1, 16 jul., 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.026-de-15-de-julho-
-de-2020-267035421. Acesso em: 20 abr. 2023.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos
e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, 17 fev. 1986. p. 2548-2549.
(Alterada pelas Resoluções nºs 11/1986, 05/1987, 237/1997 e 494/2020)
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 237, de 22 de dezembro de 1997. Regulamenta os aspectos
de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial da União, Brasília,
22 dez. 1997. p. 30.841-30843. Disponível em: http://conama.mma.gov.br/?option=com_sisconama&task=arquivo.
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