Thiago Dekker - A Regulação Aplicável A Pós Negociação No Brasil (TCC - Mackenzie)
Thiago Dekker - A Regulação Aplicável A Pós Negociação No Brasil (TCC - Mackenzie)
Thiago Dekker - A Regulação Aplicável A Pós Negociação No Brasil (TCC - Mackenzie)
São Paulo
2020
THIAGO DEGANI DEKKER
Trabalho de Graduação
Interdisciplinar apresentado como
requisito para obtenção do título de
Bacharel no Curso de Direito da
Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
São Paulo
2020
THIAGO DEGANI DEKKER
Trabalho de Graduação
Interdisciplinar apresentado como
requisito para obtenção do título de
Bacharel no Curso de Direito da
Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
Examinador(a):
Examinador(a):
Examinador(a):
Ao meu “Back-office”: Minha avó Maria
Lucia Fabrino Batista e minhas
madrinhas Gilda Degani e Gilka Degani.
RESUMO
This study aims to provide a regulatory treatment, in the Brazilian legal system, for the
post-trade processing of securities. Legally, we will discuss the concepts and
characteristcs relevant to market infrastructures, the applicable regulatory framework, the
market infrastructures of B3 S. A. – Brazil Exchange and OTC and its participants.
Furthermore, it will be analyzed the normative framework of the cycle of post-trading
process of stocks in the spot market and, finally, it will be detailed the significance
collateral given by the participants, under the law number 10.214/01.
Keywords: Post-trade process. Risk management. Clearing Houses. Securities. Market
infrastructure.
GLOSSÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
2 INFRAESTRUTURAS DE MERCADO – CONCEITO E ESPÉCIES DE
ACORDO COM O PRINCIPLES FOR FINANCIAL MARKETS
INFRASTRUCTURES ................................................................................................... 15
2.1 Importância do PFMI para a regulação das infraestruturas de mercado
brasileiras ..................................................................................................................... 15
2.2 Conceito ................................................................................................................. 16
2.3 Espécies ............................................................................................................ 17
2.3.1 Sistemas de pagamento (Payment Systems – PS) ........................................... 17
2.3.2 Depositárias centrais de ativos financeiros e valores mobiliários (Central
Securities Depositories – CSDs).............................................................................. 18
2.3.3 Sistema de liquidação de valores mobiliários (Securities Settlement
Systems – SSS) ........................................................................................................ 18
2.3.4 Contrapartes Centrais (Central Counterparties – CCPs) .......................... 19
2.3.5 Repositórios de transações (TR) ................................................................ 20
3 O ARCABOUÇO REGULATÓRIO DAS CÂMARAS DE COMPENSAÇÃO
E LIQUIDAÇÃO E DAS DEPOSITÁRIAS CENTRAIS DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS ......................................................................................... 21
3.1 Câmaras de Compensação e Liquidação ...................................................... 21
3.1.1 Lei nº 10.214/01 ........................................................................................ 21
3.1.2 Resolução CMN nº 2882/01 ...................................................................... 22
3.1.3 Regulamento Anexo à Circular BCB nº 3.057/01 ..................................... 23
3.1.4 Circular BCB nº 3.838/17 .......................................................................... 25
3.1.5 Circular BCB nº 3.438/09 .......................................................................... 25
3.1.6 Instrução CVM nº 505/11 .......................................................................... 26
3.1.7 Instrução CVM nº 461/07 .......................................................................... 26
3.1.8 Instrução CVM nº 283/98 .......................................................................... 27
3.2 Depositárias Centrais de Títulos e Valores Mobiliários .............................. 27
3.2.1 Lei nº 12.810/13 (Arts. 22 a 28) ................................................................ 27
3.2.2 Resolução CMN nº 4593/17 ...................................................................... 28
3.2.3 Regulamento Anexo à Circular BCB nº 3.743/15 ..................................... 29
3.2.4 Instrução CVM nº 541/13 .......................................................................... 30
3.2.5 Instrução CVM nº 542/13 .......................................................................... 32
3.2.6 Instrução CVM nº 543/13 .......................................................................... 33
4 COMPONENTES DA INFRAESTRUTURA DE PÓS-NEGOCIAÇÃO DA B3
S.A – BRASIL, BOLSA, BALCÃO ............................................................................. 34
4.1 Conceitos iniciais ............................................................................................. 34
4.1.1 A B3 e a sua função autorreguladora das atividades de pós-negociação de
ativos financeiros, títulos, valores mobiliários e derivativos: ................................. 34
4.1.2 Definição da terminologia utilizada pelas áreas de pós-negociação e risco:
36
4.1.3 Participante autorizado vs Participante Cadastrado ................................... 37
4.2 Câmara BM&FBOVESPA ............................................................................ 38
4.2.1 Classificação de Infraestrutura de Mercado: ............................................. 38
4.2.2 Atuação ...................................................................................................... 38
4.2.3 Data de autorização para o funcionamento: .............................................. 39
4.2.4 Liquidação ................................................................................................. 39
4.2.5 Mercados que opera ................................................................................... 39
4.2.6 Participantes .............................................................................................. 39
4.2.7 Cadeia de responsabilidades – conceito e exemplo de estrutura básica .... 40
4.2.8 Requisitos de acesso dos integrantes da cadeia de responsabilidade
exemplificada: ......................................................................................................... 43
4.2.8.1 Membro de Compensação ..................................................................... 43
4.2.8.2 Participante de Negociação Pleno.......................................................... 44
4.2.9 Informações adicionais .............................................................................. 45
4.3 Central depositária da BM&FBOVESPA .................................................... 46
4.3.1 Classificação de Infraestrutura de Mercado .............................................. 46
4.3.2 Funções ...................................................................................................... 46
4.3.3 Data de autorização ................................................................................... 47
4.3.4 Ativos passíveis de depósito:..................................................................... 47
4.3.5 Mercados que opera ................................................................................... 47
4.3.6 Participantes .............................................................................................. 48
4.3.6.1 Participantes autorizados ....................................................................... 48
4.3.6.2 Participantes cadastrados ....................................................................... 48
4.3.7 Estruturas de contas ................................................................................... 48
4.3.7.1 Características principais ....................................................................... 48
4.3.7.2 Carteiras disponíveis: ............................................................................. 49
4.3.8 Participantes fundamentais no ciclo de liquidação de valores mobiliários
do mercado à vista na Câmara BM&FBOVESPA .................................................. 50
4.3.8.1 Agente de custódia ................................................................................. 50
4.3.8.2 Emissor: ................................................................................................. 51
4.3.8.3 Escriturador ............................................................................................ 53
4.3.8.4 Liquidante .............................................................................................. 54
4.3.9 Processo de conciliação de posições e eventos corporativos: ................... 55
5 NORMAS APLICÁVEIS AO CICLO DE PÓS-NEGOCIAÇÃO NO
MERCADO A VISTA ................................................................................................... 57
5.1 Por que o mercado à vista? ............................................................................... 57
5.2 Prestação de garantias em operações no mercado à vista ................................. 58
5.3 Descrição do processo de pós-negociação no mercado à vista ......................... 59
6 GARANTIAS PRESTADAS ÀS CÂMARAS DE COMPENSAÇÃO E
LIQUIDAÇÃO ............................................................................................................... 65
6.1 A importância dos arts. 6º e 7º da Lei nº 10.214/01 ..................................... 65
6.2 Composição da Estrutura de Salvaguardas da Câmara BM&FBOVESPA:
66
6.3 Ordem de execução de garantias em caso de inadimplência ...................... 70
6.4 Natureza jurídica das garantias previstas na Lei 10.214/01 ....................... 70
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 74
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 76
ANEXOS ........................................................................................................................ 79
13
1 INTRODUÇÃO
1
CPSS-IOSCO. Principles for financial market infrastructures. 2012. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em: 15. mai.2020. (item 1.4, p. 16)
2
Ibidem. item 1.4, p. 16
3
Ibidem. item 1.5, p. 16
16
4
b) O Banco Central do Brasil, na qualidade de membro do BIS aplica, no
monitoramento e na avaliação de infraestruturas de mercado, os princípios do PFMI na
supervisão de infraestruturas de mercado, vide Comunicado BCB nº 32.549/19;
c) A regulação brasileira que trata de infraestruturas de mercado é avaliada
periodicamente pelo BIS, pelo Monitoramento de Implementação do PFMI
(Implementation monitoring of PFMIs). Destaca-se que o Brasil foi qualificado como
nível 4 – o mais elevado – o que significa que as autoridades reguladoras observam as
responsabilidades previstas no PFMI.
2.2 Conceito
4
BIS. Normas: Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado do Banco de Internacional de Compensações.
Disponível em: https://www.bis.org/cpmi/membership.htm?m=3%7C16%7C29%7C64. Acesso em: 17 mai.
2020.
5
CPSS-IOSCO. Principles for financial market infrastructures. 2012. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em 15 mai, 2020. (item 1.4, p. 16)
6
Ibidem. item 1.8, p. 17
17
2.3 Espécies
7
Ibidem. item 1.8, p. 13
8
Ibidem. item 1.10, p. 14
18
9
Ibidem. item 1.11. p. 14
19
10
Ibidem. item 1.12. p. 14
11
Ibidem. item 1.13. p14
12
A Câmara BM&FBOVESPA, desde 2019, também pode ser contraparte central de derivativos de balcão como
swaps e opções flexíveis firmados no ambiente Cetip UTVM.
20
como já foi o caso do Contrato Futuro de Ibovespa e o Contrato Futuro de Dólar, normalmente
requer menos garantias do que um portfólio composto por apenas uma dessas posições).
13
Ibidem. item 1.14, p. 15
21
Inexiste, nas normas brasileiras, regramento unificado que regule a totalidade das
espécies de infraestruturas de mercado. Haja vista que o objeto do presente estudo se limita à
análise jurídica dos procedimentos aplicáveis na pós-negociação de títulos e valores mobiliários
no Brasil, a definição do arcabouço regulatório se restringe àquelas infraestruturas de mercado
envolvidas diretamente nesse processo, que são as Câmaras de Compensação e Liquidação e as
Depositárias Centrais de Ativos Financeiros, Títulos e Valores Mobiliários, detalhado à seguir.
A Lei nº 10.214/01 “Dispõe sobre a atuação das câmaras e dos prestadores de serviços
de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de pagamentos brasileiro e dá outras
providências” 14.
A seguir serão apresentados alguns destaques da lei/norma para efeitos do presente
estudo:
a) Determina que os sistemas de compensação e de liquidação de operações realizadas
em bolsas de mercadorias e futuros integram o sistema de pagamentos brasileiro
(“SPB”) (art. 2º, § único, IV);
b) Define e admite a compensação multilateral de obrigações em uma mesma câmara
(art. 3º, caput e art. 3º § único);
c) Impõe que sistemas de liquidação capazes de oferecer risco à solidez do sistema
financeiro sejam contraparte centrais das operações por novação contratual (art. 4º,
caput). Nota-se, portanto, que a lei prevê o exercício da função de contraparte central,
14
BRASIL. Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001. Dispõe sobre a atuação das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de pagamentos brasileiro, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mar. 2001
22
15
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. Resolução n° 2.882 de 30/8/2001, art. 2º, parágrafo incisos I a IV.
Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Resolu%C3%A7%C3%A3o&numero=288
2. Acesso em: 15 mar. 2020
23
16
BIS. Recommendations for Securities Settlement Systems (RSSS). 2001; Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em:15 mai, 2020.
17
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 3.057 de 31/8/2001. 2001. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments
/47058/Circ_3057_v12_P.pdf. Acesso em: 17 mai. 2020
24
d) Prevê a possibilidade de diferimento da liquidação por até três dias (D+3), nos casos
de operações à vista, com ações realizadas nas bolsas de valores (art. 11);
e) Determina que as câmaras ou prestadores de serviço de compensação e liquidação de
transações com ativos financeiros, títulos, valores mobiliários, derivativos financeiros e
moedas estrangeiras que devem ser contrapartes garantidoras das obrigações assumidas
pelos seus participantes nos seus respectivos ambientes (Art. 11-A, I), bem como
estabelecem o dever de assegurar a liquidação das obrigações aceitas, constituindo
patrimônio especial e adotando mecanismos de administração de risco (Art. 11-A, II);
f) Impõe a abertura de conta no BCB, por operadores de sistemas de liquidação diferida,
destinada exclusivamente a: (a) a liquidação definitiva dos resultados apurados pelos
sistemas de liquidação; (b) as movimentações financeiras relacionadas aos mecanismos
de administração de risco adotados ou vinculadas aos eventos de custódia ligadas às
obrigações de emissores (pagamento de dividendos, por exemplo) e (c) liquidar
obrigações financeiras com o BCB (Art. 13, I, II, III). O regramento específico para a
abertura de conta de liquidação no BCB é dado pela Circular BCB nº 3.438;
g) Relaciona os aspectos relevantes que devem constar clara e objetivamente nos
regulamentos dos sistemas de liquidação (Art. 15, I a X);
h) Determina que os operadores de sistemas de compensação e liquidação exijam dos
seus participantes a entrega de ativos preferencialmente líquidos, como garantia dos
seus compromissores (art. 17);
i) Prevê a sistemática de alteração de regulamentos de sistemas de liquidação, exigindo
a autorização prévia do BCB em determinadas matérias (art. 22 I, II e III) ou,
dependendo do caso, a mera comunicação ao regulador (Art. 22, § 1);
j) Estabelece a competência do BCB na supervisão de câmaras e prestadores de serviços
de compensação e liquidação (Art. 25). Nota-se, portanto, que o BCB: (a) autoriza o
funcionamento dos sistemas de compensação e liquidação e (b) supervisiona as
respectivas entidades operadoras do sistema. A distinção entre a supervisão e a
autorização pelo BCB é de suma importância para diferenciar a pessoa jurídica
operadora do sistema de compensação e liquidação com instituições autorizadas a
funcionar pelo BCB;
k) Determina que os participantes dos sistemas de compensação e liquidação sejam
instituições financeiras ou demais instituições autorizadas pelo BCB (Art. 26, caput) e
confere competência às câmaras ou prestadores de serviços de compensação e
liquidação para estabelecer regras de acesso (Art. 26, §1)
25
19
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 3.838 de 27/6/2017. 2017. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments
/50400/Circ_3838_v1_O.pdf
20
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 3.438 de 2/3/2009. 2009. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments
/47671/Circ_3438_v2_P.pdf Acesso em: 17 mai. 2020
26
21
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 505. 2011. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst505consolid.pdf. Acesso em: 17
mai. 2020.
22
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 461. 2007. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst461consolid.pdf. Acesso em: 17
mai. 2020.
27
A Lei nº 12.810/13:
“Dispõe sobre o parcelamento de débitos com a Fazenda Nacional relativos às
contribuições previdenciárias de responsabilidade dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991,
9.715, de 25 de novembro de 1998, 11.828, de 20 de novembro de 2008,
10.522, de 19 de julho de 2002, 10.222, de 9 de maio de 2001, 12.249, de 11
de junho de 2010, 11.110, de 25 de abril de 2005, 5.869, de 11 de janeiro de
23
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 283. 1998. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/200/inst283consolid.pdf. Acesso em: 17
maio 2020.
28
24
BRASIL. Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013. Dispõe sobre o parcelamento de débitos com a Fazenda
Nacional relativos às contribuições previdenciárias de responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.715, de 25 de novembro de 1998, 11.828, de 20
de novembro de 2008, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.222, de 9 de maio de 2001, 12.249, de 11 de junho de
2010, 11.110, de 25 de abril de 2005, 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, 6.404, de 15
de dezembro de 1976, 6.385, de 7 de dezembro de 1976, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e 9.514, de 20 de
novembro de 1997; e revoga dispositivo da Lei nº 12.703, de 7 de agosto de 2012. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 16 mar. 2013.
29
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem como sobre a prestação
de serviços de custódia de ativos financeiros” 25.
25
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. Resolução nº 4.593, de 28 de agosto de 2017. 2017. Disponível
em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments
/50425/Res_4593_v3_P.pdf. Acesso em: 17 mai. 2020
26
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular nº 3.743, de 8 de janeiro de 2015. 2015. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments
/48587/Circ_3743_v4_P.pdf. Acesso em: 17 mai. 2020.
30
27
Item 3.1.3, “j”
28
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 541. 2013. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst541consolid.pdf. Acesso em: 17
mai. 2020
31
29
Nota-se que o art. 45 da Instrução CVM nº 541 é a primeira norma “não-autorreguladora” que utiliza a expressão
“cadeia de responsabilidades”.
30
(COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2013)
31
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 542. 2013. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst542consolid.pdf. Acesso em: 17
mai. 2020
33
32
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 543. 2013. Disponível em:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst543consolid.pdf. Acesso em: 17
mai. 2020.
34
33
A maioria dos normativos de pós-negociação da B3 ainda não foram atualizados com a atuação razão social.
Por essa razão, inexiste, para efeitos do presente estudo, diferenças materiais entre B3 e BM&FBOVEPSA.
34
ASX:
35
JPX: Japan Exchange Grop
35
36
Art. 117. Sem exclusão de outras matérias previstas nesta Instrução, estão sujeitos à aprovação prévia
da CVM, para produzirem efeito: I – as normas de funcionamento de mercados organizados de valores
mobiliários, ou segmentos de mercados organizados de valores mobiliários, bem como suas alterações
36
37
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Glossário. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/13/47/B6/0C/8704D6100C22BFC6AC094EA8/Gloss%C3%A1rio%20--
%2020190916.pdf. Acesso em: 16 maio 2020.
38
Ibidem. Item 105. p. 8
39
Ibidem. Item 114. p. 8
37
Nota-se que os participantes autorizados são aqueles que detêm o acesso aos sistemas
de negociação e pós-negociação da B3, sendo necessária outorga de autorização do Conselho
40
Ibidem. Item 126. p. 9
41
Ibidem. Item 65. p. 6
42
Ibidem. Item 66. p. 6
43
Ibidem. Item 58. p. 5
44
Ibidem. Item 127. p. 9
45
Ibidem. Item 103. p. 8
46
Ibidem. Item 104. p. 8
38
4.2.2 Atuação
47
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da câmara de compensação e liquidação da BM&FBOVESPA.
2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20Camar
a%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso em: 20 mai.
2020.
39
4.2.4 Liquidação
Os mercados que a câmara opera são: “mercado à vista de renda variável e de renda fixa
privada, mercado de derivativos de renda variável, listados e de balcão, de empréstimo de
ativos, derivativos financeiros e de commodities, listados e de balcão e no mercado à vista de
ouro”. 49
4.2.6 Participantes
48
A Câmara BM&FBOVESPA é o resultado da incorporação da CBLC pela B3 e segue o modelo normativo da
Câmara de Derivativos da BM&F.
49
Ibidem. Art. 9º,I a VI. p. 9-10
40
50
Ibidem. Art. 13, I, III, IV, V, VI . p. 12
51
Ibidem. Art. 13. II, VII, VIII, IX. p. 12
52
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e liquidação
da BM&FBOVESPA. 2020. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/20/A6/AD/29/F15D0710E1C54D07AC094EA8/Manual%20de%20Administrac
ao%20de%20Risco%20da%20Camara%20BMFBOVESPA%20--%2020200120.pdf. Acesso em:15 mai. 2020
53
CPSS-IOSCO. Principles for financial market infrastructures. 2012. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em: 15 mai, 2020. item 1.27. p. 15)
54
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da câmara de compensação e liquidação da BM&FBOVESPA.
2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20Camar
a%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso em: 20 mai.
2020.
41
55
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e liquidação
da BM&FBOVESPA. 2020. p. 32. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/20/A6/AD/29/F15D0710E1C54D07AC094EA8/Manual%20de%20Administrac
ao%20de%20Risco%20da%20Camara%20BMFBOVESPA%20--%2020200120.pdf. Acesso em: . Acesso em:
15 mai. 2020.
42
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. MANUAL DE ACESSO DA BM&FBOVESPA. 2009 Item 2.3.2. Pg.29. Disponível em
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020
57
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da câmara de compensação e liquidação da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20
Camara%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso
em: 20 mai. 2020. (Art. 17º, p. 14, versão 30/12/2019).
58
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009. Item 2.3.2. Pg.30.
Disponível em
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020
59
Ibdem, Item 2.3.3. p. 30.
44
60
Ibidem. Item 2.3.4. p. 31.
61
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e
liquidação da BM&FBOVESPA. 2020. Pg. 130. Item. 6.13 Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/20/A6/AD/29/F15D0710E1C54D07AC094EA8/Manual%20de%20Admi
nistracao%20de%20Risco%20da%20Camara%20BMFBOVESPA%20--%2020200120.pdf. Acesso em:15
mai. 2020
62
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009. Item 2.1.2. Pg. 10.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020
63
Tratando-se das operações de mercado de renda variável, existem exceções para as demais instituições
em outros mercados de negociação.
64
Ibidem. Item 2.12. p. 11
65
Ibidem. Item 2.13. p. 13
66
. Ibidem. Item 2.15. p. 13
45
em faixas de risco e também na forma de cotas do FILCB67. Essas garantias não são
mutualizadas entre participantes e, por essa razão, enquadram-se como garantias
“Defaulter pay”, em que o participante insolvente arca com os seus próprios prejuízos.
67
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e
liquidação da BM&FBOVESPA. 2020. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/20/A6/AD/29/F15D0710E1C54D07AC094EA8/Manual%20de%20Admi
nistracao%20de%20Risco%20da%20Camara%20BMFBOVESPA%20--%2020200120.pdf. Acesso em:15
mai. 2020. (Item 6.1.3. pg. 130)
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e
liquidação da BM&FBOVESPA. Versão 20/01/2020. Pg. 130. Item 6.1.1
68
Ibidem. . Item 1.4.1. Pg. 25.
69
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da câmara de compensação e liquidação da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20
Camara%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso
em: 20 mai. 2020.. (Art. 36º, p. 22. versão 30/12/2019)
46
4.3.2 Funções
70
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (art 2º. p. 5, versão
16/12/2019).
47
Os mercados que a Central Depositária opera são: à vista (renda fixa, variável e
ouro), de empréstimo de ativos e derivativos, que exigem entrega do ativo (liquidação
não-financeira), como opções de ações.
71
Ibidem. Art. 2º, parágrafo único. p. 5
72
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (art 7º, I, II, III. p. 9,
versão 16/12/2019).
48
4.3.6 Participantes
73
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (art 33º. p. 20, versão
16/12/2019).
74
Ibidem. Art 33, §2. p. 20
49
III - entre os ativos com ônus e gravames dos demais ativos mantidos em
contas de depósito; e
IV - entre os ativos depositados e constituídos como garantia em favor da
câmara ou de infraestrutura de mercado dos demais ativos mantidos em
contas de depósito75.
75
Ibidem. Art. 15
76
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da central depositária da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/F3/66/7A/17/60F0F610B1508FE6AC094EA8/Manual%20de%20Procedi
mentos%20da%20Central%20Depositaria%20da%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em:20 mai.
2020. (Item 3.1. p. 10)
50
77
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (versão
16/12/2019. Art. 38. p. 22)
78
Ibidem. Art. 39, III. p. 22.
79
Ibidem. Art. 39, III. p. 22.
80
Ibidem. Art. 39, IX. p. 22.
81
Ibidem. Art. 39, XI. p. 23.
82
Ibidem. Art. 39, XIII. p. 23.
83
Ibidem. Art. 39, XVIII. p. 23.
84
Ibidem. Art. 39, XIX. p. 24.
85
Ibidem. Art. 39, XX. p. 24.
51
4.3.8.2 Emissor
86
Ibidem. Art. 39, XXI. p. 24.
87
Ibidem. Art. 39, XXXIII. p. 27.
88
Ibidem. Art. 39, XLI. p. 28.
89
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009 Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020(Item 2.5.1. Pg. 48)
90
Ibidem. Item 2.5.2. p. 48.
91
Ibidem. Item 2.5.3. p. 49.
92
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (versão 16/12/2019.
Art. 44).
93
Ibidem. Art. 45, I
52
94
Ibidem. Art. 45, IV
95
Ibidem. Art. 45, VI
96
Ibidem. Art. 45, VIII
97
Ibidem. Art. 45, XII
98
Ibidem. Art. 45, XVIII
99
Ibidem. Art. 45, XX
100
Ibidem. Art. 45, XXIII
101
Ibidem. Art. 45, XXVI
102
Ibidem. Art. 45, XXXIV
103
Aquele que segue as regras e os procedimentos dispostos no regulamento para a listagem de emissores e
a admissão à negociação de valores mobiliários da BM&FBOVESPA.
104
Categoria exclusiva para emissores dispensado de listagem e que não tenham efetuado pedido de listagem
ou admissão à negociação dos seus valores mobiliários.
53
4.3.8.3 Escriturador
105
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009 Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020 . (Item 3.1.3. Pg.80)
106
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020. (Art. 47)
107
Ibidem. Art. 48, I
108
Ibidem. Art. 48, VI
109
Ibidem. Art. 48, VII
110
Ibidem. Art. 48, VIII
111
Ibidem. Art. 48, XV
54
4.3.8.4 Liquidante
O liquidante é o:
participante cadastrado que utiliza a sua conta de Reservas Bancárias ou
a conta de Liquidação para efetuar ou receber os pagamentos referentes
ao processo de liquidação de eventos corporativos116O liquidante pode
efetuar ou receber pagamentos referentes à: liquidação de eventos
corporativos, na qualidade de agente de custódia ou emissor e liquidação
de eventos corporativos de terceiros.117
112
Ibidem. Art. 48, XVIII
113
Ibidem. Art. 48, XIX
114
Ibidem. Art. 48, XXII
115
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020 . (Item 3.1.3. Pg.80)
116
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20.mai.2020
118
Ibidem. Art. 51, I, II.
55
119
Ibidem. Art. 48, XXII
119
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de acesso da BM&FBOVESPA. 2009. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/24/07/15/11/99082710547B5127AC094EA8/Manual%20de%20Acesso_
20190916.pdf. Acesso em: 15 mai. 2020 . (Item 3.1.3. Pg.80)
120
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Regulamento da central depositária da BM&FBOVESPA. 2019.
Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/85/46/30/9C/40F0F610B1508FE6AC094EA8/Regulamento%20da%20C
entral%20Depositaria%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20.mai.2020
121
Ibidem. Art. 23, § 2
122
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da central depositária da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/F3/66/7A/17/60F0F610B1508FE6AC094EA8/Manual%20de%20Procedi
mentos%20da%20Central%20Depositaria%20da%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em:20. mai.
2020 . (Item 4.4 (2), pg. 34)
56
As setas abaixo representam o envio (ou a troca) de informações entre a Central Depositária e os seus participantes no processo de
conciliação de saldo de ativos por comitente:
123
PEREIRA FILHO, Valdir Carlos. Aspectos Jurídicos da Pós-Negociação de Ações.Sâo Paulo: Edições
Almedina, 2013. (Coleção Insper). (Edição do Kindle. Posição nº 877 de 2593) “No caso da novação,
haveria a substituição do contrato original celebrado no ambiente de negociação por um novo contrato no
qual a contraparte central assume a posição de contraparte de cada parte do contrato original. Desta feita, a
compra e venda pactuada originalmente se desdobraria em novos contratos, passando o vendedor a ter como
58
comprador a contraparte central e, de modo inverso, o comprador passa a ter como vendedor a contraparte
central.”
124
Instrução CVM nº 505/11, art. 27: “Art. 27. O pagamento de valores a intermediários por clientes deve
ser feito por meio de transferência bancária ou cheque de titularidade do cliente.”
125
Caso o PNP não seja o seu próprio MC e/ou não possua conta de liquidação ou reservas bancárias no
STR.
126
Acreditamos que, em razão do prazo de dois dias úteis para a transferência de valores por cheque, o
COMPE não deve ser muito utilizado para a liquidação de valores entre comitentes e PNP’s.
59
O Prof. Valdir Carlos Pereira Filho (2013), na sua obra “Aspectos Jurídicos da
Pós-Negociação de Ações”, descreve que as fases do ciclo de pós-negociação no mercado
de ações consistem na: a) aceitação; b) compensação; c) liquidação e d) guarda ou depósito
de ativos127.
Após a análise das normas da Câmara BM&FBOVESPA, percebemos que é
possível obter uma visão mais abrangente das etapas do ciclo de pós-negociação, que, para
efeitos do presente estudo, consistem nas seguintes fases:
127
PEREIRA FILHO, Valdir Carlos. Aspectos Jurídicos da Pós-Negociação de Ações.São Paulo:
Edições Almedina, 2013. (Coleção Insper). (Edição do Kindle. Posição nº 781-797 de 2593).
128
B3 S.A. - BRASIL, BOLSA BALCÃO. GLOSSÁRIO. versão 16/09/2019. Item 25. Pg. 19. Pg 3
129
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da central depositária da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/F3/66/7A/17/60F0F610B1508FE6AC094EA8/Manual%20de%20Procedi
mentos%20da%20Central%20Depositaria%20da%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20 mai
2020 (Item 5.2. p. 39).
130
Ibidem. Capítulo 7. p. 140
60
d) Conciliação:
[...] processo de verificação dos saldos de ativos depositados nas contas
de depósito na central depositária, com as posições mantidas na sua
propriedade fiduciária, conforme informadas pelo emissor, escriturador
por ele contratado132.
131
Ibidem. Item 8.1. p. 151
132
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da central depositária da
BM&FBOVESPA. 2019. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/F3/66/7A/17/60F0F610B1508FE6AC094EA8/Manual%20de%20Procedi
mentos%20da%20Central%20Depositaria%20da%20BMFBOVESPA_20191216.pdf. Acesso em: 20.mai.
2020. (Item 4.4 (2). p. 34)
133
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da câmara de compensação
e liquidação da BM&FBOVESPA. 2020. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20
Camara%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso
em: 16 mai. 2020(Item 5.1. p. 36)
61
134
Ibidem. Item. 5.2.5. p. 48
135
Ibidem. Item. 7.1.2.2. p. 147
136
Ibidem. Item. 8.1.4. Etapa 1. p. 166
137
Ibidem. Item. 8.1.4. Etapa 13. p. 168
138
Ibidem. Item. 8.1.4. Etapa 14. p. 169
139
Ibidem. Item. 8.1.4. Etapa 17. p. 169
62
140
Ibidem. Item. 8.1.4. Etapa 19. p. 169
63
141
SZTAJN, Rachel. Futuros e Swaps: uma visão jurídica. São Paulo: Cultural Paulista. 1999. p. 210
142
CPSS-IOSCO. Principles for financial market infrastructures. 2012. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em: 15 mai 2020 . (item 3.6.1. p. 51)
143
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de administração de risco da câmara de compensação e
liquidação da BM&FBOVESPA. 2020. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/20/A6/AD/29/F15D0710E1C54D07AC094EA8/Manual%20de%20Admi
nistracao%20de%20Risco%20da%20Camara%20BMFBOVESPA%20--%2020200120.pdf. Acesso em:15
mai. 2020, pg. 7.
144
Ibidem. Item 1.1, p. 11
67
145
Ibidem. item 4.3.2. p. 83
146
Ibidem. Item. 6.1.2. p. 130
68
147
CPSS-IOSCO. Principles for financial market infrastructures. 2012. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em:15 mai. 2020 . (item 3.4.17. p. 48)
148
B3 S.A. - Brasil, Bolsa Balcão. Manual de procedimentos operacionais da câmara de compensação
e liquidação da BM&FBOVESPA. 2020. Disponível em:
http://www.b3.com.br/data/files/2C/06/4C/89/A2D6F6109A4874F6AC094EA8/Regulamento%20da%20
Camara%20de%20Compensacao%20e%20Liquidacao%20da%20BMFBOVESPA_20191230.pdf. Acesso
em: 16 mai. 2020. (Item. 6.5.1.3. p. 166 – 170)
69
O último tema a ser abordado por este estudo é a análise da natureza jurídica das
garantias prestadas às contrapartes centrais garantidoras previstas no art. 4º, §3 da Lei nº
10.214, a saber:
Art. 4o Nos sistemas em que o volume e a natureza dos negócios, a
critério do Banco Central do Brasil, forem capazes de oferecer risco à
solidez e ao normal funcionamento do sistema financeiro, as câmaras e
os prestadores de serviços de compensação e de liquidação assumirão,
sem prejuízo de obrigações decorrentes de lei, regulamento ou contrato,
em relação a cada participante, a posição de parte contratante, para fins
de liquidação das obrigações, realizada por intermédio da câmara ou
prestador de serviços.
149
SALOMÃO NETO, Eduardo. Direito Bancário. São Paulo: Atlas, 2005. p. 346
150
Ibidem. p. 346
151
EIZIRIK, Nelson. Aspectos jurídicos dos mercados futuros. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1991.
p. 34.
72
152
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. 17. ed. São Paulo, 2014. p. 1072
153
Ibdem. p. 1072
73
[...] A garantia real apresenta-se como um direito acessório, uma vez que
sua existência só se compreende se houver uma relação jurídica
obrigacional, cujo adimplemento assegura. O débito é o principal, e a
garantia real, o acessório, seguindo o destino do primeiro, extinguindo-se
com a extinção da dívida. (Grifo nosso)
Como vimos, o art. 4º, §3 da Lei nº 10.214/01 prevê que as garantias prestadas
pelos participantes são consideradas como uma das “salvaguardas” para o exercício de
atividade de contraparte central por câmaras e prestadores de serviço de compensação e
liquidação. A lei inclui todas as garantias prestadas pelos participantes, inclusive aquelas
que não têm natureza operacional, como é o caso das garantias de acesso de participantes
(Fundo de Liquidação e Garantias Mínimas Não-Operacionais). No momento de prestação
dessas garantias, inexiste débito e dívida do participante perante a câmara, pois ele ainda
está no processo de autorização para atuar na infraestrutura de mercado da B3.
A função das garantias de acesso é cobrir o risco residual futuro que pode não ser
coberto 154 pelas demais garantias depositadas na câmara derivadas das operações de
comitentes, caso ocorra um evento de inadimplência.
Nesse sentido, defendemos, por fim, que as garantias depositadas às contrapartes
centrais têm natureza sui generis, na medida que a sua destinação é definida no próprio
art. 4º, §2 da Lei nº 10.214/01155, isso é, o de “assegurar a certeza da liquidação das
operações [...] compensadas e liquidadas”, podendo existir ou não uma dívida do
participante perante a contraparte central no momento de seu depósito, a depender da
finalidade.
154
Como flutuação dos preços de ações em garantia, por exemplo.
155
BRASIL. Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001. Dispõe sobre a atuação das câmaras e dos prestadores
de serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de pagamentos brasileiro, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mar. 2001
74
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 3.438 de 2/3/2009. 2009. Disponível
em:
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/
Normativos/Attachments/47671/Circ_3438_v2_P.pdf Acesso em: 17 mai. 2020.
BIS. Normas: Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado do Banco de
Internacional de Compensações. Disponível em:
https://www.bis.org/cpmi/membership.htm?m=3%7C16%7C29%7C64. Acesso em: 17
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em: https://www.bis.org/cpmi/publ/d101a.pdf. Acesso em: 15 maio 2020
BRASIL. Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001. Dispõe sobre a atuação das câmaras e
dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de
pagamentos brasileiro, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
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BRASIL. Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013. Dispõe sobre o parcelamento de débitos
com a Fazenda Nacional relativos às contribuições previdenciárias de responsabilidade
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de
julho de 1991, 9.715, de 25 de novembro de 1998, 11.828, de 20 de novembro de 2008,
10.522, de 19 de julho de 2002, 10.222, de 9 de maio de 2001, 12.249, de 11 de junho de
2010, 11.110, de 25 de abril de 2005, 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
Processo Civil, 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
6.015, de 31 de dezembro de 1973, e 9.514, de 20 de novembro de 1997; e revoga
dispositivo da Lei nº 12.703, de 7 de agosto de 2012. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 16 mar. 2013.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 461. 2007. Disponível
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http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst461consol
id.pdf. Acesso em: 17 maio 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 505. 2011. Disponível
em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst505c
onsolid.pdf. Acesso em: 17 maio 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 541. 2013. Disponível
em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst541c
onsolid.pdf. Acesso em: 17 maio 2020
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 542. 2013. Disponível
em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst542c
onsolid.pdf. Acesso em: 17 maio 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 543. 2013. Disponível
em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst543c
onsolid.pdf. Acesso em: 17 maio 2020.
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ANEXOS
declaro para os devidos fins que tenho pleno conhecimento das regras
metodológicas para confecção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
informando que o realizei sem plágio de obras literárias ou a utilização de
qualquer meio irregular.
Declaro ainda que, estou ciente que caso sejam detectadas irregularidades
referentes às citações das fontes e/ou desrespeito às normas técnicas próprias
relativas aos direitos autorais de obras utilizadas na confecção do trabalho, serão
aplicáveis as sanções legais de natureza civil, penal e administrativa, além da
reprovação automática, impedindo a conclusão do curso
______________________
Assinatura do discente
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