A Contabilidade Gerencial em Micro e Pre
A Contabilidade Gerencial em Micro e Pre
A Contabilidade Gerencial em Micro e Pre
INSTRUMENTO DE GESTÃO.
RESUMO
ABSTRACT
In the constants global changes, the companies need of differential that maintain them in a
high landing of competitiveness. This way, through a bibliographical research, it is possible
to explain that the managerial accounting (with their accounting instruments) it is
indispensable for the decision process. Besides aiding in the wide vision that is possible to
have of the company, the mechanisms of the which are offered give support in the
decisions in a more correct way. Its importance is translated and it is practiced in success
companies, because the great support of that instrument gives up possibility its main
objective: the profit.
1 INTRODUÇÃO
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preparando-as para enfrentar o mercado econômico. De posse dessas informações, o
gestor tem a capacidade de interpretar através dos relatórios adequados e claros, a
situação econômica e financeira da empresa, podendo assim evitar ações inadequadas
que não produzam efeitos desejados.
A informação que a contabilidade oferece não teria nenhum sentido se não
houvesse uma distinção específica que focasse os fatos registrados. A contabilidade
gerencial é uma forma ímpar de transformar dados e fatos em análises e relatórios que
retratem a imagem da empresa em seu momento presente.
É realidade que nas micro e pequenas empresas alguns gestores nem sempre dão
importância à contabilidade gerencial, visto que, por se tratar de empresa de pequeno
porte, preocupam-se apenas em cumprir as exigências fiscais e obter lucro sem analisar
possíveis reduções de custos, ou analisar outros investimentos que poderiam trazer um
rendimento maior.
Em virtude desse aspecto relevante, é importante que as micro e pequenas
empresas saibam que têm um forte aliado que as auxiliará na gestão da empresa, basta
apenas que as mesmas, mudem o foco de gestão, uma vez que, o modelo de
gerenciamento é formado por vezes entre familiares e as decisões são baseadas em suas
experiências, ignorando as reais vantagens que os sistemas gerenciais podem fornecer.
Assim, esse artigo tem como finalidade, demonstrar a importância da contabilidade
gerencial nas micro e pequenas empresas, de forma que, com a sua utilização seja
possível tomar decisões mais seguras e precisas, pois, o suporte gerencial é
imprescindível para a continuidade e progresso da empresa.
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II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a
ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
240.000,0(duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois
milhões e quatrocentos mil reais).
Segundo o Sebrae, as micro e pequenas empresas representam 98% do número
de empresas do país e ocupam um patamar como maior empregabilidade do país, no
entanto ainda sofrem com as altas taxas de mortalidade , devido principalmente a falta de
informações gerenciais acompanhada da alta carga tributária e a falta de recurso para
investimentos..
Outro fator importante é que estas em sua maioria são administradas pelos donos
que na grande maioria não possuem formação profissional contábil nem de gestão de
negócios, dificultando assim a administração e o controle de seu empreendimento,
levando a empresa ao fracasso. Os escritórios de contabilidade em sua maioria estão
preocupados com a quantidade de clientes e não com a qualidade dos serviços
oferecidos, temem aumentar os preços para oferecer assessoria necessária e perder o
cliente. Sem um planejamento financeiro e assessoria necessária torna se impossível o
sucesso do negócio, o que na maioria dos casos leva a falência por falta de uma gestão
eficaz.
O planejamento é uma das tarefas mais importantes das empresas, e é com base
no planejamento que se realiza uma gestão competente, eficiente e eficaz, especialmente
com relação às atividades financeiras, que na maioria das vezes exige uma parcela
significativa de riscos.
Para Raza (2008, p.16):
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3 CONTABILIDADE GERENCIAL
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pois uma informação errada pode causar sérios danos a uma empresa desde a perda da
sua lucratividade até a sua extinção no mercado.
Para Da Silva, de Godoy, Cunha, & Neto( 2002, pg 24):
Os registros contábeis são fundamentais, pois eles nos levam a conhecer de forma
concreta a situação econômica-financeira das entidades, podendo detectar de forma clara
a realidade, funcionando como ferramenta gestora.
Sendo de extrema importância não somente na condição de lucratividade, mas
também na redução dos custos, verificação de aumentos de despesas decorrente dos
atos operacionais da empresa e até mesmo se a compra de um determinado
equipamento ou a compra de mais de um destes vai ser viável para a empresa, quanto
tempo ele vai conseguir reaver esse dinheiro investido na máquina, após isso, analisar
quanto será o seu custo de oportunidade com esse desembolso.
Nota-se que os autores ao conceituarem Contabilidade Gerencial utilizaram de uma
mesma linha de raciocínio: do pressuposto que a Contabilidade Gerencial serve de
ferramenta de tomada de decisão. Porém, não se pode resumir tanto o campo de atuação
desta vertente da Contabilidade.
De acordo com Neves e Viceconti (1998), a Contabilidade Gerencial não se atém
apenas nas informações produzidas e desenvolvidas dentro da Contabilidade, mas
também, se ampara de outros campos do conhecimento não vinculados diretamente à
área contábil, como exemplo a administração financeira, estatística, análise financeira,
dentre outros.
Segundo Lopes e Martins (2005, p.95), concernentes ao enfoque acima citado,
discorrem que:
[...] podemos identificar duas atividades básicas que devem ser realizadas
para que as corporações atinjam seus objetivos: coordenação e motivação.
As várias atividades da firma precisam ser adequadamente coordenadas e
os gestores e demais envolvidos precisam estar motivados para a
realização de suas funções. Para a realização dessas funções, um
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elemento é primordial: informação. Para que as atividades sejam bem
coordenadas, os gestores precisam receber informações sobre seu
desenvolvimento. Para que esses mesmos gestores adequadamente
motivados, é necessário que sistemas [...] sejam implementados como
base para a remuneração. Assim, as firmas precisam de sistemas capazes
de fornecer informações com a finalidade de coordenação e motivação dos
agentes econômicos envolvidos em suas atividades. Daí surge a
Contabilidade Gerencial.
Quanto à classificação para os sistemas, Souza (2008, pág.53,) relatou dois grupos
inter-relacionados: destinados às atividades operacionais e à gestão de negócio. O
primeiro processa dados ligados às atividades operacionais tais como: áreas de
estocagem, vendas, compras, despesas, custos e que permitem o funcionamento do
empreendimento. A segunda serve de apoio a gestão dando ênfase a aspectos
econômicos e financeiros relacionados com a gestão estratégica organizacional.
Complementa afirmando que primeiro atende as operações rotineiras das principais áreas
para depois atender a gestão.
O sistema de apoio a gestão se divide em outros sistemas tais como: sistema de
informações gerenciais (SIG). Oliveira, Perez Jr, Silva (2009, pág.55) define como um
processo de planejamento de dados em informações, que são utilizados na estrutura
decisória da empresa como ferramenta que possibilita a sustentação administrativa para
otimizar os resultados esperados.
De fato, o SIG é uma ferramenta básica no processo por fornecer informações
ágeis, precisas e organizadas para suporte a tomada de decisão, através de relatórios
que retratam o desempenho presente da empresa e informar o desempenho futuro, dando
lhe base para intervir se as previsões forem desagradáveis.
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O acesso à informação é a base de qualquer tomada de decisão, devendo a
mesma ser processada de maneira rápida e precisa, para se alcançar isso é necessária a
utilização de softwares.
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5 FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE
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5.2 Contabilidade de Custos
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Para uma correta análise da formação do preço de venda se faz necessário o
conhecimento da estrutura operacional para determinar o markup ou Mark Up: termo
usado em economia para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de
produção e distribuição.
O markup, segundo Dubois, Kulpa, Souza (2008, pág.226) é o método “mais
simples para determinação dos preços dos produtos”. Ele pode ser calculado com a
utilização da margem de contribuição ou da margem de lucro. O índice obtido é um
multiplicador que aplicado sobre o custo de qualquer produto, resultará no preço de
venda.
Ele é obtido por meio de uma fórmula que insere os impostos sobre venda,
despesas financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas
de vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada.
Os custos são classificados em relação aos produtos fabricados em custos diretos
e indiretos, quanto ao volume de produção ou venda são em custos fixos ou variáveis.
Os custos diretos podem ser quantificados e identificados no produto. Os custos
indiretos por não ser facilmente identificados, não são apropriados de forma direta,
precisando de critérios de rateio. Esses critérios por ser uma questão de julgamento
estão propícios a erros que ocorrem na tentativa de alocar nas mesmas proporções os
custos indiretos aos produtos. Essa classificação tem grande importância no custeio por
absorção, pois é o custeio que absorve todos os gastos necessários para obter o custo
da mercadoria.
Os custos fixos são aqueles cujos valores permanecem constantes dentro de
determinada capacidade produtiva. No entanto o valor unitário produzido varia a medida
que ocorre uma alteração no valor total produzido, esse é a chamada produção em
escala, muito utilizado por grandes empresas, como diferencial competitivo.
Normalmente necessitam de critérios de rateio para sua determinação. As despesas
fixas têm as características semelhantes aos custos fixos.
Os custos variáveis mantêm relação direta com o volume produzido ou serviço
prestado, alterando seus valores à medida que a produção aumenta ou diminui, sendo
seus valores unitários constantes e sua alocação aos produtos é de forma direta. As
despesas apresentam o mesmo comportamento que custos.
Assim, o custeio variável por fornecer informações gerenciais será um dos
enfoques apresentando como aplicá-los nas micro e pequenas empresas. É preciso
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destacar novamente sua importância, visto que, as empresas adotem sistemas de
informações que possibilitem a diferenciação de custos e despesas.
Abordaremos a relação custo/volume/lucro por ser um instrumento de
planejamento que possibilita estudar a relação de receitas totais, custos e despesas,
além de ser essencial para o planejamento da lucratividade, pois possibilita projetar o
lucro em níveis diferentes de produção e venda como também o impacto sobre o lucro
com as modificações dos custos e preços de vendas.
MC= PV – (CV+DV)
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PE= GF / MC
PE=Ponto de equilíbrio
GF=Gastos Fixos
MC=Margem de Contribuição
MS= Q – QPE/ Q
MS=Margem de segurança
Q=Quantidade produzida
QPE=Quantidade do ponto de equilíbrio
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Numa sociedade que passa por constantes mudanças a busca por informações é
um grande diferencial competitivo. Os relatórios emitidos pela contabilidade são
fundamentais para a tomada de decisões rápidas e precisas, e apresenta o quanto as
demonstrações contábeis trazem de forma realista o que as empresas realmente
possuem. Os gestores tem na contabilidade sua aliada em que através de suas
ferramentas gerenciais é possível saber seus custos, ponto de equilíbrio, lucratividade e
principalmente sua rentabilidade.
Sem um instrumento de gestão, como a contabilidade gerencial, dificilmente as
micro e pequenas empresas conseguirão estabelecerem ações administrativas que
garantam sua própria sobrevivência no mercado, pois não existe possibilidade de uma
empresa funcionar e cumprir sua missão sem o uso do gerenciamento contábil que
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através do seu sistema de informações fornece dados que se fazem necessários para a
continuidade do negócio.
Esse artigo teve como objetivo apresentar a importância da contabilidade gerencial
enfocando as micro e pequenas empresas, buscando através de referencial bibliográfico
apresentar alguns dos instrumentos da contabilidade para analise e controle do
patrimônio.
Em um dos momentos foi apresentada um breve relato sobre as micro e pequenas
empresas no país em seguida apresentado a contabilidade gerencial e os sistemas de
informações gerenciais utilizados para extrair os dados numéricos que serão utilizados
para a construção das demonstrações contábeis. E foi finalizado com a apresentação de
alguns mecanismos para interpretação das demonstrações contábeis, conhecimento das
classificações dos custos para formação do preço de venda, margem de contribuição,
ponto de equilíbrio e margem de segurança.
Enfatizamos diante do que foi exposto que é de suma importância para as micro e
pequenas empresas a utilização da contabilidade gerencial, a fim de que suas decisões
sejam tomadas de maneira segura e consciente, baseadas em informações que
maximizarão as chances de acertos e lhes trarão possíveis lucros .
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_________ Sérgio de; MARION, José Carlos; PEREIRA, Elias. Dicionário de Termos de
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Empresas. Conselho Federal de Contabilidade. SEBRAE. 5ª Edição, 2002.
SOUZA, Luiz Carlos de. Controladoria aplicada aos pequenos negócios. Curitiba:
Juruá, 2008.
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