Informe Semanal ARBOVIROSES 9 - 2024

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INFORME SEMANAL

Dengue, Chikungunya e Zika


Coordenadoria de Vigilância em Saúde - Célula de Vigilância Epidemiológica Ano 2024
9ª Semana Epidemiológica

Dengue, Chikungunya e Zika


Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF)
José Sarto Nogueira Moreira
Cenário epidemiológico no Município de
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Fortaleza 2024
Galeno Taumaturgo Lopes
As informações sobre dengue, chikungunya e zika registradas neste informe
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVIS)
são referentes às notificações no Sistema de Informação de agravos de No-
Nélio Batista de Morais
tificação - SINAN no período entre as semanas epidemiológicas (SE) 1 a 9
Célula de Vigilância Epidemiológica (CEVEPI)
(01/01/2024 a 29/02/2024) e estão disponíveis para consulta no Sistema de
Rui de Gouveia Soares Neto
Monitoramento Diário de Agravo - SIMDA
(https://simda.sms.fortaleza.ce.gov.br/simda/simda). A dengue é endêmica
no município de Fortaleza desde 1986, quando foi introduzido o sorotipo
Organização DENV1. Nesses 38 anos foram confirmados 366.090 casos e 299 óbitos. A
Geziel dos Santos de Souza soma dos casos registrados nos anos epidêmicos de 1994 (DENV2), 2008
(DENV2), 2011 (DENV1) e 2012 (DENV4) representa 36,4% do total
Hildinara de Souza Lima
(133.429/366.090). Nos anos em que o DENV3 foi o sorotipo predominan-
Lyvia Patrícia Soares Mesquita
te (2003-2007) não foram registradas grandes epidemias.
Rebeca de Souza Oliveira
Rui de Gouveia Soares Neto Os primeiros casos de chikungunya em residentes no município de Fortale-
za foram registrados no ano de 2014. Na época as investigações evidencia-
Colaboradores ram tratar-se de casos importados. Casos autóctones foram confirmados
Ewerton dos Santos de Souza somente a partir de dezembro de 2015. Nesses 10 (dez) anos foram confir-
Kilma Wanderley Lopes Gomes mados 101.785 casos e 191 óbitos, com destaque para 2017 quando foram
registrados 60,7% dos casos (61.828/101.785) e 75,8% dos óbitos
Pedro Miguel de Oliveira Neto
(144/191). Em 2024, não foram registrados notificações.
Regina Lúcia Souza do Vale
Os primeiros relatos de zika no município de Fortaleza datam do final de
Projeto Gráfico
2014, quando passou a ser notificada uma síndrome febril exantemática
Rebeca de Souza Oliveira com clínica equivalente à dengue mas com resultados negativos em testes
laboratoriais para essa doença. Os primeiros casos de zika confirmados por
Revisão e normalização
laboratório em residentes de Fortaleza foram registrados em 2015. Conside-
Lyvia Patrícia Soares Mesquita
rada inicialmente como “benigna”, mudou esse status quando o vírus zika
Rui de Gouveia Soares Neto passou a ser associado com o aumento do número de casos de microcefalia.
A partir de fevereiro de 2016 a doença foi incluída na lista de doenças de
Célula de Vigilância Epidemiológica notificação compulsória. Entre 2016 e 2020 foram confirmados 1.638 casos
[email protected] em residentes de Fortaleza. No ano de 2021 não foi registrado no Sinan
casos de zika. Em 2022 foram notificadas no Sinan 304 suspeitas de zika e
apenas uma confirmação. Em 2023 foram notificados 256 suspeitas e ne-
nhuma confirmação. Em 2024 foram notificados 9 suspeitas e nenhuma
confirmação.
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Dengue
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1. Cenário da dengue em Fortaleza, ano 2024


O Sinan registra 1.402 prováveis casos de dengue em residentes de Fortaleza no ano de 2024. Desses, 5,2%
(73) foram confirmados, 50,2% (704) descartados e 44,6% (625) ainda estão sob investigação. Dos confir-
mados 74,4% (54) foram por critério laboratorial e 26,0% (19) por critério clínico epidemiológico.

A distribuição das notificações por grupo etário dos pacientes mostra o seguinte cenário:
 0 a 9 anos: 9,7% (136 casos);
 10 e 18 anos: 12,1% (170 casos);
 19 e 59 anos: 72,4% dos casos (1.015 casos);
 60 anos e mais: 5,8% dos casos (81 casos).

A figura 1 registra a distribuição das notificações por semana epidemiológica no período de 2023 e 2024.
Destaca-se o período entre a 1ª SE e a 8ª SE a ser comparado, em 2023 foram 2.255 notificações e 1.379
notificações em 2024. Os dados de 2024 ainda são preliminares e representam uma redução de 39% em
relação ao mesmo período destacado em 2023.

Figura 1 - Dengue: Notificações por semana epidemiológica, Fortaleza 2023-2024.

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Fonte: SMS Fortaleza/COVIS/Célula de Vigilância Epidemiológica /SINAN ONLINE - Atualizado em 29 de fevereiro de 2024.

1.1. Dengue Grave (DG), Dengue com sinais de Alarme (DSA) e Óbito por dengue
Até a 52ª Semana de 2023 foram confirmados no Sinan 114 casos de DSA e 5 de DG, dos quais 2 evoluíram para
óbito. Nas primeiras semanas de 2024 foram notificados 9 casos de DSA e nenhuma confirmação para DG.

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1.2 Diagrama de controle, ano 2023 e 2024


Para acompanhar a força de transmissão da dengue por semana epidemiológica o município utiliza o Dia-
grama de Controle como ferramenta para monitorar oportunamente as mudanças de cenários: endêmico
para epidêmico, epidêmico para endêmico. O diagrama de controle relativo ao ano de 2023-2024 está re-
gistrado na figura 2.
Em 2023 a taxa de incidência (TI) foi inferior ao número máximo de casos esperados em todas as sema-
nas, sinalizando para um cenário de transmissão dentro do padrão endêmico do município. Nas últimas
semanas epidemiológicas do ano, a taxa máxima registrada foi de 1,6 casos/100 mil habitantes na 40ªSE.
Na 8ª SE de 2024 foi registrada uma taxa de incidência de 6,3 casos por 100 mil habitantes, a maior taxa
no período entre 1ª e a 8ª semana epidemiológica.

Figura 2 - Dengue: Diagrama de Controle, Fortaleza , 2023 e 2024.

Fonte: SMS Fortaleza/COVIS/Célula de Vigilância Epidemiológica /SINAN ONLINE - Atualizado em 20 de fevereiro de 2024.

A taxa de incidência (TI) acumulada em 2024 é de 2,7 caso/100 mil habitantes e uma média de 2,3 ca-
sos/100 mil habitantes. Quando estratificada por semana epidemiológica temos uma taxa inferior ao nú-
mero de casos máximo esperado em todas as semanas, refletindo um cenário equivalente ao observado
nos anos não epidêmicos.

Esclarecimentos acerca do diagrama de controle


1. O intervalo entre a 39ª e a 52ª SE é o período de menor incidência das arboviroses em Fortaleza;
2. O espaço de tempo entre a 1ª e a 39ª SE, em geral, é o intervalo de maior transmissão das arboviroses. Nesse
período ocorreram as epidemias de dengue no município.
3. Linha azul (limite superior): indica o número máximo de casos esperados por semana epidemiológica.
4. Linha verde (média móvel): indica o número médio de casos esperados por semana epidemiológica.
5. Linha vermelha (incidência): indica o comportamento da transmissão da dengue no período observado, po-
dendo sinalizar para os seguintes cenários:
3.1 – Cenário 1: quando a incidência (linha vermelha) se posicionar acima do limite superior (linha azul)
indica transmissão em nível epidêmico;
3.2 – Cenário 2: quando a linha incidência se posicionar entre o limite superior (linha azul) e a média móvel
(linha verde) indica transmissão da doença dentro do padrão endêmico do município;

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1.2 Distribuição espacial das notificações, 2023-2024


A distribuição espacial das notificações de dengue das semanas epidemiológicas 1 a 8 de 2023 comparado
ao mesmo período de 2024 está registrada na figura 3. Abaixo os mapas de calor procuram detectar aglo-
merados de alta, média e baixa intensidade.

As notificações em linhas gerais observa-se o seguinte:

 Em 2023, nas primeiras semanas epidemiológicas (1ª a 8ª SE), as notificações se concentraram nos bair-
ros Barra do Ceará, Cristo Redentor, Pirambu e Álvaro Weyne na regional I. Outros clusters importantes
de alta intensidade são observado nos bairros Genibaú (regional V), Autran Nunes (regional III), Vicente
Pinzon (regional II) e Jangurussu (regional VI).

 Em 2024, a distribuição espacial das notificações mantém o mesmo padrão observado durante as primei-
ras oito semanas epidemiológicas do ano anterior.

Figura 3 - Dengue: Mapa de calor registrando a distribuição das notificações e no período 1ª a 8ª SE . Fortaleza 2023-2024.

Fonte: SMS Fortaleza/COVIS/Célula de Vigilância Epidemiológica /SINAN ONLINE - Atualizado em 29 de fevereiro de 2024.

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