Op 094mr 20 Prep PRF Policial Federal Amostra
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CÓD.: 7891182030830
Raciocínio Lógico-Matemático
Noções de Física
1 Ética e moral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2 Ética, princípios e valores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3 Ética e democracia: exercício da cidadania. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
4 Ética e função pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
5 Ética no setor público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08
5.1 Decreto nº 1.171/ 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
Geopolítica Brasileira
1 O Brasil político: nação e território. 1.1 Organização do Estado Brasileiro. 1.2 A divisão interregional do
trabalho e da produção no Brasil. 1.3 A estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles. . . . . . . . . . . . . . 01
2 Distribuição espacial da população no Brasil e movimentos migratórios internos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3 A evolução da estrutura fundiária e problemas demográficos no campo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
4 Integração entre indústria e estrutura urbana, rede de transportes e setor agrícola no Brasil. . . . . . . . . . . . 12
5 Geografia e gestão ambiental. 5.1 Macrodivisão natural do espaço brasileiro: biomas, domínios e ecossistemas.
5.2 Política e gestão ambiental no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6 O Brasil e a questão cultural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
7 A integração do Brasil ao processo de internacionalização da economia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
8 O século XX: urbanização da sociedade e cultura de massas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
História da PRF
Legislação de Trânsito
1 Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; nacionalidade; cidadania e direitos políticos; partidos
políticos; garantias constitucionais individuais; garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos. . . . . . . 01
2 Poder Executivo: forma e sistema de governo; chefia de Estado e chefia de governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3 Defesa do Estado e das instituições democráticas: segurança pública; organização da segurança pública.36
4 Ordem social: base e objetivos da ordem social; seguridade social; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Meio ambiente; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Família, criança, adolescente, idoso, índio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
1 Princípios básicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2 Aplicação da lei penal. 2.1 A lei penal no tempo e no espaço. 2.2 Tempo e lugar do crime. 2.3 Territorialidade
e extraterritorialidade da lei penal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3 O fato típico e seus elementos. 3.1 Crime consumado e tentado. 3.2 Ilicitude e causas de exclusão. 3.3 Excesso
punível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
4 Crimes contra a pessoa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5 Crimes contra o patrimônio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
6 Crimes contra a fé pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7 Crimes contra a Administração Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
8 Inquérito policial. 8.1 Histórico, natureza, conceito, finalidade, características, fundamento, titularidade,
grau de cognição, valor probatório, formas de instauração, notitia criminis, delatio criminis, procedimentos
investigativos, indiciamento, garantias do investigado; conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
9 Prova. 9.1 Preservação de local de crime. 9.2 Requisitos e ônus da prova. 9.3 Nulidade da prova. 9.4 Documentos
de prova. 9.5 Reconhecimento de pessoas e coisas. 9.6 Acareação. 9.7 Indícios. 9.8 Busca e apreensão. . . . . 43
10 Prisão em flagrante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Legislação Especial
Interpretar / Compreender
1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. Interpretar significa:
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE - Através do texto, infere-se que...
DIFERENTES GÊNEROS - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz de
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar Compreender significa
e decodificar). - entendimento, atenção ao que realmente está escri-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. to.
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o texto diz que...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a - é sugerido pelo autor que...
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre ção...
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de - o narrador afirma...
seu contexto original e analisada separadamente, poderá
ter um significado diferente daquele inicial. Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir nação.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o
Normalmente, numa prova, o candidato deve: entendimento do tema desenvolvido.
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
gumentação, de um processo, de uma época (neste caso, cadas e, consequentemente, errar a questão.
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem Observação - Muitos pensam que existem a ótica
o tempo). do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas
2- Comparar as relações de semelhança ou de dife- numa prova de concurso, o que deve ser levado em consi-
renças entre as situações do texto. deração é o que o autor diz e nada mais.
3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
uma realidade. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala- si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através
vras. de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
Condições básicas para interpretar que se vai dizer e o que já foi dito.
Língua Portuguesa
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Fontes de pesquisa: O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes-
gues/como-interpretar-textos ma dois sentidos, que são
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melho-
rar-a-interpretacao-de-textos-em-provas (A) o barulho e a propagação.
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para- (B) a propagação e o perigo.
-voce-interpretar-melhor-um.html (C) o perigo e o poder.
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- (D) o poder e a energia.
tao-117-portugues.htm (E) a energia e o barulho.
Língua Portuguesa
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
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2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um Cada tipo de texto apresenta diferentes característi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mos- cas: estrutura, construções frásicas, linguagem, vocabulá-
trar o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo rio, tempos verbais, relações lógicas e modo de interação
afora. Você pode responder à questão por eliminação: a com o leitor.
segunda opção das alternativas relaciona-se a “mundo Temos os seguintes tipos textuais:
afora”, ou seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);
apenas a alternativa A! Texto narrativo;
RESPOSTA: “A”. Texto descritivo.
Língua Portuguesa
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Exemplos: folhetos turísticos, cardápios de restauran- *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
tes e classificados. a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assi-
métrico / re + surgir – ressurgir.
“Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcio- plos: ficasse, falasse.
nava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as
bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele C ou Ç e não S e SS
rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.”
vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
Tipologia Textual vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor çara, caçula, cachaça, cacique.
que também é transmitida através de figuras, impregnado sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
de subjetivismo. Ex.: um romance, um conto, uma poe- uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, cani-
sia… (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal). ço, esperança, carapuça, dentuço.
nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex.: após ditongos: foice, coice, traição.
uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denota- palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ção, Claro, Objetivo, Informativo). marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
Língua Portuguesa
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado).
Exceção: pajem. Na Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. tográfica:
verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são es-
critos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
“i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
possui, contribui. unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-
-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei-
* Atenção para as palavras que mudam de sentido ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- azul-escuro.
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (ex-
pandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
-menina, erva-doce, feijão-verde.
* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortogra- 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
fia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o Vo- cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, re-
cabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela- cém-casado.
Língua Portuguesa
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
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SISTEMA DO 1º GRAU
Teremos:
Resolução de sistemas
(A) 310
Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x (B) 320
ser 1) e isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na (C) 330
equação 2. (D) 350
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incóg- (E) 370
nita. Resolvendo:
60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12 Resolução:
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equa- Amarela: x
ção x = 20 – y. Logo: Vermelha: y
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8 Branca: z
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12) x = y + 50
y = z - 30
Método da adição z = y + 30
Esse método consiste em adicionar as duas equações Substituindo a II e a III equação na I:
de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. y+50+y+y+30=1040
Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos 3y=1040-80
algumas vezes as duas equações ou apenas uma equa- y = 320
ção por números inteiros para que a soma de uma das y = 320
incógnitas seja zero. Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
Dado o sistema : A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg
Resposta: E.
Raciocínio Lógico-Matemático
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Raciocínio Lógico-Matemático
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
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INEQUAÇÃO DO 1º GRAU 3𝑥 𝑥
+2 ≤ −3
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer 2 2
expressão do 1° grau que pode ser escrita numa das se-
guintes formas: (A) x > 2
ax + b > 0; (B) x - 5
ax + b < 0; (C) x > - 5
ax + b ≥ 0; (D) x < 2
ax + b ≤ 0. (E) x 2
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos siste-
meio do estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o mas de 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença
seguinte procedimento: é que teremos como solução um sistema de pares orde-
1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; nados.
2. Localiza-se a raiz no eixo x;
3. Estuda-se o sinal conforme o caso. Sequência prática
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o
Pegando o exemplo anterior temos: problema para a linguagem matemática;
-2x + 7 > 0 - Resolver o sistema de equações;
-2x + 7 = 0 - Interpretar as raízes encontradas, verificando se são
x = 7/2 compatíveis com os dados do problema.
Exemplos:
01. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Sabe-
-se que o produto da idade de Miguel pela idade de Lucas
é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma
das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.
Raciocínio Lógico-Matemático
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
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L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
∆ = b2 – 4ac
∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025
−𝑏± ∆
𝐿 = −𝑏±
−𝑏±∆ ∆
𝐿=𝐿 = 2𝑎2𝑎
2𝑎
02. (TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de seus quadrados
é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80
Resolução:
𝑥 + 𝑦 = 10
�
𝑥. 𝑦 = 20
Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2
Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60
Resposta: D.
EQUAÇÃO DO 2º GRAU
As equações do segundo grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e
c são constantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.
Raciocínio Lógico-Matemático
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Resolução da equação
Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilidades quanto á natureza da equação dada.
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais
já que não existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.
Raciocínio Lógico-Matemático
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
INFORMÁTICA
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aplique os filtros para poder ver o quanto os resultados A maioria deles depende de um único programa
podem ser mais especializados em relação ao que você para rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você
procura. vai necessitar do QuickTime, da Apple. Outros, além de
um player de vídeo, necessitam do “codec” apropriado.
5.1. -palavra_chave Acrônimo de “COder/DECoder”, codec é uma espécie
Retorna uma busca excluindo aquelas em que a palavra de complemento que descomprime - e comprime - o
chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca por arquivo. É o caso do MPEG, que roda no Windows Media
computação, provavelmente encontrarei na relação dos Player, desde que o codec esteja atualizado - em geral, a
resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“. instalação é automática.
Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência, Com os três players de multimídia mais populares -
os resultados que tem a palavra chave ciência serão Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você
omitidos. dificilmente encontrará problemas para rodar vídeos, tanto
offline como por streaming (neste caso, o download e a
5.2. +palavra_chave exibição do vídeo são simultâneos, como na TV Terra).
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada Atualmente, devido à evolução da internet com os mais
de uma palavra chave nos resultados. De maneira variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há
análoga ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do uma grande demanda por programas para trabalhar com
tipo computação, terei como retorno uma gama mista de imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso,
resultados. Caso eu queira filtrar somente os casos em também há no mercado uma ampla gama de ferramentas
que ciências aparece, e também no estado de SP, realizo existentes que fazem algum tipo de tratamento ou
uma busca do tipo computação + ciência SP. conversão de imagens.
Porém, muitos destes programas não são o que se
5.3. “frase_chave” pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão
Retorna uma busca em que existam as ocorrências em seu uso ou na manipulação dos recursos existentes.
dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia Caso o que você precise seja apenas um programa para
exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples
busca do tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma
da palavra FAZER, verá resultados em que a frase idêntica conferida em alguns aplicativos mais leves e com recursos
foi empregada. mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos
5.4. palavras_chave_01 OR palavra_chave_02 deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis
Mostra resultado para pelo menos uma das palavras de se utilizar dos editores, para você que não precisa
chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, de tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um
por exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas tratamento especial para as suas mais variadas imagens.
relevantes sobre pelo menos um dos dois temas - nesse O Picasa está com uma versão cheia de inovações que
caso, como as duas palavras chaves são populares, os faz dele um aplicativo completo para visualização de fotos
dois resultados são apresentados em posição de destaque. e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas
úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem
5.5. filetype:tipo do computador.
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo As ferramentas de edição possuem os métodos mais
de extensão especificada. Por exemplo, em uma busca avançados para automatizar o processo de correção de
filetype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra imagens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o pro-
chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos grama consegue identificar e corrigir todos os olhos ver-
de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, melhos da foto automaticamente sem precisar selecionar
DOC. um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicio-
nar textos, inserir efeitos, e muito mais.
5.6. palavra_chave_01 * palavra_chave_02 Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente
um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados de armazenamento capaz de filtrar imagens que conte-
em que os termos inicial e final aparecem, independente nham apenas rostos. Assim você consegue visualizar ape-
do que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo nas as fotos que contém pessoas.
facebook * msn e veja o resultado na prática. Depois de tudo organizado em seu computador, você
pode escolher diversas opções para salvar e/ou compar-
6. Áudio e Vídeo tilhar suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso
A popularização da banda larga e dos serviços de pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web.
e-mail com grande capacidade de armazenamento O programa possui integração com o PicasaWeb, o qual
está aumentando a circulação de vídeos na Internet. O possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos
problema é que a profusão de formatos de arquivos pode segundos.
tornar a experiência decepcionante.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve horário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre
e com uma interface gráfica simples porém otimizada e em horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempo-
fácil de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade rariamente desativado.
com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns 2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites
recursos simples de editor. Com ele é possível fazer ope- espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo
rações como copiar e deletar imagens até o efeito de re- acessado.
moção de olhos vermelhos em fotos. O programa oferece 3. Antes de realizar a transferência de qualquer arqui-
alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração vo verifique se você está usando o modo correto, isto é,
de cores em sua imagem por meio de apenas um clique. no caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de
Além disso sempre é possível a visualização de ima- arquivos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é
gens pelo próprio gerenciador do Windows. binário. Esta prevenção pode evitar perda de tempo.
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi-
7. Transferência de arquivos pela internet dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferên- amigo seu consiga acessar o seu computador como um
cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de inte- servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao
ração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber número IP, que lhe é atribuído dinamicamente.
arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
como servidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito 9. Grupos de Discussão e Redes Sociais
de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não São espaços de convivências virtuais em que grupos de
texto (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interes- pessoas ou empresas se relacionam por meio do envio de
sante entre enviar uma mensagem de correio eletrônico e mensagens, do compartilhamento de conteúdo, entre outras
realizar transferência de um arquivo. A mensagem é sem- ações.
pre transferida como uma informação textual, enquanto a As redes sociais tiveram grande avanço devido a evo-
transferência de um arquivo pode ser caracterizada como lução da internet, cujo boom aconteceu no início do milê-
textual (ASCII) ou não-textual (binário). nio. Vejamos como esse percurso aconteceu:
Um servidor FTP é um computador que roda um pro- Em 1994 foi lançado o GeoCities, a primeira comuni-
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é dade que se assemelha a uma rede social. O GeoCities
capaz de se comunicar com outro computador na Rede que, no entanto, não existe mais, orientava as pessoas
que o esteja acessando através de um cliente FTP. para que elas próprias criassem suas páginas na internet.
FTP anônimo versus FTP com autenticação existem Em 1995 surge o The Globe, que dava aos internautas
dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, a oportunidade de interagir com um grupo de pessoas.
é a conexão anônima, na qual não é preciso possuir um No mesmo ano, também surge uma plataforma que
username ou password (senha) no servidor de FTP, bas-
permite a interação com antigos colegas da escola, o Clas-
tando apenas identificar-se como anonymous (anônimo).
smates.
Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de
Já nos anos 2000, surge o Fotolog, uma plataforma
diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do
que, desta vez, tinha como foco a publicação de fotografias.
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível
Em 2002 surge o que é considerada a primeira verda-
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham
deira rede social, o Friendster.
acesso a todas as informações da empresa. Quando se
No ano seguinte, é lançado o LinkedIn, a maior rede
estabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acon-
tece em geral é que a conexão é posicionada no diretório social de caráter profissional do mundo.
raiz da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: E em 2004, junto com a maior de todas as redes, o
pub, etc, outgoing e incoming. O segundo tipo de conexão Facebook, surgem o Orkut e o Flickr.
envolve uma autenticação, e portanto, é indispensável que
o usuário possua um username e uma password que se- Há vários tipos de redes sociais. A grande diferença
jam reconhecidas pelo sistema, quer dizer, ter uma conta entre elas é o seu objetivo, os quais podem ser:
nesse servidor. Neste caso, ao estabelecer uma conexão, • Estabelecimento de contatos pessoais (relações
o posicionamento é no diretório criado para a conta do de amizade ou namoro).
usuário – diretório home, e dali ele poderá percorrer toda • Networking: partilha e busca de conhecimentos
a árvore do sistema, mas só escrever e ler arquivos nos profissionais e procura emprego ou preenchimento de va-
quais ele possua. gas.
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas • Partilha e busca de imagens e vídeos.
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema • Partilha e busca de informações sobre temas va-
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá- riados.
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. • Divulgação para compra e venda de produtos e
serviços.
8. Algumas dicas • Jogos, entre outros.
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú-
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecar- Há dezenas de redes sociais. Dentre as mais conheci-
ga na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de das, destacamos:
Exemplo: Exemplo:
Considere uma caneta colocada no bolso de um ho-
mem que caminha pela sala. Em relação a um observador
na mesma sala a caneta encontra-se em movimento ou
em repouso? E em relação ao dono da caneta?
Resposta:
Em relação ao observador a caneta encontra-se em
movimento, pois a distância entre o ponto referencial (ob-
servador) e o objeto (caneta) está mudando. Em relação Desta maneira, quando o móvel estiver colocado à
ao dono da caneta, esta encontra-se em repouso, pois a esquerda da origem, adotará posições com valores nega-
distância entre ambos não se altera. tivos e quando estiver à direita, adotará valores positivos
para suas posições.
Trajetória
É a representação gráfica do movimento de um objeto.
Lembre-se que esta convenção é a mais comum,
mas não é a única, foi adotada arbitrariamente, podendo
Quando um objeto está em movimento, este ocupa
várias posições diferentes no espaço. A união dos pontos ser modificada, conforme a vontade ou necessidade que
correspondentes às várias posições adotadas correspon- a resolução de uma questão nos coloque.
de à trajetória.
POSIÇÃO INICIAL
Cabe observar que a trajetória depende do referencial É representada por S0 e indica a posição do móvel no
adotado, pois em relação a vários referenciais diferentes instante inicial (t = 0). Você deve tomar cuidado para não
as trajetórias serão diferentes. confundir posição inicial com origem. A posição inicial pode
adotar qualquer valor, inclusive o zero, mas a origem sem-
Exemplo: pre tem como valor o zero.
Qual a trajetória de uma laranja caindo de uma árvore
em relação a um observador parado na frente da árvore? Tome a seguinte situação como exemplo:
E em relação a um observador que passa em um carro Um automóvel parte do km 25 de uma estrada, no sen-
que se afasta da árvore? tido da trajetória, para uma viagem que durará 6 horas. Ao
final deste período o automóvel irá encontrar-se no km 505
Resposta: da mesma estrada.
DESLOCAMENTO
É a variação de posição sofrida pelo móvel, e é repre-
No primeiro caso a trajetória será uma reta vertical, e sentado por ∆S.
no segundo um arco de parábola.
Esta variação é determinada pela subtração
POSIÇÃO OU ESPAÇO
das posições final e inicial:
E a distância medida sobre a trajetória a partir do pon-
∆S = S – S0 onde:
to referencial. Esta distância pode ser medida em qualquer
unidade. ∆S = deslocamento;
S = posição final;
É representada pela letra S. S0 = posição inicial.
∆S Unidades:
VM = No Sistema Internacional, a aceleração é medida em
∆t m/s2, mas pode-se utilizar outras unidades como km/h2,
cm/s2, etc.
Velocidade Média é a relação entre o deslocamento e
o intervalo de tempo. E representada por VM onde: MOVIMENTO ACELERADO
VM = velocidade média; Ocorre quando velocidade e aceleração têm o mesmo
sinal.
∆S = deslocamento;
MOVIMENTO RETARDADO
∆t = intervalo de tempo. Ocorre quando velocidade e aceleração têm sinais di-
ferentes.
Unidades:
Pelo Sistema Internacional a velocidade é medida em Exemplo:
m/s, mas podemos utilizar outras unidades como km/h, Um motorista está em seu automóvel a uma velocida-
cm/s, etc. de de 90 km/h. Em um dado instante percebe um obstácu-
lo na estrada, tendo que parar seu veículo em 10 segun-
Em alguns casos é necessário converter a velocidade dos. Qual aceleração média deve ser aplicada nos freios a
de km/h para m/s. Para fazê-lo basta dividir o valor dado fim de parar o carro? Classifique o tipo de movimento em
por 3,6. acelerado ou retardado.
Resolução Resolução:
Dados:
V0 = 90 km/h = 25 m/s a) Equação horária:
V = 0 ( o automóvel deve parar) Dados:
∆t =10s S0 = 10 m
V = - 2 m/s (movimento retrógrado)
Variação de velocidade:
∆V = V - V0 = 0 - 25 = -25 m/s Equação:
S = S0 + V.t ⇒ S = 10 - 2.t
Aceleração média:
No instante 3s temos:
S = 10 -2.3 ⇔ S = 10 - 6 ⇔ S = 4m
onde:
S = posição final
S0 = posição inicial
V = velocidade ou quando há ultrapassagem:
t = tempo.
Unidades:
As posições podem ser medidas em m (S.I.), km, cm,
etc.
Exemplo:
As velocidades podem ser medidas em m/s (S.I.),
Dois móveis, A e B, possuem equações horárias: SÃ
km/h, cm/s, etc.
=20+ 3.t e SB = 50- 2.t, em unidades dó Sistema Interna-
cional. Determine:
Os tempos podem ser medidos em s (S.I.), h, mm, a) O instante de encontro dos móveis;
etc. b) A posição de encontro dos móveis.
Exemplo: Resolução:
Um móvel parte da posição 10 m com velocidade, em a) No encontro temos que SA = SB:
valor absoluto, de 2 m/s. Sabendo que o movimento do SA = SB ⇔ 20+3.t = 50 - 2.t ⇔
móvel é retrógrado, determinar: 3.t +2.t = 50 – 20 ⇔ 5.t = 30 ⇔
α .t 2 onde:
S = S0 +V 0 .t +
2 V = velocidade final;
onde: V0 = velocidade inicial;
S = Posição final; α = aceleração;
S0 = Posição inicial; ∆S = deslocamento.
V0 = velocidade inicial;
Exemplo:
t = tempo; Um móvel possui velocidade de 10 m/s quando
α = aceleração. adquire aceleração de 1 m/s2. Determine a velocidade
do móvel após percorrer 400 m.
Exemplo:
Um móvel encontra-se na posição 10 m com veloci- Resolução:
dade 3 m/s quando adquire aceleração de 2 m/s2. Deter- Dados:
mine a posição do móvel no instante 5 s. V0 = 10 m/s
α = 1 m/s
Resolução: ∆S = 400 m
Dados:
S = 10 m A velocidade é:
V0 = 3 m/s V2 = V0 + 2.α.∆S ⇔ V2 = 102 + 2.1.400 ⇔
α = 2 m/s2
t = 5s 900 V = 30 m/s
V = 100+800 ⇔ V2 = 900 ⇔ V =
A posição é:
Portanto, a velocidade do móvel após percorrer 400
m é de 30 m/s.
Na prática, é muito mais simples ater-se aos valores A escravidão era legal no Brasil até 120 anos atrás.
do que aos princípios, pois este último exige muito de nós. As mulheres brasileiras conquistaram o direito de vo-
Os valores completamente equivocados da nossa socie- tar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há alguns
dade – dinheiro, sucesso, luxo e riqueza – estão na ordem anos.
do dia, infelizmente. Todos os dias somos convidados a Chamamos isso de ampliação da cidadania (MAR-
negligenciar os princípios e adotar os valores ditados pela TINS, 2008).
sociedade. Existem direitos formais (civis, políticos e sociais) que
Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constan- nem sempre se realizam como direitos reais. A cidadania
tes do espírito, as quais, por um esforço da vontade, incli- nem sempre é uma realidade efetiva e nem sempre é para
nam à prática do bem. Aristóteles afirmava que há duas todos. A efetivação da cidadania e a consciência coletiva
espécies de virtudes: a intelectual e a moral. A primeira dessa condição são indicadores do desenvolvimento mo-
deve, em grande parte, sua geração e crescimento ao en- ral e ético de uma sociedade.
sino, e por isso requer experiência e tempo; ao passo que Para a ética, não basta que exista um elenco de prin-
a virtude moral é adquirida com o resultado do hábito. cípios fundamentais e direitos definidos nas Constituições.
Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais O desafio ético para uma nação é o de universalizar os
surge em nós por natureza, visto que nada que existe por direitos reais, permitido a todos cidadania plena, cotidiana
natureza pode ser alterado pela força do hábito, portan- e ativa.
to, virtudes nada mais são do que hábitos profundamente É preciso fundar a responsabilidade individual numa
arraigados que se originam do meio onde somos criados ética construída e instituída tendo em mira o bem comum,
e condicionados através de exemplos e comportamentos visando à formação do sujeito ético. Desse modo, será
semelhantes. possível a síntese entre ética e cidadania, na qual possa
Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hi- prevalecer muito mais uma ética de princípios do que uma
tler, por exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ig- ética do dever. A responsabilidade individual deverá ser
norá-los e adotar valores como a supremacia da raça aria- portadora de princípios e não de interesses particulares.
na, a aniquilação da oposição e a dominação pela força.
Componentes Éticos e Cidadania
No mundo corporativo não é diferente. Embora a con-
vivência seja, por vezes, insuportável, deparamo-nos com
A tendência da maioria é pensar que o funcionamen-
profissionais que atropelam os princípios, como se isso
to da cidadania depende dos outros: prefeitos, vereado-
fosse algo natural, um meio de sobrevivência, e adotam
res, deputados, enfim, do governo. Uma pessoa exemplar
valores que nada tem a ver com duas grandes necessi-
comporta-se como se tudo dependesse do seu procedi-
dades corporativas: a convivência pacífica e o espírito de
mento pessoal e não do próximo.
equipe. Nesse caso, virtude é uma palavra que não faz Por outro lado, é preciso admitir que nenhum país é
parte do seu vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, subdesenvolvido por acaso, devido a uma série de coinci-
leva tempo para destituí-los do poder. dências nefastas que acabaram prejudicando a nação ao
Valores e virtudes baseados em princípios universais longo do tempo, sem culpa de ninguém. A miséria é fruto
são inegociáveis e, assim como a ética e a lealdade, ou da omissão e do descaso sistemáticos, da cobiça e da ga-
você tem, ou não tem. Entretanto, conceitos como liber- nância de alguns, durante séculos.
dade, felicidade ou riqueza não podem ser definidos com A recuperação do tempo perdido exige uma mudança
exatidão. Cada pessoa tem recordações, experiências, radical, a partir da consideração dos seguintes itens:
imagens internas e sentimentos que dão um sentido espe-
cial e particular a esses conceitos. Impostos
O importante é que você não perca de vista esses con-
ceitos e tenha em mente que a sua contribuição, no uni- O primeiro dever do cidadão responsável é colaborar
verso pessoal e profissional, depende da aplicação mais financeiramente no custeio das despesas comuns, como
próxima possível do senso de justiça. E a justiça é uma por exemplo: pagar o Imposto Territorial Urbano, a Segu-
virtude tão difícil, e tão negligenciada, que a própria justiça ridade Social e todos os tributos embutidos em serviços e
sente dificuldades em aplicá-la, portanto, lute pelos princí- alimentos. Pedir a nota fiscal ao efetuar qualquer compra.
pios que os valores e as virtudes fluirão naturalmente. Infelizmente, nem sempre os governantes se comportam
de modo isento na hora de estabelecer a carga tributária
3 ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA CI- ou o emprego dos recursos arrecadados. Alguns tributos,
DADANIA. criados com determinado fim, mudam de destinação ao
longo dos anos; outros, temporários na sua implantação,
eternizam-se inexplicavelmente; certos impostos incidem
Ética e Cidadania sobre outros, punindo desnecessariamente a população.
Por tudo isso, um cidadão responsável: mantém-se sem-
As instituições sociais e políticas têm uma história. É pre vigilante; fiscaliza o poder executivo diretamente ou
impossível não reconhecer o seu desenvolvimento e o seu por intermédio do seu representante na Câmara, Assem-
progresso em muitos aspectos, pelo menos do ponto de bleia ou Congresso; nega o voto aos políticos ineficientes
vista formal. ou corruptos, nas eleições.
Solidariedade Segurança
As organizações empregam grande parte dos tributos No mundo em que vivemos, ninguém está livre de as-
recolhidos para minimizar problemas sociais, os quais, por saltos. Pedestres, usuários de transportes coletivos e pro-
sua vez, não são tão graves quanto os dos povos subde- prietários de veículos correm perigos semelhantes. Os la-
senvolvidos. Em países emergentes, como o Brasil, o Es- drões são, via de regra, inteligentes e preguiçosos. Alguns
tado deve atender a tantas necessidades e os problemas escolhem suas vítimas pacientemente após um período de
são tão numerosos que sempre ficam enormes lacunas observação. Alguns são mais rápidos e agem intuitivamen-
por preencher. Cabe aos cidadãos esclarecidos desdo- te. Mulheres e pessoas idosas correm mais riscos. A pes-
brar-se para ajudar os marginalizados do sistema. soa circunspecta (que denota seriedade) toma distância
Além dos tributos obrigatórios, tais organizações como de pessoas envolvidas com drogas, veste-se de modo dis-
ONGs, hospitais, instituições civis e religiosas, orfanatos, creto, evita lugares isolados, estacionamentos vazios ou
escolas especiais, creches, movimentos ou associações terre- nos baldios. Antes de estacionar ou parar, dá uma
de pessoas portadoras de deficiência tentam diversas fór- olhada em volta do carro.
mulas para canalizar ajuda.
Elas não só ajudam, mas fiscalizam as despesas, con- Saúde Pública
trolam contas e decidem, na medida do possível, sobre
aplicações de recursos arrecadados. O zelo pela saúde individual tem sua dimensão social,
pois, cada vez que um cidadão adoece, a sociedade como
Meio Ambiente um todo fica prejudicada.
O cidadão ético evita que a água se acumule em qual-
Encontramos enormes problemas em nossa socieda- quer tipo de recipiente, para combater doenças parasitá-
de que devem ser resolvidos, porém o homem nunca viveu rias, dá passagem imediata a veículos de emergência (am-
tanto, nem teve tanta saúde como agora. bulância, polícia, bombeiros), dentre outras atitudes.
O principal problema do meio ambiente é que a popu-
lação da Terra aumenta, mas os recursos naturais conti- Serviços Públicos
nuam os mesmos, com a ressalva de que, cada vez, pro-
duzimos mais alimentos. Delegacias, hospitais, escolas públicas e telefones
Em contrapartida, também consumimos mais, gerando sofrem terríveis desgastes nas mãos da população. Pa-
enormes quantidades de detritos que se voltam contra nós. redes, objetos e móveis são arranhados, riscados, picha-
Como seres humanos responsáveis, é necessário di- dos, quando não arrancados do seu devido lugar, como é
fundir o hábito de poupar água, energia, reciclar o lixo, usar o caso do telefone público.
fontes alternativas de energia e controlar a natalidade. Um cidadão que se preza usa com cuidado os bens
comuns; colabora com as escolas públicas; ao sair com
Transportes o animal de estimação para passear, limpa os detritos e
excrementos deixados por este no percorrer do passeio.
O automóvel, por seu avanço tecnológico, impulsionou Texto adaptado de: http://ftp.comprasnet.se.gov.
o desenvolvimento da indústria automobilística e outros br/ sead/ licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/ser-
setores ligados direta ou indiretamente a ela. As grandes vi%E7o_publico_modulo_ I/Apostila%20Etica%20no%20
cidades renderam- se aos carros, gerando o transporte in- Servi%E7o%20 P%FAblico/Etica%20e%20Cidadania%20
dividual e, com isso, reformaram-se as ruas, criaram-se no%20Setor%20 P%FAblico.pdf
avenidas, tudo em função da sua circulação com maior
rapidez. Ética e democracia: exercício da cidadania
O pedestre foi esquecido e também o ciclista. O trans-
porte público passou a um segundo plano. Resultado: o ÉTICA E DEMOCRACIA
mundo ficou refém do automóvel.
Em um engarrafamento qualquer, os motoristas perce- O Brasil ainda caminha a passos lentos no que diz res-
bem que estão parados, a maioria deles a sós, espremidos peito à ética, principalmente no cenário político que se re-
entre quatro latas, querendo ir todos ao mesmo lugar, mas vela a cada dia, porém é inegável o fato de que realmente
sem sucesso. a moralidade tem avançado.
Além de inviabilizar ou complicar os deslocamentos, o Vários fatores contribuíram para a formação desse
trânsito rodado enerva as pessoas, produz inúmeros aci- quadro caótico. Entre eles os principais são os golpes de
dentes, polui o ambiente e empobrece muitos usuários, estados – Golpe de 1930 e Golpe de 1964.
que perdem grandes somas de dinheiro cada vez que de- Durante o período em que o país viveu uma ditadu-
cidem trocar de carro tudo isso em nome do prestígio, da ra militar e a democracia foi colocada de lado, tivemos a
privacidade e de um ilusório conforto individual. suspensão do ensino de filosofia e, consequentemente, de
O homem esclarecido prefere o transporte público, ética, nas escolas e universidades. Aliados a isso tivemos
só se senta ao volante sóbrio, partilha sua condução com os direitos políticos do cidadão suspensos, a liberdade de
amigos, conhecidos ou colegas de trabalho. expressão caçada e o medo da repressão.
Como consequência dessa série de medidas arbitrá- Exercer a cidadania por consequência é também ser
rias e autoritárias, nossos valores morais e sociais foram probo, agir com ética assumindo a responsabilidade que
se perdendo, levando a sociedade a uma “apatia” social, advém de seus deveres enquanto cidadão inserido no con-
mantendo, assim, os valores que o Estado queria impor vívio social.
ao povo.
Nos dias atuais estamos presenciando uma “nova era”
4 ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA.
em nosso país no que tange à aplicabilidade das leis e
da ética no poder: os crimes de corrupção e de desvio de
dinheiro estão sendo mais investigados e a polícia tem A insatisfação com a conduta ética no serviço público
trabalhado com mais liberdade de atuação em prol da é um fato que vem sendo constantemente criticado pela
moralidade e do interesse público, o que tem levado os sociedade brasileira. De modo geral, o país enfrenta o des-
agentes públicos a refletir mais sobre seus atos antes de crédito da opinião pública a respeito do comportamento
cometê-los. dos administradores públicos e da classe política em todas
Essa nova fase se deve principalmente à democracia as suas esferas: municipal, estadual e federal. A partir des-
implantada como regime político com a Constituição de se cenário, é natural que a expectativa da sociedade seja
1988. mais exigente com a conduta daqueles que desempenham
Etimologicamente, o termo democracia vem do grego atividades no serviço e na gestão de bens públicos.
demokratía, em que demo significa povo e kratía, poder. Para discorrer sobre o tema, é importante conceituar
Logo, a definição de democracia é “poder do povo”. moral, moralidade e ética. A moral pode ser entendida
A democracia confere ao povo o poder de influenciar como o conjunto de regras consideradas válidas, de modo
na administração do Estado. Por meio do voto, o povo é absoluto, para qualquer tempo ou lugar, grupo ou pessoa
que determina quem vai ocupar os cargos de direção do determinada, ou, ainda, como a ciência dos costumes, a
Estado. Logo, insere-se nesse contexto a responsabilida- qual difere de país para país, sendo que, em nenhum lu-
de tanto do povo, que escolhe seus dirigentes, quanto dos gar, permanece a mesma por muito tempo. Portanto, ob-
escolhidos, que deverão prestar contas de seus atos no serva-se que a moral é mutável, variando de acordo com
poder. o desenvolvimento de cada sociedade. Em consequência,
A ética tem papel fundamental em todo esse processo, deste conceito, surgiria outro: o da moralidade, como a
regulamentando e exigindo dos governantes o comporta- qualidade do que é moral. A ética, no entanto, represen-
mento adequado à função pública que lhe foi confiada por taria uma abordagem sobre as constantes morais, aquele
meio do voto, e conferindo ao povo as noções e os valores conjunto de valores e costumes mais ou menos permanen-
necessários para o exercício de seus deveres e cobrança te no tempo e uniforme no espaço. A ética é a ciência da
dos seus direitos. moral ou aquela que estuda o comportamento dos homens
E por meio dos valores éticos e morais – determinados na sociedade.
pela sociedade – que podemos perceber se os atos come- A falta de ética, tão criticada pela sociedade, na condu-
tidos pelos ocupantes de cargos públicos estão visando ao ção do serviço público por administradores e políticos, ge-
bem comum ou ao interesse público. neraliza a todos, colocando-os no mesmo patamar, além
de constituir-se em uma visão imediatista.
EXERCÍCIO DA CIDADANIA É certo que a crítica que a sociedade tem feito ao ser-
viço público, seja ela por causa das longas filas ou da mo-
Todo cidadão tem direito a exercer a cidadania, isto é, rosidade no andamento de processos, muitas vezes tem
seus direitos de cidadão; direitos esses que são garantidos fundamento. Também, com referência ao gerenciamento
constitucionalmente nos princípios fundamentais. dos recursos financeiros, têm-se notícia, em todas as es-
Exercer os direitos de cidadão, na verdade, está vincu- feras de governo, de denúncias sobre desvio de verbas
lado a exercer também os deveres de cidadão. Por exem- públicas, envolvendo administradores públicos e políticos
plo, uma pessoa que deixa de votar não pode cobrar nada em geral.
do governante que está no poder, afinal ela se omitiu do A questão deveria ser conduzida com muita seriedade,
dever de participar do processo de escolha dessa pessoa, porque desfazer a imagem negativa do padrão ético do
e com essa atitude abriu mão também dos seus direitos. serviço público brasileiro é tarefa das mais difíceis.
Direitos e deveres andam juntos no que tange ao exer- Refletindo sobre a questão, acredita-se que um alter-
cício da cidadania. Não se pode conceber um direito sem nativa, para o governo, poderia ser a oferta à sociedade
que antes este seja precedido de um dever a ser cumprido; de ações educativas de boa qualidade, nas quais os indi-
é uma via de mão dupla, seus direitos aumentam na mes- víduos pudessem ter, desde o início da sua formação, va-
ma proporção de seus deveres perante a sociedade. lores arraigados e trilhados na moralidade. Dessa forma,
Constitucionalmente, os direitos garantidos, tanto indi- seriam garantidos aos mesmos, comportamentos mais du-
viduais quanto coletivos, sociais ou políticos, são precedi- radouros e interiorização de princípios éticos.
dos de responsabilidades que o cidadão deve ter perante a Outros caminhos seriam a repreensão e a repressão,
sociedade. Por exemplo, a Constituição garante o direito à e nesse ponto há de se levar em consideração as leis pu-
propriedade privada, mas exige-se que o proprietário seja nitivas e os diversos códigos de ética de categorias profis-
responsável pelos tributos que o exercício desse direito sionais e de servidores públicos, os quais trazem severas
gera, como o pagamento do IPTU. penalidades aos maus administradores.
As leis, além de normatizarem determinado assunto, Do ponto de vista da Comissão de Ética Pública, a re-
trazem, em seu conteúdo, penalidades de advertência, pressão, na prática, é quase sempre ineficaz. O ideal seria
suspensão e reclusão do servidor público que infringir dis- a prevenção, através de identificação e de tratamento espe-
positivos previstos na legislação vigente. Uma das mais cífico, das áreas da administração pública em que ocorres-
comentadas na atualidade é a Lei de Responsabilidade sem, com maior freqüência, condutas incompatíveis com o
Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas volta- padrão ético almejado para o serviço público. Essa é uma
das para a responsabilidade na gestão fiscal. tarefa complicada, que deveria ser iniciada pelo nível mais
Já os códigos de ética trazem, em seu conteúdo, o alto da administração, aqueles que detém poder decisório.
conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades A Comissão defende que o administrador público deva
aplicáveis no caso do não cumprimento das mesmas. Nor- ter Código de Conduta de linguagem simples e acessível,
malmente, os códigos lembram aos funcionários que estes evitando termos jurídicos excessivamente técnicos, que
devem agir com dignidade, decoro, zelo e eficácia, para norteie o seu comportamento enquanto permanecer no car-
preservar a honra do serviço público. Enfatizam que é de- go e o proteja de acusações infundadas. E vai mais longe
ver do servidor ser cortês, atencioso, respeitoso com os ao defender que, na ausência de regras claras e práticas
usuários do serviço público. Também, é dever do servidor de conduta, corre-se o risco de inibir o cidadão honesto de
ser rápido, assíduo, leal, correto e justo, escolhendo sem- aceitar cargo público de relevo. Além disso, afirma ser ne-
pre aquela opção que beneficie o maior número de pes- cessária a criação de mecanismo ágil de formulação dessas
soas. Os códigos discorrem, ainda, sobre as obrigações, regras, assim como de sua difusão e fiscalização. Deveria
regras, cuidados e cautelas que devem ser observadas existir uma instância à qual os administradores públicos pu-
para cumprimento do objetivo maior que é o bem comum, dessem recorrer em caso de dúvida e de apuração de trans-
prestando serviço público de qualidade à população. Afinal, gressões, que seria, no caso, a Comissão de Ética Pública,
esta última é quem alimenta a máquina governamental dos como órgão de consulta da Presidência da República.
recursos financeiros necessários à prestação dos serviços Diante dessas reflexões, a ética deveria ser considera-
públicos, através do pagamento dos tributos previstos na da como um caminho no qual os indivíduos tivessem con-
legislação brasileira – ressalta-se, aqui, a grande carga dições de escolha livre e, nesse particular, é de grande im-
tributária imposta aos contribuintes brasileiros. Também, portância a formação e as informações recebidas por cada
destaca-se nos códigos que a função do servidor deve ser cidadão ao longo da vida.
exercida com transparência, competência, seriedade e A moralidade administrativa constitui-se, atualmente,
compromisso com o bem estar da coletividade. num pressuposto de validade de todo ato da administração
Os códigos não deixam dúvidas quanto às questões pública. A moral administrativa é imposta ao agente público
que envolvem interesses particulares, as quais, jamais, de- para sua conduta interna, segundo as exigências da institui-
vem ser priorizadas em detrimento daquelas de interesses ção a que serve, e a finalidade de sua ação: o bem comum.
públicos, ainda mais se forem caracterizadas como situa- O administrador público, ao atuar, não poderia desprezar o
ções ilícitas. Dentre as proibições elencadas, tem-se o uso elemento ético de sua conduta.
do cargo para obter favores, receber presentes, prejudicar A ética tem sido um dos mais trabalhados temas da
alguém através de perseguições por qualquer que seja o atualidade, porque se vem exigindo valores morais em to-
motivo, a utilização de informações sigilosas em proveito das as instâncias da sociedade, sejam elas políticas, cientí-
próprio e a rasura e alteração de documentos e processos. ficas ou econômicas.
Todas elas evocam os princípios fundamentais da admi- É a preocupação da sociedade em delimitar legal e ile-
nistração pública: legalidade, impessoalidade, publicidade gal, moral e imoral, justo e injusto. Desse conflito é que se
e moralidade – este último princípio intimamente ligado à ergue a ética, tão discutida pelos filósofos de toda a história
ética no serviço público. Além desses, também se podem mundial.
destacar os princípios da igualdade e da probidade. Mas afinal, o que é ética???
Criada pelo Presidente da República em maio de Contemporaneamente e de forma bastante usual, a pa-
2000, a Comissão de Ética Pública entende que o aperfei- lavra ética é mais compreendida como disciplina da área de
çoamento da conduta ética decorreria da explicitação de filosofia e que tem por objetivo a moral ou moralidade, os
regras claras de comportamento e do desenvolvimento de bons costumes, o bom comportamento e a boa fé, inclusive.
uma estratégia específica para a sua implementação. Na Por sua vez, a moral deveria estar intrinsecamente ligada
formulação dessa estratégia, a Comissão considera que é ao comportamento humano, na mesma medida, em que
imprescindível levar em conta, como pressuposto, que a está o seu caráter, personalidade, etc; presumindo portanto,
base do funcionalismo é estruturalmente sólida, pois de- que também a ética pode ser avaliada de maneira boa ou
riva de valores tradicionais da classe média, onde ele é ruim, justa ou injusta, correta ou incorreta.
recrutado. Portanto, qualquer iniciativa que parta do diag- Num sentido menos filosófico e mais prático podemos
nóstico de que se está diante de um problema endêmico entender esse conceito analisando certos comportamentos
de corrupção generalizada será inevitavelmente equivo- do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao
cada, injusta e contraproducente, pois alienaria o funcio- comportamento de determinados profissionais podendo ser
nalismo do esforço de aperfeiçoamento que a sociedade desde um médico, jornalista, advogado, administrador, um
está a exigir. Afinal, não se poderia responsabilizar nem político e até mesmo um professor; expressões como: éti-
cobrar algo de alguém que sequer teve a oportunidade de ca médica, ética jornalística, ética administrativa e ética
conhecê-lo. pública, são muito comuns.
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é considerado um
país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em tamanho de território.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde
se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o
Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por
Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento do país foram:
No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana
para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação. As propriedades
rurais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos
primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção pastoril que adentrou a oeste do país e também pela descoberta
de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero
e fez surgir várias cidades.
Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento
de várias cidades.
1 FREITAS, Eduardo de. “Formação e organização do território brasileiro”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/
formacao-organizacao-territorio-brasileiro.htm. Acesso em 24 de março de 2020.
Geopolítica Brasileira
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A grande extensão territorial brasileira possibilita a resultante de um processo de conturbação ainda incipiente.
expansão da agricultura e pecuária, graças à diversidade É uma região metropolitana de menor porte em que as
de zonas climáticas. O potencial de recursos vegetais áreas urbanas de duas ou mais cidades são conturbadas.
e minerais é bastante amplo. Mas a mesma extensão A classificação oficial de uma aglomeração urbana se
territorial traz consigo uma série de problemas, como dá exclusivamente a partir do seguinte critério: político-
as grandes distâncias a serem vencidas por rodovias administrativo.
e ferrovias, cujas construções são custosas. A distância Segundo a Constituição (artigo 25): os Estados
entre São Paulo e Porto Alegre, por exemplo, corresponde da Federação podem “mediante lei complementar,
à distância entre Lisboa, em Portugal, e Frankfurt, na instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
Alemanha. Essa grande distância a ser percorrida encarece e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
os custos de produção e transporte, cria problemas de municípios limítrofes, visando integrar a organização,
diferenciação social, política e econômica entre as várias o planejamento e a execução de funções públicas de
regiões do país. interesse comum.” Tal conceito foi também adotado pelo
Com um formato semelhante ao de um triângulo de IBGE.
cabeça para baixo, nosso país está situado na porção
centro-oriental da América do Sul, entre as latitudes +5o RIDE
16’ 20” N e –33o 47’ 32” S. Isto significa que 93% do seu
território está localizado no hemisfério sul. Apresenta Ao tratar da regionalização, a Constituição Federal
distâncias enormes, mas notavelmente equilibradas, de de 1988 permitiu a articulação da União sobre complexos
um extremo a outro. A maior extensão no sentido norte- geoeconômicos e sociais, visando ao desenvolvimento
sul (4.394 km) é pouco maior que no sentido Leste- regional e à redução das desigualdades.
Oeste (4.319 km). Ao Norte, o ponto extremo se localiza Nesse contexto, foram criadas as Regiões Integradas
na nascente do rio Ailã, no monte do Caburai, estado de de Desenvolvimento – RIDES – como mais uma forma
Roraima (5o 16’ de latitude norte). No extremo sul, está o de construção de rede de cooperação. A RIDE é uma
arroio Chuí, na divisa entre o Uruguai e o Brasil (33o 45’ forma de ação mais ampla que a prevista nas Regiões
de latitude sul). A oeste, a nascente do rio Moa, na serra Metropolitanas, pois envolve municípios de mais de
de Contamana ou Divisor, na fronteira do estado do Acre uma Unidade da Federação. O objetivo das RIDES é
com o Peru (73o 50’ de longitude oeste), e a leste, a ponta articular e harmonizar as ações administrativas da União,
do Seixas, na Paraíba (34o 45’ de longitude oeste). Seu dos Estados e dos Municípios para promover projetos
centro geográfico fica na margem esquerda do rio Jarina, que visem à melhoria econômica de territórios de baixo
perto de Barra do Garças, em Mato Grosso. desenvolvimento. Assim, são promovidas iniciativas e
O Brasil tem 23.086 km de fronteiras, sendo 15.719 investimentos que reduzam as desigualdades sociais. É
km terrestres e 7.367 km marítimas. A fronteira atlântica importante notar que a criação de uma RIDE envolve a
se estende da foz do rio Oiapoque, no cabo Orange (AP) negociação entre os estados envolvidos. Tal negociação
no Norte, ao arroio Chuí (RS), no Sul. Apenas dois países determina questões como os municípios da região, os
sul-americanos não têm fronteiras com nosso país: o Chile objetivos, os instrumentos necessários e a adequação às
e o Equador. As fronteiras terrestres são dos mais variados necessidades específicas de gestão.
tipos, mas com predomínio dos naturais (rios, lagos e Os recursos públicos destinados às RIDES se
serras). destinam a: sistema viário, transporte; serviços públicos
comuns; geração de empregos e capacitação profissional;
O Brasil2 é uma república federal constituída pela saneamento básico; uso, parcelamento e ocupação
união de 26 estados federais – divididos em 5.570 do solo; proteção ao meio-ambiente; aproveitamento
municípios – e pelo Distrito Federal. Os municípios são de recursos hídricos e minerais; saúde e assistência
as menores unidades autônomas da Federação. Cada social; educação e cultura; produção agropecuária e
município possui certa autonomia administrativa e sua abastecimento alimentar; habitação popular; combate a
própria Lei Orgânica, que define sua organização política. causas de pobreza e fatores de marginalização; serviços
Contudo, esta é limitada pela Constituição Federal.
de telecomunicação; turismo e segurança pública.
O estado brasileiro que possui o maior número de
municípios é Minas Gerais: 853. A região com o maior
Estrutura do governo brasileiro
número de municípios é a Nordeste.
É importante ressaltar que o conceito de municípios
O Brasil é um República Federativa Presidencialista
não se aplica ao Distrito Federal.
formada pela União e por estados e municípios, nos quais
o exercício do poder se atribui a órgãos independentes.
Aglomeração urbana
Esse sistema federal permite que o governo central
A Constituição Brasileira se refere a aglomerações represente as várias entidades territoriais que possuem
urbanas. Contanto, não explica o conceito. Uma interesses em comum: relações exteriores, defesa,
aglomeração urbana é o espaço urbano contínuo, comunicações, etc. Ao mesmo tempo, permite que essas
entidades mantenham suas próprias identidades, leis e
2 Disponível em: https://www.educabras.com/enem/materia/sociolo- planos de ação. Os estados possuem autonomia política.
gia/aulas/organizacao_do_estado_brasileiro. Acesso 25.03.2020
Geopolítica Brasileira
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O chefe de Estado é eleito pela população, mantendo- diversificado. Dessa forma, é preciso levar em consideração
se no poder por um período de quatro anos e tenho direito cada uma das regiões e a sua importância para a evolução
a se recandidatar uma vez. As funções tanto de chefe de econômica do país.
Estado como de chefe de Governo são exercidas pelo Ao falar de trabalho, é preciso pensar na força
Presidente da República. implementada para modificação da matéria-prima,
O Presidente da República é também o chefe máximo entendendo que existem vários tipos de produtos. Para
do Poder Executivo, já que o Brasil adota o regime isso, é preciso a compreensão dos setores da economia:
presidencialista. O Presidente exerce o comando supremo - O Setor Primário (Agricultura, Extrativismo)
das Forças Armadas do país e tem o dever de sustentar a - O Setor Secundário (Indústria de Transformação)
independência e a integridade do Brasil. - O Setor Terciário (Comércio e prestação de serviços)
O Poder Executivo Federal é formado por órgãos de
administração direta – como os ministérios – e indireta, Ao longo da história da humanidade, o trabalho
como empresas públicas – coloca programas de governo apresentou diferentes significados. De atividade
em prática ou na prestação de serviço público. desmerecida à necessidade, esta lógica comportamental
O Executivo age junto ao Poder Legislativo ao participar é de fundamental importância para a compreensão da
da elaboração das leis e sancionando ou vetando projetos. evolução do significado do trabalho, assim como a própria
Em situações de urgência, o Executivo adota medidas matriz crítica frente às condições e problemáticas que
provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de cercam o tema na atualidade.
leis complementares e ordinárias e leis delegadas. Nesta esfera de relações, o contexto histórico não
É o Vice-Presidente da República que substitui o pode ser recortado e deve ser absorvido como um todo.
Presidente em caso de impedimento ou caso o cargo se Os aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais
torne vago. O Vice-Presidente deve auxiliar o Presidente são centrais para o entendimento completo das relações
sempre que for convocado para realizar missões especiais. trabalhistas e da flexibilização destas. Por conseguinte,
Já os ministros auxiliam o Presidente na direção superior está o entendimento da própria necessidade de ajustes na
da administração federal.
No Executivo Estadual, o chefe supremo é o Urbanização
governador do estado. Ele tem sob seu comando
secretários e auxiliares diretos. O governador representa Urbanização é um processo de transformação das
sua Unidade Federativa junto ao Estado brasileiro e aos características rurais de uma localidade ou região para
demais estados. Além disso, o governador coordena características urbanas.
as relações jurídicas, políticas e administrativas de seu Normalmente, a urbanização está relacionada ao
estado e defende sua autonomia. desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Nesse
O chefe do Poder Executivo Municipal é o prefeito. Ele processo, o espaço rural transforma-se em espaço urbano
precisa ter, no mínimo, 18 anos de idade e é eleito para e ocorre a migração populacional do tipo campo-cidade.
exercer um mandato de quatro anos. O prefeito possui A urbanização é estudada por ciências diversas, como
atribuições políticas e administrativas, que se expressam a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas
no planejamento de atividades, obras e serviços municipais. propondo abordagens diferentes sobre o problema do
O prefeito pode apresentar, sancionar, promulgar e crescimento das cidades. As disciplinas que procuram entender,
vetar proposições e projetos de lei. Todo ano, o Executivo regular, desenhar e planejar os processos de urbanização
Municipal elabora a proposta orçamentária, que é são o urbanismo, o planejamento urbano, o planejamento da
submetida à Câmara dos Vereadores. paisagem, o desenho urbano, a geografia, entre outras.
De acordo com a Constituição Federal e as constituições
estaduais, os municípios gozam de autonomia. Todo Rede Urbana Brasileira3
município é regido por uma Lei Orgânica, aprovada por
dois terços dos membros da Câmara Municipal. A rede urbana brasileira é constituída por centros que
O sistema brasileiro é multipartidário: permite a polarizam a economia, o fluxo de pessoas e a oferta de bens
formação legal de vários partidos políticos. e serviços. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), o Brasil tem 5.570 municípios,
A divisão inter-regional do trabalho e da produção mas a rede urbana é comandada por 11 centros. Desses,
no Brasil 49 são aglomerações urbanas.
Os chamados centros urbanos são constituídos por 440
Ao falar de divisão inter-regional do trabalho e da cidades, além do Distrito Federal. Esse conjunto de centros
produção dentro do contexto brasileiro, a observação urbanos reúne 60% da população do País. Somente Rio
se volta para as atividades desenvolvidas em cada uma de Janeiro e São Paulo, que são consideradas metrópoles
das localidades que acabam por oferecer estímulo para a globais, concentram 18% da população brasileira.
região, se tornando uma marca do processo de integração Já as aglomerações urbanas – que podem ou não
econômica. Isso se dá pelo fato de que o Brasil é um serem metropolitanas – concentram quase 50% da
país com vasta extensão territorial e, consequentemente, população e estão distribuídas em 379 cidades.
apresenta um ambiente de trabalho e de produção 3 https://www.todamateria.com.br/rede-urbana-brasileira
Geopolítica Brasileira
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
São consideradas metrópoles nacionais os municípios Uma forma simples de compreender a influência
de: Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Curitiba, está na migração de trabalhadores rurais para integrar
Recife e Porto Alegre. As cidades de Belém, Goiânia e os canteiros de obras nas grandes cidades. O cidadão
Campinas são denominadas metrópoles regionais. percorre o território em busca de emprego para obter
Foram enquadradas como centros regionais: São melhor qualidade de serviços.
Luís, Maceió, Natal, Teresina, João Pessoa, São José
dos Campos, Ribeirão Preto, Cuiabá, Aracaju, Londrina, Metrópole e Megalópole
Santos, Florianópolis e Vitória.
Há, ainda, a definição de centro sub-regional I, que se Os conceitos de metrópole, megalópole e conurbação
aplica a Sorocaba, Joinville, São José do Rio Preto, Caxias são aplicados em urbanismo para designar a organização
do Sul, Pelotas, Jundiaí, Maringá, Ilhéus, Itabuna, Volta das cidades a partir da importância econômica, política
Redonda, Barra Mansa, Caruaru, Blumenau, Limeira, e cultural. O termo metrópole é mais conhecido, sendo
Cascavel, Petrolina, Juazeiro do Norte, Crato, Araraquara empregado para definir uma cidade grande em dimensões
e São Carlos. territoriais e populacionais e com relevante influência.
O temo centro sub-regional II é aplicado para designar Conurbação, por sua vez, é a reunião de cidades e
os municípios de Ipatinga, Araçatuba, Criciúma, Itajaí, seus subúrbios, enquanto megalópole é aplicado para
Cabo Frio, Moji-Guaçu, Moji-Mirim, Guaratinguetá, definir o aglomerado de metrópoles conurbadas.
Aparecida e Itabira.
Conceito de Metrópole
Características da Rede Urbana Brasileira
Além das dimensões físicas e populacionais, o conceito
Duas metrópoles globais de metrópole inclui a influência econômica, jurídica,
Sete metrópoles nacionais administrativa, cultural e política dos centros urbanos.
Um centro regional As metrópoles, cidades grandes, com imensa densidade
Centro Regional I populacional, são conhecidas desde a antiguidade, mas
Centro Regional II somente no século XX tomaram as proporções que
conhecemos hoje.
Formação e Evolução A principal metrópole brasileira é São Paulo. Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, e Brasília também
A rede urbana brasileira sofreu influência econômica ocupam o posto de metrópoles no País. Em outros países,
a partir dos grandes centros, hoje são metrópoles globais os exemplos mais conhecidos são: Tóquio, Nova Iorque,
por sua formação e é este o fator que ainda influencia em
Cidade do México, Paris e Londres.
sua evolução. A maior influência é exercida por São Paulo,
marcada por atrair aglomerações, em consequência da
Região Metropolitana
industrialização em maior potencial e consequente oferta
de postos de trabalho. Menos intensa, mas também
Quando ultrapassam o limite territorial dos municípios,
marcante é a influência exercida em processo idêntico
as metrópoles influenciam na existência de outro tipo de
pelo Rio de Janeiro.
organização espacial, definida como região metropolitana.
A influência sobre a dinâmica espacial da rede urbana
No Brasil, a região metropolitana mais conhecida é a do
brasileira ainda segue os padrões econômicos, que
são observados em três pontos geográficos: o Centro- ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André,
Sul, Nordeste e Centro-Oeste. As aglomerações são São Bernardo, São Caetano e Diadema.
influenciadas pela atividade produtiva e o setor de serviços. Nas regiões metropolitanas é a metrópole quem
exerce a influência funcional, econômica e social sobre os
Conceito de Rede Urbana municípios menores. No ABCD paulista, esse papel cabe
à cidade de São Paulo. Por exercer influência econômica,
O conceito de rede urbana é definido como o conjunto a metrópole não fica sujeita somente a uma definição
de vários centros que passam a funcionar articulados, federativa e espacial - cidade, estado, país.
se consolidam no território e refletem o desenvolvimento
econômico, político e cultural de um país. Conurbações
Integrados na rede urbana, os centros funcionam
de maneira a articular a distribuição de mercadorias, a É a partir da organização metropolitana que surgem
circulação de pessoas e oferta de bens e serviços. as conurbações. Esse é o caso do ABCD paulista, que
A rede urbana é assentada no território, onde atua no urbanismo é definindo como conurbação porque é a
como um reflexo do desenvolvimento econômico, político integração das cidades com seus arredores.
e cultural em um determinado momento da história. São os O termo é novo no urbanismo e foi cunhado para
impactos desses fatores que influenciam na configuração definir a união ou aglomeração demográfica das cidades.
do território. As conurbações não se limitam ao espaço geográfico
e se impõem política e administrativamente. A partir
Geopolítica Brasileira
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Geopolítica Brasileira
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
HISTÓRIA DA PRF
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o art. 2º, letra “C”, dava ao DNER o direito de exercer o poder de Polícia de Tráfego nas rodovias federais. O nome “Polícia
Rodoviária Federal” foi sugerido pelo engenheiro Ciro Soares de Almeida e aceito pelo então diretor-geral do DNER,
Edmundo Régis Bittencourt.
No dia 5 de setembro de 1947, a Polícia Rodoviária Federal criou o Grupo de Motociclistas com a missão de realizar o
batedor do, então, presidente dos Estados Unidos da América, Harry S. Truman, que veio a cidade de Petrópolis, no Rio de
Janeiro, e ficou no hotel Quitandinha. Sua vinda aconteceu por causa da primeira reunião para formação da Organização
da Nações Unidas – ONU.
Por aquela ocasião, a Polícia Rodoviária Federal recebeu vinte e cinco motocicletas da marca Harley Davidson. Ao
término da missão, dez motocicletas ficaram no Rio de Janeiro e o restante foi distribuído para vários estados brasileiros.
Até dezembro de 1957, a Polícia Rodoviária Federal era supervisionada pela Divisão de Conservação, Pavimentação
e Tráfego – DCPT – do DNER. Estavam subordinados a essa divisão os Distritos Rodoviários Federais, na forma do
Decreto no 31.154, de 19/07/52, art. 15, letras “D” e “H”. Em 12 de dezembro de 1957, com a assinatura do Decreto no
42.799, a PRF passou a fazer parte da Divisão de Trânsito, órgão incumbido de concentrar todos os serviços técnicos
e administrativos ligados à administração do trânsito. Desligou-se, assim, do DCPT e concentrou seu comando na área
central do DNER, uniformizando seus procedimentos no âmbito dos distritos.
Em 1958, o então deputado federal Colombo de Souza apresentou um Projeto de Lei que propunha a extinção
da Polícia Rodoviária Federal. O projeto, que se arrastou até 1963, transformou-se no Substitutivo no 3.832-C/58, que
extinguia a Polícia Rodoviária Federal, mas criava a Patrulha Rodoviária Federal. O projeto, que teve a liderança do
deputado José Damião de Souza Rio, foi aprovado na Câmara por unanimidade e remetido ao Senado, onde recebeu o
número 86/63.
Em 1965, entretanto, o DNER, antecipando-se a qualquer outra medida, determinou o uso da nova denominação –
Patrulha Rodoviária Federal, na mesma época em que era criado o Serviço de Polícia Rodoviária Federal do Departamento
Federal de Segurança Pública (Decreto no 56.510, de 28 de junho de 1965, art. 184). Evitava-se, dessa forma, confundir
duas corporações com denominação semelhante na esfera federal e a superposição no policiamento.
Houve vários acordos entre o antigo Departamento Federal de Segurança Pública – DFSP e o Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem, inclusive com a realização de um convênio, em 19 de dezembro de 1967, assinado pelos
diretores Florimar Campello e Elizeu Resende, respectivamente, do DFSP e DNER, tratando da cooperação entre os dois
órgãos. Mais tarde, esse convênio se transformou no Decreto no 62.384, de 11 de março de 1968.
Em 21 de março de 1969, foi assinado o Decreto Lei no 512, regulando a Política Nacional de Viação Rodoviária,
fixando diretrizes para a reorganização do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, em consequência ao
policiamento de trânsito das rodovias federais, executado pela Polícia Rodoviária Federal.
Com a assinatura do Decreto no 74.606, de 24 de setembro de 1974, que dispôs sobre a estrutura básica do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, foi criada a Diretoria de Trânsito e, integrada a ela, a Divisão de Polícia
Rodoviária Federal. Esse mesmo Decreto, no art. 30, definia as competências da Divisão de Polícia Rodoviária Federal,
da seguinte forma:
“À Divisão de Polícia Rodoviária Federal compete: a programação, a organização, e o controle das atividades de
policiamento, orientação de trânsito e fiscalização do cumprimento da legislação de trânsito nas rodovias federais;
preparar, coordenar, orientar e fazer executar planos de policiamento e esquemas de segurança especiais; colaborar com
as Forças Armadas, órgãos de Segurança Federais, Estaduais e demais órgãos similares em articulação com a Assessoria
de Segurança e Informações – ASI/DG; colaborar nas campanhas educativas de trânsito; programar e supervisionar
a execução de comandos de fiscalização; fornecer dados sobre acidentes do trânsito, cabendo-lhes, ainda, assegurar
regularidade, segurança e fluência no trânsito nas rodovias federais, proteger os bens patrimoniais a elas incorporados,
bem como fazer respeitar os regulamentos relativos à faixa de domínio.”
Em 1978, cinquenta anos após sua fundação, a PRF recebeu as primeiras policiais em seus quadros. No concurso
realizado naquele ano, com vagas distribuídas para todo Brasil, cinco mulheres foram aprovadas. O edital publicado à
época não fazia distinção quanto ao gênero dos candidatos. Era a oportunidade que muitas desejavam.
Foram inúmeras inscrições e, após a prova de conhecimentos específicos, algumas candidatas seguiram as fases,
passando pelo treinamento prático com aproveitamento adequado, sagrando-se aptas ao cargo.
CAPÍTULO II
1 LEI Nº 9.503/1997 E SUAS ALTERAÇÕES (INS- DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
TITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
CTB). Seção I
Disposições Gerais
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exer-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o cício das atividades de planejamento, administração, nor-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: matização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
formação, habilitação e reciclagem de condutores, educa-
CAPÍTULO I ção, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e apli-
cação de penalidades.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terres- Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de
tres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por Trânsito:
este Código. I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trân-
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por sito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defe-
pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, con- sa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
duzidos ou não, para fins de circulação, parada, estaciona- cumprimento;
mento e operação de carga ou descarga. II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padro-
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito nização de critérios técnicos, financeiros e administrativos
de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do para a execução das atividades de trânsito;
Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes
das respectivas competências, adotar as medidas destina- de informações entre os seus diversos órgãos e entidades,
das a assegurar esse direito. a fim de facilitar o processo decisório e a integração do
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Sistema.
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respec-
tivas competências, objetivamente, por danos causados Seção II
aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na exe- Da Composição e da Competência do Sistema
cução e manutenção de programas, projetos e serviços Nacional de Trânsito
que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.
§ 4º (VETADO)
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes
seguintes órgãos e entidades:
ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coor-
ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da
denador do Sistema e órgão máximo normativo e consul-
saúde e do meio-ambiente.
tivo;
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as
o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDI-
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado
FE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios V - a Polícia Rodoviária Federal;
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
de estacionamento de estabelecimentos privados de uso deral; e
coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vi- VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infra-
gência) ções - JARI.
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade conces-
qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores sionária de porto organizado poderá celebrar convênios
dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência
expressamente mencionadas. dos Municípios e Estados, juridicamente interessados,
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os para o fim específico de facilitar a autuação por descum-
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. primento da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº
12.058, de 2009)
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§ 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, ob-
eleitos pelos respectivos membros. servado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio admi-
§ 4º (VETADO) nistrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual
I - (VETADO) funcionem.
II - (VETADO) Art. 17. Compete às JARI:
III - (VETADO) I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;
IV - (VETADO) II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trân-
Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito sito e executivos rodoviários informações complementares
- CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da
CONTRANDIFE:
situação recorrida;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
II - elaborar normas no âmbito das respectivas com- trânsito e executivos rodoviários informações sobre pro-
petências; blemas observados nas autuações e apontados em recur-
III - responder a consultas relativas à aplicação da le- sos, e que se repitam sistematicamente.
gislação e dos procedimentos normativos de trânsito; Art. 18. (VETADO)
IV - estimular e orientar a execução de campanhas Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trân-
educativas de trânsito; sito da União:
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e
a) das JARI; a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos CONTRAN, no âmbito de suas atribuições;
casos de inaptidão permanente constatados nos exames II - proceder à supervisão, à coordenação, à correi-
de aptidão física, mental ou psicológica; ção dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da
VI - indicar um representante para compor a comissão execução da Política Nacional de Trânsito e do Programa
examinadora de candidatos portadores de deficiência físi- Nacional de Trânsito;
ca à habilitação para conduzir veículos automotores; III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacio-
VII - (VETADO) nais de Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública,
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de admi-
objetivando o combate à violência no trânsito, promoven-
nistração, educação, engenharia, fiscalização, policiamen-
do, coordenando e executando o controle de ações para a
to ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro
preservação do ordenamento e da segurança do trânsito;
e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do Sis-
tema no Estado, reportando-se ao CONTRAN; IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a admi-
de trânsito no âmbito dos Municípios; e nistração pública ou privada, referentes à segurança do
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das trânsito;
exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. V - supervisionar a implantação de projetos e progra-
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipó- mas relacionados com a engenharia, educação, adminis-
tese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde tração, policiamento e fiscalização do trânsito e outros,
para examinar os candidatos à habilitação para conduzir visando à uniformidade de procedimento;
veículos automotores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, jul- e habilitação de condutores de veículos, a expedição de
gados pelo órgão, não cabe recurso na esfera administra- documentos de condutores, de registro e licenciamento de
tiva. veículos;
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRAN- VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Na-
DIFE são nomeados pelos Governadores dos Estados e cional de Habilitação, os Certificados de Registro e o de
do Distrito Federal, respectivamente, e deverão ter reco- Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos exe-
nhecida experiência em matéria de trânsito.
cutivos dos Estados e do Distrito Federal;
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Cartei-
são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Dis-
ras de Habilitação - RENACH;
trito Federal, respectivamente.
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veícu-
deverão ser pessoas de reconhecida experiência em trân- los Automotores - RENAVAM;
sito. X - organizar a estatística geral de trânsito no território
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CON- nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos de-
TRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. mais órgãos e promover sua divulgação;
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informa-
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas ções sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as
de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados res- estatísticas do trânsito;
ponsáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
penalidades por eles impostas. segurança e à educação de trânsito;
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XIII - coordenar a administração do registro das infra- XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de
ções de trânsito, da pontuação e das penalidades aplica- trânsito e submetê-los, com proposta de solução, ao Minis-
das no prontuário do infrator, da arrecadação de multas e tério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional
do repasse de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada de Trânsito;
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo
XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Na- e financeiro ao CONTRAN.
cional de Trânsito informações sobre registros de veículos XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infra-
e de condutores, mantendo o fluxo permanente de infor- ções de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
mações com os demais órgãos do Sistema;
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiên-
XV - promover, em conjunto com os órgãos competen-
cia técnica ou administrativa ou a prática constante de
tes do Ministério da Educação e do Desporto, de acordo atos de improbidade contra a fé pública, contra o patrimô-
com as diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a imple- nio ou contra a administração pública, o órgão executivo
mentação de programas de educação de trânsito nos es- de trânsito da União, mediante aprovação do CONTRAN,
tabelecimentos de ensino; assumirá diretamente ou por delegação, a execução total
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos ou parcial das atividades do órgão executivo de trânsito
para a educação de trânsito; estadual que tenha motivado a investigação, até que as
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos so- irregularidades sejam sanadas.
bre o trânsito; § 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsi-
XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e to da União disporá sobre sua estrutura organizacional e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à seu funcionamento.
aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração § 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
da sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trân- executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distri-
sito; to Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente,
XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os mês a mês, os dados estatísticos para os fins previstos no
manuais e normas de projetos de implementação da sina- inciso X.
lização, dos dispositivos e equipamentos de trânsito apro- § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
vados pelo CONTRAN;
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âm-
XX – expedir a permissão internacional para conduzir
bito das rodovias e estradas federais:
veículo e o certificado de passagem nas alfândegas me- I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
diante delegação aos órgãos executivos dos Estados e do trânsito, no âmbito de suas atribuições;
Distrito Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
poder público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, operações relacionadas com a segurança pública, com o
de 2016) objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas,
XXI - promover a realização periódica de reuniões re- o patrimônio da União e o de terceiros;
gionais e congressos nacionais de trânsito, bem como pro- III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infra-
por a representação do Brasil em congressos ou reuniões ções de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e
internacionais; os valores provenientes de estada e remoção de veículos,
XXII - propor acordos de cooperação com organismos objetos, animais e escolta de veículos de cargas superdi-
internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações mensionadas ou perigosas;
inerentes à segurança e educação de trânsito; IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salva-
treinamento e especialização do pessoal encarregado da mento de vítimas;
execução das atividades de engenharia, educação, poli- V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e ado-
ciamento ostensivo, fiscalização, operação e administra- tar medidas de segurança relativas aos serviços de remo-
ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
ção de trânsito, propondo medidas que estimulem a pes-
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
quisa científica e o ensino técnico-profissional de interesse
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medi-
do trânsito, e promovendo a sua realização; das emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a
interestadual e internacional; interdição de construções e instalações não autorizadas;
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos so-
as normas e requisitos de segurança veicular para fabrica- bre acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou in-
ção e montagem de veículos, consoante sua destinação; dicando medidas operacionais preventivas e encaminhan-
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do-os ao órgão rodoviário federal;
do código marca-modelo dos veículos para efeito de regis- VIII - implementar as medidas da Política Nacional de
tro, emplacamento e licenciamento; Segurança e Educação de Trânsito;
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões IX - promover e participar de projetos e programas de
do CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máxi- educação e segurança, de acordo com as diretrizes esta-
mo do Sistema Nacional de Trânsito; belecidas pelo CONTRAN;
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4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compen- especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos
sação de multas impostas na área de sua competência, a serem observados para a circulação desses veículos.
com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação Parágrafo único. (VETADO)
e à celeridade das transferências de veículos e de pron- Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos
tuários de condutores de uma para outra unidade da Fe- de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de
deração; sua circunscrição:
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car- trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de for-
apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos mação, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de
ambientais. condutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem,
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e mediante delegação do órgão federal competente;
dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segu-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de rança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar
trânsito, no âmbito de suas atribuições; veículos, expedindo o Certificado de Registro e o Licencia-
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito mento Anual, mediante delegação do órgão federal com-
de veículos, de pedestres e de animais, e promover o de- petente;
senvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Milita-
III - implantar, manter e operar o sistema de sinaliza- res, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
ção, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os aciden- as medidas administrativas cabíveis pelas infrações pre-
tes de trânsito e suas causas; vistas neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policia- incisos VI e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder
mento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para de Polícia de Trânsito;
o policiamento ostensivo de trânsito; VI - aplicar as penalidades por infrações previstas nes-
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, apli- te Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos
car as penalidades de advertência, por escrito, e ainda as VII e VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando
multas e medidas administrativas cabíveis, notificando os as multas que aplicar;
infratores e arrecadando as multas que aplicar; VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo-
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo- ção de veículos e objetos;
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da
superdimensionadas ou perigosas; União a suspensão e a cassação do direito de dirigir e o
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e me- recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
didas administrativas cabíveis, relativas a infrações por IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem acidentes de trânsito e suas causas;
como notificar e arrecadar as multas que aplicar; X - credenciar órgãos ou entidades para a execução
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. de atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas estabelecida em norma do CONTRAN;
nele previstas; XI - implementar as medidas da Política Nacional de
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; XII - promover e participar de projetos e programas de
XI - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as dire-
educação e segurança, de acordo com as diretrizes esta- trizes estabelecidas pelo CONTRAN;
belecidas pelo CONTRAN; XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sis-
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sis- tema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
tema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua compe-
compensação de multas impostas na área de sua compe- tência, com vistas à unificação do licenciamento, à simpli-
tência, com vistas à unificação do licenciamento, à simpli- ficação e à celeridade das transferências de veículos e de
ficação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da
prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação;
Federação; XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído trânsito e executivos rodoviários municipais, os dados ca-
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car- dastrais dos veículos registrados e dos condutores habili-
ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar tados, para fins de imposição e notificação de penalidades
apoio às ações específicas dos órgãos ambientais locais, e de arrecadação de multas nas áreas de suas competên-
quando solicitado; cias;
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NOÇÕES DE
DIREITO ADMINISTRATIVO
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Para discorrer sobre o tema utilizaremos parte da obra b) Personalidade jurídica de direito público: a autar-
do professor Marco Antonio Praxedes de Moraes Filho, con- quia possui natureza jurídica de direito público devido à
forme segue: execução de atividades típicas da Administração Pública.
A denominada Administração Pública Direta ou Cen- c) Execução de atividades típicas da Administração
tralizada é o centro originário da Administração Pública, Pública: o legislador resolveu escolher a autarquia como
compreendendo as pessoas jurídicas políticas centrais sendo o ente descentralizado que trataria das questões
dotadas de função administrativa: União, Estados, Distrito características à Administração Pública.
Federal e Municípios. d) Especialização dos fins ou atividades: as autarquias
A denominada Administração Pública Descentralizada são criadas exclusivamente para exercer os fins expressa-
é o deslocamento da atividade administrativa do núcleo, mente previstos em lei, sendo-lhes vedado desempenhar
compreendendo determinadas pessoas jurídicas de direi- atividades diversas daquelas para as quais foram instituí-
to público ou privado, agindo de forma específica para o das.
qual foram criadas. Com o passar nos anos e o aumento e) Responsabilidade objetiva: as autarquias, na qua-
da complexidade da vida em sociedade, o Poder Públi- lidade de pessoas jurídicas de direito público, respondem
co, valendo-se do princípio da especialidade, começou a de forma objetiva pelos atos que seus agentes nesta
transferir responsabilidades suas para parceiros a fim de qualidade causarem a terceiros, sendo assegurada ação
melhorar a prestação do serviço público. regressiva contra os responsáveis nos casos de dolo ou
Na forma descentralizada ocorre, ainda, uma subdivi- culpa (art. 37, § 6º, CF/88). A responsabilidade objetiva
são em Administração Indireta e Administração por Servi- das autarquias não afasta a responsabilidade subsidiária
ços Públicos. A Administração Pública Indireta compreen- do Estado. Nossos tribunais superiores tem se posiciona-
de as autarquias, fundações públicas, empresas públicas do no sentido de que, em um primeiro momento, a ação de
e sociedades de economia mista. A Administração Pública responsabilidade deve ser movida contra a própria autar-
por Serviços Públicos compreende as empresas conces- quia; somente em um segundo momento, esgotada a pos-
sionárias e permissionárias prestadoras de serviços públi- sibilidade indenizatória pela autarquia, admite-se acionar
cos. subsidiariamente o este público.
Ainda podemos mencionar as Entidades Paraestatais,
pessoas jurídicas de direito privado, que muito embora Autarquias como Agências
não integrem a Administração Pública, mantêm com ela A agência, de origem norte-americana, é termo intro-
um vínculo de parceria, agindo paralelamente, atuando em duzido no direito administrativo pátrio em decorrência do
comunhão com o Poder Público. Integram o chamado ter- fenômeno da globalização. As autarquias podem ganhar
ceiro setor: Serviços Sociais Autônomos (SSA), Organiza- feições próprias de agências. No regime jurídico adminis-
ções Sociais (OS) e Organizações da Sociedade Civil de trativo brasileiro existem duas modalidades de agências:
Interesse Público (OSCIP). agências executivas e agências reguladoras.
Autarquias
O conceito de autarquia, ainda que de forma incom- a) Agências Executivas
pleta, pode ser encontrado expressamente positivado no É uma qualificação jurídica concedida para aquelas
art. 5º, I do Decreto-lei nº 200/67. Também é possível se autarquias que celebrarem contrato de gestão com a Ad-
depara com referências manifestas à autarquia no art. 37, ministração Pública Direta a fim de melhorar a eficiência e
XIX da Constituição Federal de 1988. reduzir custos (art. 37, § 8°, CF/88). O escopo desta quali-
Exemplos de autarquias: Instituto Nacional da Seguri- ficação, atribuída por decreto específico, é a busca de uma
dade Social (INSS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e maior autonomia gerencial, operacional ou orçamentária.
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Banco Cen- A atribuição da qualidade de agência executiva atinge as
tral do Brasil, Instituto Nacional de Colonização e Reforma autarquias já existentes, não implicando na instituição de
Agrária (INCRA), etc. uma nova entidade, nem abrange qualquer alteração nas
Diante da análise dos dispositivos constitucionais e in- relações de trabalho dos funcionários das instituições be-
fraconstitucionais, podemos apontar inúmeras caracterís- neficiadas. A grande maioria das agências executivas se
ticas das autarquias: encontra na seara da Administração Pública federal.
a) criadas por lei ordinária específica,
b) personalidade jurídica de direito público, b) Agências Reguladoras
c) execução de atividades típicas da Administração São autarquias qualificadas com regime especial de-
Púbica, finido em lei, responsáveis pela regulação e fiscalização
d) especialização dos fins ou atividades, de assuntos atinentes às respectivas esferas de atuação.
e) responsabilidade objetiva.
Autarquias como Conselhos Profissionais
a) Criadas por lei ordinária específica: o instrumento As Autarquias também podem funcionar como Conse-
adequado para a instituição das autarquias no mundo ju- lhos Profissionais ou Conselhos de Classe. São autarquias
rídico é a lei ordinária; o art. 37, XIX da CF/88 faz ainda em regime especial, denominadas de Autarquias-Corpora-
a menção de que as autarquias deverão ser criadas pela tivas, pois apresentam função específica de fiscalização
aludida espécie normativa. das profissões.
dever correspondente”. Com efeito, a um direito funda- Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei,
mental conferido à pessoa corresponde o dever de respei- sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
to ao arcabouço de direitos conferidos às outras pessoas. brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
3) Direitos e garantias rança e à propriedade, nos termos seguintes [...].
A Constituição vai além da proteção dos direitos e es-
tabelece garantias em prol da preservação destes, bem Não obstante, reforça este princípio em seu primeiro
como remédios constitucionais a serem utilizados caso inciso:
estes direitos e garantias não sejam preservados. Neste
sentido, dividem-se em direitos e garantias as previsões Artigo 5º, I, CF. Homens e mulheres são iguais em
do artigo 5º: os direitos são as disposições declaratórias e direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
as garantias são as disposições assecuratórias.
O legislador muitas vezes reúne no mesmo dispositivo Este inciso é especificamente voltado à necessidade
o direito e a garantia, como no caso do artigo 5º, IX: “é livre de igualdade de gênero, afirmando que não deve haver
a expressão da atividade intelectual, artística, científica e nenhuma distinção sexo feminino e o masculino, de modo
de comunicação, independentemente de censura ou licen- que o homem e a mulher possuem os mesmos direitos e
ça” – o direito é o de liberdade de expressão e a garantia é obrigações.
a vedação de censura ou exigência de licença. Em outros Entretanto, o princípio da isonomia abrange muito
casos, o legislador traz o direito num dispositivo e a garan- mais do que a igualdade de gêneros, envolve uma pers-
tia em outro: a liberdade de locomoção, direito, é colocada pectiva mais ampla.
no artigo 5º, XV, ao passo que o dever de relaxamento da O direito à igualdade é um dos direitos norteadores
prisão ilegal de ofício pelo juiz, garantia, se encontra no de interpretação de qualquer sistema jurídico. O primeiro
artigo 5º, LXV2. enfoque que foi dado a este direito foi o de direito civil,
Em caso de ineficácia da garantia, implicando em vio- enquadrando-o na primeira dimensão, no sentido de que
lação de direito, cabe a utilização dos remédios constitu- a todas as pessoas deveriam ser garantidos os mesmos
cionais. direitos e deveres. Trata-se de um aspecto relacionado à
Atenção para o fato de o constituinte chamar os remé- igualdade enquanto liberdade, tirando o homem do arbítrio
dios constitucionais de garantias, e todas as suas fórmu- dos demais por meio da equiparação. Basicamente, esta-
las de direitos e garantias propriamente ditas apenas de ria se falando na igualdade perante a lei.
direitos.
No entanto, com o passar dos tempos, se percebeu
que não bastava igualar todos os homens em direitos e
4) Direitos e garantias em espécie
deveres para torná-los iguais, pois nem todos possuem as
Preconiza o artigo 5º da Constituição Federal em seu
mesmas condições de exercer estes direitos e deveres.
caput:
Logo, não é suficiente garantir um direito à igualdade for-
mal, mas é preciso buscar progressivamente a igualdade
Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei,
material. No sentido de igualdade material que aparece
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola- o direito à igualdade num segundo momento, pretenden-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu- do-se do Estado, tanto no momento de legislar quanto no
rança e à propriedade, nos termos seguintes [...]. de aplicar e executar a lei, uma postura de promoção de
políticas governamentais voltadas a grupos vulneráveis.
O caput do artigo 5º, que pode ser considerado um Assim, o direito à igualdade possui dois sentidos no-
dos principais (senão o principal) artigos da Constituição táveis: o de igualdade perante a lei, referindo-se à apli-
Federal, consagra o princípio da igualdade e delimita as cação uniforme da lei a todas as pessoas que vivem em
cinco esferas de direitos individuais e coletivos que mere- sociedade; e o de igualdade material, correspondendo à
cem proteção, isto é, vida, liberdade, igualdade, segurança necessidade de discriminações positivas com relação a
e propriedade. Os incisos deste artigos delimitam vários grupos vulneráveis da sociedade, em contraponto à igual-
direitos e garantias que se enquadram em alguma destas dade formal.
esferas de proteção, podendo se falar em duas esferas
específicas que ganham também destaque no texto consti- Ações afirmativas
tucional, quais sejam, direitos de acesso à justiça e direitos
constitucionais-penais. Neste sentido, desponta a temática das ações afirmati-
vas,que são políticas públicas ou programas privados cria-
- Direito à igualdade dos temporariamente e desenvolvidos com a finalidade de
reduzir as desigualdades decorrentes de discriminações
Abrangência ou de uma hipossuficiência econômica ou física, por meio
Observa-se, pelo teor do caput do artigo 5º, CF, que da concessão de algum tipo de vantagem compensatória
o constituinte afirmou por duas vezes o princípio da igual- de tais condições.
dade:
2 FARIA, Cássio Juvenal. Notas pessoais tomadas em teleconferência.
Quem é contra as ações afirmativas argumenta que, e sociológicos. É no direito à vida que se encaixam polêmi-
em uma sociedade pluralista, a condição de membro de cas discussões como: aborto de anencéfalo, pesquisa com
um grupo específico não pode ser usada como critério de células tronco, pena de morte, eutanásia, etc.
inclusão ou exclusão de benefícios.
Ademais, afirma-se que elas desprivilegiam o critério Vedação à tortura
republicano do mérito (segundo o qual o indivíduo deve
alcançar determinado cargo público pela sua capacidade De forma expressa no texto constitucional destaca-se
e esforço, e não por pertencer a determinada categoria); a vedação da tortura, corolário do direito à vida, conforme
fomentariam o racismo e o ódio; bem como ferem o prin- previsão no inciso III do artigo 5º:
cípio da isonomia por causar uma discriminação reversa. Artigo 5º, III, CF. Ninguém será submetido a tortura
Por outro lado, quem é favorável às ações afirmativas nem a tratamento desumano ou degradante.
defende que elas representam o ideal de justiça compen- A tortura é um dos piores meios de tratamento desu-
satória (o objetivo é compensar injustiças passadas, dívi- mano, expressamente vedada em âmbito internacional,
das históricas, como uma compensação aos negros por como visto no tópico anterior. No Brasil, além da disciplina
tê-los feito escravos, p. ex.); representam o ideal de justiça constitucional, a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 define
distributiva (a preocupação, aqui, é com o presente. Bus- os crimes de tortura e dá outras providências, destacando-
ca-se uma concretização do princípio da igualdade mate- -se o artigo 1º:
rial); bem como promovem a diversidade. Art. 1º Constitui crime de tortura:
Neste sentido, as discriminações legais asseguram a I - constranger alguém com emprego de violência ou
verdadeira igualdade, por exemplo, com as ações afirmati- grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
vas, a proteção especial ao trabalho da mulher e do menor, a) com o fim de obter informação, declaração ou con-
as garantias aos portadores de deficiência, entre outras fissão da vítima ou de terceira pessoa;
medidas que atribuam a pessoas com diferentes condi- b) para provocar ação ou omissão de natureza crimi-
ções, iguais possibilidades, proegendo e respeitando suas nosa;
diferenças3. Tem predominado em doutrina e jurisprudên- c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
cia, inclusive no Supremo Tribunal Federal, que as ações II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou au-
afirmativas são válidas. toridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
- Direito à vida castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Abrangência § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro- ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto
teção do direito à vida. A vida humana é o centro gravita- em lei ou não resultante de medida legal.
cional em torno do qual orbitam todos os direitos da pes- § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas,
quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
soa humana, possuindo reflexos jurídicos, políticos, eco-
pena de detenção de um a quatro anos.
nômicos, morais e religiosos. Daí existir uma dificuldade
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
em conceituar o vocábulo vida. Logo, tudo aquilo que uma
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se
pessoa possui deixa de ter valor ou sentido se ela perde
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
a vida. Sendo assim, a vida é o bem principal de qualquer
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
pessoa, é o primeiro valor moral inerente a todos os seres
I - se o crime é cometido por agente público;
humanos4.
II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
No tópico do direito à vida tem-se tanto o direito de portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (ses-
nascer/permanecer vivo, o que envolve questões como senta) anos;
pena de morte, eutanásia, pesquisas com células-tronco e III - se o crime é cometido mediante sequestro.
aborto; quanto o direito de viver com dignidade, o que en- § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, fun-
globa o respeito à integridade física, psíquica e moral, incluin- ção ou emprego público e a interdição para seu exercício
do neste aspecto a vedação da tortura, bem como a garantia pelo dobro do prazo da pena aplicada.
de recursos que permitam viver a vida com dignidade. § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de
Embora o direito à vida seja em si pouco delimitado graça ou anistia.
nos incisos que seguem o caput do artigo 5º, trata-se de § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo
um dos direitos mais discutidos em termos jurisprudenciais a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em
3 SANFELICE, Patrícia de Mello. Comentários aos artigos I e II. In: regime fechado.
BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, p. 08. - Direito à liberdade
4 BARRETO, Ana Carolina Rossi; IBRAHIM, Fábio Zambitte. Comen-
tários aos Artigos III e IV. In: BALERA, Wagner (Coord.). Comentários O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro-
à Declaração Universal dos Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, teção do direito à liberdade, delimitada em alguns incisos
p. 15. que o seguem.
Artigo 5º, II, CF. Ninguém será obrigado a fazer ou dei- Consolida-se outra perspectiva da liberdade de ex-
xar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. pressão, referente de forma específica a atividades inte-
lectuais, artísticas, científicas e de comunicação. Dispen-
O princípio da legalidade se encontra delimitado nes- sa-se, com relação a estas, a exigência de licença para a
te inciso, prevendo que nenhuma pessoa será obrigada a manifestação do pensamento, bem como veda-se a cen-
fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser que a lei sura prévia.
assim determine. Assim, salvo situações previstas em lei, A respeito da censura prévia, tem-se não cabe impe-
a pessoa tem liberdade para agir como considerar conve- dir a divulgação e o acesso a informações como modo de
niente. controle do poder. A censura somente é cabível quando
Portanto, o princípio da legalidade possui estrita rela- necessária ao interesse público numa ordem democrática,
ção com o princípio da liberdade, posto que, a priori, tudo por exemplo, censurar a publicação de um conteúdo de
à pessoa é lícito. Somente é vedado o que a lei expres- exploração sexual infanto-juvenil é adequado.
samente estabelecer como proibido. A pessoa pode fazer O direito à resposta (artigo 5º, V, CF) e o direito à in-
tudo o que quiser, como regra, ou seja, agir de qualquer denização (artigo 5º, X, CF) funcionam como a contrapar-
maneira que a lei não proíba. tida para aquele que teve algum direito seu violado (nota-
damente inerentes à privacidade ou à personalidade) em
Liberdade de pensamento e de expressão decorrência dos excessos no exercício da liberdade de
O artigo 5º, IV, CF prevê: expressão.
O dispositivo refere-se não só aos estabelecimentos A respeito, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011
prisionais civis e militares, mas também a hospitais. regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII
Ainda, surge como corolário do direito à liberdade reli- do art. 5º, CF, também conhecida como Lei do Acesso à
giosa o direito à escusa por convicção religiosa: Informação.
Artigo 5º, VIII, CF. Ninguém será privado de direitos
por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica Não obstante, estabelece o artigo 5º, XXXIV, CF:
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obriga- Artigo 5º, XXXIV, CF. São a todos assegurados, inde-
ção legal a todos imposta e recusar-se a cumprir presta- pendentemente do pagamento de taxas:
ção alternativa, fixada em lei. a) o direito de petição aos Poderes Públicos em de-
fesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
Sempre que a lei impõe uma obrigação a todos, por b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
exemplo, a todos os homens maiores de 18 anos o alis- para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
tamento militar, não cabe se escusar, a não ser que tenha interesse pessoal.
fundado motivo em crença religiosa ou convicção filosó-
fica/política, caso em que será obrigado a cumprir uma Quanto ao direito de petição, de maneira prática, cum-
prestação alternativa, isto é, uma outra atividade que não pre observar que o direito de petição deve resultar em uma
contrarie tais preceitos. manifestação do Estado, normalmente dirimindo (resol-
vendo) uma questão proposta, em um verdadeiro exercí-
Liberdade de informação cio contínuo de delimitação dos direitos e obrigações que
regulam a vida social e, desta maneira, quando “dificulta a
O direito de acesso à informação também se liga a apreciação de um pedido que um cidadão quer apresen-
uma dimensão do direito à liberdade. Neste sentido, prevê tar” (muitas vezes, embaraçando-lhe o acesso à Justiça);
o artigo 5º, XIV, CF: “demora para responder aos pedidos formulados” (admi-
nistrativa e, principalmente, judicialmente) ou “impõe res-
Artigo 5º, XIV, CF. É assegurado a todos o acesso à trições e/ou condições para a formulação de petição”, traz
informação e resguardado o sigilo da fonte, quando ne- a chamada insegurança jurídica, que traz desesperança e
cessário ao exercício profissional. faz proliferar as desigualdades e as injustiças.
Trata-se da liberdade de informação, consistente na Dentro do espectro do direito de petição se insere, por
liberdade de procurar e receber informações e ideias por exemplo, o direito de solicitar esclarecimentos, de solicitar
quaisquer meios, independente de fronteiras, sem interfe- cópias reprográficas e certidões, bem como de ofertar de-
rência. núncias de irregularidades. Contudo, o constituinte, talvez
A liberdade de informação tem um caráter passivo, ao na intenção de deixar clara a obrigação dos Poderes Públi-
passo que a liberdade de expressão tem uma caracterís- cos em fornecer certidões, trouxe a letra b) do inciso, o que
tica ativa, de forma que juntas formam os aspectos ativo gera confusões conceituais no sentido do direito de obter
e passivo da exteriorização da liberdade de pensamento: certidões ser dissociado do direito de petição.
não basta poder manifestar o seu próprio pensamento, é Por fim, relevante destacar a previsão do artigo 5º, LX,
preciso que ele seja ouvido e, para tanto, há necessidade CF:
de se garantir o acesso ao pensamento manifestado para
a sociedade. Artigo 5º, LX, CF. A lei só poderá restringir a publicida-
Por sua vez, o acesso à informação envolve o direito de dos atos processuais quando a defesa da intimidade
de todos obterem informações claras, precisas e verda- ou o interesse social o exigirem.
deiras a respeito de fatos que sejam de seu interesse, no-
tadamente pelos meios de comunicação imparciais e não Logo,o processo, em regra, não será sigiloso. Apenas
monopolizados (artigo 220, CF). o será quando a intimidade merecer preservação (ex: pro-
cesso criminal de estupro ou causas de família em geral)
No entanto, nem sempre é possível que a imprensa ou quando o interesse social exigir (ex: investigações que
divulgue com quem obteve a informação divulgada, sem o possam ser comprometidas pela publicidade). A publicida-
que a segurança desta poderia ficar prejudicada e a infor- de é instrumento para a efetivação da liberdade de infor-
mação inevitavelmente não chegaria ao público. mação.
Especificadamente quanto à liberdade de informação
no âmbito do Poder Público, merecem destaque algumas Liberdade de locomoção
previsões.
Primeiramente, prevê o artigo 5º, XXXIII, CF: Outra faceta do direito à liberdade encontra-se no ar-
Artigo 5º, XXXIII, CF. Todos têm direito a receber dos tigo 5º, XV, CF:
órgãos públicos informações de seu interesse particu-
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas Artigo 5º, XV, CF. É livre a locomoção no território
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva- nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
sociedade e do Estado. com seus bens.
O Direito Penal está interligado a todos os ramos do Diz respeito à técnica de elaboração da lei penal, que
Direito, especialmente Direito Constitucional. deve ser suficientemente clara e precisa na formulação do
A Constituição Federal, é a Carta Magna brasileira, conteúdo do tipo legal e no estabelecimento da sanção
estatuto máximo de uma sociedade que viva de forma para que exista real segurança jurídica. Tal assertiva cons-
politicamente organizada. Todos os ramos do direito po- titui postulado indeclinável do Estado de direito material
sitivo só adquiri a plena eficácia quando compatível com - democrático e social.
os Princípios e Normas descritos na Constituição Federal O princípio da reserva legal implica a máxima deter-
abstraindo-a como um todo. minação e taxatividade dos tipos penais, impondo-se ao
Os princípios são o alicerce de todo sistema normati- Poder Legislativo, na elaboração das leis, que redija tipo
vo, fundamentam todo o sistema de direito e estabelecem penais com a máxima precisão de seus elementos, bem
os direitos fundamentais do homem. São eles que deter- como ao Judiciário que as interprete restritivamente, de
minam a unicidade do texto constitucional, definindo as modo a preservar a efetividade do princípio.
diretrizes básicas do estado de forma harmoniosa com a
garantia dos direitos fundamentais. O Direito Penal, como Princípio da culpabilidade
todo e qualquer outro ramo do direito, submete-se direta-
mente às normas e princípios constitucionais. O princípio da culpabilidade possui três sentidos fun-
damentais:
Princípios • Culpabilidade como elemento integrante da teoria
analítica do crime – a culpabilidade é a terceira caracte-
O Direito Penal moderno se assenta em determinados rística ou elemento integrante do conceito analítico de cri-
princípios fundamentais, próprios do Estado de Direito de- me, sendo estudada, sendo Welzel, após a análise do fato
mocrático, entre os quais sobreleva o da legalidade dos típico e da ilicitude, ou seja, após concluir que o agente
delitos e das penas, da reserva legal ou da intervenção praticou um injusto penal;
legalizada, que tem base constitucional expressa. A sua • Culpabilidade como princípio medidor da pena
dicção legal tem sentido amplo: não há crime (infração pe- – uma vez concluído que o fato praticado pelo agente é
nal), nem pena ou medida de segurança (sanção penal) típico, ilícito e culpável, podemos afirmar a existência da
sem prévia lei (stricto sensu). infração penal. Deverá o julgador, após condenar o agen-
Assim, o princípio da legalidade tem quatro funções te, encontrar a pena correspondente à infração praticada,
fundamentais: tendo sua atenção voltada para a culpabilidade do agente
a) Proibir a retroatividade da lei penal (nullum crimen como critério regulador;
nulla poena sine lege praevia); • Culpabilidade como princípio impedidor da res-
b) Proibir a criação de crimes e penas pelo costume ponsabilidade penal objetiva, ou seja, da responsabilida-
(nullum crimen nulla poena sine lege scripta); de penal sem culpa – o princípio da culpabilidade impõe
c) Proibir o emprego da analogia para criar crimes, a subjetividade da responsabilidade penal. Isso significa
fundamentar ou agravar penas (nullum crimen nulla poena que a imputação subjetiva de um resultado sempre de-
sine lege stricta); pende de dolo, ou quando previsto, de culpa, evitando a
d) Proibir incriminações vagas e indeterminadas (nul- responsabilização por caso fortuito ou força maior.
lum crimen nulla poena sine lege certa);
Princípio da exclusiva proteção dos bens
Irretroatividade da lei penal jurídicos
Consagra-se aqui o princípio da irretroatividade da lei O pensamento jurídico moderno reconhece que o
penal, ressalvada a retroatividade favorável ao acusado.
escopo imediato e primordial do Direito Penal reside na
Fundamentam-se a regra geral nos princípios da reserva
proteção de bens jurídicos - essenciais ao individuo e à
legal, da taxatividade e da segurança jurídica - princípio
comunidade -, dentro do quadro axiológico constitucio-
do favor libertatis -, e a hipótese excepcional em razões
nal ou decorrente da concepção de Estado de Direito
de política criminal (justiça). Trata-se de restringir o arbí-
democrático (teoria constitucional eclética).
trio legislativo e judicial na elaboração e aplicação de lei
retroativa prejudicial.
Princípio da intervenção mínima (ou da subsi-
A regra constitucional (art. 5°, XL) é no sentido da ir-
diariedade)
retroatividade da lei penal; a exceção é a retroatividade,
desde que seja para beneficiar o réu. Com essa vertente
do princípio da legalidade tem-se a certeza de que nin- Estabelece que o Direito Penal só deve atuar na de-
guém será punido por um fato que, ao tempo da ação ou fesa dos bens jurídicos imprescindíveis à coexistência
omissão, era tido como um indiferente penal, haja vista a pacífica das pessoas e que não podem ser eficazmen-
inexistência de qualquer lei penal incriminando-o. te protegidos de forma menos gravosa. Desse modo, a
“Um Estado que mata, que tortura, que humilha o cida- quais são as condutas que deverão ser incriminadas pela
dão não só perde qualquer legitimidade, senão que contra- lei penal. Na verdade, nos esclarecerá sobre quais são as
diz sua razão de ser, colocando-se ao nível dos mesmos condutas que não poderão sofrer os rigores da lei penal.
delinqüentes” (Ferrajoli). O mencionado princípio proíbe a incriminação de:
a) uma atitude interna (pensamentos ou sentimentos
Princípio da adequação social pessoais);
b) uma conduta que não exceda o âmbito do próprio
Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal autor (condutas não lesivas a bens de terceiros);
não será tida como típica se for socialmente adequada ou c) simples estados ou condições existenciais (aquilo
reconhecida, isto é, se estiver de acordo da ordem social que se é, não o que se fez);
da vida historicamente condicionada. Outro aspecto é o de d) condutas desviadas (reprovadas moralmente pela
conformidade ao Direito, que prevê uma concordância com sociedade) que não afetem qualquer bem jurídico.
determinações jurídicas de comportamentos já estabeleci-
dos. Princípio da extra-atividade da lei penal
O princípio da adequação social possui dupla função.
Uma delas é a de restringir o âmbito de abrangência do tipo A lei penal, mesmo depois de revogada, pode conti-
penal, limitando a sua interpretação, e dele excluindo as nuar a regular fatos ocorridos durante a vigência ou retroa-
condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas gir para alcançar aqueles que aconteceram anteriormente
pela sociedade. A segunda função é dirigida ao legislador à sua entrada em vigor. Essa possibilidade que é dada á
em duas vertentes. A primeira delas o orienta quando da lei penal de se movimentar no tempo é chamada de extra-
seleção das condutas que deseja proibir ou impor, com a -atividade. A regra geral é a da irretroatividade in pejus; a
finalidade de proteger os bens considerados mais impor- exceção é a retroatividade in melius.
tantes. Se a conduta que está na mira do legislador for
considerada socialmente adequada, não poderá ele re- Princípio da territorialidade
primi-la valendo-se do Direito Penal. A segunda vertente
destina-se a fazer com que o legislador repense os tipos O CP determina a aplicação da lei brasileira, sem pre-
penais e retire do ordenamento jurídico a proteção sobre juízo de convenções, tratados e regras de direito interna-
aqueles bens cujas condutas já se adaptaram perfeita- cional, ao crime cometido no território nacional. O Brasil
mente à evolução da sociedade. não adotou uma teoria absoluta da territorialidade, mas
sim uma teoria conhecida como temperada, haja vista que
Princípio da insignificância (ou da bagatela) o Estado, mesmo sendo soberano, em determinadas si-
tuações, pode abrir mão da aplicação de sua legislação,
Relacionado o axioma minima non cura praeter, en- em virtude de convenções, tratados e regras de direito in-
quanto manifestação contrária ao uso excessivo da sanção ternacional.
penal, postula que devem ser tidas como atípicas as ações
ou omissões que afetam muito infimamente a um bem ju- Princípio da extraterritorialidade
rídico-penal. A irrelevante lesão do bem jurídico protegido
não justifica a imposição de uma pena, devendo-se excluir Ao contrário do princípio da territorialidade, cuja regra
a tipicidade em caso de danos de pouca importância. geral é a aplicação da lei brasileira àqueles que pratica-
“A insignificância da afetação [do bem jurídico] exclui rem infrações dentro do território nacional, incluídos aqui
a tipicidade, mas só pode ser estabelecida através da con- os casos considerados fictamente como sua extensão, o
sideração conglobada da norma: toda ordem normativa princípio da extraterritorialidade se preocupa com a aplica-
persegue uma finalidade, tem um sentido, que é a garan- ção da lei brasileira além de nossas fronteiras, em países
tia jurídica para possibilitar uma coexistência que evite a estrangeiros.
guerra civil (a guerra de todos contra todos). A insignificân-
cia só pode surgir à luz da finalidade geral que dá sentido Princípios que solucionam o conflito aparente de
à ordem normativa, e, portanto, à norma em particular, e normas
que nos indica que essas hipóteses estão excluídas de
seu âmbito de proibição, o que não pode ser estabelecido Especialidade
à luz de sua consideração isolada”. (Zaffaroni e Pierangeli)
Especial é a norma que possui todos os elementos da
Princípio da lesividade geral e mais alguns, denominados especializantes, que
trazem um minus ou um plus de severidade. A lei especial
Os princípios da intervenção mínima e da lesividade prevalece sobre a geral. Afasta-se, dessa forma, o bis in
são como duas faces da mesma moeda. Se, de um lado, idem, pois o comportamento do sujeito só é enquadrado
a intervenção mínima somente permite a interferência na norma incriminadora especial, embora também estives-
do Direito Penal quando estivermos diante de ataques a se descrito na geral.
bens jurídicos importantes, o princípio da lesividade nos
esclarecerá, limitando ainda mais o poder do legislador,
Princípio axiológico de separação entre direito e propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
moral espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
A valorização da interiorização da moral e da autono- § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes
mia da consciência é traço distintivo da ética laica moder- praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estran-
na, a reivindicação da absoluta licitude jurídica dos atos geiras de propriedade privada, achando-se aquelas em
internos e, mais ainda, de um direito natural à imoralidade pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
é o princípio mais autenticamente revolucionário do libera- correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Bra-
lismo moderno. sil.
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em
2 APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 2.1 A LEI PENAL
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
NO TEMPO E NO ESPAÇO. 2.2 TEMPO E LUGAR
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
DO CRIME. 2.3 TERRITORIALIDADE E EXTRA-
TERRITORIALIDADE DA LEI PENAL.
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora come-
A APLICAÇÃO DA LEI PENAL tidos no estrangeiro:
I - os crimes:
Dispõe o Código Penal: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Re-
pública;
PARTE GERAL b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
TÍTULO I Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;
Anterioridade da Lei c) contra a administração pública, por quem está a
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não seu serviço;
há pena sem prévia cominação legal. d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou do-
miciliado no Brasil;
Lei penal no tempo II - os crimes:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei pos- a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou
terior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a reprimir;
a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. b) praticados por brasileiro;
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo c) praticados em aeronaves ou embarcações brasi-
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que leiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segun-
Lei excepcional ou temporária do a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decor- estrangeiro.
rido o período de sua duração ou cessadas as circunstân- § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasilei-
cias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado duran- ra depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
te sua vigência.
b) ser o fato punível também no país em que foi pra-
ticado;
Tempo do crime
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento
lei brasileira autoriza a extradição;
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou,
Territorialidade
por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con- a lei mais favorável.
venções, tratados e regras de direito internacional, ao cri- § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime co-
me cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei metido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se,
nº 7.209, de 1984) reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como ex- a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
tensão do território nacional as embarcações e aeronaves b) houve requisição do Ministro da Justiça.
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as ae-
ronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
Legislação Especial
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Legislação Especial
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zação e de controle interno, nas condições estabelecidas § 3o A listagem dos empregados das empresas refe-
no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Mi- ridas neste artigo deverá ser atualizada semestralmente
nistério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de junto ao Sinarm.
2004) Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servido-
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias res das instituições descritas no inciso XI do art. 6o serão
federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os de propriedade, responsabilidade e guarda das respecti-
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem vas instituições, somente podendo ser utilizadas quando
o direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumpri- em serviço, devendo estas observar as condições de uso
mento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
forma do regulamento desta Lei. sendo o certificado de registro e a autorização de porte
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição.
(vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar fa- § 1o A autorização para o porte de arma de fogo de
miliar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma que trata este artigo independe do pagamento de taxa.
de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 § 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
(dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 Público designará os servidores de seus quadros pessoais
(dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva no exercício de funções de segurança que poderão por-
necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexa- tar arma de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cin-
dos os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº quenta por cento) do número de servidores que exerçam
11.706, de 2008) funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela 2012)
Lei nº 11.706, de 2008) § 3o O porte de arma pelos servidores das institui-
II - comprovante de residência em área rural; e (Incluí- ções de que trata este artigo fica condicionado à apresen-
do pela Lei nº 11.706, de 2008) tação de documentação comprobatória do preenchimento
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como
nº 11.706, de 2008) à formação funcional em estabelecimentos de ensino de
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso atividade policial e à existência de mecanismos de fiscali-
à sua arma de fogo, independentemente de outras tipifica- zação e de controle interno, nas condições estabelecidas
ções penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. (Reda- 2012)
ção dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 4o A listagem dos servidores das instituições de que
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Mu- trata este artigo deverá ser atualizada semestralmente no
nicípios que integram regiões metropolitanas será autori- Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
zado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído § 5o As instituições de que trata este artigo são obri-
pela Lei nº 11.706, de 2008) gadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polí-
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados cia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas
das empresas de segurança privada e de transporte de va- de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que
lores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e qua-
responsabilidade e guarda das respectivas empresas, so- tro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012)
mente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades des-
essas observar as condições de uso e de armazenagem
portivas legalmente constituídas devem obedecer às con-
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado
dições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo ór-
de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia
gão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado
Federal em nome da empresa.
a portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa
desta Lei.
de segurança privada e de transporte de valores respon-
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização
derá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 des-
do porte de arma para os responsáveis pela segurança
ta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil
civis, se deixar de registrar ocorrência policial e de comu- e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento
nicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de
de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) e de representantes estrangeiros em competição interna-
horas depois de ocorrido o fato. cional oficial de tiro realizada no território nacional.
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de va- Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de
lores deverá apresentar documentação comprobatória do uso permitido, em todo o território nacional, é de compe-
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta tência da Polícia Federal e somente será concedida após
Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo. autorização do Sinarm.
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3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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4 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato ex- II - o agente for reincidente específico em crimes des-
plosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo sa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
com determinação legal ou regulamentar; Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; CAPÍTULO V
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuita- DISPOSIÇÕES GERAIS
mente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente; e Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar con-
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização vênios com os Estados e o Distrito Federal para o cumpri-
legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explo- mento do disposto nesta Lei.
sivo. Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste a definição das armas de fogo e demais produtos contro-
artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é lados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos
de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído e de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do
pela Lei nº 13.964, de 2019) Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando
Comércio ilegal de arma de fogo do Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, condu- § 1o Todas as munições comercializadas no País de-
zir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, verão estar acondicionadas em embalagens com sistema
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de ati- a identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
vidade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou informações definidas pelo regulamento desta Lei.
munição, sem autorização ou em desacordo com determi- § 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente se-
nação legal ou regulamentar: rão expedidas autorizações de compra de munição com
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e identificação do lote e do adquirente no culote dos projé-
multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) teis, na forma do regulamento desta Lei.
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, § 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um)
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de ano da data de publicação desta Lei conterão dispositivo
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, intrínseco de segurança e de identificação, gravado no
inclusive o exercido em residência. (Redação dada pela corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclu-
Lei nº 13.964, de 2019) sive para os órgãos previstos no art. 6o.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega § 4o As instituições de ensino policial e as guardas
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art.
em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, 6o desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. suprimento de suas atividades, mediante autorização con-
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) cedida nos termos definidos em regulamento. (Incluído
Tráfico internacional de arma de fogo pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o
saída do território nacional, a qualquer título, de arma de art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército auto-
fogo, acessório ou munição, sem autorização da autorida- rizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, de-
de competente: sembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte
multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem ven- e caçadores.
de ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elabo-
operação de importação, sem autorização da autoridade ração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando
competente, a agente policial disfarçado, quando presen- não mais interessarem à persecução penal serão encami-
tes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal nhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no
preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças
é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redação
munição forem de uso proibido ou restrito. dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e § 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando
18, a pena é aumentada da metade se: (Redação dada do Exército que receberem parecer favorável à doação,
pela Lei nº 13.964, de 2019) obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada
I - forem praticados por integrante dos órgãos e em- ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de
presas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (In- prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvi-
cluído pela Lei nº 13.964, de 2019) do o Comando do Exército, serão arroladas em relatório
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5 A Opção Certa Para a Sua Realização
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A teoria geral dos direitos humanos compreende os Histórico do sistema internacional dos direitos
elementos basilares acerca do estudo dos direitos huma- humanos
nos internacionais. Apresenta temas como conceito, his-
tórico, características e outros pontos elementares para o O sistema internacional de direitos humanos é fruto do
conhecimento da disciplina. pós 2ª guerra mundial e surge como decorrência dos hor-
rores praticados na guerra. A desvalorização e reificação
Sistema Internacional dos Direitos Humanos da pessoa humana faz emergir a necessidade de constru-
ção de uma nova lógica ao Direito, pautada em um sistema
A luta do homem pela efetivação de direitos humanos de valores éticos e morais, no qual a pessoa humana seja
fundamentais existiu em muitos períodos da história da hu- o fim e não um meio.
manidade, sendo resultado das inquietações do ser huma- Com vistas a criar um sistema internacional de prote-
no e de seus processos de luta por reconhecimento. ção no qual a tutela dos direitos humanos seja o fim maior
Na esfera interna dos Estados a efetivação e positiva- dos Estados, em 1945 é criado a Organização das Na-
ção dos direitos humanos coincide com o advento do cons- ções Unidas (ONU), instituição internacional global para
titucionalismo moderno em seu mister de limitar o arbítrio a promoção e garantia dos direitos humanos e da paz no
estatal e de garantir a tutela dos direitos do homem. mundo.
No campo internacional a existência de um sistema Sobre o tema preceitua Flávia Piovesan:
de normas e mecanismos de tutela dos direitos humanos
apresenta como marco histórico o pós-segunda guerra No momento em que os seres humanos se tornam su-
mundial, a partir da criação da Organização das Nações pérfluos e descartáveis, no momento em que vige a lógica
Unidas. Destaca-se como precedentes desse processo de da destruição, em que cruelmente se abole o valor da pes-
internacionalização, a criação da Liga das Nações, a Orga- soa humana, torna-se necessária a reconstrução dos di-
nização Internacional do Trabalho e o Direito Humanitário. reitos humanos, como paradigma ético capaz de restaurar
a lógica do razoável. A barbárie do totalitarismo significou
Precedentes históricos a ruptura do paradigma dos direitos humanos, por meio
da negação do valor da pessoa humana como valor fonte
Direito humanitário: conjunto de normas e medidas do direito. Diante dessa ruptura, emerge a necessidade de
que disciplinam a proteção dos direitos humanos em tem- reconstruir os direitos humanos, como referencial e para-
po de guerra (1863). Direito humanitário versa sobre a pro- digma ético que aproxime o direito da moral.
teção às vitimas de conflitos armados, atua também em Tem início assim um novo paradigma para a aplicação
situações de graves calamidades. dos direitos humanos, por meio de um sistema normati-
Criação da liga das nações (1919): antecessora da vo de grande conteúdo axiológico, no qual a dignidade da
ONU, a liga das nações foi criada após a 1ª guerra mundial pessoa humana e o seu reconhecimento enquanto sujeito
com o escopo de garantir a paz no mundo. Sua proposta de direitos, passa a ser o vetor de interpretação e aplica-
falhou pois não foi apta a impedir a ocorrência da 2ª guerra ção do Direito.
mundial. A construção de um sistema internacional marca tam-
Criação da OIT (1919): criada após a 1ª guerra mun- bém a relativização da soberania dos Estados, pois atra-
dial com o escopo de promover a tutela dos direitos dos vés da ratificação de Tratados Internacionais os Estados
trabalhadores por meio da garantia de padrões internacio- aceitam serem julgados e condenados por tribunais inter-
nais de proteção. nacionais de direitos humanos.
Ao dispor sobre os antecedentes históricos Flavia Pio-
vesan dispõe: Sobre o tema afirma Portela:
Ao lado do Direito Humanitário e da Liga das Nações, Na atualidade, a soberania nacional continua a ser um
a Organização Internacional do Trabalho (International La- dos pilares da ordem internacional. Entretanto, limita-se
bour Office, agora denominada International Labour Orga- pela obrigação de os Estados garantirem aos indivíduos
nization) também contribuiu para o processo de internacio- que estão sob a sua jurisdição o gozo de um catálogo de
nalização dos direitos humanos. Criada após a Primeira direitos consagrados em tratados. A soberania restringe-
Guerra Mundial, a Organização Internacional do Trabalho -se também pelo dever estatal de aceitar a fiscalização dos
tinha por finalidade promover padrões internacionais de órgãos internacionais competentes quanto à conformidade
condições de trabalho e bem-estar. Sessenta anos após a de sua atuação com os atos internacionais dos quais faça
sua criação, a Organização já contava com mais de uma parte
centena de Convenções internacionais promulgadas, às
quais Estados-partes passavam a aderir, comprometendo- Importante ressaltar no entanto, que não há hierarquia
-se a assegurar um padrão justo e digno nas condições de entre o Sistema Internacional de Direitos Humanos e o Di-
trabalho. reito Interno dos Estados-partes, ao contrário, a relação
entre essas esferas de proteção é complementar. O sis- bito regional que compreende determinadas regiões do
tema internacional é mais uma instância na proteção dos mundo a exemplo do sistema interamericano de direitos
direitos humanos. humanos que compreende os países da América, o siste-
Importante ressaltar também o caráter subsidiário do ma europeu de direitos humanos que compreende países
sistema internacional dos direitos humanos, pois seus or- do continente europeu, o sistema asiático com países da
gãos só poderão ser acionados diante da omissão ou falha Ásia, o sistema africano integrado por páises da Afríca e o
dos Estados na proteção dos direitos humanos. Cabe aos sistema Árabe formado por países de cultura Árabe.
Estados em primeiro lugar a tutela e proteção dos direitos
humanos daqueles que se encontram sob a sua jurisdição. Direitos Humanos X Direitos Fundamentais
Diante da falha ou omissão dessa proteção poderão ser
acionados os organismos internacionais. Ontologicamente não há distinção entre direitos hu-
manos e direitos fundamentais, sendo essas expressões
As partes no Sistema Internacional dos Direitos Hu- comumente usadas como termos sinônimos. Didaticamen-
manos te, no entanto algumas doutrinas as utilizam como expres-
a) Estados: os Estados tem legitimidade ativa e passi- sões diversas, de acordo com o preceituado abaixo:
va no sistema internacional de direitos humanos, podendo Direitos Fundamentais: Direitos essenciais à dignida-
atuar no pólo ativo e passivo das Comunicações Interesta- de humana, positivados na ordem interna do País, previs-
tais e no pólo passivo das petições individuais. tos na Constituição dos Estados.
b) Indivíduos: os indivíduos em regra não possuem Direitos Humanos: direitos essenciais à dignidade hu-
legitimidade ativa ou passiva no sistema internacional, a mana, reconhecidos na ordem jurídica internacional com
exceção é a legitimidade ativa em petições individuais em previsão nos Tratados ou outros instrumentos normativos
alguns sistemas regionais a exemplo do sistema europeu do Direito Internacional, são direitos que transcendem a
de direitos humanos, possui ainda legitimidade passiva ordem interna dos Estados.
nas denúncias do Tribunal Penal Internacional (TPI), orgão
jurisdicional de natureza penal do sistema internacional de Gerações/dimensões de Direitos Humanos
direitos humanos.
A expressão gerações/dimensões de direitos huma-
Tribunal de Nuremberg nos é utilizada para representar categorias de direitos hu-
manos, que de acordo com o momento histórico de seu
Tribunal militar internacional criado para julgar os cri- surgimento passam a representar determinadas espécies
mes militares praticados pelos nazistas. Este foi um Tri- de tutela dentro do catálogo de proteção dos direitos da
bunal pós factum, criado exclusivamente para punir os pessoa humana.
Alemães acusados de violar direitos humanos na segunda A divisão em geração/dimensão é uma das formas de
guerra mundial, direitos estes que não eram previstos ou se estudar os direitos humanos, e essas categorias não
regulados por quaisquer organismos internacionais e cujas impõe uma divisão rígida ou hierárquica dos direitos hu-
violações eram permitidas pelo Direito do Estado Alemão. manos, mas apenas uma forma didática de melhor abor-
Essas características fizeram com que Nuremberg fosse dá-los. A existência de uma nova dimensão/geração não
alvo de grandes controvérsias entre os críticos da época. exclui a anterior, mas amplia o catálogo de direitos.
Por meio do estudo das dimensões/gerações e pode
Críticas: perceber o desenvolvimento histórico acerca da funda-
Tribunal de exceção. mentalidade dos direitos humanos. O estudo das dimen-
Julgamento apenas de alemães. sões de direitos humanos deixa clara a ausência de di-
Violação da legalidade e da anterioridade penal. ferença ontológica entre os direitos humanos e direitos
Pena de prisão perpétua e de morte por enforcamento. fundamentais, eis que a efetivação desses direitos na or-
dem Interna dos Estados precede a existência do Sistema
Favoráveis: Internacional.
Prevalência de direitos humanos. 1ª geração: direitos da liberdade. São os direitos civis
Ponderação de interesses. e políticos, frutos das revoluções liberais e da transição do
Estado Absolutista para o Estado Liberal de Direito. São
Esferas de proteção do Sistema Internacional de direitos negativos, pois negam a intervenção estatal. A
Direitos Humanos burguesia necessita de liberdade frente ao despotismo do
Estado Monárquico. Marco jurídico: Declaração francesa
O sistema internacional de direitos humanos apresen- dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
ta duas esferas complementares de proteção o sistema 2ª dimensão: direitos da igualdade. Direitos sociais,
global e o sistema regional. econômicos e culturais. Direitos positivos prestacionais. O
Sistema global de direitos humanos: esfera de âmbito Estado precisa intervir na economia frente aos desequi-
global formada pelos países membros da ONU com juris- líbrios causados pela revolução industrial. Constituição
dição em todo o mundo; Mexicana e Constituição Alemã – Constituição de Weimar.
Sistema Regional de Direitos Humanos: esfera de âm-