Candombl - Oráculo Sagrado de Ifa - Omirohumbi
Candombl - Oráculo Sagrado de Ifa - Omirohumbi
Candombl - Oráculo Sagrado de Ifa - Omirohumbi
de
Ifá
1
Or ác ulo 1
Èjìogbè
O bse rv ação o cide nt al: Nov o s ne gó cio s ou int e nsifi caçõ e s no s neg ó cio s
ex ist e nt e s, no vo s re lacio name nt o s, o u e x per iê ncia s e spir it uais po de m se r
e spe r adas. Ex ist e uma po ssibil idade de co mpo rt ame nt o supe r ze lo so que
re que r bo m se n so par a se r supe r ado .
Ejio g be é o O dù mais impo rt ant e . Ele simbo liza o pr incí pio mascu lino e , po r t ant o é
co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r de m fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a
pr ime ir a po si ção .
Em Ejiog be , o s do is lado s do Odù são idê nt ico s: Og be e st á e m ambo s o s lado s
dir e ito e e sque r do . O O dù de v er ia se r cha mado “O g be me ji”, mas e le é
univ e r salme nt e co nhe cido co mo Ejio g be po r que e ji t ambé m sig nifi ca “do is”. Há um
e quilí br io de for ça s e m Ejio g be , que é se mpr e uma bo a pro fe c ia.
D ur ant e uma se ssão div inat ór ia, o clie nt e par a que m Ejio g be é div inado e st á
bu scan do po r paz e pr o spe r idade . O clie nt e co nsult o u I fá por que e le o u e la quer
filho s o u de se ja se e ng ajar e m um nov o pro je t o . I fá diz que se o clie nt e fize r uma
o fe r e nda, to das as sua s e x ig ê ncia s se r ão sat isfe it as e t o do s os se us
e mpr e e ndime nt o s ser ão be m suce dido s. É ne ce s sár io o sacr ifí cio par a o bt er vitó r ia
so br e o s inimig o s que po de r iam e st ar blo que ando o s caminho s do clie nt e . Se e le o u
e la te m t rabalhado se m pro gr e sso ou fe it o ne g ó cio s se m lucr o , I fá pr e v ê
pro spe r idade ou r ique za se a pe sso a fize r o s sacr ifí cio s ne ce s sár io s. Em Ejio g be , I fá
pr ev ê v ida lo ng a de sde que o clie nt e cuide muito be m de sua saúde .
Pe sso as e ncar nadas pe lo O dù Ejio g be de v e m se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá
ant e s de t o mar qualq uer de ci são impor t ant e na vida.
1 – 1 (t r adução do ve r so )
2
F o i pe dido par a e la sacr ifi car
D uas g alinhas, duas po m bas, e t r int a e do is mil búzio s,
a se r e m u sadas par a sat isfaze r o I fá de sua cr iança.
Di sse r am que sua v ida se r ia pr ó spe r a.
Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
1 – 2 (t r adução do ve r so )
O utr o div inador , chamado Ot ito l o mifi- nt e le -isa t ambé m co nsult o u I fá par a
Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o
de palma sagr ado ) a aju dar ia se e la co nt inuas se a faze r se us sacr ifí cio s.
O s div inado r e s de I fá são t ambé m e spe cial ist as e m er v as. S upõ e -se que e le s e ste ja m
be m fundame nt ado s na me dicina tr adicio nal. A cr e dit a-se que to das as plant as,
e rv as, e fo lha s do mundo pe rt e nce m a I fá. O s co nhe cime nto s so br e se us v alor e s
e spir it uais e me dicinai s po de m se r e nco nt r ado s no s e nsina me nto s de I fá. A ssi m, e m
muit as o casiõ e s, o s div inado r e s de I fá pr e s cr ev e m er v as e plant as par a a c ur a o u
pr ev e nção de do e nças e e nfe r midade s. Em se u ve r so O dù, fo lha s e g be e são
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r e co me ndadas par a lav ar a ca be ça do clie nt e ( Or í ), a qual se acr e dit a co ntr o lar o
de st ino da pe s so a.
1 – 3 (t r adução do ve r so )
O to to ot o
O ro ro or o
Se par adame nt e nó s co me mo s fr uto s da te rr a.
Se par adame nt e nó s co me mo s imum u (fr ut o e spe cial).
Nó s e st amo s co m a cabe ça acima do s calcanhar e s e m amor co m Oba ‘ M ak in.
To do s e le s div inar am par a Ag bo nnir eg un.
F o i dit o que se e le fize sse sa cr ifí cio , e le se r ia
abe n ço ado co m filho s; e le ne m sabe r ia
o núme r o de se us filho s
dur ant e e apó s sua vida.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
uma cabr a e fo lhas de I fá .
Se e le o fe r e ce s se o sacr ifí cio , e le de ve r ia co zinhar fo lhas de I fá par a sua s e spo sa s
co me r e m.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá: F olhas mo í das y e nmey e nme (ag bo ny in),
ir ug ba, o u o gir i (co ndime nt o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s.
C o zinhe -o s j unt ame nt e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a.
C o lo que o po te de so pa e m fre nt e ao tr o no de I fá
e de ix e que sua s e spo sa s a co mam ali.
Q uando e las t er minar am de to mar a so pa, e las t iv e r am
muit o s filho s.
A s e spo sas de Ag bo nnir eg un e st av am te ndo dif iculda de e m e ngr av idar e dar a luz.
O s cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir e g un e nfat izar am a impo rt ância do
sa cr ifí cio . Ele s dis se r am que se e le co ncor das se e m faze r o sacr ifí cio , e le t er ia
muit o s filho s dur ant e s ua vida e apó s a sua mo rt e . A dicio nalme nt e , o s sace r dot e s
t iv e r am que faze r uso de se u co nhe ci me nto so br e me dici na tr adicio nal par a
co zinhar fo lhas de ag bo ny in co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e
r e mé dio fo i co nsumido pe las e spo sas de Ag bo nnir e g un ant e s que e le pude sse t er o s
filho s pre dit o s por I fá.
1 – 4 (t r adução do ve r so )
4
O k unk un-bir imu bir imu co nsult o u I fá par a Eniunk ok un ju.
Di sse r am que não hav ia ning ué m que lhe t iv e sse fe ito uma ge nt ile za
que e le não r et r ibuiu co m mal.
Nó s pe dimo s a e le par a sa cr ificar
uma alfanje e uma e s cada.
Ele se re cu so u à sa cr ificar ,
Eniu nko k unj u - o no me co m o qual cha mamo s o faze nde iro .
To das as bo as co isa s que Og e de (a banana) for ne ce u
par a o faze nde ir o não for am apr e ciadas.
O faze nde iro po r fim de capit o u O ge de .
I fá muit as ve ze s fala por par ábo las. Est a e st ór ia apr e se nt a um re lacio name nt o
e ntr e a bana na (O g e de ) e , pe r so nificada co mo alg ué m que fo i ge nt il co m o
faze nde ir o (ag be ), um ing r at o que r et r ibuiu a ge nt ile za co m o mal. Não impor t a o
quão g rande se ja o re lacio name nt o , a banana é de str uí da ao final.
No s t e mpo s ant igo s, qualque r um e ncar nado por e st e O dù po der ia se r de capit ado
ao fi m de sua v ida na t er r a. Em te mpo s mo de r no s, ist o se r e fer e mais à “per de r -se a
ca be ça” e pag ar u m alto c ust o .
Or ác ulo 2
Oyekumeji
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m má sor t e e nco nt r a blo que io ; o clie nt e
co m bo a so r te po ss ui fo rt e s upor t e ance st r al.
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O ye k ume ji é o se g undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio fe minino .
O s o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji de r am nas cime nt o ao s quato r ze odùs pr incipais
r e st ant e s.
No O dù Oy e k ume ji, há um Oy e k u no lado dire it o , que é a for ça mas culina, e o ut ro
O ye k u no lado e sque r do , que é a for ça fe minina.
A s pe s so as par a que m e st e O dù é div inado dev e r iam for mar um hábito de o fe r e ce r
sa cr ifí cio s e sat is fazer sua s cabe ça s (or i) de t e mpo s e m t e mpo s de mo do à ev it ar
e st ado s de de pr e ssão . A dicio nalme nt e , de v er iam o uv ir e re spe it ar as o piniõ e s de
se u s mai s v e lho s. Elas ne ce ssit am ho nr ar se us ance st r ais r eg ular me nt e .
No O dù Oy e k ume ji, I fá adv er t e co ntr a o per ig o de mant er re lacio name nt o s co m
muit as m ulhe r e s. A s mul her e s se t or nar ão ciume nt as, e o s pro ble ma s ge r ado s
impe dir ão o pr og r e sso do clie nt e . De st e O dù, nó s apr e nde mo s que é me lhor te r um
mar ido , uma e spo sa.
2 – 1 (t r adução do ve r so )
O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin.
Nó s pe dimo s par a e le o fe r e cer
um te cido pr e to , uma cabr a, e fo lhas e se me nt e s de bije .
Nó s dis se mo s a e le que e st a mo r te imi ne nt e
não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar se u s fil ho s
se e le fize sse a o fe r e nda.
Ele o be de ce u e fe z sacr ifí c io .
Se e st e Odù é lan çado , a famí lia do clie nt e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana )
so br e sua s face s e co br ir o I fá do s me s mo s co m t e cido pr et o e fo lhas de bi je . Ele s
e st ão as se g ur ado s de que mo rt e , do e nça s, e t odo s o s o utr o s male s não se r ão capaze s
de re co nhe cê -lo s, uma ve z que a mor t e não re co nhe ce O nibije (alg ué m que faz uso
do re mé dio bi je pr e scr ito pe lo div inado r ).
2 – 2 (t r adução do ve r so )
Ee sin g bo na l’ e we t ut u l’ e g bo
co ns ulto u I fá par a 165 árv or e s.
A palme ir a e a ár vo r e Ay inr e
sa cr ificar am uma galinha e ntr e as árv o re s.
Ent ão , se um to rnado e st iv e sse de v ast ando ,
a jo v e m fo lhag e m de palma afir ma r ia:
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e u fiz sacr ifí cio par a e scapar do pe r ig o .
A fo lhag e m de palme ir a nu nca é afe t ada por v e nto s o u to rnado s po r que e la re alizo u
o sa cr ifí cio re que r ido ne st e O dù. To do s o s per ig o s são de sv iado s da palme ir a.
2 – 3 (t r adução do ve r so )
Vo cê é o ye
Eu so u o ye
Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin.
Ele s disse r am
do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as,
mas e le não dev e r ia ficar pre o cupado
por que e le s se r iam be m suce di do s na v ida.
F o i pe dido à e le que sacr ifica sse te cido k e lek u,
par a se r usado co mo uma pr ot e ção par a as cr iança s.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
I fá pr e disse que o acide nt e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr e r não impe dir ia o
s uce s so de st e s na vida. Tudo o que e le ne ce s sit av a faze r e r a r ealizar um sacr ifí cio e
fo r ne ce r o t e cido e spe ci ficado co mo co be rt ur a pro t et o r a.
2 – 4 (t r adução do ve r so )
7
Ò r únmì là or de no u a e le que mar cas se O dù O ye k ume ji
so br e pó de iy e - ir o sun.
A panhe alg uma s fo lhas fr e s cas de per e g un e as t r it ur e .
M ist ur e -as j unt ame nt e co m banha de Òr í
e use isso par a e sfr e g ar e m se u s co r po s.
Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e
a mo rt e de v ast ado r a.
Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e
as do e nça s de v ast ado r as.
Or ác ulo 3
Iworimeji
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de mi ssão . Se o clie nt e de se ja v iajar par a fo r a da cidade o nde r e side o u ir par a
o utr o s paí se s, e le de v e faze r sa cr ifí cio de mo do que se us o lho s não ve ja m qualque r
mal. Q uando o sa cr ifí cio cor re t o é re alizado , uma pe s so a e nfe r ma se g ur ame nte ir á
fi car be m de nov o .
I fá co nfir ma no O dù I wo r ime ji que o s de ze sse i s fr ut o s da palma sag r ada (ik in I fá )
são a r e pr e se nt ação de Ò r únmì là e se u obje t o de ador ação na t er r a. Eis o por que do
sa ce r do t e de I fá (Babalawo ) as ut iliza par a r ev e lar o s mi st ér io s da v ida.
3 – 1 (t r adução do ve r so )
Par a afast ar uma do e nça imine nt e , M uji muwa aco nse l ho u Opak er e a faze r um
sa cr ifí cio . A dicio nalme nt e , fo lhas de I fá dev er iam se r pr e par adas par a e le par a
lav ar s ua cabe ça e se u I fá.
3 – 2 (t r adução do ve r so )
9
o cadáv er de A wasa fo i e nco ntr ado do lado de fo r a.
3 – 3 (t r adução do ve r so )
3 – 4 (t r adução do ve r so )
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Or ác ulo 4
Idimeji
Est e Odù fala do s que te m inimig o s se cr et o s t e nt ando lan çar e ncant ame nto s
so br e e le s o u o s que tê m so nho s ruin s a maio r part e do te mpo . Ele s pr e ci sam
apazig uar I fá par a po der e m v e nce r e ssas o bstr u çõ e s mundana s.
O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo aume nto de pr e ssõ e s t anto nas
que st õ e s te mpo r ais co mo e mo cio nais.
I dime ji é o quar to O dù na o r de m fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundame nt al
por que e le co mple t a o s quat r o po nt o s car de ais do univ e r so : Ejio g be (Le st e ),
O ye k ume ji (O e st e ), I wor ime ji (Nor t e ), e I dime ji (Su l). O dù I dime ji simbo liza a
mat e r nidade . A int e r ação de um I di masc ulino no lado dir e it o co m um I di fe minino
no lado e sque r do re sult a e m re pro dução — o nas cime nt o de uma cr iança.
Se uma pe s so a e st iv er e nco nt r and o difi culdade e m se e st abe le ce r na v ida e e st iv er
se mudando de casa e m casa se m re sidê n cia pe r mane nt e , I dime ji diz que a pe sso a
de v e re to r nar à ci dade o u paí s de se u nasci me nto . C o m o sacr ifí cio apr o pr iado ao
o ri ( cabe ça ) o u e le da (cr iado r ) da pe sso a, a v ida po der á fa cilme nt e r et or nar ao
no r mal.
Em O dù Odime j i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a u m ho me m o u uma mulhe r . M as
o clie nt e ne ce s sit a cult uar I fá par a ev it ar mo rt e sú bit a. O clie nt e po de r á se e le v ar a
uma bo a po si ção na v ida, mas de v er á se r cu idado so co m calu niador e s. É po s sív e l
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t rabalhar dur o no co me ço da v ida e per de r tudo no final. Par a pr o spe r ar , de ve m se r
fe it as co nst ante s o fer e ndas ao s ance st r ais do clie nt e . Se alg ué m plane ja v iajar , dev e
se r fe ito sacr ifí cio a Òg ún par a asse g ur ar uma jo r nada se g ur a e fe liz. Q uando uma
mul he r e st iv er de se spe r ada par a t er um filho , e la é aco nse lhada a sat isfaze r
Ò r únmì là. I fá diz que e la t er á uma cr iança e que e st a cr iança se r á uma me nina.
Par a se re m be m su ce didas na v ida, as pe s so as e ncar nadas po r O dù I dime ji de v er ão
se r co nfiáv e is, ho ne st as, e fr ancas e m se us ne g ó cio s co m o s o ut ro s. Elas de v er ão t er
o s pé s no c hão e ser e m pr át icas e m sua at it ude co m r e lação à vida.
4 – 1 (t r adução do ve r so )
4 – 2 (t r adução do ve r so )
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co rr e nt e que nun ca po de se r que br ada. Eis co mo a mão malé vo la da mo r te po de se r
de t ida.
4 – 3 (t r adução do ve r so )
4 – 4 (t r adução do ve r so )
Eu so u e ni- odi
Vo cê é e ni- o di
Do is e ni-o di div inar am par a o o di (for t ale za)
dur ant e ho st ilidade s po lít ica s.
F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade .
Po rt ant o e le dev e o fer e ce r do is t e cido s de e mbalar .
E as sim e le fe z.
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Or ác ulo 5
Irosumeji
Es se Odù fala do s que são se mpr e po pular e s e que são tido s e m gr ande
e st ima pê lo s amigo s. Ele s pr e cisam t o mar cuidado co m s ua saúde , t ant o
aplaca ndo suas cabe ça s ( Or í ), co mo o casio nalme nt e apazig uando Èsù , o u o
co r po de as sist e nt e s de I fá. Se e le s se se nt e m de sanimado s e co me çam a
pe r der int er e sse e m qualque r co isa que fa çam, I fá de v e se r co nsult ado e
apazig uado par a e le s. Es se Odù de no t a difi culdade s e mo cio nai s e
fina nce ir o s. M as não impo rt a o quant o difí cil a vida po ssa par e cer , o clie nt e
po de t r iunfar pe lo o fe r e cime nt o do s sacr ifí cio s co rr e t o s e pe la r e cu sa e m
g uar dar o mal no cor ação e m pe nsame nt o s e idé ias.
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O sacr ifí cio apr o pr iado dev e r á se r ex e cut ado por uma mulhe r que e st e ja ansio sa
par a te r um be bê . Ir o sume ji diz que e la e ngr av idar á e t er á u m be bê . A cr iança se r á
um me nino , que de v er ia se to rnar um Babalawo .
5 – 1 (t r adução do ve r so )
5 – 2 (t r adução do ve r so )
15
F ilho s de I ro su me ji se mpr e achar ão a v ida difí ci l po r que I ro su ne st e ve r so de O dù
se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio r equi sit ado .
5 – 3 (t r adução do ve r so )
5 – 4 (t r adução do ve r so )
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Or ác ulo 6
Owonrinmeji
O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s clar o s são ne ce ssár io s par a o bt e nção de
s uce s so .
6 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
A div inação de I fá fo i re alizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ),
que ia visit ar a cidade das br ux as (A je ).
F o i dit o a e le que e le re t or nar ia co m se g ur ança se e le pude sse sacr ifi car
uma ov e lha, duas po mbas, e fo lha s de I fá
(t r it ur e alg uns file t e s de me t al bro nze e ch umbo co m se me nt e s de we r e je je ,
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e e sfr e g ue ist o so br e uma inci são fe it a so b as pálpe br as).
Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io .
O re mé dio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima,
de po is de e le t er sa cr ificado .
6 – 2 (t r adução do ve r so )
Do s 165 animais que for am na viaje m, o gato fo i o único que vo lt o u par a casa sadio
e be m dispo st o . I sso po r que e le re alizo u t o do s o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s por I fá .
6 – 3 (t r adução do ve r so )
18
O pake t e fo i co nsult ar I fá dev ido à falt a de filho s. Fo i dit o à e la que r e alizasse
sa cr ifí cio . Ela o fer e ce u o sacr ifí cio e t ev e muit o s filho s co mo pr e dit o po r I fá .
Or ác ulo 7
19
Obarameji
O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s ou dif iculda de s te mpo r ais ou
e spir it uais/ e mo cio nais dev e m ser dis cur sada s.
O dù O bar ame ji o cupa o sé t imo lug ar na or de m fix ada por Ò r únmì là. Par a um
clie nt e que e st e ja lidando co m ne g ó cio s, I fá diz que par a t er uma casa c he ia de
clie nt e s e amigo s, e le o u e la te r á q ue o fer e ce r sacr ifí cio s e també m se g uir Òr únmì là.
Se o O dù O bar ame ji fo r apar e ce r no jog o par a alg ué m, e le diz que à part e das
difi culdade s finan ce ir as, o clie nt e e st á ro de ado de inimig o s que que r e m faze r uma
t o caia co ntr a e le o u faze r um at aque de sur pr e sa e m sua v ida o u na sua casa. A
difi culdade fina nce ir a se ame nizar á e o s inimigo s se r ão de rr ot ado s quando o clie nt e
co nco r dar e m re alizar to do s o s sacr ifí c io s pr e scr ito s po r I fá. Por fim, a pe sso a
de s co br ir á que m são se u s inimig o s e se r á capaz de ide nt ificar o que g er o u se us
pro ble mas.
7 – 1 (t r adução do ve r so )
20
7 – 2 (t r adução do ve r so )
7 – 3 (t r adução do ve r so )
T abu : A que le s que são nasc ido s por O dù O bar ame ji não de ve m co mer car ne de
o ve lha.
21
7 – 4 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 8
Okanranmeji
Est e O dù sig nif ica pr o ble mas, caso s t r ibunais, so fr ime nto s e más v ibr açõ e s.
F ilho s de sse O dù, ir ão se mpr e ace rt ar e m che io po r faze r e m ou dize re m o
que é e x at ame nt e ce r to . A s pe sso as pe nsa m fr e qüe nt e me nt e que o s filho s
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de s se O dù são agr e ssiv o s e mando na s de v ido a e le s te nt ar e m pr e v ale cer
ape sar de t odo s as pr o babili dade s. Em muit as sit ua çõ e s e le s ir ão se r e be lar
co nt r a as co nv e nçõ e s da so cie dade e co nse que nt e me nt e cr iam pro ble ma s par a
e le s me smo s. Pr o pe nso s a infe cçõ e s, o s filho s de sse O dù dev e m to mar
c uidado co m sua saúde de for ma a não se t or nar e m doe n ças cr ô nica s.
O bse r v ação o cide nt al: É ho r a de co mpro me t er - se a aliv iar pro ble mas.
O kanr anme ji é o oit avo Odù na or de m inalte r áv e l de Ò r únmì là. Se Ok anr anme ji é
lança do par a um clie nt e , I fá diz que o cl ie nt e e st á so fr e ndo po r falt a de filho s,
dinhe ir o , e o ut r as co isas bo as da vida. Mas se o clie nt e cr er e m Ò r únmì là e cult uar
I fá , t o do s o s se us pr o ble mas se r ão r e so lv ido s. Par a v e nce r o s inimig o s e te r
co nt ro le so br e to das as dific uldade s, o cl ie nt e te r á que o fer e ce r sacr ifí cio s à Sàng ó e
Ès ù.
8 – 1 (t r adução do ve r so )
8 – 2 (t r adução do ve r so )
O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur o ko s’ e je fo r am aque le s que div inar am I fá par a
Sak o to quando e le ia par a a cidade de O wa.
F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov e lha e tr ê s bo lo s de fe ijão .
Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io . O s Babalawo o aco nse lhar am ainda a
co me r o s bo lo s de fe ijão e não dá-lo s par a Ès ù. Enqua nto e le part ia e m sua jo r nada,
e le lev av a o s bo lo s de fe ijão co nsigo . Ele e nco nt ro u o pr ime iro Ès ù e dis se , “Se e u
23
de s se a v o cê e st e bo lo de fe ijão , v o cê far ia a chuv a me at ing ir at é que e u che g as se à
cidade de O wa.” Ent ão e le me s mo co me u o bo lo de fe i jão e pr o sse g uiu.
Ele pas so u pe lo se g undo Èsù , e st ico u sua mão co m um bo lo de fe ijão par a Èsù , e
r e pet iu o que hav ia dit o par a o pr ime iro . Ent ão e le co me u o bo lo de fe ijão . Ele fe z a
me s ma co isa co m o t er ce ir o Èsù .
Enf ur e cido , o t er ce ir o Èsù fe z co m que a chuv a at ing isse Sak ot o at é que e le
che g as se à cidade de O wa.
O s Babalawo hav iam pr e dito que e pr ó x ima pe s so a a se r inst alada co mo r e i da
cidade de O wa che g ar ia bast ant e mo lhada pe la chuv a. O s habit ant e s de O wa
fize r am de st e e st r anho e nchar cado [pe la ch uv a] se u re i.
8 – 3 (t r adução do ve r so )
8 – 4 (t r adução do ve r so )
24
F o i or ie nt ado a e le par a sacr ificar
uma ov e lha br anca se m qualque r po nto ne gr o ,
uma cabr a nov a, e um bo de .
F o i asse g ur ado a e le que se u filho ún ico se t or nar ia do is.
Ele at e nde u ao co nse lho e r e alizo u e sacr ifí cio .
Em br e v e , se us filho s se to r nar am do is.
De sde e nt ão , e st e O dù t e m sido chamado Ok anr anme ji.
Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r lançado se mpr e
t er á um filho a mais.
Or ác ulo 9
Ogundameji
25
O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á so br e car r eg ado co m t rabalho e
pr o ble mas pe sso ais de o ut r as pe s so as.
9 – 1 (t r adução do ve r so )
26
9 – 2 (t r adução do ve r so )
9 – 3 (t r adução do ve r so )
9 – 4 (t r adução do ve r so )
27
A lar e é o no me pe lo qual chama mo s o pr imo g ê nito de Ò r únmì là.
A inda ho je , nó s o uv imo s as pe sso as dizer e m: o mo A lar e (o filho de
A lar e — pr o pr ie t ár io ).
Q ualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado dev e r á te r muit o s filho s.
Or ác ulo 10
Osameji
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a mudança ine spe r adame nte em
28
sa cr ifí cio a Sàng ó , e le ganhar á fo r ça aume nt ada e e v e nt ualme nt e ve nce r á o s
inimig o s.
A que le s e ncar nado s por e st e O dù te nde m a se de s co nt ro lar o u lhe s falt am limit e s.
M uito e sfo r ço é ex ig ido par a capa cit á-lo s a se co nce nt r ar no que e st ão faze ndo o u
par a que e le s se aplique m dilig e nt e me nt e e m se u tr abalho .
10 – 1 (t r adução do ve r so )
10 – 2 (t r adução do ve r so )
10 – 3 (t r adução do ve r so )
29
F o i dit o que se e le ca sas se ape nas co m Oluy e mi, sua ho nr a se r ia
g rande .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as e t rê s mil e duze nt o s búzio s.
É aco nse lháv e l a qualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado se casar co m uma e
ape nas uma m ulhe r .
10 – 4 (t r adução do ve r so )
30
Or ác ulo 11
Ikameji
Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ e s e por t anto pe de po r mo der ação . Co m
o co rr e to sacr ifí cio é po ssí v e l ex e r cer co ntr o le . F ilho s de sse O dù e st ão
se mpr e ce r cado s po r pe sso as que são pre di spo st as a impo r do r ao s o ut ro s o u
que t e m pr azer no so fr ime nto do s out ro s. Ele s t ê m que e st ar co nst ant e me nt e
pr ev e nido s de v ido a e le s não po de re m co nt ar co m famí lia o u amig o s par a
aj udar .
11 – 1 (t r adução do ve r so )
31
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio por ca usa de abo rr e ci me nto s:
um galo e qualque r co isa
que o Babala wo e sco lhe s se t er co mo sacr ifí cio .
Ey in dis se que , co m a mag ní fi ca co ro a e m s ua cabe ça,
e le jamai s admit ir ia ir à qualque r Babalawo par a faze r sacr ifí cio .
Ele se re cu so u abr upt ame nt e a faze r sacr ifí cio .
I fá diz: Q ualque r um par a que m e st e
I fá fo r div inado e st ar á co m pro ble ma s.
11 – 2 (t r adução do ve r so )
11 – 3 (t r adução do ve r so )
32
11 – 4 (t r adução do ve r so )
33
Or ác ulo 12
Oturuponmeji (Ologbonmeji)
O t ur upo nme ji, t ambé m chamado de O lo g bo nme ji, é o dé cimo seg un do Odù
pr incipal na or de m inalt e r áv e l de Ò r únmì là. Est e Odù simbo liza a cr iação de filho s.
Par a te r filho s sa udáv e is e be m co mpor t ado s, O t ur upo nme ji diz que é ne ce ssár io
o fe r e cer sa cr ifí cio s ao s e g ung un (ant e pas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de
O t ur upo nme ji t e nde m a se to rnar e m co mplace nt e s. Par a to mar de cisõ e s sábias, e le s
de v e m o uv ir e r e spe it ar as opiniõ e s de se us pais e o s po nto s de vist a do s mai s
v e lho s e m g er al.
O s filho s de O t ur upo nme ji tê m for ça par a s upor t ar as ne ce s sidade s o u a dor .
C o nse que nt e me nt e , e le s se to r nam de masiado impr ude nt e s, te imo so s, e fa cilme nt e
co nf uso s. Se for par a e le s pe r mane ce r e m co nce nt r ado s e não per de r e m suas
po siçõ e s na v ida, de v er ão se r fe it o s e sfo r ço s per sist e nt e s par a pro piciar sua s
ca be ças (or i) e sacr ifí cio s a I fá re g ular me nt e .
12 – 1 (t r adução do ve r so )
34
e fo lhas de I fá (fo lhas de ok unpale e abo - ig bo o u ag bo sawa e
o utr o s co ndime nt o s, par a se r e m mo í do s e co zinhado s co mo so pa e
dado s ao clie nt e par a co mer ; qualq ue r um que de se jas se usar
o re mé dio par a pr o spe r idade t ambé m po de r ia co mê -lo ).
A pó s co me r o r e mé dio ,
o clie nt e de ve r á de po sit ar o s
e dun -aar a (pe dr a de raio s) so br e se u I fá .
12 – 2 (t r adução do ve r so )
12 – 3 (t r adução do ve r so )
35
de fo r ma que e le pude s se e st ar se g ur ame nt e as se nt ado .
C o mo o g be g i é pr o fundame nt e e nr aizado , O do se mpr e
e st ar á fir me me nt e asse nt ado e m qualque r lug ar .
12 – 4 (t r adução do ve r so )
36
O rác ulo 13
Oturameji
13 – 1 (t r adução do ve r so )
13 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
37
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là
quando e le ia de s co br ir e e st abe le ce r uma cidade .
F o i dit o a e le par a sa cr ificar
um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro ,
quar e nt a búzio s já pre par ado s e m um cor dão no e scur o ,
um pe daço de pano br anco , e uma árv or e o dan.
Ò r únmì là ate nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .
O s Babala wo s aco nse lhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan
nu m mat ag al e amar r ar as búzio s ne la.
Ele de v er ia lav ar se u co r po co m o sabão ne g ro pr e par ado co m fo lhas de Odan e
car r e ir as d e for mig as.
Ele de v er ia u sar o pano br anco par a se co br ir .
Se e st e I fá e ncar na alg ué m, dev e se r dito à e st e alg ué m par a faze r da me sma for ma.
O s Babala wo s dir iam a e le co m se g ur ança que o lug ar
o nde e le planto u a ár vo r e odan tal co mo de scr it o acima
e v e nt ual me nt e se to r nar ia um me r cado .
13 – 3 (t r adução do ve r so )
38
13 – 4 (t r adução do ve r so )
(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i dit o a e le par a r e alizar sa cr ifí cio de mo do
que e le pude sse go ve r nar s ua cidade ade quadame nt e .
Ò r únmì là disse : “Q ual é o sa cr ifí cio ?”
O s Babala wo s dis se r am: Se is e st e ir as, se is pe na s de papag aio , se i s ca br as,
e mil e duze nto s búzio s.
F o i dit o a e le que pe sso as de to da part e do mundo v ir iam
par a ho nr á- lo so br e a e st e ir a.
Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí ve l,
e pe s so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a
e st e ir a tal co mo pr e dit o .
De sde aque le dia, o s Babala wo s t e m se se nt ado so br e a e st e ir a par a
r e alizar div inação de I fá .
Or ác ulo 14
39
Iretemeji
Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma
v ir t ude muit o impo rt ant e . Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que
e st ão te nt ando de spachar pr o nt ame nt e no ssa s chan ce s de suce sso na v ida.
O bse r v ação o cide nt al: Est a pe sso a mar cha pe lo se u pró pr io t ambor e t e m
pro ble ma e m su bme t er - se .
14 – 1 (t r adução do ve r so )
14 – 2 (t r adução do ve r so )
40
A da-ile - o -muk ank an co nsult o u I fá par a Ir e n
quando e le ia ini ciar do is filho s de Olo fin.
F o i dit o a e le par a faze r sacr ifí cio .
Ele se g ui u o co nse lho e fe z sacr ifí cio .
F o i asse g ur ado a e le que qualque r pe sso a que e le ini ciasse não mo rr e r ia
jo v e m.
O dia que I re n inicio u dua s pe sso as que não mor r er am de v e se r
cha mado Ir e -t e -me ji.
14 – 3 (t r adução do ve r so )
14 – 4 (t r adução do ve r so )
41
U ma ba cia nov a, uma cabr a, e e fun dev e r iam se r usado s
co mo sacr ifí cio .
O luwe r i o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio .
A ko n t ev e muit o s filho s.
O luwe r i co mpr o u inicial me nt e e scr av o s hu mano s.
Ele s o de st r at ar am e o abando nar a m.
A pe nas o car ang ue jo (A ko n) per mane ce u co m e le .
C o lo que o e fu n na bac ia nov a e o fe re ça a cabr a à e la.
42
Or ác ulo 15
43
Osemeji
O se me ji é o dé cimo -qui nto Odù na or de m inalt er áve l de Òr únmì là. Se o s sacr ifí cio s
co rr e to s fo r e m e x e cut ado s, o s filho s de O se me ji v iv e r ão at é uma idade lo ng a, de sde
que e le s cuide m de sua saúde . Ele s t ambé m de v e m for t ale ce r sua cr e nça e m I fá e
s uas pr ó pr ias capacidade s de mo do a pr o spe r ar na v ida. Par a amor , um casa me nto
fe liz, e pr o spe r idade finan ce ir a, sacr ifí cio s ade quado s dev e m ser r e alizado s à O sun.
Se O se me ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e t e m muit o s inimig o s e ,
par a v e nce r o s inimig o s, dev e o fe r e ce r sacr ifí c io s a Sàng ó e Òr únmì là. A cre dit a- se
que Òr únmì là t e m e nor me s po de r e s par a ve nce r t odo s o s ini migo s tant o na te rr a
co mo no cé u.
Em O se me ji , I fá no s e nsina que ape nas sacr ifí c io s po de m salv ar o s se r e s huma no s.
A v ida é de sagr adáv e l se m sa cr ifí cio . Falt a de fé o u aut o -co nfian ça é se mpr e uma
t rag é dia.
15 – 1 (t r adução do ve r so )
Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s).
F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar e m
uma galinha, uma gaio la che ia de alg o dão , e de ze s se is pe daço s de g iz (e fun )
de mo do que e le s pude sse m alcançar uma idade av ançada e ntr e o s o dùs.
Ele s se g uir am o co n se lho e sacr ificar am.
Ele s viv er am at é e nv e lhe ce re m co m cabe lo s gr isalho s.
Q ualque r um que e nv e lhe ça co m cabe lo s gr isalho s
e ntr e o s o dùs dev e se r chamado Ag bame ji (o s do is anc iõ e s).
15 – 2 (t r adução do ve r so )
44
Ela pe r g unto u, “Q ual é o sacr ifí c io ?”
F o i dit o a e la par a sa cr ificar t oda co isa co me st ív e l.
A je se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u.
O mundo int e iro e st á fe liz po r e st ar e m bu sca de A je .
15 – 3 (t r adução do ve r so )
15 – 4 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 16
Ofunmeji (Orangunmeji)
45
Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pe de po r paciê n cia e t ransig ê n cia — uma
v ida de dar e r e ce be r . Co m ce rt o s sacr ifí cio s, su ce s so é gar ant ido .
16 – 1 (t r adução do ve r so )
16 – 2 (t r adução do ve r so )
46
A r ug bo - ile -fi- ir e - sa-k e je k e je co ns ulto u I fá par a O lo fi n
quando e le ia faze r nas ce r o s de ze sse is Ir únmale
(o dù s pr incipais ).
F o i pr e dito que o s filho s se r iam po br e s.
Se e le quise s se que e le s co nse g uis se m dinhe ir o , e le te r ia que
sa cr ificar de ze sse i s caba ças de far inha de milho , de ze sse i s ca baças
de e k ur u, de ze sse i s o le le (fe it o de fe ijõ e s v er me lho s), e de ze sse is ov e lhas.
O lo fin se r e cu so u à re alizar o sacr ifí cio .
Ele dis se que e st av a sat isfe it o ape nas po r fazer na sce r as cr iança s.
Ele sa cr ifico u ape nas par a si me s mo e ig nor o u as cr ianças.
Po rt ant o , o s Babalawo nun ca de v e m ficar ans io so s por
j unt ar dinhe ir o ao inv é s de adquir ir sabe do r ia e po der ao lo ng o de
s uas v idas.
16 – 3 (... )
co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r e st ant e s de ze sse is o dùs
pr incipai s.
F o i pe dido a e le s par a pag ar e m o dé bit o de sacr ifí cio de v ido po r sua
mãe .
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s,
e mbo r a e le s se ja m r ico s e m sa be dor ia.
16 - 4
A g bag ba-ilu f’ idiko di co ns ult o u par a O r ang un me ji, à que m fo i pe dido sacr ifi car
uma ov e lha, de ze sse i s po mbas, e tr ê s mil duze nto s búzio s. Ele se g uiu o co nse lho e
sa cr ifico u. O Babala wo div idiu os mat e r iais de sa cr ifí cio em duas par t e s,
r e se rv ando me t ade par a si pr ó pr io e dando a o ut r a me t ade par a Or ang unme ji par a
u sar par a pro piciar s ua cabe ça (o r i) quando e le r et or nas se par a casa.
A o che g ar e m casa, fo i dit o a O rang unme j i que s ua mãe g o st ar ia de vê - lo e a se us
ir mão s mais ve lho s na faze nda. A ssi m, e le e st av a in capacit ado de re alizar o
sa cr ifí cio de pr o piciar se u or i e m ca sa. C ar r eg ando o s mat e r iais co m e le , e le se
j unto u à se us ir mão s mais ve lho s de fo r ma que t o do s pude sse m v isit ar sua mãe
co mo dito . Q uando e le s che g ar am na fr o nt e ir a, o fun cio nár io da alfânde g a pe diu a
e le s par a pag ar e m uma t ax a de alfânde g a. Ej iog be , o lí der do s o dùs, não tinha o s
duze nt o s búzio s e x ig ido s, e ne nh um o ut ro do s quat o r ze o dùs t inha dinhe ir o par a
47
pag ar . A pe nas Or ang unme ji, o dé ci mo -se x to O dù, t inha o dinhe iro , que e le pag o u
por t o do s e le s ant e s que e le s pude sse m atr av e ssar [a fr o nt e ir a] par a ir à faze nda.
A ssi m, quando e le s che g ar am à faze nda, o s quat or ze o dùs r e st ante s de cidir am
t or nar a ambo s Ejiog be e Or ang un me ji o s che fe s da famí lia. De sde aque le dia, nó s
se mpr e cha mamo s O r ang un me ji de “ O funme ji ”. De sde aque le dia, falamo s,
“Ne nhu m I fá é maio r do que Ej iog be , e ne nh um I fá é maio r do que O funme ji .”
Po r e st a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funme ji
fo r e m lançado s, nó s se mpr e de cidimo s a sor t e e m favo r de le s.
Or ác ulo 17
Ogbe‘Yeku
48
No O dù Og be ’ Ye k u, Og be e st á na dire it a, re pr e se nt ando o pr incí pio mas culi no , e
O ye k u e st á na e sque r da, re pre se nt ando o pr incí pio fe min ino . Q uando O g be v ai
v isit ar co m Oy ek u, as t rans for maçõ e s r e sult ant e s de st e mov ime nt o são
si mbo lizadas po r Odù Og be ’ Ye k u. (C o mo ant er ior me nt e dis cut ido , ex ist e m 256
o dùs no si st e ma I fá de div inação : de ze s se is o dùs pr incipai s e 240 r amifi caçõ e s o u
co mbi naçõ e s de O dù. O dù Og be ’ Ye k u é o pr ime ir o das co mbi naçõ e s de o dùs e e le
o cupa o dé ci mo -sé t imo lug ar na o r de m fix a de Òr únmì là.)
17 – 1 (t r adução do ve r so )
49
O o ba també m não po dia do r mir be m e fo i fo r çado
a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar
I fá par a e le . Oluk o t un v e io e dis se ao oba que
e le e st av a incapacit ado de dor mir pro fu ndame nt e à no it e . Po rt ant o ,
se e le quise s se afast ar a mor t e súbit a, e le t er ia que co nce de r
ao Babalawo que co nsult o u I fá par a e le : sua
jo v e m rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro ce nt o s b úzio s.
O o ba re alizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo
car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a
se g uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, e is co mo I fá
po de se r favo r áv e l, e ass im por diant e .
Com e st e O dù nó s apr e nde mo s co mo Oluk o t un A jamlo lo fo i be lame nt e
r e co mpe nsado e fav or e cido de v ido à s ua inabaláv e l cr e nça e m I fá .
17 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
(...) co nsult o u I fá par a A lag e mo (ca male ão ) quando e le ia ce le br ar as fe st iv idade s
anuai s co m Olok un.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car vint e mil búz io s,
duze nt o s po mbo s, e uma v ar ie dade de t e cido s. Ele se g ui u o
co nse l ho . O s div inado r e s pr e par ar am re mé dio de I fá par a e le .
A lag e mo e nt ão e nv io u uma me nsag e m par a O lo k un dize ndo que
e le ia part ic ipar das fe st iv idade s.
Ele g o st ar ia de co mpe t ir co m Olo k un ao usar
r o upas idê nt icas. O lo k un r e spo nde u, “Tudo be m! Co mo v o cê
se at r ev e , A lag e mo ?” Ele disse que ag uar dar ia a che g ada
de A lag e mo . A lag e mo che go u no dia pr o po st o . O lo k un
ini cio u a co mpe t ição . Q ualque r ro upa que O lok un
u sasse , A lag e mo usar ia a me s ma e as ig ualar ia.
A pó s um cur to t e mpo , Olok un fico u zang ado e de cidiu
que e le t e nt ar ia blo que ar o caminho de fo r ma que A lag e mo
achar ia impo s sí ve l re to r nar par a casa. Ele fo i
bu scar o aux í lio do s fe it ice ir o s e br ux as par a co lo car
o bst ácu lo s no caminho de A lag e mo . Alag e mo po r sua ve z fo i
co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que e le dev e r ia fazer par a e v it ar
qualq uer impe di me nto e m se u cam inho par a casa. Ele fo i o r ie nt ado a
50
sa cr ificar e ni- ag bafi (uma e st e ir a de r áfia), ig ba- e wo (uma cabaça [co m]
inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas.
Ele se g ui u o co nse lho . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a
e le . F oi e ns inado a e le a se g uint e canção :
O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ e bo
a jo o eg ba. (Po ssa m as fe it ice ir as aqui me de ix ar e m paz
Po s sam as br ux as aqui me de ix ar e m e m paz
Se um abut r e co me o sacr ifí cio , e le de ix a a caba ça aqui).
F o i ainda pe dido a e le que e st icas se a e st e ir a
no r io e se se nt as se so br e e la. A lag e mo fe z co mo fo i dit o
por se us Babalawo e e le fo i capaz de vo lt ar par a ca sa.
A lag e mo r e alizo u o s sacr ifí cio s pre s cr it o s po r se us Babalawo e fo i por t anto capaz
de s upe r ar o s o bst áculo s que O lo k un ame aço u co lo car e m se u cam inho .
O rác ulo 18
Oyekulogbe
18 – 1 (t r adução do ve r so )
51
lut ar um co nt r a o o utr o . Fo i por t anto o rie nt ado a e le s par a ofe r e ce r sacr ifí cio s
de fo r ma a te r paz apó s a part ida do s e st r anho s.
O sacr ifí cio : de ze s se is car acó is, duas cabr as, e t r int a e do is
mil búzio s.
Ò r únmì là fo i o único que r e alizo u o sa cr ifí cio .
Q uando o s e str anho s che g ar am, e le s e ntr ar am na casa de A lar a
e co me çar am a bat e r um no o utr o . A lar a o s co lo co u par a for a. O s
e st r anho s t ambé m v ier am par a a ca sa de A je ro e par a as [ca sas ] do s quat or ze
r e is r e st ant e s. To do s e le s puse r am o s e st r anho s par a for a. M as quando o s
e st r anho s che g ar am à casa de Òr únmì là e co me çar am a bate r um
no o utr o , Òr únmì là t e nto u pac ificá -lo s. Din he iro e co nt as
e st av am caindo de st e s e str anho s e m lut a. Òr únmì là e st av a
o cupado r e co lhe ndo to do o dinhe ir o e co nt as e jó ias pr e cio sas.
A lut a e ntr e o s e st r anho s co nt inuo u por dias, at é que
a ca sa de Ò r únmì là e st av a r e plet a de dinhe ir o e to das as co isas bo as.
O ye k ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no me s do s de ze s se is
r e is pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un,
Ewi, A laafin- Oy o, O wor e , Ele pe , O ba- A dada, Alaajo g un, Olu-
O y inbo , Olu- Sabe , Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle .
O s r e is po ss ue m r ique zas e t o das as bo as co isas, mas não t e m paz.
Ò r únmì là, o único a r e alizar o sacr ifí cio , t ev e paz
co mple t a.
Est a é a r azão po r que to do s o s r e is dev e m mant er Babala wo co mo
co nse l he iro s, e spe cialme nt e quando e le s se co nfr o nt am co m pro ble ma s o u
pr eo c upaçõ e s.
18 – 2 (t r adução do ve r so )
52
U m g alo fo i pe dido par a e st e sacr ifí cio .
O ro se r e cuso u a sacr ifi car .
Po r que Or o se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e s cr it o po r I fá, e la t ev e que fo r ne ce r
alo jame nt o par a O mo -nle . Em o ut r as palavr as, as lag ar t ix as ago r a viv e m e m
par e de s de bar ro .
O rác ulo 19
Ogbewehin
19 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
r e alizo u div ina ção de I fá par a O g be
quando e le ia v isit ar co m I wor i.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car
t rê s bo de s, t rê s g alo s, a r o upa que e le e st av a v e st indo ,
e um rato do mat o (o r ato de v e ser mant ido e m pé atr ás de Èsù ).
Po r que e le re t or nar ia co m r ique zas, e le de v er ia se asse g ur ar que
a r ique za não e scapar ia de le .
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Q ualque r pe sso a par a que m e st e O dù é lançado dev e se mpr e o fer e ce r sacr ifí cio par a
g ar ant ir um final fe liz o u be m suce d ido .
53
19 – 2 (t r adução do ve r so )
54
Or ác ulo 20
Iworibogbe
Est e Odù fala pr ime ir ame nte de fil ho s e e nco r aja uma at mo sfe r a so cial
po sit iv a par a mant e r o be m e st ar da famí lia.
20 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
Ele dis se que alg o dev e r ia se r o fe r e cido à
cr iança de for ma que a cr iança não v ie sse a mo rr e r :
inhame amassa do , uma g alinha, e t rê s mil e duze nt o s búzio s.
I fá dis se que e le s dev e r iam co zinhar a co mida e a g alinha
pr e scr ito s, re unir t o das as cr iança s,
e pe r mit ir que o s co mpan he iro s de re cr e ação da cr iança do e nt e co mam
da co mida o fer e cida. I fá disse que a cr iança do e nt e ir ia
fi car be m se u ma fe st a fo s se fe it a par a se us co mpanhe iro de r e cr e ação .
20 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko
(po mba ).
A mbo s e st av am so fr e ndo por falt a de filho t e s.
F o i pe dido a e le s par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me , u m fe ix e de v ar e t as, um
po te g r ande , e tr ê s mil e duze nt o s b úzio s.
55
O po mbo re alizo u o sacr ifí cio
mas a po mba se re cu so u.
A po mba t ev e do is fil hot e s e o po mbo te v e do is filho t e s.
A po mba dis se que e la não sa cr ifico u e ainda assim te v e do is filho t e s.
Ela fo i co n str uir se u ninho na árv or e e g ung un.
Ve io uma te mpe st ade , a árv o re e g ung un fo i ar r ancada co m r aí ze s, e o s filho t e s da
po mba mo rr e r am.
Ela g r it o u, “O pr ime ir o e o se g undo e u não v i.”
O po mbo gr it o u, “Eu fique i de co st as par a o pot e e não
mo rr i.”
56
Or ác ulo 21
Ogbedi
Est e O dù fala da ne ce ssidade de ex e cut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se
ev it e co nfu sõ e s o u zo m bar ia.
21 – 1 (t r adução do ve r so )
21 – 2 (t r adução do ve r so )
57
O g be dik ak a, O g be dile le co nsult ar am I fá par a Èsù quando e le e st av a sat is faze ndo
um pe r ío do de tr abalho duro co m Ò r únmì là, Or isa-nla, O risa -o ko , e Òg ún. A Èsù
fo i pe dido que o fer e ce s se Ee san, nov e po mbo s e oito mil búzio s. O r e mé dio de I fá
de v er ia se r pr e par ado par a pe r mit i-lo pag ar se u s dé bit o s.
Ès ù se re cu so u a sacr ifi car .
Ès ù fo i um pe s cador naque le s t e mpo s. Se mpr e que e le pe g av a muit o pe ix e e m sua
ar madilha, o s I r unmo le (a s quatr o ce nt as de idade s) se nt iam inv e ja de le . Ele s
pe nsar am que log o Ès ù ganhar ia dinhe iro suf icie nt e par a se afiançar de ste s dile ma s
fina nce ir o s. Po r e st a razão , e le s de cidir am e nv ia-lo e m mis são a lug ar e s dist ant e s
no me smo dia. A pó s o e nv io da me nsag e m Òr únmì là pe nso u e m co nsult ar o o rác ulo
de I fá so br e o assunt o . Ele cha mo u o s babala wo que co nsult ar am I fá e disse r am
O g be dik ak a. Ò rúnmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar se is co e lho s, se is po m bo s e do ze
mil búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le amar r ando o s se is co e lho s na bo lsa. Ele s o
adv er t ir am a se mpr e lev ar a bo lsa co m e le . O r isa-nla pe diu a Ès ù ir a at é Ì r ànje e
t raze r se u bo r dão (o pa-o sor o ) e s ua saco la. Òr ì sà-o ko e nv io u Èsù a Òde - Ir awo .
Ò g ún pe d iu a Ès ù ir à Ò de - Ir e e tr azer se u g bamdar i (um alfanje lar go ).
R apidame nt e Èsù se le v ant o u e fo i at é um ar bu st o pe rt o o nde e le supli co u e o bt ev e
t o das as co isa s pe didas. Log o apó s Èsù part ir , to do s o s Ir unmo le for am co le t ar o s
pe ix e s da ar madilha de le . A ssim que e le re to r no u, e nco ntr o u e le s par t ilhando se us
pe ix e s. Q uando e le apare ce u ine spe r adame nt e , t odo o mundo e mbo lso u o pe ix e . Ele
e ntr e g o u t o do s o s it e ns que e le s pe dir am par a e le ir bus car . Ès ù e nt ão co me ço u a
que st io nar to do mundo , “O nde vo ce s o bt iv er am o pe ix e que e st av am re part indo ?”.
A lg uns e st av am se de sc ulpando ; o ut ro s não so ube r am o que dize r . Ent ão
implo r ando o pe r dão de le , de ci dir am abr ir mão do se us dire it o s so br e dinhe iro e le
o s dev ia. Ele não dev e r ia de ix ar ning ué m o uv ir que e le s o t inham ro ubado . Er a
co st ume e m I fe naque le s te mpo s que ning ué m de v ia ro ubar . Ò r únmì là disse que e le
não r oubo u o pe ix e de Èsù . Èsù d isse que Òr únmì là dev ia t er r o ubado o pe ix e que
fo i co lo cado na bo lsa que e le e st av a se g ur ando . Èsù pe nso u que o nar iz do pe ix e
e st av a saindo par a fo r a da bo lsa. Ele s lev ar am o as sunt o par a co r te na cidade de
I fe . Ele s disc ut ir am. O t ribu nal de cidi u pe dir par a Ò r únmì là que de sv e las se o
co nt e údo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e e le s v ir am o s se is co e lho s que e le jo go u
par a fo r a. Ele s co me çar am a culpar Èsù . Ès ù implor o u per dão a Òr únmì là.
Ò r únmì là se r e cuso u a de scu lpa-lo . Ès ù e mpe nho u sua ca sa e o utr as po s se ssõ e s
par a Òr únmì là. Òr únmì là ainda re cu so u ace it ar o arg ume nt o de le . O s O t u I fe (o s
anciõ e s de I fe ) per g unt ar am par a Ès ù o que e le pr et e ndia faze r . Èsù r e spo nde u que
58
e le ir ia par a ca sa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe se r v indo par a se mpr e . Ele s
e ntr e g ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando e le s che g ar am à casa de Òr únmì là, Ès ù qui s
e ntr ar co m Ò r únmì là. Òr únmì là re cu so u e pe diu par a Èsù que se se nt as se do lado
de for a. Òr únmì là disse que o que e le co me s se de nt r o da casa, e le co mpar t ilhar ia do
lado de for a co m Èsù .
Ès ù t e m v iv ido e nt ão de sde aque le dia do lado de fo r a.
59
Or ác ulo 22
Idigbe
O bse r v ação o cide nt al: M e do s te mpor ais, m uit as ve ze s re lacio nado s a se rv iço s
o u par t e mo ne t ár ia, dev e m se r t rat ado s. M uit as v e ze s r e lacio name nt o s
e mo cio nais e st ão ca usando inquie t ação e de se q uilí br io .
22 – 1 (t r adução do ve r so )
22 – 2 (t r adução do ve r so )
60
Ì dig ba, Ì díg be co ns ult o u I fá par a Sà ngó
quando e le e st av a ro de ado po r inimig o s.
I fá as se g ur o u a e le v it ó r ia do br e o s inimig o s.
U m car ne iro e 6 600 b úzio s fo r am o fer e cido s e m sacr ifí cio .
Sàng ó r e alizo u o sa cr ifí cio
e fo i v it or io so do br e se us inimigo s.
Or ác ulo 23
Ogbe’rosu
61
Est e Odù de t er mina a so lução par a a ame aça de mor t e , do e nça, caso s
j udiciai s, pe r das e infe r t ilidade .
23 – 1 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 24
Irosu-ogbe
Est e O dù e nfat iza que re lacio name nt o s e spir it uais pe sso ais são co nt r ár io s
àque le s mo net ár io s o u co me r ciais.
62
O bse r v ação o cide nt al: Emo çõ e s t ê m pr e fe r ê ncia e nquant o t rabalho pe sado
cam inha a paço s le nto s.
24 – 1 (t r adução do ve r so )
24 – 2 (t r adução do ve r so )
63
Or ác ulo 25
Ogbewonri (Ogbèwúnlé)
Est e Odù fala da e sco lha e ntr e mar ido s o u e spo sa s po t e nciais. Sa cr ifí cio s
as se g ur am a e sco lha co rr e t a e a asso cia ção be m su ce dida.
O bse r v ação o cide nt al: U m gr ande mo me nt o par a capit alizar , t ant o co me r cial
co mo e mo cio nalme nt e , no s atr at iv o s do s clie nt e s par a o s o ut ro s.
25 – 1 (t r adução do ve r so )
64
A jaje co nsult o u I fá par a Ko ko
quando e la e st av a po nder ando casar o u co m Apat a o u co m A k ur o .
Ela fo i aco n se lhada a o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s e quat ro pe daço s de
t e cido no do so .
Ela o uv iu e at e nde u o co nse lho .
Lhe fo i falado que Ak ur o ser ia o mar ido fav or e cido .
Se Ko ko t iv e sse êx it o , Ak uro t ambé m te r ia êx it o .
25 – 2 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 26
Owonrinsogbe
26 – 1 (t r adução do ve r so )
65
I lú Sak o n fo i que co n sult o u I fá par a Olo fin O be le je
quando e le fo i do r mir e de spe r to u co m más vibr açõ e s.
F o i dit o a e le do r mir for a de ca sa e de sua s r e do nde zas,
mat ar um cabr it o so bre o lixo , e le v ar t udo isso
par a a flor e st a.
Di sse r am a e le que se uma pe s so a lev as se o mal par a a flor e st a,
e le v olt ar ia par a casa co m o be m.
A fo lha se mo st ro u se r olo wo nr an-nsan -san.
Ho je A lade e x pulso u o mal par a a flo re st a.
Sa cr ifí cio par a Pr o spe r idade (A jé ): 2 po mbo s — um de le s de v e ser u sado par a
apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e .
Sa cr ifí cio par a uma e spo sa (ay a): 2 galinha s — uma de las de v e se r usada u sado
par a apazig uar a ca be ça (o r í ) do clie nt e , co nt ant o que e le t e nha sacr ifi cado um
ca br it o .
O clie nt e de ve varr e r s ua casa co m fo lhas de o lo wo nr an- nsan- san (o sok o t u) co mo
pr e scr ito aci ma.
26 – 2 (t r adução do ve r so )
66
Or ác ulo 27
Ogbe’bara
27 – 1 (t r adução do ve r so )
27 – 2 (t r adução do ve r so )
67
I pale ro -ab’ e nu mog imo g imamo ’ nilo wo co nsult o u I fá par a Òr únmì là
quando a mo rt e (k awo k awo ) v e io faze r uma visit a v indo do Par aiso .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car uma cabr a e de ze s se is Ik in.
A cabr a de v er ia se r mor t a do lado de fo r a de mane ir a que a mor t e não e st ar ia apt a a
apr isio na- lo co m o utr o s.
Ò r únmì là pre st o u at e nção ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .
Or ác ulo 28
Obarabogbe
Est e Odù fala de gr ande r e spe it o e po de r par a o clie nt e que fie lme nt e se g uir
as pr e v isõ e s de I fá.
28 – 1 (t r adução do ve r so )
68
28 – 2 (t r adução do ve r so )
I ro fá- abe e nújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i que m co ns ulto u I fá par a A difala,
que e st av a indo div inar par a O sin. A difala pe diu a O sin faze r sacr ifí cio de mane ir a
a afa st ar mor t e re pe nt ina de nt ro do s se t e dias se g uint e s. Se t e car ne iro s e 1 000
búz io s dev er iam se r o fe r e cido s. O sin não re alizo u o sacr ifí c io mas ag ar ro u A difala
e o amarr o u. A difala cant o u a se g uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr e diçõ e s de
I fá passar ão ime diat ame nt e na t ábua de adiv inha ção (o po n), I bar at ie le , I bar at ie le .
C e rt ame nt e O sin mo rr e r á amanhã, I bar at ie le , I bar at ie le . O sin pe g ar á um po t e e ir á
at é o r io , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão ,
I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma e sca da e su bir á no t e lhado , e assim por
diant e .
O babala wo canto u e ssa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando e le s e st av am
t raze ndo uma no iv a no v a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e . O sin disse que
e le v ar r er ia a ca sa r apidame nt e ant e s da che g ada da no iv a. Ele pe g o u a vas so ur a e
v ar r e u a casa. A ss im que te r mino u, de ci diu su bir no t e lhado par a e spia -lo s. Ele
pe go u uma e s cada e fo i ao te lhado par a ve r a no iv a que v inha ao lo ng e . Ele caiu e a
par e de de smo ro no u so br e e le . Ele s e nv iar am pe sso as par a libe r t ar e t raze r Adifala.
A difala dis se que e le s de v er iam o fer e ce r r apidame nt e um sacr ifí cio de de z ov e lhas,
de z g alo s, de z vaca s, e a e spo sa no v a que e st av a vindo a O sin. O sin de spe r t o u
e nquant o e le s e st av am e xe c ut ando o sa cr ifí cio .
I fá diz que nó s nunca dev e mo s duv idar das pr e diçõ e s de um baba lawo .
69
Or ác ulo 29
Ogbe’kanran
29 – 1 (t r adução do ve r so )
70
fr o nt e a e le e ca so s judi ciais (e jo ), pr e juí zo s (o fo ) e o ut ro s male s apar e ce r am par a
e le .
A part ir de st e dia Og be e nco nt ro u dificul dade s, e e st e o dù t e m sido chama do de
O g be’ K anr an.
Or ác ulo 30
Okanransode
Est e O dù fala de so bre pu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r e s par a co nse g uir
uma po sição de pro e minê n cia.
O bse r v ação o cide nt al: U m no vo t rabalho , uma pro mo ção o u um aume nto
e st ão e m um fut uro pró x imo .
30 – 1 (t r adução do ve r so )
30 – 2 (t r adução do ve r so )
71
O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio .
Ele fo i in st alado co mo o T’ e wise (por t a—v o z de Èwi).
Or ác ulo 31
Ogbe’gunda (Ogbeyonu)
31 – 1 (t r adução do ve r so )
31 – 2 (t r adução do ve r so )
72
a mãe de le s e nv io u a A lár á um pr e se nt e e mbr ulhado co m fo lhas se ca s de K ok o.
A lár á fico u irr it ado e e spant ado de co mo s ua mãe po der ia e nv iar alg o e mbr ulhado
e m fo lha s se ca s de K ok o ; Ele re cu so u ace it a-lo . A mãe de le s fe z a me sma co isa co m
A je rò e e le també m re cu so u ace it a-lo . A bor r e cido s, e le s o lev ar am a Òr àng ún, que
ace it o u o e mbr ulho . Ele o de se mbr ulho u e e nco nt ro u co nt as. Òr àng ún já tinha
r e alizado o sacr ifí cio pr e scr ito pe lo babala wo . Ò ràng ún o fer e ce u: t e cido de v e ado 1 ,
um po mbo e 16 000 búzio s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e e nv io u o co lar
par a A lár á por que e le se nt iu que is so o sat is far ia. A lár á co mpr o u o co lar de
Ò ràng ún. Òr àng ún fio u o utr o co lar e o e nv io u par a A je rò , que també m pago u a
Ò ràng ún po r e le . Òr àng ún fo i capaz de ve nde r o s co lar e s po r que e le o s e mbr ulho u
e le g ante me nt e . Ò ràng ún fico u co m as co nt as r e st ant e s par a si.
1
N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m
e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .
73
Or ác ulo 32
Ògúndábèdé
O bse rv ação o cide nt al: A que st ão de infide lidade mat r imo nial em um
re lacio name nt o muit as ve ze s apar e ce .
32 – 1 (t r adução do ve r so )
32 – 2 (t r adução do ve r so )
74
Ò g úndáso rí ir e f’O g bè , t rag a-me bo a so rt e .
R e mé dio de I fá: Co ma se is àk àr à fr e s co s co m pó de iy è -irò sù no qual
o o dù Òg úndá sor í ir e f’ O g bè te nha sido mar cado e re zado co mo mo st r ado acima.
75
Or ác ulo 33
Ogbèsá
O bse r v ação o cide nt al: É uma sit uação difí cil que ag or a e st á che g ando , mas se
v o cê não se e nt r eg ar ne m de si st ir t r iunfar á no final.
33 – 1 (t r adução do ve r so )
33 – 2 (t r adução do ve r so )
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i,
que fo i pr e ve nido ace r ca de um amig o
t ão g r ande quanto um car ne iro . Ele fo i o rie nt ado a o fer e ce r um sa cr ifí cio de
mane ir a a pr ev e nir que se u amigo o e ng anasse e o fix asse par a se r mor t o .
uma por ção de o bì , br ace let e s de fe rr o , 2 200 búzio s e um gr ande r e cipie nt e de
made ir a co m t ampa o nde se r á co lo cada a o fer e nda.
I k i fe z o sa cr ifí cio .
U m dia; o car ne ir o fo i visit ar O lo fin e r e par o u que o sant uár io do e g úng ún de le
e st av a vazio . Ele per g unt o u a O lo fin o que e le usav a e m se u cult o de eg úng ún.
O lo fin re spo nde u que e le ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car ne iro riu e disse que
e mbo r a isso fo s se bo m, e le t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . O lo fin o agr ade ce u. U m
76
dia, o car ne iro fo i v isit ar Ik i. O car ne ir o pe r g unto u a Ik i se o pai de le se mpr e
co nt av a par a e le so br e um jog o que e le e o car ne iro co st umav am jog ar . I k i
pe rg unt o u que jog o que e ra. O car ne iro disse a Ik i que o jo go er a dar vo lt as uma
car r eg ando o o ut ro po r quat ro pé e nquant o um e st av a o culto de nt r o de um
r e cipie nt e de made ir a. I k i dis se que se u pai nun ca tinha falado so br e o jo go ape sar
de par e ce r div e rt ido . O car ne ir o co lo co u um re cipie nt e de made ir a no chão e e ntr o u
de nt ro . Ele pe diu a Ik i que t ampas se e e nt ão o carr e g asse po r quat r o pé s.
Pe r co rr ida a dist ân cia, o car ne ir o disse que e ra a s ua v e z. O car ne iro e nt ão carr e go u
I k i po r quatr o pé s co lo co u- o no chão e ao se u t ur no e nt ro u no r e cipie nt e . E fo i a ve z
de Ik i e nt r ar no r e cipie nt e . O car ne iro o carr e g o u po r quatr o pé s, po r é m quando Ik i
pe diu que o co lo cas se no chão , o car ne ir o o ig nor o u e co nt inuo u caminhan do . I ki
implo ro u mas o car ne ir o t or no u a não dar o uv ido s a e le . I k i co me ço u a cant ar a
cant ig a que o babala wo e nsino u- lhe quando r ealizo u o sacr ifí cio :
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O car ne ir o e st á me le v ando par a O lo fin par a se r mo rt o .
Eu não sa bia que e st av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car ne ir o .
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
Ve nha m po der o same nt e libe r t ar I ki do r e cipie nt e .
A pó s alg uns mo me nt o s, o car ne iro sa cudiu p re cip ie nt e e ouv iu o so m do s
br ace le t e s de fe r ro e pe nso u que fo sse Ik i. Q uando e le che go u na casa de Olo fin e st e
o fe r e ce u aju da co m o re cipie nt e . Ele re cu so u e dis se que pr e cisav a ir at é o quint al
do s f undo s.
Q uando e le s fo r am par a o s fundo s, e le s ajudar am o car ne iro co m o r e cipie nt e .
A br indo o r e cipie nt e , e le de sco br iu que ik i não e st av a de nt ro . Olo fin disse que
de v ido o car ne iro t e nt ar e ng ana-lo , e le se r ia sacr ifica do a Eeg un. De sde e s se dia,
um car ne ir o se mpr e é o fer e cido a Ee g un co mo sa cr ifí cio .
Or ác ulo 34
Oságbè
77
Est e Odù fala da ne ce s sidade to mar o se u t e mpo e do uso da pe r ce pção
e spir it ual par a se apr e ciar o s pr aze r e s da v ida.
34 – 1 (t r adução do ve r so )
34 – 2 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 35
Ogbèká
Est e Odù fala de te r que supe r ar ci úme e inv e ja par a alcançar fama e
r e spe ito .
78
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa inje t ar mai s se nso co mum e me no s
imag inação na s at iv idade s cot idiana s.
35 – 1 (t r adução do ve r so )
Es umar e co m um lindo do r so
co ns ulto u I fá par a a C huv a t or re nc ial.
A e la fo i pe dido que o fer e ce sse u m sacr ifí c io
de uma e nx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar
que as pe sso as a lev as se m par a de ntr o da flor e st a.
Q uando e la finalme nt e ve io a re alizar o sa cr ifí cio , as pe s so as
co me çar am a dar at e nção a e la.
35 – 2 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 36
Ikagbè
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e apr e nde r a mo der ar suas palav r as e
açõ e s quando ex por u m po nt o de v ist a.
79
36 – 1 (t r adução do ve r so )
Ele disse g ro sse r ia, e u disse inso lê ncia. Ele disse que nun ca é po ssí v e l r o lar pa no
se co no fo go . Eu disse que não é po s sív e l ut ilizar uma co br a co mo cint o . Ele s não
de v e m se r tão r ude quanto o g olpe do filho do che fe na cabe ça. que e u se ja
r e spe it ado e nt ão at é ho je . I nvo que e st e I fá no iy è -irò sù que t e nha sido mar cado
co m o O dù Ì kág bè e e sfr e g ue na sua cabe ça (or í ).
36 – 2 (t r adução do ve r so )
Or ác ulo 37
Ogbètúrúpòn
Est e Odù fala so br e o clie nt e fi car par a t rás e m uma co mpe t ição . Ele po de
v e nce r at r av é s do sa cr ifí cio .
80
37 – 1 (t r adução do ve r so )
Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e també m par a a v aca (e r anla).
A v aca fo i aco nse lhada a o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que a e la ser ia dada a
po sição so cia l do cav alo .
Tr ê s e nx adas e 6 600 b úzio s de v er iam se r u sado s co m sa cr ifí cio .
A v aca o uv iu po r é m não re alizo u o sacr ifí cio .
O cav alo o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
No s t e mpo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s upe r io r ao cav alo .
Ès ù pe r suadiu as pe s so as a t rat ar e m o cav alo co mo u m bo m co mpanhe ir o
por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq ue r um que r e aliza se u s sacr ifí cio s.
I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) e st á no pe s co ço do cav alo / e st á no pe s co ço
do cav alo .
37 – 2 (t r adução do ve r so )
Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e -iy á-r e -ni-aag be fu n.
co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà,
que e st av a so fr e ndo co m falt a de filho s e e st av a saindo co m o abut r e .
Ela fo i aco n se lhada a faze r sacr ifí c io
um pe daço de te ci do br an co co lo cado no Ò rì sà,
3 200 búz io s e duas galinha s.
Ela pr e st o u at e nção nas palavr as e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 38
Òtúrúpòngbè
81
famo so acro bat a (at ak it i-g ba- eg be wá ). Dis ser am que pro ble ma s de spo nt av am mais
adiant e ; log o , dev e r ia sacr ifi car do is galo s, 12 000 búzio s e uma cor da.
Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio .
A mãe do rapaz r e alizo u o sacr ifí cio quando se u filho t ev e pro ble ma s.
A hist or ia de I fá: Er a uma ve z, um ho me m e nt r o u na casa do Olo fin e dor mi u co m
as e spo sa de le . Est e ato cr ue l sur pr e e nde u o O lo fin que de se jo u sabe r co mo alg ué m
po der ia ser t ão cor ajo so a po nt o de e ntr ar no apar t ame nto de sua e spo sa, de sde que
hav ia ape nas um por t ão que lev av a at é a s ua áre a. Po r isso , e le ini cio u uma
inv e st ig ação . A inv e st ig ação fr acas so u e m r ev e lar a pe sso a mal int e ncio nada. Ele
co nv o co u t o do s o s habit ante s da cidade , co lo co u no chão 20 000 b úzio s e um
ca br it o , e o fer e ce u e nt ão um prê mio par a a pe s so a que pude s se pular por sua
par e de e che g ar at é a sua ár e a. A S pe s so as t e nt ar am e falhar am; por é m um r apaz
da casa de Olo fin t omo u a fr e nt e e facilme nt e pulo u at é a ár e a. O O lo fin ag arr o u o
r apaz, que fo i co nside r ado co mo se ndo o se u o fe nso r , e o amarr o u. Q uando a mãe
do r apaz so ube do aco nte ci do , r apidame nt e r e alizo u o sa cr ifí cio que se u filho hav ia
ne g lig e nciado . Tão rápido quant o e la re alizo u o sacr ifí cio , Ès ù co lo co u as
se g uint e s palav r as na bo ca do s filho s de Olo fin: Vo cê . Olo fin, fo i o único que
dor mi u co m s ua e spo sa. Por que amar r ar ia o filho de alg ué m e de se jar ia mat a- lo ?
O lo fin Q uando e le de samar r o u o r apaz e finalme nt e lhe de u o cabr it o e o s 20 000
búz io s.
Or ác ulo 39
Ogbètúrá
82
Ò r únmì là nu nca cair ia e m de sg r aça. U ma cabr a, um r at o e um pe ix e dev e r iam ser
sa cr ificado s.
Ò r únmì là o uv iu e re alizo u o sacr ifí cio .
Ent ão , de sde a cr iação do mu ndo at é o s dias at uai s, Òr únmì là nunca cai u e m
de sg r aça. Ele fo i que m pr ime ir o ne le [mun do ] pi so u. Ele t re ino u o s A dv inho s de I fá
e sit uo u o s odù e m suas re spe ct iv as po si çõ e s. A pe sar de to das e ssas co isas, e le
nun ca ne g lig e nciar ia o s sacr ifí cio s pre s cr it o s par a e le , por que e le de mo nst ro u ao s
se r e s hu mano s que "não po de hav er paz alg uma se m sacr ifí cio ". Est a clar ame nt e
e x pr e s so e m vár ias liçõ e s e m I fá que “o s se r e s hu mano s não v iv e m e m paz se m
o fe r e cer sa cr ifí cio s”. A lé m do mais, pe que no s sa cr ifí cio s pr ev ine m a mo r te
pr e mat ur a. Q ualque r pe s so a que de se ja te r bo a sor t e se mpr e o fe r e ce r á sacr ifí cio s.
Q ualque r um que cult iv a o háb ito de faze r o be m, e spe cial me nt e ao po br e , se mpr e
se r á fe liz.
Or ác ulo 40
Òtùrà-Oríkò
O bse r v ação o cide nt al: Se a clie nt e e st á gr av ida, uma o fe r e nda par a g ar ant ir
uma cr iança sa udáv e l dev e se r fe it a.
83
Pe nr e nmiy e nmi, Pe nr e nmiy e nmi, Ò ràn mi d’e t e , Òr àn mi d’ e ro
C o nsult o u I fá par a o mil ho (Àg bàdo )
Q uando e le e st av a v indo ao mu ndo pe la pr ime ir a v e z.
F o i dit o a e le que o fer e ce sse sa cr ifí cio de mane ir a a pr e v e nir que as pe s so as
v ie sse m co mer se us der iv ado s.
um te cido no vo e um cabr ito de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Or ác ulo 41
Ogbèatè
84
Ele s fo r am adv er t ido s a não ir e m par a a r o ça. Se fo sse m at é lá ir iam e nco nt r ar Ik ú
(a mo r te ).
Ele s não ouv ir am.
Na manhã se g uint e e le s fo r am até a r o ça e e nco ntr ar am Ik ú, que mato u Ewo n e Ir o.
Ele t rag o u Ìg è dè , o filho de Ag bo nnir e g un. Q uando as no tí cia s che g ar am ao s
o uv ido s de Ag bo nnir e g un, e le fo i até se u babala wo , que co ns ulto u I fá par a e le . A
e le fo i pe dido ascr ificar pe nas de papag aio , co nt as t ut u -o po n, t rê s gr ande s bo las de
inhame pilado e se t e po mbo s. Ele tam bé m fo i o rie nt ado a lev ar o sa cr ifí cio à ro ça ao
amanhe ce r .
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
C he g ando à ro ça, e le e nco ntr o u o cor po de Ewo n, no chão .
Ele e nco nt ro u o co r po de I ro no chão .
I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gè dè nas mão s de A g bo nnir e g un e pe diu
par a que e le e ngo lis se Ì gè dè . Ele di sse : A g bo nnire g un se mpr e dev e r ia vo mit ar
Ì gè dè e m dias t er r iv e lme nt e t rist e s.
85
Or ác ulo 42
Ireteogbe
86
I re - nt e g be , o A dv inho de A k isa,
co ns ulto u I fá par a A k isa quando e st e e st av a a po nt o de dar me l ao I fá de le .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car me l, aadun ( milho e aze it e ) e o bi.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
I fá e nt ão de u-lhe dinhe ir o
Or ác ulo 43
Ogbese
87
lhe mo st r ar ami, Olo ide . Eu v im par a lhe mo str ar ami ao s pás saro s da flor e st a.
F icar am t odo s e le s fe lize s e j unt ar am- se a e le a cant ar e dançar .
Oso-Ogbe (Osomina)
O bse r v ação o cide nt al: A tr açõ e s e mo cio nai s r e sult am e m r ev o lt a te mpor ár ia.
88
que re tr ibuir iam a e le co m o mal.
Ele se re cu so u a o fe re ce r sa cr ifí cio .
Ele aj udo u a car re g ar pe so at é a fe ir a e a sua ge ne ro sidade fo i re tr ib uí da co m mal.
Or ác ulo 45
Ogbèfún
O bse r v ação o cide nt al: C o mpor t ame nto não mo nóg amo po de cau sar g rande
dano .
89
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr e ndo , e spant ado que alg ué m
se r ia su ficie nt e me nt e co r ajo so par a ame açar a e le e a A r un. Ele não sabia que Ar un
e st av a pôr tr ás de st e ato diabó lico . Ar un t inha aca bado de ir ve r um ba balawo par a
e st e o aux iliasse imag inar uma mane ir a de co nse g uir que Lasu nwo nt an filha de
O risa se t or nasse s ua e spo sa. O babalawo disse a e le par a que co nse g uis se 200
co nc has de car amu jo , o s quais e le pr ov ide n cio u. O babalawo fio u as co ncha s,
co lo co u- as ao re dor do pe sco ço de A r un e disse e nsi no u a e le a cant ig a que e le
de v er ia cant ar . Q uando Ik ú jo go u as 201 cabe ças for a e fug iu, Ar un j unt o u as 201
ca be ças e as le vo u par a O risa. Or isa por s ua v e z de u Lasun wo nt an, sua filha, a
A r un. Ent ão nó s t e mo s um dit ado que diz: “A M or te tinha sa cr ificado par a a do e nça
par a t er su ce sso ”. Est a hi sto r ia no s co nt a que qualque r instr u me nto so nor o
afug e nt ar á a mor t e ou o utr o s e spí r ito s malig no s.
Est a é a razão pe la qual a me di cina tr adicio nal as pe sso as co lo cam inst r ume nt o s
de st a nat ur e za no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do e nt e s.
90
Or ác ulo 46
Òfún’gbè
Ò fún no ’ r a, aja no ’r a
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá)
quando e le e st av a indo ao me r cado co m o s mo nst ro s (e we le ).
Ele fo i o r int ado a o fer e ce r sacr ifí c io de mane ir a a re to r nar a salv o .
Tr ê s g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (e de ) dev er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
91
Or ác ulo 47
Oyekubiworilodo
Or ác ulo 48
92
Iwori-Yeku
O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s e mo cio nai s pr e cisam se r e liminado s atr av é s
do C ulto A nce str al o u o fe re nda s.
O hun- t iy oo se nik iig bai se ’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A ye k un- o mo
co ns ulto u I fá par a O lo fin.
Ele s disse r am que um r e cé m- nascido ado e ce r ia. A pó s um pe r ío do pr o lo ng ado de
t rat ame nto , e le t er ia me lho r as ma s ficar ia ale ija do .
Ele s aco nse l har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se e le o fer e ce s se sacr ifí cio ,
o be bê ainda pr o spe r ar ia.
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 440 000 búz io s, e o re mé dio de I fá (quinar fo lhas de ir o y in
e de e wur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pe s so a par a que m I fá fo i co nsult ado ).
Or ác ulo 49
Oyekuf’oworadi
93
Em ir e e sse O dù fala de su ce s so pe s so al e finance ir o co m mulhe r e s. M as e m
ibi e le pe de sacr ifí cio par a ev it ar mo rt e .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á dando muit a impo rt ânc ia e m at iv ida de
se x ual ame açando o be m e st ar .
Or ác ulo 50
Idiyeku
94
O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io se co mu nicar co m o s A nce st r ais par a
aux iliar o s ne gó cio s o u aliv iar pr e s sõ e s quo t idianas.
A wo -ir e -ir e -niit fi- e hin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su,
que se dir ig ia à cidade de I fe . Ele fo i or ie nt ado a ade nt r ar à cidade pe la no it e , apó s
Te r o fe r e cido um sa cr ifí cio — um r at o , um pe ix e e uma g alinha — par a pro piciar
s ua cabe ça. I fá dis se que e le se r ia muit o be m s uce dido ali.
Hist o r ia de I fá:
C he g ando na cidade à no it e , Ès ù co me ço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a
che g ada de O k unk unsu e dizer que um babalawo hav ia aca bado de che g ar . Ele não
ir ia na casa de ning ué m. A s pe sso as dev e r iam se e sfor çar par a ir e v ê -lo o nde e le
pe r mane ce r ia, por que se ja o que for que fize sse pe la pe sso a ir ia faze r co m que e la
e st iv e sse be m, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande . I st o fo i o que Ès ù
de s cr ev e u par a as pe s so as. O k unk un su finalme nt e r et or no u par a casa co m muit o
dinhe ir o e po s se s.
Or ác ulo 51
Oyeku’rosu
95
O bse r v ação o cide nt al: Bo m pe nsame nt o de v e m ser tr aduzido s e m bo as açõ e s
par a ev it ar pr o ble mas.
Or ác ulo 52
Irosu Takeleku
O bse r v ação o cide nt al: U ma m udança de se rv iço ir á tr azer me lho r ame nto .
96
O ro dudu awo inú ig bó co nsult o u I fá par a A mur e ,
quando A mur e e st av a indo lev ar a e spo sa de Sang o par a ca sa.
Ele s disse r am que se e le falhas se e m sa cr ificar , a mo rt e o lev ar ia.
O sacr ifí cio :
t rê s cabr ito s e 6 600 búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
97
Or ác ulo 53
Oyeku Wonrin
Es se Odù o fer e ce cur a par a po ssí v e is co nse qüê n cias sé r ias de adult é r io e
pe r ig o de v iag e ns dist ant e s.
O bse r v ação o cide nt al: A çõ e s impe nsa das ir ão re sult ar e m blo que io s no s
ne g ó cio s.
O k it ibi- ake t e k iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Lawe ni bu.
F o i pe dido a e la que co nfe ssa sse se u adult é r io se não quise s se mor r er .
98
U ma ca br a dev er ia ser o fe r e cida co mo sacr ifí c io , se e la não quise s se mo rr er
de v ido ao adult é r io .
Ela apr e se nt o u o sacr ifí cio .
I fá diz que a mulhe r par a que m e st e o dù é div inado e st á co me t e ndo adult ér io .
Or ác ulo 54
Owonrin Yeku
O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s irr acio nai s r e sult ar ão e m r e per cu ssõ e s
e mo cio nais sé r ias.
Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je , Dug be dug be - li-anlu -a- g be e - Ye ba,
A k iilu ag be e Y e ba k io madun ke r e dudu ke r e dudu
co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua e spo sa Y e mo wo , e st av a indo
par a a ro ça co me t er adult ér io . Par a que e la não mor r e sse de v ido a s ua infide lidade ,
e la de v er ia o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro
car amu jo s.
Ela r e alizo u o sacr ifí cio .
99
O me smo I fá fo i div inado par a A janaa -We re pe , que er a o amant e de Ye mo wo .
F o i pe dido a e le que sacr ifi cas se tr ê s ca br it o s e se i s mil búzio s par a ev it ar sua
mo rt e .
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
Or ác ulo 55
Oyekubara
100
Pô r lo ng o te mpo , a t ar t ar ug a t e m e st ado a ser v iço de se u co nt r ato de r ee m bo lso de
dí v ida. e la de cidiu ficar e m ca sa e falt ar co m se u cr e dor pô r cinco dias. Ela
e mbr ulho u um paco t e de pe dr as co m uma co nt a e spe cial e o lev o u at é a casa de Esi.
Q uando Esi che go u e m casa, o paco t e fo i dado a e le , o qual e le jo g o u for a e m u m
ar bust o . A wun per g unto u se e le v iu o pacot e que e le t inha de ix ado e m sua casa. Esi
dis se que v iu e que o jo go u fo r a e m um ar bu st o . A wun dis se , “Há! v o cê jo go u for a
co nt as de co r al (iy un) e m um ar bu sto ?”. Par a e ncur t ar a hist or ia, o hist or ia viro u
ca so judi cial. Ele s for am at é o s anciõ e s na cidade que ag ir am e m juí zo . Esi fo i
j ulg ado culpado . Fo i pe dido a e le que usas se as co nt as co mo re e mbo lso pe lo
dinhe ir o que e le e mpr e sto u a A wo n.
101
Or ác ulo 56
Obara Yeku
102
56 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 57
Oyekupelekan
A to r ir or ay o -I le laba-I ro ko - ng be
103
co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, e s cr av o de Olo dunmar e .
F o i pr e dito que se e le falhas se e m se g uir o caminho de O luwa,
s ua r e put ação se r ia bani da.
U ma ca br a e 2 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s e m sa cr ifí cio .
I rawo (a e str e la) se re c uso u a sa cr ificar .
Ent ão , o dia que Olo dunmar e r e fle t ir ia na v aidade de uma e str e la, nó s v er í amo s
uma e str e la r e pe nt iname nt e cair do cé u par a de nt ro da e s cur idão .
Or ác ulo 58
Okanran Yeku
Es se Odù fala de sacr ifí cio s pro por cio nando r ique zas e sacr ifí cio não
r e alizado s tr aze ndo de str ui ção .
104
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin,
o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do
banhe ir o e e m v olt a de um po t e d’ ág ua.
Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s.
Se o clie nt e r e alizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á be m co m e le .
Or ác ulo 59
Oyeku-Eguntan
105
Or ác ulo 60
Ogunda’Yeku
O bse r v ação o cide nt al: U m for t e aux ilio ance st r al pro po r cio na um fi m par a
difi culdade s.
Po ro k ipor ok i mo le hun’ so ,
K ek e k e mo le r’ er ù,
M o t a mo je r e ,
I di e ni li aiwo biot i l’ aro si.
I fá fo i co ns ult ado par a Te t er e g un
quando e le e st av a par a e nt re g ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u as in str uçõ e s e re alizo u o sacr ifí cio
e le e ntr e go u a ág ua a Olo k un.
O lok un disse Vo cê , Tet e r eg un! de ag or a e m diant e , v o cê se mpr e e st ar á
e m co nfo r to . Vo cê nu nca se nt ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar e i a abe n ço a-lo .
C ant ig a de I fá: Tet e r eg un pr o spe ro u / e le e ntr e g o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un.
106
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
Or ác ulo 61
107
Oyeku Gasa
I le -e wu -ab’ o ju sok ot o
co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Og er e - eg be .
F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m de mane ir a
a e v it ar pe sar e s e m s uas v idas.
O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s
e 8 000 búzio s.
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
Or ác ulo 62
Osa Yeku
108
Es se Odù pe de sacr ifí cio par a asse g ur ar lo ng e v idade e par a ev it ar po ssí v e is
t ur bulê nc ias.
O bse r v ação o cide nt al: Pr o ce s so s judic iais o u se r v iço s duv ido so s co mb inam
co m blo que io s e mo cio nais cr iando sit ua çõ e s caó t icas.
Or ác ulo 63
Oyekubeka
109
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa dar mais ê nfase e m sua nat ur e za
e spir it ual e me no s nas "co isa s" o u dinhe ir o .
110
sa cr ifí cio e der am a Èsù sua pró pr ia par t e . Èsù dis se que e le não sab ia que e r a pôr
is so que o s babala wo e st iv e r am so fr e ndo . Ele to mo u sua po r ção , e e le disse que e le
fi car ia par t icular me nt e no cé u ze lando po r e le s. Mas e le s de v er iam se par ar
pr ime iro s ua pró pr ia por ção de t odas as co isa s sacr ifi cadas.
Ès ù fo i bo m par a o s babala wo . De sde aque le dia, o s babalawo re so lve r am r e par t ir
se u s pr iv ilég io s sa cr ificiai s co m Ès ù.
Or ác ulo 64
Ika yeku
111
64 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
112
e le de v ia co nt inuar o at aque se u s assa lt ant e s co m a faca que e le sacr ifi co u. A co br a
at aco u e nt ão . Q uando dua s das pe sso as caí r am ao so lo , o s de mais fug ir am. O
animal da flor e st a (aik a), apó s pro lo ng ado so fr ime nto , fo i ao fim par a re alizar par te
do sa cr ifí cio pr e scr it o . Ele o fer e ce u um ca co de lo u ça e o ut r as co isas. Se u cor po fo i
co be r to co m e s camas dur as que to r nar am impo ssí v e l às pe sso as infr ing ir alg um
puni me nto a e le . Não hav ia ne nhum per ig o par a aik a no passado .
Or ác ulo 65
Oyeku Batutu
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a pr o ble mas le g ais, po ssiv e lme nt e co m
o go ve r no .
113
Ò r únmì là me pe r do ar á. O C le me nt e per do ar á. Se a ág ua mat a uma pe sso a, e la se r á
pe r do ada. Se um re i mat a uma pe s so a, e le se r á per do ado .
Ò r únmì là! que po ssa e u se r per do ado ne st e ca so . Em t odo s o s ca so s, a ch uv a (e e ji)
fo i pe r do ada pe la co munidade . Do is g alo s e 12 000 búzio s de v e m se r o fer e ci so e m
sa cr ifí cio . R e mé dio de I fá: pilar fo lhas de t ude e mist ur ar co m iy e - ir o su de st e I fá.
Po nha a mist ur a e m do is búzio s, e mbr ulhe co m fio de alg o dão e ut ilize co mo co lar
de pro t e ção .
O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, j unt o co m I bar aj uba. I bar aj uba
co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov e m pr ov e nie nt e de Ok e -A pa. Ele fo i aco nse lhado a
nun ca faze r aco r do s se cr et o s co m re lação a dinhe ir o o u o ut ro s assu nto s par a
se mpr e . C ada aco r do mo ne t ár io de v e ser fe it o abe rt ame nt e e e m púb lico . U m
ca br it o , um r at o , um pe ix e dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s de v e m se r
sa cr ificado s.
Or ác ulo 66
Oturupon yeku
Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias e m s ua bu sca pô r dinhe iro .
O bse r v ação o cide nt al: F ix ação po r ne gó cio s re sult am e m de sav e nça fami liar .
114
po de par t ilhar de s ua aleg r ia. F o i is so que fo i div inado po r I fá, a um ho me m rico
que er a muit o infe liz.
O sacr ifí cio : U ma ca baça de inhame pilado , um po t e de so pa, vár io s it e ns de co me r ,
2 000 búz io s e se me nt e s de ay o e m sua s bande jas. C o nv ide v ar ias pe sso as par a uma
fe st a par a jo g ar ayo co m vo cê e m sua casa par a banir a t r ist e za e e v it ar a mor t e .
Or ác ulo 67
Oyeku Batuye
115
67 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 68
Òtúrá-àikú
F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Ò t ú um bar que ir o . Fo i pr e dit o que uma mulhe r , junt o
co m se us passag e iro s, vir ia a bor do . A mulhe r er a muit o bo nit a e e le quis de spo sa-
la. Se e le fize s se uma pr o po st a a e le , e st a a ace it ar ia. A mu lhe r se chamav a Oy e . Ele
de v er ia e x e cut ar sacr ifí cio t ão de pr e ssa quanto po ssí v e l par a impe dir Èsù de
inst ig a- lo a falar à mulhe r que po de r ia ca usar a mor t e de le . O sacr ifí cio : De ndê à
116
v o nt ade , 2 400 búzio s e r e mé dio de I fá (qui nar fo lhas de olu se saj u e e so na ág ua e
mi st ur a- las co m sabão par a ban har -se ). Òt ú se r e cu so u a sacr ifi car . e le acre dit o u
que se u s sacr ifí cio s pr év io s for am ace ito s. Ele não pô de faze r se m casar co m uma
mul he r bo nit a.
Or ác ulo 69
Oyeku-Irete
A fin juy e le , O k unr un-k o jek e wa fuy i, e A wo wo nsan, o A dv inho da casa de K use r u,
fo r am o s tr ê s A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K use r u. O s A dv inho s dis se r am
que e m sua ca sa hav ia um jov e m que e st e v e fr aco . Ele fo i at acado po r uma do e nça
que fe z suas mão s, pe r nas, o lho s e nar iz incha sse m. Fo i pe dido a K user u que
o fe r e ce sse um sa cr ifí cio po r que I fá pr e disse que aque le r apaz ir ia se re st abe le ce r .
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r e mé dio de I fá (ág ua de chuv a e m casca
de uma ár vo r e ay e , fo lha de asunr un, u m po uco de sal e alg umas pime nt as
v er me lha s pe que nas; co zinhe e m uma pane la e use o re mé dio co mo banho e t ambé m
par a be be r ).
117
Or ác ulo 70
Irete’yeku
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pro v av e lme nt e co mpo rt o u-se de mane ir a
aut o me dit at iv a que ago r a ame aça de st r uir se u ne g ó cio .
O rif usi, o pai de Elu, dis se que e le e st av a pr o cur ando um me io par a pr ev e nir que a
mo rt e lev a sse e le , se us fil ho s e sua e spo sa de sur pr e sa, ao paço que e le s e st av am se
t or nando fa mo so s e re no mado s. M ujimu wa o A dv inho de O pake r e , Bo nro ny in o
A dv inho d o Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o
A dv inho de Ilu jumo k e , K uy inminu o A dv inho da palme ir a, co ns ult ar am I fá par a
O rif usi e Per e g un, ambo s que r e ndo e s capar da mor t e . O s A dv inho s di sse r am: Se
v o cê de se ja e s capar da mor t e de v e o fer e ce r sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio
co nsi st e de de z po mbo s, de z galinha s, 20 000 búzio s e aze it e -de -de ndê e m gr ande
quant idade ao lado de Èsù.
118
I fá ir á se mpr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê .
A lé m dis so , vo cê r e alizar á o sacr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito de s fazer
o be m co mo nun ca t e nha fe it o ant e s. Se r ia inút il se apó s v o cê Te r re alizado o s
sa cr ifí cio s re duzi sse sua be ne v o lê ncia; vo cê mor re r ia. Vo cê de v e pe g ar o s po mbo s e
as galinha s, e so lt a-lo s e se ab st e nha do s mat a-lo s, ma s lhe s dê co mida se mpr e que
e le s v olt ar e m à sua casa. C o me çando po r ho je , vo cê dev e se ab st er de mat ar
qualq uer co isa, po is qualque r um que não de se ja ser le v ado pe la mor t e , não de v e
le v ar a mo rt e a ning ué m, co m ex ce ção das co br as ve ne no sa s. Per e g un se g uiu a
o rie nt ação e r ealizo u o sacr ifí cio .
A cant ig a de I fá:
M or te , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Doe n ça, não lev e minha
ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu
não pr at iq ue i o mal. Quando as pe sso as for am e nvo lv idas e m lit í g io e m Ak e , me
apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nvo lv idas
e m lití g io e m Ok o , me apie de i e o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Lit ig io , não lev e
minha casa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu e nco nt r e i duas pe sso as br ig ando ; me
apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. M isé r ia, não lev e minha casa à ruí na.
Eu nun ca fui pr eg uiço so . Èsù -Ò dàr à não co me pime nt a. Ès ù- Òdàr à não co me adin.
Eu de i aze it e - de -de ndê par a o mo le st ador da hu manidade . Eu não pr at ique i o mal.
Pr e juí zo , não lev e min ha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar e i.
119
Or ác ulo 71
Oyeku-Ise
120
To do s e le s se dispe r sar am e nun ca mais co nside r ar am mais a mo rt e co mo um
pro ble ma. Ò rì sà- nla é aque le chamado A muniway é .
Or ác ulo 72
Ose-Yeku
A jise g ir i, A nik anse ko s unwo n co n sult o u I fá par a O se , que pe diu par a e le sacr ificar
de mane ir a a t or nar -se po pular e não po br e .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car :
U ma ca baça co m aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e
r e mé dio de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er ior do ar idan);
mi st ur ar o co mpo st o co m sa bão -da-co st a; co lo que um ping o de de ndê e de ò rí na
ba se do sabão na caba ça). O r e mé dio dev e se r ut ilizado par a banhar - se .
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
121
Or ác ulo 73
Oyeku’fuu
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um o bst áculo ine spe r ado no dia- a-dia
no s ne g ó cio s.
122
Or ác ulo 74
Ofun’yeku
123
Or ác ulo 75
Iwori wo’di
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa de filho s par a e nco ntr ar e quilí br io
e spir it ual.
Não e x ist e u ma só mulhe r gr áv ida que não que ir a dar a luz a um sa ce r do t e de I fá.
Não e x ist e u ma só g ráv ida que não que ir a dar a luz a Òr únmì là. No s so pai, se e le
de u- no s o nasci me nto , inev it av e lme nte ao se u t e mpo nó s e m t ro ca dar e mo s
nas cime nt o a e le . No ssa mãe , se e la de u- no s o nasci me nto , inev it av e lme nte ao se u
t e mpo nó s e m t ro ca dar e mo s nasci me nto a e la. O o ráculo de I fá fo i co nsult ado par a
Ò r únmì là, que afir mo u que e le dev e r ia t r aze r o s cé u s par a a t er r a, que e le de v er ia
le v ar a t er r a de vo lt a ao s cé us. A fi m de cu mpr ir co m s ua mis são , fo i pe dido a e le
que ofe r e ce sse t udo e m par e s, um macho e u ma fê me a — u m car ne iro e uma ov e lha,
um ca br it o e uma cabr it a, um g alo e uma galinha e assim por diant e . Ò r únmì là
se g uiu a or ie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . A ssim a te rr a to r no u- se fér t il se
mult ipli co u g rande me nt e .
Or ác ulo 76
124
Idi’wori
Iwori’rosu
125
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de paciê n cia par a o bt e r so luçõ e s e alca nçar
o bje t ivo s.
O bse r v ação o cide nt al: Ge r alme nt e o clie nt e e st á "e ncalhado ", incapaz de
se g uir e m fr e nt e na vida.
Irosu wori
2
osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea.
126
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa co nce nt r ar - se no s o bje t ivo s e de se jo s
de lo ngo pr azo do que nas sat isfa çõ e s de cur t o pr azo .
F açamo s as co isas co m ale gr ia. A quilo que de se ja que se vá, ir á. A quilo que de se ja
que re to r ne , re to r nar á. De finit iv ame nte o s se r e s humano s te m e s co lhido tr azer bo a
so rt e ao mundo . O nisciê n cia o A dv inho de Ò rúnmì là, co ns ulto u I fá par a Òr únmì là,
que dis se que o s se re s hu mano s vir iam e far iam uma per g unt a a e le . Ele fo i
aco nse l hado a o fer e ce r um sa cr ifí cio de pe ix e s e de 2 000 gr ão s de far inha de milho
(ag idi). Òr únmì là se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
C e rt o dia to do t ipo de pe sso as, incl uindo ladr õ e s e o ut r o malfe it or e s, se r e unir am e
fo r am t er co m Òr únmì là par a re cla mar e m que e le s e st av am “can sado s de dar e m
ca be çadas pe la te rr a; Ò r únmì là! Pe r mit a-no s r e fug iar mo s no s C é us”.
Ò r únmì là di sse que não po dia e v it ar que de sse m cabe çada s pe la t er r a at é que e le s
co nqui st asse m a bo a po sição que Odud ua or de no u par a cada indiv í duo ; só e nt ão
po der iam e le s r e sidir e m no s cé u s. Ele s per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”.
Ò r únmì là pe diu a e le s que co nfe ssa sse m s ua ig nor ê nc ia. Ele s disse r am, “nó s so mo s
ig nor ant e s e g o st ar í amo s de o bt e r co nhe cime nt o de O lo dun mar e ”.
Ò r únmì là disse : A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhe c ime nt o
co mple t o de to das as co isas, ale gr ia e m to do s lug ar e s, vida se m ansie dade o u me do
de inimig o s, at aque de se r pe nt e s o u o utr o s animai s pe r ig o so s. Se m me do da mor t e ,
do e nça, lit í g io , pe r das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acide nt e s co m ág ua o u
fo go , se m o me do da mi sé r ia o u po br e za, de v ido ao se u po de r inte r no , bo m car át e r
e sabe do r ia. Q uando vo cê se abst é m de r o ubar po r causa do so fr ime nt o pe lo qual o
do no pas sa e a de so nr a co m e st e co mpor t ame nto é t rat ado na pr e se n ça de O dudua e
o utr o s e spír it o s bo ns no cé u que são se mpr e amig áv e is e fr e qüe nt e me nt e no s
de se jam o be m. Est as for ça s po de m r et or nar so br e vo cê s e pe r mit ir co m que
r et or ne m à e scur idão do mundo . Te nham e m me nt e que vo cê s não r e ce be m ne nhum
fav or e t udo que é ro ubado se r á r ee m bo lsado . To do s at o s malig no s t e m sua s
r e per cu sõ e s. I ndiv idual me nt e o que se r á ne ce ssár io par a alca nçar a bo a po sição é :
sa be dor ia que po de g ov er nar ade quadame nt e o mundo co mo um to do ; sa cr ifique o u
c ult iv e o hábit o de fazer co isa s bo as par a o s po br e s o u par a àque le s que ne ce ssit am
de sua ajuda; um de se jo de alme nt ar a pro spe r idade do mun do maio r do que
de st r ui- lo .
127
A s pe s so as co nt inuar ão a ir ao s cé u s e v ir par a a te rr a apó s a mo rt e at é que t odo s
alcan ce m a bo a po si ção . Há uma g rande quant idade de co isas bo as no par aiso que
ainda não e st ão dis po nív e is na te rr a e se r ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s
o s filho s de O dudua e st iv er e m r e unido s, aque le s se le c io nado s par a t r ansfe r ir as
bo as co isas par a o mundo se r ão chamado s de è niy àn o u se r e s hu mano s.
Or ác ulo 79
Iwori’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: U m v e lho re lacio name nt o po de ser r e ace ndido .
128
79 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
I wor i’ wo nr in
fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè
quando pr o cur av am po r ce rt a pe s so a.
Ele s e st av am se g ur o s de si que e le s so rr ir iam no final,
po is a pe s so a se r ia e nco ntr ada.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s.
Ele s re alizar am o sacr ifí cio .
Or ác ulo 80
Owonrin’wori
129
80 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 81
Iwori’bara
130
co ns ulto u I fá par a o s ladr õ e s e par a o s me nt ir o so s.
e le s for am aco nse l hasdo s a re alize r sacr ifí cio e abr ir mão
de mal co mpor t ame nto de mane ir a a e v it ar te rr ív e is pr o ble mas.
O sacr ifí cio : u ma por ção de o bì , de ndê , 44 000 búzio s, po m bo s, e assi m por diant e .
O s o bì e o s búzio s dev e r iam se r do ado s.
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
Or ác ulo 82
Obara’wori
O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia e m que as pe sso as do
mu ndo de clar ar am que o dinhe ir o é a co isa mai s impor t ant e no mundo . e le ir iam
131
de si st ir de t udo e co nt inuar iam co rr e ndo at r ás do dinhe ir o . Òr únmì là dis se : Sua s
idé ias ace r ca do dinhe ir o e st ão co rr e t as e não e st ão . I fá é o que nó s dev e mo s
ho nr ar . Nó s de v er í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Din he iro e x aut a uma pe s so a;
dinhe ir o po de cor ro mpe r o car at er da pe s so a. Se alg ué m muit o apr e ço pe lo
dinhe ir o , se u car at er se r á co nrr o mpido . Bo m car áte r é a e s sê cia da be le za. Te m
dinhe ir o não quer dize r que a pe s so a e st á ise nt a de ficar ce g a, lo uca, ale ijada o u
do e nt e . Vo cê s po de m ser infe ct ado s por e nfer midade s. Vo cê s dev e r iam ir e
aume nt ar vo ssa sabe do r ia, r e ajust ar vo sso s pe nsame nt o s. C ult iv ar o bo m car at er ,
adquir ir sa be dor ia, re alizr sa cr ifí cio de mane ir a que v o cê s po ssa m e st ar tr anquilo s.
Ele pe rg unt ar am, “qual é o sa cr ifí cio ?”. O sacr ifí cio in clue r at o s, pe ix e s, ca br it o s,
uma caba ça de far inha de milho (e wo ; cor nme al), uma cabaça de ek ur u e 20 000
búz io s. e le s se re cu sar am a sacr ifi car . Ele s ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e
o utr o s pr at icant e s da me dicina t radicio nal. A pó s alg un s mo me nt o se le s co me çar am a
pas sar mal. Ele s e st av am do e nte s e tr ist e s e não t iv e r am ning ué m par a cuidar de le s.
Ele s fo r am mo rr e ndo a cada dia. Ele s se de fr o nt ar am co m pr o ble mas fí si co s e não
pude r am pe dir aux í lio ao s babalawo e par a o s o ut ro s. Q uando não pude r am ma si
s upor t ar a afli ção , fo r am se de s culpar co m o s babala wo . De sde aque le dia, o s
baba lawo t e m sido se mpr e t rat ado s co m ho nr a no mun do .
Or ác ulo 83
Iwori-Okanran
132
Não há nada que um babala wo não po s sa sabe r .
U m baba lawo não po de se r t ag ar e la.
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, uma cabr a e 3 200 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Or ác ulo 84
Okanran-Iwori
133
84 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 85
Iwori-Eguntan
O bse r v ação o cide nt al: A incapa cibil idade do cle nt e e m "pux ar o g at ilho " e st á
ca usando pe r da da dir e ção .
134
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car de z rato s, de z pe ix e s e 2 000 búzio s de mane ir a a t er
t e mpo par a ce le br ar se u fe st iv al. Olo ba se r e cu so u a sacr ifi car . Ele de cidiu ir
r apidame nt e à flor e st a e mat ar o s rato s re que r ido s.
Q uando Olo ba ade nt ro u à flor e st a, Èsù o bstr ui u sua v isão e e le não pô de e nco nt r ar
o caminho de re to r no par a casa. No dia ant e r io r ao fe st iv al, se us filho s v ier am
r e alizar o sacr ifí cio . na manhã do dia do fe st iv al, e le s se r e unir am e mar char am
par a par a a flor e st a I male O lo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de
O lo ba. A cidade inte ir a ouv iu a cant ig a e ju nt ar am- se à pro ci ssão e m dir e ção à
flo r e st a. F oi quando Èsù re mo v e u a e sc ur idão do s o lho s de O lo ba. Ele e nt ão po de
se g uir o so m da cant ig a at é che g ar na flo r e st a Imale .
Or ác ulo 86
Ògúndá’wòrì
135
I fá diz: Tr ag a o lo uco par a se r tr at ado , po is se r á cur ado .
O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Or ác ulo 87
Iwori-Osa
Eni a Sa, O la a Sa
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa )
que fug iu par a a flor e st a de v ido à s ua má co nd ut a.
F o i de cidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada
se r ia e la pr e sa le v ada de vo lt a par a casa.
Ela fo i aco n se lhada a sa cr ificar de mane ir a que se r pr e sa e
le v ada de vo lt a par a ca sa.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por é m não fe z o sa cr ifí cio .
A t ik ar e se t e o adv inho do C é u,
136
co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo
quando as pe sso as cor r er am at é O lo dunmar e pe dir co nse lho
so br e v ár io s pro ble ma s, cho r ando , “Papai, Papai, e u v im. Salv e -me po r favo r ”.
Ele dis se , “qual o pro ble ma?”
“A que le s que Eu de i po de r não u sam o po der . A que le s que Eu de i sa be dor ia não
u sam s ua sabe do r ia int er na que Eu lhe de i”.
O sacr ifí cio : Te cido pr e to , o ve lha pr e t a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio .
F o i assum ido que se uma cr iança não v ê se u pai, e la se de fe nde r á po r si só .
137
Or ác ulo 88
Osa’wòrì
O se rv ação o cide nt al: O clie nt e ir á e nco ntr ar s uce s so mat e r ial atr av é s de ação
e spir it ual.
Te mig b usi, o A dv inho de A je t unmo bi, pr e dice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a
A je t unmo bi. Dinhe ir o , vir ia par a s ua casa.
So rr indo , e le o lho u par a o babala wo e disse , “Vo cê não sabe que é po r isso que
t e nho me e sfo r çado ?. F oi pe dido que e le sa cr ifí cio par a obt er a co mple t a fe li cidade :
uma ov e lha, po mbo s, bana na madur a e 4 400 búzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e fe z o
sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que e le o fe re ce u e fo i pe dido que e le
as co me ce . F oi- lhe re co me ndado a co me r banana s fr e que nt e me nt e .
138
o rde no u a O mo que fo sse pr o cur ar po r o bì . Quando che g o u à e ncr uzilha da e ntr e o s
C é us e a Te rr a, ao lado de Èsù e le e nco nt ro alg uns o bì que Ig ún hav ia o fe r e cido e m
sa cr ifí cio . Ele lev o u o s o bì par a Olo dunmar e . Apó s alg uns inst ant e s, o pró pr io Ig ún
fo i at é o par aiso v isit ar O lo du nmar e , que o re ce pcio no u co m alg un s do s o bì que
O mo tinha tr azido . Ig ún e x amino u o o bì e dis se que e st e se par e cia co m o que e le
hav ia o fer e cido no o utr o dia. Ent ão e le narr ao u a O lo dunmar e a se g uint e hist ór ia:
Ele fo i ao ba balawo par a uma co nsult a quando o uv iu que as pe sso as e st av am
dis cut indo se I g ún de v er ia se r mor t o e co mido co mo o s de mai s pássar o s. Ele disse ,
“De v ido à co ntr ov e r cia que se se g uiu, as pe sso as for am fo r çadas a e nv iar O mo ao
C é u per g unt ar a vo cê se I g ún dev e r iaco mido o u mant ido int acto . A pó s e u re alizar o
sa cr ifí cio , Ès ù me int r uiu a v ir ao par aiso v isit a-lo .”. O lo dumar e pe diu que I g ún
r et or nas se à Te rr a. Ele disse , “Se as pe sso as fr acas sar am e m v er Omo , não são
capaze r de mat ar vo cê . Se u sacr ifí cio fo i ace it o . O mo e ntr e g o u a me nsag e m de le s
mas não hav e r á ne nh uma re spo st a. O mo per mane ce r á no C é u. Vo cê po de re to r nar à
Te rr a”. Enq uanto as pe sso as e sper av am e m v ão pe lo r et or no de O mo , Ès ù
o rg ulho same nt e fo i anu nciando que “ning ué m co mer ia Ig ún na Ter r a”. Ès ù aux ilia
t o do aque le que o fer e ce sa cr ifí cio . F o i por isso que Ès ù fo i atr ás de Ig ún
pro t e ge ndo - lhe . De sde aque le dia, o seg ui nt e pr ov é r bio te m sido usado : Se nó s não
v e mo s O lumo , nó s não co me mo s I g ún; Ig ún e st á na te rr a, O lumo no C é u.
139
Or ác ulo 89
Iworioka
Or ác ulo 90
140
Ika’wori
O bse r v ação o cide nt al: O caminho mundano do clie nt e e st á blo que ado po r
có le r a.
Se r ar e -Se r ar e .
A que le que jog a fo r a as cinza s é per se g uido pe las cinza s.
Se r ar e -Se r ar e .
U m malfe it o r ar r uina a si me smo pe la me t ade do s se u s cr ime s.
I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un,
que pr ane jav a pr at icar o mal.
Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ e s plane jada s t rar iam
r e per cu sõ e s dano sas a e le .
Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio e abr ir mão de se u fe it o malig no .
O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá.
141
Or ác ulo 91
Ìwòrì’túrúpòn
142
O bse r v ação o cide nt al: O "nascime nto " e spir it ual o u e mo cio nal ir á t r aze r fi m
a me do s mundano s.
143
co nt e ndo pe que nas mer cado r ias. O dia e r a um dia de ,e ir a. Co m muit as pe s so as
indo ao mer cado . Elas saudav am e st a mulhe r co mo se e la e st ive s se viv a. C o mo e la
não re spo ndia, rapidame nt e as pe sso as fug iam de la. Èsù se e sco nde u e m um
ar bust o . M ais t ar de , A jé se apr ox imo u do me r cado co m se u s 200 e s cr av o s ,que
u sualme nt e carr e g av am as me r cador ias que e la co mpr av a. Ela che g o u at é o co r po
mo rt o e par o u par a co mpr ar alg uma me r cado r ia. A po s de falar co m o co r po por
alg uns in st ant e s se m o bt er re spo st a, A jé fi co u zang ada. Ela to mo u uma v ar a que
e st aco m co m um de se u s e s cr av o s e bat e u co m a me sma no co r po , o qual fo i ao so lo .
Ès ù pulo u par a fo r a do ar bust o que e le e st av a e sco ndido .
Ele dis se , Há! A jé o que fo i que v o cê fe z? mat o u a e scr av a de Òr únmì là! .
A jé co me ço u a implo r ar a Ès ù, que re cu so u sua aleg ação . Ele di sse que A jé de v ia
pe g ar to do s o s se u s e scr av o s e ir co m e le at é a casa de Òr únmì là. A jé co me ço u a
pro po r a Èsù que e la ir ia r e po r o e scr av o de Òr únmì là co m um de se us pró pr io s
e s cr av o s. Èsù não ace it o u. Ela o fe re ce u mais um par a que fo sse m do is e scr avo s se u s
a r e ssar cir Ò rúnmì là. Èsù insist iu par a que A jé fo sse j unto co m o s e scr av o s. A jé
final me nt e co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r e po r a e scr av a
mo rt a. F oi as sim que A jé se t or no u e scr av a de Òr únmì là.
Or ác ulo 92
Òtúrúpòn’wòrì
Es se O dù fala de mo rt e r e sult ant e da falt a de cum pr ime nto do sacr ifí cio
pr e scr ito .
144
92 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
A bamo - ni-ng be hin- or an, Ig bá li-a- nmu- re -e r i, A k imu- awo -r e -er i fo i o I fá div inado
par a as pe s so as e m O t u-I fe no dia e m que e le s iam le v ar um po t e de ce r âmica par a o
r io . Ele s for am aco nse lhado s a le v ar de pr e fe r ê ncia uma caba ça do que um po t e de
ce r âmica que ir ia cair . Ele s ig no r ar am o co nse lho e le v ar am um pot e . Q uando e le s
e st av a apanhando ág ua, um de le s de ix o u cair o pot e . No de se jo de salv a- lo , e le caiu
no r io e afun do u. Ele s di sse r am, “Há! Nó s sabia -mo s que dev e r iamo s t er t razido
uma ca baça par a apanhar ág ua! ”. De sde aque le dia uma ca baça t e m sido ut ilizada
par a apanhar ág ua. Ele s sa cr ificar am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; e le s nunca
de v iam t er fe it o lamet áv e l co isa. A s fo lhas de I fá de v e m se r pr e par adas: Tr it ur ar
fo lhas de e so e m ág ua e que br ar um car amujo ne la. To das as pe s so as da cidade
de v er iam e sfr e g ar se us co r po s co m a mist ur a par a e v it ar alg o que e le s vie s se m a
lame nt ar .
Or ác ulo 93
Ìwòrì Wotúrá
145
U ma pe s so a lo u ca se di spe r sa e m sua pr ó pr ia casa.
Est e fo i o I fá div inado par a pai co br a e se u s filho s.
Lhe fo i falado que se us filho sn unca co ncor dar iam e m r e pe lir u m at aque junt o s.
Se o pai co br a de se jasse uni- lo s, dev e r ia o fer e ce r um sa cr ifí cio : de ze sse i s
car amu jo s, po mbo s. v e ne no e de ze sse i b úzio s.
Es se se r e cu so u a sacr ifi car .
Or ác ulo 94
Òtúrá’wòrì
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não dev e ace it ar de car a a pr ime ir a o fe rt a.
146
F o i dit o que e le t er ia t odas as co isa s livr e s de carg a.
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 95
Ìwòrì-Ate
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nside r ar se r iame nt e sua inicia ção .
O s inicie cuida do same nt e , o s inicie cui dado same nt e de for ma que as pe sso as do
mu ndo não se por t e m mal. Qualque r um que faz o be m, o faz po r si só . Q ualquer
um que faz o mal, o faz por si só .. Est e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cê s
ladr õe s de v e m pr iv ar - se do furt o . Ele s dis se r am que não po de m se abst e r do fur t o .
Q ualque r um que ro ube ser á t rat ado co m zo mbar ia. Q ualquer u m que r o ube um mil
pe r der á do is mil e m sua v ida. Q ualque r um que ve r um me nding o de v er ia dar - lhe
e smo las. Q ualque r um que faça mil bo as açõe s o bt er á duas mil. O òduà A te r íg be ji,
147
me u se nho r , re co mpe nsar á bo as açõ e s. Ele s fo r am aco nse lhado s a sa cr ificar e m
car amu jo s, bag r e e 3 200 b úzio s.
148
Or ác ulo 96
Irete’wòrì
O bse r v ação o cide nt al: Pa ciê ncia ao inv é s de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir
s uce s so mat er ial.
149
Pr ime ir o , e u o uv i um bar ulho re s so nant e .
Eu per g unt e i o que e st ar ia aco nt e ce ndo .
Ele s disse r am que Ir et e e st av a iniciando I wo r i.
I fá é o Pro po ne nt e . Or isa é o Co mandant e .
A g be ne gr o usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
A luk o ve r me lho usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là Bar a Ag bo nnir e g un.
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car 2 000 pime nt as-da- co st a, o bì e 20 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Lhe fo i as se g ur ado que e le se r ia um co mandant e .
De sde e nt ão I fá se to rno u Pr o po ne nt e e o Co mandant e .
Gbe r e fu dev e se to r nar um A wo (A dv inho de I fá) par a se t or nar rico . A wo !
150
Or ác ulo 97
Iwori-Ose
151
O sacr ifí cio : u ma g alinha, uma cabr a, 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Or ác ulo 98
Ose’wori
O bse r v ação o cide nt al: M uit o t e mpo o u ê nfa se no tr abalho e st á ame açando o
r e lacio name nt o e a fa mí lia do clie nt e .
152
Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.
Se e le tiv e sse fe it o o sacr ifí cio , de v er iam t er - lhe aco nse lhado a co me r
fr e qüe nt e me nt e babana s madur as, ve rt e r aze it e -de - de ndê e m Ele g bar a, e de v er ia t er
sido po st o banha de ò rí e m I fá.
Or ác ulo 99
Iwori-Ofun
153
Or ác ulo 100
Ofun’wori
Or ác ulo 101
154
Ìdí-Rosù
Est a é a c sa do babalawo .
Est a é a v ar anda do babala wo .
O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande ,
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar .
O sù o far ia po pular no mundo .
O papag aio é co nhe ci do po r sua calda v er me lha. U ma g alinha,
aze it e -de -de ndê , um r at o , um pe ix e , 20 000 búzio s e um o sù (bo r dão de ofí cio de
I fá)
de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
O o sù fo i plant ado de fr o nt e À casa de Òr únmì là. O utr o s mat e r iais de sa cr ifí cio
fo r am co lo cado s ali, no s quai s o aze it e - de -de ndê e r a ve rt ido .
155
Or ác ulo 102
Ìrosù’dí
156
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e me dit ar so br e uma car r e ir a dife r e nt e .
Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as
fe r idas e nfaix adas por e le ci catr izar iam. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se ban dag e m,
um pe ix e ar a, quat or ze mil búzio s e fo lha s de I fá (e smag ar fo lhas de Ìr o sù e m ág ua;
ut ilizar a mist ur a par a lav ar o s ik in do clie nt e ). e le se to rnar ia mé dico . Se e s se I fá é
div inado e m um e se nt ay e o u I te fá, o clie nt e o clie nt e sse to r nar á um e spe ciali st a e m
c ur ar mach ucado s.
Or ác ulo 103
Ìdí’owonrin
157
103 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pe dido a e la que
sa cr ificas se de mane ir a de fo r ma que e le fo s se ho nr ado e m to do lug ar que fo sse
t o car . O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fe z o
sa cr ifí cio . O bahun se to r no u um impo rt ant e to cado r . Ele sacr ifico u cor al de v ido ao
int e rt e nime nt o .
Or ác ulo 104
Owonrin’di
O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s apar e nt am e st ar de "pe r nas par a o ar ".
158
O wor in- dimo wo , O wo nr in- dime se fo i aco n se lhado a pr at icar a car idade de fo r ma a
r e ce be r bê n são s. Ele não ag ir ia as sim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i
o rie nt ada a sa cr ificar de for ma que e la não ficas se de sampar ada: uma pacot e de o bì ,
uma g rande t ig e la de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2
000 búz io s.
Or ác ulo 105
Ìdí’bàrà
159
Edidi o s at r apalha, O bar a o s dá co ber t ur a fo i div inado par a a árv o re e m um ar bu sto
e spin ho so que fo i aco n se lhado par a sa cr ificar o s se g uint e s mat er iais de for ma que
e t i (difi culdade s) se r iam re mov idas de se u caminho . Tam bé m fo i div inado pr a O pe
e fo i pe dido que sa cr ifique : uma fo ice , um machado , um cint o par a s upor t e (ig ba),
uma pr e á, um pe ix e ar o , po mbo s e 18 000 búzio s. Ela[a árv or e e m um ar bu st o
e spin ho so ] se r e cuso u a re alizar o sacr ifí cio de st as co isas, ma s O pe sacr ifico u.
F o lhas de I fá for am pr e par adas par a O pe e fo i dito que e le não se r ia at r asado pe lo s
ar bust o s. Èsù e st á se mpr e ao lado de que m sacr ifi ca. U m dia, Èsù dis se ao
faze nde ir o peg ar se u s ape tr e cho s e ir a O pe e ve st ir Ope , por que Èsù de ag or a e m
diant e to rnar ia Ope be né fico ao faze nde ir o . O faze nde ir o se g uiu a or ie nt ação e
v e st iu O pe . Ope ao se u te mpo se t or no u be né fi co às pe s so as.
160
Or ác ulo 106
Obara’di
Ee sin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv e rt ido que alg um e xt r ange ir o s
e st av am por v ir . Ele s pr e nde r iam as pe sso as na s casa s e na faze nda e o s lev ar ia pr a
cidade s ex tr ang e ir as. Fo i pe dido que O lo fin sacr ifica sse aze it e -de de ndê a se r
v er it do so br e Ès ù, e de ze sse i s po mbo s, u m de le s par a se r usado par a a pr o picia ção
da ca be ça do clie nt e . Es mag ue as fo lhas de o luse sa ju e o riji e m ág ua; pe r mit a que o
161
sang ue do po mbo go te je na mist ur a; lev e e st e po t e de re mé dio de I fá ao me r caado
de fo r ma que t odas as pe s so as da cidade po s sam e sfr eg a- la e m se us cor po s.
Or ác ulo 107
Idi-Okanran
O bse r v ação o cide nt al: Tr aição por aque le s que o clie nt e co nfia lev ar á a
pro ble mas.
I diko nr andiko nr an, I dik o nr an amarr o u do is inha me s junt o s div ino u par a do is
ladr õe s que se dir ig iam à sua ro nda nor mal. Ele s fo r am aco nse lhado s a sacr ifi care m
par a ev it ar se r e m pr e so s po r fo r te co r da e nquant o pr o cur av am sua av e nt ur a. A
t er r a pr e nde o ladr ão e m no me do do no . R o ubo é um at o de so nr o so . Ele s falar am,
‘ qual é o sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá
(e s mag ar fo lhas de e so e o luse sa ju e m ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ e s se
162
r e cusar am a sacr ificar . e le fo r am capt ur ado s e amar r ado s co m cor das e lame nt ar am
por não t er e m fe it o o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 108
Okanran-Di
O bse r v ação o cide nt al: U ma so cie da de o u re lacio name nt o ant er ior é r e ace so .
163
dir ig iu à casa de Òr únmì là e m A do . Òr únmì là e st av a fe st e jando o Fe st iv al do
I nhame No vo quando Ehin mo la che go u. O aze it e -de - de ndê e o sal de Òr únmì là
t inham se e sgo t ado , o que Ehin mo la pr o ve u aleg r e me nt e quando e la de sfe z s uas
mala s. Quando Òr únmì là te r mino u a o fe r e nda, e le per g unt o u a Ehinmo la, “o que
v o cê faz aqui?”. Ehin mo la r e spo nde u, “é v o cê ”. Ent ão Ò rúnmì là apanho u duas
fat ias de inhame que e le sa cr ifico u. Ele e sfr eg o u uma na o utr a e as de u a Ehinmo la
dize ndo , “e le e st á pro nt o par a se r co mido , Ehinmo la. Ele e st á pr o nt o par a se r
be bi do , Ehinmo la”.
Foi assim que Ehinmo la se to r no u e spo sa de Òr únmì là. De sde e nt ão , se
que st io namo s ace r ca de que m co nhe ce o fut uro , e le s dir iam, “Òr únmì là co nhe ce o
fut ur o ”.
Or ác ulo 109
Ìdí-Ògúndá
164
Ò r únmì là disse que a r e sidê cia de Òg ún e st av a abando nada,
Eu disse que a re sidê n cia de Ò g ún e st av a abando nada.
Po r que nó s che g amo s à re sidê n cia de Ò g ún e não e nco nt r amo s ning ué m?
A casa fo i to t alme nt e abando nada.
Ele s disse r am que o car át er de Ò g ún e st av a apavo r ando [to do mundo ].
Ent ão se nó s de se já sse mo s que a ca sa de Ò g ún fo sse abar ro t ada [de pe s so as]
co mo e spe r amo s, e le de v er ia sacr ifi car uma ca br a, 20 000 búzio s, e fo lhas de I fá.
Or ác ulo 110
Ògúndá’Dí
165
e spin ho s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de dag uro e co zinhe co m
pe ix e ar o par a o clie nt e co me r ).
I fá diz: se e sse o dù fo r div inado , o clie nt e so fr e de dise nt e r ia.
Or ác ulo 111
Ìdí’sá
O bse r v ação o cide nt al: Pr e s sõ e s diár ias e st ão causa ndo tr anst or no e mo cio nal.
166
Or ác ulo 112
Osa’di
Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de ale gr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r
fav or diag a a ot do mundo que a pe s so a que e st áv amo s pr o cur ando che g o u. O bì ,
o ro g bo , pime nt a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s de v e m se r sacr ifi cado s. O s
co mpo ne nt e s do sacr ifí c io dev e m se r ut ilizado s par a intr e t er a pe s so a.
167
Or ác ulo 113
Ìdí’ká
Nó s inv e st ig amo s fe it ice iro s, br ux as e que m ca usa dano s a o utr e m; A i da for mig a
que t e m fe r r ão e fe rr o a quando for pê g a. I sto fo i div inado par a A bat e nije , O sik apa-
adiy e -adug bo - run, At ’ e niy an- at ’ e r ank o -k o n’ e e wo , que di sse que se u fim e st av a
pró x imo . O sacr ifí cio : Q ualque r co isa que o babala wo pe ça e fo lhas de I fá (e smag ue
fo lhas de or iji e o luse saju e m ág ua; ut ilize uma e spo nja k anr ink an nov a e sabão - da-
co st a par a lav ar o cor po do clie nt e ). O cl ie nt e també m tê m que ate nde r a a
adv er t ê ncia e dar a maior ia de s ua s po s se s co mo e smo las o u se inic iar e m I fá.
Or ác ulo 114
168
Ìká’dí
O bse r v ação o cide nt al: A falt a de e spir it ualidade do clie nt e e st á blo que ando
as at iv idade s m undanas.
Biaba -r o -li-aro ju, Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni, I ya K iig bai je ’ ni co n sult o u I fá par a
K o dunmi- Ag ba. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se de mo do que não so fr e sse puni ção
nã v ida.
O sacr ifí cio : de z o vo s ce galinha, banha de òr í, pe dr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas
de I fá (t r it ur ar o riji e olu se saj u co m pime nt a do r e ino ; faze r uma so pa co m e ssa
mi st ur a co m um ov o; co lo que as pe dr as de r aio na so pa apó s e la e st ar pro nt a;
A co r dar aao ro mpe r do dia e t o mar e sse re mé dio ). Ag ba se re cu so u a sacr ifi car .
Or ác ulo 115
169
Idi-Oturupon
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e x per ime nt ar um de spe r t ar e mo cio nal
o u e spir it ual.
I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an,
Q ue fo i o rie nt ada a sacr ifi car de ze s se is se me nt e s de ok or o, de ze sse i s inhame s
fê me a (e wur a), quat r o cabr as e 3 200 búzio s de mo do que e la po s sa par ir muit o s
filho s.
Ela fe z o que fo i pe dido .
Oturupon’Di
170
Es se O dù fala de uma pe sso a que e st á e spir it ual me nt e abando nada e e m
ne ce ssidade de uma r e no v ação e spir it ual.
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se aut o co nsu mindo e so fr e ndo dev ido a
ist o .
Ho je vo cê re clama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r e clamar á que Èlà não
e st á admini str ando o mundo co rr e t ame nt e . Ele fe z O dundun o r e i do t o das as fo lha s
e Te t e se u re pre se nt ant e . Vo cê ainda e st á re claman do que Èlà não administ r a o
mu ndo cor r et ame nt e . No fim., Èlà e st ir o u a sua cor da e as ce nde u ao s C é u s. Èlà
e st ir ar ia a s ua cor da e de sce r ia par a r e ce be r bê nção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo ,
um pe ix e ar o e fo lha s de I fá (t r it ur ar fo lha s de o riji co m sabão e dar ao clie nt e ao
qual e st e I fá fo i div inado ; e le de ve r á se lav ar co m e ssa mist ur a apó s r e alizar o
sa cr ifí cio de mo do que suas bo as faça nhas no mu ndo não se jam vist as co mo má s).
171
O rác ulo 117
Ìdí-Òtúrá
Es se O dù fala de re str içõ e s die té t icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia
fami liar .
172
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e te m pr o ble mas de saúde t al
co mo pr e ssão alt a o u co le st er o l.
Òtúra’dí
173
118 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Ìdí-Irete
174
119 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Irete’di
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa r e av aliar um r e lacio name nt o que não
e st á dando mais ce rt o .
175
O lo não que r ia se le v ant ar do lug ar o nde e la e st av a.
F o i pe dido que e la sacr ifica sse do is po m bo s, 4 400 búzio s e fo lhas de g bé g bé .
Ela o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u.
O lo se mpr e te r ia alg ué m par a car r eg a- la.
Ìdí-Ose
O s o lho s pro t eg e m a cabe ça; uma pe que na co isa po de causar co nf usão inca lculáv e l.
I fá fo i co ns ult ado par a 165 árv or e s. Elas fo r am or ie nt adas a faze r sacr ifí cio par a
e v it ar r e ce be r um e st r anho pe r ig o so s. Q uat r o faca s, aze it e - de -de ndê , banha de ò rí e
18 000 búz io s de ve r iam se r sacr ifi cado s. Ela s o uv ir am o co nse lho , por é m não
sa cr ificar am. Ope sacr ifi co u met ade do que fo i pe dido e Pe r eg un se g uiu a
176
o rie nt ação e r ealizo u ple name nt e o sa cr ifí cio . À que le s que sa cr ificar am fo r am dadas
fo lhas de I fá. Ent ão fo i de clar ado que par asit as nun ca arr uinar iam Ope e ne m
Pe r e g un. Par asit as te imo so s que te nt am at acar Per e g un não so br ev iv e m.
Ose’dí
177
O rác ulo 123
Ìdí-Òfún
178
Edidi o s se g ur a e m casa. Ò fún o s blo que ia na flo r e st a.
Q ue m ir á salv a-lo s?
A pe nas Òr únmì là o s libe r t ar á;
A pe nas Òr únmì là.
I st o fo i div inado às pe sso as de I fe - Oo ye no dia que e le s
fo r am sit iado s.
Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar um pe nt e , um po mbo e 2 400 búzio s po que
so o cabe lo e st á e mbar açado , ape nas um pe nt e po de ar r uma- lo .
Òfún’dí
Ò fún limit a sua bo ndade , Wàr àg bà ag e de pr e ssa de for ma que Ò fún não po ssa no s
mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se : Q ualque r um que limit e a
be ne v alê ncia e m sua casa nunca re ce be r á bo ndade da o utr a par te . Ele fo i or ie nt ado
a sa cr ificar um po mbo , u ma o ve lha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a per mit ir
que a bo ndade flua par a de ntr o da casa.
179
O rác ulo 125
Ìrosù’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: O suce sso que che g a po de cau sar pro ble ma s familiar e s
o u de par ce r ia.
180
O rác ulo 126
Oworin’rosu
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de co nt at o int imo co m sua e ner g ia
ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas.
181
O rác ulo 127
Ìrosù-Obara
O mo ko A lajé , o ta nt a wàr à
co ns ulto u I fápar a O y inbo .
O y inbo fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a
co me r ciar abunda nt e me nt e .
O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal e quiv ale nt e ao valo r de 200 búzio s,
uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s.
O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spe ro .
182
O rác ulo 128
Obara-Ìrosù
183
O rác ulo 129
Ìrosù’kanran
184
Okanran’rosù
M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pe sso a má se de scul pa, não hav e r á ne nhum
pro ble ma. A s pe s so as se mpr e pe r do ar ão o ig no r ant e . I mor an- se -ibik o sun wo n
co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Me be lu fe . To do o mundo e st av a se que ix ando
de le . Se e le se de sc ulpas se ser ia per do ado . A s br ux as, o s fe it ice ir o s e Èsù o pai
de le s e st av a blo que ando sua bo a so rt e pr o ve nie nt e de O lo dunmar e . e le fo i co nt udo
o rie nt ado a sacr ifi car quat r o po mbo s, uma o ve lha, no ze s de co la, 3 200 búzio s e
fo lhas de I fá (pilar fo lhas de oluse saj u e or iji co m sabão - da-co st a; usar e st e r e mé dio
par a ban ho ). Ele r eali so u o sacr ifí cio . Lhe fo i asse g ur ado que O lo dunmar e pe diar ia
a Ès ù que o per do asse .
Ìrosù-Egúntán
185
Es se Odù e nfat iza a ne ce ssidade de sacr ifí cio e do u so da me dicina he r bal.
Pe de par a que a pe s so a se co nt e nha e m faze r mal e se de dicar ao c ult iv o do
bo m car át er .
186
dia. Ent ão e le e nco nt ro u O de -aye e pe rg unt o u a e le , “o que vo cê fe z co m o s ov oo s
do o ut r o dia?”
O de -ay e re spo nde u, “e u o s co zi e co mi”.
“C o mo ?”
“Ele s e st av am de li cio so s”.
Ent ão Ode - Or un dis se , “Há! e st á te r minado . Vo cê e st á mo rt o .
Vo cê O de -ay e nunca pro spe r ar á”.
Ho je no s dize mo s: “Ò r únmì là”, que sig nifica “Só De u s po ssu i pro spe r idade . Ele é
aque le que po de r ia dar a qualque r pe sso a de aco r do co m sua v o nt ade ".
Ògúndá-Rosù
187
O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nt o par a um no vo neg ó cio , u m no vo
r e lacio name nt o e no vo s uce s so .
188
O rác ulo 133
Ìrosù-Osa
Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a ve nce r o bst áculo s e inimig o s.
O bse r v ação o cide nt al: Há pe sso as que e st ão co nst ant e me nt e co ns pir ando
par a at r apalhar o clie nt e .
189
A fe fe se -o ri- ig i- her e he r e , Efun funle le niit i- e wé -ag bo n-nik or o niko ro
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cabr it o de mo do a se r v ito r io so so br e se u s
inimig o s e v e nce r to do s o s o bst áculo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
Osa-Rosù
Es se O dù fala de paz e dinhe iro co mo se ndo o s ingr e die nt e s e sse nciai s par a o
s uce s so e pr o spe r idade .
190
Paz per fe it a, O sa’ Ro s u.
O car amujo v iv e uma v ida pací fica.
O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag e mo .
F o i pe dido a e le que viv e sse uma vida pací fica e quiet a.
A v ida de A lag e mo se r ia calma.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse aze it e -de -de ndê , banha de òr í, um gr ande pe ix e ar o
e
18 000 búz io s.
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Ìrosù’Ká
191
e t odo mundo asp ir ar ia co nhe ce -lo .
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a apazig uar se u e spí r it o .
O sacr ifí cio : u m pe ix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìká’rosù
O bse r v ação o cide nt al: C o mpe t ição e m um re lacio name nt o po de ser r e so lv ido
a fav or do clie nt e .
192
136 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ìrosù’Túrúpòn
P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u,
c ujo car áte r não de ix av a que as pe sso as fala sse m de se u no me . F o i pe dido a e le que
sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pude s se ajuda -lo a ame nizar se u car at er .
O sacr ifí cio : u m po mbo (se m mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se
r e cuso u a sacr ifi car . Se e le t ive s se fe iro o sacr ifí cio , Òr únmì là te r ia ame nizado se u
car át er de fo r ma que se u no me fo sse be m falado no mundo .
193
Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ie nt dado a faze r
sa cr ifí cio .
A bimo k u se mpr e dar ia a luz a cr inaça s que so br e v iv e r iam. O sacr ifí cio : uma
t ar t ar ug a e 16 000 búz io s. Ela sa cr ifico u. F o i aco nse lhado que o no me de la fo sse
muda do par a M ola ( uma cr iança so br ev iv e ). "É pro ibido . U ma tart ar ug a jov e m
nun ca mo rr e ".
Oturupon’Rosù
O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù pe de por maio r int imidade , r e lação aber t a
co m o co mpanhe ir o da pe sso a.
194
138 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Es ur u awo Ir e
co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando e st e e st av a indo de spo sar Ìr o sù.
Lhe fo i as se g ur ado que e le t er ia muito s filho s e ne t o s pe lo casame nt o .
U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s de v er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìrosù’Túrá
195
O rác ulo 140
Òtúrá-Ìrosù
196
O rác ulo 141
Irosu-Ate
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se g uir u m camin ho e spir it ual.
197
O rác ulo 142
Irete’Rosù
198
O rác ulo 143
Irosu-Ose
199
O rác ulo 144
Ose-Rosù
O bse r v ação o cide nt al: A t iv idade mundana caót ica e st á re sult ando em
infe li cidade .
200
Ìrosù’fún
Òfún’Rosù
201
Es se O dù fala de sacr ifí cio par a re mov e r tr ist e za par a uma v ida lo ng a e fe liz.
O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù é uma bo a indi cação par a no vo s e int imo s
r e lacio name nt o s.
Owonrin’Bara
202
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e .
Ele me ve , Eu não o ve jo .
O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa.
F o i dit o que o que pro cur amo s e st á per to de nó s,
mas por cir cu nst ancia s ine spe r adas.
F o i pe dido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnire g un
po ssa mo str ar -no s.
Ò r únmì là, Te st e munha do De st ino , Se g undo Se r Supr e mo de
O lo dunmar e disse :
O que e st amo s pro c ur ando e st á pe r to de nó s; nada no s impe de de v er
que e le salv a da ig nor ân cia.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e re mé dio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n).
Ele sa cr ifico u.
F o i dit o e nt ão que O o wa se mpr e e nco ntr ar ia o que e le pr o cur asse .
Obara’Wonrin
Em ibi, e sse Odù fala de uma pe sso a ag indo ir r acio nalme nt e ; e m ir é fala de
pro spe r idade po t e ncial.
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se tr anquilizar - se par a obt er s uce s so .
203
148 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
A g be t e m a v oz de jo go . A luko te m a v o z de ve ne no , O bar a’ Wo nr in t e m a v oz de
maso r o masor o (e u far e i o mal, e u far e i o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r un-
g og or o , que e st av a indo se e nco nt r ar par a dançar e lhe fo i pe dido que sa cr ifica sse
dua s g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin ouv iu e sa cr ifico u. quan do e le che go u ao lo cal,
e le ult r apasso u to do s o s o ut ro s na dança co mo pr e dito . Se us co mpan he iro s ficar am
fur io so s e e nv iar am Esi n par a bus car um v e ne no que e le s pude sse m ut ilizar par
mat ar Eg bin. Q uando Esin e st av a re to r nando , co me ço u a cho v er e a r o da de
dançar ino s dispe r so u- se . A chuv a ume de ce u a dr og a no co r po do cav alo (e sin ). O
v e ne no fe z Esin ficar fur io so e cor r er . De sde e nt ão , o ve ne no fe z e sin fug ir
r e pe nt iname nt e co m me do e cor re r se m ning ué m o g uiar .
Owonrun’Konran
Em ibi e sse O dù fala da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar acu saçõ e s
co nt r a o clie nt e . Em ir é fala de mo me nt o s de pr azer par a o cl ie nt e .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a ser mais r e alist a co m r e spe ito
as sunt o s co t idiano s.
204
Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.
Q ual dia é e st e ? Disse r am e le s que e st e é um dia de tr ist e za.
I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ e r in.
Ele s disse r am: Ho je é dia de acusa çõ e s inj ust as. Ent ão e la fo i aco nse lhada a
sa cr ificar e fun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do e ir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as
palavr as ma s ná fe z o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist e za
pude sse r e cair so br e se us o mbr o s que e la não pude sse mante r o sor r iso e m se us
lábio s. Ela sacr ifi co u de po is, quando fal sas acusa çõ e s se to rnar am muit o s pe sada s
par a e la. A nt e s que fo lhas de I fá fo sse m pr e par adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a
o fe r e nda do br o u. Ela o uv iu e sacr ifi co u. Lhe fo r am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as
fo lhas co m o utr o s ing r e die nt e s me ncio nado s acima co m sabão par a o clie nt e ut ilizar
no banho ).
Okanra’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: C o m fre quê n cia, o clie nt e e ncar a pro ble ma s judi ciais
— co m o g ov er no o u co m a R e ce it a Fe de r al, por e x e mplo .
So fr ime nt o pro lo ng ado fo i div inado par a Ok anr an co ntr a que m pro ce s so s judi ciais
fo r am in st ig ado s. Ele s disse r am que sacr ifí cio dev e r ia se r fe ito de fo r ma que
205
O kanr an não fale ce sse dur ant e o pro ce sso . O sacr ifí cio : um po m bo , uma o ve lha e 2
200 búz io s. Ele sacr ifi co u. F o i dit o que : O kanr an de sca nçar á. Po mbo s junt am
bê n ção s a t or to e a dir e ito e m ca sa.Lo ngo é o t e mpo de vida da o ve lha; e la re ce be u
a bê nção de uma e x ist ê ncia pací fi ca. O mundo int e iro go st a de dinhe ir o . Not a: A
maio r par t e do dinhe ir o de sacr ifí c io dev e se r dada ao s o utr o s; ape nas uma pe que na
por ção se r á do babala wo .
206
O rác ulo 151
207
Oworin-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um co nfl ito que não po de
v e nce r . De ve co r t ar g asto s.
208
Ogunda Wonrin
Es se O dù fala de po s sív e l inv e ja, ci úme s e co nflit o s dev ido ao suce sso do
clie nt e .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e v it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação
de v e se r ealizar .
Owonrin-Osa
209
Es se Odù fala da ne ce ssi dade de co r ag e m e m co nf lito s que e st ão por vir e te r
ca ut e la co m nov o s r e lacio name nto s.
O wo nr in-O sa: Ele g bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha
par a Ele g bar a. À àr á não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a
À àr á . Ek un (o le ão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma glo r io sa bat alha par a
Ek un. Eu não fug ir e i no dia de uma bat alha; que me u s so ldado s não fu jam no dia de
uma bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e -ì ro sù mar cado co m
O wo nr in-O sa. Tr it ur e ipe - e le , co lo que e m uma ca baça e mi st ure co m ag idi (f ubá) e
be ba co m se u s so ldado s.
I k un, o A wo da e st r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulhe r
fug it iv a vir ia a se r sua e spo sa. Fo i pe dido que sa cr ificas se par a que e la pude s se
ade nt r ar à sua ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amujo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá
( co zinhar um caldo co m fo lha s de è so co m car amu jo s par a se r t o mado pe lo clie nt e ).
e le o uv iu e ascr ifi co u.
Osawonrin
210
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e nco ntr ar mudança s s ubit as
de sag r adáv e is no s re lacio name nto s.
Ewé O mo div ino u par a O sa, ale rt ando -o que fug ir se r ia inút il po r que o mundo o
v er ia e r ir ia de le . Lhe fo i aco nse lhado faze r sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s
v er go nho so s não pude sse m so br e v ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200
búz io s. Ele fe z co mo aco nse lha do . A pó s o sacr ifí cio , o babalawo o uv iu a se g uint e
cant ig a de I fá: O sa não r o ubo u, he n! O sa não ut ilizo u fe it iço s malé fi co s, he n! O sa
não co nt o u o s se g r e do s de se us amig o s, he! O sa não me nt iu, he n! M inha que st ão se
t or no u ho nr ada; Eu o fe r e ci um pássar o e m sacr ifí cio (tr ê s v e ze s). M inha que st ão se
t or no u ho nr ada, e assi m po r diant e . To das as pe s so as que e st av am ali cant ar am e m
co ro .
A t e wog ba (co nse nt ime nt o ) div ino u par a A so le (se nt ine la; cão ). A so le fo i o r ie nt ado
a sacr ifi car de mane ir a que se u car át e r pude sse se r ace it áv e l pe las pe s so as do
mu ndo . O sa cr ifí cio : me l, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e
sa cr ifico u.
Owonrin’Ká (Erinsija)
211
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e pe nsar cuidado same nt e ant e s de ag ir .
K ar inlo , Kar imbo wale . Se uma cr iança não ca minha, não par e ce r á e x per t a. I sto fo i
div inado par a par a A de moo r in Ay ank ale . Lhe fo i pe dido que sa cr ificas se de
mane ir a a não tr o pe çar nas mão da mor t e , o u se e le se se nt is se nas mão s da mo rt e ,
que e st a não pude sse le v a-lo . O sa cr ifí cio : uma tart ar ug a, e so -ik u (um t ipo de
se me nt e ) e 20 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
O wo nr in’K á div ino u par a Ò rúnmì là, que e st ar ia camin hando ao r e dor do mundo .
F o i pe dido que sacr ifica sse par a que as mão s daque le s que o me no spr e za não
t iv e s se m po der so br e e le . O sa cr ifí cio : no ze s de k o la se ca s, or og bo , omo -ayo (um
t ipo de se me nt e ), um po mbo , uma g alinha, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e
sa cr ifico u. Ele s disse r am: as unha s do s ho me ns não in fe ct am as no ze s de ko la,
o ro g bo , o mo -ayo ; as mão s do s que me no spr e zam a t i não te afe t ar ão .
212
O rác ulo 156
Ìká’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: De se quilí br io e mo cio nal cau sar á per das a tr abalho .
213
A pe sso a má não pe sa s uas açõ e s. I sto fo i div inado par a A labamo (aque le que pe sa),
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quatr o car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a
que e le po ssa faze r co isas bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sa cr ifico u.
Owonrin-Oturupon
Es se Odù pro põ e t anto so luçõ e s par a mor t e s pr e mat ur as de cr ian ças, quant o
par a o s uce s so de uma viag e m que e st á por v ir .
Si mpat izant e s div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada)
de v ido `mor t e pr e mat ur a de se u filho .
214
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as
mo rt e s pr e mat ur as de se u s filho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.
Oturupon-Owonrin
215
Ele s dis se r am: A lgo que co nt e nt ar á o s cor açõ e s de le s e st á pró x imo . Se apr ox imando
r ápido , mas e le s de v er iam sacr ifi car quat ro po mbo s, ba st ant e aze it e - de -de ndê e 8
000 búz io s.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.
Ele s disse r am: Ès ù não se r á capaz de t ir ar sua aleg r ia.
Owonrin-Òtúrá
I jam ja se mpr e e st á pr e par ado div ino u par a Ì g bí n (car amujo ) O me so quando e le
e st av a indo lut ar co m Ek un (leo par do ).
Ele s dise r am: O le o par do e st á se mpr e pr e par ado e o car amu jo não de v er ia se
av e nt ur ar [a de safia -lo ]. Nó s de ix amo s por co nt a daque le que é mais po de ro so que
nó s, O lor un.
Ele fo i aco nse l hado a faze r sacr ifí cio de fo r ma que de st ino po der ia lut ar po r e le .
O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s.
216
O car amujo sa cr ifico u.
Otura-Wonrin
217
no s ag r ada na te rr a não agr ada a Edùmar è . A s pe sso as na te rr a se r e une m e faze m o
mal. Edùmar è não go st a disso ; Edù marè não ace it a is so . Ent ão , se e u dig o v ai, vo cê
v ai e se e u dig o ve m, v o cê ve m. Se uma cr ian ça não co nhe ce se u pai, a t er r a não
e st á ce r t a. A mo rt e é aquilo que le v a uma cr ian ça a co nhe ce r o C é u. Q ue m e st á
pe nsa ndo e m Edùmar è ? Se não ho uv e sse Èsù, o que pe nsar iam o s po br e s? To do
mu ndo e st á pe nsando e m si me smo ; e le s e st ão pro cur ando co mida e be bida.
M ist ér io da e sc ur idão ! U ma cr iança não co nhe ce se u pai! Fale co mig o par a que e u
fale co m vo cê ; po r no s sas vo ze s re co nhe ce mo s um ao o ut ro na e scur idão . Se uma
cr iança nã o co nhe ce se u pai, a t er r a não e st á ce r t a. O sa cr ifí cio : quatr o po m bo s
br anco s, quatr o ov e lhas e 8 000 búz io s. Ele s ouv ir am e sacr ificar am de mo do que
pude r am t er v ida lo ng a e v er a bo ndade e bê n ção s.
Owonrin-Irete
218
O wo n r iu de sde nho same nt e de Ir et e , o de safiando a ag ir , per g unt ando , "o que far á
I re t e ?”.
Ele s disse r am que Ir et e po de piso t e ar e po de o s ubme r g ir .
I st o fo i div inado por A fi’ nis’ e g an (zo mbe t e iro ),
Q ue fo i aco nse lhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg ué m mais
po der o so .
O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba e wo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Irete Wonrin
I re t e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aque le s que co nspir am
co nt r a e le , cair iam e m ve rg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s se u s no me s, mas
si m, nó s o uv ir e mo s par a se mpr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pe lo mundo .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
219
O rác ulo 163
Owonrin-Se
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se mpr e se r á acu sado de pro mis cuidade
se x ual.
220
O rác ulo 164
221
O rác ulo 165
Owonrin Fú
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não po de ficar fo cando e m qualq uer co isa.
222
F o lhas de I fá for am pr e par adas par a e le e e le fo i asse g ur ado de que t o das as
bê n ção s v ir iam facilme nt e .
Òfún-Wonrin
223
O rác ulo 167
Òbàràkànràn
224
O rác ulo 168
Òkànràn-Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s
co m cr ian ças e pai s.
Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ie nt ado
a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa.
O sacr ifí cio : u m car ne iro , g e ner o sa quant idade de aze it e -de - de ndê ,
pe que na s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão
da casa, v er t a o aze it e -de -de ndê ne le e co lo que o re st ant e do s it e ns de s cr it o s acima.
C ubr a t udo co m ar e ia e suav ise o lug ar co m ág ua.
225
Òbàrà-Ògùndà
226
O rác ulo 170
227
Ògúndá-Bàrà
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a mant e r um r e lacio name nto .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um int e nso mas fút il
r e lacio name nt o .
Òbàrà-Òsá
228
O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o e mo cio nal co nduz a e rr o s pr át ico s..
Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de se us clie nt e s e st av a
plane ja ndo fug ir co m se u dinhe iro . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que se u
clie nt e pr ov av e lme nte pag asse se us dé bit o s. O sacr ifí cio : po mbo s, uma g alinha, 2
200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar ju nto fo lhas de e e sin e tag ir i co m sabão -da- co st a;
que o sang ue da galinha se ja v er t ido na mist ur a).
Ele sa cr ifico u.
F o i-lhe dito que Ee sin não fr acas sar ia e m o bt e r se u dinhe ir o na de manda. Est e
sa bão é par a banho .
Òsá-Bàrà
229
O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù mo st r a par a o clie nt e co mo r e ace nde r
cha mas apar e nt e me nt e mo rt as.
Òbàrà-Ká
O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s mun danas po de m ser ev it adas atr avé s de
uma nov a e x per iê ncia e spir it ual o u e mo cio nal.
230
173 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Ìká-Bàrà
231
174 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Le k e lek e e sua e spo sa.
Lhe s fo i falado que o po mbo se mpr e o s co nsult ar ia e m qualque r co isa que e le
qui se sse faze r , se e le s sa cr ificas se m do is Efun, do is me canis mo s de fia ção e 2 400
búz io s.
Ele s sacr ifi car am.
No t a: De sde e nt ão , nó s dize mo s, “v o cê não vê a be le za de Le k e lek e , cu ja e le g ância
afe t o u a po mba?”.
Òbàràtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co nce pção .
232
O ladipupo div ino u par a Ar ok o (quiabo ), que e st av a cho r ando po r que sua e spo sa
não t inha filho s.
Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que se u s de se jo s
fo s se m co nce dido s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que e st av a indo co mpr ar uma e scr av a.
e le fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não pe r de sse dinhe ir o co m a e s cr av a
de v ido a co nst ant e pe r da de cr ianças de la.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov e lha e 16 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele fo i as se g ur ado que a m ulhe r se r ia fér t il e que e le g anhar ia po r e la se m pe sar e s.
Òtúrúpòn’Bàrà
233
que disse que sua fil ha se r ia saudáv e l ma s que não de se jar ia e st ar e m
s ua co mpanhia quando e la cr e sce r .
O sacr ifí cio : u m po mbo (e y e lé -e jig be r e ) e 12 000 búzio s.
Ela o uv iu e sa cr ifico u.
Òbàrà-Túrá
234
O loy o disse , “qualo sacr ifí cio par a pr e v e nir que e la dispe r dice se e u a co mpr ar ?”.
O sa cr ifí cio : o ito car amujo s, uma ca baça de e wo , quatr o po mbo s, 16 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.
Òtúrá-Bàrà
Paar ako da div ino u par a O lo be de I pe t u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca
e m s uas mão s ant e s de ir par a a r o ça. Ele se r e cuso u e fo i par a o campo . A ssim que
e st av a r et or nando par a casa apó s se u tr abalho na r o ça, e le te nt o u co lhe r alg uma s
be r ing e las. Par a a sur pr e sa de le , um cr ânio se co pe rt o da be r inje la falo u a e le , “não
me t o que , não me to que , v o cê não me vê ?” O lo be de I pet u fi co u co m me do e co rr e u
par a re lat ar o o cor r ido ao re i. Ele implor o u ao re i que manda sse alg ué m de vo lt a
co m e le , dize ndo que se e le s e nco nt r asse m alg uma co isa co nt r ar ia ao que e le disse ,
235
e le po de r ia se r mor to . O re i apo nt o u do is ho me ns par a ir co m e le . C heg ando ao
lo cal, O lo be de fe z ex at ame nt e co mo t inha fe ito na pr ime ir a ve z, ma s par a se u
ho rr or não ho uv e ne nhuma r e spo st a. Ele fo i mo rt o no lo cal de acor do co m a
pro me ssa de O lo be de e as inst r uçõ e s do re i. A ssim que o s ho me n s e st av am se
pr e par ando par a re to r nar ao r e i par a co nt ar o que fize r am, o cr ânio se co disse ,
“M uito o br ig ado , e u e st o u mui co nt e nt e ”. Ele s for am nar r ar o aco nt e cido . O r e i
e nv io u o ut ro s o it o ho me n s co m o s do is pr ime ir o s. O s do is ho me ns disse r am
e x at ame nt e co mo fize r am, e par a o hor r or de le s o cr ê nio se co nada falo u. Ele s
t ambé m for am mo rt o s no lo cal. Par a e ncur t ar a hi sto r ia. vár ias pe s so as mo rr er am
de sa s mane ir a, quase ce m pe s so as. Ev e nt ual me nt e , o o cor r ido fo i re lat ado a
Ò r únmì là, a que m fo i pe dido co nse lho so br e o que dev e r ia se r fe it o par a te r minar
e st a cat ástr o fe . Òr únmì là or ie nto u a sa cr ificar uma cabr a, uma galinha, 4 400 búzio s
e fo lhas de I fá. Ele s se g uir am a o r ie nt ação e sacr ifi car am. Ò r únmì là e m se g uida o s
o rie nt o u a ir ao lo cal e r e mov er o cr ânio e e nt e rr a- lo co mo um se r humano , e m
co nfo r midade co m o s r it o s fune r ár io s. Ele també m o s aco nse lho u a não to car
qualq uer co isa o nde quer que e le s acha sse m mar cada co m aale (u ma mar ca par a
uma co isa não se r to cado por ning ué m co m e x ce ssão do do no ). A me sma
adv er t ê ncia fo i pas sada ao r e do r da cidade , que e le s nu nca dev e r iam mex e r co m
qualq uer co isa mar cada co m aale .
O rác ulo 179
Òbàrà-Retè
236
179 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O bar a-r et e div ino u par a Ak int e lu a que m fo i dito que de v er ia sacr ifi car de mo do
que o v ilar e jo que e le f undo u t iv e s se su ce sso .
O ito car amu jo s, uma ov e lha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá de v er iam se r sa cr ificado s.
Ele sa cr ifico u.
237
O rác ulo 180
Irete-Òbàrà
238
par a as fo lhas de I fá. Co zinhe fo lhas de t et e at et e day e co mo uma so pa par a se r
co mida e m to da co mida. Ou tr it ure fo lhas de wor o e iy e r e e as co zinhe e m uma
so pa par a ve lha co s, co m pe ix e aro par a co mida. Q uando a so pa e sfr iar , tr ace o odù
I re t e -O bar a no iy e -ì ro sù, re cit e a inv o cação acima e acr e sce nt e à so pa.
Òbàrà-Òsé
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a se livr ar de
e ne rg ias ne g at iv as.
Ele s disse r am, “o nde e st á me u pai?”. Eu disse “me u pai mo rr e u”. “O nde e st á minha
mãe ?”. Eu dis se “M inha mãe e st á na cat ac umba e fala r uido same nt e ”. Ele s
dis se r am, “v o cê é filho de que m?”. Eu dis se ”e u so u o fil ho de O bar a-O se , que
ig nor o u as re gr as”. Eu fui e spancado se v e r ame nt e e fu i e sbo fe t e ado aqui e lá,
livr e me nt e co mo as ca br as co me m. O filho de O bar a-O se nun ca so fr e , O bar a- O se
não pe r mit e que se u filho pade ça se m ne ce ssi dade . F olhas de I fá: Pulv e r ise fo lhas
de e ja (har iha) e fo lhas de àr è r e que for am co lhidas da ár vo r e mãe . Po nha o pó na
fa ce de um car amujo e t r ace o o du O bar a- O se ne le . Re cit e o e ncant ame nt o aci ma e o
e mbr ulhe co m um pe daço de te cido pr et o e co m linha pr e t a. Fe che o s olho s e jog ue
e m u m ar bust o .
239
A isir e f’ ag bo n isale pale . Se a chuv a fo i inv o cada, e la de ve cair . Se a pausa da
ch uv a é inv o cada, e la de v e ce ssar . I st o fo i div inado par a Òr únmì là, que fo i
as se g ur ado que Er inwo O sin nu nca ser ia mo lhada pe la chuv a. O bar a-O se , e u t e
inv o co , salv e e st e bo nit o ve st ido de se r abat ido pe la c huv a. C ant ig a: Não de ixe
cho v er , não de ix e cho v er , O bar a- O se não de ix e cho v er . Fo lhas de I fá: Pe g ue um
pe daço de te cido br anco e tr ace o o dù O bar a-O se co m iy e -ì ro sù e m so lo se co do
lado de for a [do lo cal]. R e cit e o e ncant ame nt o acima e e nt ão amar r e e st e iy e -ì ro sù
co m o t e cido br anco e pe ndur e a t ro ux a e m uma arv or e . Não chov e r á ne s se dia. Se
ning ué m jo g ar ág ua naque le me s mo lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não chov e r á
aque le dia.
O rác ulo 182
Òsébàrà
O bse r v ação o cide nt al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s cl ie nt e s.
Ele o u e la pr e cisa vo lt ar passo e r e co nside r ar s uas at iv idade s.
Ò sé bàr à div ino u par a u m r e cé m-nas cido , cu jo s pais for am or ie nt ado s a faze r um
sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr e s se po r falt a de mor adia quando
cr e sce sse .
O sacr ifí cio : bag r e , 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança
po ssa lev ar uma v ida pró spe r a.
240
O rác ulo 183
Òbàrà-Òfún
3
É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na
alimentação animal, principalmente de bovinos (guinea corn).
241
o bì de quatr o go mo s e dispo nha ao r e dor da lampar ina. Ent o e a cant ig a de I fá
e nquant o faz e s sa pr e par ação .
242
O rác ulo 184
Òfún’Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de neg ó cio fav or áv e is po de m so fr er por causa de
um indiv í duo indig no de co nfia nça.
O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pe sso as o patr o cinar iam e
co nse q ue nt e me nt e e le fi car ia r ico . Ele fo i aco nse lhado a sacr ifi car co ntr a
malfe it o r e s.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ò fún e st av a dando Obar a, Ò fún e st av a dando car inho à uma ingr at a. I sto fo i
div inado par a u m ho me m a que m fo i dit o que uma ce rt a mulhe r que e le go sto u,
plane jo u f urt a-lo e abando na- lo . Ele de v er ia sacr ifi car um ca br it o , aze it e , o bì e
fo lhas de I fá.
243
de ndê , o bì e fo lhas de I fá de mo do que e le não fo sse se duzido por Ès ù a co nce de r
o s pe rt e nce s ao impo sto r .
Òkànràn-Egúntán
244
pacie nt e me nt e as sist iu o s o ut ro s Ir únmale que le iv av am par a te rr a t oda a r ique za,
pro spe r idade , e o utr o s ar t igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s Ir únmale
part ir am, Ò r únmì là se le v anto u e fo i dir e t ame nt e par a a cade ir a de O lo dun mare ; e le
pe go u a co ncha do car aco l e part iu e m dire ção à t er r a. Ò r únmì là e nco nt r o u o s
o utr o s Ir únmale ao final da e str ada que co nduz ao cé u e per g unto u- lhe s o que
e st av a er r ado . Ele s lhe falar am q ue a t er r a e st av a co be r t a co m ág ua e não hav ia
ne nh um lug ar se co o nde e le s pude sse m at e rr is sar . Òr únmì là me t e u a mão de le na
co nc ha do car amujo , tiro u uma r e de , e a lanço u e m cima da ág ua. Ele me te u a mão
de le no v ame nt e e t ir o u t er r a que e le lanço u e m cima da re de . Ent ão e le me t e u a mão
de le uma te r ce ir a v e z, e le tiro u uma g alinha de ci nco de do s, e a lanço u na re de par a
e spar r amar a t er r a na r e de e na ág ua. A ág ua e st av a r et ro ce de ndo e o so lo e st av a se
e x pandindo . Quando par e ce u que o t rabalho camin hav a mui le nt o , o pró pr io
Ò r únmì là de sce u e mando u a pe que na quant ia de te rr a au me nt ar : Se e spalhe
de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe de pr e s sa! !! ". Ele par o u, e o mundo se
e x pandiu. Hav ia g rande ale gr ia e m cé u. O lug ar onde Òr únmì là mando u o mundo
se e x pandir é at é ho je chamado de I fe - War a, e m I le -I fe . To do s o s de mais I r únmale
de s ce r am apó s Òr únmì là. F oi Òr únmì là que m cr io u a te rr a e fo i e le que m pr ime iro
ne la ca minho u. C o mo tal, e le não pe r mit iu naque ne nh um do s I r únmale de s ce sse na
t er r a at é que e le t iv e sse pê go t udo e le s t ro ux er am e dado a cada um de le s o que e le
j ulgo u ju sto . Ele s re ce ber am ale gr e me nt e as s uas por çõ e s. Ent ão Ò rúnmì là co me ço u
a cant ar , "O mundo e x ist iu, e x ist ê ncia na fr e nt e , ex ist ê ncia atr ás".
No t a: O 256 o dù são chama do s I r únmale ne st e caso ; at é me smo um único imale
se r ia cha mado Ir únmale , co mo e le e st á fo r a do s quatr o ce nto s I male .
Q ue m é r ápido g er alme nt e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as.
A que le que não co nse g ue lut ar ne m falar não po de cam inhar na t er r a por muit o
t e mpo . O co mbat e po de t raze r r ique za e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g be mi,
que fo i or ie nt ado a não fug ir , me smo que não se nt is se cor ag e m o bast ant e par a
de sa fiar alg ué m dur ant e uma br ig a. É o po de ro so que de sfr ut a o mu ndo ; ning ué m
r e spe it a uma pe s so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a te rr a; as pe sso as não dão
at e nção ao s cov ar de s. Lhe pe dir am que fize sse sa cr ifí cio de for ma que e le não
r e lax as se e pude s se se r fisi came nt e fo rt e . O sacr ifí cio : um galo , t rê s facas, uma
pime nt a- da-co st a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (po nha um g rão de pime nt a-da- co st a
245
na ág ua e m uma caba ça; dê a ág ua par a o g alo be be r ; o clie nt e de v e e nt ão be be r a
ág ua r e mane sce nt e na cabaça e co mer a pime nt a- da-co st a e mais alg un s g rão s).
O rác ulo 186
Ògúndá-Kànràn
Es se Odù fala de se u sar as capac idade s t ant o e spir it uais co mo int e le ct uais
par a se o bt er su ce s so .
Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u
par a Eg úng ún, que e st av a e m um co mér cio impr o dut iv o .
Ele dis se que o so fr ime nt o de le te r ia fim aque le ano . e le de v er ia sa cr ificar
uma ce st a de o bì e um paco t e de chi cot e s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
246
O rác ulo 187
Òkànràn-Sá
247
O e le fant e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser e s humano s se g uir am a or ie nt ação e
sa cr ificar am.
Òsákànràn
248
Es se O dù fala do sa cr ifí cio de for ma a e v it ar info rt únio e as se g ur ar
t ranqui lidade .
Òkànràn-Ká
249
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m que su st e nt ar o que e le acr e dit a.
Não há ning ué m cu ja casa se ja in capaz de se to r nar uma faze nda. Não há ning ué m
c uja faze nda se ja incapaz de se to r nar uma faze nda e nor me e v e lha. A ho ne st ida de
e m mim não pe r mit ir á que a faze nda se to r ne um t er r e no baldio . Não há ning ué m
c uja mor t e não po s sa lev ar , e não há ning ué m c ujo o filho a mor t e não po s sa lev ar ,
e x ce to Or unmila, me u se nho r , àbik ú-jig bo , e aque le s de nt re o s fil ho s de Edùmar è
que são ho nr ado s.
I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pe diu um sacr ifí cio par a que e le nun ca
pude sse mo rr e r , de for ma que as g rama po de r ia cre s ce r .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìká-Kònràn
250
O bse r v ação o cide nt al: U ma impo r t ant e e sco lha e st á pe nde nt e — U ma de cisão
de v e se r to mada so br e o que é cer t o e bo m.
Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a que m fo i dit o que a mor t e e st av a che ndo par a
e le dev ido ao s se u s maus ato s. Se Ek a não de se jas se mo rr e r , de v er ia e le sacr ifi car
uma ov e lha e as r o upas pr et as que e st av a usando . Ele de v er ia t ambé m par ar de ser
mau e ve st ir ro upas br ancas dali pr a fr e nt e .
Ele o uv iu as palav r as mas se r e cuso u a sacr ificar .
Òkànràn’Túrúpòn
251
191 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Òtúrúpòn Kòràn
252
O mot o lamoy o , Iy o wuk o de -maar ’e ni s’ e hin- de mi
fo i div inado par a Ef unb unmi,
a que m fo i dito que t er ia v ár io s filho s, mas que e la de v er ia sacr ifi car de mo do que a
cr iança que e la e st av a car r eg ando e m s uas co st as não se t or nasse um cr imino so
quando cr e s ce sse .
O sacr ifí cio : u m po mbo , 4 400 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por é m não sa cr ifico u.
Se tiv e sse sacr ificado , a e la se r iam dadas fo lhas de I fá par a ban har a cr ian ça.
F o lhas de I fá: M asce r e o luse sa ju e e so e m ág ua, o u pile as fo lhas e mi st ur e co m
sa bão -da-co st a par a o uso da cr iança quando e la for mais ve lha.
253
O rác ulo 193
Òkànràn-Òtúrá
“O que v o cê faz par a mim, e u faço par a vo cê ” se mpr e difí c ult a a re so lu ção r ápida
de uma disput a.
I st o fo i div inado par a Olúk oy a,
que fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que a disput a e ntr e e le e se u s pae nt e s não
pr e judi casse sua s amizade s.
254
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, aze ite - de -de ndê e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não e nt r ar e m
uma br ig a que re sult ar ia e m não te r mais amigo s e nt r e se us pr ó pr io s par e nt e s. Se a
lí de r das co br as de se jasse e st ar e m co ndi çõ e s amig áve is co m o s se u s par e nte s,
de v er ia sacr ifi car v e ne no s e fle x as, u ma aljav a, fe it iço s per ig o so s, um cabr ito e 2
000 búz io s. Ela o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u. Co mo re s ult ado , as co br as
nun ca fo r am amig as uma s das o ut r as.
Òtúrákònràn
O bse r v ação o cide nt al: A "bo ca gr ande " do clie nt e te m causado pr e juí zo .
Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade e st á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a.
e le s dis se r am: O s animais no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o le o par do ; o s
pás saro s no bo sq ue nun ca arg ume nt am co m o falcão . O s se r e s huma no s nun ca
arg ume nt ar ão co mig o ace r ca de me u car át er tampo u co ace r ca so br e me u t rabalho .
A s pe s so as não mat ar ão o s cãe s po r cau sa de se u s lat ido s t ampo u co o s car ne ir o s po r
se u s balido s. A s pe sso as nun ca e ntr ar ão e m lit í g io co mig o . Fo lhas de I fá: Tr ace o
O dù Ò t úr ákò nr àn no iy e -ìr o sù e r e cit e o e nca nt ame nto acima ne le ant e s de
mi st ur ar -lo co m aze it e -de -de ndê e lam be -lo (par a se r u sado se mpr e que ho uv e r um
ca so judu cial).
255
194 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que de se jav a
de spo sar Ò kò r àn, a filha do O lo fin. A s pe sso as e st av am dize ndo que isto ca usar ia
uma disput a. O ho me m a que m Òk òr àn fo i pro me t ida co mo e spo sa t inha g ast ado
muit o ne la.
M as Or iji, o A div inho das co isa s bo as, dis se que Ò t ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no
e nt anto , e le de v er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de
I fá.
Ele sa cr ifico u.
Òkànràn-Atè
256
O rác ulo 196
Irete-Okanran
257
A pó s um cur to e spaço de te mpo , e le s t ro ux er am og uro (v inho ) par a e le , mas
O r unmila o lho u e disse a me sma co isa. A pó s isso , o O lo fin co lo co u se u I fá no chão
par a co nsult a e m no me do filho pr imo gê nit o de le que e st av a fing indo e st ar do e nt e .
To do s o s babala wo pr e se nt e s disse r am que a cr iança não mo rr e r ia. Q uando o Olo fin
pe rg unt o u a o pinião de Or unmila, e le disse que a cr ian ça mo rr e r ia a me no s que
O lo fin e nt r eg as se se u ve st uár io r e al e a e st e ir a que habit ualme nt e e ste nde e m se u
t ro no de for ma que e le s po de r iam se r ut ilizado s na fabr ica ção de um me dicame nto
par a a cr iança. O lo fin que e st av a pro cur ando por me io s de mat ar Or unmila, pe nso u
t er e nco ntr ado uma cha nce , po is po de r ia pô r at ar ag ba de nt ro do v e st uár io e na
e st e ir a ant e s do s e nt re g ar par a O r unmila. Mas ass im que e le s fo r am tr azido s, um
pás saro co me ço u a g rit ar m pe r sist e t e me nt e , dize ndo a Or unmila, “O r unmila, não
se nt e - se na e st e ir a ho je , não se nt e - se na e st e ir a ho je . Se nt e -se no ifin, se nt e -se no
ifin! ”. Q uando e le s t er minar am d e tr azer o ve st uár io e a e st e ir a, Or unmila pe diu
que e le s usa sse m a e ste ir a par a se se nt are m. Ele s o be de ce r am e for am e nv e ne nado s.
O r unmila de ix o u o lo cal se m se r pr e judicado .
258
O rác ulo 197
Okànràn’Se
Q ue st õ e s de ang úst ia não são bo ns; u ma que st ão pr o ble mát ica é um mau
e spe t ácu lo . I sto fo i div inado par a o filho de um ho me m abast ado , a que m fo i
pe dido sacr ifi car de mo do que e le não so fr e sse tr ibula çõ e s.
O filho do ho me m r ico per g unto u, “o que é so fr ime nt o ?”
Ele s disse r am: O ato de abr ang er é so fr ime nt o ; a vo nt ade das pe sso as é ang ú st ia.
Ele dis se que isso e ra ba st ante .
O filho do ho me m r ico per g unto u qual se r ia o sacr ifí cio .
Ele s dis se r am: u m te cido br anco , um po mbo , uma ov e lha, u ma galinha e 20 0 00
búz io s.
259
Le mbr e - se do Po sse s sor .
Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s e st amo s re go zijando .
O Po sse sso r nunca apalpa no e scur o ; Edumar e nun ca t e m pr e j uizo s.
Não há ne nhu ma t rist e za lá na ca sa do Po sse sso r , ne nhuma po br e za o u pe núr ia.
O r unmila Olo wa A iy e r e dis se que se nó s no s de par ásse mo s co m qualq ue r
t rib ulação , de v er í amo s no s le mbr a r do Po sse s sor .
O Po sse sso r nunca se e ntr ist e ce u.
O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de
I fá (a ser e m dadas À pe sso a que é aplicada e m se u t rabalho ).
260
O rác ulo 198
ÒséKòràn
O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de tr abalho inco nst ant e s ne ce ssit am de
e quili br io e mo cio nal par a se har mo nizare m.
261
O rác ulo 199
Okanran-Òfún
262
Òfún’Konran
Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando e le e st av a se pr e par ando par a
e nv iar as pe sso as par a a Te rr a.
Ele s dis se r am que O lo du nmar e e st av a r e flet indo no cast ig o que o s po de ro so s
infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s r e is e che fe s in flig ir iam às pe sso as que
fo r am dist it uidas o u e m per ig o . E le viu pe sso as ino ce nt e s se ndo mor t as na Te rr a e
de se jo u de fe nde r aque le s que não tinham chance de se v ing ar .
F o i pe dido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma
pime nt a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse , po de r ia o s de ix ar livr e na Te rr a.
Ele sa cr ifico u.
263
Ògúndá’Sá
C e libat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo e st av a dize ndo que ifá e st av a
só . Fo i pe dido a I fá que e sco lhe sse uma co mpan he ir a. I fá disse que e sco lhe u
dinhe ir o co mo sua co mpanhe ir a. Fo i pe dido a e le que sa cr ifica sse um po mbo e 24
000 búz io s. Ele sacr ifi co u.
Òsá’Gúndá
264
O bse r v ação o cide nt al: Há alg ué m que o clie nt e não dev e co nfiar .
S un- mis’ e be , Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u je g unr e (t ipo de er v a) e O lok o
(faze nde iro ). A ik u je g unr e fo i aco nse lhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e
um car ne ir o . Ele s dis ser am a A ik uje g unr e que não mor r er ia mas e st ar ia e nr aizado e
co lo cado e m um alt o o bje to aci ma do chão .
A ik uje g unr e sa cr ifico u. A o faze nde iro fo i pe dido que ofe r e ce sse e m sacr ifí c io um
car ne iro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que e le não mo rr e sse . Ele sacr ifi co u.
Q uando o faze nde iro e st av a capinando , e le ju nto u Aik uje g unr e co m o alfang e e m
um lug ar . A ik uje g unr e disse , “Eu me fa ço not ar se ndo re unido , as sim me ajude a
falar par a me us pais no Cé u”. Q uando o faze nde iro finalizo u a capi nag e m e junt o u
a e rv a cha mada A ik uje g unr e co m um alfang e e o co lo co u e m um tr o nco , a er v a
dis se , “dig a- me pai do C é u que e u so u no t áv e l”. Ent ão , as ult ima s palav r as
u sualme nt e falada s pe la e rv a são : “que o faze nde ir o não mo rr a. Q ue e u t ambé m não
mo rr a, de fo r ma que ambo s per mane ça m par a se mpr e ”.
265
O rác ulo 203
Ògúndá’Kaa
266
203 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Ìká-Ògúndá
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fing indo um pr o ble ma que não ex ist e .
267
Ò g ún pro v a minha ino ce n cia
Ò g ún, por fav or me apó ie .
Não há ning ué m co m pr o ble ma s que não pe ça aux í lio a Òg ún.
Q ue m que r que se ja que fa ça o be m r e ce be r á o be m.
É uma pe sso a e m par t icular que Ò g ún aux iliar á.
I st o fo i div inado par a A de t ut u, o filho do cov ar de que r e spir a me dro sa me nt e , que
e r a me io -mor to ant e s da br ig a.
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um cão , aze it e -de -de ndê , inha me assado e v inho de
palma.
Ele o uv iu mas não sacr ifico u.
Ògúndá-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s e blo que io s são disso lv ido s co m
de se nv o lv ime nt o e spir it ual.
268
Ele s disse r am que um ano de r ique zas t inha v indo , um ano de abundâ ncia,
um ano de nascime nto de muit as cr ianças.
F o i-lhe s pe dido que sacr ifi cas se m de z po mbo s, de z galinha s e 20 000 búzio s de
fo r ma que e le s não disp ut ar iam no v ame nt e .
Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio .
Òtúrúpòn-Egúntán
Es se Odù fala do pr e se nt e , se ndo um mal mo me nto par a uma nov a cr ian ça,
mas mant é m uma gr ande pro me s sa par a o fut ur o .
269
cr iança pude s se m o be de ce - lo s. O sa cr ifí cio : um car amujo , um pe ix e aro , um po mbo ,
uma banana, 66 000 búzio s e fo lhas de ifá. Se o sa cr ifí cio for r e alizado , as fo lhas e so
são as fo lhas de I fá a se r e m usada s. Espr e mer as fo lhas e m ág ua co m fluido do
car amu jo e banhar a cr iança. Se a cr iança cr e s ce r , dar -lhe uma so pa fe it a co m fo lha
e so , car amu jo o u pe ix e aro par a co me r . Ela també m de ve co me r banana s.
Ògúndá-Túrá
Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pe dr a) na ág ua.
Nó s t e me mo s a do e nça. F o i pe dido a Ot a-mi não t e mar a do e nça e lhe fo i pe dido
que ofe r e ce sse sacr ifí cio de fo r ma que e le pe r mane ce s se fix o .
O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do e nça s.
270
O g unda-Tur a. É bo m que per mit e à pe s so a supe r ar u m inimig o . U ma pe sso a mal
fav or e cida po de se r fac ilme nt e atr aida pe lo se u inimigo .
Q ue m me par iu?
Ò g úndát at úr ápa, faça co m que me u s inimig o s caiam um apó s o out ro e mat e -o s e m
g rande quant idade . Eu não dev e r ia co nhe ce r qualque r inimig o o u qualque r
o po ne nt e .
Q ue m é uma pe sso a mal fav o re ci da?
U ma pe s so a mal favo r e cida é aque la a que m a maio r ia das pe s so as acr e dit a e st ar
arr uinada e e la ainda pe nsa que é muit o amado . Em v e nt o s fo rt e s, plant a e g be e cai
uma so br e as out r as; de ce rt a for ma, me us ini migo s mo rr er ão um apó s o utr o . Ele s
nun ca se ajudar ão mut uame nt e ; o s lag ar to s macho s não aj udam un s ao s o utr o s e m
um cur to e spa ço de te mpo .
F o lhas de I fá: Tr ace o O dù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo
de t er minado aci ma. U ma pe que na po r ção do pó de v e ser co lo cado no to po da
ca be ça e e sfr e g ado da te st a à part e infe ro - po st e r io r da cabe ça. I st o de v e se r fe ito
pe la manhã, à t ar de o u a no it e at é o pó acabar . É par a se r ut ilizado ape nas uma v e z
ao dia.
271
O rác ulo 208
Òtúrá-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a re mov e r
e ne rg ia e spir it ual neg at iv a.
Ele s fize r am muit o mal a mim. Eu não so u mac ulado ; e le s não me po de m supe r ar ;
e le s e st ão amaldi ço ando , j ur ando , e me de se jando mal. Ot ur a-Eg unt an disse que e u
não dev er ia t er me do ne m se pr e o cupar co m e le s. Ele pr o me te u co rr ig ir me us
cam inho s de fo r ma que e u po ssa v iv e r uma v ida me lho r . Ele disse que minha v ida
se r ia pró spe r a. É O t ur a- Eg unt an que que lav a minha ca be ça de mane ir a que
ne nh uma maldi ção , male dicê n cia, fe it iço o u e ncant o me afe t e .
F o lhas de I fá: Q ue imar junt o fo lhas o luse saju, ife n e e so . M ist ur e o pó co m sabão -
da- co st ae co lo que - o e m uma caba ça. Jo g ue um po u co de pó de iy è -ì ro sù so br e o
sa bão , tr ace o odù so br e e le e inv o que o e nca nt ame nto acima. Ut ilizar par a to mar
banho .
272
O rác ulo 209
Ògúndáketè
273
209 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
274
O rác ulo 210
Irete-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: De se nvo lv ime nt o e spir it ual az-se é ne ce ssár io par a paz
e pro spe r idade .
275
Ele sa cr ifico u.
Egúntán’sé
Es se O dù fala par a não cast ig ar pe s so as por s uas car acte r í st icas fí sica s.
Ò g úndá ofe nde u a ning ué m, Òg úndá não ma chuco u ning ué m. É pro ibido , não é
bo m ca st ig ar Ò g úndá.
I st o fo i div inado par a Oló wó ,
a que m fo i pe dido que o fer e ce s se sa cr ifí cio par a não se r punido dur ant e sua vida.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha e 44 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ho nr ais e r e spe it ais o s o utr o s; é me lho r de ix ar o filho de um ho me m ho nr ado
imp une . U ma árv or e é r e spe it ada por causa de se u s nó s [de made ir a]; Ent ão
t ambé m é um r e spe it ado um ho me m albino por ca usa do Ò rì sà. Vo cê dev e t oda a
ho nr a mim.
276
O rác ulo 212
Òsé-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças r ápidas e m at iv idade s te mpor ais ir ão
r e sult ar e m ganho s.
277
O rác ulo 213
Ògúndá-Fú
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se de par ando co m alg uma e spé cie de
dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que se nt e m que o s pais não o s e st ão
t rat ando ig ual me nt e .
278
Est e s do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am e s co ndida e m
alg um lug ar , e v e nde r am as v alio sa s co nt as u ma a uma. quando a bo lsa fi co u qua se
v azia, e mais da met ade já se fo r a, o filho mai s v e lho qui s e ng anar se u ir mão . Ele
le vo u as co nt as re st ant e s ao re i par a cu stó dia e falo u par a se u ir mão que as co nt as
t inham sido ro ubadas. A lé m disso , o r e i també m e st av a pe nsa ndo e m um mo do de
mat ar o filho mai s v e lho de fo r ma a po der mant e r as co nt as co nsig o .
Òfún-Egúntán
279
Es se Odù fala das co nse quê n cias de se ig no r ar co mpor t ame nto mo r al e
sa cr ifí cio .
O supa je re je r e , adv inho de O nibar a, div ino u par a O nibar a, a que m fo i pe dido que
sa cr ificas se um car ne ir o e 22 000 búzio s de mo do que e le não e ntr as se e m
pro ble mas po r causa de uma me r e tr iz.
O nibar a não o fer e ce u o sa cr ifí cio .
Ele per g unt o u que t ipo de pr o ble ma po de r ia ofe r e ce r uma me r et r iz a e le , o lí de r de
uma nação ?
A histo r ia de O nibar a apó s e le t er re cu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i
co ns ult ado par a O nibar a, uma mu lhe r che g o u de uma t er r a lo ngí qua par a de spo sa -
lo . A mulhe r fo i pro st it ut a. Vár ias pe sso as que a co nhe ciam e aque la s que o uv ir am
falar so bre e la v ier am par a pr ev e ni- lo a não se casar co m e la. Onibar a se ndo u m re i,
r eg e ito u a adv e rt ê cia das pe s so as. Ele se r e cuso u a de spre zar a mulhe r po is e la er a
muit o bo nit a. A imag e m de st a mul her o cupo u a me nt e do re i de mane ir a que e le
não er a capaz de re pe lir ou mudar o s pe dido s da m ulhe r . A m ulhe r dis se ao re i que
não co mia o utr a co isa se não car ne , e nt ão o re i mato u t odas as av e s, car ne ir o s e
capr ino s que e le tinha par a a ca usa da mulhe r . Ent ão o re i co me ço u a ar mar
ar apuca s par a as av e s, car ne ir o s e capr ino s que pude s se m e nt r ar no se u palác io .
Q uando o do no vie sse pro c ur ar o animal no dia se g uint e , o r e i dir ia que e le lhe
e st av a chamando de ladr ão . Mas quando não tinha mais av e s, car ne iro s e capr ino s
na v izinhan ça, o re i pe nso u e m uma o utr r a mane ir a par a o bt er car ne par a a mulhe r .
e nt ão e le co n se g uiu um fe it iço co m o qual as pe sso as se t rans for mav am e m t igr e s.
A pó s isso , o re i ia t o da manhã at é o s po st e s o nde o s animais e r am pr e so s par a ao
abat e e o s lev av am dali. C o nse que nt e me nt e , as pe s so as co me çar am se can sar am co m
o s ho rr or e s que o t igr e e st av a ca usando pe lo assa ssí nio de se u s animai s do mé st ico s.
O s caçado r e s da v izinhança fize r am uma v ig ilia e at ir ar am no t ig r e . Q uando e le fo i
at ing ido pe las fle x as, fug iu e fo i cair na fr e nte da casa de O nibar a. I nt o o cor r e u nas
pr ime ir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando amanhe ce u, O nibar a fo i e nco ntr ado
na pe le do t ig r e ; to das as faca s que e le uso u par a pe r fur ar as v ít imas e st av am e m
s uas mão s e o animal que e le hav ia abat ido e st av a ao lado de le . A s pe s so as se
280
s ur pr e e nde r am e m v er que o r e i de las t ev e tal hábit o r uim. Ent ão e las achar am u m
lug ar de pr e s sa par a o e nt er r ar se cr et ame nt e . Elas lev ar am cabo da mul her , a
mat ar am, e a e nt e rr ar am na abó bada de O ba. De sde e st e t e mpo , se um t igr e é mor t o ,
s ua face é co be rt a, e se r á lev ado par a u m lug ar se cr et o ant e s de se r e sfo lado . I sso é
por que um t igr e é chamado de r e i. Pro v ér bio : U m t igr e , ape sar de sua maldade ,
pe diu par a as pe sso as que não de ix e m s ua face de sco be r t a.
Òsá-Ká
281
215 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Ìká-Sá
O bse r v ação o cide nt al: C o nfu são e mo cio nal po de lev ar a de cisõ e s pe r igo sas.
282
U m mal car át e r ge r a um co v ar de
fo i div inado par a u m ladr ão .
Ele s disse r am que um ladr ão não se r ia t ão br avo quat o o pr o pr ie t ár io .
O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de mane ir a a adquir ir co isas facilme nt e o u
ho ne st ame nt e .
O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e è so par a se r e m
co zidas e co midas co m o s car amujo s ).
e le não sacr ifi co u.
Òsá-Òtúrúpòn
Ela- não -carr e g a-cr iança -e m- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo ,
a que m fo i pe dido que sacr ifi casse de mo do a po de r dar a luz.
283
O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ela se re cu so u a sa cr ificar .
Òtúrúpòn-Òsá
O bse r v ação o cide nt al: U ma nov a cr iança o u nov as r e spo nsabil idade s e st ão
cr iando uma pr e o cupa ção te mpo r ár ia.
284
O sa cr ifí cio : u m pilão , um car amujo , aze ite - de -de ndê e m ab undânc ia, 32 000 búzio s
e fo lhas de I fá (jo ko je e è so ).
K o nk o n may ik an se re c uso u a sa cr ificar .
Òsa-Òtúrá
285
Ò r unmila diz: Ve r dade é o I nv isív e l g uiando a te rr a, a sabe do r ia que O lo dunmar e
e st á usa ndo — gr ande sabe do r ia, muit as sabe dor ias.
Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ?
Eu dig o , o que é ve r dade ?
Ò r unmila diz: Ve r dade é o car át er de O lo dun mar e . Ve r dade é a palavr a que não cai.
I fá é a ve r dade . Ve r dade é a palav r a que não se cor ro mpe . Po de r que ultr apas sa a
t udo . Bê nção pe r pét ua.
I st o fo i div inado par a a Ter r a. Ele s dis se r am que as pe sso as do mun do dev e r iam se r
v er dade ir as. Par a capa cit a-lo s a se r e m ve r dade ir o s e ho ne st o s que idabo (me dic ina
de I fá) se ja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è - ìr o sù. A pó s re cit ar o I fá
aci ma so br e o pó , mist ur e -o co m e ko e be ba -o , o u co ló que - o no aze it e -de -de nê e o
co ma, de mo do que sr á fác il se r ho ne sto e v er dade ir ao .
C ant ig a de I fá: F ale a ve r dade , dig a o s fato s. F ale a ve r dade , dig a o s fat o s. Aque le s
que falam a v er dade são aque le s a que m as de idade s aux iliam.
Òtúrá-Sá
Es se Odù fala das co nse que n cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da
r e co mpe nsa daque le s que faze m sacr ifi cio .
286
220 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Òsá-Retè
Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro ble ma s cor r e nt e s v e m das
de idade s.
287
Ele disse , “Est e far do é ago r a o far do de De u s. Ent ão , Ef ufule le aux ilia- me a
car r eg ar e st a carg a e m minha ca be ça, Efu fule le . Vo cê não sabe que aque le s que não
t ê m pe sso as de po sit ar ão sua co nf iança no Se n hor t e u De u s?”.
Ìretè-Sá
288
A pó s o s se t e te r e m car re g ado se us camar adas par a lo ng e do por t ão as pe sso as do
C é u co me çar am a cant ar e e s car ne ce r -lo s ve rg o nho same nt e as sim: “Nó s be be mo s
me l e não co mbat e mo s as pe sso as do C é u; nó s be be mo s me l. To do s o s po vo s
pr eg ui ço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do
C é u. To do s o s pov o s pr e g uiço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não
co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l”. At é ho je , v o cê não v ê as pe s so as
na t er r a carr e g ando se us mor to s aqui e ali? O s mo r to s e st ão carr e g ando o s mor to s.
289
O rác ulo 223
Òsá-Sé
290
O sa cr ifí cio : do is po mbo s, uma caba ça de inhame pilado e t or rado (e wo ) e 4 400
búz io s.
Òsé-Sá
A k in (uma br av a pe sso a) e st á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e e squ iv a”. I sso
fo i div inado par a O lo bah un Ì japá (a t ar t ar ug a). F oi- lhe pe dido que sa cr ifica sse de
mo do a não te r que lut ar e mo rr er e pe r mane ce r r e spit ado o nde que r que fo sse . O
sa cr ifí cio : o ro g bo , sal, se me nt e s ayo , um galo e 3 200 búzio s. Ele se g uiu a
o rie nt ação e sacr ifi co u e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Ele s di sse r am que as palav r as
de sua bo ca nunca ir ia abor re çe r as pe sso as do mun do . A s pe sso as se mpr e
291
pro c ur ar ão por dinhe ir o e sal. Q uando nó s v e mo s awun (uma t ar t ar ug a), ne nh um
ba st ão é ne ce s sár io .
Òsá-Fú
O bse r v ação o cide nt al: C ao s nas at iv idade s diár ias e st á dist o r ce ndo o
j ulg ame nto do clie nt e .
Ò r unmila dis se Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá-F ú. Nó s e st amo s fug indo da picada da co br a.
Nó s e st amo s fug indo de mane ir a que o e le fant e não no s pe g ue . Nó s e st amo s
fug indo de mane ir a que o bú falo (e fò n) não lut e co no sco . Nó s e st amo s fug indo de
mane ir a que o fo g o não no s que ime . Nó s e st amo s fug indo das dív idas de mane ir a
que as pe sso as da te rr a não no s e scar ne . Nó s e st amo s fug indo da pro pr ie dade de
o utr as pe sso as par a não no s t or nar mo s ladr õ e s, de mo do que as pe s so as de r e pe nt e
não e lev e m suas vo ze s co ntr a nó s um dia. Nó s e st amo s fug indo do am ule to de
mo do que sua palavr a má não no s afet e . Não há pr aze r par a aque le s que dize m que
não fug ir ão de nada na te rr a.
I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho me ns, que dis ser am vir e sacr ificar de fo r ma
que e le s so ube s se m e v it ar t udo aquilo que é è è wò (um at o pr o ibido ).
O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, fo lha s o mo , aze it e -de - de ndê , sal e 32 000 búz io s.
A pe nas alg un s de le s sacr ificar am.
Ele s dis se r am: A que le s de nt r e v o cê s que sacr ifi car am, te r ão vida lo ng a na t er r a e a
t er r a se r á bo a par a v o cê s.
292
Oráculo 226
Òfún-Sá
293
226 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O po mbo co nhe ce o s se g r e do s mais int imo s de Ese lu. O car amujo co nhe ce a
sa be dor ia de A pako . e le s div inar am par a o s anciõ e s de I fè quando e st á se
as se me lhav a a uma caba ça rachada, quando ning ué m pô de se r e nco nt r ado par a
par ar a mar é de de st r uição . Nó s chama mo s Olumo , o sace r do te de I mor i e m I je sa,
por Ò g ún, o sace r dot e de A lár á, po r Og bó n Enit aar a, o sace r dot e da mo nt anha de
I jè ro , po r Odudug b unud u, o sace r dot e de Ese mo we , po r O bo le bo og un, o lí de r e m
K et ú. Ele s v ier am e mo st r ar am t o da sua fo r ça, mas t udo er am e m v ão . Ele s for am
impo t e nte s co ntr a as fo r ças de de str ui ção que e st av a le v ando I fè à ruí na.
. . .
294
s uas ca sas nas flo r e st as. Búfalo s fug ir am par a a flor e st a. A s av e s aladas bus car am
se u pr ó pr io hábit at ; o s r é pt e is, o s po de ro so s animai s da ág ua ace le r ar am às suas
r eg iõ e s pe lo mar . O s cacho rr o s fo r am dir et o par a a t er r a do s cacho rr o s, as ov e lha
par a a te rr a das ov e lhas, o s ser e s humano s par a o lug ar do s hu mano s. C o nfu são
ab so lut a re inav a; alg un s e nt r ar am nas casa s e rr adas e o utr o s se g uir am as dir e çõe s
e rr adas. F or am rasg adas r o upas e m fr ag me nto s. O ancião disse : r e ina! Eu r e spo ndi:
C ao s re ina. Vo cê e st á inco mple t o , e u e sto u inco mple t o , at é me smo o s dias do mê s
lunar e st ão inco mple t o s.
Ele s div inar am par a o Se nhor do s Po der e s da Te r r a. Ele s div inar am par a o s po der e s
do C é u e par a me u Se nhor , o Se nho r da Pe r fe it a Sa be dor ia, a cr iança nas cida na
mo nt anha de I tase , a C asa do A lv or e ce r . Fo i e le que m disse : Se re alme nt e I fè de v e
se r cur ada e r e st abe le cida, de pr e ssa a fo lha de alasu walu (a fo lha que re for ma o
car át er do ho me m, limpa- o e pur ifi ca- o) de v e se r cult iv ada. Ent ão e não ant e s a paz
r et or nar á par a a te rr a. F re ne t icame nt e nó s bu sca mo s a fo lha alas uwalu. Nó s
le v amo s uma fo lha a e le . Ele disse : não é a fo lha. Nó s lev amo s o ut r a fo lha a e le .
I sso não é a fo lha. Ent ão , e m co mpaix ão e le dis se a nó s: C o nfe s se sua maldade que
e u po s so co br ir sua nude z. De pr e ssa nó s r e spo nde mo s: Nó s co nfe s samo s no s sa
maldade , Se nho r , cubr a no s sa nude z. Ent ão e le me t e u sua mão na bo lsa de
Sa be dor ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha alasu walu. Nó s e st áv amo s lado a lado co m
alí v io e co m ale g r ia. Nó s dançamo s.Nó s no s re go zija mo s. Nó s cant amo s:
295
Oráculo 227
Ìká-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e v e m abr indo máo de u m r e lacio name nto que
po der ia ser be né fico .
296
mul he r so ube que e r a Or unmila que t inha t e nt ado a casar e r a uma v e z, e la o
cha mo u e lhe falo u que e le só po der ia se r o mar ido e e nt ão e le dev e , ve nha par a a
ca sa de la.
O sig ni ficado de st e I fá: Se e st e I fá é div ine d dur ant e o g big bo -r i o u e se nt ay e de
uma me nina, par a o pai dev e r ia se r falado que a me nina dev e se r a e spo sa de um
baba lawo . Ela se r á pró spe r a, e e st ar t r anqüilo e m v ida, a de ix e sido dado a um
baba lawo .
Oráculo 228
297
Òtúrúpòn-Ká
O sang e de g be b’ o k unr in-já div ino u par a De jug be Ok unr unt ago bo le , A wuwo lapa.
Ele s dis se r am que se De j ug be de se jas se que se u br aço fo sse cur ado , e le dev e r ia
sa cr ificar do is po mbo s, duas g alinhas, 8 000 búz io s e fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas
it apàr a mist ur ar co m sa bão -da- co st a e aze it e -de - de ndê ; e sfr eg ar no cor po ).
Ele se g ui u a inst r ução e sacr ifi co u.
Oráculo 229
Ìká-Òtúrá
298
Es se O dù fala do fim de um pr o ble ma e do iní cio de bo a sor t e .
Oráculo 230
Òtúrá-Ká
Es se O dù fala de dispe r sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro spe r idade .
299
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se r limpo e spir it ualme nt e das
e ne rg ias ne g at iv as.
A sar eg e g e é o no me dado à M or te ,
A bir ing be re é o no me dado à Mo lé st ia.
Se o e le fant e che g a à e st r ada, e le se ale gr ar á.
Se o bú falo che g a a um lo cal pant ano so , e le e st ar á liv r e e se ale gr ar á.
Ò t úr ák át úr ák á! ajudai- me a dispe r sar br uxo s e fe it ice ir as; ajudai -me a di spe r sar
me u s inimig o s e o po ne nt e s.
F o lhas de I fá: mo er fo lha è la e ì y er e . C o lo que e m um mo nt e de co zinhar ar g ila e as
fo lhas mo idas co m um pe ix e aro . Ent ão co lo car so br e e ssa so pa um po uco de pó de
I fá no qual o O dù Òt úr á-Ká te nha sido t açado e a incant ação de I fá acima de v e se r
r e cit ada. Ve rt e r aze it e no chão ao re dor do mo nt e ant e s de t o mar a so pa.
300
Oráculo 231
Ìká-Ìretè
O bse r v ação o cide nt al: U m no vo ne g ó cio não de v e e nv o lve r uma so cie dade .
301
Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a A wo f usi.
Ele s disse r am que e m qualque r lug ar que e le fo sse , bo as co isas e st ar iam e m su
cam inho .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um po mbo , uma g alinha, 12 000 búzio s e fo lhas de
I fá (to rr ar a cabe ça de uma co br a [o k á] co m o luse saju e fo lhas è so ; mi st ur e o pó
co m sabão -da- co st a; usar par a ban ho ).
Ele sa cr ifico u.
Oráculo 232
Ìretè-Ká
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r e nt e (at ual).
302
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 8 000 búz io s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Oráculo 233
Ìká-Sé
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais e st ão cau sando r e sult ado s
mat e r iais ne g at iv o s.
303
Ele s pe dir am que e le sacr ifi casse se i s po mbo s, ba st ante o bì , t odo s o s fe it iço s mau s
que e st iv e sse m e m sua casa o u ro ça e fo lhas de I fá.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Oráculo 234
Òsé-Ká
O bse r v ação o cide nt al: Há uma po ssí v e l ame aça leg al par a o clie nt e de
as so ciaçõ e s ou ne g ó cio s do passado .
304
234 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ò sé supe r ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Ele s di sse r am que O r unmila
v e nce r ia to do s se u s inimig o s po r to do o mundo .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio e 22 000 búzio s.
Oráculo 235
Ìká-Fú
305
235 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pe dido que sacr ifi cas se dee mane ir a
que se us dev e dor e s pag as se m o dinhe iro q lhe dev iam.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (e s fr eg ar a te st a co m fo lhas
br anca s ee si n; as fo lha s dev e m se r t or radas co m pime nt a-da- co st a e usada s par a
masr car a ca be ça; g uar de o pr e par ado e m uma ado e cubr a-a co m te cido e t u;
ut ilizar quando fo r co br ar o dinhe ir o de um dev e dor ).
Oráculo 236
Òfún-Ká
Ò g ún dif undiu co isa s bo as fo i div inado par a O r unmila o prí nci pe que e st av a
so fr e ndo co m a po br e za.
Ele s disse r am que Or unmila re ce be r ia dinhe ir o mas que dev e r ia sacr ifi car um
po mbo , o bì e m ab undânc ia (par a se r e m di str ibuí do s co mo pr e se nt e s), aze it e -de -
de ndê e 32 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O aze it e de ve se r v er t ido so br e Ès ù. O clie nt e
de v e ado r nar sua ca be ça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa ).
306
Ò fún -K á fo i div inado par a De k asi (o ho me m que o re i não quis r e co nhe ce r ), a que m
fo i dit o que dev e r ia o cupar o t ro no de se u pai.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se se is po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
Oráculo 237
Òtúrúpòn-Túrá
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e plane jar suas açõ e s de aco r do co m dias
fav or áv e is no s O dù.
O bse r v ação :
307
O risa -nla fo i o pr ime ir o a e sco lhe r um dia.
O r unmila e s co lhe u o se g undo .
Ò g ún e sco lhe u o t er ce ir o .
Sàng ó e sco lhe u o quar t o .
308
Oráculo 238
Òtúrá-Tutu
A ze it e -de -de ndê se par adame nt e , t e cido br anco se par adame nt e , fo i div inado par a
O bat ala Ò se e r è -Ig bo quando e le e st av a che g ando de Ìr ànje (C é u) par a se r e nt ro nado
no mundo .
Di sse r am- lhe que sacr ifi cas se um pano de e nv o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil
búz io s. Lhe lhe aco nse l har am que não be be s se v inho de palma nada. Ele o be de ce u e
sa cr ifico u a me io caminho . Dis se r am-lhe que se ve st isse e m pano br anco que é a
v e st ime nt a do Ò rì sà. Di sse r am-lhe que usa sse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano
br anco , mas e le não at e nde u a adv e rt ê ncia co ntr a v inho de palma. Ele se
e mbe be do u e de ndê e spirr o u-lhe nas r oupas de le . Ele e nt ão final me nt e sa cr ifico u
um car aco l e co m v er go nha j uro u nunca mais be ber v inho s.
No t a: Par a qualq ue r um que m e st e é div inado e m sua inicia ção , te m que se pr iv ar
t ot alme nt e de álco o l.
309
O sacr ifí cio : dua s av e s (u ma g alinha e um galo ), do is po mbo s, duas g alinhas
d’ A ngo la e 8 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s e nt ão dis ser am: o s pint inho s da g alinha d’ A ngo la nun ca são mudo s. Não há um
dia e m que o g alo não ca nt e .
310
Oráculo 239
Òtúrúpòn-Retè
Oráculo 240
311
Ìretè-Tutu
O bse r v ação o cide nt al: a palav r a o u idé ias do clie nt e se r ão co ns ide r adas
se r iame nt e .
Oráculo 241
312
Òtúrúpòn-Sé
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a re lax ar e e x per ime nt ar pr azer e s
po sit ivo s, ino ce nt e s.
O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv e r pr a se mpr e ne le . Só uma cr iança diz que
o mundo é agr adáv e l.
I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pe sso as.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que o mundo fo s se agr adáv e l ao s ser e s
hu mano s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, me l e 42 000 búzio s.
O r unmila disse que se e le s não fize s se m po r si me s mo s, co mo po der iam e le s
co nhe ce r a ale gr ia do mun do ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, e mbo r a o pai
da cr iança te nha que g anhar pr ime iro par a que a cr iança co ma”.
O r unmila o be de cu e sacr ifi co u.
Ent ão o s se re s hu mano s for am or ie nt ado s a sacr ifi car e m por sua v e z. A pe nas alg uns
po uco s sacr ificar am. Aque le s que sa cr ificar am t ive r am uma vida ag r adáv e l.
Oráculo 242
Òsé-Òtúrúpòn
313
Es se O dù fala de uma r e lação que é difí cil e mbor a po ssa se r fr ut í fe r a.
Oráculo 243
Òtúrúpòn-Fún
314
O bse r v ação o cide nt al: A vida do clie nt e e st á r e plet a de bo a sor t e ,
mo ne t ar iame nt e e e mo cio nalme nt e .
Oráculo 244
Òfún-Òtúrúpòn
315
O bse r v ação o cide nt al: C r ianças ir ão t raze r aleg r ia, mas u m r e lacio name nto
pr e cisa de ajuda.
Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò se er è - ig bó , a que m fo i dit o que t er ia
muit o s filho s.
O mundo int e iro v ir ia implo r ar as cr ianças de la.
M ais à fr e nt e fo i-lhe dit o que e la se r ia lo uv ada po r e st as cr ianças.
O bat ala disse , “O r unmila o s tr e inar á”.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse e st ar fe liz co m se u
t rabalho .
Ela sa cr ifico u me l, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s.
Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulhe r que e st av a pr o cur ando por um
mar ido .
Ele s disse r am que o ho me m que e la e st av a indo de spo sar a sur r ar ia co nst ant e me nt e
se e la não sacr ifi casse um aik a, do is car amu jo s (Do is car amujo s nu nca br ig am e ntr e
si ) e 32 000 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dize ndo que se u mar ido e r a muito bo nit o
par a br ig ar co m ning ué m. U ma pe sso a bo nit a não br ig a o u sua be le za se r á
dist r uida.
Oráculo 245
Òtúrá-Retè
O bse r v ação o cide nt al: M o der ação é difí cio par a o clie nt e .
316
245 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
317
Oráculo 246
Ìretè-Túrá
318
246 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 247
Òtúrá-Sé
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais dev e m ser t r at adas
c uidado same nt e .
319
O ye r e (Oy e he r e ) do to po da fo lhag e m da palme ir a fo i div inado par a Òt ú.
Ò t ú e st av a indo g uer r e ar na cidade de A jase .
F o i-lhe aco se lhado a sa cr ificar par a ve nce ce r a bat alha:
do is ca br it o s e 44 000 búz io s.
Ele o uv iu o co nse lho , sacr ifi co u e v e nce u o inimig o .
Ò sé o s pr e judi co u se r iame nt e fo i div inado par a par a e le s quando Ik umi ja fo i sit iar
a cidade de Eyó . F oi- lhe s pe dido que sa cr ifica sse m no v e cabr ito s e 180 000 búzio s.
Ele s não sacr ificar am.
Oráculo 248
Òsétúrá
320
A lak ak anik a é o no me dado ao s O dù.
A lapasapa -ijak a’ lué o nome dado a Èsú- Ò dàr à.
um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa, é o no me dado à A jé ,
o filho de O ló k un- sande , o re i das ág uas abu ndant e s, Ò gò -O wo ni.
Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e e st a cidade .
Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me .
Tu livr ast e o s o s mé dico s da cidad e da fo me , e o me smo fize st e s co m o s he r balist as.
Eu so u o babaláwo da ci dade .
Eu so u o mé dico da cidade .
Eu so u o her bali st a da cidade .
Ès ú-Ò dàr à, não de ix ai que e u passe fo me .
F o lhas de I fá: Pe g ue uma fo lhas de abamo da, ar e ia de uma lo ja de fe r r e ir o , e fun e
o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e e fun co m a are ia da lo ja
de fe r re ir o , mar que o O dù Ò sé e o sùn co m a ar e ia e mar que Ò t úr á na fo lha de
abamo da. Par t a um o bì de quat ro g o mo s. Ut ilize se t e g rão s de at aar e e um go mo de
o bì par a inv o caar na fo lha de abamo da diár iame nt e , co mo acima. pe ndur e a fo lha
co m linhas br anca s e pr et as na casa.
321
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè - ìr o sù e m fino óle o e lambe r o de do
mé dio . To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e re spe it o e st ar ão co nt ig o atr avé s do s
ano s quan do vo cê usar e s se e ncant ame nt o .
Oráculo 249
Òtúrá-Fún
Ò t úr á dá. Ò t úr á co mpr o u pr a e le fo i div inado par a Olú jimi U ma pe sso a impo rt ant e
ir á no s co nce de r bo as co isa s. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se , par a a for t una da
de u sas do dinhe ir o e st ar à mão .
O sacr ifí cio : u m t e cido br anco , ife re ( se me nt e ), do is po mbo s br anco s e 2 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
F o i-lhe dito que não co me t e sse adult ér io .
322
249 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 250
Òfún-Túrá
O bse r v ação o cide nt al: C asa me nto co m at ual par ce ir o do clie nt e é apr o pr iado
e be né fi co .
323
A re r e mar e , Ar er e mar e fo i div inado par a O ló wu.
Ele s dis se r am que t udo ia tão be m par a Oló wu que e le de v er ia sacr ifi car de
mane ir aa t or nar -se um ho me m do campo .
O sacr ifí cio : t rê s car ne ir o s, t rê s e nx ada, tr ê s fo ice s e 6 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Oráculo 251
Ìretè-Sé
324
no po t e co m ág ua. C o br ir e lacr ar o po te co m ar g ila o u cinzas ú midas. A pó s se t r e
dias, abr a e use co mo banho . Não de ve se r be bi do .
325
Oráculo 252
Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé
326
se par adame nt e co m ág ua ante s do uso . A bat er do is po mbo s be m bo nit o s, um par a
O se e o o ut ro par a Ìr e te . O sang ue de v e se r mist ur ado co m o sa bao pilado co m as
fo lhas. F ix ar o sabão acima do s O dù fe it o s na par e de . U se o sabão fr e que nt e me nte
par a banhar -se .
327
Oráculo 253
Ìretè-Òfún
328
Oráculo 254
Òfún-Retè
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a o bt er r e spe ito e pro t e ção .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa que br ar uma sit uação e se r mais
se g ur o .
329
Oráculo 255
Òséfú
O bse r v ação o cide nt al: Q ualque r que se ja o pr o ble ma do clie nt e , e x ist e uma
so lu ção .
330
255 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O r unmila dis se A ro le , Eu di sse A ro le , fo i div inado par a uma s cr ianc inhas que se
dir ig iam par a o mundo que e st av am se n do mandado s de vo lt a pe lo por t e ir o e
mo rr e ndo co mo be bê s.
e le s per g ut ar am a r azão .
I st o por que não e spe r am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is de le s (um
me nino e a o utr a me nina ). dize ndo , “Po r que m v o cê s e spe r am?”.
Ele s disse r am, “Po r Or unmila”.
Ele disse , “Bo m, e nt ão sig am -me ”. Ent ão e le sse g uir am Or unmila at é o por t ão , é o
por t e iro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int e r ce de u e pag o u 240 búzio s por cada
um de le s. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je e m r e sg at e par a um be bê re cé m-
nas cido .
Oráculo 256
331
Òfún-Sé
O bse r v ação o cide nt al: A que le s que e st ão t e nt ando impe dir o pro g re s so do
clie nt e ir ão so fr e r .
332