Guia de Sustentabilidade
Guia de Sustentabilidade
Guia de Sustentabilidade
SUSTENTABILIDADE
DOCUMENTO DE APOIO ÀS ENTIDADES SUPERVISIONADAS EM MATÉRIA DE SUSTENTABILIDADE
JANEIRO 2024
GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2024
Índice
I. APRESENTAÇÃO 03
Gestão de ativos 07
Emitentes 28
Auditores 42
Anexo I 43
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I. APRESENTAÇÃO
O
presente Guia da Sustentabilidade (“Guia”) tem como objetivo principal
disponibilizar às entidades supervisionadas uma ferramenta que lhes seja útil
para mais facilmente darem integral cumprimento ao conjunto de normas em
matéria de finanças sustentáveis que, numa cadência intensa, têm entrado
em vigor, nos últimos anos.
O Guia reúne e organiza, por subsetor de atividade do mercado de capitais, as
regras aplicáveis em matéria de sustentabilidade que se encontram dispersas
por vários diplomas emanados por diversas autoridades. Apresenta ainda, de
forma clara e sistematizada, outra informação útil para as entidades
supervisionadas, resultante da experiência de supervisão no domínio da
sustentabilidade.
O Guia visa incentivar as entidades supervisionadas a adotarem políticas e
procedimentos que vão ao encontro das expetativas de supervisão e
recomendações da CMVM e da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e
dos Mercados (“ESMA”), relativas ao cumprimento das normas aplicáveis e
promotoras das melhores práticas de mercado.
A principal regulação em matéria de sustentabilidade com impacto nas
entidades supervisionadas pela CMVM surge referida em traços gerais neste
documento, podendo ser consultada com maior detalhe em CMVM
Sustentabilidade/Agenda Regulatória.
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II. ENQUADRAMENTO
– ESTRATÉGIA DE SUPERVISÃO DA CMVM
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GESTÃO DE ATIVOS
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A gestão de ativos foi fortemente impactada por dois regulamentos que visam
promover o investimento sustentável: o Regulamento SFDR e o Regulamento da
Taxonomia3, a par de novos requisitos relativos à sustentabilidade a considerar
na organização interna das entidades gestoras
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5 Diretiva delegada (UE) 2021/1270 da Comissão de 21 de abril de 2021 que altera a Diretiva 2010/43/UE no que respeita aos riscos de sustentabilidade e aos
fatores de sustentabilidade a ter em conta por parte dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM), que atualmente se encontra
transposta no regime da gestão de ativos aprovado pelo DL n.º 27/2023 de 28 de abril.
6 Regulamento Delegado (UE) 2021/1255 da Comissão de 21 de abril que altera o Regulamento Delegado (UE) 231/2013 no que respeita aos riscos e fatores de
sustentabilidade a ter em conta pelos gestores de fundos de investimento alternativos.
7 Regulamento (UE) 2019/2089 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de novembro de 2019, que alterou o Regulamento (UE) 2016/1011 do Parlamento
Europeu e do Conselho e que foi complementado pelos Regulamento Delegado (EU) 2020/1816 de 17 de julho de 2020, Regulamento Delegado (EU) 2020/1817 de 17
de julho de 2020, e Regulamento Delegado (EU) 2020/1817 de 17 de julho de 2020.
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10 Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de junho de 2023 relativo à transparência e integridade das atividades de
notação, ambiental, social e de governação.
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13 Cf. ESMA and NCAs to assess disclosures and sustainability risks in the investment fund sector (europa.eu).
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• os relatórios anuais conjuntos das ESA que dão uma panorâmica geral de
boas práticas e dos domínios que necessitam de ser melhorados pelas
entidades gestoras na divulgação de informação sobre a consideração dos
principais impactos negativos das suas decisões de investimento nos
fatores de sustentabilidade (Relatório publicado em 28 de julho de 2022 e
Relatório publicado em 28 de setembro de 2023).
À data de divulgação deste Guia, a ESMA havia anunciado que irá adotar
orientações sobre o uso dos termos ESG ou relacionados com a
sustentabilidade nos nomes dos fundos. Com efeito, sendo estes um
importante instrumento de marketing o uso daqueles termos terá de ser
suportado pelas políticas e objetivos de investimento dos fundos para não
induzir em erro os investidores.
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA /
SERVIÇOS DE INVESTIMENTO
A. Relevância das finanças sustentáveis
A informação prestada pelos intermediários financeiros (“IF”) aos clientes é
fundamental para que possam compreender o enquadramento associado aos
investimentos sustentáveis e de modo a poderem adequadamente definir e
concretizar as suas preferências de investimento.
Neste contexto, é exigido aos IF que:
• expliquem aos clientes, de forma simples e clara, a terminologia associada
ao ESG, a diferença entre produtos com ou sem características de
sustentabilidade e que deem nota da existência de produtos de
investimento com considerações ESG.
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14 Os novos requisitos foram introduzidos pelos (i) Regulamento Delegado (UE) 2021/1253, da Comissão de 21 de abril de 2021 que altera o Regulamento
Delegado (UE) 2017/565 no que diz respeito à integração dos fatores, dos riscos e das preferências de sustentabilidade em determinados requisitos
em matéria de organização e nas condições de exercício da atividade das empresas de investimento e (ii) Diretiva Delegada (UE) 2021/1269 da
Comissão de 21 de abril de 2021, que altera a Diretiva Delegada (UE) 2017/593 no que respeita à integração dos fatores de sustentabilidade nas
obrigações de governação dos produtos. A diretiva foi transposta no direito nacional pelo DL 109-H_2021 de 10 de dezembro.pdf (cmvm.pt) que alterou,
no que a esta matéria diz respeito, os artigos 309.º-I a 309.º-N do Código dos Valores Mobiliários.
15 Cfr. identificado no Anexo I.
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16 Esta versão não corresponde integralmente aos termos contantes da definição do conceito de “preferências em matéria de sustentabilidade” que se
encontra previsto no n.º 7 do artigo 2.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/565 (cfr. Alterado pelo Regulamento Delegado (UE) 2021/1253 da comissão
de 21 de abril de 2021). Introduziram-se ajustamentos, recorrendo às orientações na matéria, para facilitar a sua apresentação neste Guia.
17 Cfr. descrito no Anexo I.
18 Cfr. descrito no Anexo I.
19 Diferente das vertentes a) e b), esta vertente não assenta em conceitos específicos nem está estritamente ligada aos indicadores e métricas de PAI
no âmbito do Regulamento SFDR e do Regulamento da Taxonomia.
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20 Consideram-se colaboradores, para este efeito, os que prestam serviços de consultoria para investimento, de gestão de carteiras ou dão
informações a investidores sobre produtos financeiros e serviços de investimento.
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No 2.º semestre de 2024, terá início uma ação comum de supervisão, a nível da
ESMA, a realizar em 2024-2025, com vista a avaliar o cumprimento dos novos
requisitos em matéria de adequação e do governo do produto, na qual a CMVM,
que tem contribuído para a definição do âmbito e dos termos dessa ação de
supervisão, irá também participar.
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Em matéria de adequação:
✓ Formar os colaboradores que lidam com os clientes para assegurar que tenham os
conhecimentos e competência necessários no que diz respeito à avaliação da adequação
e aos critérios de PdS e sejam capazes de os explicar aos clientes em termos não técnicos
(Orientação 106)
✓ Informar e ajudar os clientes a compreender o conceito de PdS e as escolhas que têm de
fazer, tendo de explicar de forma clara, simples e evitando o recurso a linguagem técnica,
os termos e os conceitos usados relativamente aos aspetos ambientais, sociais e de
governo societário, as distinções entre as três vertentes de PdS e entre produtos com e
sem características de sustentabilidade (Orientação 16)
✓ Recolher informação dos clientes sobre as suas PdS, incluindo qual ou quais das três
vertentes de PdS e com base em que critérios (i.e., proporção mínima de investimentos
sustentáveis do ponto de vista ambiental ou investimentos sustentáveis e qual ou quais os
PIN que o cliente pretende considerar (Orientação 26), podendo recorrer a diferentes
abordagens para efeitos dessa recolha (Orientação 27). Caso o cliente escolha mais do que
uma vertente de PdS, as empresas podem considera-las como alternativas, exceto
indicação em contrário do cliente (Orientação 28)22.
✓ Avaliar, numa primeira fase, a adequação dos instrumentos financeiros ao cliente de
acordo com os critérios de conhecimento e experiência, situação financeira e outros
objetivos de investimento. Apenas numa segunda fase, após ter sido identificada a gama
de produtos adequados na sequência da primeira avaliação, devem as entidades
identificar o produto ou uma estratégia de investimento (neste último caso que respeita à
gestão de carteiras ou consultoria para investimento com uma abordagem de carteira) que
satisfaça as PdS do cliente (Orientação 81), podendo para o efeito ser seguidas diferentes
abordagens na avaliação da adequação com base na ponderação da carteira do cliente
(Orientação 88).
22 Conforme entendimento da ESMA expresso no n. º 35 do relatório final sobre as orientações em matéria de adequação.
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23 A este respeito, alerta-se para o previsto no considerando 8 do Regulamento Delegado (UE) da Comissão de 21 de abril de 2021: “É necessário
esclarecer que os instrumentos financeiros que não são elegíveis para preferências individuais em matéria de sustentabilidade continuam a poder ser
recomendados pelas empresas de investimento, mas não como instrumentos que correspondem às preferências individuais em matéria de
sustentabilidade. A fim de permitir outro tipo de recomendações aos clientes ou potenciais clientes, sempre que os instrumentos financeiros não
correspondam às preferências de um cliente em matéria de sustentabilidade, esse mesmo cliente deve ter a possibilidade de adaptar as informações
relativas às suas preferências. A fim de evitar a venda abusiva e o ecobranqueamento, as empresas de investimento devem manter registos da
decisão do cliente, juntamente com a explicação dada pelo cliente para justificar a adaptação”.
24 O IF que produz os instrumentos financeiros, incluindo a criação, o desenvolvimento, a emissão ou a conceção desse produto, nomeadamente no
quadro da sua atividade de aconselhamento das sociedades emitentes sobre o lançamento de um novo instrumento.
25 O IF que oferece, recomenda ou comercializa instrumentos financeiros junto dos clientes, em mercado primário ou secundário e o que presta
serviços de consultoria para o investimento e/ou de gestão de carteiras.
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EMITENTES
A. Relevância das finanças sustentáveis
As finanças sustentáveis são relevantes para os emitentes na medida em que
o recurso ao financiamento em mercado exige transparência, não só sobre a
situação financeira, mas também sobre a situação não financeira da empresa.
A performance não financeira é um fator de relevância crescente junto de
investidores, cada vez mais interessados nas externalidades geradas no
processo de criação de valor, em particular no que respeita ao impacto
ambiental e social.
Como tal, a integração de fatores ESG pelos emitentes é, hoje, um fator cada
vez mais decisivo na captação de investimento.
26 Para esse efeito, a ESMA realizou uma consulta ao mercado que esteve aberta até 15 de setembro de 2023.
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I. Divulgação de Informação
As grandes empresas cotadas27 estão, desde 1 de janeiro de 2018, sujeitas ao
dever de divulgar informação não financeira28.
Para esse efeito, devem incluir no seu relatório de gestão, ou num relatório
autónomo, informação que permita uma compreensão da evolução, do
desempenho, da posição e do impacto das suas atividades, referentes, no
mínimo, às questões ambientais, sociais e relativas aos trabalhadores, à
igualdade entre mulheres e homens, à não discriminação, ao respeito dos
direitos humanos, ao combate à corrupção e às tentativas de suborno.
Este relatório, que na generalidade dos casos é autónomo e designado
“relatório de sustentabilidade”, deve ser aprovado pelos acionistas em
assembleia geral, garantindo alinhamento na definição dos interesses da
Empresas que sejam emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado com mais de 500 trabalhadores,
27
sociedade
conforme eAnexo
definidas no no I.seu posicionamento sobre aqueles fatores.
28 Divulgada nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 29º-G do Código dos Valores Mobiliários e nos artigos 66º-B e 508º-G
do Código das Sociedades Comerciais, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2014/95/UE do parlamento europeu e do conselho - de 22
de outubro de 2014.
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32 Reúne num só local o acesso às FAQ e comunicados da CE, que à data de divulgação deste Guia eram os seguintes:
• FAQ: O que é a taxonomia da UE e como irá funcionar na prática?
• FAQ: O que é o Ato Delegado do artigo 8º do Regulamento da Taxonomia e como irá funcionar na prática?
• FAQ: Como é que as entidades financeiras e não financeiras devem reportar as atividades e ativos elegíveis para a taxonomia da UE de acordo
com o Regulamento Delegado de Divulgação de Informações nos termos do artigo 8º do Regulamento da Taxonomia? (dezembro 2021,
atualização em janeiro 2022)
• FAQ: o Regulamento Delegado Complementar da Taxonomia Climática da EU abrangendo algumas atividades no sector do gás e energia nuclear
(fevereiro 2022)
• Comunicação da Comissão sobre a interpretação de certas disposições jurídicas do Regulamento Delegado de Divulgação de Informações nos
termos do artigo 8º do Regulamento Taxonomia da UE relativo à comunicação de informações sobre atividades económicas e ativos elegíveis
(outubro 2022)
• Comunicação da Comissão sobre a interpretação e a aplicação de determinadas disposições jurídicas do Regulamento Taxonomia da UE e as
ligações com o Regulamento Divulgação de Informações sobre Sustentabilidade dos Serviços Financeiros (junho 2023)
• Comunicação sobre a interpretação e aplicação de certas disposições jurídicas do Regulamento Delegado Divulgação de Informações nos termos
do artigo 8º do Regulamento Taxonomia da UE, referentes à comunicação de informações sobre as atividades económicas e os ativos elegíveis
para taxonomia e alinhados pela taxonomia - segunda comunicação (outubro 2023)
• Comunicação da Comissão sobre a interpretação e aplicação de certas disposições jurídicas do Regulamento Delegado da Taxonomia Climática
da UE que estabelece critérios técnicos de avaliação aplicáveis às atividades económicas que contribuem substancialmente para a mitigação
das alterações climáticas ou para a adaptação às alterações climáticas e que não prejudicam significativamente o cumprimento de outros
objetivos ambientais (outubro 2023)
• Comunicação sobre a interpretação e aplicação de certas disposições jurídicas do Regulamento Delegado Divulgação de Informações nos termos
do artigo 8º do Regulamento Taxonomia da UE, referentes à comunicação de informações sobre as atividades económicas e os ativos elegíveis
para taxonomia e alinhados pela taxonomia – terceira comunicação (dezembro 2023) –aguardava publicação em jornal oficial à data de
divulgação deste Guia.
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NORMAS ESRS
ESRS 1 Requisitos gerais
ESRS 2 Divulgações gerais
ESRS E1 Alterações climáticas
ESRS E2 Poluição
ESRS E3 Água e recursos marinhos
ESRS E4 Biodiversidade e ecossistemas
ESRS E5 Uso de recursos e economia circular
ESRS S1 Trabalhadores da entidade
ESRS S2 Trabalhadores na cadeia de valor
ESRS S3 Comunidades
ESRS S4 Consumidores e utilizadores finais
ESRS G1 Conduta de negócio
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36 De acordo com o artigo 2º da proposta de Diretiva, ficam abrangidas pelos novos deveres:
• Empresas com mais de 500 trabalhadores e um volume de negócios mundial líquido superior a 150 milhões de EUR
• Empresas com mais de 250 trabalhadores e um volume de negócios mundial líquido superior a 40 milhões de EUR, desde que, pelo menos, 50 %
desse volume de negócios tenha sido gerado em setores de elevado impacto (referidos no referido artigo 2º) e
• Empresas de países terceiros, que reúnam os mesmos critérios relativos ao volume de negócios.
37 Regulamento (UE) 2023/2631 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de novembro de 2023
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38 Diretiva (UE) 2022/2381 do Parlamento Europeu e do Conselho de 23 de novembro de 2022 relativa à melhoria do equilíbrio de género nos cargos
dirigentes de empresas cotadas e a outras medidas conexas, que deverá ser transposta até 28 de dezembro de 2024.
39 Portaria n.º 174/2019, de 6 de junho - Regulamenta os termos da repreensão registada prevista na Lei n.º 62/2017, de 1 de agosto; Despacho
normativo n.º 18/2019 - Determina os procedimentos para a realização das comunicações a que estão obrigadas as entidades do setor público
empresarial e as empresas cotadas em bolsa, os termos da articulação de competências entre a CIG, a CMVM e a CITE, e a produção de um Guião para
efeitos de elaboração dos planos para a igualdade anuais, nos termos da Lei n.º 62/2017, de 1 de agosto.
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AUDITORES
O papel do auditor, nomeadamente no âmbito da CSRD, é de extrema
importância para garantir a transparência e a confiabilidade das informações
de sustentabilidade divulgadas pelas empresas. Por isso, conjuntamente com
outros órgãos da empresa, têm um papel-chave na promoção da
responsabilidade empresarial e na construção da confiança das partes
interessadas no mercado.
A CSRD prevê a emissão de um parecer de garantia de fiabilidade limitada
sobre a conformidade do relato de sustentabilidade (numa primeira fase) e,
posteriormente, de pareceres de fiabilidade razoável. Isto é, a intervenção do
auditor – bem como, se aplicável, dos prestadores de serviços de garantia de
fiabilidade independentes (“IASP”) – será progressiva, permitindo uma
adaptação gradual.
As novas exigências da CSRD implicam mudanças estruturais na atuação dos
auditores. Isso inclui requisitos de formação adequados, o eventual
envolvimento de especialistas em sustentabilidade e a definição de
metodologias de trabalho, o que implica investimentos significativos por parte
daqueles43. A verificação destas condições para o exercício da atividade é
necessária e fundamental para a credibilidade de todo este sistema e de
atuação dos auditores e IASP (se aplicável) em condições equivalentes de
mercado (i.e., num mesmo level playing field).
43 A título exemplificativo, a CSRD prevê requisitos de formação e exame, formação contínua, sistemas de controlo de qualidade, deontologia
profissional, independência, objetividade, confidencialidade e sigilo profissional, designação e destituição, organização do trabalho, inspeções e
sanções para os auditores e IASP que venham a exercer esta atividade.
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ANEXO I
Para efeitos do presente Guia entende-se por:
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PME Compreende:
• As pequenas empresas: aquelas que não sejam
microempresas e que, à data do balanço, não
excedam os limites de pelo menos dois dos três
critérios seguintes: total do balanço: 4 000 000 EUR;
volume de negócios líquido: 8 000 000 EUR e número
médio de empregados durante o período: 50;
• As médias empresas: aquelas que não sejam
microempresas nem pequenas empresas e que, à data
do balanço, não excedam os limites de pelo menos
dois dos três critérios seguintes: total do balanço: 20
000 000 EUR; volume de negócios líquido: 40 000 000
EUR e número médio de empregados durante o
período: 250.
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